JANEIRO 2015 l 132
FILATELIA
Momentos filatélicos de 2015
SUPERBRANDS 2014
CTT são Marca de Excelência
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
Construir a confiança
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ÍNDICE l APOSTA 132
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4
10
FICHA TÉCNICA
Diretor Miguel Salema Garção
Diretora Executiva Adriana Eugénio
Redação Elsa Duarte, Inês Noronha Macedo,
Lucília Prates, Paula Padrão, Raquel Moz e
Rosa Serôdio
Conceção Gráfica Miguel Dantas e Samuel Trindade
Fotografia Paula Padrão, Filipa Carvalho, Pedro
Mónica, Pedro Cruz, Madalena Aleixo e Arquivo
CTT. Agradecemos à Câmara Municipal de Palmela
pela cedência de imagens
Produção Comunicação Institucional
Propriedade
CTT Correios de Portugal, S.A. - Sociedade Aberta
Av. D. João II, nº 13, 1999-001 LISBOA
Tel.: 210 470 300
Pessoa coletiva nº 500077568
A revista Aposta é impressa na
Fernandes & Terceiro, S.A., empresa com
Sistema de Gestão Q.A.S. certificada segundo
as normas NP EN ISO 9001:2008 (cert nº
PT08/02529), NP EN ISO 14001:2004
(cert nº PT08/02530), OHSAS 18001:2007
(cert nº PT08/02531), EMAS (cert nº PT-000004)
Isenta de registo na ERC ao abrigo do Dec.
Regulamentar nº. 8/99, de 9 junho - artº. 12º. Nº. 1 a.
Finishing Mailtec
Tiragem 24 500 exemplares
Depósito Legal 186482/02
PUBLICAÇÃO MENSAL . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
A revista Aposta foi escrita ao abrigo
do novo Acordo Ortográfico
Esta revista foi impressa em Respecta Satin de
125 gramas (miolo) e 250 gramas (capa), ambos
com certificação de Gestão Florestal FSC.
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EDITORIAL
BREVES
EVENTOS
Daniel Oliveira nas Lojas CTT
“Mãe Coragem” em sessão de autógrafos
Toca a Todos
Râguebi do CDUL veste a camisola do Pai Natal Solidário
Renas, pipocas e algodão doce
Querido Pai Natal...
Música de Natal nas Lojas CTT
PORTUGAL CONNOSCO
O melhor de Cabo Ruivo
CONGRESSO APDC
24º Congresso das Comunicações
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
CTT sobem nos índices CDP e IPC EMMS
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Já ouviu falar de“commuting”?
ENTREVISTA
Relações com Investidores
DAR UM GIRO
Palmela seduz
VALORES
Inovação
AGENDA CULTURAL
EMISSÕES E EDIÇÕES
Momentos filatélicos de 2015
OPINIÃO
Em tom de agradecimento
VAGARES
EDITORIAL l APOSTA 132
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Todos Somos Um!
Em 2014 foi concluída a privatização dos CTT. Um marco
na história da Empresa que tem visto o seu mérito continuamente reconhecido e enaltecido. A par disso, mesmo
a encerrar o ano, a gala Superbrands voltou a distinguir os
CTT como “Marca de Excelência”, fruto do extraordinário
trabalho levado a cabo por todos os colaboradores da
Empresa. Este galardão é motivo de orgulho para todos os
que, no seu dia a dia, contribuem para garantir a qualidade dos produtos e serviços prestados ao cliente.
O sucesso da privatização da Empresa, o excelente desempenho das ações dos CTT e a elevada confiança do
mercado ficaram também a dever-se ao papel da Direção
de Relações com Investidores, que tem por missão estabelecer a ponte entre os CTT e os nossos acionistas, o
regulador e o mercado de capitais. Neste número da sua
revista apresentamos a equipa que, todos os dias, trabalha arduamente para cumprir os objetivos que, em 2015,
se afiguram ainda mais exigentes.
E porque a relação com os investidores é hoje fundamental
para uma empresa cotada em bolsa, os CTT começaram em
2014 a reportar efetivamente para o Índice CDP (Carbon
Disclosure Project) a sua performance ao nível da gestão
energética e carbónica. Os bons resultados comprovam
TEMOS DE REFORÇAR A NOSSA
CULTURA DE EXIGÊNCIA,
EMPENHAR-NOS EM CONSTRUIR
NOVAS DINÂMICAS QUE GEREM VALOR,
ACEITAR OS DESAFIOS POR MAIS
DIFÍCEIS E COMPLEXOS QUE SEJAM
COM NATURALIDADE, SAIR DA ZONA
DE CONFORTO E CONQUISTAR
QUOTA DE MERCADO NAS VÁRIAS
FRENTES DA NOSSA ATIVIDADE.
TEMOS DE INCUTIR CONSTANTEMENTE
ENERGIA POSITIVA E TRABALHAR EM
EQUIPA COM ESPIRITO SOLIDÁRIO.
ESTE ANO, UMA VEZ MAIS,
SABEREMOS DAR RESPOSTA E ATINGIR
OS OBJETIVOS A QUE NOS PROPOMOS.
MÃOS À OBRA
Miguel Salema Garção
Diretor de Comunicação Institucional
a nossa preocupação em prol do ambiente, no sentido
de reduzir a pegada carbónica e minimizar o impacte
nas alterações climáticas. Estamos empenhados em
cumprir as metas internacionais com vista à obtenção de
resultados que elevem mais alto a posição dos CTT nos
ratings de referência ambiental, como o CDP e o EMMS
do International Post Corporation, criando valor para os
acionistas e ajudando a preservar o ambiente e o planeta.
A preocupação em respeitar o capital natural e melhorar
a nossa qualidade de vida levou também a Empresa a
realizar um importante estudo sobre o “commuting” e a
pegada carbónica dos CTT, com o objetivo de mitigar o seu
peso. Alternativas ambientais estão agora em estudo, com
vista a tornar a nossa Empresa mais responsável nestas
matérias e amiga do ambiente, bem como, a facilitar aos
nossos colaboradores opções mais conscientes.
A missão, a visão e os valores estão definidos e são princípios que ajudam rumo ao sucesso. A Inovação é um dos
caminhos, um valor que aqui registamos a encerrar o ciclo
de ilustrações que temos vindo a destacar na Aposta.
Neste início de ano é ainda tempo de dar a conhecer o
plano filatélico e editorial dos CTT e os temas que levarão
a essência da história e da cultura portuguesa além-fronteiras e serão apreciados pelos quatro cantos do mundo.
2015 é um ano de muitos desafios para consolidar a
marca CTT. Temos de reforçar a nossa cultura de exigência,
empenhar-nos em construir novas dinâmicas que gerem
valor, aceitar os desafios por mais difíceis e complexos
que sejam com naturalidade, sair da zona de conforto e
conquistar quota de mercado nas várias frentes da nossa
atividade. Temos de incutir constantemente energia positiva e trabalhar em equipa com espirito solidário. Este
ano, uma vez mais, saberemos dar resposta e atingir os
objetivos a que nos propomos. Mãos à obra.
A equipa da Comunicação deseja um excelente 2015.
Todos Somos Um !
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BREVES l APOSTA 132
Pontos
Solidários
A área de Gestão da Frota dos Recursos Físicos e Segurança dos CTT propôs a realização de uma ação inédita
no campo da responsabilidade social, que consistiu em
utilizar os pontos da gasolineira Repsol, reunidos ao longo
de 2014, para apoiar Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) parceiras do Projeto de Luta Contra
a Pobreza Exclusão Social dos CTT.
Assim, no passado mês de dezembro, foram entregues
donativos a 13 IPSS, espalhadas pelo país. Três dessas
entidades foram contempladas com 64 vales de €10, no
total de €640 por instituição, para compras nos hipermercados Pingo Doce. As restantes dez beneficiárias receberam, cada uma, dez bolas de futebol, dez de voleibol e um
GPS Tomtom Go 400.
As fotos registam o momento da entrega pelos CTT do
voucher à Fundação Obra do Ardina (Lisboa) e do GPS ao
Projecto ID – Inclusão pelo Desporto (Coimbra). RS
●
5
Sofia Lisboa em
sessões de autógrafos
Na sequência do lançamento do livro “Nunca Desistas de
Viver”, de Sofia Lisboa, os CTT promoveram três sessões
de autógrafos.
Os eventos tiveram lugar na Loja CTT de Leiria, no dia 19 de
dezembro, e nas Lojas CTT da Boavista e de Fafe, no dia 22.
Sofia Lisboa, vocalista da banda portuguesa Silence 4,
conta como venceu a luta contra a leucemia. A obra é escrita em coautoria com Natália Heleno Pereira, prima de Sofia.
O prefácio é de David Fonseca, líder daquele grupo musical
de rock que surgiu na década de 90 e conquistou o público
português. A banda, terminada em 2001, voltou a reunir-se
em palco em 2014. ED
●
Retirada de valores postais
de circulação
Os CTT vão retirar valores postais de circulação. Em causa
estão Selos Comemorativos, Selos Base e Etiquetas com
data de emissão entre 2006 e 2007, Cartas Inteiras e Bilhetes Postais Inteiros emitidos entre 2002 e 2007.
Esta ação terá efeitos a partir de 30 de janeiro. O período
de troca de selos por parte dos clientes ocorrerá entre 2
de fevereiro e 30 de abril de 2015.
A retirada de selos de circulação permite estimular o
mercado secundário de filatelia e otimizar o espaço em
armazém. Acresce que muitos destes valores postais estão
desatualizados relativamente ao valor facial atual e válido
para a franquia das correspondências.
A última operação semelhante deu-se a 31 de janeiro de
2010, para os valores postais emitidos entre 2002 e 2005.
Esta é uma prática comum em muitos Operadores Postais,
respeitando as normas da União Postal Universal. ED
●
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BREVES l APOSTA 132
José Alberto
Carvalho
nos CTT
para apresentar
o seu livro
O jornalista e pivô de televisão José Alberto Carvalho esteve no edifício CTT, em Lisboa, no dia 16 de dezembro,
para apresentar o seu livro “28 minutos e 7 segundos de
vida”. Esta obra é um registo de um programa de televisão
- “28 minutos e 7 segundos de vida” – protagonizado por
Manuel Forjaz e José Alberto Carvalho que, durante nove
semanas, falaram tudo e sobre tudo, sem tabus. Este livro
cumpre também um desejo e a intenção de fazer perdurar
a memória de Manuel Forjaz que, nos últimos cinco anos,
viveu uma intensa luta contra um cancro no pulmão. Mais
do que isso, o professor e empresário contagiou milhares
de pessoas com o seu otimismo, visão e atitude singulares
sobre a vida e a sua própria doença.
Tal como no dia em que Manuel Forjaz veio ao edifício CTT
para apresentar o seu livro “Nunca te distraias da vida”,
o auditório esteve praticamente lotado para receber José
Alberto Carvalho. O Vice-Presidente Executivo dos CTT,
Manuel Castelo-Branco, também fez questão de marcar
presença nesta sessão e de fazer uma breve introdução,
recordando Manuel Forjaz, seu amigo de longa data, como
uma «força da natureza e a pessoa mais “fora de caixa”
que conheceu em toda a vida.»
José Alberto Carvalho iniciou a apresentação do seu livro
referindo que já não se lembra que Manuel Forjaz «morreu
de cancro, visto que o impacto que ele deixou ultrapassa
largamente a doença. O cancro foi só um pretexto para
tocar mais pessoas.» Os momentos que se seguiram e que
se prolongaram até ao final da sessão foram verdadeiramente inspiradores, ou não fosse José Alberto Carvalho
um comunicador nato. O jornalista deixou mensagens muito positivas e de motivação, insistindo na importância de
acreditarmos em nós próprios, de vivermos todos os dias
como se fosse o último e, sobretudo, de nos permitirmos
sempre sonhar. INM
●
7
CTT são
“Superbrand 2014”
Os CTT receberam, novamente, a distinção de “Marca de
Excelência”, atribuída pela Superbrands.
A Superbrands, que celebra 10 anos no mercado português, é uma organização internacional e independente,
presente em 89 países, que se dedica à promoção de
Marcas de Excelência, regidas por valores como a longevidade, a fidelização, a aceitação, o “goodwill” e o domínio
do mercado.
A metodologia de eleição das “Marcas de Excelência” é baseada na avaliação do Conselho Superbrands, composto
por especialistas nas áreas da Comunicação e Marketing,
a que se junta a escolha de um painel certificado de consumidores que elegem, de forma espontânea, as marcas
que consideram mais relevantes.
Desta forma, os CTT marcam a sua presença no prestigiado
“Livro Superbrands” e podem utilizar a Marca e o Selo
Superbrands “Marca de Excelência” nas suas comunicações. Para 75,8% dos consumidores, a exibição deste Selo
garante que as marcas apresentam produtos ou serviços
de qualidade.
A gala de entrega dos troféus realizou-se no dia 3 de
dezembro, em Lisboa. A cerimónia foi apresentada pelo
Quarteto dos 3 irmãos Pedro e Paulo que, com a colaboração de três poetas “literalmente mortos” – Florbela
Espanca, Fernando Pessoa e Luís de Camões – revelaram,
de forma divertida e poética, as 34 organizações distinguidas este ano. ED
●
8
EVENTOS
l
APOSTA 132
Daniel Oliveira
nas Lojas CTT
Não resistimos em perguntar-lhe “O que dizem
os seus olhos?” e ele respondeu: «Os meus olhos
dizem que sou metade saudade, metade futuro»
Daniel Oliveira promoveu o seu livro “A Fórmula da
Saudade” nas Lojas CTT. Cara conhecida da televisão
portuguesa, apresenta atualmente o programa “Alta
Definição”, na SIC, onde conduz entrevistas de caráter
intimista a personalidades nacionais e internacionais. A
par disto, conta com cinco livros editados.
“A Fórmula da Saudade”, lançado este ano, é o seu segundo romance. Um livro onde se propõe a descodificar
a fórmula da saudade, esse sentimento tão português.
«Não como uma fórmula matemática, mas como uma
fórmula literária», revela.
Para o autor, o passado nunca se perde. «Mesmo quando
morre alguém, o que se perde é a vivência do futuro com
essa pessoa. Os momentos passados nunca se perdem.
A saudade não é só um sentimento melancólico e, nalguns casos angustiante, porque é uma dor irreversível,
é também pela saudade que conseguimos resgatar os
momentos felizes da nossa vida», conclui o escritor.
No dia 12 de dezembro, da parte da manhã, o apresentador de televisão esteve em Santarém e, à tarde, na Gare
do Oriente, em Lisboa.
ficar com uma sensação meio estranha por aquela carta,
que era nossa, já não estar ao nosso alcance porque tinha
entrado para dentro do marco. Recordo-me disso, é essa a
imagem mais presente. Acho que apesar de tudo, os CTT
ainda representam alguma coisa que remete também para
a saudade no sentido em que há coisas que ainda têm de
ser feitas pelo método tradicional. Hoje em dia, com a voracidade com que um e-mail ou um SMS chegam, mandar
uma carta ainda é uma coisa que tem um tom diferente.
Os fãs escrevem-lhe cartas?
Recebo algumas, mas hoje em dia escrevem mais pelas
vias eletrónicas. Mas recebo sim, e têm um sabor especial. Sentirmos que aquela pessoa escreveu aquela carta,
à mão, e que se dedicou de facto àquela missiva que está
a enviar, é bastante reconfortante.
Conhece o seu carteiro?
Não. Porque passando a vida na SIC é difícil ter contacto
com a pessoa.
Frequenta as Lojas CTT?
Qual é a primeira recordação que tem dos CTT?
Tenho uma grande recordação de um marco de correio.
Eu vivia na Amadora e havia um marco de correio que
eu adorava, enorme, vermelho, daqueles típicos, junto
à Estação dos Correios. Lembro-me de ser eu a colocar
as cartas que os meus familiares enviavam e, depois, de
Frequento a ViaCTT, é por lá que recebo muitas das minhas faturas. Depois, presencialmente, vou sobretudo à
Loja CTT de Carnaxide, perto da SIC, é mais prático. Vou
lá recorrentemente e sou sempre muito bem atendido.
Muitas vezes fico à conversa com as pessoas que trabalham nas Lojas e é bastante divertido. ED
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9
“Mãe Coragem”
em sessão de autógrafos
Juntamente com o neto, a mãe de Cristiano Ronaldo
esteve na Loja CTT da Cova da Piedade para promover
a sua biografia “Mãe Coragem”
A Loja CTT da Cova da Piedade realizou, no dia 16 de dezembro, uma sessão de autógrafos com Dolores Aveiro.
A mãe de Cristiano Ronaldo foi recebida em ambiente de
festa, com música e vários convidados especiais.
“Mãe Coragem”, assinado por Paulo Sousa Serra, é um
livro sobre a mãe do melhor futebolista do mundo. Uma
obra onde a madeirense fala acerca da sua vida e das dificuldades com que se foi deparando ao longo dos anos.
Desde a morte prematura da mãe, até à quase interrupção
da gravidez de Cristiano Ronaldo, passando pela separação do filho quando este veio jogar para o Continente
ou, mais recentemente, a luta contra o cancro da mama.
É uma obra sobre coragem, persistência e fé, onde também há espaço para as alegrias, como o sucesso profissional de CR7 ou o nascimento dos netos.
Dolores Aveiro, “a mulher a quem o sofrimento nunca
apagou a esperança”, falou à Aposta acerca da obra.
Como apresenta este livro?
É um exemplo que quis dar, porque ouvimos dizer muitas
tristezas, de pais que abandonam os filhos, dando fim à
vida. E eu quis transmitir que temos de ir à luta, nunca
cruzar os braços porque vale a pena. A vida são dois dias
e temos de lutar até ao fim.
Este livro é um relato sobre a experiência de uma mãe. É um
livro para mulheres ou para todas as pessoas?
É um livro para todas as pessoas. Fala da experiência
de ser mãe, daquilo que eu passei, do que eu lutei. Fala
sobre a gravidez e de quando eu tentei tirar o Ronaldo
por causa das dificuldades da vida. Mas, não façam
isso, porque nunca sabemos o que aquele filho vai dar
e temos de lutar.
Tem noção de que tem sido uma inspiração para outras mães?
Tenho. Até em Espanha, onde não há o livro em espanhol, chegaram a comprar livros portugueses para eu
autografar lá. Sinto um carinho especial por darem valor
ao meu livro.
Como é ser mãe do melhor jogador do mundo?
Sinto muito orgulho, mas não penso como sendo a mãe
do melhor jogador do mundo. Penso que sou uma mãe
que luta pelos filhos que teve. Sinto-me muito orgulhosa
por ele ser acarinhado por todo o mundo. ED
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10
EVENTOS
l
APOSTA 132
Toca a Todos
Os CTT apoiaram recentemente a realização de um mega
evento de solidariedade, que teve como objetivo angariar
fundos para apoiar a luta contra a pobreza infantil desenvolvida pela Cáritas. O “Toca a Todos” decorreu entre os
dias 3 e 6 de dezembro, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e
foi promovido e transmitido pela RTP. Este foi um evento
no mínimo peculiar, já que envolveu a mais longa emissão
de rádio da história portuguesa. Durante 72 horas, três
apresentadores de rádio da Antena 3, Ana Galvão, Diogo
Beja e Joana Marques, estiveram fechados dentro de um
estúdio em vidro instalado na Praça do Comércio, por onde
passaram também diversas personalidades do mundo
da música e da televisão, como Jorge Palma, António
Zambujo, David Fonseca, Herman José e Maria Rueff. Ao
longo destes dias decorreram ainda diversos concertos de
artistas e bandas como os Clã, José Cid e Boss AC, entre
muitos outros.
O “Toca a Todos” é um conceito de angariação de fundos
para apoio a uma causa solidária nascido na Holanda,
e que rapidamente se espalhou a países como Bélgica,
Suécia, Suíça e Quénia e, mais recentemente, Portugal. O
balanço da edição portuguesa não podia ser mais animador: ao todo, foram angariados €410.000. INM
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Râguebi do CDUL veste a camisola
do Pai Natal Solidário
A equipa de seniores do râguebi do Centro Desportivo
Universitário de Lisboa (CDUL) foi a protagonista de um
vídeo promocional dos CTT no âmbito do projeto Pai Natal
Solidário. O convite partiu dos CTT e o CDUL não hesitou
em aceitar o desafio.
Assim, às 10h da manhã em ponto do primeiro domingo
de dezembro, os jogadores prepararam-se a rigor para
mais um treino desafiante. Desta vez, trocaram o equipamento oficial por fatos de duendes e de Pai Natal e a
bola foi substituída por brinquedos. A tática estava bem
desenhada: espírito de equipa e de solidariedade. As instruções do treinador deram lugar às ordens do realizador:
«luzes, câmara, ação»!
Para os jogadores de râguebi existem, com certeza, missões mais difíceis, mas não foi fácil manter a concentração
e controlar o riso durante as filmagens. É que uma equipa
de râguebi praticamente em collants é mesmo motivo para
se gerarem momentos de boa-disposição. Ainda assim,
os desportistas assumiram o seu papel na perfeição e,
no final do dia, regressaram ao balneário com mais uma
missão cumprida.
O resultado deste dia de filmagens foi a produção de um
vídeo que, através do humor, aborda e pretende chamar a
atenção para um tema muito sério: o Natal de milhares de
crianças desfavorecidas. O filme foi inserido na página de
facebook do Pai Natal Solidário e, até à data, conta com
mais de 18.000 visualizações e mais de 170 partilhas. INM
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EVENTOS l APOSTA 132
Renas, pipocas
e algodão doce
Sob o pincel surgiram caras risonhas em forma de renas, duendes,
bonecos de neve e pais-natais. Muitas crianças felizes, gritaria e correria,
filmes de animação, contos ao vivo, jogos, dança e muita brincadeira.
Assim foram as Festas de Natal dos CPL
Os filhos e netos dos colaboradores
dos Centros de Produção e Logística
do Sul (Cabo Ruivo – Lisboa), do
Centro (Taveiro – Coimbra) e do Norte
(Maia – Porto), tiveram um dia cheio
a 18 de dezembro. Já em período de
férias escolares, chegaram cedo de
manhã e só saíram ao final da tarde,
com uma barrigada de pipocas, algodão doce e presentes dos CTT.
No CPLS estiveram cerca de 90 crianças, o CPLC recebeu 55 e o CPLN
juntou mais 52 pequenos ao lote,
com um programa a todos idêntico,
totalmente preenchido. Os meninos
foram deixados pelos pais à guarda
dos animadores, vestidos com trajes
natalícios, que os acompanharam ao
longo do dia nas diversas atividades.
Os mais madrugadores tiveram direito a ver filmes de animação, enquanto os restantes iam chegando. Depois
houve pinturas faciais, construção de
fantoches, ateliers de instrumentos
musicais, danças e coreografias, jogos tradicionais e teatro para todos.
O momento de convívio à hora do
almoço trouxe às cantinas uma agitação especial, bem à medida do
apetite dos pequenos comilões.
Tudo foi pensado para agradar a tão
singulares clientes. Qual é o prato
favorito e mais consensual entre a
pequenada? Esparguete à Bolonhesa,
para que conste! Além da sopa, salada
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HOUVE PINTURAS FACIAIS, CONSTRUÇÃO DE FANTOCHES,
ATELIERS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, DANÇAS E COREOGRAFIAS,
DESENHO E ESCRITA EPISTOLAR PARA COLOCAR NOS MARCOS,
JOGOS TRADICIONAIS E TEATRO PARA TODOS
CPL-S
CPL-C
de frutas e gelatina. A receita de sucesso garantiu crianças
satisfeitas, saudáveis e sorridentes à saída dos refeitórios.
Para a tarde estavam marcadas visitas guiadas às instalações operacionais de tratamento e transporte de correio,
mais atividades manuais, desenho e escrita epistolar
para colocar nos marcos de correio existentes. Houve
ainda tempo para a entrega de lembranças a todos: uma
mochila vermelha com um porquinho-mealheiro, um jogo
de dominó, um lápis do Pai Natal e uma pulseira de luz.
Mas a magia só ficaria completa com o carrinho das
pipocas e do algodão doce para estragar de mimos a
criançada. Porque a festa é sempre deles! RAQUEL MOZ
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CPL-N
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EVENTOS l APOSTA 132
Querido Pai Natal...
Centenas de crianças de todo o país tiveram oportunidade de
entregar pessoalmente uma carta ao Pai Natal.
O encontro aconteceu no dia 11 de dezembro em 18 Lojas CTT
No final de cada ano, chegam aos CTT milhares de cartas
para o mesmo destinatário: o Pai Natal. A pensar no imaginário infantil, os CTT promoveram, no dia 11 de dezembro, uma iniciativa inédita. Pela primeira vez, o Pai Natal
deslocou-se a Lojas CTT de todas as capitais de distrito
para receber as crianças e registar os seus desejos.
Na Loja Picoas, em Lisboa, o ambiente foi de festa, com
quase uma centena de alunos do 1º ao 4º ano da Escola
EB1 S. Sebastião da Pedreira a entregarem em mão ao
“senhor das barbas brancas” a sua missiva com os pedidos para esta quadra.
Conceição Ramos, professora do 4º ano, realçou que «esta
é uma excelente iniciativa e todos os alunos estão ansiosos para escrever a carta ao Pai Natal. No ano passado
escrevemos as cartas na escola e viemos entregá-las aos
CTT. Todas obtiveram resposta, o que deixou as crianças
muito felizes. Este ano, com o Pai Natal aqui presente,
será ainda melhor». Para o Gestor da Loja, Paulo Ribeiro,
esta é uma forma de «oferecer um dia diferente aos alunos
da escola aqui da zona e, para nós, é uma animação. As
crianças enchem o espaço de alegria».
De facto, boa disposição não faltou nesta manhã em que
ficou provado que, quer escrevam, quer desenhem, todos
sabem bem o que querem ter no sapatinho: playstations
e jogos, telemóveis e tablets, bolas e bicicletas, bonecas
e artigos da Violetta, foram a maioria dos pedidos, mas
houve também quem tivesse pedido um cão, roupa e
umas botas número 34 (não vá São Nicolau enganar-se no
tamanho). Aos adultos ali presentes, lá iam perguntando
como se escreve esta ou aquela palavra, porque não fica
bem enviar ao Pai Natal um postal com erros.
O postal dos CTT incluía já o destinatário, “Pai Natal, Polo
Norte”, e a abertura, “Querido Pai Natal”, à qual quase
todos acrescentaram “este ano portei-me bem” (os mais
sinceros confessavam, “este ano portei-me mais ou menos”). “Beijinhos” e “Boas Festas” foram as despedidas
mais comuns. Depois de escrito, todos colocaram o seu
postal no marco de correio. Os mais precavidos, aproveitaram o facto de ali estar o Pai Natal em “carne e osso”
para lhe darem a conhecer a sua lista de pedidos antes
de seguir por correio, porque «depois pode não ter tempo
para ler todas as cartas», explicavam.
Maior alegria, só mesmo na hora de tirar uma fotografia
com o Pai Natal para mais tarde recordar. A foto, com uma
moldura CTT, foi entregue na hora e todas as crianças a
guardaram com carinho. Os mais atrevidos não hesitaram
em pedir uma dedicatória ao Pai Natal, porque uma imagem autografada tem outro valor. A iniciativa terminou
com um voto especial, deixado por todas as crianças:
«Feliz Natal para os CTT!». LUCÍLIA PRATES
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EVENTOS l APOSTA 132
Música de Natal
nas Lojas CTT
Os CTT, em parceria com o Conservatório de Música e Artes do Dão, inundaram
com música de Natal várias Lojas, de norte a sul do país, brindando os clientes
desses espaços com uma experiência única e diferenciadora
No dia 5 de dezembro, os clientes que entraram nas Lojas
CTT dos Restauradores e Chiado (manhã), Cascais e Marginal Cascais (tarde) foram agradavelmente surpreendidos
por oito jovens que tocavam e entoavam temas musicais
alusivos ao Natal. O grupo, constituído por sete alunos
dos cursos profissionais do Conservatório de Música e
Artes do Dão (Maria, Sara, Carina, Diogo, Ângelo, Ricardo e
Marco) e pela professora de canto Cláudia Matos, realizou
três atuações (instrumental de canto) em cada espaço,
permitindo aos clientes fruírem de uma experiência única, transportando-os para o espírito da quadra que se
avizinhava.
Susana Carneiro, responsável pela Inovação Business
Research do Marketing da Rede (RL/MKR/IBR), justifica
assim esta ação: «Paralelamente à Campanha de Natal,
que estava a decorrer em toda a Rede de Lojas CTT, decidimos em algumas Lojas levar o ambiente natalício para
lá dos habituais enfeites, com uma iniciativa de animação
no ponto de venda, com vista a surpreender e criar uma
envolvência diferenciadora junto do público».
Após as atuações da manhã, Cláudia Matos referiu que
o convite para esta ação foi «muito bem recebido, uma
vez que a disciplina que leciono tem como objetivo a
realização deste tipo de projetos. Os alunos estão satisfeitos, pois é uma oportunidade de se abrirem a outros
horizontes e tipos de música que não apenas a clássica.
Estamos a adorar e achamos que está a correr muito bem,
pois notamos que as pessoas que entram nas Lojas estão
a gostar. É uma ótima experiência para todos nós».
Joaquim Caeiro, músico e responsável pelo departamento
Comercial e de Marketing do Conservatório, adiantou que
«mesmo em pequeno número de elementos, a qualidade
deste grupo é notória, conseguindo dar um corpo muito
interessante, como nos é dado apreciar».
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Cláudia Matos, Joaquim Caeiro e Susana Carneiro
Deixar uma nota de Natal
O Conservatório, frequentado por um média de 300 alunos por ano, apresenta como particularidade o facto de
oferecer um curso muito abrangente, «fazendo a formação
dos alunos a diversos níveis: música (instrumental e canto), dança e dramatização. Quando estes alunos terminam
os estudos estão completamente preparados para aquilo
que é o autêntico espetáculo, uma vez que eles se integram em todas as linguagens da arte. Tão depressa estão
a tocar clarinete, fagote e trombone como, de repente,
cantam, dramatizam e brincam com a mesma facilidade».
O trabalho do Conservatório tem vindo a ser reconhecido
nos últimos anos, com vários alunos a ganharem prémios
a nível nacional e internacional.
As Edições Convite à Música - ECM é uma outra componente do Conservatório. Trata-se de um instrumento através
do qual «usamos todo o material que vamos criando musicalmente em histórias que reinventamos, que são clássicos da literatura infantil, ou recriamos muitas outras, e
editamos esses livros em que o fio condutor é sempre a
música». Estas obras estão à venda nas livrarias e também
nas Lojas CTT, apresentando para lá do elemento lúdico
conteúdos pedagógicos, de forma a incentivar as crianças
para a aprendizagem da música. Satisfeito com o convite
dos CTT, termina: «Trouxemos esta pequena amostra da
«OS NOSSOS CLIENTES
MANIFESTARAM-SE DE
MANEIRA MUITO POSITIVA:
“COISA MAIS GIRA”,
“JAMAIS PENSARIA SER
SURPREENDIDO DESTA
FORMA”, “QUE BOM FOI ESTE
MOMENTO”. PELO QUE ME
ATREVO A DIZER QUE AÇÕES
DESTA ÍNDOLE SERÃO PARA
REPETIR!». SUSANA CARNEIRO
nossa música e da nossa alegria, para deixar uma nota
de Natal nestes espaços. Para os nossos jovens também
é uma experiência muito interessante, pois vivem no interior e é muito estimulante dar-lhes a oportunidade de
virem mostrar um pouco daquilo que fazem».
Além de Lisboa, as atuações continuaram por várias
Lojas de outras cidades. No dia 10 de dezembro, o grupo
deslocou-se ao Porto, às Lojas do Município, Pedro Hispano, Maia e São João da Madeira. No dia 12, a atuação
decorreu em casa, em Santa Comba Dão. No dia 15, continuaram por Viseu, Mangualde e Tondela, terminando no
dia 16, em Coimbra (Loja Fernão de Magalhães), Figueira
da Foz e Ílhavo.
«Em simultâneo com a atuação deste grupo esteve presente a marca Nicola, a promover o café com provas de
degustação e ofertas de cápsulas para experimentação.
Algumas Lojas foram ainda presenteadas com a visita
de crianças que foram convidadas a escrever e enviar
uma carta ao Pai Natal, ao som da música», diz Susana
Carneiro que conclui: «Esta iniciativa captou o agrado e
reconhecimento dos nossos clientes, que se manifestaram de maneira muito positiva: “coisa mais gira”, “jamais
pensaria ser surpreendido desta forma”, “que bom foi
este momento”. Pelo que me atrevo a dizer que ações
desta índole serão para repetir!». ROSA SERÔDIO
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18
PORTUGAL CONNOSCO
l
APOSTA 132
O melhor de
Cabo Ruivo
Mais de cem toques na bola durante um minuto garantiram a vitória n’Os
Melhores em Campo, que se jogou em Cabo Ruivo nos dias 29 e 30 de
setembro. Praticante de futebol de salão, Paulo Roseiro entrou na competição
para se divertir e acabou por levar um televisor LCD para casa
«Entrei neste jogo pela parte lúdica, pela brincadeira,
e não pela competição em si», começa por dizer Paulo
Roseiro, ao fim de mais uma noite e madrugada de trabalho na Linha de Produção e Logística do CPL-S, onde
desempenha o cargo de Supervisor de Cais. Mesmo não
querendo levar o assunto muito a sério, mas ciente das
suas habilidades com a bola, de imediato decidiu participar, tendo sido o primeiro no turno da noite a entrar em
campo, «para ficar despachado, não pensar mais nisso e
não prejudicar a saída dos carros», de modo a garantir a
qualidade de serviço, que é uma preocupação constante:
«O ano passado, o objetivo foi atingido em quase todos
os items avaliados e até superado em alguns».
«Sem ter em mente ganhar», Paulo Roseiro jogou com a
naturalidade própria de quem faz as coisas por gosto e
lá foi facilmente superando etapa a etapa. Não consegue
recordar-se do número exato de toques que conseguiu dar
na bola durante um minuto, «mas foram mais de 100». E
foi esta proeza que o fez sobressair das 255 participações durante os três turnos do CPL-S, em Cabo Ruivo. «Só
acreditei que poderia ser eu a ganhar quando faltavam
participar dois ou três colegas. Foi nesse momento que
me acorreu o pensamento: “Olha, se calhar vou levar o
televisor para casa!”».
Paulo Roseiro tem 33 anos e trabalha nos CTT desde 2000,
sempre no edifício de Cabo Ruivo. Entrou como ESE – Empregado de Serviços Elementares para a videocodificação.
Como Carteiro passou pelas áreas de mecanização e finos
prioritários, foi tratorista e fez recolhas nas Lojas CTT, entre
outras funções. «Gosto muito do que faço e espero manter-me aqui durante muitos anos, pois não me estou a ver na
rua, a fazer distribuição». Já experimentou todos os turnos.
Atualmente só faz «tardes e noites» porque lhe permitem
conciliar melhor a vida familiar. «Dedico-me inteiramente
ao que faço, gosto de ser minucioso, de trabalhar com o
intuito da perfeição. Somos quatro Supervisores de Cais
no turno da noite, e temos que estar coordenados uns
com os outros e trabalhar em equipa. Temos de controlar
a chegada e a saída dos carros, o serviço que entra e
sai e estabelecer prioridades. Ou seja, tem de haver um
controlo rigoroso do que é feito, que é fundamental para
o correio sair a horas, a expedição correr bem e assim
assegurar a qualidade de serviço e a nossa satisfação do
dever cumprido».
19
«ESPERO QUE VENHAM MAIS
INICIATIVAS DESTAS, QUE
CONSIDERO PRODUTIVAS QUANDO
O OBJETIVO É UNIR AS PESSOAS E
ALIVIAR UM POUCO O STRESS DO DIA
A DIA DE TRABALHO»
Jogar por gosto
Termina o seu horário de trabalho quando a maioria das
pessoas se prepara para iniciar o seu. É também quando a
sua esposa e os filhos Rafael e Rodrigo saem de casa para
as suas atividades e ele chega ainda a tempo de dar uma
ajuda. Depois de deixar os rapazes na escola vai dormir
cerca de seis horas.
«Ainda tem tempo para hobbies?» é a pergunta que se
impõe. E a resposta vem segura: «Sim, sim. Não digo
todos os dias, mas pelo menos três vezes por semana
vou ao ginásio ou faço corrida e todos os sábados jogo
futebol de salão».
E então percebe-se que o seu desempenho em campo não
foi obra do acaso. Ficamos a saber que durante muitos
anos jogou futsal em clubes de bairro (Beato, Prior Velho),
chegando mesmo a ser federado. Estava para assinar com
o clube do Forte da Casa quando passou a efetivo nos Correios e desistiu pois «era muito difícil conciliar os horários
de treino com os de trabalho». Mas o bichinho da bola está
lá. E não perde nenhuma oportunidade de praticar o seu
desporto predileto e matar saudades dos tempos em que
o fazia com mais regularidade. Recentemente entrou para
a equipa de futsal do CDCR de Almada. Estreou-se nos últimos Jogos Nacionais que decorreram em junho passado,
em Mafra, «mas a competição correu-nos muito mal, não
passámos a fase de grupos». Em breve serão retomados
os treinos para os apuramentos dos próximos Jogos que
se realizarão em 2016. E espera outro resultado, ou não
seja ele um dos melhores em campo.
Achou esta iniciativa «muito agradável. Foi um convívio
saudável que juntou muitos colegas, de todas as idades,
e deu para descontrair e nos divertirmos, ao mesmo tempo que o espírito de equipa saía reforçado. As horas de
trabalho habitual foram enriquecidas com uma atividade
diferente», que contou com uma elevada adesão. «Como
estava no cais dava para ver que as pessoas do turno da
noite participaram muito. O campo nunca ficou vazio enquanto durou a competição». «Espero que venham mais
iniciativas destas, que considero produtivas quando o
objetivo é unir as pessoas e aliviar um pouco o stress do
dia a dia de trabalho». Até lá, a família vai desfrutando do
merecido prémio, que veio substituir um antigo televisor.
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ROSA SERÔDIO
20
CONGRESSO APDC l APOSTA 132
24º Congresso
das Comunicações
Durante dois dias, o 24º Congresso das Comunicações proporcionou espaços de
reflexão acerca das potencialidades das TIC quando aplicadas a vários setores
de atividade. Só a sua utilização massiva pode garantir um futuro sustentado
O Centro Cultural de Belém acolheu,
nos dias 19 e 20 de novembro, o 24º
Congresso das Comunicações, promovido pela Associação Portuguesa
para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC).
No ano em que a APDC celebra o
seu 30º aniversário, estiveram em
análise as tendências de negócio
dos setores dos Transportes, Administração Pública, Retalho e Smart
Cities e a forma como as Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC)
podem potenciar estas áreas.
Nas palavras de Aníbal Cavaco Silva,
Presidente da República, o encontro
«representa uma oportunidade privilegiada para discutir o papel das
tecnologias da informação e comunicação na atividade económica e na
vida dos cidadãos», na medida em
que envolve «uma multiplicidade de
protagonistas provenientes de setores chave para a economia».
A edição deste ano do estudo APDC
que animou os vários debates, alguns dos quais com a presença de
elementos da Comissão Executiva
dos CTT, demonstra que apenas a utilização massiva das TIC nos referidos
setores poderá trazer um desenvolvimento sustentado.
Em Portugal, «temos um Setor das
Comunicações dinâmico, com um
histórico muito importante de investimento que tem ajudado a contornar
o cenário de crise económica e financeira que afetou o país até 2013. É um
setor de alto valor acrescentado, muito competitivo, concorrencial, focado
no cliente e que tem feito da inovação
uma aposta constante», disse António
Pires de Lima, Ministro da Economia,
na sessão de abertura ao Estado da
Nação das Comunicações.
21
«É UM SETOR DE ALTO
VALOR ACRESCENTADO,
MUITO COMPETITIVO,
CONCORRENCIAL,
FOCADO NO CLIENTE
E QUE TEM FEITO DA
INOVAÇÃO UMA APOSTA
CONSTANTE». ANTÓNIO
PIRES DE LIMA
Explorar as oportunidades da
economia digital
Para Rogério Carapuça, Presidente
da APDC, o país tem excelentes infraestruturas mas ainda há um longo
caminho a percorrer. Por exemplo, a
cobertura de banda larga é de 100%,
quando a média europeia fica pelos
97%. No que respeita à banda larga
móvel, em Portugal, a cobertura é de
91%, sendo que a média da União
Europeia não vai além dos 59%. Mas,
por outro lado, a percentagem de
população ativa com baixas competências digitais no trabalho no nosso
país é de 48%, sendo que a média
da União Europeia fica pelos 39%.
Já a população nacional que compra
online não ultrapassa os 22%, ao
passo que a média da UE é de 47%.
Assim, Rogério Carapuça acredita
que Portugal depara-se com o desafio de estimular a procura. «Temos de
mostrar que as infraestruturas que
temos são das melhores do mundo
e podem servir para estimular a procura, desenvolver o país, estimular
as exportações e desenvolver a economia portuguesa».
Para a presidência deste 24º Congresso, foi convidado Luís Marques
Mendes. O antigo Ministro dos
Assuntos Parlamentares acredita
que esta é uma área decisiva para
a competitividade da economia nacional e revela que «os países mais
desenvolvidos do mundo não são
aqueles que têm petróleo, mas sim
os que mais investem na economia
e no conhecimento».
Regulação
A aceleração tecnológica, a consolidação, a convergência da concorrência crescente e os novos tipos de
consumo, bem como a criação de um
mercado único europeu das comunicações, são alguns dos desafios que
o setor das comunicações enfrenta
no âmbito da regulação. Mas, olhando para o Setor Postal, o desafio é
a manutenção do serviço universal.
André Gorjão Costa participou no painel “Regulação”, juntamente com representantes da NOS, Vodafone e PT.
O Administrador Executivo dos CTT
falou acerca da complementaridade
entre comunicações postais e as comunicações eletrónicas. Desta forma,
perante a crescente interligação dos
setores, a Regulação, agora diferente
para os Setores Postal e das Comunicações Eletrónicas, deverá ser, «cada
vez mais, abrangente e interligada»,
defendeu o CFO dos CTT.
Consumidores mais
informados e exigentes
Mais informados, mais exigentes e à
procura de soluções à medida, convergentes e multiplataforma. É este
o perfil do novo tipo de consumidor
que é fruto do surgimento de um
novo paradigma resultante da aceleração tecnológica e da digitalização.
Manuel Castelo-Branco integrou o
painel de discussão “Inovação Tecnológica, Cliente & Serviço”, que contou
também com representantes da NOS,
Vodafone, PT, Ericsson e Huawei.
Quando questionado acerca dos desafios com que os CTT se deparam
em termos de inovação de produtos
e serviços, o Vice-Presidente falou
acerca da capacidade que a Empresa
teve de inovar: «Alterámos completamente a sua forma de abordar o mercado, quer na organização, quer nas
pessoas, quer na forma de venda».
Manuel Castelo-Branco falou acerca
das restruturações levadas a cabo
pela Empresa decorrentes da diminuição do tráfego postal.
«Eu acho que nos tornámos numa
empresa fortemente inovadora», rematou o Vice-presidente dos CTT.
22
CONGRESSO APDC
l
APOSTA 132
Rogério Carapuça
Aníbal Cavaco Silva
Luís Marques Mendes
O Vice-Presidente dos CTT, Manuel CasteloBranco, com Nuno Cetra (Administrador da PT)
e Luís Silva (“Head of OSS/ BSS Business for
Portugal & Spain” da Ericsson)
«TEMOS UM OPERADOR
POSTAL DINÂMICO,
MODERNO E COMPETITIVO,
COM GRANDE CAPACIDADE
QUANDO COMPARADO
COM QUALQUER UM DOS
OPERADORES EUROPEUS».
FRANCISCO DE LACERDA
O Administrador Executivo e CFO dos CTT,
André Gorjão Costa, com Cristina Perez
(Diretora Jurídica e de Regulação da Vodafone)
e João Confraria (Administrador da ANACOM e
“Keynote Speaker” da sessão)
Estado da Nação
das Comunicações
Depois dos investimentos em redes e
serviços e da restruturação sem precedentes, na sequência de movimentos de consolidação e privatização, o
ecossistema das comunicações prepara-se para um conjunto de novas
oportunidades e desafios. O Estado
da Nação, que encerrou o evento,
contou com a presença de Francisco
de Lacerda (Presidente e CEO, CTT),
Armando Almeida (Presidente, PT),
Mário Vaz (CEO, Vodafone) e Miguel
Almeida (CEO, NOS).
Recordando o sucesso do processo
de privatização dos CTT e o trabalho
desenvolvido pela Empresa, Francisco
de Lacerda acredita que «temos um
Operador Postal dinâmico, moderno e
competitivo, com grande capacidade
quando comparado com qualquer um
dos operadores europeus».
O dirigente acredita que o país tem
capacidade para atrair investimento
e o setor das comunicações tem-se
posicionado como uma força motriz
do mercado, com capacidade para
gerar emprego e criar riqueza.
O Setor das Comunicações, com os
seus subsetores (Telecomunicações,
Media, Postal e Tecnologias da Informação) representa entre 7 e 8% do
PIB, empregando cerca de 100 mil
pessoas. ELSA DUARTE
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24
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL l APOSTA 132
CTT sobem
nos índices CDP e IPC EMMS
Os CTT passaram mais uma vez no teste de desempenho ambiental dos índices
CDP e EMMS do IPC, publicados no final de 2014. A Empresa continua a apostar
numa economia baixa em carbono, reportando os seus esforços e contribuindo
para minimizar a erosão do capital natural do planeta
Os CTT conheceram no final de 2014
os resultados do seu desempenho em
termos de sustentabilidade ambiental
nos relatórios do Carbon Disclosure Project (CDP) e do Environmental
Measurement and Monitoring System (EMMS) do International Post
Corporation (IPC). Trata-se de dois
importantes sistemas de avaliação e
gestão da pegada carbónica da atividade empresarial, o primeiro a nível
global e o segundo a nível sectorial
postal, que reconhecem os esforços
desenvolvidos e as boas práticas em
matéria de redução das emissões
poluentes e avançam recomendações
para uma contínua melhoria.
O CDP é o rating de referência mundial
que afere o desempenho energético
e carbónico das empresas, quanto
à qualidade da informação, exaustividade das respostas, ações implementadas para gerir os impactes nas
alterações climáticas, e performance
em termos de redução dos gases de
efeito de estufa (GEE) no planeta. Cerca
de duas mil das principais empresas
internacionais responderam através
do CDP a pedidos de informação sobre riscos e oportunidades climáticas,
formuladas por investidores que representam ativos no valor de 92 triliões de
dólares norte-americanos (1/3 de todo
o capital investido a nível mundial).
Esta foi a segunda vez em que os CTT
participaram, agora como empresa cotada na bolsa e com elevadas responsabilidades em relação aos acionistas
e demais stakeholders, depois de
uma primeira experiência a título voluntário em 2013. Portugal enquadra-se no índice do CDP da região Iberia
onde são convidadas 125 empresas
de variados setores a participar: 40
portuguesas e 85 espanholas. Das
empresas nacionais convocadas, só
13 responderam ao repto, ficando as
restantes de fora por falta de capacidade. Os CTT foram incluídos no setor
“Indústria”, tal como no ano anterior.
Este índice conta com duas diferentes
tabelas de avaliação: Disclosure (de
0 a 100) e Performance (de E a A). A
classificação dos CTT em termos de
Disclosure subiu para 88 valores (86
em 2013), tendo mantido a banda B
de Performance. A média ibérica é
de 85 e banda B. O melhor resultado
português em Disclosure foi para a
Galp Energia com 100 valores e, em
Performance, para o Banco Espírito
Santo com a banda A. Os CTT foram
líderes nacionais no seu setor.
Em temos de benchmarking para o
setor postal, uma análise aos operadores internacionais (públicos ou
privados) que reportam para o índice
do Carbon Disclosure Project coloca a
bpost (Bélgica) em 1º lugar na tabela
da Performance (banda A), em 2º
ex-aequo (A-) a UPS (EUA) e a Royal
Mail (Reino Unido), e em 4º (B) os
CTT, a Deutsche Post (Alemanha) e a
Fedex (EUA).
Todavia, é o índice EMMS do International Post Corporation que melhor
identifica e avalia os esforços na redução da pegada carbónica pelo setor
postal internacional. Os CTT fazem
parte deste programa desde o arranque, em 2008, com uma posição invejável em termos de resultados para a
sua dimensão de pequeno operador
europeu. O grupo de 23 participantes,
membros e não membros do IPC, que
são responsáveis por mais de 80% do
volume global postal que circula no
mundo, conseguiu alcançar quase a
meta de redução prevista para 2020:
-20% de emissões carbónicas.
25
OS CTT SÃO O OPERADOR
POSTAL QUE A NÍVEL
MUNDIAL MAIS REDUZIU A
SUA PEGADA CARBÓNICA
NO ÍNDICE EMMS:
-51% CONTRA A MÉDIA
SECTORIAL DE -19%. O
BOM RESULTADO DEVE-SE
A GANHOS DE EFICIÊNCIA
INTERNA, POR VIA DA
RENOVAÇÃO TECNOLÓGICA
(FROTA E EDIFÍCIOS),
DA EXPANSÃO DA
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
E DOS PROGRAMAS DE
GESTÃO ENERGÉTICA
CTT lideram em redução
de emissões
A nível sectorial, os CTT consolidaram,
mais uma vez em 2013, uma posição
de destaque a nível mundial, mantendo o 6º lugar no ranking das melhores
prestações (o IPC mantém anónima a
identidade dos participantes, apenas
dando a conhecer a cada visado a sua
classificação e posição relativa face
aos demais). Pelo sexto ano consecutivo, os CTT melhoraram a sua pontuação global para 85,2 pontos em
100 (82.95 no ano anterior), subindo
em 4 dos 10 critérios do rating EMMS,
e voltando a ter a liderança mundial
no critério Disclosure and Reporting.
No último ano, os CTT reduziram novamente as suas emissões nos scopes
1 e 2, sendo o operador postal que a
nível mundial, comparativamente com
a situação de partida em 2008, mais
reduziu a sua pegada carbónica (-51%
contra a média sectorial de -19%).
Parte destes bons resultados decorre
de fatores exógenos, como a evolução
favorável da componente renovável
no mix elétrico nacional, dependente
dos anos hídricos, que tem um peso
elevado no scope 2. Mas são de assinalar também os ganhos de eficiência
conseguidos internamente, por via da
renovação tecnológica (frota e edifícios), da expansão da mobilidade
sustentável e dos programas de gestão energética.
A próxima meta dos CTT será atingir uma pontuação global de 90%
e passar a integrar o lote de “top
performers” (como o bpost, DP DHL,
PostNL e PostNord). No último ano,
apesar da melhoria de pontuação, o
operador português perdeu ritmo e
distanciou-se em relação ao líder. Em
alguns indicadores encontra-se mesmo abaixo da média do setor, como
no caso da utilização de eletricidade
verde (4% face à média de 35%) e do
peso da frota alternativa (8% face à
média de 26%).
Numa altura em que a meta acordada
de redução da pegada carbónica se
encontra prestes a ser atingida, foram
já aprovados pelo Board do IPC novos
objetivos carbónicos, bastante mais
exigentes do que até aqui, usando
como variável de controlo não as
emissões globais mas a eficiência
carbónica e energética, e passando
a incluir os fornecedores (scope 3).
A fatura coletiva dos participantes no
relatório EMMS saldou-se assim por
uma redução de 19,2% entre 2008
e 2013, baixando as emissões de
dióxido de carbono de 8,4 para 6,8
milhões de toneladas, o equivalente
a retirar de circulação 600 mil viaturas
por ano. RAQUEL MOZ
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26
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
l
APOSTA 132
Já ouviu falar de
“commuting”?
Três anos após a mudança dos serviços centrais em Lisboa para o Parque
das Nações, qual é o padrão de movimentação das mais de mil pessoas que
diariamente entram no edifício-sede dos CTT? Conheça o seu perfil segundo
os resultados do estudo agora concluído
O comportamento nas deslocações
entre a casa e o trabalho dos colaboradores dos CTT, sediados no edifício
do Parque das Nações em Lisboa, foi
objeto de inquérito no final de 2013
para vir a ser analisado durante 2014.
A palava “commuting” é utilizada para
descrever o modo como a população
se desloca regulamente de e para o
seu local de emprego, através dos vários meios de transporte disponíveis
ou combinando alguns deles.
O termo inglês data de meados do
século XIX, com o desenvolvimento
das ligações ferroviárias em grandes
cidades norte-americanas como Nova
Iorque, Boston, Chicago ou Filadélfia,
que facilitariam a fixação das populações nos subúrbios ao garantir o
acesso aos centros urbanos a partir
de locais mais distantes. Comutar
passou a ser o verbo para designar
a utilização de um ou mais meios
de transporte para fazer esta ligação
frequente.
O setor dos transportes é o que mais
contribui para as emissões de CO2
a nível planetário (1/3 do total). As
viagens diárias feitas entre o domicílio e o local de trabalho têm por isso
hoje uma importância crescente na
avaliação do desempenho carbónico
das empresas, começando a pesar na
fatura global, o que implica planos de
redução e alternativas a considerar.
A necessidade de calcular estas deslocações tem sido, por isso, um requisito em todos os programas e rankings
internacionais de sustentabilidade e
combate às alterações climáticas.
Os CTT realizaram no final de 2013
um inquérito detalhado juntos dos
colaboradores sediados no edifício
CTT do Parque das Nações, com uma
taxa de resposta de 33%, isto é, 430
respondentes num universo de 1320
pessoas. Ao longo de 2014, com a
colaboração do Instituto Nacional de
Estatística, o estudo foi alargado ao
total de colaboradores CTT, cruzando
os códigos postais das respetivas moradas com os dados do Census 2011.
A primeira consulta aos colaboradores dos CTT da região de Lisboa
tinha acontecido em 2010, antes da
centralização dos serviços centrais no
Parque das Nações. Em 2013 houve a
necessidade de reavaliar a situação e
perceber quais as principais mudanças que se tinham operado.
27
A NÍVEL NACIONAL, A PEGADA CARBÓNICA
É DE 6.850 TONELADAS DE CO2, COM UM
TOTAL DE 56 MILHÕES DE QUILÓMETROS
PERCORRIDOS POR ANO PELOS 12.300
COLABORADORES CTT SÓ NO “COMMUTING”
Vou de carro ou vou de metro
A análise evolutiva na utilização de
transportes entre 2010 e 2013 evidenciou um crescimento significativo
das viagens realizadas em viatura
particular (10%), nomeadamente no
caso do transporte individual só com
condutor (que cresceu cerca de 20%)
e decréscimo dos restantes modos. O
metro é o principal perdedor, que passou da 1ª para a 4ª posição (-29%),
dada a localização periférica do edifício-sede, na zona oriental da cidade.
O uso de viatura própria é a opção
mais cara e mais poluente entre todas
as modalidades, e passou a ser em
2013 o transporte mais utilizado por
51% dos inquiridos. O comboio está
em segundo lugar (30%) e o autocarro em terceiro (24%). Em 2010 era o
metro o principal meio de transporte
(50%), seguido da viatura particular
(31%) e do comboio (29%).
Observou-se ainda uma diminuição
da taxa de intermodalidade (utilização múltipla de meios de transporte),
passando de 1,8 meios usados em
2010, para 1,7 em 2013. A escolha do
transporte é influenciada por fatores
subjetivos, sendo o mais importante
a rapidez, depois o custo, e só então
a conveniência.
Fatores como a saúde ou a proteção do ambiente, embora tenham
registado a maior subida em 2013,
ainda não são muito ponderados.
Mas há sinais encorajadores: o uso
da bicicleta no centro da cidade, que
era nulo em 2010, tem agora 2% de
utilizadores, em muitos casos como
opção modal combinada.
O acréscimo das viaturas particulares
e das distâncias, para os “commuters” da região de Lisboa, resultou
num claro aumento da pegada carbónica, que em 2010 era de 853
toneladas da CO2 e em 2013 passou
para 1.203 toneladas (+40%). A nível nacional, as emissões relativas
ao “commuting” sobem para 6.850
toneladas de CO2, mais do que o
resultante de todo o consumo de
electricidade da Empresa. Os 12.300
colaboradores CTT percorreram num
ano 56 milhões de quilómetros entre
a casa e o trabalho, valor semelhante
ao total percorrido pela frota rodoviária na sua actividade postal.
A senhora do retrato
O questionário agora conhecido permitiu apurar o perfil dos colaboradores CTT e produzir um retrato-robô com
base na média dos resultados obtidos
para o edifício-sede de Lisboa. E a
personagem que emerge deste estudo é uma mulher (57%), de 44 anos
(43%), residente no município de Lisboa (28%). Ainda assim, muitos são
os colaboradores que todos os dias
chegam da margem sul do Tejo (23%),
da zona oeste onde ficam Loures e
Odivelas (15%), da linha de Sintra
(15%) e da linha de Cascais (14%).
Esta nossa colaboradora típica passa diariamente 48 minutos em cada
trajeto, entre a casa e o trabalho, e
gasta mensalmente €90 em custos
com transportes. Um quinto dos respondentes chega a despender mais
de €150 por mês em deslocações,
que se devem aos preços associados
a viatura particular ou a transportes
públicos para grandes distâncias.
O estudo procurou ainda analisar a
viabilidade de promover o uso de
meios de transporte mais sustentáveis, nomeadamente a bicicleta e a
partilha de viatura (carpooling). Entre
os inquiridos em 2013, 49% admite poder optar pela bicicleta, caso
as condições de duche e vestiário
estejam asseguradas e os acessos
na cidade o facilitem. Também 66%
ponderam já a partilha de viatura
(24% em 2010), desde que haja condições de estacionamento no edifício
(42%) ou venha a existir uma base de
dados para encontrar colegas com
percursos semelhantes e horários
idênticos (42%).
O “commuting” é um fenómeno que
não depende só das escolhas pessoais de cada colaborador, mas do
grau de responsabilidade assumido
pelas empresas na procura de alternativas que minimizem os impactes
ambientais associados. O primeiro
passo foi conhecer a situação. Agora
há um futuro mais sustentável a construir, através da difusão de informação sobre acessibilidades, a criação
de condições para o uso de bicicletas
e partilha de viaturas, a participação
em iniciativas municipais e europeias,
concursos e prémios, palestras e outras ideias que façam a diferença na
vida de todos. RAQUEL MOZ
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28
ENTREVISTA
l
APOSTA 132
Céu Serejo, João Tribuna Miguel, Marília Martins Cortez e Peter Tsvetkov
Relações com
Investidores
Criada em novembro de 2013, a Direção de Relações com Investidores tem
por missão assegurar a articulação dos CTT com a CMVM, a Euronext Lisbon
e a lnterbolsa, os acionistas da Empresa, investidores, analistas, agências
de rating, mercado de capitais e comunidade financeira em geral.
A Aposta foi conhecer o trabalho desenvolvido pela equipa
A equipa de Relações com Investidores (RI), constituída
por Peter Tsvetkov (Diretor), Marília Martins Cortez, João
Tribuna Miguel e Céu Serejo, desempenha um papel estratégico nos CTT, contribuindo para a gestão equilibrada
das expectativas e exigências dos diferentes stakeholders
e para a criação de valor para a Empresa, por via de uma
comunicação atempada, rigorosa e eficaz com o mercado
financeiro.
Como explica Peter Tsvetkov, «somos o interlocutor
entre o Conselho de Administração (CA) e a Comissão
Executiva (CE) dos CTT e os donos da Empresa (os nossos acionistas), o regulador e o mercado de capitais
nacional e internacional. Agora que estamos cotados
em bolsa, toda a informação importante (alterações de
preços, calendário financeiro e societário, participações
qualificadas, deliberações das Assembleias Gerais, dividendos, renúncia e cooptação de administradores,
etc.), que tem impacto relevante na Empresa e na sua
posição financeira, e que possa influenciar a cotação da
ação, tem de ser comunicada de forma regulamentada».
A CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
é a entidade que supervisiona e regula os mercados de
valores mobiliários e os mercados de bolsa e a atividade
dos agentes que neles atuam, como os CTT.
«Preparamos os comunicados, em português e inglês,
e efetuamos a respetiva divulgação, através do site da
CMVM e do site dos CTT. Este último é cuidadosamente
revisto e mantido atualizado pela nossa equipa, em colaboração com a equipa de Web e Social Media da CI, na
parte que se refere aos Investidores. Por exemplo, os CTT
29
estão obrigados a publicar resultados trimestralmente.
Nós colaboramos com as áreas financeiras da Empresa
(CT e PC) e diretamente com PCA e com o CFO, no sentido de encontrarmos a forma mais clara e objetiva de
comunicar esses resultados ao mercado. Posteriormente,
preparamos um documento em inglês, designado “Company Presentation”, que visa apresentar, de forma mais
resumida, gráfica e apelativa, as contas da Empresa, e
que é disponibilizado à CMVM e aos acionistas e utilizado
pelo CA em reuniões e conferências com investidores».
Marília Martins Cortez tem a seu cargo a redação e divulgação de comunicados, tanto junto da CMVM através
do seu site, como no site dos CTT, e internamente para o
Conselho de Administração e para a Comunicação Institucional. É ainda responsável pelas traduções de vários
documentos. Transitou das Relações Internacionais para
as Relações com Investidores e considera que «integrar
esta nova direção foi um grande desafio, porque era uma
área completamente nova. O balanço é muito positivo,
aprendi matérias novas, muito interessantes e diferentes
de tudo aquilo que tinha feito até agora. Estou muito
satisfeita por pertencer a esta equipa».
O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
REFLETIU-SE NO SUCESSO DA
PRIVATIZAÇÃO DOS CTT, NA EXCELENTE
PERFORMANCE DAS AÇÕES DOS CTT NO
ANO APÓS A PRIVATIZAÇÃO E NOS ALTOS
NÍVEIS DE CONFIANÇA DO MERCADO
No dia seguinte à comunicação de resultados, as RI organizam uma “conference call” (“webcast”, disponível no site
dos CTT), de pelo menos uma hora, com acionistas, investidores e analistas financeiros. Estes estudam o comportamento bolsista, acompanham a ação e emitem recomendações de compra e venda, e representam uma importante
fonte de informação e de divulgação dos CTT. Peter Tsvetkov
recorda que «no início de 2014 tínhamos quatro analistas a
fazer cobertura, hoje temos 12, o que é muito positivo, tendo
EVENTOS RI - Ano 2014
Nº DE EVENTOS
DIAS FORA DE PORTUGAL
Nº DE INVESTIDORES
Conferências
14
13,5
185
Roadshows
16
14,0
126
Investidores a visitar Lisboa
24
--
40
Conference calls com
investidores
50 (incl. 4 webcasts de resultados)
--
50
Conference calls /
reuniões com analistas
54
--
--
COMUNICADOS RI (até 9 de dezembro 2014)
NÚMERO
Press Release (inglês) *
Resultados Consolidados Ano 2013 – 12 março
Resultados Consolidados 1T14 – 7 maio
Resultados Consolidados 1S14 – 29 julho
Resultados Consolidados 3T14 – 4 novembro
4
Apresentações de resultados (inglês)
Ano 2013 (Português e Inglês) – 12 março
1T14 – 7 maio
1S14 – 30 julho
3T14 – 4 novembro
4
Convocatória AGE (português & inglês)
CVs dos Dirigentes
1
Participações qualificadas (português & inglês)
Comunicados de participação qualificada
(aumento ou redução da participação)
31
Informação privilegiada (português & inglês)
Comunicados diversos – Alterações de preços, Calendários
Financeiro e Societário 2014, Deliberações AG Extraordinária e
Anual, Dividendos, Renúncia e Cooptação de Administradores,
Banco Postal, Parcerias e Acordo de Empresa
26
Transações de dirigentes (português & inglês)
Comunicações referentes a transações de diretores
de 1ª linha – 17 março a 1 de abril
6
Total
72
* Press release em português elaborado por departamento de PC.
30
ENTREVISTA
l
APOSTA 132
A PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES,
CONFERÊNCIAS E OUTROS EVENTOS
NACIONAIS E INTERNACIONAIS
REFORÇA A PROXIMIDADE À BASE
ACIONISTA E IMPULSIONA A
CONSTRUÇÃO DE UMA RELAÇÃO DE
CONFIANÇA COM O MERCADO
em conta a dimensão do mercado português e da Empresa
(“mid-cap”), e ultrapassa o objetivo, que era encerrar o ano
com 10». João Tribuna Miguel sublinha que «cada analista é
seguido por muitos investidores, o que multiplica o número
de contactos».
Construir a confiança
Se Marília Martins Cortez se dedica aos textos, João
Tribuna Miguel encarrega-se dos números. «Acompanho
os analistas que seguem a ação e nos pedem esclarecimentos. Dou-lhes o apoio necessário para que se sintam
mais confiantes no seguimento que fazem». A análise
da performance bolsista também é tarefa sua: «faço o
tratamento das informações do mercado, que são retiradas do Bloomberg Finance», e não hesita em afirmar
que «o desempenho dos CTT tem sido bastante estável e
as nossas ações têm a melhor performance do PSI 20».
Para lá do cumprimento das obrigações legais e da disponibilização ao mercado de informações que permitam
conhecer a realidade dos CTT e a sua evolução, em termos económicos, financeiros e de governo societário, o
estabelecimento de contactos é outra das funções das RI.
Céu Serejo é responsável pelo secretariado da Direção e
representa o primeiro elo de ligação entre o Diretor de RI e
os seus interlocutores. «Faço atendimento de chamadas e
tratamento de correspondência, organização de reuniões
e conferências, preparação de viagens ao estrangeiro e
de visitas de investidores a Lisboa, e contactos com os
promotores de eventos».
Os CTT reforçam a sua proximidade à base acionista através de reuniões com investidores e da presença regular
em conferências nacionais e internacionais que impulsionam a construção de uma relação de confiança com
o mercado. A participação é assegurada pelo Presidente
e CEO dos CTT, Francisco de Lacerda, pelo Administrador
Executivo e CFO, André Gorjão Costa, e pelo próprio Diretor de RI, Peter Tsvetkov, que realça que «a participação
do “management” dos CTT em eventos relevantes é muito
importante para manter o contacto com os investidores. E
não podemos interagir apenas com os acionistas correntes, porque todos os dias existe compra e venda de ações,
temos de continuar a promover os CTT para capturarmos
novos mercados e acionistas».
Para 2015 os objetivos gerais são: aumentar o número de
analistas, aumentar a participação dos acionistas na Assembleia Geral, manter uma boa relação com o regulador
e alargar os contactos a outras geografias, com vista ao
estabelecimento de uma base acionista mais ampla e
diversificada. O objetivo primordial continuará a ser a
criação de valor, através da comunicação ao mercado,
dentro dos prazos definidos e de forma clara, objetiva e
com qualidade, de informações relevantes sobre a atividade dos CTT. LUCÍLIA PRATES
●
31
32
DAR UM GIRO l APOSTA 132
Palmela
seduz
Seja pelo rico e exuberante património natural e edificado. Seja pelo vinho,
costumes e tradições. Seja pelos sabores da gastronomia típica. Seja pelas
propostas de lazer em contacto com a natureza. Palmela é uma vila apaixonante
que importa conhecer e desfrutar. Deixe-se seduzir...
Entrámos na vila pela avenida da
Liberdade. Após uma curta e algo
íngreme subida deparámo-nos com o
largo de São João. Os nossos passos
apressam-se para chegar à outra extremidade onde nos aguarda uma vista fantástica sobre o Vale dos Barris,
o Parque Natural da Arrábida (onde
sobressai a Serra do Louro com os
seus moinhos de vento) e o Castelo.
Perante a imponência deste último
cenário, invade-nos uma vontade urgente de alcançar o monumento.
Mas antes, e porque estamos no local
onde se fixaram no neolítico antigo
(finais do VI milénio e inícios do V
a.C.) os primeiros habitantes, com o
povoado do Casal da Cerca, vamos
descobrir o que tem para oferecer. O
largo, requalificado por Rui Farinha e
distinguido com o Prémio Nacional de
Arquitetura Paisagista 2009, acolhe
desde 2002 a Biblioteca Municipal,
instalada no edifício construído na
primeira metade do século vinte para
ser escola primária. Ao lado, a capela
de S. João Baptista, do séc. XVII, deixou de realizar cerimónias religiosas
desde 1910 e é Monumento de Valor
Concelhio. De seguida, há que entrar
na Casa Mãe da Rota dos Vinhos da
Península de Setúbal, uma antiga
adega recuperada e transformada
em ponto de informação enoturístico.
Neste espaço podem ser apreciados
e adquiridos os vinhos e produtos
típicos da região, assim como marcadas visitas às adegas. Fica o aviso: é
impossível sair de mãos vazias, pois
as tentações são irresistíveis.
Já no exterior, a nossa atenção vira-se
para um dos ex-libris de Palmela, o
Cineteatro São João, inaugurado em
1952 com o filme “As aventuras de D.
Juan” e a revista alemã “Que pernas
que ela tem”, tornando-se uma das
mais categorizadas salas de espetáculos fora dos grandes centros urbanos.
Classificado como Imóvel de Interesse
Municipal, é utilizado para diversas
manifestações artísticas e apresenta
a exposição permanente “Cineteatro
São João: Arte e Memória”.
No centro do largo impõe-se o Coreto
33
da Sociedade Filarmónica Humanitária, construído em 1924 pelo mestre
pedreiro palmelense Salvador Augusto
Camolas. A estrutura de ferro forjado
e a cobertura de madeira assentam
numa base marmórea e exibem decoração típica da época.
É neste local central da vila que se
repete desde 1963 o maior certame do
concelho: a Festa das Vindimas, que
celebra o vinho, a vinha e todos os que
se dedicam ao cultivo dos campos. O
programa estende-se da última quinta-feira de agosto à primeira terça-feira
de setembro, incluindo momentos tradicionais como a Eleição da Rainha das
Vindimas, a Pisa da Uva, a Benção do
1º Mosto, o Cortejo dos Camponeses
ou os Cortejos Alegóricos.
Por rua, ruela, escada,
escadinha...
Palmela, sede de concelho, situa-se
na região de Lisboa, na Península de
Setúbal, e integra parte de duas importantes áreas protegidas nacionais:
o Parque Natural da Arrábida e a
Reserva Natural do Sado. O concelho
estende-se por 460Km2 e comporta cinco freguesias: Palmela, Pinhal
Novo, Quinta do Anjo, Poceirão e S.
Pedro de Marateca. Nos séculos VIII
e IX a comunidade muçulmana usava
a palavra “Balmala” para identificar
esta localidade.
Vamos então encetar a caminhada
rumo ao promontório da vila. Na Rua
General Amílcar Mota, algumas casas
destacam-se com as suas fachadas
de notável plasticidade e decoração,
revestidas a azulejos e paramentos
em ladrilho cerâmico vidrado, ao estilo Arte Nova. Na primeira metade do
século XX, a produção e comércio de
vinhos trouxe prosperidade aos lavradores, que construíram estas casas
vistosas para sua habitação.
As casas e ruas do Centro Histórico
foram crescendo ao longo dos tempos, acompanhando a morfologia do
terreno. Localizada na encosta norte
do Castelo, a população orientou o
NA CASA MÃE DA ROTA DOS VINHOS PODEM
SER APRECIADOS E ADQUIRIDOS OS VINHOS E
PRODUTOS TÍPICOS DA REGIÃO, ASSIM COMO
MARCADAS VISITAS ÀS ADEGAS
Casa Mãe da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal
34
DAR UM GIRO l APOSTA 132
CHEGADOS AO CASTELO,
SOMOS ARREBATADOS PELA
IMENSIDÃO DAS VISTAS QUE
VARREM TODAS AS DIREÇÕES
NUMA RODA DE 360 GRAUS.
DALI ABARCAMOS NA PLENITUDE
TODOS OS CENÁRIOS QUE
FOMOS APRECIANDO AO LONGO
DO PERCURSO
seu crescimento para as zonas mais
baixas, mas sempre na proximidade
deste monumento que lhe oferecia
proteção. Por ruas e ruelas, escadas e
escadinhas desembocamos na praça
do Duque de Palmela. Presença incontornável é o Pelourinho, que data
do séc. XVII, e onde eram colocados
anúncios importantes para a população e punidos publicamente aqueles
que praticavam crimes. A Misericórdia
estabeleceu-se em Palmela para acudir
aos mais necessitados e a sua igreja
foi construída em 1512. O interior
ostenta azulejos do século XVII e altar
em talha joanina. No edifício contíguo
funcionou o antigo hospital. Outrora,
esta praça era uma movimentada zona
comercial, onde estavam instaladas as
principais lojas: drogarias, carvoarias,
mercearias, talhos, padarias, latoarias,
ferradores, sapateiros, costureiras.
Continuamos a subida e no Largo do
Município somos surpreendidos pelo
imponente edifício dos Paços do Concelho. Ao longo dos seus 400 anos
de existência já conheceu diversas
utilizações, desde tribunal, prisão e
até talho. O salão nobre é decorado
com retratos murais dos soberanos
de Portugal.
Sentinela entre Tejo e Sado
À esquerda deste largo, ergue-se a
igreja de São Pedro. Transpostos os
degraus, olhamos em redor. Lá em
cima, o Castelo, em frente os Paços do
Concelho e os telhados das casas do
Centro Histórico. De origem medieval,
o atual edifício da igreja matriz de Palmela data do século XVI. O terramoto
de Lisboa de 1755 destruiu a fachada
principal. As paredes estão revestidas
de azulejos azuis e brancos do séc.
XVIII que representam cenas da vida
de S. Pedro.
O miradouro D. Nuno Álvares Pereira
ali ao lado convida-nos a espraiar o
olhar em direção ao Alentejo, observando o estuário do Sado que banha
a freguesia de S. Pedro de Marateca,
alimentando os arrozais.
Percorrendo a Rua de Nenhures, estamos cada vez mais próximos do
objetivo. Nesta via, meio escondidos
entre a vegetação podemos observar
os silos, revelados por escavações
arqueológicas e onde foram encontrados vários metais, cerâmicas e
moedas que sinalizam a presença
muçulmana neste lugar.
Chegados ao Castelo, somos arrebatados pela imensidão das vistas que
varrem todas as direções numa roda
de 360 graus. Dali abarcamos na plenitude todos os cenários que fomos
apreciando ao longo do percurso e
confirmamos a excelente posição geográfica de Palmela, rodeada de paisagens singulares de extraordinária
beleza. A sul, a península de Tróia, o
rio Sado, o oceano Atlântico e o Parque Natural da Arrábida com todas as
suas serras e vales. A norte, o rio Tejo,
a cidade de Lisboa e a serra de Sintra.
Símbolo de importantes momentos da
História de Portugal, o Castelo registou uma ocupação muçulmana ininterrupta desde meados do séc. VIII até
à reconquista, no séc. XII. Foi a partir
deste momento que a população se
deslocou para o arrabalde, desenhando um traçado urbano ajustado às
condições topográficas e defensivas,
com ruas estreitas, travessas, becos,
labirintos, escadas e casas com arquitetura e técnicas construtivas de cariz
defensivo, com poucas aberturas.
Conquistado aos mouros em 1147
por D. Afonso Henriques, foi sucessivamente perdido e retomado, até ser
ocupado de forma definitiva no reinado de D. Sancho I, em 1205. Foi doado
à Ordem de Santiago que aqui se
instalou até à sua extinção em 1834.
Das suas muralhas, que se elevam a
230 metros de altitude, era possível
comunicar por sinais luminosos com
castelos vizinhos, incluindo Lisboa.
35
Descer até à “porta grande” da vila
Da presença islâmica que se estendeu
por quatro séculos ficaram vários testemunhos: pisos de argamassa e argila, pátios, corredores, portas, canais
de escoamento de águas e fossas,
silos e fragmentos de utensílios em
cerâmica.
Todo o recinto encerrado pelas muralhas está muito bem conservado. Aí se
encontram, entre outros, o Museu Municipal (com espaços de arqueologia
e transmissões militares), a Pousada
Histórica (ocupa o antigo convento), a
igreja de Santiago (alberga o túmulo
de D. Jorge, último Mestre da Ordem
de Santiago. Hoje, é uma sala de exposições de excelência) e as ruínas
da igreja de Santa Maria (não resistiu
ao terramoto de 1755 e nunca foi
recuperada, pois os habitantes da
vila optaram por assistir às missas na
igreja de S. Pedro).
Impõe-se uma subida ao ponto mais
alto do castelo e da região, a Torre de
Menagem, local de último refúgio da
população. Há ainda que visitar a casa
onde nasceu Hermenegildo Capelo,
em 1841, filho do Governador do
Castelo, que se destacou como oficial
da Marinha, dirigindo uma expedição
científica aos territórios compreendidos entre Angola e Moçambique, da
qual também faziam parte Serpa Pinto
e Roberto Ivens.
Está na hora de encetar a descida.
Fazemo-lo pelo Parque Venâncio Ribeiro
da Costa, construído no início do século
vinte, pelo então Presidente da Câmara,
Joaquim José de Carvalho, como espaço
privilegiado de lazer. Aqui se podem
fazer piqueniques e caminhadas com
toda a família, entre a diversidade de
espécies arbóreas existentes, como pinheiros, acácias, plátanos, loureiros e
ciprestes, entre outras.
Passamos depois pelo Largo da Boavista, com um miradouro que exibe
um painel de azulejos alusivo às estações do ano, pintado por Andreas
Stöcklein. Continuando a descer as
ruas com o casario típico chegamos
ao Chafariz D. Maria I, restaurado e
remodelado no século XVIII com as
armas desta rainha ladeadas pelas
antigas armas de Palmela. O primeiro chafariz aqui existente datava de
meados do século XVI e foi mandado
construir por D. Jorge, Mestre da
Ordem de Santiago. Este importante
local de encontro, onde os habitantes se abasteciam de água para as
tarefas do quotidiano num incansável sobe e desce, foi considerado
durante muito tempo a “porta grande” de entrada e símbolo da vila.
Foto: Paulo Nobre
É NO LARGO DE SÃO JOÃO QUE SE REPETE DESDE 1963 O MAIOR CERTAME
DO CONCELHO: A FESTA DAS VINDIMAS, QUE CELEBRA O VINHO, A VINHA E
TODOS OS QUE SE DEDICAM AO CULTIVO DOS CAMPOS
Fachada de casa ao estilo Arte Nova
Pelourinho na praça do Duque de Palmela
Fogo de artifício da Festa das Vindimas
36
DAR UM GIRO
l
APOSTA 132
Uma das paisagens que se avista da Torre de Menagem do Castelo
O CENTRO DE MOINHOS VIVOS ORGANIZA PASSEIOS DE BURRO
(BURRICADAS) PELA SERRA DO LOURO, NUM PERCURSO QUE INCLUI OS
DEZ MOINHOS DE VENTO ALI EXISTENTES E A VISITA A UM DELES, ONDE
AINDA SE FABRICA PÃO DE TRIGO À MODA ANTIGA
Mais sabores e sensações
Palmela é uma importante região vitivinícola, onde a cultura da vinha
é praticada desde os tempos mais
remotos, devido às adequadas condições do solo e do clima. Introduzida pelos tartéssios (2000 a.C.), a
viticultura foi desenvolvida pelos
gregos, celtas e romanos que trouxeram novas variedades de videiras e o
aperfeiçoamento de técnicas, como
a poda. O primeiro foral que D. Afonso Henriques atribuiu a Palmela, em
1185, já referia a vinha e o vinho da
região, confirmando esta tradição vitivinícola. Desde finais do século XIX
muitos produtores têm vindo a marcar a paisagem agrícola, produzindo
vinhos de excelente qualidade, onde
predominam a casta tinta Castelão e o
afamado moscatel de Setúbal.
A contígua freguesia da Quinta do
Anjo comporta um conjunto de empreendimentos industriais de grande
dimensão, a par de uma expressiva
tradição rural na produção de vinho,
queijo de ovelha e doces regionais.
Foi aqui que em 1830 se fixou o
Edifício dos Paços do Concelho
agricultor Gaspar Henriques de Paiva,
a quem se deve o famoso Queijo de
Azeitão. Da sua terra natal na Beira
Baixa trouxe ovelhas leiteiras, de lã
preta e raça bordaleira, e um artesão
para fabricar queijos do tipo “Serra”.
Também aqui encontramos o famoso
licor Arrabidine, uma bebida quase
mística, feita de frutos silvestres, originalmente produzida pelos frades do
Convento de Nossa Senhora da Arrábida. A fórmula chegou às mãos de
Emídio Fortuna, patriarca dos atuais
produtores que a mantêm no reduto
familiar. De destacar também o recém-criado licor de Maçã Riscadinha, feito
a partir de um produto local único.
São diversos os pratos tradicionais
que podemos saborear nos restaurantes da região. A experimentar a
sopa caramela e a de favas, o cabrito
assado no forno ou o coelho à camponesa de Palmela. A nível da doçaria,
as sugestões vão para a pera cozida
em moscatel, os suspiros de Palmela,
os carolinos, as fogaças, os pastéis de
37
Largo de São João visto do Castelo
moscatel e os santiagos.
Várias empresas de animação turística
propõem um conjunto de programas
que permitem aos amantes da natureza desfrutar da paisagem e da história
do concelho, ao mesmo tempo que
praticam atividades ao ar livre como
cicloturismo, BTT, pedestrianismo,
orientação, geocaching e observação
de aves.
O Centro de Moinhos Vivos é uma
destas empresas, que organiza passeios de burro (burricadas) pela Serra
Moinhos de vento na Serra do Louro
do Louro, num percurso que inclui os
dez moinhos de vento ali existentes
e a visita a um deles, onde ainda se
fabrica pão de trigo à moda antiga.
Com o intuito de preservar esta tradição, o Parque Natural da Arrábida
tem vindo a apoiar os proprietários
na recuperação dos moinhos. É o
caso deste Centro, que mantém duas
unidades em plena atividade, produzindo e comercializando o característico pão da região, feito de farinha de
trigo proveniente dos seus moinhos
A Loja CTT de Palmela está localizada na avenida da
Liberdade, a caminho do Centro Histórico e próxima
da Casa Mãe da Rota dos Vinhos. A simpática equipa,
formada por Jorge Costa, Vítor Santos, Cristina Mares,
Manuel Cotovio, Ângela Nobre (Gestora de Loja), Arménia
Gonçalves (na foto, da esquerda para a direita), recebe
cerca de 200 clientes por dia. No verão, este número sobe
devido à Festa das Vindimas e ao enoturismo que trazem
muitos visitantes à região.
Aqui pode ser encontrado todo o portefólio disponível na
Rede de Lojas, incluindo o Espaço do Cidadão, onde a
revalidação da carta de condução e a alteração de morada
do cartão do cidadão registam grande procura.
e cozido em forno de lenha.
E é precisamente nesta serra, a contemplar o quadro magnífico composto pela silhueta do castelo a
encimar a colina e da vila abrigada
a seus pés que nos despedimos de
Palmela. E não é só Coimbra que tem
mais encanto na hora da despedida.
Ao olharmos para tal cenário, somos
invadidos por uma réstia de nostalgia
que nos impele já a ansiar um novo
regresso. ROSA SERÔDIO
●
38
VALORES CTT l APOSTA 132
Ilustração: Samuel Trindade
AGENDA CULTURAL l APOSTA 132
39
música
teatro
livros
eventos
António Chainho é hoje uma
referência incontornável no
panorama musical português.
O Mestre da Guitarra Portuguesa está de regresso.
Uma noite única, sem precedentes, dedicada à amizade e
à capacidade unificadora da
música.
Em Londres, o banqueiro
Mr. Banks, um homem
frio que trata com rigidez os seus filhos, não
consegue contratar uma
ama, pois elas desistem
facilmente do emprego.
Custódia Galego encarna
esta personagem.
Como refere o prefaciador,
o Prof. Doutor Fernando
Martinho: “É, porém, da
fundura e autenticidade
desse drama que o livro de
Gilda Nunes Barata retira,
nos melhores momentos,
a sua força insofismável.”
Cerca de 70 peças, na
sua maioria desconhecidas do público, provenientes do espólio da família, coleções privadas
e instituições públicas.
Obras inéditas, desenho,
pintura e livros do artista.
*“ANTÓNIO CHAINHO”
Cine Teatro de Estarreja
21 de fevereiro, às 21h30
PREÇO 10€
*“MARY POPPINS”
Centro Cultural das Caldas
da Rainha
28 de fevereiro, às 16h30
PREÇO 5€
“O ESPLENDOR DE UMA
COISA INOCENTE”
de Gilda Nunes Barata,
Editora Licorne
PREÇO 7€
“ALMADA NEGREIROS:
O QUE NUNCA NINGUÉM
SOUBE QUE HOUVE”
no Museu de Eletricidade,
em Lisboa, até 29 de março,
terça a domingo das 10h00
às 18h00, entrada livre
“LETZ ZEP - TRIBUTO
AOS LED ZEPPELIN”
RCA em Lisboa
4 de fevereiro Hard Club no
Porto, 6 de fevereiro, 21h30
PREÇO 20€
*“ARVORECER”
Centro Cultural das Caldas
da Rainha
7 de fevereiro, às 16h30
PREÇO 5€
*“OS MILAGRES
ACONTECEM DEVAGAR”,
de Margarida Rebelo Pinto,
Clube do Autor
PREÇO 15,50€
Em Ponte de Lima, de 6 a 8
de fevereiro, é revelada a
gastronomia, suculenta e
saborosa, que tem como exlíbris o arroz de sarrabulho,
a lampreia à bordalesca e o
leite creme queimado
.......................................
*“SIMPLE MINDS”
Coliseu de Lisboa
7 de fevereiro, às 21h00
PREÇO desde 30€
.......................................
*“DIABO NA CRUZ”
Centro Cultural das Caldas
da Rainha
7 de fevereiro, às 21h30
PREÇO 10€
.........................................
*“EU É QUE CONTO”
Teatro Municipal de Vila de
Conde
28 de fevereiro, às 16h00
PREÇO 5€
.........................................
“Porto de Fado”
Teatro Sá da Bandeira,
no Porto
20 de fevereiro, às 18h00
PREÇO 10€
J As sugestões assinaladas com este símbolo podem ser adquiridas nas
Lojas CTT ou através da loja virtual e da bilheteira on-line em www.ctt.pt.
.........................................
*“SERPENTINA”,
de Mário Zambujal, Clube
do Autor
PREÇO 14€
.........................................
*“TELEFONEMAS
DO NILTON”,
Livros d’Hoje
PREÇO 16,60€
.........................................
*“28 MINUTOS E
7 SEGUNDOS DE VIDA”,
de José Alberto Carvalho e
Manuel Forjaz, Oficina do Livro
PREÇO 13,90€
.........................................
*“O ESCULTOR DE ALMAS”,
de Demoura, 4 Estações
Editora
PREÇO 15,90€
.........................................
*“SER FELIZ É FÁCIL”,
de Clemente García Novella,
Arena
PREÇO 15€
.........................................
*“A ÚLTIMA CEIA DE JESUS”,
de Bodie e Brock Thoene,
Clube do Autor
PREÇO 17,50€
.......................................
“TODA A MEMÓRIA DO
MUNDO, PARTE UM”, no
MNAC – Museu do Chiado,
em Lisboa, até 22 de março,
terça a domingo das 10h00 às
18h00
PREÇO 4,50€
.......................................
“A MAGNÍFICA E FORMOSA
TORRE”. 500 anos da Torre de
Belém, Praça do Império, em
Lisboa, até 15 de julho,
entrada livre
40
EMISSÕES E EDIÇÕES
l
APOSTA 132
Momentos filatélicos
de 2015
Como verdadeiros embaixadores, os selos que serão lançados este
ano darão a conhecer ao mundo traços da história, cultura e tradições
nacionais. Saiba quais são os temas que vão inspirar a produção
filatélica portuguesa
A filatelia portuguesa apresenta, para
este ano, dezenas de oportunidades
para celebrar e conhecer traços de
portugalidade. A agenda filatélica
prevê 31 emissões e seis edições com
a chancela do Clube do Colecionador
dos Correios.
O plano que, como habitualmente,
pode sofrer alterações ao longo do
ano propõe, como emissão base, a segunda série dos Desportos Radicais.
Desta vez, as modalidades apresentadas serão o Kitesurf, a Escalada,
o Rafting, o BMX e o Wingsuit. Uma
coleção que apela à vida ao ar livre
e à comunhão com a natureza. Por
outro lado, fruto de uma crescente
consciência ecológica, a série “Mobilidade Sustentável” será das primeiras
coleções de 2015.
Nos primeiros meses de 2015 haverá
ainda tempo para recordar o compositor finlandês de música erudita
Jean Sibelius e a cantora polaca de
ópera alemã Elisabeth Schwarzkopf,
celebrando 150 e 100 anos dos seus
nascimentos, respetivamente.
A emissão “Vultos da História e da
Cultura” prestará homenagem ao
pintor Vieira Portuense, ao arquiteto
Agostinho Ricca e a Frederico George,
que se dedicou às duas vertentes
artísticas. Na escrita serão destacados Bocage, Ramalho Ortigão e Ruy
Cinatti, que conjugou a poesia com
a antropologia e a agronomia. Dentro
do meio literário, é também assinalado o centenário da criação da
Revista Orpheu, a revista trimestral
de literatura fundada por Fernando
Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Santa
Rita Pintor e Almada Negreiros e que
contou apenas com duas edições.
O tema da emissão Europa será “Brinquedos Antigos”. Os “Bonecos de
Barro Tradicionais das Regiões de
Portugal”, bem como o “Artesanato
dos Açores” também darão origem a
coleções filatélicas. À Madeira, será
dedicada uma série centrada na Festa
da Flor.
Os temas “Dieta Mediterrânica”, “Fruta Portuguesa Certificada”, “Barcos
do Mediterrâneo”, “Mar Português”,
“Caminho Português de Santiago
de Compostela” e a segunda série
“Tapeçarias de Portalegre” também
serão trabalhados pela filatelia portuguesa.
Para o Dia Mundial dos Correios, está
prevista uma emissão dedicada à
Dança Clássica em Portugal, assinalando o centenário do nascimento
da coreógrafa Margarida de Abreu,
identificada com a fundação do balé
clássico no nosso país. Serão também homenageados outros nomes
ligados a esta expressão artística em
Portugal.
O plano chama ainda a atenção para
a reintrodução do Lince Ibérico em
Portugal, para a presença portuguesa
no mundo e para Santa Teresa de Ávila e São João Bosco, grandes figuras
da Igreja. Portugal e a República da
Bulgária farão uma emissão conjunta.
Datas que ficarão na história
Para o ano que agora começa serão
também assinaladas diversas efemérides. A Questão Coimbrã, a CUF, as
Leis da Hereditariedade, e a União
Internacional das Telecomunicações
celebram 150 anos. Contam-se, por
41
PLANO FILATÉLICO E EDITORIAL
DATA DE
EMISSÃO
A Mobilidade Sustentável
100 Anos da Revista Orpheu
Desportos Radicais (2ª série) – AA
Madeira AA
150 da Questão Coimbrã “Bom Senso e Bom Gosto”
Desportos Radicais (2ª série) – Base
Grandes Músicos do Mundo: Sibeluis e Elisabeth Schwarzkopf
1º
Trimestre
Livro: O Café
Bonecos de Barro Tradicionais das Regiões de Portugal
Vultos da História e da Cultura
Reintrodução do Lince Ibérico em Portugal
Grandes Figuras da Igreja: Santa Teresa de Ávila e São João Bosco
O Caminho Português de Santiago de Compostela
500 Anos da Torre de Belém
Tapeçarias de Portalegre (2ª série)
40 Anos da Instituição da Provedoria de Justiça em Portugal
PARA SEGUNDA SÉRIE DOS
DESPORTOS RADICAIS,
AS MODALIDADES
APRESENTADAS SERÃO
O KITESURF, A ESCALADA,
O RAFTING, O BMX E
O WINGSUIT
outro lado, 600 anos desde a entrada
dos Portugueses em Ceuta, 175 da
fundação do Montepio, 25 da criação
da AICEP e 4 décadas da instituição
da Provedoria de Justiça em Portugal.
A Torre de Belém celebra 500 anos.
O Clube do Colecionador dos Correios
prevê a edição de seis títulos. Continuando o trabalho desenvolvido em
2014, serão editadas obras filatélicas
centradas no Café e nas Tapeçarias
de Portalegre. O plano completar-se-á com uma obra sobre a Dieta
Mediterrânica e outra acerca do Mar
Português.
A encerrar 2015, o “Portugal em Selos” e o “Meu Álbum de Selos” reunirão, cada um à sua maneira, os
diversos momentos filatélicos do ano.
●
ELSA DUARTE
25 Anos da AICEP
Livro: Tapeçarias de Portalegre
Europa 2015: Brinquedos Antigos
150 Anos da Instituição da União Internacional das Telecomunicações
2º
Trimestre
Artesanato dos Açores
Festa da Flor (Madeira)
150 Anos da CUF
150 Anos da Descoberta das Leis da Hereditariedade
A Dieta Mediterrânica
Livro: A Dieta Mediterrânica
Barcos do Mediterrâneo
Emissão Conjunta com a República da Bulgária
A Presença Portuguesa no Mundo
600 Anos da Entrada dos Portugueses em Ceuta
3º
Trimestre
A Fruta Portuguesa Certificada (1ª série)
O Mar Português
Livro: O Mar Português
175 Anos do Montepio Geral
A Dança Clássica em Portugal
Livro: O Meu Álbum de Selos 2014
Livro: Portugal Em Selos 2014
4º
Trimestre
42
OPINIÃO l APOSTA 132
Em tom de
agradecimento
Sou um produto dos CTT. Eu explico: O meu Pai (e na
verdade eu próprio) é natural de Abrantes, Homem da
Província e de bons costumes e a minha Mãe era uma bonita jovem alfacinha. Naquele tempo não havia Skype ou
WhatsApp e o telefone era ainda um bem residencial e não
pessoal, com um custo de uso ainda relevante. O meu Pai
gostava muito de se exprimir em prosa e terá escrito largas
dezenas de cartas – imagino que românticas pois nunca
as vi – à minha Mãe - que respondia com gosto. Assim,
o namoro à distância dos meus Pais foi possibilitado e
alimentado pelos CTT que asseguravam – com qualidade
e eficiência – que os meus Pais se sentissem próximos
estando distantes.
Sou, pois, um produto dos CTT e assim começo a minha
história aqui: Agradecido.
Esta curiosidade alimenta ainda mais o empenho e motivação com que me junto a um Barco que está em andamento há tantos e tantos anos e que tão bem tem sabido
adaptar-se aos tempos num processo de transformação
permanente que traz consigo tendências e desafios novos.
Neste tempo em particular, na era da digitalização e no
pós-privatização, entendo que temos em mãos um conjunto de desafios que assegurarão que os CTT se manterão
como uma empresa de referência e criadora de valor.
Destaco 2 eixos:
1. A captura das oportunidades que nos traz a Digitalização: O mundo está a virar Digital e esta é uma tendência
sem retorno. Temos que saber posicionar os nossos Ativos
e vantagens competitivas: a nossa abrangência física e
proximidade, para melhor saber como criar valor no futuro.
Dando alguns exemplos: (i) O E-Commerce deve ser uma
realidade permanente na nossa Oferta e operações.
NESTE TEMPO EM PARTICULAR, NA
ERA DA DIGITALIZAÇÃO E NO PÓS­
‑PRIVATIZAÇÃO, ENTENDO QUE TEMOS
EM MÃOS UM CONJUNTO DE DESAFIOS
QUE ASSEGURARÃO QUE OS CTT SE
MANTERÃO COMO UMA EMPRESA DE
REFERÊNCIA E CRIADORA DE VALOR
Francisco Simão
Diretor de Estratégia e Desenvolvimento
(ii) Devemos também estar atentos às parcerias certas –
em setores que exigem proximidade - que assegurem a
nossa justa proporção de captação de valor minimizando
os riscos que incorremos. (iii) Por fim, devemos ser facilitadores da Inovação – interna e externa aos CTT – e estar
sistematicamente a adaptar os nossos produtos e serviços
às necessidades do Mundo que nos rodeia.
2. A execução exemplar do Banco Postal: O caminho já
aprovado tem que ser agora trilhado. É um desafio grande
mas o seu sucesso é determinante quando pensamos
nos CTT a 5 ou a 10 anos. Acredito que é um projeto
transformacional nos CTT, que seguramente terá muitas
pedras no caminho. No entanto, com a energia, empenho
e alinhamento de toda a organização o seu sucesso estará
garantido.
Assim, entendo que a Estratégia que encontrei está clara
e aponta na Direção certa: na preservação do valor do
Correio, no Crescimento no Expresso & Encomendas, no
reforço dos Serviços Financeiros com o Banco Postal e nas
iniciativas holísticas aos negócios de busca de Eficiência,
otimização organizacional e aposta no Talento e potenciação dos Recursos Humanos.
Com isto, estou otimista e entusiasmado por me juntar a
todos vós neste grande Barco que são os CTT.
Espero convosco contribuir para juntos remarmos no sentido certo! Um Excelente 2015 para todos…e Obrigado.
APOSTA 132
43
SUDOKU
CRUZADAS
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PALAVRAS CRUZADAS:
HORIZONTAIS: 1 - Amoreiras. 2 - Eh; Ivo. 3 - PR; Sado. 4 - Rama;
tá. 5 - Música. 6 - Já; da; Apa. 7 - Esse; em. 8 - Lave. 9 - Gestores.
10 - Or; pó; ali. 11 - Veda; prov. 12 - Nem; mui. 13 - In; Human.
VERTICAIS: 1 - Projep; ovni. 2 - Mera; ás; Green. 3 - Oh; MM;
dm. 4 - Saúde; SPA. 5 - Ela; SA; tó; mu. 6 - Dói; elo; pum. 7 - Rio;
camararia. 8 - Av; TAP; velo. 9 - Sofá; adesivo.
DIFERENÇAS: 1.Sombra do carrinho, 2.Botão da camisa,
3.Escadote à porta, 4.Cor da bilha, 5.Nome da drogaria, 6.Lata na
montra, 7.Logótipo na bilha, 8.Nº da porta, 9.Mensagem no vidro,
10.Roda do carrinho.
SUDOKU:
SOLUÇÕES:
Samuel Trindade / ATG / CI
2
9
4
Procure as dez diferenças entre os desenhos.
3
8
DIFERENÇAS
5
5
VERTICAIS: 1 - Em outubro, o auditório do Edifício CTT acolheu
a segunda edição do “(...) – Direito das Comunicações”,
organizado pela Associação Internacional das Comunicações
de Expressão Portuguesa; designação geral de objetos
voadores não identificados. 2 - Simples; carta de jogar; “Venha
aprender e viver a sustentabilidade” foi o mote da 7ª edição
do Greenfest Portugal, que decorreu de 9 a 12 de outubro,
com a forte participação dos CTT que valeu um prémio B-(...)!.
3 - Designa espanto, alegria, dor, repugnância (interj.); dois mil
em numeração romana; decímetro (abrev.). 4 - A partir de 1 de
janeiro de 2015, o plano de (...) dos CTT passará a ser gerido pela
Médis, mantendo-se a continuidade e estabilidade; Sociedade
Portuguesa de Autores (sigla). 5 - Pessoa ou coisa de género
feminino de que se fala; Sociedade Anónima (abrev.); utiliza-se
para chamar animais (interj.); mulo. 6 - Axe (infant.); gavinha;
imita o ruído produzido por um corpo que cai ou deflagra (interj.).
7 - Curso de água natural; cargo ou profissão de camareiro.
8 - Avenida (abrev.); a (...) escolheu os CTT como parceiro
privilegiado para levar ao destino o seu programa de fidelização
de clientes; lã cardada. 9 - Canapé estofado; preparado
farmacêutico que adere à pele para colocar sobre feridas.
4
1
HORIZONTAIS: 1 - A Loja CTT (...) assinalou o 29º aniversário do Centro Comercial, comemorado a 29 de outubro, com descontos até
60% e duas sessões de autógrafos, de Maria João Lopo de Carvalho e de Francisco Moita Flores. 2 - Designa surpresa, admiração,
chamamento (interj.); nome próprio masculino. 3 - Presidente da República (abrev.); rio português que nasce na serra do Caldeirão
e desagua a oeste de Setúbal. 4 - Os ramos ou a folhagem das plantas; basta. 5 - O Meo Arena acolheu no dia 20 de novembro o
espetáculo “(...) em Degradé – Da Ópera ao Rock”, uma noite solidária organizada pela Let’s Help com o apoio exclusivo dos CTT. 6 Imediatamente; contr. da prep. de com o art. def. a; rio do estado de Mato Grosso do Sul, afluente do rio Paraguai (Brasil). 7 - Biscoito
com a forma de S; sobre (prep.). 8 - Purifique. 9 - O II Encontro da Rede de Lojas 2014 juntou em Lisboa mais de 400 (...), que não
ficaram indiferentes aos desafios a vencer no último trimestre, assumindo o compromisso de se empenharem para atingir o objetivo e
fechar o ano com sucesso. 10 - Ou (ing.); poeira; naquele lugar. 11 - Protege com vedação; provincianismo (abrev.). 12 - E não; red. de
muito. 13 - Negação (pref.); “Reputação e a sua ligação à confiança, cultura organizacional e negócios” foi o mote da VIII Conferência
da (...) Resources Portugal, em Lisboa.
2
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VAGARES
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Momentos filatélicos de 2015 CTT são Marca de Excelência