JANEIRO 2015 l 132 FILATELIA Momentos filatélicos de 2015 SUPERBRANDS 2014 CTT são Marca de Excelência RELAÇÕES COM INVESTIDORES Construir a confiança 2 ÍNDICE l APOSTA 132 3 4 10 FICHA TÉCNICA Diretor Miguel Salema Garção Diretora Executiva Adriana Eugénio Redação Elsa Duarte, Inês Noronha Macedo, Lucília Prates, Paula Padrão, Raquel Moz e Rosa Serôdio Conceção Gráfica Miguel Dantas e Samuel Trindade Fotografia Paula Padrão, Filipa Carvalho, Pedro Mónica, Pedro Cruz, Madalena Aleixo e Arquivo CTT. Agradecemos à Câmara Municipal de Palmela pela cedência de imagens Produção Comunicação Institucional Propriedade CTT Correios de Portugal, S.A. - Sociedade Aberta Av. D. João II, nº 13, 1999-001 LISBOA Tel.: 210 470 300 Pessoa coletiva nº 500077568 A revista Aposta é impressa na Fernandes & Terceiro, S.A., empresa com Sistema de Gestão Q.A.S. certificada segundo as normas NP EN ISO 9001:2008 (cert nº PT08/02529), NP EN ISO 14001:2004 (cert nº PT08/02530), OHSAS 18001:2007 (cert nº PT08/02531), EMAS (cert nº PT-000004) Isenta de registo na ERC ao abrigo do Dec. Regulamentar nº. 8/99, de 9 junho - artº. 12º. Nº. 1 a. Finishing Mailtec Tiragem 24 500 exemplares Depósito Legal 186482/02 PUBLICAÇÃO MENSAL . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA A revista Aposta foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico Esta revista foi impressa em Respecta Satin de 125 gramas (miolo) e 250 gramas (capa), ambos com certificação de Gestão Florestal FSC. 18 20 24 26 28 32 38 39 40 42 43 EDITORIAL BREVES EVENTOS Daniel Oliveira nas Lojas CTT “Mãe Coragem” em sessão de autógrafos Toca a Todos Râguebi do CDUL veste a camisola do Pai Natal Solidário Renas, pipocas e algodão doce Querido Pai Natal... Música de Natal nas Lojas CTT PORTUGAL CONNOSCO O melhor de Cabo Ruivo CONGRESSO APDC 24º Congresso das Comunicações SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL CTT sobem nos índices CDP e IPC EMMS SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Já ouviu falar de“commuting”? ENTREVISTA Relações com Investidores DAR UM GIRO Palmela seduz VALORES Inovação AGENDA CULTURAL EMISSÕES E EDIÇÕES Momentos filatélicos de 2015 OPINIÃO Em tom de agradecimento VAGARES EDITORIAL l APOSTA 132 3 Todos Somos Um! Em 2014 foi concluída a privatização dos CTT. Um marco na história da Empresa que tem visto o seu mérito continuamente reconhecido e enaltecido. A par disso, mesmo a encerrar o ano, a gala Superbrands voltou a distinguir os CTT como “Marca de Excelência”, fruto do extraordinário trabalho levado a cabo por todos os colaboradores da Empresa. Este galardão é motivo de orgulho para todos os que, no seu dia a dia, contribuem para garantir a qualidade dos produtos e serviços prestados ao cliente. O sucesso da privatização da Empresa, o excelente desempenho das ações dos CTT e a elevada confiança do mercado ficaram também a dever-se ao papel da Direção de Relações com Investidores, que tem por missão estabelecer a ponte entre os CTT e os nossos acionistas, o regulador e o mercado de capitais. Neste número da sua revista apresentamos a equipa que, todos os dias, trabalha arduamente para cumprir os objetivos que, em 2015, se afiguram ainda mais exigentes. E porque a relação com os investidores é hoje fundamental para uma empresa cotada em bolsa, os CTT começaram em 2014 a reportar efetivamente para o Índice CDP (Carbon Disclosure Project) a sua performance ao nível da gestão energética e carbónica. Os bons resultados comprovam TEMOS DE REFORÇAR A NOSSA CULTURA DE EXIGÊNCIA, EMPENHAR-NOS EM CONSTRUIR NOVAS DINÂMICAS QUE GEREM VALOR, ACEITAR OS DESAFIOS POR MAIS DIFÍCEIS E COMPLEXOS QUE SEJAM COM NATURALIDADE, SAIR DA ZONA DE CONFORTO E CONQUISTAR QUOTA DE MERCADO NAS VÁRIAS FRENTES DA NOSSA ATIVIDADE. TEMOS DE INCUTIR CONSTANTEMENTE ENERGIA POSITIVA E TRABALHAR EM EQUIPA COM ESPIRITO SOLIDÁRIO. ESTE ANO, UMA VEZ MAIS, SABEREMOS DAR RESPOSTA E ATINGIR OS OBJETIVOS A QUE NOS PROPOMOS. MÃOS À OBRA Miguel Salema Garção Diretor de Comunicação Institucional a nossa preocupação em prol do ambiente, no sentido de reduzir a pegada carbónica e minimizar o impacte nas alterações climáticas. Estamos empenhados em cumprir as metas internacionais com vista à obtenção de resultados que elevem mais alto a posição dos CTT nos ratings de referência ambiental, como o CDP e o EMMS do International Post Corporation, criando valor para os acionistas e ajudando a preservar o ambiente e o planeta. A preocupação em respeitar o capital natural e melhorar a nossa qualidade de vida levou também a Empresa a realizar um importante estudo sobre o “commuting” e a pegada carbónica dos CTT, com o objetivo de mitigar o seu peso. Alternativas ambientais estão agora em estudo, com vista a tornar a nossa Empresa mais responsável nestas matérias e amiga do ambiente, bem como, a facilitar aos nossos colaboradores opções mais conscientes. A missão, a visão e os valores estão definidos e são princípios que ajudam rumo ao sucesso. A Inovação é um dos caminhos, um valor que aqui registamos a encerrar o ciclo de ilustrações que temos vindo a destacar na Aposta. Neste início de ano é ainda tempo de dar a conhecer o plano filatélico e editorial dos CTT e os temas que levarão a essência da história e da cultura portuguesa além-fronteiras e serão apreciados pelos quatro cantos do mundo. 2015 é um ano de muitos desafios para consolidar a marca CTT. Temos de reforçar a nossa cultura de exigência, empenhar-nos em construir novas dinâmicas que gerem valor, aceitar os desafios por mais difíceis e complexos que sejam com naturalidade, sair da zona de conforto e conquistar quota de mercado nas várias frentes da nossa atividade. Temos de incutir constantemente energia positiva e trabalhar em equipa com espirito solidário. Este ano, uma vez mais, saberemos dar resposta e atingir os objetivos a que nos propomos. Mãos à obra. A equipa da Comunicação deseja um excelente 2015. Todos Somos Um ! 4 BREVES l APOSTA 132 Pontos Solidários A área de Gestão da Frota dos Recursos Físicos e Segurança dos CTT propôs a realização de uma ação inédita no campo da responsabilidade social, que consistiu em utilizar os pontos da gasolineira Repsol, reunidos ao longo de 2014, para apoiar Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) parceiras do Projeto de Luta Contra a Pobreza Exclusão Social dos CTT. Assim, no passado mês de dezembro, foram entregues donativos a 13 IPSS, espalhadas pelo país. Três dessas entidades foram contempladas com 64 vales de €10, no total de €640 por instituição, para compras nos hipermercados Pingo Doce. As restantes dez beneficiárias receberam, cada uma, dez bolas de futebol, dez de voleibol e um GPS Tomtom Go 400. As fotos registam o momento da entrega pelos CTT do voucher à Fundação Obra do Ardina (Lisboa) e do GPS ao Projecto ID – Inclusão pelo Desporto (Coimbra). RS ● 5 Sofia Lisboa em sessões de autógrafos Na sequência do lançamento do livro “Nunca Desistas de Viver”, de Sofia Lisboa, os CTT promoveram três sessões de autógrafos. Os eventos tiveram lugar na Loja CTT de Leiria, no dia 19 de dezembro, e nas Lojas CTT da Boavista e de Fafe, no dia 22. Sofia Lisboa, vocalista da banda portuguesa Silence 4, conta como venceu a luta contra a leucemia. A obra é escrita em coautoria com Natália Heleno Pereira, prima de Sofia. O prefácio é de David Fonseca, líder daquele grupo musical de rock que surgiu na década de 90 e conquistou o público português. A banda, terminada em 2001, voltou a reunir-se em palco em 2014. ED ● Retirada de valores postais de circulação Os CTT vão retirar valores postais de circulação. Em causa estão Selos Comemorativos, Selos Base e Etiquetas com data de emissão entre 2006 e 2007, Cartas Inteiras e Bilhetes Postais Inteiros emitidos entre 2002 e 2007. Esta ação terá efeitos a partir de 30 de janeiro. O período de troca de selos por parte dos clientes ocorrerá entre 2 de fevereiro e 30 de abril de 2015. A retirada de selos de circulação permite estimular o mercado secundário de filatelia e otimizar o espaço em armazém. Acresce que muitos destes valores postais estão desatualizados relativamente ao valor facial atual e válido para a franquia das correspondências. A última operação semelhante deu-se a 31 de janeiro de 2010, para os valores postais emitidos entre 2002 e 2005. Esta é uma prática comum em muitos Operadores Postais, respeitando as normas da União Postal Universal. ED ● 6 BREVES l APOSTA 132 José Alberto Carvalho nos CTT para apresentar o seu livro O jornalista e pivô de televisão José Alberto Carvalho esteve no edifício CTT, em Lisboa, no dia 16 de dezembro, para apresentar o seu livro “28 minutos e 7 segundos de vida”. Esta obra é um registo de um programa de televisão - “28 minutos e 7 segundos de vida” – protagonizado por Manuel Forjaz e José Alberto Carvalho que, durante nove semanas, falaram tudo e sobre tudo, sem tabus. Este livro cumpre também um desejo e a intenção de fazer perdurar a memória de Manuel Forjaz que, nos últimos cinco anos, viveu uma intensa luta contra um cancro no pulmão. Mais do que isso, o professor e empresário contagiou milhares de pessoas com o seu otimismo, visão e atitude singulares sobre a vida e a sua própria doença. Tal como no dia em que Manuel Forjaz veio ao edifício CTT para apresentar o seu livro “Nunca te distraias da vida”, o auditório esteve praticamente lotado para receber José Alberto Carvalho. O Vice-Presidente Executivo dos CTT, Manuel Castelo-Branco, também fez questão de marcar presença nesta sessão e de fazer uma breve introdução, recordando Manuel Forjaz, seu amigo de longa data, como uma «força da natureza e a pessoa mais “fora de caixa” que conheceu em toda a vida.» José Alberto Carvalho iniciou a apresentação do seu livro referindo que já não se lembra que Manuel Forjaz «morreu de cancro, visto que o impacto que ele deixou ultrapassa largamente a doença. O cancro foi só um pretexto para tocar mais pessoas.» Os momentos que se seguiram e que se prolongaram até ao final da sessão foram verdadeiramente inspiradores, ou não fosse José Alberto Carvalho um comunicador nato. O jornalista deixou mensagens muito positivas e de motivação, insistindo na importância de acreditarmos em nós próprios, de vivermos todos os dias como se fosse o último e, sobretudo, de nos permitirmos sempre sonhar. INM ● 7 CTT são “Superbrand 2014” Os CTT receberam, novamente, a distinção de “Marca de Excelência”, atribuída pela Superbrands. A Superbrands, que celebra 10 anos no mercado português, é uma organização internacional e independente, presente em 89 países, que se dedica à promoção de Marcas de Excelência, regidas por valores como a longevidade, a fidelização, a aceitação, o “goodwill” e o domínio do mercado. A metodologia de eleição das “Marcas de Excelência” é baseada na avaliação do Conselho Superbrands, composto por especialistas nas áreas da Comunicação e Marketing, a que se junta a escolha de um painel certificado de consumidores que elegem, de forma espontânea, as marcas que consideram mais relevantes. Desta forma, os CTT marcam a sua presença no prestigiado “Livro Superbrands” e podem utilizar a Marca e o Selo Superbrands “Marca de Excelência” nas suas comunicações. Para 75,8% dos consumidores, a exibição deste Selo garante que as marcas apresentam produtos ou serviços de qualidade. A gala de entrega dos troféus realizou-se no dia 3 de dezembro, em Lisboa. A cerimónia foi apresentada pelo Quarteto dos 3 irmãos Pedro e Paulo que, com a colaboração de três poetas “literalmente mortos” – Florbela Espanca, Fernando Pessoa e Luís de Camões – revelaram, de forma divertida e poética, as 34 organizações distinguidas este ano. ED ● 8 EVENTOS l APOSTA 132 Daniel Oliveira nas Lojas CTT Não resistimos em perguntar-lhe “O que dizem os seus olhos?” e ele respondeu: «Os meus olhos dizem que sou metade saudade, metade futuro» Daniel Oliveira promoveu o seu livro “A Fórmula da Saudade” nas Lojas CTT. Cara conhecida da televisão portuguesa, apresenta atualmente o programa “Alta Definição”, na SIC, onde conduz entrevistas de caráter intimista a personalidades nacionais e internacionais. A par disto, conta com cinco livros editados. “A Fórmula da Saudade”, lançado este ano, é o seu segundo romance. Um livro onde se propõe a descodificar a fórmula da saudade, esse sentimento tão português. «Não como uma fórmula matemática, mas como uma fórmula literária», revela. Para o autor, o passado nunca se perde. «Mesmo quando morre alguém, o que se perde é a vivência do futuro com essa pessoa. Os momentos passados nunca se perdem. A saudade não é só um sentimento melancólico e, nalguns casos angustiante, porque é uma dor irreversível, é também pela saudade que conseguimos resgatar os momentos felizes da nossa vida», conclui o escritor. No dia 12 de dezembro, da parte da manhã, o apresentador de televisão esteve em Santarém e, à tarde, na Gare do Oriente, em Lisboa. ficar com uma sensação meio estranha por aquela carta, que era nossa, já não estar ao nosso alcance porque tinha entrado para dentro do marco. Recordo-me disso, é essa a imagem mais presente. Acho que apesar de tudo, os CTT ainda representam alguma coisa que remete também para a saudade no sentido em que há coisas que ainda têm de ser feitas pelo método tradicional. Hoje em dia, com a voracidade com que um e-mail ou um SMS chegam, mandar uma carta ainda é uma coisa que tem um tom diferente. Os fãs escrevem-lhe cartas? Recebo algumas, mas hoje em dia escrevem mais pelas vias eletrónicas. Mas recebo sim, e têm um sabor especial. Sentirmos que aquela pessoa escreveu aquela carta, à mão, e que se dedicou de facto àquela missiva que está a enviar, é bastante reconfortante. Conhece o seu carteiro? Não. Porque passando a vida na SIC é difícil ter contacto com a pessoa. Frequenta as Lojas CTT? Qual é a primeira recordação que tem dos CTT? Tenho uma grande recordação de um marco de correio. Eu vivia na Amadora e havia um marco de correio que eu adorava, enorme, vermelho, daqueles típicos, junto à Estação dos Correios. Lembro-me de ser eu a colocar as cartas que os meus familiares enviavam e, depois, de Frequento a ViaCTT, é por lá que recebo muitas das minhas faturas. Depois, presencialmente, vou sobretudo à Loja CTT de Carnaxide, perto da SIC, é mais prático. Vou lá recorrentemente e sou sempre muito bem atendido. Muitas vezes fico à conversa com as pessoas que trabalham nas Lojas e é bastante divertido. ED ● 9 “Mãe Coragem” em sessão de autógrafos Juntamente com o neto, a mãe de Cristiano Ronaldo esteve na Loja CTT da Cova da Piedade para promover a sua biografia “Mãe Coragem” A Loja CTT da Cova da Piedade realizou, no dia 16 de dezembro, uma sessão de autógrafos com Dolores Aveiro. A mãe de Cristiano Ronaldo foi recebida em ambiente de festa, com música e vários convidados especiais. “Mãe Coragem”, assinado por Paulo Sousa Serra, é um livro sobre a mãe do melhor futebolista do mundo. Uma obra onde a madeirense fala acerca da sua vida e das dificuldades com que se foi deparando ao longo dos anos. Desde a morte prematura da mãe, até à quase interrupção da gravidez de Cristiano Ronaldo, passando pela separação do filho quando este veio jogar para o Continente ou, mais recentemente, a luta contra o cancro da mama. É uma obra sobre coragem, persistência e fé, onde também há espaço para as alegrias, como o sucesso profissional de CR7 ou o nascimento dos netos. Dolores Aveiro, “a mulher a quem o sofrimento nunca apagou a esperança”, falou à Aposta acerca da obra. Como apresenta este livro? É um exemplo que quis dar, porque ouvimos dizer muitas tristezas, de pais que abandonam os filhos, dando fim à vida. E eu quis transmitir que temos de ir à luta, nunca cruzar os braços porque vale a pena. A vida são dois dias e temos de lutar até ao fim. Este livro é um relato sobre a experiência de uma mãe. É um livro para mulheres ou para todas as pessoas? É um livro para todas as pessoas. Fala da experiência de ser mãe, daquilo que eu passei, do que eu lutei. Fala sobre a gravidez e de quando eu tentei tirar o Ronaldo por causa das dificuldades da vida. Mas, não façam isso, porque nunca sabemos o que aquele filho vai dar e temos de lutar. Tem noção de que tem sido uma inspiração para outras mães? Tenho. Até em Espanha, onde não há o livro em espanhol, chegaram a comprar livros portugueses para eu autografar lá. Sinto um carinho especial por darem valor ao meu livro. Como é ser mãe do melhor jogador do mundo? Sinto muito orgulho, mas não penso como sendo a mãe do melhor jogador do mundo. Penso que sou uma mãe que luta pelos filhos que teve. Sinto-me muito orgulhosa por ele ser acarinhado por todo o mundo. ED ● 10 EVENTOS l APOSTA 132 Toca a Todos Os CTT apoiaram recentemente a realização de um mega evento de solidariedade, que teve como objetivo angariar fundos para apoiar a luta contra a pobreza infantil desenvolvida pela Cáritas. O “Toca a Todos” decorreu entre os dias 3 e 6 de dezembro, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e foi promovido e transmitido pela RTP. Este foi um evento no mínimo peculiar, já que envolveu a mais longa emissão de rádio da história portuguesa. Durante 72 horas, três apresentadores de rádio da Antena 3, Ana Galvão, Diogo Beja e Joana Marques, estiveram fechados dentro de um estúdio em vidro instalado na Praça do Comércio, por onde passaram também diversas personalidades do mundo da música e da televisão, como Jorge Palma, António Zambujo, David Fonseca, Herman José e Maria Rueff. Ao longo destes dias decorreram ainda diversos concertos de artistas e bandas como os Clã, José Cid e Boss AC, entre muitos outros. O “Toca a Todos” é um conceito de angariação de fundos para apoio a uma causa solidária nascido na Holanda, e que rapidamente se espalhou a países como Bélgica, Suécia, Suíça e Quénia e, mais recentemente, Portugal. O balanço da edição portuguesa não podia ser mais animador: ao todo, foram angariados €410.000. INM ● 11 Râguebi do CDUL veste a camisola do Pai Natal Solidário A equipa de seniores do râguebi do Centro Desportivo Universitário de Lisboa (CDUL) foi a protagonista de um vídeo promocional dos CTT no âmbito do projeto Pai Natal Solidário. O convite partiu dos CTT e o CDUL não hesitou em aceitar o desafio. Assim, às 10h da manhã em ponto do primeiro domingo de dezembro, os jogadores prepararam-se a rigor para mais um treino desafiante. Desta vez, trocaram o equipamento oficial por fatos de duendes e de Pai Natal e a bola foi substituída por brinquedos. A tática estava bem desenhada: espírito de equipa e de solidariedade. As instruções do treinador deram lugar às ordens do realizador: «luzes, câmara, ação»! Para os jogadores de râguebi existem, com certeza, missões mais difíceis, mas não foi fácil manter a concentração e controlar o riso durante as filmagens. É que uma equipa de râguebi praticamente em collants é mesmo motivo para se gerarem momentos de boa-disposição. Ainda assim, os desportistas assumiram o seu papel na perfeição e, no final do dia, regressaram ao balneário com mais uma missão cumprida. O resultado deste dia de filmagens foi a produção de um vídeo que, através do humor, aborda e pretende chamar a atenção para um tema muito sério: o Natal de milhares de crianças desfavorecidas. O filme foi inserido na página de facebook do Pai Natal Solidário e, até à data, conta com mais de 18.000 visualizações e mais de 170 partilhas. INM ● 12 EVENTOS l APOSTA 132 Renas, pipocas e algodão doce Sob o pincel surgiram caras risonhas em forma de renas, duendes, bonecos de neve e pais-natais. Muitas crianças felizes, gritaria e correria, filmes de animação, contos ao vivo, jogos, dança e muita brincadeira. Assim foram as Festas de Natal dos CPL Os filhos e netos dos colaboradores dos Centros de Produção e Logística do Sul (Cabo Ruivo – Lisboa), do Centro (Taveiro – Coimbra) e do Norte (Maia – Porto), tiveram um dia cheio a 18 de dezembro. Já em período de férias escolares, chegaram cedo de manhã e só saíram ao final da tarde, com uma barrigada de pipocas, algodão doce e presentes dos CTT. No CPLS estiveram cerca de 90 crianças, o CPLC recebeu 55 e o CPLN juntou mais 52 pequenos ao lote, com um programa a todos idêntico, totalmente preenchido. Os meninos foram deixados pelos pais à guarda dos animadores, vestidos com trajes natalícios, que os acompanharam ao longo do dia nas diversas atividades. Os mais madrugadores tiveram direito a ver filmes de animação, enquanto os restantes iam chegando. Depois houve pinturas faciais, construção de fantoches, ateliers de instrumentos musicais, danças e coreografias, jogos tradicionais e teatro para todos. O momento de convívio à hora do almoço trouxe às cantinas uma agitação especial, bem à medida do apetite dos pequenos comilões. Tudo foi pensado para agradar a tão singulares clientes. Qual é o prato favorito e mais consensual entre a pequenada? Esparguete à Bolonhesa, para que conste! Além da sopa, salada 13 HOUVE PINTURAS FACIAIS, CONSTRUÇÃO DE FANTOCHES, ATELIERS DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, DANÇAS E COREOGRAFIAS, DESENHO E ESCRITA EPISTOLAR PARA COLOCAR NOS MARCOS, JOGOS TRADICIONAIS E TEATRO PARA TODOS CPL-S CPL-C de frutas e gelatina. A receita de sucesso garantiu crianças satisfeitas, saudáveis e sorridentes à saída dos refeitórios. Para a tarde estavam marcadas visitas guiadas às instalações operacionais de tratamento e transporte de correio, mais atividades manuais, desenho e escrita epistolar para colocar nos marcos de correio existentes. Houve ainda tempo para a entrega de lembranças a todos: uma mochila vermelha com um porquinho-mealheiro, um jogo de dominó, um lápis do Pai Natal e uma pulseira de luz. Mas a magia só ficaria completa com o carrinho das pipocas e do algodão doce para estragar de mimos a criançada. Porque a festa é sempre deles! RAQUEL MOZ ● CPL-N 14 EVENTOS l APOSTA 132 Querido Pai Natal... Centenas de crianças de todo o país tiveram oportunidade de entregar pessoalmente uma carta ao Pai Natal. O encontro aconteceu no dia 11 de dezembro em 18 Lojas CTT No final de cada ano, chegam aos CTT milhares de cartas para o mesmo destinatário: o Pai Natal. A pensar no imaginário infantil, os CTT promoveram, no dia 11 de dezembro, uma iniciativa inédita. Pela primeira vez, o Pai Natal deslocou-se a Lojas CTT de todas as capitais de distrito para receber as crianças e registar os seus desejos. Na Loja Picoas, em Lisboa, o ambiente foi de festa, com quase uma centena de alunos do 1º ao 4º ano da Escola EB1 S. Sebastião da Pedreira a entregarem em mão ao “senhor das barbas brancas” a sua missiva com os pedidos para esta quadra. Conceição Ramos, professora do 4º ano, realçou que «esta é uma excelente iniciativa e todos os alunos estão ansiosos para escrever a carta ao Pai Natal. No ano passado escrevemos as cartas na escola e viemos entregá-las aos CTT. Todas obtiveram resposta, o que deixou as crianças muito felizes. Este ano, com o Pai Natal aqui presente, será ainda melhor». Para o Gestor da Loja, Paulo Ribeiro, esta é uma forma de «oferecer um dia diferente aos alunos da escola aqui da zona e, para nós, é uma animação. As crianças enchem o espaço de alegria». De facto, boa disposição não faltou nesta manhã em que ficou provado que, quer escrevam, quer desenhem, todos sabem bem o que querem ter no sapatinho: playstations e jogos, telemóveis e tablets, bolas e bicicletas, bonecas e artigos da Violetta, foram a maioria dos pedidos, mas houve também quem tivesse pedido um cão, roupa e umas botas número 34 (não vá São Nicolau enganar-se no tamanho). Aos adultos ali presentes, lá iam perguntando como se escreve esta ou aquela palavra, porque não fica bem enviar ao Pai Natal um postal com erros. O postal dos CTT incluía já o destinatário, “Pai Natal, Polo Norte”, e a abertura, “Querido Pai Natal”, à qual quase todos acrescentaram “este ano portei-me bem” (os mais sinceros confessavam, “este ano portei-me mais ou menos”). “Beijinhos” e “Boas Festas” foram as despedidas mais comuns. Depois de escrito, todos colocaram o seu postal no marco de correio. Os mais precavidos, aproveitaram o facto de ali estar o Pai Natal em “carne e osso” para lhe darem a conhecer a sua lista de pedidos antes de seguir por correio, porque «depois pode não ter tempo para ler todas as cartas», explicavam. Maior alegria, só mesmo na hora de tirar uma fotografia com o Pai Natal para mais tarde recordar. A foto, com uma moldura CTT, foi entregue na hora e todas as crianças a guardaram com carinho. Os mais atrevidos não hesitaram em pedir uma dedicatória ao Pai Natal, porque uma imagem autografada tem outro valor. A iniciativa terminou com um voto especial, deixado por todas as crianças: «Feliz Natal para os CTT!». LUCÍLIA PRATES ● 15 16 EVENTOS l APOSTA 132 Música de Natal nas Lojas CTT Os CTT, em parceria com o Conservatório de Música e Artes do Dão, inundaram com música de Natal várias Lojas, de norte a sul do país, brindando os clientes desses espaços com uma experiência única e diferenciadora No dia 5 de dezembro, os clientes que entraram nas Lojas CTT dos Restauradores e Chiado (manhã), Cascais e Marginal Cascais (tarde) foram agradavelmente surpreendidos por oito jovens que tocavam e entoavam temas musicais alusivos ao Natal. O grupo, constituído por sete alunos dos cursos profissionais do Conservatório de Música e Artes do Dão (Maria, Sara, Carina, Diogo, Ângelo, Ricardo e Marco) e pela professora de canto Cláudia Matos, realizou três atuações (instrumental de canto) em cada espaço, permitindo aos clientes fruírem de uma experiência única, transportando-os para o espírito da quadra que se avizinhava. Susana Carneiro, responsável pela Inovação Business Research do Marketing da Rede (RL/MKR/IBR), justifica assim esta ação: «Paralelamente à Campanha de Natal, que estava a decorrer em toda a Rede de Lojas CTT, decidimos em algumas Lojas levar o ambiente natalício para lá dos habituais enfeites, com uma iniciativa de animação no ponto de venda, com vista a surpreender e criar uma envolvência diferenciadora junto do público». Após as atuações da manhã, Cláudia Matos referiu que o convite para esta ação foi «muito bem recebido, uma vez que a disciplina que leciono tem como objetivo a realização deste tipo de projetos. Os alunos estão satisfeitos, pois é uma oportunidade de se abrirem a outros horizontes e tipos de música que não apenas a clássica. Estamos a adorar e achamos que está a correr muito bem, pois notamos que as pessoas que entram nas Lojas estão a gostar. É uma ótima experiência para todos nós». Joaquim Caeiro, músico e responsável pelo departamento Comercial e de Marketing do Conservatório, adiantou que «mesmo em pequeno número de elementos, a qualidade deste grupo é notória, conseguindo dar um corpo muito interessante, como nos é dado apreciar». 17 Cláudia Matos, Joaquim Caeiro e Susana Carneiro Deixar uma nota de Natal O Conservatório, frequentado por um média de 300 alunos por ano, apresenta como particularidade o facto de oferecer um curso muito abrangente, «fazendo a formação dos alunos a diversos níveis: música (instrumental e canto), dança e dramatização. Quando estes alunos terminam os estudos estão completamente preparados para aquilo que é o autêntico espetáculo, uma vez que eles se integram em todas as linguagens da arte. Tão depressa estão a tocar clarinete, fagote e trombone como, de repente, cantam, dramatizam e brincam com a mesma facilidade». O trabalho do Conservatório tem vindo a ser reconhecido nos últimos anos, com vários alunos a ganharem prémios a nível nacional e internacional. As Edições Convite à Música - ECM é uma outra componente do Conservatório. Trata-se de um instrumento através do qual «usamos todo o material que vamos criando musicalmente em histórias que reinventamos, que são clássicos da literatura infantil, ou recriamos muitas outras, e editamos esses livros em que o fio condutor é sempre a música». Estas obras estão à venda nas livrarias e também nas Lojas CTT, apresentando para lá do elemento lúdico conteúdos pedagógicos, de forma a incentivar as crianças para a aprendizagem da música. Satisfeito com o convite dos CTT, termina: «Trouxemos esta pequena amostra da «OS NOSSOS CLIENTES MANIFESTARAM-SE DE MANEIRA MUITO POSITIVA: “COISA MAIS GIRA”, “JAMAIS PENSARIA SER SURPREENDIDO DESTA FORMA”, “QUE BOM FOI ESTE MOMENTO”. PELO QUE ME ATREVO A DIZER QUE AÇÕES DESTA ÍNDOLE SERÃO PARA REPETIR!». SUSANA CARNEIRO nossa música e da nossa alegria, para deixar uma nota de Natal nestes espaços. Para os nossos jovens também é uma experiência muito interessante, pois vivem no interior e é muito estimulante dar-lhes a oportunidade de virem mostrar um pouco daquilo que fazem». Além de Lisboa, as atuações continuaram por várias Lojas de outras cidades. No dia 10 de dezembro, o grupo deslocou-se ao Porto, às Lojas do Município, Pedro Hispano, Maia e São João da Madeira. No dia 12, a atuação decorreu em casa, em Santa Comba Dão. No dia 15, continuaram por Viseu, Mangualde e Tondela, terminando no dia 16, em Coimbra (Loja Fernão de Magalhães), Figueira da Foz e Ílhavo. «Em simultâneo com a atuação deste grupo esteve presente a marca Nicola, a promover o café com provas de degustação e ofertas de cápsulas para experimentação. Algumas Lojas foram ainda presenteadas com a visita de crianças que foram convidadas a escrever e enviar uma carta ao Pai Natal, ao som da música», diz Susana Carneiro que conclui: «Esta iniciativa captou o agrado e reconhecimento dos nossos clientes, que se manifestaram de maneira muito positiva: “coisa mais gira”, “jamais pensaria ser surpreendido desta forma”, “que bom foi este momento”. Pelo que me atrevo a dizer que ações desta índole serão para repetir!». ROSA SERÔDIO ● 18 PORTUGAL CONNOSCO l APOSTA 132 O melhor de Cabo Ruivo Mais de cem toques na bola durante um minuto garantiram a vitória n’Os Melhores em Campo, que se jogou em Cabo Ruivo nos dias 29 e 30 de setembro. Praticante de futebol de salão, Paulo Roseiro entrou na competição para se divertir e acabou por levar um televisor LCD para casa «Entrei neste jogo pela parte lúdica, pela brincadeira, e não pela competição em si», começa por dizer Paulo Roseiro, ao fim de mais uma noite e madrugada de trabalho na Linha de Produção e Logística do CPL-S, onde desempenha o cargo de Supervisor de Cais. Mesmo não querendo levar o assunto muito a sério, mas ciente das suas habilidades com a bola, de imediato decidiu participar, tendo sido o primeiro no turno da noite a entrar em campo, «para ficar despachado, não pensar mais nisso e não prejudicar a saída dos carros», de modo a garantir a qualidade de serviço, que é uma preocupação constante: «O ano passado, o objetivo foi atingido em quase todos os items avaliados e até superado em alguns». «Sem ter em mente ganhar», Paulo Roseiro jogou com a naturalidade própria de quem faz as coisas por gosto e lá foi facilmente superando etapa a etapa. Não consegue recordar-se do número exato de toques que conseguiu dar na bola durante um minuto, «mas foram mais de 100». E foi esta proeza que o fez sobressair das 255 participações durante os três turnos do CPL-S, em Cabo Ruivo. «Só acreditei que poderia ser eu a ganhar quando faltavam participar dois ou três colegas. Foi nesse momento que me acorreu o pensamento: “Olha, se calhar vou levar o televisor para casa!”». Paulo Roseiro tem 33 anos e trabalha nos CTT desde 2000, sempre no edifício de Cabo Ruivo. Entrou como ESE – Empregado de Serviços Elementares para a videocodificação. Como Carteiro passou pelas áreas de mecanização e finos prioritários, foi tratorista e fez recolhas nas Lojas CTT, entre outras funções. «Gosto muito do que faço e espero manter-me aqui durante muitos anos, pois não me estou a ver na rua, a fazer distribuição». Já experimentou todos os turnos. Atualmente só faz «tardes e noites» porque lhe permitem conciliar melhor a vida familiar. «Dedico-me inteiramente ao que faço, gosto de ser minucioso, de trabalhar com o intuito da perfeição. Somos quatro Supervisores de Cais no turno da noite, e temos que estar coordenados uns com os outros e trabalhar em equipa. Temos de controlar a chegada e a saída dos carros, o serviço que entra e sai e estabelecer prioridades. Ou seja, tem de haver um controlo rigoroso do que é feito, que é fundamental para o correio sair a horas, a expedição correr bem e assim assegurar a qualidade de serviço e a nossa satisfação do dever cumprido». 19 «ESPERO QUE VENHAM MAIS INICIATIVAS DESTAS, QUE CONSIDERO PRODUTIVAS QUANDO O OBJETIVO É UNIR AS PESSOAS E ALIVIAR UM POUCO O STRESS DO DIA A DIA DE TRABALHO» Jogar por gosto Termina o seu horário de trabalho quando a maioria das pessoas se prepara para iniciar o seu. É também quando a sua esposa e os filhos Rafael e Rodrigo saem de casa para as suas atividades e ele chega ainda a tempo de dar uma ajuda. Depois de deixar os rapazes na escola vai dormir cerca de seis horas. «Ainda tem tempo para hobbies?» é a pergunta que se impõe. E a resposta vem segura: «Sim, sim. Não digo todos os dias, mas pelo menos três vezes por semana vou ao ginásio ou faço corrida e todos os sábados jogo futebol de salão». E então percebe-se que o seu desempenho em campo não foi obra do acaso. Ficamos a saber que durante muitos anos jogou futsal em clubes de bairro (Beato, Prior Velho), chegando mesmo a ser federado. Estava para assinar com o clube do Forte da Casa quando passou a efetivo nos Correios e desistiu pois «era muito difícil conciliar os horários de treino com os de trabalho». Mas o bichinho da bola está lá. E não perde nenhuma oportunidade de praticar o seu desporto predileto e matar saudades dos tempos em que o fazia com mais regularidade. Recentemente entrou para a equipa de futsal do CDCR de Almada. Estreou-se nos últimos Jogos Nacionais que decorreram em junho passado, em Mafra, «mas a competição correu-nos muito mal, não passámos a fase de grupos». Em breve serão retomados os treinos para os apuramentos dos próximos Jogos que se realizarão em 2016. E espera outro resultado, ou não seja ele um dos melhores em campo. Achou esta iniciativa «muito agradável. Foi um convívio saudável que juntou muitos colegas, de todas as idades, e deu para descontrair e nos divertirmos, ao mesmo tempo que o espírito de equipa saía reforçado. As horas de trabalho habitual foram enriquecidas com uma atividade diferente», que contou com uma elevada adesão. «Como estava no cais dava para ver que as pessoas do turno da noite participaram muito. O campo nunca ficou vazio enquanto durou a competição». «Espero que venham mais iniciativas destas, que considero produtivas quando o objetivo é unir as pessoas e aliviar um pouco o stress do dia a dia de trabalho». Até lá, a família vai desfrutando do merecido prémio, que veio substituir um antigo televisor. ● ROSA SERÔDIO 20 CONGRESSO APDC l APOSTA 132 24º Congresso das Comunicações Durante dois dias, o 24º Congresso das Comunicações proporcionou espaços de reflexão acerca das potencialidades das TIC quando aplicadas a vários setores de atividade. Só a sua utilização massiva pode garantir um futuro sustentado O Centro Cultural de Belém acolheu, nos dias 19 e 20 de novembro, o 24º Congresso das Comunicações, promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC). No ano em que a APDC celebra o seu 30º aniversário, estiveram em análise as tendências de negócio dos setores dos Transportes, Administração Pública, Retalho e Smart Cities e a forma como as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem potenciar estas áreas. Nas palavras de Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, o encontro «representa uma oportunidade privilegiada para discutir o papel das tecnologias da informação e comunicação na atividade económica e na vida dos cidadãos», na medida em que envolve «uma multiplicidade de protagonistas provenientes de setores chave para a economia». A edição deste ano do estudo APDC que animou os vários debates, alguns dos quais com a presença de elementos da Comissão Executiva dos CTT, demonstra que apenas a utilização massiva das TIC nos referidos setores poderá trazer um desenvolvimento sustentado. Em Portugal, «temos um Setor das Comunicações dinâmico, com um histórico muito importante de investimento que tem ajudado a contornar o cenário de crise económica e financeira que afetou o país até 2013. É um setor de alto valor acrescentado, muito competitivo, concorrencial, focado no cliente e que tem feito da inovação uma aposta constante», disse António Pires de Lima, Ministro da Economia, na sessão de abertura ao Estado da Nação das Comunicações. 21 «É UM SETOR DE ALTO VALOR ACRESCENTADO, MUITO COMPETITIVO, CONCORRENCIAL, FOCADO NO CLIENTE E QUE TEM FEITO DA INOVAÇÃO UMA APOSTA CONSTANTE». ANTÓNIO PIRES DE LIMA Explorar as oportunidades da economia digital Para Rogério Carapuça, Presidente da APDC, o país tem excelentes infraestruturas mas ainda há um longo caminho a percorrer. Por exemplo, a cobertura de banda larga é de 100%, quando a média europeia fica pelos 97%. No que respeita à banda larga móvel, em Portugal, a cobertura é de 91%, sendo que a média da União Europeia não vai além dos 59%. Mas, por outro lado, a percentagem de população ativa com baixas competências digitais no trabalho no nosso país é de 48%, sendo que a média da União Europeia fica pelos 39%. Já a população nacional que compra online não ultrapassa os 22%, ao passo que a média da UE é de 47%. Assim, Rogério Carapuça acredita que Portugal depara-se com o desafio de estimular a procura. «Temos de mostrar que as infraestruturas que temos são das melhores do mundo e podem servir para estimular a procura, desenvolver o país, estimular as exportações e desenvolver a economia portuguesa». Para a presidência deste 24º Congresso, foi convidado Luís Marques Mendes. O antigo Ministro dos Assuntos Parlamentares acredita que esta é uma área decisiva para a competitividade da economia nacional e revela que «os países mais desenvolvidos do mundo não são aqueles que têm petróleo, mas sim os que mais investem na economia e no conhecimento». Regulação A aceleração tecnológica, a consolidação, a convergência da concorrência crescente e os novos tipos de consumo, bem como a criação de um mercado único europeu das comunicações, são alguns dos desafios que o setor das comunicações enfrenta no âmbito da regulação. Mas, olhando para o Setor Postal, o desafio é a manutenção do serviço universal. André Gorjão Costa participou no painel “Regulação”, juntamente com representantes da NOS, Vodafone e PT. O Administrador Executivo dos CTT falou acerca da complementaridade entre comunicações postais e as comunicações eletrónicas. Desta forma, perante a crescente interligação dos setores, a Regulação, agora diferente para os Setores Postal e das Comunicações Eletrónicas, deverá ser, «cada vez mais, abrangente e interligada», defendeu o CFO dos CTT. Consumidores mais informados e exigentes Mais informados, mais exigentes e à procura de soluções à medida, convergentes e multiplataforma. É este o perfil do novo tipo de consumidor que é fruto do surgimento de um novo paradigma resultante da aceleração tecnológica e da digitalização. Manuel Castelo-Branco integrou o painel de discussão “Inovação Tecnológica, Cliente & Serviço”, que contou também com representantes da NOS, Vodafone, PT, Ericsson e Huawei. Quando questionado acerca dos desafios com que os CTT se deparam em termos de inovação de produtos e serviços, o Vice-Presidente falou acerca da capacidade que a Empresa teve de inovar: «Alterámos completamente a sua forma de abordar o mercado, quer na organização, quer nas pessoas, quer na forma de venda». Manuel Castelo-Branco falou acerca das restruturações levadas a cabo pela Empresa decorrentes da diminuição do tráfego postal. «Eu acho que nos tornámos numa empresa fortemente inovadora», rematou o Vice-presidente dos CTT. 22 CONGRESSO APDC l APOSTA 132 Rogério Carapuça Aníbal Cavaco Silva Luís Marques Mendes O Vice-Presidente dos CTT, Manuel CasteloBranco, com Nuno Cetra (Administrador da PT) e Luís Silva (“Head of OSS/ BSS Business for Portugal & Spain” da Ericsson) «TEMOS UM OPERADOR POSTAL DINÂMICO, MODERNO E COMPETITIVO, COM GRANDE CAPACIDADE QUANDO COMPARADO COM QUALQUER UM DOS OPERADORES EUROPEUS». FRANCISCO DE LACERDA O Administrador Executivo e CFO dos CTT, André Gorjão Costa, com Cristina Perez (Diretora Jurídica e de Regulação da Vodafone) e João Confraria (Administrador da ANACOM e “Keynote Speaker” da sessão) Estado da Nação das Comunicações Depois dos investimentos em redes e serviços e da restruturação sem precedentes, na sequência de movimentos de consolidação e privatização, o ecossistema das comunicações prepara-se para um conjunto de novas oportunidades e desafios. O Estado da Nação, que encerrou o evento, contou com a presença de Francisco de Lacerda (Presidente e CEO, CTT), Armando Almeida (Presidente, PT), Mário Vaz (CEO, Vodafone) e Miguel Almeida (CEO, NOS). Recordando o sucesso do processo de privatização dos CTT e o trabalho desenvolvido pela Empresa, Francisco de Lacerda acredita que «temos um Operador Postal dinâmico, moderno e competitivo, com grande capacidade quando comparado com qualquer um dos operadores europeus». O dirigente acredita que o país tem capacidade para atrair investimento e o setor das comunicações tem-se posicionado como uma força motriz do mercado, com capacidade para gerar emprego e criar riqueza. O Setor das Comunicações, com os seus subsetores (Telecomunicações, Media, Postal e Tecnologias da Informação) representa entre 7 e 8% do PIB, empregando cerca de 100 mil pessoas. ELSA DUARTE ● 24 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL l APOSTA 132 CTT sobem nos índices CDP e IPC EMMS Os CTT passaram mais uma vez no teste de desempenho ambiental dos índices CDP e EMMS do IPC, publicados no final de 2014. A Empresa continua a apostar numa economia baixa em carbono, reportando os seus esforços e contribuindo para minimizar a erosão do capital natural do planeta Os CTT conheceram no final de 2014 os resultados do seu desempenho em termos de sustentabilidade ambiental nos relatórios do Carbon Disclosure Project (CDP) e do Environmental Measurement and Monitoring System (EMMS) do International Post Corporation (IPC). Trata-se de dois importantes sistemas de avaliação e gestão da pegada carbónica da atividade empresarial, o primeiro a nível global e o segundo a nível sectorial postal, que reconhecem os esforços desenvolvidos e as boas práticas em matéria de redução das emissões poluentes e avançam recomendações para uma contínua melhoria. O CDP é o rating de referência mundial que afere o desempenho energético e carbónico das empresas, quanto à qualidade da informação, exaustividade das respostas, ações implementadas para gerir os impactes nas alterações climáticas, e performance em termos de redução dos gases de efeito de estufa (GEE) no planeta. Cerca de duas mil das principais empresas internacionais responderam através do CDP a pedidos de informação sobre riscos e oportunidades climáticas, formuladas por investidores que representam ativos no valor de 92 triliões de dólares norte-americanos (1/3 de todo o capital investido a nível mundial). Esta foi a segunda vez em que os CTT participaram, agora como empresa cotada na bolsa e com elevadas responsabilidades em relação aos acionistas e demais stakeholders, depois de uma primeira experiência a título voluntário em 2013. Portugal enquadra-se no índice do CDP da região Iberia onde são convidadas 125 empresas de variados setores a participar: 40 portuguesas e 85 espanholas. Das empresas nacionais convocadas, só 13 responderam ao repto, ficando as restantes de fora por falta de capacidade. Os CTT foram incluídos no setor “Indústria”, tal como no ano anterior. Este índice conta com duas diferentes tabelas de avaliação: Disclosure (de 0 a 100) e Performance (de E a A). A classificação dos CTT em termos de Disclosure subiu para 88 valores (86 em 2013), tendo mantido a banda B de Performance. A média ibérica é de 85 e banda B. O melhor resultado português em Disclosure foi para a Galp Energia com 100 valores e, em Performance, para o Banco Espírito Santo com a banda A. Os CTT foram líderes nacionais no seu setor. Em temos de benchmarking para o setor postal, uma análise aos operadores internacionais (públicos ou privados) que reportam para o índice do Carbon Disclosure Project coloca a bpost (Bélgica) em 1º lugar na tabela da Performance (banda A), em 2º ex-aequo (A-) a UPS (EUA) e a Royal Mail (Reino Unido), e em 4º (B) os CTT, a Deutsche Post (Alemanha) e a Fedex (EUA). Todavia, é o índice EMMS do International Post Corporation que melhor identifica e avalia os esforços na redução da pegada carbónica pelo setor postal internacional. Os CTT fazem parte deste programa desde o arranque, em 2008, com uma posição invejável em termos de resultados para a sua dimensão de pequeno operador europeu. O grupo de 23 participantes, membros e não membros do IPC, que são responsáveis por mais de 80% do volume global postal que circula no mundo, conseguiu alcançar quase a meta de redução prevista para 2020: -20% de emissões carbónicas. 25 OS CTT SÃO O OPERADOR POSTAL QUE A NÍVEL MUNDIAL MAIS REDUZIU A SUA PEGADA CARBÓNICA NO ÍNDICE EMMS: -51% CONTRA A MÉDIA SECTORIAL DE -19%. O BOM RESULTADO DEVE-SE A GANHOS DE EFICIÊNCIA INTERNA, POR VIA DA RENOVAÇÃO TECNOLÓGICA (FROTA E EDIFÍCIOS), DA EXPANSÃO DA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL E DOS PROGRAMAS DE GESTÃO ENERGÉTICA CTT lideram em redução de emissões A nível sectorial, os CTT consolidaram, mais uma vez em 2013, uma posição de destaque a nível mundial, mantendo o 6º lugar no ranking das melhores prestações (o IPC mantém anónima a identidade dos participantes, apenas dando a conhecer a cada visado a sua classificação e posição relativa face aos demais). Pelo sexto ano consecutivo, os CTT melhoraram a sua pontuação global para 85,2 pontos em 100 (82.95 no ano anterior), subindo em 4 dos 10 critérios do rating EMMS, e voltando a ter a liderança mundial no critério Disclosure and Reporting. No último ano, os CTT reduziram novamente as suas emissões nos scopes 1 e 2, sendo o operador postal que a nível mundial, comparativamente com a situação de partida em 2008, mais reduziu a sua pegada carbónica (-51% contra a média sectorial de -19%). Parte destes bons resultados decorre de fatores exógenos, como a evolução favorável da componente renovável no mix elétrico nacional, dependente dos anos hídricos, que tem um peso elevado no scope 2. Mas são de assinalar também os ganhos de eficiência conseguidos internamente, por via da renovação tecnológica (frota e edifícios), da expansão da mobilidade sustentável e dos programas de gestão energética. A próxima meta dos CTT será atingir uma pontuação global de 90% e passar a integrar o lote de “top performers” (como o bpost, DP DHL, PostNL e PostNord). No último ano, apesar da melhoria de pontuação, o operador português perdeu ritmo e distanciou-se em relação ao líder. Em alguns indicadores encontra-se mesmo abaixo da média do setor, como no caso da utilização de eletricidade verde (4% face à média de 35%) e do peso da frota alternativa (8% face à média de 26%). Numa altura em que a meta acordada de redução da pegada carbónica se encontra prestes a ser atingida, foram já aprovados pelo Board do IPC novos objetivos carbónicos, bastante mais exigentes do que até aqui, usando como variável de controlo não as emissões globais mas a eficiência carbónica e energética, e passando a incluir os fornecedores (scope 3). A fatura coletiva dos participantes no relatório EMMS saldou-se assim por uma redução de 19,2% entre 2008 e 2013, baixando as emissões de dióxido de carbono de 8,4 para 6,8 milhões de toneladas, o equivalente a retirar de circulação 600 mil viaturas por ano. RAQUEL MOZ ● 26 SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL l APOSTA 132 Já ouviu falar de “commuting”? Três anos após a mudança dos serviços centrais em Lisboa para o Parque das Nações, qual é o padrão de movimentação das mais de mil pessoas que diariamente entram no edifício-sede dos CTT? Conheça o seu perfil segundo os resultados do estudo agora concluído O comportamento nas deslocações entre a casa e o trabalho dos colaboradores dos CTT, sediados no edifício do Parque das Nações em Lisboa, foi objeto de inquérito no final de 2013 para vir a ser analisado durante 2014. A palava “commuting” é utilizada para descrever o modo como a população se desloca regulamente de e para o seu local de emprego, através dos vários meios de transporte disponíveis ou combinando alguns deles. O termo inglês data de meados do século XIX, com o desenvolvimento das ligações ferroviárias em grandes cidades norte-americanas como Nova Iorque, Boston, Chicago ou Filadélfia, que facilitariam a fixação das populações nos subúrbios ao garantir o acesso aos centros urbanos a partir de locais mais distantes. Comutar passou a ser o verbo para designar a utilização de um ou mais meios de transporte para fazer esta ligação frequente. O setor dos transportes é o que mais contribui para as emissões de CO2 a nível planetário (1/3 do total). As viagens diárias feitas entre o domicílio e o local de trabalho têm por isso hoje uma importância crescente na avaliação do desempenho carbónico das empresas, começando a pesar na fatura global, o que implica planos de redução e alternativas a considerar. A necessidade de calcular estas deslocações tem sido, por isso, um requisito em todos os programas e rankings internacionais de sustentabilidade e combate às alterações climáticas. Os CTT realizaram no final de 2013 um inquérito detalhado juntos dos colaboradores sediados no edifício CTT do Parque das Nações, com uma taxa de resposta de 33%, isto é, 430 respondentes num universo de 1320 pessoas. Ao longo de 2014, com a colaboração do Instituto Nacional de Estatística, o estudo foi alargado ao total de colaboradores CTT, cruzando os códigos postais das respetivas moradas com os dados do Census 2011. A primeira consulta aos colaboradores dos CTT da região de Lisboa tinha acontecido em 2010, antes da centralização dos serviços centrais no Parque das Nações. Em 2013 houve a necessidade de reavaliar a situação e perceber quais as principais mudanças que se tinham operado. 27 A NÍVEL NACIONAL, A PEGADA CARBÓNICA É DE 6.850 TONELADAS DE CO2, COM UM TOTAL DE 56 MILHÕES DE QUILÓMETROS PERCORRIDOS POR ANO PELOS 12.300 COLABORADORES CTT SÓ NO “COMMUTING” Vou de carro ou vou de metro A análise evolutiva na utilização de transportes entre 2010 e 2013 evidenciou um crescimento significativo das viagens realizadas em viatura particular (10%), nomeadamente no caso do transporte individual só com condutor (que cresceu cerca de 20%) e decréscimo dos restantes modos. O metro é o principal perdedor, que passou da 1ª para a 4ª posição (-29%), dada a localização periférica do edifício-sede, na zona oriental da cidade. O uso de viatura própria é a opção mais cara e mais poluente entre todas as modalidades, e passou a ser em 2013 o transporte mais utilizado por 51% dos inquiridos. O comboio está em segundo lugar (30%) e o autocarro em terceiro (24%). Em 2010 era o metro o principal meio de transporte (50%), seguido da viatura particular (31%) e do comboio (29%). Observou-se ainda uma diminuição da taxa de intermodalidade (utilização múltipla de meios de transporte), passando de 1,8 meios usados em 2010, para 1,7 em 2013. A escolha do transporte é influenciada por fatores subjetivos, sendo o mais importante a rapidez, depois o custo, e só então a conveniência. Fatores como a saúde ou a proteção do ambiente, embora tenham registado a maior subida em 2013, ainda não são muito ponderados. Mas há sinais encorajadores: o uso da bicicleta no centro da cidade, que era nulo em 2010, tem agora 2% de utilizadores, em muitos casos como opção modal combinada. O acréscimo das viaturas particulares e das distâncias, para os “commuters” da região de Lisboa, resultou num claro aumento da pegada carbónica, que em 2010 era de 853 toneladas da CO2 e em 2013 passou para 1.203 toneladas (+40%). A nível nacional, as emissões relativas ao “commuting” sobem para 6.850 toneladas de CO2, mais do que o resultante de todo o consumo de electricidade da Empresa. Os 12.300 colaboradores CTT percorreram num ano 56 milhões de quilómetros entre a casa e o trabalho, valor semelhante ao total percorrido pela frota rodoviária na sua actividade postal. A senhora do retrato O questionário agora conhecido permitiu apurar o perfil dos colaboradores CTT e produzir um retrato-robô com base na média dos resultados obtidos para o edifício-sede de Lisboa. E a personagem que emerge deste estudo é uma mulher (57%), de 44 anos (43%), residente no município de Lisboa (28%). Ainda assim, muitos são os colaboradores que todos os dias chegam da margem sul do Tejo (23%), da zona oeste onde ficam Loures e Odivelas (15%), da linha de Sintra (15%) e da linha de Cascais (14%). Esta nossa colaboradora típica passa diariamente 48 minutos em cada trajeto, entre a casa e o trabalho, e gasta mensalmente €90 em custos com transportes. Um quinto dos respondentes chega a despender mais de €150 por mês em deslocações, que se devem aos preços associados a viatura particular ou a transportes públicos para grandes distâncias. O estudo procurou ainda analisar a viabilidade de promover o uso de meios de transporte mais sustentáveis, nomeadamente a bicicleta e a partilha de viatura (carpooling). Entre os inquiridos em 2013, 49% admite poder optar pela bicicleta, caso as condições de duche e vestiário estejam asseguradas e os acessos na cidade o facilitem. Também 66% ponderam já a partilha de viatura (24% em 2010), desde que haja condições de estacionamento no edifício (42%) ou venha a existir uma base de dados para encontrar colegas com percursos semelhantes e horários idênticos (42%). O “commuting” é um fenómeno que não depende só das escolhas pessoais de cada colaborador, mas do grau de responsabilidade assumido pelas empresas na procura de alternativas que minimizem os impactes ambientais associados. O primeiro passo foi conhecer a situação. Agora há um futuro mais sustentável a construir, através da difusão de informação sobre acessibilidades, a criação de condições para o uso de bicicletas e partilha de viaturas, a participação em iniciativas municipais e europeias, concursos e prémios, palestras e outras ideias que façam a diferença na vida de todos. RAQUEL MOZ ● 28 ENTREVISTA l APOSTA 132 Céu Serejo, João Tribuna Miguel, Marília Martins Cortez e Peter Tsvetkov Relações com Investidores Criada em novembro de 2013, a Direção de Relações com Investidores tem por missão assegurar a articulação dos CTT com a CMVM, a Euronext Lisbon e a lnterbolsa, os acionistas da Empresa, investidores, analistas, agências de rating, mercado de capitais e comunidade financeira em geral. A Aposta foi conhecer o trabalho desenvolvido pela equipa A equipa de Relações com Investidores (RI), constituída por Peter Tsvetkov (Diretor), Marília Martins Cortez, João Tribuna Miguel e Céu Serejo, desempenha um papel estratégico nos CTT, contribuindo para a gestão equilibrada das expectativas e exigências dos diferentes stakeholders e para a criação de valor para a Empresa, por via de uma comunicação atempada, rigorosa e eficaz com o mercado financeiro. Como explica Peter Tsvetkov, «somos o interlocutor entre o Conselho de Administração (CA) e a Comissão Executiva (CE) dos CTT e os donos da Empresa (os nossos acionistas), o regulador e o mercado de capitais nacional e internacional. Agora que estamos cotados em bolsa, toda a informação importante (alterações de preços, calendário financeiro e societário, participações qualificadas, deliberações das Assembleias Gerais, dividendos, renúncia e cooptação de administradores, etc.), que tem impacto relevante na Empresa e na sua posição financeira, e que possa influenciar a cotação da ação, tem de ser comunicada de forma regulamentada». A CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários é a entidade que supervisiona e regula os mercados de valores mobiliários e os mercados de bolsa e a atividade dos agentes que neles atuam, como os CTT. «Preparamos os comunicados, em português e inglês, e efetuamos a respetiva divulgação, através do site da CMVM e do site dos CTT. Este último é cuidadosamente revisto e mantido atualizado pela nossa equipa, em colaboração com a equipa de Web e Social Media da CI, na parte que se refere aos Investidores. Por exemplo, os CTT 29 estão obrigados a publicar resultados trimestralmente. Nós colaboramos com as áreas financeiras da Empresa (CT e PC) e diretamente com PCA e com o CFO, no sentido de encontrarmos a forma mais clara e objetiva de comunicar esses resultados ao mercado. Posteriormente, preparamos um documento em inglês, designado “Company Presentation”, que visa apresentar, de forma mais resumida, gráfica e apelativa, as contas da Empresa, e que é disponibilizado à CMVM e aos acionistas e utilizado pelo CA em reuniões e conferências com investidores». Marília Martins Cortez tem a seu cargo a redação e divulgação de comunicados, tanto junto da CMVM através do seu site, como no site dos CTT, e internamente para o Conselho de Administração e para a Comunicação Institucional. É ainda responsável pelas traduções de vários documentos. Transitou das Relações Internacionais para as Relações com Investidores e considera que «integrar esta nova direção foi um grande desafio, porque era uma área completamente nova. O balanço é muito positivo, aprendi matérias novas, muito interessantes e diferentes de tudo aquilo que tinha feito até agora. Estou muito satisfeita por pertencer a esta equipa». O TRABALHO DESENVOLVIDO PELAS RELAÇÕES COM INVESTIDORES REFLETIU-SE NO SUCESSO DA PRIVATIZAÇÃO DOS CTT, NA EXCELENTE PERFORMANCE DAS AÇÕES DOS CTT NO ANO APÓS A PRIVATIZAÇÃO E NOS ALTOS NÍVEIS DE CONFIANÇA DO MERCADO No dia seguinte à comunicação de resultados, as RI organizam uma “conference call” (“webcast”, disponível no site dos CTT), de pelo menos uma hora, com acionistas, investidores e analistas financeiros. Estes estudam o comportamento bolsista, acompanham a ação e emitem recomendações de compra e venda, e representam uma importante fonte de informação e de divulgação dos CTT. Peter Tsvetkov recorda que «no início de 2014 tínhamos quatro analistas a fazer cobertura, hoje temos 12, o que é muito positivo, tendo EVENTOS RI - Ano 2014 Nº DE EVENTOS DIAS FORA DE PORTUGAL Nº DE INVESTIDORES Conferências 14 13,5 185 Roadshows 16 14,0 126 Investidores a visitar Lisboa 24 -- 40 Conference calls com investidores 50 (incl. 4 webcasts de resultados) -- 50 Conference calls / reuniões com analistas 54 -- -- COMUNICADOS RI (até 9 de dezembro 2014) NÚMERO Press Release (inglês) * Resultados Consolidados Ano 2013 – 12 março Resultados Consolidados 1T14 – 7 maio Resultados Consolidados 1S14 – 29 julho Resultados Consolidados 3T14 – 4 novembro 4 Apresentações de resultados (inglês) Ano 2013 (Português e Inglês) – 12 março 1T14 – 7 maio 1S14 – 30 julho 3T14 – 4 novembro 4 Convocatória AGE (português & inglês) CVs dos Dirigentes 1 Participações qualificadas (português & inglês) Comunicados de participação qualificada (aumento ou redução da participação) 31 Informação privilegiada (português & inglês) Comunicados diversos – Alterações de preços, Calendários Financeiro e Societário 2014, Deliberações AG Extraordinária e Anual, Dividendos, Renúncia e Cooptação de Administradores, Banco Postal, Parcerias e Acordo de Empresa 26 Transações de dirigentes (português & inglês) Comunicações referentes a transações de diretores de 1ª linha – 17 março a 1 de abril 6 Total 72 * Press release em português elaborado por departamento de PC. 30 ENTREVISTA l APOSTA 132 A PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES, CONFERÊNCIAS E OUTROS EVENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS REFORÇA A PROXIMIDADE À BASE ACIONISTA E IMPULSIONA A CONSTRUÇÃO DE UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA COM O MERCADO em conta a dimensão do mercado português e da Empresa (“mid-cap”), e ultrapassa o objetivo, que era encerrar o ano com 10». João Tribuna Miguel sublinha que «cada analista é seguido por muitos investidores, o que multiplica o número de contactos». Construir a confiança Se Marília Martins Cortez se dedica aos textos, João Tribuna Miguel encarrega-se dos números. «Acompanho os analistas que seguem a ação e nos pedem esclarecimentos. Dou-lhes o apoio necessário para que se sintam mais confiantes no seguimento que fazem». A análise da performance bolsista também é tarefa sua: «faço o tratamento das informações do mercado, que são retiradas do Bloomberg Finance», e não hesita em afirmar que «o desempenho dos CTT tem sido bastante estável e as nossas ações têm a melhor performance do PSI 20». Para lá do cumprimento das obrigações legais e da disponibilização ao mercado de informações que permitam conhecer a realidade dos CTT e a sua evolução, em termos económicos, financeiros e de governo societário, o estabelecimento de contactos é outra das funções das RI. Céu Serejo é responsável pelo secretariado da Direção e representa o primeiro elo de ligação entre o Diretor de RI e os seus interlocutores. «Faço atendimento de chamadas e tratamento de correspondência, organização de reuniões e conferências, preparação de viagens ao estrangeiro e de visitas de investidores a Lisboa, e contactos com os promotores de eventos». Os CTT reforçam a sua proximidade à base acionista através de reuniões com investidores e da presença regular em conferências nacionais e internacionais que impulsionam a construção de uma relação de confiança com o mercado. A participação é assegurada pelo Presidente e CEO dos CTT, Francisco de Lacerda, pelo Administrador Executivo e CFO, André Gorjão Costa, e pelo próprio Diretor de RI, Peter Tsvetkov, que realça que «a participação do “management” dos CTT em eventos relevantes é muito importante para manter o contacto com os investidores. E não podemos interagir apenas com os acionistas correntes, porque todos os dias existe compra e venda de ações, temos de continuar a promover os CTT para capturarmos novos mercados e acionistas». Para 2015 os objetivos gerais são: aumentar o número de analistas, aumentar a participação dos acionistas na Assembleia Geral, manter uma boa relação com o regulador e alargar os contactos a outras geografias, com vista ao estabelecimento de uma base acionista mais ampla e diversificada. O objetivo primordial continuará a ser a criação de valor, através da comunicação ao mercado, dentro dos prazos definidos e de forma clara, objetiva e com qualidade, de informações relevantes sobre a atividade dos CTT. LUCÍLIA PRATES ● 31 32 DAR UM GIRO l APOSTA 132 Palmela seduz Seja pelo rico e exuberante património natural e edificado. Seja pelo vinho, costumes e tradições. Seja pelos sabores da gastronomia típica. Seja pelas propostas de lazer em contacto com a natureza. Palmela é uma vila apaixonante que importa conhecer e desfrutar. Deixe-se seduzir... Entrámos na vila pela avenida da Liberdade. Após uma curta e algo íngreme subida deparámo-nos com o largo de São João. Os nossos passos apressam-se para chegar à outra extremidade onde nos aguarda uma vista fantástica sobre o Vale dos Barris, o Parque Natural da Arrábida (onde sobressai a Serra do Louro com os seus moinhos de vento) e o Castelo. Perante a imponência deste último cenário, invade-nos uma vontade urgente de alcançar o monumento. Mas antes, e porque estamos no local onde se fixaram no neolítico antigo (finais do VI milénio e inícios do V a.C.) os primeiros habitantes, com o povoado do Casal da Cerca, vamos descobrir o que tem para oferecer. O largo, requalificado por Rui Farinha e distinguido com o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2009, acolhe desde 2002 a Biblioteca Municipal, instalada no edifício construído na primeira metade do século vinte para ser escola primária. Ao lado, a capela de S. João Baptista, do séc. XVII, deixou de realizar cerimónias religiosas desde 1910 e é Monumento de Valor Concelhio. De seguida, há que entrar na Casa Mãe da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal, uma antiga adega recuperada e transformada em ponto de informação enoturístico. Neste espaço podem ser apreciados e adquiridos os vinhos e produtos típicos da região, assim como marcadas visitas às adegas. Fica o aviso: é impossível sair de mãos vazias, pois as tentações são irresistíveis. Já no exterior, a nossa atenção vira-se para um dos ex-libris de Palmela, o Cineteatro São João, inaugurado em 1952 com o filme “As aventuras de D. Juan” e a revista alemã “Que pernas que ela tem”, tornando-se uma das mais categorizadas salas de espetáculos fora dos grandes centros urbanos. Classificado como Imóvel de Interesse Municipal, é utilizado para diversas manifestações artísticas e apresenta a exposição permanente “Cineteatro São João: Arte e Memória”. No centro do largo impõe-se o Coreto 33 da Sociedade Filarmónica Humanitária, construído em 1924 pelo mestre pedreiro palmelense Salvador Augusto Camolas. A estrutura de ferro forjado e a cobertura de madeira assentam numa base marmórea e exibem decoração típica da época. É neste local central da vila que se repete desde 1963 o maior certame do concelho: a Festa das Vindimas, que celebra o vinho, a vinha e todos os que se dedicam ao cultivo dos campos. O programa estende-se da última quinta-feira de agosto à primeira terça-feira de setembro, incluindo momentos tradicionais como a Eleição da Rainha das Vindimas, a Pisa da Uva, a Benção do 1º Mosto, o Cortejo dos Camponeses ou os Cortejos Alegóricos. Por rua, ruela, escada, escadinha... Palmela, sede de concelho, situa-se na região de Lisboa, na Península de Setúbal, e integra parte de duas importantes áreas protegidas nacionais: o Parque Natural da Arrábida e a Reserva Natural do Sado. O concelho estende-se por 460Km2 e comporta cinco freguesias: Palmela, Pinhal Novo, Quinta do Anjo, Poceirão e S. Pedro de Marateca. Nos séculos VIII e IX a comunidade muçulmana usava a palavra “Balmala” para identificar esta localidade. Vamos então encetar a caminhada rumo ao promontório da vila. Na Rua General Amílcar Mota, algumas casas destacam-se com as suas fachadas de notável plasticidade e decoração, revestidas a azulejos e paramentos em ladrilho cerâmico vidrado, ao estilo Arte Nova. Na primeira metade do século XX, a produção e comércio de vinhos trouxe prosperidade aos lavradores, que construíram estas casas vistosas para sua habitação. As casas e ruas do Centro Histórico foram crescendo ao longo dos tempos, acompanhando a morfologia do terreno. Localizada na encosta norte do Castelo, a população orientou o NA CASA MÃE DA ROTA DOS VINHOS PODEM SER APRECIADOS E ADQUIRIDOS OS VINHOS E PRODUTOS TÍPICOS DA REGIÃO, ASSIM COMO MARCADAS VISITAS ÀS ADEGAS Casa Mãe da Rota dos Vinhos da Península de Setúbal 34 DAR UM GIRO l APOSTA 132 CHEGADOS AO CASTELO, SOMOS ARREBATADOS PELA IMENSIDÃO DAS VISTAS QUE VARREM TODAS AS DIREÇÕES NUMA RODA DE 360 GRAUS. DALI ABARCAMOS NA PLENITUDE TODOS OS CENÁRIOS QUE FOMOS APRECIANDO AO LONGO DO PERCURSO seu crescimento para as zonas mais baixas, mas sempre na proximidade deste monumento que lhe oferecia proteção. Por ruas e ruelas, escadas e escadinhas desembocamos na praça do Duque de Palmela. Presença incontornável é o Pelourinho, que data do séc. XVII, e onde eram colocados anúncios importantes para a população e punidos publicamente aqueles que praticavam crimes. A Misericórdia estabeleceu-se em Palmela para acudir aos mais necessitados e a sua igreja foi construída em 1512. O interior ostenta azulejos do século XVII e altar em talha joanina. No edifício contíguo funcionou o antigo hospital. Outrora, esta praça era uma movimentada zona comercial, onde estavam instaladas as principais lojas: drogarias, carvoarias, mercearias, talhos, padarias, latoarias, ferradores, sapateiros, costureiras. Continuamos a subida e no Largo do Município somos surpreendidos pelo imponente edifício dos Paços do Concelho. Ao longo dos seus 400 anos de existência já conheceu diversas utilizações, desde tribunal, prisão e até talho. O salão nobre é decorado com retratos murais dos soberanos de Portugal. Sentinela entre Tejo e Sado À esquerda deste largo, ergue-se a igreja de São Pedro. Transpostos os degraus, olhamos em redor. Lá em cima, o Castelo, em frente os Paços do Concelho e os telhados das casas do Centro Histórico. De origem medieval, o atual edifício da igreja matriz de Palmela data do século XVI. O terramoto de Lisboa de 1755 destruiu a fachada principal. As paredes estão revestidas de azulejos azuis e brancos do séc. XVIII que representam cenas da vida de S. Pedro. O miradouro D. Nuno Álvares Pereira ali ao lado convida-nos a espraiar o olhar em direção ao Alentejo, observando o estuário do Sado que banha a freguesia de S. Pedro de Marateca, alimentando os arrozais. Percorrendo a Rua de Nenhures, estamos cada vez mais próximos do objetivo. Nesta via, meio escondidos entre a vegetação podemos observar os silos, revelados por escavações arqueológicas e onde foram encontrados vários metais, cerâmicas e moedas que sinalizam a presença muçulmana neste lugar. Chegados ao Castelo, somos arrebatados pela imensidão das vistas que varrem todas as direções numa roda de 360 graus. Dali abarcamos na plenitude todos os cenários que fomos apreciando ao longo do percurso e confirmamos a excelente posição geográfica de Palmela, rodeada de paisagens singulares de extraordinária beleza. A sul, a península de Tróia, o rio Sado, o oceano Atlântico e o Parque Natural da Arrábida com todas as suas serras e vales. A norte, o rio Tejo, a cidade de Lisboa e a serra de Sintra. Símbolo de importantes momentos da História de Portugal, o Castelo registou uma ocupação muçulmana ininterrupta desde meados do séc. VIII até à reconquista, no séc. XII. Foi a partir deste momento que a população se deslocou para o arrabalde, desenhando um traçado urbano ajustado às condições topográficas e defensivas, com ruas estreitas, travessas, becos, labirintos, escadas e casas com arquitetura e técnicas construtivas de cariz defensivo, com poucas aberturas. Conquistado aos mouros em 1147 por D. Afonso Henriques, foi sucessivamente perdido e retomado, até ser ocupado de forma definitiva no reinado de D. Sancho I, em 1205. Foi doado à Ordem de Santiago que aqui se instalou até à sua extinção em 1834. Das suas muralhas, que se elevam a 230 metros de altitude, era possível comunicar por sinais luminosos com castelos vizinhos, incluindo Lisboa. 35 Descer até à “porta grande” da vila Da presença islâmica que se estendeu por quatro séculos ficaram vários testemunhos: pisos de argamassa e argila, pátios, corredores, portas, canais de escoamento de águas e fossas, silos e fragmentos de utensílios em cerâmica. Todo o recinto encerrado pelas muralhas está muito bem conservado. Aí se encontram, entre outros, o Museu Municipal (com espaços de arqueologia e transmissões militares), a Pousada Histórica (ocupa o antigo convento), a igreja de Santiago (alberga o túmulo de D. Jorge, último Mestre da Ordem de Santiago. Hoje, é uma sala de exposições de excelência) e as ruínas da igreja de Santa Maria (não resistiu ao terramoto de 1755 e nunca foi recuperada, pois os habitantes da vila optaram por assistir às missas na igreja de S. Pedro). Impõe-se uma subida ao ponto mais alto do castelo e da região, a Torre de Menagem, local de último refúgio da população. Há ainda que visitar a casa onde nasceu Hermenegildo Capelo, em 1841, filho do Governador do Castelo, que se destacou como oficial da Marinha, dirigindo uma expedição científica aos territórios compreendidos entre Angola e Moçambique, da qual também faziam parte Serpa Pinto e Roberto Ivens. Está na hora de encetar a descida. Fazemo-lo pelo Parque Venâncio Ribeiro da Costa, construído no início do século vinte, pelo então Presidente da Câmara, Joaquim José de Carvalho, como espaço privilegiado de lazer. Aqui se podem fazer piqueniques e caminhadas com toda a família, entre a diversidade de espécies arbóreas existentes, como pinheiros, acácias, plátanos, loureiros e ciprestes, entre outras. Passamos depois pelo Largo da Boavista, com um miradouro que exibe um painel de azulejos alusivo às estações do ano, pintado por Andreas Stöcklein. Continuando a descer as ruas com o casario típico chegamos ao Chafariz D. Maria I, restaurado e remodelado no século XVIII com as armas desta rainha ladeadas pelas antigas armas de Palmela. O primeiro chafariz aqui existente datava de meados do século XVI e foi mandado construir por D. Jorge, Mestre da Ordem de Santiago. Este importante local de encontro, onde os habitantes se abasteciam de água para as tarefas do quotidiano num incansável sobe e desce, foi considerado durante muito tempo a “porta grande” de entrada e símbolo da vila. Foto: Paulo Nobre É NO LARGO DE SÃO JOÃO QUE SE REPETE DESDE 1963 O MAIOR CERTAME DO CONCELHO: A FESTA DAS VINDIMAS, QUE CELEBRA O VINHO, A VINHA E TODOS OS QUE SE DEDICAM AO CULTIVO DOS CAMPOS Fachada de casa ao estilo Arte Nova Pelourinho na praça do Duque de Palmela Fogo de artifício da Festa das Vindimas 36 DAR UM GIRO l APOSTA 132 Uma das paisagens que se avista da Torre de Menagem do Castelo O CENTRO DE MOINHOS VIVOS ORGANIZA PASSEIOS DE BURRO (BURRICADAS) PELA SERRA DO LOURO, NUM PERCURSO QUE INCLUI OS DEZ MOINHOS DE VENTO ALI EXISTENTES E A VISITA A UM DELES, ONDE AINDA SE FABRICA PÃO DE TRIGO À MODA ANTIGA Mais sabores e sensações Palmela é uma importante região vitivinícola, onde a cultura da vinha é praticada desde os tempos mais remotos, devido às adequadas condições do solo e do clima. Introduzida pelos tartéssios (2000 a.C.), a viticultura foi desenvolvida pelos gregos, celtas e romanos que trouxeram novas variedades de videiras e o aperfeiçoamento de técnicas, como a poda. O primeiro foral que D. Afonso Henriques atribuiu a Palmela, em 1185, já referia a vinha e o vinho da região, confirmando esta tradição vitivinícola. Desde finais do século XIX muitos produtores têm vindo a marcar a paisagem agrícola, produzindo vinhos de excelente qualidade, onde predominam a casta tinta Castelão e o afamado moscatel de Setúbal. A contígua freguesia da Quinta do Anjo comporta um conjunto de empreendimentos industriais de grande dimensão, a par de uma expressiva tradição rural na produção de vinho, queijo de ovelha e doces regionais. Foi aqui que em 1830 se fixou o Edifício dos Paços do Concelho agricultor Gaspar Henriques de Paiva, a quem se deve o famoso Queijo de Azeitão. Da sua terra natal na Beira Baixa trouxe ovelhas leiteiras, de lã preta e raça bordaleira, e um artesão para fabricar queijos do tipo “Serra”. Também aqui encontramos o famoso licor Arrabidine, uma bebida quase mística, feita de frutos silvestres, originalmente produzida pelos frades do Convento de Nossa Senhora da Arrábida. A fórmula chegou às mãos de Emídio Fortuna, patriarca dos atuais produtores que a mantêm no reduto familiar. De destacar também o recém-criado licor de Maçã Riscadinha, feito a partir de um produto local único. São diversos os pratos tradicionais que podemos saborear nos restaurantes da região. A experimentar a sopa caramela e a de favas, o cabrito assado no forno ou o coelho à camponesa de Palmela. A nível da doçaria, as sugestões vão para a pera cozida em moscatel, os suspiros de Palmela, os carolinos, as fogaças, os pastéis de 37 Largo de São João visto do Castelo moscatel e os santiagos. Várias empresas de animação turística propõem um conjunto de programas que permitem aos amantes da natureza desfrutar da paisagem e da história do concelho, ao mesmo tempo que praticam atividades ao ar livre como cicloturismo, BTT, pedestrianismo, orientação, geocaching e observação de aves. O Centro de Moinhos Vivos é uma destas empresas, que organiza passeios de burro (burricadas) pela Serra Moinhos de vento na Serra do Louro do Louro, num percurso que inclui os dez moinhos de vento ali existentes e a visita a um deles, onde ainda se fabrica pão de trigo à moda antiga. Com o intuito de preservar esta tradição, o Parque Natural da Arrábida tem vindo a apoiar os proprietários na recuperação dos moinhos. É o caso deste Centro, que mantém duas unidades em plena atividade, produzindo e comercializando o característico pão da região, feito de farinha de trigo proveniente dos seus moinhos A Loja CTT de Palmela está localizada na avenida da Liberdade, a caminho do Centro Histórico e próxima da Casa Mãe da Rota dos Vinhos. A simpática equipa, formada por Jorge Costa, Vítor Santos, Cristina Mares, Manuel Cotovio, Ângela Nobre (Gestora de Loja), Arménia Gonçalves (na foto, da esquerda para a direita), recebe cerca de 200 clientes por dia. No verão, este número sobe devido à Festa das Vindimas e ao enoturismo que trazem muitos visitantes à região. Aqui pode ser encontrado todo o portefólio disponível na Rede de Lojas, incluindo o Espaço do Cidadão, onde a revalidação da carta de condução e a alteração de morada do cartão do cidadão registam grande procura. e cozido em forno de lenha. E é precisamente nesta serra, a contemplar o quadro magnífico composto pela silhueta do castelo a encimar a colina e da vila abrigada a seus pés que nos despedimos de Palmela. E não é só Coimbra que tem mais encanto na hora da despedida. Ao olharmos para tal cenário, somos invadidos por uma réstia de nostalgia que nos impele já a ansiar um novo regresso. ROSA SERÔDIO ● 38 VALORES CTT l APOSTA 132 Ilustração: Samuel Trindade AGENDA CULTURAL l APOSTA 132 39 música teatro livros eventos António Chainho é hoje uma referência incontornável no panorama musical português. O Mestre da Guitarra Portuguesa está de regresso. Uma noite única, sem precedentes, dedicada à amizade e à capacidade unificadora da música. Em Londres, o banqueiro Mr. Banks, um homem frio que trata com rigidez os seus filhos, não consegue contratar uma ama, pois elas desistem facilmente do emprego. Custódia Galego encarna esta personagem. Como refere o prefaciador, o Prof. Doutor Fernando Martinho: “É, porém, da fundura e autenticidade desse drama que o livro de Gilda Nunes Barata retira, nos melhores momentos, a sua força insofismável.” Cerca de 70 peças, na sua maioria desconhecidas do público, provenientes do espólio da família, coleções privadas e instituições públicas. Obras inéditas, desenho, pintura e livros do artista. *“ANTÓNIO CHAINHO” Cine Teatro de Estarreja 21 de fevereiro, às 21h30 PREÇO 10€ *“MARY POPPINS” Centro Cultural das Caldas da Rainha 28 de fevereiro, às 16h30 PREÇO 5€ “O ESPLENDOR DE UMA COISA INOCENTE” de Gilda Nunes Barata, Editora Licorne PREÇO 7€ “ALMADA NEGREIROS: O QUE NUNCA NINGUÉM SOUBE QUE HOUVE” no Museu de Eletricidade, em Lisboa, até 29 de março, terça a domingo das 10h00 às 18h00, entrada livre “LETZ ZEP - TRIBUTO AOS LED ZEPPELIN” RCA em Lisboa 4 de fevereiro Hard Club no Porto, 6 de fevereiro, 21h30 PREÇO 20€ *“ARVORECER” Centro Cultural das Caldas da Rainha 7 de fevereiro, às 16h30 PREÇO 5€ *“OS MILAGRES ACONTECEM DEVAGAR”, de Margarida Rebelo Pinto, Clube do Autor PREÇO 15,50€ Em Ponte de Lima, de 6 a 8 de fevereiro, é revelada a gastronomia, suculenta e saborosa, que tem como exlíbris o arroz de sarrabulho, a lampreia à bordalesca e o leite creme queimado ....................................... *“SIMPLE MINDS” Coliseu de Lisboa 7 de fevereiro, às 21h00 PREÇO desde 30€ ....................................... *“DIABO NA CRUZ” Centro Cultural das Caldas da Rainha 7 de fevereiro, às 21h30 PREÇO 10€ ......................................... *“EU É QUE CONTO” Teatro Municipal de Vila de Conde 28 de fevereiro, às 16h00 PREÇO 5€ ......................................... “Porto de Fado” Teatro Sá da Bandeira, no Porto 20 de fevereiro, às 18h00 PREÇO 10€ J As sugestões assinaladas com este símbolo podem ser adquiridas nas Lojas CTT ou através da loja virtual e da bilheteira on-line em www.ctt.pt. ......................................... *“SERPENTINA”, de Mário Zambujal, Clube do Autor PREÇO 14€ ......................................... *“TELEFONEMAS DO NILTON”, Livros d’Hoje PREÇO 16,60€ ......................................... *“28 MINUTOS E 7 SEGUNDOS DE VIDA”, de José Alberto Carvalho e Manuel Forjaz, Oficina do Livro PREÇO 13,90€ ......................................... *“O ESCULTOR DE ALMAS”, de Demoura, 4 Estações Editora PREÇO 15,90€ ......................................... *“SER FELIZ É FÁCIL”, de Clemente García Novella, Arena PREÇO 15€ ......................................... *“A ÚLTIMA CEIA DE JESUS”, de Bodie e Brock Thoene, Clube do Autor PREÇO 17,50€ ....................................... “TODA A MEMÓRIA DO MUNDO, PARTE UM”, no MNAC – Museu do Chiado, em Lisboa, até 22 de março, terça a domingo das 10h00 às 18h00 PREÇO 4,50€ ....................................... “A MAGNÍFICA E FORMOSA TORRE”. 500 anos da Torre de Belém, Praça do Império, em Lisboa, até 15 de julho, entrada livre 40 EMISSÕES E EDIÇÕES l APOSTA 132 Momentos filatélicos de 2015 Como verdadeiros embaixadores, os selos que serão lançados este ano darão a conhecer ao mundo traços da história, cultura e tradições nacionais. Saiba quais são os temas que vão inspirar a produção filatélica portuguesa A filatelia portuguesa apresenta, para este ano, dezenas de oportunidades para celebrar e conhecer traços de portugalidade. A agenda filatélica prevê 31 emissões e seis edições com a chancela do Clube do Colecionador dos Correios. O plano que, como habitualmente, pode sofrer alterações ao longo do ano propõe, como emissão base, a segunda série dos Desportos Radicais. Desta vez, as modalidades apresentadas serão o Kitesurf, a Escalada, o Rafting, o BMX e o Wingsuit. Uma coleção que apela à vida ao ar livre e à comunhão com a natureza. Por outro lado, fruto de uma crescente consciência ecológica, a série “Mobilidade Sustentável” será das primeiras coleções de 2015. Nos primeiros meses de 2015 haverá ainda tempo para recordar o compositor finlandês de música erudita Jean Sibelius e a cantora polaca de ópera alemã Elisabeth Schwarzkopf, celebrando 150 e 100 anos dos seus nascimentos, respetivamente. A emissão “Vultos da História e da Cultura” prestará homenagem ao pintor Vieira Portuense, ao arquiteto Agostinho Ricca e a Frederico George, que se dedicou às duas vertentes artísticas. Na escrita serão destacados Bocage, Ramalho Ortigão e Ruy Cinatti, que conjugou a poesia com a antropologia e a agronomia. Dentro do meio literário, é também assinalado o centenário da criação da Revista Orpheu, a revista trimestral de literatura fundada por Fernando Pessoa, Mário de Sá Carneiro, Santa Rita Pintor e Almada Negreiros e que contou apenas com duas edições. O tema da emissão Europa será “Brinquedos Antigos”. Os “Bonecos de Barro Tradicionais das Regiões de Portugal”, bem como o “Artesanato dos Açores” também darão origem a coleções filatélicas. À Madeira, será dedicada uma série centrada na Festa da Flor. Os temas “Dieta Mediterrânica”, “Fruta Portuguesa Certificada”, “Barcos do Mediterrâneo”, “Mar Português”, “Caminho Português de Santiago de Compostela” e a segunda série “Tapeçarias de Portalegre” também serão trabalhados pela filatelia portuguesa. Para o Dia Mundial dos Correios, está prevista uma emissão dedicada à Dança Clássica em Portugal, assinalando o centenário do nascimento da coreógrafa Margarida de Abreu, identificada com a fundação do balé clássico no nosso país. Serão também homenageados outros nomes ligados a esta expressão artística em Portugal. O plano chama ainda a atenção para a reintrodução do Lince Ibérico em Portugal, para a presença portuguesa no mundo e para Santa Teresa de Ávila e São João Bosco, grandes figuras da Igreja. Portugal e a República da Bulgária farão uma emissão conjunta. Datas que ficarão na história Para o ano que agora começa serão também assinaladas diversas efemérides. A Questão Coimbrã, a CUF, as Leis da Hereditariedade, e a União Internacional das Telecomunicações celebram 150 anos. Contam-se, por 41 PLANO FILATÉLICO E EDITORIAL DATA DE EMISSÃO A Mobilidade Sustentável 100 Anos da Revista Orpheu Desportos Radicais (2ª série) – AA Madeira AA 150 da Questão Coimbrã “Bom Senso e Bom Gosto” Desportos Radicais (2ª série) – Base Grandes Músicos do Mundo: Sibeluis e Elisabeth Schwarzkopf 1º Trimestre Livro: O Café Bonecos de Barro Tradicionais das Regiões de Portugal Vultos da História e da Cultura Reintrodução do Lince Ibérico em Portugal Grandes Figuras da Igreja: Santa Teresa de Ávila e São João Bosco O Caminho Português de Santiago de Compostela 500 Anos da Torre de Belém Tapeçarias de Portalegre (2ª série) 40 Anos da Instituição da Provedoria de Justiça em Portugal PARA SEGUNDA SÉRIE DOS DESPORTOS RADICAIS, AS MODALIDADES APRESENTADAS SERÃO O KITESURF, A ESCALADA, O RAFTING, O BMX E O WINGSUIT outro lado, 600 anos desde a entrada dos Portugueses em Ceuta, 175 da fundação do Montepio, 25 da criação da AICEP e 4 décadas da instituição da Provedoria de Justiça em Portugal. A Torre de Belém celebra 500 anos. O Clube do Colecionador dos Correios prevê a edição de seis títulos. Continuando o trabalho desenvolvido em 2014, serão editadas obras filatélicas centradas no Café e nas Tapeçarias de Portalegre. O plano completar-se-á com uma obra sobre a Dieta Mediterrânica e outra acerca do Mar Português. A encerrar 2015, o “Portugal em Selos” e o “Meu Álbum de Selos” reunirão, cada um à sua maneira, os diversos momentos filatélicos do ano. ● ELSA DUARTE 25 Anos da AICEP Livro: Tapeçarias de Portalegre Europa 2015: Brinquedos Antigos 150 Anos da Instituição da União Internacional das Telecomunicações 2º Trimestre Artesanato dos Açores Festa da Flor (Madeira) 150 Anos da CUF 150 Anos da Descoberta das Leis da Hereditariedade A Dieta Mediterrânica Livro: A Dieta Mediterrânica Barcos do Mediterrâneo Emissão Conjunta com a República da Bulgária A Presença Portuguesa no Mundo 600 Anos da Entrada dos Portugueses em Ceuta 3º Trimestre A Fruta Portuguesa Certificada (1ª série) O Mar Português Livro: O Mar Português 175 Anos do Montepio Geral A Dança Clássica em Portugal Livro: O Meu Álbum de Selos 2014 Livro: Portugal Em Selos 2014 4º Trimestre 42 OPINIÃO l APOSTA 132 Em tom de agradecimento Sou um produto dos CTT. Eu explico: O meu Pai (e na verdade eu próprio) é natural de Abrantes, Homem da Província e de bons costumes e a minha Mãe era uma bonita jovem alfacinha. Naquele tempo não havia Skype ou WhatsApp e o telefone era ainda um bem residencial e não pessoal, com um custo de uso ainda relevante. O meu Pai gostava muito de se exprimir em prosa e terá escrito largas dezenas de cartas – imagino que românticas pois nunca as vi – à minha Mãe - que respondia com gosto. Assim, o namoro à distância dos meus Pais foi possibilitado e alimentado pelos CTT que asseguravam – com qualidade e eficiência – que os meus Pais se sentissem próximos estando distantes. Sou, pois, um produto dos CTT e assim começo a minha história aqui: Agradecido. Esta curiosidade alimenta ainda mais o empenho e motivação com que me junto a um Barco que está em andamento há tantos e tantos anos e que tão bem tem sabido adaptar-se aos tempos num processo de transformação permanente que traz consigo tendências e desafios novos. Neste tempo em particular, na era da digitalização e no pós-privatização, entendo que temos em mãos um conjunto de desafios que assegurarão que os CTT se manterão como uma empresa de referência e criadora de valor. Destaco 2 eixos: 1. A captura das oportunidades que nos traz a Digitalização: O mundo está a virar Digital e esta é uma tendência sem retorno. Temos que saber posicionar os nossos Ativos e vantagens competitivas: a nossa abrangência física e proximidade, para melhor saber como criar valor no futuro. Dando alguns exemplos: (i) O E-Commerce deve ser uma realidade permanente na nossa Oferta e operações. NESTE TEMPO EM PARTICULAR, NA ERA DA DIGITALIZAÇÃO E NO PÓS ‑PRIVATIZAÇÃO, ENTENDO QUE TEMOS EM MÃOS UM CONJUNTO DE DESAFIOS QUE ASSEGURARÃO QUE OS CTT SE MANTERÃO COMO UMA EMPRESA DE REFERÊNCIA E CRIADORA DE VALOR Francisco Simão Diretor de Estratégia e Desenvolvimento (ii) Devemos também estar atentos às parcerias certas – em setores que exigem proximidade - que assegurem a nossa justa proporção de captação de valor minimizando os riscos que incorremos. (iii) Por fim, devemos ser facilitadores da Inovação – interna e externa aos CTT – e estar sistematicamente a adaptar os nossos produtos e serviços às necessidades do Mundo que nos rodeia. 2. A execução exemplar do Banco Postal: O caminho já aprovado tem que ser agora trilhado. É um desafio grande mas o seu sucesso é determinante quando pensamos nos CTT a 5 ou a 10 anos. Acredito que é um projeto transformacional nos CTT, que seguramente terá muitas pedras no caminho. No entanto, com a energia, empenho e alinhamento de toda a organização o seu sucesso estará garantido. Assim, entendo que a Estratégia que encontrei está clara e aponta na Direção certa: na preservação do valor do Correio, no Crescimento no Expresso & Encomendas, no reforço dos Serviços Financeiros com o Banco Postal e nas iniciativas holísticas aos negócios de busca de Eficiência, otimização organizacional e aposta no Talento e potenciação dos Recursos Humanos. Com isto, estou otimista e entusiasmado por me juntar a todos vós neste grande Barco que são os CTT. Espero convosco contribuir para juntos remarmos no sentido certo! Um Excelente 2015 para todos…e Obrigado. APOSTA 132 43 SUDOKU CRUZADAS 1 9 4 7 7 2 5 9 3 6 2 1 2 5 3 3 6 5 8 1 9 2 6 5 9 7 1 JJJHH 1 4 6 7 9 5 3 9 2 6 7 8 6 9 7 2 8 3 1 5 4 9 3 6 7 2 1 4 8 5 8 2 5 9 3 4 7 1 6 7 4 1 6 5 8 2 9 3 1 7 2 5 4 6 8 3 9 4 5 8 3 9 2 6 7 1 3 6 9 8 1 7 5 4 2 PALAVRAS CRUZADAS: HORIZONTAIS: 1 - Amoreiras. 2 - Eh; Ivo. 3 - PR; Sado. 4 - Rama; tá. 5 - Música. 6 - Já; da; Apa. 7 - Esse; em. 8 - Lave. 9 - Gestores. 10 - Or; pó; ali. 11 - Veda; prov. 12 - Nem; mui. 13 - In; Human. VERTICAIS: 1 - Projep; ovni. 2 - Mera; ás; Green. 3 - Oh; MM; dm. 4 - Saúde; SPA. 5 - Ela; SA; tó; mu. 6 - Dói; elo; pum. 7 - Rio; camararia. 8 - Av; TAP; velo. 9 - Sofá; adesivo. DIFERENÇAS: 1.Sombra do carrinho, 2.Botão da camisa, 3.Escadote à porta, 4.Cor da bilha, 5.Nome da drogaria, 6.Lata na montra, 7.Logótipo na bilha, 8.Nº da porta, 9.Mensagem no vidro, 10.Roda do carrinho. SUDOKU: SOLUÇÕES: Samuel Trindade / ATG / CI 2 9 4 Procure as dez diferenças entre os desenhos. 3 8 DIFERENÇAS 5 5 VERTICAIS: 1 - Em outubro, o auditório do Edifício CTT acolheu a segunda edição do “(...) – Direito das Comunicações”, organizado pela Associação Internacional das Comunicações de Expressão Portuguesa; designação geral de objetos voadores não identificados. 2 - Simples; carta de jogar; “Venha aprender e viver a sustentabilidade” foi o mote da 7ª edição do Greenfest Portugal, que decorreu de 9 a 12 de outubro, com a forte participação dos CTT que valeu um prémio B-(...)!. 3 - Designa espanto, alegria, dor, repugnância (interj.); dois mil em numeração romana; decímetro (abrev.). 4 - A partir de 1 de janeiro de 2015, o plano de (...) dos CTT passará a ser gerido pela Médis, mantendo-se a continuidade e estabilidade; Sociedade Portuguesa de Autores (sigla). 5 - Pessoa ou coisa de género feminino de que se fala; Sociedade Anónima (abrev.); utiliza-se para chamar animais (interj.); mulo. 6 - Axe (infant.); gavinha; imita o ruído produzido por um corpo que cai ou deflagra (interj.). 7 - Curso de água natural; cargo ou profissão de camareiro. 8 - Avenida (abrev.); a (...) escolheu os CTT como parceiro privilegiado para levar ao destino o seu programa de fidelização de clientes; lã cardada. 9 - Canapé estofado; preparado farmacêutico que adere à pele para colocar sobre feridas. 4 1 HORIZONTAIS: 1 - A Loja CTT (...) assinalou o 29º aniversário do Centro Comercial, comemorado a 29 de outubro, com descontos até 60% e duas sessões de autógrafos, de Maria João Lopo de Carvalho e de Francisco Moita Flores. 2 - Designa surpresa, admiração, chamamento (interj.); nome próprio masculino. 3 - Presidente da República (abrev.); rio português que nasce na serra do Caldeirão e desagua a oeste de Setúbal. 4 - Os ramos ou a folhagem das plantas; basta. 5 - O Meo Arena acolheu no dia 20 de novembro o espetáculo “(...) em Degradé – Da Ópera ao Rock”, uma noite solidária organizada pela Let’s Help com o apoio exclusivo dos CTT. 6 Imediatamente; contr. da prep. de com o art. def. a; rio do estado de Mato Grosso do Sul, afluente do rio Paraguai (Brasil). 7 - Biscoito com a forma de S; sobre (prep.). 8 - Purifique. 9 - O II Encontro da Rede de Lojas 2014 juntou em Lisboa mais de 400 (...), que não ficaram indiferentes aos desafios a vencer no último trimestre, assumindo o compromisso de se empenharem para atingir o objetivo e fechar o ano com sucesso. 10 - Ou (ing.); poeira; naquele lugar. 11 - Protege com vedação; provincianismo (abrev.). 12 - E não; red. de muito. 13 - Negação (pref.); “Reputação e a sua ligação à confiança, cultura organizacional e negócios” foi o mote da VIII Conferência da (...) Resources Portugal, em Lisboa. 2 l 3 VAGARES