90 Ano VIII | Março 2006 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Neste número: Conexão Brasília 4 ONS promove mudanças estratégicas no seu time de gestores Novo sistema Motivação 6 7 EDITORIAL Motores da motivação Há muito tempo, dizia-se que a felicidade na vida profissional estava associada a três fatores: • realizar uma atividade da qual se goste, • trabalhar com pessoas agradáveis e • ser adequadamente remunerado por isso. Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Escritório Central Rua da Quitanda, 196 Centro • Rio de Janeiro • RJ 20.091-005 Telefone (21) 2203-9400 Fax (21) 2203-9444 www.ons.org.br Edição Assessoria de Comunicação e Marketing Comissão Editorial Cláudio Carneiro Roberto Gomes Tristão Araripe Fotos Reynaldo Dias e arquivo Coordenação Editorial Expressiva Comunicação e Educação (21) 2578-3148 www.expressivaonline.com.br Filiado à Participe Envie sua sugestão de pauta ou proposta de texto de matéria para: [email protected] 2 Dizia-se também que, quando um dos fatores não estava ajustado, ainda era possível sobreviver; com dois deles desajustados, a vida já se tornava quase insuportável; já com os três fatores desequilibrados, estava mais do que na hora de procurar outro emprego, e seguir em busca da felicidade profissional. Hoje, com os avanços da ciência da Administração, especialmente no campo da gestão de pessoas, a tal receita da felicidade tornou-se mais elaborada. Agora, alguns novos componentes precisam ser adicionados para que ela faça sentido no mundo globalizado e informatizado do momento presente. Nesse novo mundo em que vivemos, a excelência é uma cobrança constante. O primeiro ingrediente tem a ver com crença e inspiração. As pessoas precisam saber exatamente qual é a sua missão. Apenas conhecendo os objetivos, elas se dedicarão ao trabalho. Mais que isso, é preciso dar-lhes um senso de direção, definir um ponto futuro ao qual se pretende chegar. Isso é proporcionado pela visão, um objetivo que deve ser partilhado por todos na organização. Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 90 • Março 2006 O segundo componente relaciona-se ao fato de que as pessoas precisam sentir-se desafiadas para que estejam motivadas a dar o melhor de si. Alguns autores utilizam a expressão “zona de desconforto” como o estado em que as pessoas deixam a tranqüilidade das situações conhecidas e previsíveis, e são capazes de enfrentar grandes desafios, alcançando resultados que nem elas mesmas seriam capazes de imaginar. Para isso, elas precisam de metas. Resultados mensuráveis que a organização pretende alcançar. Metas que façam com que as pessoas percebam que sua contribuição individual faz toda a diferença. Mas há que se tomar certos cuidados ao estabelecer essas metas, e buscar um equilíbrio exato entre realizações e desafios. Elas não devem ser “mamão com açúcar” nem “missão impossível”. Elas precisam ser realistas, factíveis e efetivamente relevantes para a organização. É exatamente a esse difícil desafio que o ONS dedicou horas de trabalho, na elaboração das metas físicas e financeiras que irão refletir a performance organizacional. Elas deverão ser o foco da atenção de todos os colaboradores ao longo de 2006. Cumprindo-as, estaremos criando oportunidades para adicionar à receita da felicidade profissional os outros dois ingredientes que ainda faltam: reconhecimento e celebração. COMUNICAÇÃO Novo Infoco Lançado em 2000, pela Assessoria de Comunicação e Marketing (ACM), o informativo semanal Infoco ganhou novo formato na intranet. Com o objetivo de divulgar os acontecimentos da semana, o periódico eletrônico Infoco passou por uma reformulação, tanto editorial como gráfica. O intuito foi mudar o seu formato para melhor adaptá-lo à intranet, facilitando sua leitura no monitor e fornecendo informações de forma rápida e objetiva. “A nova versão levou em conta uma melhor assimilação do conteúdo pelo leitor, incluindo a elaboração de textos mais concisos e uma navegação mais objetiva”, destaca a trainee de jornalismo Adriana Goes, responsável pela reestruturação do periódico, em parceria com a técnica em TI da ACM Gisele Calixto. O informativo traz novas seções, como a dedicada à divulgação de treinamentos, e as editorias Por dentro do ONS, com os destaques de cada área, e Fique Ligado, que divulga avisos internos. Gisele Calixto (à esquerda) e Adriana Goes: responsáveis pelo novo projeto do Infoco. O Infoco divulga as atividades realizadas e oferece informação institucional atualizada. Os colaboradores são a fonte para a sua construção. Por isso, há um canal específico para o envio de contribuições, o Ajude a fazer o Infoco, no qual uma comissão, formada por colaboradores de diferentes áreas, fica responsável pelo recebimento das informações. Para conhecer o novo Infoco e ficar por dentro das últimas informações, acesse-o pela intranet, em Notícias. Toda sexta-feira, à tarde, ele é atualizado. “O Fale Conosco é uma ferramenta importante para estreitar o relacionamento com um público que não tem uma forma rotineira de contato com o Operador. Muitas vezes, precisamos redirecionar a questão para a agência reguladora ou para a distribuidora que atende o consumidor. Quando a resposta cabe ao Operador, a clareza e a presteza no atendimento são fundamentais. Para isso, a disposição das áreas técnicas em dedicar um tempo diário para responder ao Fale Conosco é importantíssima para a boa imagem da organização. As várias mensagens de agradecimento que recebemos demonstram a relevância desse serviço”, destaca Tristão Araripe, gerente executivo da área. Além dos assuntos técnicos, o Fale Conosco recebe pedido de auxílio para pesquisas escolares, com perguntas a respeito do papel do ONS no contexto do setor elétrico brasileiro; comentários sobre a atuação do Operador; pedidos de visitas aos centros de Operação; e solicitação de entrevistas. Fale conosco! Considerado um importante canal de comunicação entre o Operador Nacional e o seu público externo, o link Fale Conosco, localizado na barra superior do site da organização, contabilizou cerca de 1.200 mensagens recebidas em 2005. Em 2006, já foram, até março, 270 e-mails. Entre os assuntos: dúvidas relativas aos dados da operação, informações não encontradas no site, bem como questões relativas à energia elétrica, entre outras. Os principais interlocutores são universitários e analistas de investimentos financeiros, além de pessoas comuns, que desejam esclarecer dúvidas e solicitar informações. As mensagens são gerenciadas pelo técnico em TI da ACM Nelson Stoler. Março 2006 • Ligação 90 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 3 RECONHECIMENTO PROFISSIONAL Mudanças no time Às vésperas da Copa do Mundo, o ONS promove algumas alterações estratégicas na escalação do seu time de gerentes. Com a chegada de Hermes Chipp à Diretoria Geral do Operador, e de Darico Pedro Livi à Diretoria de Planejamento e Programação da Operação, foram realizados alguns ajustes. Na Diretoria de Assuntos Corporativos e na Diretoria de Operação também houve mudanças. A famosa expressão “em time que está A nova escalação foi divulgada no dia 13 de março. ganhando, não se mexe” só é aplicável mesmo no futebol. Nas organizações, as mudanças de pessoas nos cargos são vitais para garantir o sucesso. Mais do que simplesmente trocar uma pessoa pela outra, essas mudanças trazem efeitos colaterais positivos. O time da DOP sofreu alterações também em Brasília e Florianópolis: no CNOS, Juvenor Pereira da Silva Junior passa de analista de TI sênior a Assessor da DOP; e no COSR-S, Enio Schlemper Júnior sai de especialista e assume a Gerência de Normatização e Ivair Lima da Freiria, que era engenheiro de Sistema de Potência sênior, passa a Gerente de Pós-operação. A valorização dos craques da casa é sempre um bom sinal, mas não pode ser regra exclusiva. Às vezes, é preciso buscar no mercado a pessoa adequada para ocupar a posição (ver entrevista da página 5). Com isso, o ONS marca um gol de placa: as pessoas necessárias, nos lugares certos. Saiba o que eles pensam: 3 5 2 6 4 1 4 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 90 • Março 2006 7 Marcos de Almeida 1 Posição anterior: Assistente da Diretoria de Assuntos Corporativos Posição atual: Assessor da Diretoria Geral Palavra do craque: “Acho muito importante para a organização a criação de oportunidades de crescimento, com a valorização das pessoas que se dedicam há anos. É também uma forma de sinalizar, para os novos colaboradores, com possibilidades de ascensão profissional.” Marcelo Prais 2 Posição anterior: Gerente de Planejamento da Operação Energética Posição atual: Assessor da Diretoria Geral Palavra do craque: “Para a organização, acho tudo isso muito bom. É a oportunidade de renovação. Do ponto de vista pessoal, para mim é o fechamento de um ciclo. Estive vários anos envolvido com um projeto e agora assumo um novo desafio.” Sergio Morand 3 Posição anterior: Assessor técnico da Diretoria de Assuntos Corporativos Posição atual: Assistente da Diretoria de Assuntos Corporativos Palavra do craque: “Vejo essa movimentação como um processo natural, de ajuste da organização. O reconhecimento à disposição para RECONHECIMENTO PROFISSIONAL enfrentar novos desafios, com a possibilidade de ascensão, faz com que surjam novas formas de se trabalhar e gera uma renovação importante para o ONS.” Francisco José Arteiro de Oliveira 4 Posição anterior: Gerente de Programação Semanal e Diária Posição atual: Gerente Executivo de Programação e Desligamentos Palavra do craque: “A mudança tem um papel importante para oxigenar a organização. É gratificante para as pessoas e para o Operador, trazendo seus engenheiros da parte técnica para a área de gestão. Isso demonstra o seu êxito na formação de suas equipes.” Ney Fukui da Silveira 5 Posição anterior: Engenheiro Sênior Posição atual: Gerente de Programação Semanal e Diária Palavra do craque: “Essa reorganização da equipe tem um sentido muito construtivo de valorização das pessoas da casa, que foram preparadas tecnicamente e também no ponto de vista de gestão. Para mim, é muito estimulante.” Mario Daher 6 Posição anterior: Assessor da DPP Posição atual: Gerente de Planejamento da Operação Energética Palavra do craque: “Como atuei muitos anos na área de planejamento da expansão, num horizonte de 10, 15 anos, vivi de perto o planejamento da operação com a programação semanal e diária. Agora, sinto-me privilegiado em poder complementar o meu conhecimento e visão do todo, na área de planejamento de médio prazo. É uma oportunidade muito interessante para a minha formação.” István Gárdos 7 Posição anterior: Gerente Executivo de Programação e Desligamentos Posição atual: Assessor da DPP Palavra do craque: “Vejo essa movimentação como algo positivo para o ONS, como reconhecimento do valor das pessoas e como exemplo de uma política de retenção de profissionais. Fico feliz em ver que a organização tem a possibilidade de fazer sucessão tendo profissionais experientes ainda no seu quadro, garantindo a transmissão do conhecimento.” As mudanças geram efeitos colaterais positivos, dentre eles: a sinalização do reconhecimento pelo desempenho e dedicação dos escolhidos; a possibilidade de reoxigenação dos processos, que passam a ter novos gestores; a indicação para a casa, em especial para os mais novos, de que há espaço para crescimento e renovação; a criação de novos desafios para profissionais capacitados e uma maior possibilidade para que resultados relevantes venham a ser alcançados. Reforço na integração Para o gaúcho Angelo Luiz de Franceschi, que assumiu o cargo de gerente executivo do Núcleo Sul, o trabalho em equipe é um dos principais fatores na busca por bons resultados. Angelo Luiz de Franceschi Você vem de qual empresa? Eu exercia o cargo de gerente da Divisão de Operação do Sistema da Rio Grande Energia. Quando ingressei no ONS, fui recebido com muito carinho por todos. Meu principal objetivo está em manter a qualidade dos serviços da organização perante os agentes e os clientes internos. Engenheiro eletricista formado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), com especialização em Sistema de Controle pela Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC) e pós-graduação em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pela sua experiência de mercado, como você avalia o Operador Nacional hoje? O ONS desfruta de uma invejável respeitabilidade. É uma organização que soube, ao longo dos anos, crescer e mostrar toda a sua competência junto aos agentes do setor elétrico. Foi uma evolução perceptível, que deve ser atribuída aos seus colaboradores. Março 2006 • Ligação 90 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 5 TECNOLOGIA Toda a equipe da Gerência de Planejamento da Operação Energética se envolveu no desenvolvimento do Sadepe, que contou com a coordenação geral de Marcelo Prais e três coordenadores: Paulo Roberto da Silva, Maria Helena Azevedo (GMC-2) e Viviane Morelli (GIT-1) “O ONS é uma empresa relativamente nova, que herdou diversos sistemas das organizações que faziam a operação do setor elétrico anteriormente. Nossa área de Tecnologia da Informação vem trabalhando em conjunto com os usuários para integrar esses sistemas legados e, por outro lado, assegurar que os novos sistemas já sejam concebidos visando à integração. Para isso, temos de mediar negociações entre potenciais consumidores e fornecedores de informação.” Viviane Morelli, analista de sistemas (GIT-1) “É normal que cada área tenha uma visão própria de seus problemas e necessidades, mas é preciso compatibilizar as várias avaliações sob uma ótica mais abrangente. Soluções particulares parecem mais atraentes no curto prazo, mas são potencialmente prejudiciais, tendendo a criar inconsistências, replicação e dispersão das informações. O foco na integração fez o Sadepe agir como um catalisador, identificando áreas de sombra e lacunas entre processos de diversos setores do ONS, que puderam, então, ser ajustados”. Maria Helena Azevedo, engenheira (GMC-2) 6 Aquisição de dados A Gerência de Planejamento Energético (GPO-2), responsável pela elaboração do Plano Anual da Operação Energética, desenvolveu, ao longo de três anos, um sistema em parceria com as Gerências de Modelos (GMC-2) e de Informática e Telecomunicações (GIT), que visa a otimizar a forma de obtenção dos dados provenientes dos agentes. No âmbito externo, o projeto contou com o apoio da consultoria Rerum. O Sistema de Aquisição de Dados Externos para o Planejamento Energético (Sadepe) entrou em produção no dia 10 de março. Em novembro do ano passado, os agentes passaram por um treinamento, além de participar do desenvolvimento do projeto, encaminhando críticas e sugestões. Agora, estão começando a usar a nova ferramenta. “A entrada em produção do Sadepe é o coroamento de um ciclo de trabalho, que marca mais uma etapa do esforço do ONS no aprimoramento de sua relação com os agentes. Também ajuda a promover a integração de áreas e diretorias do Operador”, comemora Marcelo Prais, coordenador geral do projeto, que assume o cargo de assessor da Diretoria Geral (ver página 4). Da esq. para a dir.: Paulo Roberto da Silva, Viviane Morelli, Maria Helena Azevedo e Luana Pereira (sentada). Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 90 • Março 2006 “Lidamos com uma grande massa de dados que, em um espaço curto de tempo, têm de ser recebidos, checados, complementados, caso necessário, e codificados para uso nos modelos computacionais. Isso ocorre antes de começarmos qualquer estudo propriamente dito, pois se os dados estiverem incorretos, dificilmente os resultados farão sentido”, afirma Paulo Roberto da Silva, engenheiro da GPO-2 e um dos coordenadores do projeto de implantação do Sadepe. Os dados referem-se a cronogramas de obras de geração, manutenções programadas, restrições operativas, custos variáveis de operação de usinas termoelétricas e preços de importação/exportação de energia elétrica. Alguns são atualizados quadrimestralmente e outros, a cada mês. Dentro da filosofia de transparência assumida como um dos valores fundamentais do ONS, os dados devem ser preservados para eventual auditoria e para permitir a reprodutibilidade dos estudos. Para sistematizar a rotina, o Sadepe foi concebido como sistema multiusuário que aproveita potencialidades da internet. Com uma interface amigável, acessada pelo site do ONS, permite aos agentes fornecer seus dados diretamente ao sistema, que efetua consistências automatizadas. Após validação adicional pela equipe da GPO-2, as informações são armazenadas na base de dados corporativa, onde podem ser acessadas por outros sistemas, para uso nos modelos matemáticos e para geração de uma gama de relatórios. Com isso, são eliminadas a fase de transcrição e a necessidade de armazenamento de documentos e dados em diversos formatos, nem sempre em meio magnético. PERFORMANCE ORGANIZACIONAL Esforço recompensado Alinhado com a política de Recursos Humanos do ONS, está sendo concebido o Programa de Performance Organizacional 2006, como um instrumento de gestão que facilitará o reconhecimento dos resultados decorrentes do desempenho coletivo. A idéia é recompensar os colaboradores com base no cumprimento de determinados objetivos, estipulados anualmente pelo Operador Nacional. Com isso, é esperado, além do fortalecimento de uma cultura participativa, o estímulo à melhora do desempenho, reforçando a satisfação dentro da organização. O programa, que está sendo desenvolvido com a participação de representantes das diretorias do ONS, ainda está em fase de análise, e, no decorrer de abril, será iniciado o processo de divulgação das diretrizes e metas que o compõem. “O programa foi concebido dentro do conceito de recompensa e incentivo ao alcance de metas coletivas. Dessa maneira, o ONS se mantém atualizado com as práticas adotadas no mercado”, explica Marco Antônio Carvalho (foto), gerente executivo da Assessoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos. “Fizemos pequenos ajustes para que o programa se adequasse à realidade de uma organização sem fins lucrativos. O intuito é destacar os focos estratégicos a serem alcançados pelo ONS, fazendo com que as pessoas se comprometam com o resultado coletivo. Sendo assim, o programa reforça a visão de conjunto e equipe, bem como a integração entre as áreas”, lembra o gerente. “É importante promover o alinhamento das equipes em torno dos grandes objetivos que contribuirão para a imagem do Operador.” Marco Antônio Carvalho Escala de ocorrências em testes finais A metodologia de gradação da severidade das ocorrências (ver Ligação 89) está em fase de conclusão de testes, para as adaptações incorporadas aos processos dos agentes. Seu objetivo é transmitir informações que permitam à sociedade avaliar a gravidade de uma perturbação que tenha resultado em interrupção de suprimento no SIN. A escala considera cinco fatores associados à ocorrência. Eles são ponderados, recebendo graus entre 0,25 e 2,0. O total de pontos atribuídos permite classificar a ocorrência. Do ponto de vista do sistema, a classificação identifica: perturbação de efeito restrito, pequeno porte, médio porte ou grande porte e blecaute grave, muito grave ou extremamente grave. A avaliação do grau de severidade de cada perturbação é feita através do Boletim de Interrupção de Suprimento de Energia no Sistema Interligado (BISE), a ser distribuído ao MME/CMSE, à Aneel e aos agentes associados do ONS durante a etapa de sua implantação. Os cinco fatores relevantes para avaliar o efeito dos eventos são: porcentagem da carga interrompida nos estados e no SIN; duração da ocorrência; dia e horário do evento; abrangência (% da área abrangida nos estados e no SIN); população afetada (% nos estados e no SIN). Março 2006 • Ligação 90 • Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 7 INTERLIGADAS Ações de emergência No dia 19 de fevereiro, houve o desliga- Foto: Carolina Becker mento de duas linhas de transmissão, Teresina II e Sobral III, de propriedade, respectivamente, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf ) e do Sistema de Transmissão Nordeste (STN). A ocorrência foi causada por vandalismo em 30 estais, acarretando a queda de 10 estruturas e a danificação de mais duas. Associado ao esforço dos agentes de transmissão, mencionados acima, em resolver o problema, somou-se o apoio do ONS, por meio do rápido desempenho das equipes de Programação, Planejamento e Tempo Real. As ações do Operador incluíram o estabelecimento de despacho de geração térmica no Ceará (UTE Termofortaleza) e a definição dos novos limites de intercâmbio e procedimentos operativos (operação normal e de manobras). Foram determinados também ajustes na programação de intervenções, visando maximizar o grau de confiabilidade de atendimento aos estados do Ceará e Piauí e a segurança da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Prêmio Na coordenação O esforço do ONS em melhorar as O Operador Nacional está na coor- condições de atendimento da Região Sul foi reconhecido no Fórum de Energia, realizado em Porto Alegre, nos dias 23 e 24 de março. No evento, o diretor geral, Hermes Chipp, recebeu, em nome da instituição, o prêmio Destaque de Energia 2006, do então Secretário de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul, Valdir Andres (foto). O reconhecimento se deve ao fato de a Região Sul passar a receber 400 MW médios extras de energia, devido à decisão do ONS de elevar o intercâmbio entre os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul. denação técnica de dois importantes eventos do setor elétrico. São eles o 3º Seminário Nacional de Operadores de Sistemas Elétricos (3º Senop), a ser realizado no mês de agosto, em Belém, e o IX Encontro para Debates de Assuntos de Operação (IX Edao), previsto para março de 2007, em Goiás. As iniciativas têm, respectivamente, patrocínio da Eletronorte e da Companhia Energética de Goiás. Ambas visam à troca de experiências e conhecimentos entre os profissionais da área de Operação de Sistemas e Instalações Elétricas e serão promovidas pelo Cigré-Brasil, sob coordenação técnica dos colaboradores da Diretoria de Operação do ONS, Delfim Maduro Zaroni (coordenador geral), Giovani Montanari Antunes, Marcelo Pestana e Sandro Deivis dos Santos. O prazo para inscrever os resumos dos trabalhos para o 3º Senop foi fixado em 12 de abril, sendo a divulgação dos aprovados no dia 26 do mesmo mês. Para os que quiserem assistir às palestras, a inscrição poderá ser feita a partir de 2 de maio, pelo site da Eletronorte (www.eln.gov.br). Visita jornalística No dia 22 de março, os jornalistas que cobrem o setor elétrico tiveram a oportunidade de conhecer os Centros Regional de Operação Sudeste (COSR-SE) e o de Operação do Sistema Elétrico de Furnas, durante o Seminário sobre o Setor Elétrico, promovido na estatal. No evento, realizado por Furnas, Eletrobrás e Eletronuclear, o diretor geral, Hermes Chipp, ministrou uma palestra abordando a complexidade da operação do Sistema Interligado Nacional e as atividades desempenhadas pelo ONS. 8 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico • Ligação 90 • Março 2006