TEMPERATURAS de SUPERFÍCIE no ATLANTICO INTERTROPICAL, em especial na COSTA AFRICANA (N e S)
AUMENTOS DRAMÁTICOS da
TSM/SST em ÁREAS do ATLÂNTICO
INTERTROPICAL na COSTA
AFRICANA (1950/64-2005)
Teresinha de Ma. Bezerra S. Xavier
Airton Fontenele Sampaio Xavier
Pedro Leite da Silva Dias
Maria Assunção Faus da Silva Dias
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
Figura 17 Áreas e sub áreas no Atlântico Intertropical
fonte: Xavier & Xavier
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, novembro 2007
Com relação às mudanças da TSM junto à costa da África,
em termos de aumentos “dramáticos” da TSM nas últimas
décadas, podem inclusive explicar a maior atividade
ciclônica no hemisfério norte, em função de “easterly
waves” (“ondas de leste”) que se deslocam para o Caribe.
No hemisfério sul, também “ondas de leste” são
responsáveis por episódios de chuvas intensas no litoral
leste do Nordeste brasileiro (zona da mata), que em alguns
anos implicam em chuvas intensas de pós-estação no
semi-árido nordestino, em particular no Ceará. Conforme:
Xavier (2001), Cap. 11, pp. 365-383.
Começamos pela Figura 18 :
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
TSMG12
29.2
28.4
o
C
27.6
26.8
1
2
3
sub-periodos
Figura 18
“Box-Plot” para o comportamento da TSM no
Golfo de Guiné, em dezembro, para três classes (sub-períodos)
de 1964-2004.
fonte: Xavier & Xavier (2005)
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
Tivemos na Figura 6 um “box plot” para a variação da TSM
no Golfo de Guiné, em dezembro, respeito a três subperíodos consecutivos de 13 (treze) anos cada, em 1964 a
2004 (à época eram disponíveis os dados somente até ao 1º
semestre/2004). De fato, a análise de variância da TSM no
Golfo de Guiné, em dezembro, alcançou elevada
significância estatística, com erro p = 0,0000.
Por outro lado, o gráfico mostra como variaram o quartil
inferior, a mediana e o quartil superior, ao longo do
período, permitindo melhor caracterizar os aumentos
consecutivos das temperaturas. Em geral, ainda no Golfo da
Guiné, ocorreram “aumentos dramáticos” da TSM de
setembro a dezembro (2º semestre), que corresponde ao
auge da “estação dos furacões” no hemisfério norte; porém,
também em março (2o semestre).
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
Demais, na Figura 19, tem-se o gráfico de dispersão das observa
ções no plano (x=ano, y=tsmg12), para o mês de dezembro Através
dessa última figura denota-se claramente que na primeira metade do
período 1964-2004 as temperaturas em dezembro, na Área G = Golfo
de Guiné, foram todas inferiores a 28,40C, ao passo que na segunda
metade, a partir de 1985, de vinte observações onze (52,4%)
ultrapassaram aquele valor. E mais, de 1993 em diante, dez dentre
doze médias de temperaturas (83,3%) foram superiores a 28,40C.
TSMG12 x ano
29.2
Figura 19
28.4
o
Variação da TSM/SST na Área G
(Golfo da Guiné) em dezembro,
entre 1964 e 2004.
C
27.6
26.8
1962
1971
1980
1989
ano
1998
2007
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
De fato, foram examinadas as variações da TSM em
outras áreas próximas à costa africana. Bem como,
também nas proximidades das Américas (Caribe e
Nordeste brasileiro). Omitimos os resultados.
Veja-se, porém, o comportamento detectado na Área C1
[ hemisfério norte, junto à costa da África, porém dando
continuidade ao Golfo de Guiné, para oeste ], conforme a
Figura 20, no “slide” seguinte.
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
Figura 20 Variação das médias nos sub-períodos consecutivos
1,2,3,4, de 1964 a 2005, nos meses junho a dezembro, na Área C1
[ obs: períodos de 10,11,10 e 11 anos]
fonte: Xavier, Xavier & Alves (2006)
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
NOTA
Sobre possível diminuição de chuvas e temperaturas
mais altas no Nordeste semi árido, cabe lembrar que
o aumento das temperaturas no Atlântico intertropi
cal poderá representar a intensificação de chuvas,
pelo menos no litoral da região.
Ademais, temperaturas mais elevadas na costa
da África, ao sul da linha equatorial, levaria a
intensificação das ondas de leste, podendo
implicar numa tendência de chuvas intensas na
zona da mata e, em anos de maior força deste
sistema, chuvas copiosas no NE setentrional
semi árido, de “pré“ ou “pós estação”.
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, nov. 2007
Figura 21 Anomalias das temperaturas em
2006
Fonte : NASA / “Earth Observatory”
Em particular, torna-se muito difícil de prever, com
exatidão, o que poderá ocorrer em áreas mais
limitadas, até o fim do século XXI, ou mesmo nos
seus meados.
Por exemplo, não há sentido em fazer previsões
para todo o Nordeste semi árido, uma região muito
heterogênea em termos de sua(s) climatologia(s),
como é bem sabido. (*)
(*) A respeito, veja-se minha Conferência na SBRH em João
Pessoa, 2005, expandida no livro: Mendes, B.V., org. (2007),
“Grandes Idéias para o Desenvolvimento do Semi Árido”,
UFERSA, Mossoró [Xavier, T. de Ma. B.S., Perspectivas de
Sustentabilidade do Semi Árido Nordestino e Aspectos de
sua Hidro climatologia, pp. 185-210
Teresinha de Ma. B. S. Xavier, agosto 2007
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