UFRRJ INSTITU TO DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO AGRÍCOLA DISSERTAÇ ÃO PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL ATRAVÉS DA AGREG AÇÃO DE VALOR NA PRODUÇÃO DE BANANA, UMA ATIVIDADE DE ENSINO E EXTENSÃO NA EAFI-IGUATU – CEAR Á LUÍS RODRIGUES DA SILVA 2009 UNIVERS IDAD E FED ERA L R URA L DO RIO D E JANEIRO INS TITUTO D E A GRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ED UCAÇÃO A GRÍCOLA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMEN TO RURAL ATRAV ÉS DA AGREGA ÇÃO D E VALOR NA PROD UÇÃO D E BANANA , UMA ATIV IDAD E D E ENSINO E EXTENSÃO NA EAF-IGUATU - C EARÁ. LUIS RODR IG UES DA SILVA Sob o rientação da Professora Sandra Regi na Greg óri o Dissertação ap resentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Agríco la, Universidad e Federal Rural do Rio de Janeiro, como requ isito p ara obtenção do grau de Mes tre em Educação Agrícola - Área de concentração Agroindústria. Seropéd ica, RJ novemb ro – 2009 UFRRJ / Biblioteca Central / Divisão de Processamentos Técnicos 630.712098131 S586p Silv a, Luis Ro drigues da, 1960T Promoção do desenvolvim ento rural através da agr egação de valor na produção de banana, um a atividade de en sino e de extensão n a EAF-I guat u- Cear á / Luis Ro dr igues da Silv a – 2009. 62 f.: il. Orientador: San dra Regina Gr egório. Dissertação (mestrado) – Univer sidade Federal Rur al do Rio de Janeiro, Program a de Pó s- Graduação em Educação Agríco la. Biblio grafia: f. 41-46. 2 A m inha esposa Isabel Bandeira E ao meu amado f ilho Luis Henrique Dedico. 2 “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” Paulo Freire AGRADEC IM ENTO S Agradeço primeiram ente a Deus que foi o m eu ref úgio e fortaleza nas horas difíceis; A minha fam ília pelo apoio e incentivo; Ao Progr ama de Pós- Graduação em Educação Agrícola – UFRRJ; Ao Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará - Camp us I guatu pela oportunidade que nos concedeu; Aos aluno s do Curso Técnico em Agroindústria que se envolveram prontamente com a pesquisa; A Profª: Drª San dra Regina Gregório pela valiosa orientação, confiança e ensin amentos transm itido s; Aos professores do PPGEA: Drª Rosa Luchese, Dr. Gabriel do s Santos, Drª San dra Sanch ez, Dr. Nilson e o s demais professor es p elos valioso s en sin amentos; Ao Instituto Federal de Educação Ciên cias e Tecnolo gia da Paraíba - Campus Souza, que nos cedeu as in stalaçõ es do labor atório para realização das análises Físico- Químicas da bananada, e que nos recebeu como estagiário; Aos colaborador es do setor de Agroindústria da EAFI-CE Edilene Araújo, Ana Vládia, Cláudia, Antonio Pinto, Reginaldo e Flávio pela colabor ação e apoio ; Aos professores Djalm a Honór io No gueira, Marcela, Lúcio José e Daniele pela am izade, incentivo e aux ílio em todos o s m om entos, não poderia deixar de agradecer também a todos os prof essores que participaram com to da bo a vontade da atividade so bre interdisciplin aridade da professora Akiko Santos. Aos produtores de ban ana e seus fam iliares do Sítio Quixoá pela participação no treinamento ministrado pelo s alunos do 4º per ío do de Agroin dústria; Aos poetas populares Riva Mo ura e Murilo Barro so, pela pro dução dos Cor déis com tema Banana. A Em brapa Agroindústria Tropical p ela realização das Analises Sensoriais. A COOPEAFI (Cooperativa Escola do s Alunos da Escola Agrotécnica Federal de Iguat u-Ce) pelo patrocínio de parte da pesquisa; Ao Diretor Geral do I FET- CE, Cam pus Iguatu - Professor Ivan Holan da de Souza pela am izade e compromisso assumido; Finalm ente a todos que direto ou indiretamente contribuíram par a o sucesso deste trabalho. RES UMO SILVA, Luis Ro drigues da. Promoção do desenvolvimento rural através da agregação de valor na pro dução de banana, uma atividade de ensino e de extensão na EAF-IguatuCeará. 2009. 62 p. Dissertação (Mestrado em Educação Agríco la). Instituto de Agronom ia, Univer sidade Feder al Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. 2009. O presente trabalho teve como propósito utilizar como um a atividade de en sino e exten são na Esco la Agrotécnica de I guatu- CE a promoção do desenvolvim ento r ural através da agr egação de v alor na pro dução de banan a. Nesse sentido, foi pro duzido com os est udantes da habilitação de agroin dústria o m aterial didático que p udesse ser utilizado p ara a capacitação do s produtores; instr um entalizar am -se os agricultores com técnicas de form ulações para que eles apren dam a agregar valor à pro dução da banan a; for am propostos m étodos educativos de conservação, processam ento e armazenamento apropriado à agroin dústria artesanal e procedera- se a orientação uma pro dução de alim entos seguro através das boas práticas de m anipulação para a pro dução de alimentos. Dois grupos de 20 estudantes foram constituído s, sendo o prim eiro do Curso de Agro in dústria da 2ª sér ie 4 ° perío do. E o segun do por alunos que já haviam cur sado a disciplina no início no período anterior do 1° e 2° perío do subseqüente, sen do este gr upo denominado de turma controle. Par a a atividade de extensão participaram 17 pessoas, da comunidade do Quixo á que foi identificada como a adequada à proposta uma vez que tem núm ero expressivo de produtores de banana da região. Proceder ase as avaliações do processo de aprendizagem do s aluno s inserido s nessa atividade de pesquisa enquanto sujeitos utilizan do-se de um instrumento de av aliação constr uído s a partir de afirmativas referentes ao s conceitos e conh ecimentos necessário s para compreen der estas etapas, pontuados com uma escala var iando entre “discor do m uito” ao “concordo muito”, com centro em “nem discor do, nem concordo”, totalizan do sete pontos. Esse in strumento foi aplicado em três etapas diferentes, sendo a prim eir a ap licação representativa da con dição zero, sem envolvimento com as atividades do projeto e as demais no decorr er das atividades. Os aluno s for am tam bém avaliado s pelos extensionistas que particip aram do curso que eles desenvolveram com o atividade desse trabalho, através de um questionár io que in dicava inform ações r elacionadas ao conhecim ento e segurança dos m esm os durante o cur so. O produto processado, doce de banan a, foi avaliado em relação ao s parâmetros físico- químico s, sensoriais e m icrobio ló gico s. Na avaliação da aprendizagem foi verif icado que a apropr iação do conhecim ento se deu forma gradativa, n a m edida em que os alunos foram sendo in ser ido no contexto das unidades contempladas na disciplina, consolidan do o seu conhecim ento fosse consolidado, e avaliando-os em relação ou segundo o grupo, verif ico u-se que o a metodolo gia usada contribui par a um a melhor com preensão das atividades proposta no projeto que foi desenvolvido dentro da disciplina, fazen do com que o aluno buscasse fazer a interdisciplin aridade com as demais disciplinas para melhor fun dam entar a sua proposta de trabalho. O amadurecim ento apresentado pelo s alunos na atividade de extensão mostra o quanto uma metodologia alternativa para trabalh ar os conteúdos de uma discip lina po de contribuir para o aprendizado do educan do de form a m ais agr adável e pro dutiva, fazendo-o se sentir um agente ativo de todo o processo, atribuin do a ele responsabilidades e perm itindo que demonstre o conhecimento adquir ido de forma organizada e tutorada para enten der melhor o processo de ensino apren dizagem. Palavras cha ve: educação agrícola, extensão, processamento ABSTRACT SILVA, LUI S RODRI GUES DA. Prom otion of the rural development through the aggregation of value in banana's production, an activity of teaching and of extension in EAF- Iguatu-Ceará. 2009. 62p. Dissertation (Master Science in Agricultural Education). Instituto de Agronom ia, Univer sidade Feder al Rural do Rio de Jan eiro, Seropédica, RJ. 2009. The present work had as purpose to use as a teaching activity and extension in the Agrotécnica of Iguatu- CE Schoo l the prom otion of the rural developm ent through the aggr egation of value in banana's production. In that sense, it was pro duced with the students of the agr ibusiness qualification the didactic m aterial that could be used for the training of the producers; they qualified the farmers with techniques of form ulations for them to learn to jo in value to the banan a's pro duction; educational methods of conservation, processin g and appropriate storage were proposed to the cr aft agribusiness and she h ad proceeded the orientation a pro duction of foo ds insur ance through the goo d m anip ulation practices for the production. T wo gro ups of 20 students were constituted, bein g the f irst of the Cour se of Agribusiness of the 2nd ser ies 4 ° perio d. And the second for students that had already studied the discip line in the beginning in the period pr evio us of the 1° an d 2 ° subsequent perio d, being this denom inated gro up of gro up controls. For the exten sion activity they anno unced 17 people, of the comm unity of Quixo á-CE that was identified as the appropriate to the proposal once it has expressive n um ber of pro ducing of banana of the area. It had proceeded the evaluation s of the process of the students' learn ing inserted in that research activity while subjects bein g used of an evaluation instr ument built starting from affirmatives regardin g the concepts and necessary kno wledge to un der stan d these stages, punctuated with a scale vary ing am ong I "disagree a lot" to the I "agree a lot", with center in I disagr ee, nor I agree", totaling seven points. That instrument was app lied in three different stages, being the f irst representative application of the con dition zero, without involvem ent with the activities of the project an d the others in elapsin g of the activities. The students wer e appr aised also for the agr iculturalists that you/they participated in the co urse that they develop ed as activity of that work, through a questionnaire that indicated information related to the knowledge and safety of the sam e ones during the co ur se. The pro cessed pro duct, sweet of ban ana, it was evaluated in relation to the parameters phy sio chemical, sensorial an d micro bio lo gic. In the evaluation of the learning it was v erified that the appropriation of the knowledge f elt gr adual form, in the m easure in that the students went bein g in serted in the context of the units meditated in the disciplin e, consolidating the kno wledge was conso lidated, an d ev aluatin g them in relationsh ip or accor ding to the gro up, it was ver ified that the used methodolo gy contributes to a better un der stan din g of the activities proposed in the project that was develop ed inside of the disciplin e, doing with that the student looked for to do the interdisciplinary. The ripen ing presented by the students in the extension activity sho ws it as an alternative m ethodolo gy to work the contents of a discipline can contribute to the student's in a m ore pleasant and productive way learn ing, m aking him to feel an active agent of whole the process, attributing to him responsibilities an d allowing that dem onstrates the acquir ed kno wledge in an organ ized way an d supervise to understand the process of teachin g learn in g better Key-words: agricultural education, extension, pro cessing ÍNDICE DE TABELAS Ta bela 1 - Análise Micro biológica par a Banan ada sem Glico se. ............................................38 Ta bela 2 - Análise Micro biológica par a Banan ada com Glico se. ............................................39 ÍNDICE DE Q UADRO S Q uadro 1 - Valores médios par a cada questão par a o Gr upo Teste n as três av aliações (T1; T2 e T3). .........................................................................................................................................25 Q uadro 2 - Valor es médios do T3 para o gr upo teste do gr upo controle. ................................28 ÍNDIC E DE FIG URAS Figura 1 – Foto do grupo de estudantes (Gr upo teste). ............................................................17 Figura 2 – Foto do grupo da com unidade do Quixoá. .............................................................18 Figura 3 – Fluxo grama da cadeia produtiva da ban ana. ..........................................................20 Figura 4 - Foto do gr upo de estudantes em aula prática dur ante as atividades didática. .........24 Figura 5 - Estudante ministran do conteúdo teórico na atividade de exten são (5A) e detalhe da explicação do m odo de utilização do pap el toalh a na secagem dos utensílio s e equipamento (5B). ..........................................................................................................................................29 Figura 6 - Estudantes entregando o lanche par a os pro dutores de banan a nas atividades práticas (6A), e Gr upo de estudantes distribuin do os EPI s para o s produtores utilizarem durante as atividades de extensão (6 B). ....................................................................................29 Figura 7 - Descascamento da banan a para fabricação da bananada com e sem glico se (7A) e Pesagem dos ingredientes para ambas as form ulações: ban anada com e sem glicose (7B). ....30 Figura 8 - Qualidade do material didático das atividades de exten são. ...................................31 Figura 9 - Apr imoram ento dos alunos e contribuição do s in strutores nas atividades de extensão. ....................................................................................................................................32 Figura 10 - Avaliação do desem penho do s in strutores pelo s aluno s nas atividades de extensão. ....................................................................................................................................32 Figura 11 - Utilização do s conh ecim entos adquiridos pelo s alunos nas atividades de extensão. Iguat u-Ce (2009). ......................................................................................................................33 Figura 12 -p H de banan ada form ulada a partir de fr utos de bananas colhidas no estádio de m aturação 5 (am arelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. ...................................34 Figura 13 - Acidez de bananada formulada a partir de fr utos de bananas co lhidas no estádio de matur ação 5 ( amarelo com ponta ver de) com e sem adição de glico se. ..............................34 Figura 14 - Só lido s Solúv eis (oBr ix) de bananada form ulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de m atur ação 5 ( am arelo com ponta verde) e sem adição de glico se. ......35 Figura 15 – Preparação das amostras: banan ada com e sem glico se para análise sen sorial (15A) e Destaque do gr upo de alunos (Teste e Controle), observando a r ealização da prática sensorial (15 B). ........................................................................................................................35 Figura 16 - Aceitação Sensorial de bananada form ulada a partir de fr utos de bananas colhidas no estádio de matur ação 5 ( amarelo com ponta ver de) com e sem adição de glico se. .............36 Figura 17 - Ap arência de ban anada form ulada a partir de fr utos de bananas colhidas no estádio de matur ação 5 ( amarelo com ponta ver de) com e sem adição de glico se. ..................36 Figura 18 - Sabor de ban anada form ulada a p artir de fr utos de bananas colh idas no estádio de m aturação 5(amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. ....................................37 Figura 19 - Corte de ban anada form ulada a partir de fr utos de banan as colhidas no estádio de m aturação 5(amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. ....................................37 Figura 20 - Fr eqüência e Razão de con sum o do pro duto.........................................................38 LISTA DE SIGLAS UFRRJ – Univer sidade Federal Rural do Rio de Jan eiro PPGEA – Pro grama de Pós- Graduação em Educação Agr ícola IFET – Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnolo gia COOPEAFI – Cooperativa Escolar dos Aluno s da Esco la Agrotécnica Federal de Iguat u – CE SEAGRI – Secretaria de Agr icultura de Iguatu LDB – Lei de Dir etrizes e Bases da Educação SENAC – Serviço Nacional do Com ércio SENAI – Serv iço Nacional da In dústria FNPETI – Fór um Nacion al de Prev enção e Erradicação do Trabalho Inf antil ACAR – Asso ciação de Cr édito e Assistência Rur al SUS – Sistem a Único de Saúde INEP – Instituto Nacion al de Est udos e Pesquisas Educacionais MEC – Ministério da Educação e Cultura SETAGRI – Serviço Técnico de Apoio Agrícola BRIX – Quantidades de Sólido s Solúveis Totais PH – Potencial Hidro gên ico Iônico %P.P – Porcentagem peso por peso 10²/G – Duzentas Bactérias do Grupo coliform es de Origem Fecal por Gr amas G – Gr am as D.O. U – Diár io Oficial da União % - Porcentagem CEPA – Com issão Estadual do Planejamento Agr ícola da Paraíba Kg – Quilograma BPF – Bo as Práticas de Fabricação BP – Boas Práticas APPCC – Análises de Perigo s e Pontas Críticas de Controles POP – Procedim entos Oper acion ais Padrão RDC – Resolução da Diretoria Colegial ANVI SA – Agên cia Nacional de Vigilância Sanitária Nº - Núm ero PCC – Ponto Crítico de Controle PC – Ponto Crítico DI SP OA – Departam ento de Inspeção de Produtos de Or igem Animal Ml – Mililitro NAOH – Hidróxido de Sódio N – Norm alidade NUTEC – Fundação Núcleo de Tecnolo gia In dústria do Ceará APHA – Am erican P ublic Health Association EMBRAPA – Em presa Brasileir a de Pesquisa Agropecuária NMP/G – Números mais Prováveis por Grama UFC – Unidade Form adoras de Colônias AFI – Associação do s Fr uticultores I guatuenses EAFI – Escola Agrotécn ica Federal de I guatu EPI – Equipamento de Proteção Individual SUMÁRIO 1. INTRO DUÇÃO ................................................................................................................ 2 2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 3 2.1. Educação para o Trabalho ...........................................................................................3 2.2. Ensinos Técnicos e Tecnológicos..................................................................................5 2.2.1. Processo educacional através da Extensão Rural........................................................7 2.3. A importância da Agricultura Familiar no Desenvolvimento Sustentável............10 2.4. Avaliações da aprendizagem......................................................................................11 2.5. C adeia Produtiva da Banana .....................................................................................12 2.6. Sistema de Garantia da Segurança de Alim entos na Cadeia Produtiva de Alimentos. ................................................................................................................................14 2.6.1. Im portância das boas práticas de fabricação na produção de alimentos. ..................14 2.6.2. Identificação e controle do s pontos cr íticos (PCC)...................................................15 2.6.3. A análise de per igos e pontos crítico s de controle ( APPCC) e pro dução segura de alim entos. ..............................................................................................................................15 3. MATERIAIS E M ÉTO DO S ......................................................................................... 17 3.1. C aracterizações dos Sujeitos da Pesquisa.................................................................17 3.1.1. Gr upo de estudantes..................................................................................................17 3.1.2. Gr upo da com unidade ...............................................................................................18 3.2. Metodologia do Processo Pedagógico........................................................................18 3.2.1. Avaliação dos est udantes através de questionário s...................................................19 3.3. Avaliações Técnicas do Produto Elabora do .............................................................20 3.3.1. Análises f ísico- químicas ...........................................................................................22 3.3.2. Análises m icro biológicas ..........................................................................................22 3.3.3. Avaliação sensor ial ...................................................................................................22 3.4. Tratamentos Estatísticos............................................................................................23 4. RES ULTADO S E DISCUSSÃO ................................................................................... 24 4.1. Avaliação da Aprendizagem ......................................................................................24 4.1.1. Avaliação durante as atividades teóricas e práticas da discip lina .............................24 4.1.2. Avaliação com parativa entre o s dois grupos: Gr upo Teste e Gr upo Controle..........27 4.1.2.1. Qualidade do material didático .........................................................................31 4.1.2.2. Aprim oramentos do s conhecimentos e contribuição do s in strutores................31 4.1.2.3. Avaliação do desempenho dos instr utores pelos aluno s ...................................32 4.1.2.4. Utilização do s conh ecim entos adquirido s.........................................................32 4.1.3. Avaliações Técnicas do Produto ...............................................................................33 4.1.3.1. Análises Físico-Quím icas .................................................................................33 4.1.3.2. Análises microbioló gicas ..................................................................................38 5. CO NCLUSÕ ES .............................................................................................................. 40 6. REFER ÊNCIAS B IB LIO GRÁFICAS......................................................................... 41 7. ANEXO S......................................................................................................................... 47 1. INTRO DUÇ ÃO Na m edida em que o hom em e a sociedade estão em con stante transformação, o s conceitos e as im pressões não po dem ser definido s, pois são transitórios sujeitos a super ação a todo instante. Todavia, acr edita-se que se deve considerar que “todo pro cesso en sino apren dizagem ” não pode per der de vista a sua dimensão social, a sua busca incessante de igualdade e oportunidades ao s in divíduo s, de form a a lev á-lo s a sua r ealização enquanto sujeito-cidadão que convive com as transformações do m un do da ciência e da tecnolo gia (WERLANG, 2000). A in dependência, também chamada de desvinculação, entre o en sino m édio e o ensino técnico, permitiu hoje aos joven s procurar cursos técn icos com efetivo interesse n a profissionalização. No m unicípio de Iguatu, o gran de destaque na fruticultura é a pro dução de banana, com uma pro dutividade média de 155 m ilheiro s/ha/ano, o que signif ica aproxim adamente um a m édia de 26,35 ton./ha ( HOLANDA, 2005). Não o bstante, segun do as inform ações da Secr etaria de Agricultura de Iguat u – SEAGRI, é notória a desor ganização dos pro dutores de banana, con sideran do a inexistência de um a asso ciação o u cooper ativa para facilitar a comercialização do s fr utos in natu ra ou fazer o processam ento do s m esm os. Consider ando asp ectos desta natureza, este trabalho estende os conhecimentos até a comunidade de form a a am pliar as informaçõ es adquiridas pelos discentes do Curso Técnico em Agro indústria dur ante sua form ação profissional e tecnológica, favor ecendo a integração comunidade/esco la, cap acitando à com un idade de produtores de banana do mun icíp io de Iguat u-CE, desenvo lven do agricult ura familiar. Apesar da gran de produção de banana no município, I guatu não dispõ e de um a indústria de pro cessamento, sen do assim, a produção com ercializada in natu ra é destinada a outros estado s como: Par aíba, Pernambuco e Rio Gran de do Norte. Toda essa situação aponta para a necessidade de um trabalho de orientação ao s produtores rurais so bre a in dustrialização rural da banana no próprio m unicípio de Iguatu. A banana é car acterizada pelo com ércio de vizinhança e, por ser um produto muito perecível, é importante que sua comercialização seja rápida, racional e com cuidado s para reduzir perdas e, ain da para que o produto chegue ao seu destino em boas con dições. Pretende- se com esta pesquisa implem entar técnicas de processam ento, de m odo a agr egar valor para que o s produtores processem e comercializem produtos da banan a, m elhorando a qualidade de vida dos familiares, por m eio da geração de emprego e ren da nas comunidades em que residem. Com esse propó sito, este trabalho teve com o objetivo geral utilizar como um a atividade de ensino e extensão na Escola Agrotécnica de I guatu- Ce, a promoção do desenvolvimento rural através da agregação de valor na pro dução de banana. Nesse sentido, foram definidos com o objetivos específicos: Produzir com os estudantes da habilitação de agroin dústria o m aterial didático que possa ser utilizado para a cap acitação dos produtores; (an exo 1) Instrumentalizar os agr icultores com técnicas de form ulações para que eles aprendam a agregar valor à pro dução da banana; Propor métodos educativo s de conserv ação, processam ento e armazenamento apropriado à agroindústria artesanal; Orientar uma produção de alimentos segur a por interm édio das boas práticas de m anipulação para a produção de alimentos. 2 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Edu cação para o Trabalho No que se refer e à educação agrícola é im portante uma reflexão acerca da educação ger al no país. As diretrizes da educação no Brasil, elencadas na Lei 9394/96 de 20 de dezem bro de 1996, LDB - Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, têm avançado em relação às leis anterior es, de um a form a geral, vão ao encontro das necessidades educativas do s brasileiro s, o u seja, estão m ais inclusivas. Por m eio de seu trabalho o in divíduo interage com o m eio, expressa seu objetivo, propõe alternativas que facilitam seu cotidiano, pro duz riquezas, reage às m udanças que am eaçam sua so brev ivência. Devido a tantos com ponentes que se alteram con stantem ente, é possível considerar que o trabalho e a formação profissional apresentam-se como parte da identidade do ser humano. De acor do com Fr eire (1996), o estudante é o sujeito do processo educativo e as políticas educativas atentam para essa causa. Não há docên cia sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos ap esar das diferen ças que os conotam , não se r eduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensin a apren de a en sinar e quem apren de ensina a aprender. O acesso dos meno s favorecido s ao en sino já é um fato real. No entanto, ain da se percebe instituições de en sino que divulgam seus métodos construtivistas, enquanto sua prática pedagógica ainda é tradicion al. Dev e-se perceber nos projetos de educação no Brasil, a nossa ver dadeira identidade no s seus conteúdo s program áticos, n as suas metodolo gias e que se observa no aluno, alguém capaz de opinar no processo de apr endizagem. As propostas epistemológicas de Paulo Fr eire, Edgar Morim e Vy gotsky sur gem na abor dagem do indivíduo como sujeito do processo de apren dizagem , que n ão poderá ser fragmentado, m as deverá ser com preendido em sua totalidade, com o organ ism o bioló gico e socialmente integrante de um contexto sócio-histórico que é p arcialm ente local e parcialmente plan etário (LIRA, 2007). Frigoto (1998) nos chama atenção para o risco da educação ser utilizada com o instrumento de conform ação social sen do subor dinada às necessidades de novas form as de inser ção social po stas ex clusivamente pelo capital. As transform ações pelas quais o mundo do trabalho vem passando, apresentam-se com tanta rapidez que vem requeren do novas posturas de educadores, educando s e também dos profissionais em atividade. Os novos processos de com un icação, a velo cidade do avan ço tecnológico, a autom atização dos m eio s de pro dução e a queda de barreiras políticas atrelada à formação de novo s bloco s econômicos promoveram alterações tão radicais, que a era industrial, com seus valor es, suas concep ções de habilidades e com petências, com seus conceitos de desenvolvimento e de trabalho sof isticado, estão se diluindo. Não h á dúvida acerca do s efeitos que estas alterações provocam no cotidiano das empresas, nas esco las e, principalmente, na vida das pessoas. Refletindo so br e a intervenção cap italista nas questões educacionais, sociais e n o m undo do trabalho, Minayo (2002) no s convida a um a reflexão sobre o adestramento social, com base no dualismo da divisão do trabalho manual e intelect ual, no qual o contexto dialético de totalidade, as in stituições sociais com o: a família, a igreja, a esco la, a po lítica e óbvio a economia são r epro dutivistas no processo. A real nat ureza de classe da esco la v em da separ ação que ela introduz entre ‘cultura’ e ‘produção’, entre ciência e técn ica, entre trabalho m anual e intelect ual. O capitalismo de hoje não r ecusa o dir eito à escola; o que ele recusa é m udar a f unção social da escola. 3 Entende- se por cidadão po uco qualificado, o in div íduo que não po ssui sólidas e dif erentes habilidades e/ou com petências adequadas à r ealidade profissional que vem sen do requisitadas pelo m eio pro dutivo ( KYRILLOS, 1998). O cidadão po uco qualificado sofre limitações que não se restringem ao aspecto profission al, m as am pliam-se na direção dos dir eitos e da form ação de sua identidade. Além disso, revela o perfil da so ciedade em que vive expondo o n ível de relacion amento desta sociedade com a realidade m un dial. A econom ia e as transform ações técnico-organizacionais no trabalho desencadeiam desaf ios e problemas a serem enfrentado s no âm bito da educação em geral e da formação profissional em particular. Faz-se necessário a com preensão do que consistem esses desafios e problemas, enfo can do-o s, primeiram ente, da perspectiva da experiência internacion al e, n um segun do mom ento nos m arcos da sociedade br asileira. A educação é tida como a m ola propulsora de mudanças com portam entais em função das m udanças que estão se processan do no mundo do trabalho, o trabalhador tem hoje desaf ios novo s, a saber: passar do treinamento para apren dê-lo e aprender e saber pensar; ser protagonista da qualidade e da competência; participar ativamente do processo de m odernização e humanização econôm ica; m anter-se at ualizado s m ediante os desaf ios do futuro. Com isso formando cidadão s que sejam trabalhador es ativos, solidários, cr iativos e inovadores, sujeitos de suas próprias açõ es (MANFREDI, 2003). Para se interagir no contexto da época atual e exer cer um papel na atividade econômica, o in divíduo tem que, no m ínimo, saber ler, interpretar a realidade, expressar-se adequadamente, lidar com conceitos científico s e matemáticos abstratos, trabalhar em grupos na resolução de problem as r elativamente com plexos, entender e usufruir das potencialidades tecnológicas do mun do que no s cerca. E, pr incipalmente, aprender a apren der, con dição indisp ensável para acompanhar as m udanças e avan ços cada vez m ais rápido s que caracterizam o ritmo da sociedade m oderna. O mercado de trabalho, por sua vez, passa a ex igir um perfil de trabalhadores que saibam conviver com suas flutuações atreladas às ráp idas evoluções tecnoló gicas e com capacidade de in ser irem -se nele sem per der o esp írito criativo. Todas essas transform ações vêm ocorrendo no contexto de uma so ciedade cuja legalidade é frágil e desequilibr ada. Esta nova con dição de vida colo ca a educação, a necessidade de se trabalhar, a reestrut uração do sistem a mental/emocional dos jovens, integr ando a incerteza com o com ponente da vida (DEMO, 2000) Schwartz (1995) equaciona essas abor dagens propon do que a qualificação tem três dimen sões: conceitual, social e experim ental. A primeir a defin iu-a como f unção do registro de conceitos teórico s e formalizados, associando aos título s e diplom as. A segunda coloca a qualificação no âmbito das relações sociais que se estabelecem entre conteúdo das atividades e classif icaçõ es hier árquicas, bem como ao conjunto de r egras e direitos relativos ao exercício profissional con struídos co letivam ente. Por fim a terceira dim ensão está relacionada no conteúdo r eal do trabalho, em que se in scr evem não somente os con ceitos, m as o conjunto de saber es po stos quan do da realização do trabalho. Embora tenham representado um esforço de sistematização da política educacion al brasileir a os textos das leis or gân icas da Educação Nacion al m antêm o caráter dualista da educação ao af irmar como objetivo do En sino Secun dário e Norm al: formar as elites condutoras do país, caben do ao Ensino Profissionalizante ofer ecer formação adequada ao filho dos oper ário s, aos desvalidos da sorte e aos meros afortun ados, aqueles que necessitam ingressar precocemente na força de trabalho ( CARVALHO, 1998). Neste contexto, a linha de ação de instituições como o SENAC e SENAI, teve com referência por m uito tem po técnicas de capacitação par a preenchimento de postos de trabalho 4 def inidos, com ênfase na preparação par a fazê-lo sem preo cupação especial com o questionar, propor, criar e avaliar. Para Carv alho (1998), pode- se dizer que o desenvo lvimento da Educação Profission al sempre esteve atrelado a r ealidade do sistema pro dutivo e a or ganização das sociedades do ponto de vista econômico e social. Quan do a ciência e a tecno logia caminhavam em cam inhos quase que opostos das atividades pro dutivas, o ensino profissional estava voltado para o desenvolvimento de h abilidades muito específicas, vinculadas a um determinado decr eto. Na opinião de Bon amino (1998), deduziu-se que a maior r elação entre educação e trabalho é testada, no sistema educacion al brasileiro. Por que ao adotar um m odelo de desenvolvimento baseado na asso ciação com o capital internacion al, em bora possuísse um sistem a industrial m ais diver sificado, quan do com paradas as economias centrais, ain da apresentava algumas deficiências na utilização do s r ecurso s disponíveis e enfr entava problemas na adesão de tecnolo gia. Reale (1963) af irma que com a educação se dá a form ação do homem, em função de um m odelo ideal de pesso a. Cabe ao educador orientar o educando para que se torne uma pessoa ideal. Portanto, os processo s educacionais devem criar con dições ideais e propícias para que, cada aluno possa r ealizar por si o seu pro jeto existencial ético político. A relação educação-trabalho deve ser entendida como a n ecessidade de fazer do trabalho socialm ente produtivo um elemento ger ador de dinâm ica escolar. O est udante é estim ulado pelo conjunto de agentes da sala de aula (professor, disciplinas, materiais, instrumentais de avaliação). Ao inser ir o apr en dizado nas form as de pro dutividade, a educação deve ser concebida como um processo no qual ciên cia e trabalho coin cidem. Assim, o objetivo essencial da educação científica é a unilateralidade do hom em , visto que é no trabalho que ele se realiza. A liberação das potencialidades h um anas é a condição pr évia da educação. A base de todo o pro cesso de realização individual e coletiva é a educação Carneiro (2008), diz que a qualificação para o trabalho não quer sign ificar um a divisão da vida em dois tem pos: um tempo próprio para est udar e o utro, um tempo sucedâneo, para trabalh ar. A educação, dev er da família e do Estado, insp irada nos prin cípio s de liber dade e nos ideais de solidariedade h um ana, tem por finalidades o pleno desenvolvimento do educando, seu prep aro para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASI L, 1996). O hom em é um ser social que con strói suas relações com a natureza e com os o utros homens no processo de produção, tendo o trabalho como m ediação. O trabalho é uma atividade transformadora do homem so bre a natur eza, visando à produção de ben s necessários a sua subsistência e também à do gr upo à que pertence. As con dições de produção são reguladas pela or gan ização social e pela técnica, e os processos de pro dução estão dir etamente ligado s às con dições históricas em que ocorre ( BORGES, 2003). 2.2. Ensinos Técnicos e Tecnológicos A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, ao discip linar a educação profission al, desvincula-a do En sino Médio e abre-lh e o acesso, tanto aos alunos m atriculados no ensino f un dam ental, m édio e superior, bem como ao trabalhador em geral, jovem ou adulto. A educação profission al constitui-se num a m odalidade de ensino que agrega pessoas de dif erentes níveis de escolar ização (MATIAS & FERNANDES, 2004). O nív el básico destina- se à qualif icação, a requalificação e a reprofissionalização de trabalh adores, in dep en dente de escolaridade prévia. A escolaridade prévia necessária à preparação e ao desenvolvimento de competências ref erentes a algumas ocupações de nível 5 básico é determinada pelas agências educacionais, nos p lano s de curso das respectivas ár eas, observadas as exigên cias requeridas pelo m ercado de trabalho. O nível técnico destina-se a proporcionar habilitação profissional de técnico de nív el m édio a alunos matriculados o u egr essos do ensino médio, podendo ser oferecido de forma concomitante ou seqüencial a este. Abr ange, também , as respectivas esp ecializações e qualificações técn icas. O nív el tecnológico corr esponde a cursos de níveis superiores, destinado à formação essencialmente vinculada à aplicação técnico- científica do conhecim ento. Sua especificidade consiste no caráter acentuadamente técnico da formação oferecida, distin guin do- se do bacharelado, que po ssui caráter mais acadêmico. Além desses três níveis, a Educação Profissional compreen de ain da os chamado s cur so s complementares: de especialização, aperfeiçoam ento, atualização. Para que esse conjunto de condições p udesse ocorr er, no entanto, seria indispen sáv el estarm os preparados, contan do com profissionais de elevada qualificação. Caso contrário, no atual cen ário de econom ia globalizada e nações agr upadas em bloco s econômico s, o s espaços que n ão conseguirmos pr eencher serão ocup ados por prof ission ais oriundo s de o utros países. Está sen do prep arado um novo perfil do profissional da área tecnoló gica. Rocha (2001) constata que no futuro só os mais qualif icados terão oportunidade no m ercado de trabalho. Para m elhor com preensão, algumas def inições se fazem necessárias, dentre elas, discutirem Educação Tecno lógica. Segundo Oliveir a (2003), conceituar educação tecno lógica é uma tarefa um pouco difícil, pois, trata-se de um tema novo, polêmico, pouco p esquisado, m as que, mesmo assim, vem recebendo interpretações muito diferenciadas. O conceito de Educação Tecnológica ainda é muito polêm ico ; isso talvez se deva, ao fato dessa educação, en quanto conhecim ento teórico e prático, necessitar de ser mais discutida e analisada, na per spectiva de se constr uir uma conceituação que consiga contem plar a m ultiplicidade de sentido s, presente nessa ár ea do saber. Grinsp un (1999) reforça o exposto acima, enfatizando a dificuldade de se conceit uar educação tecnoló gica que, p ara ela, po de ser concebida, tanto com o um importante ponto a ser contemplado p elo en sino técnico-profissional, quanto como um do s m ecanism os e procedim entos, con sequentes da denom inada Revolução Técnico- Científica, que vem causan do impactos nos campos societários e produtivos e, esp ecialm ente, na educação. Ain da na opinião de Oliveir a (2000), o conceito de educação tecnoló gica vai m uito além da formação técnica, que se reduz o simples treinam ento, e se r elaciona a uma dada con cepção de educação e de tecnolo gia. Marx procurou resgatar os pressupostos: trabalho com o princípio educativo, politécnica, isto é, form ação técnica am pla; articulação entre teoria e prática; formação unilateral do hom em , que busca formar o “homem novo”, que reún e em si tanto habilidades m anuais, quanto intelectuais, tanto capacidade produtiva, quanto possibilidade de fr uição, harmonizando tempo de trabalho e tem po livre (MARX & ENGELS, 1983, p. 65). A com preensão da atual reforma do ensino técnico definido a partir da lei No. 9394/9 6 e legislação complementar, e a man utenção da estr utura dual do sistema educacional brasileiro requer entender com o essa estrutura e a educação profissional se desenvo lveram historicam ente no Brasil. Os m odelos pedagó gicos constituem-se a partir de m udanças que ocorrem no m un do do trabalho e das relaçõ es sociais, posto que as classes r esponsáveis pelas funçõ es especiais no m undo da pro dução precisam form ar adequadamente seus intelectuais. Esta com preensão só é po ssível a partir das relações que se estabelecem entre trabalho e educação nas diferentes etapas do desenvo lvim ento das forças pro dutivas. É importante destacar, que em algun s casos, o trabalho ap arece como situação de apren dizagem , na qual se integr am: teoria e prática, mas disso ciado das atividades de 6 programação e avaliação, essa prática, muitas vezes esvaziava da capacidade de auto dirigirse, e auto avaliarem-se, tran sformar-se em simples “adestramento”. O modelo Escola-Fazen da como estratégia educacional par a o ensino agríco la, signif ica constituir uma empresa m édia ou grande que dever á fun cionar como labor atório de prática e produção, com finalidade didática e de auto m anutenção do estabelecim ento cujo processo de ensino-aprendizagem baseia- se no prin cípio aprender a fazer e fazer para apren der (MADURO et al., 1980). O ensino profissionalizante requer duas etapas bem def inidas: a do conhecimento teórico através de aulas expo sitivas, leit uras, pesquisas, etc. A segun da parte, que consiste na prática através do trabalho da oper acionalização dessas teorias. É oportuno destacar que a prática, embora vista com o essencial em si e sin gular, n ão satisfaz completamente as exigências ex atas de qualquer formação profissional, é complem entar e dev e estar bem integrada e o bservada com a m esm a importância que se dá ao estudo form al e teórico. Para que isso aconteça satisfatoriam ente é necessário preparo da escola e dos professores para efetivarem esse tipo de mudança que a pesquisa no s processos de inov ação curr icular tem constatado frequentemente que as dificuldades en contradas pelos prof essores par a adaptar seu estilo de ensino às exigências da inov ação educativa constituem uma fonte de fracasso da inovação ( ARNAY, 1997). É indiscutível a importância de se per ceber o paralelism o dessas duas formas de se repassar o en sino: teoria e prática devem ser tratadas de modo equilibrado em todos os aspectos para que se tenha o êxito que se esper a da educação profissionalizante. A educação necessita de ferramentas essenciais par a seu crescimento e criação de novos am bientes de ensino, e, n este contexto, a internet, a televisão, além de locais e materiais m ultimeios tornam-se in strumentos essenciais na ampliação deste am biente. A atividade educacional voltada para a agro in dústria na educação favorece essa tecnologia, form ando am biente e com unidades virtuais de estudos div ersificados através de m eios o u m ultimeios sem pre necessários p ara esta com unicação tendo como principal característica a aproxim ação física de professor e aluno. Portanto o uso de um canal de comunicação exige muita interação. No In stituto Federal de Educação Ciência e Tecnolo gia do Ceará – Campus I guatu h á um cuidado todo especial no tocante às atividades voltadas aos laboratórios e ao fin al da avaliação da apren dizagem. 2.2.1. Processo educacional através da Extensão Rural A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 1996) prevê que na oferta da educação básica para a com unidade r ural, os sistemas de en sino po derão adaptar conteúdo s curriculares e metodologias aplicadas às reais necessidades e interesses dos alunos do campo e às peculiaridades da região. A lei foi prom ulgada há quase 13 anos em 20 de dezem bro de 1996, no entanto, a educação contextualizada ain da não é um a prática comum no semi-árido. A contextualização concede o semi-árido como assunto indisp ensável nas salas de aula da região abordada em toda sua riqueza social, cult ural e am biental. Os padrõ es de terra da seca, car ência de ch uv a, sertanejo s fraco s são substituídos p ela ló gica educativa emancip a tória que valoriza a bio diversidade, a cultura, a história, as vivências, a força do povo do sertão. Para isso, a r egião é abor dada levan do- se em conta suas características peculiares, especificidades e dif erenças para que assim , busquem -se alternativas par a a permanência das pessoas da região. Para a pedagogia da alternância, o centro do processo educacional é o aluno e sua realidade. A experiência sócio-prof issional se torna ponto de p artida para a m etodolo gia de ensino de m odo que a teoria está sem pre em função de m elhorar a qualidade de vida do 7 educando. Com o desenvolvimento dessa prática educacional, a tendência é gerar interesse no estudante pelas atividades agr ícolas, aprimorar as técnicas utilizadas pela família e pela comunidade na qual está in serido e, conseqüentemente, evitar a migração do campo para as áreas urbanas, viv er em situaçõ es subum anas além de provocar enorm es pro blem as sociais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB - no inciso II do seu artigo 28, aponta que as escolas de educação básica tem autonom ia par a definir seu calendário escolar de forma independente, desde que a car ga horária total do ano letivo seja respeitada, incluin do adequação do calen dário esco lar ás do ciclo agrícola e às con dições clim áticas ( BRASI L, 1996). Para a secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Err adicação do Trabalho Inf antil (FNPETI) - Isa Oliveir a, a educação deve ser um espaço de garantia de dir eitos e con strução da cidadania, r espeitan do a diver sidade e as especificidades de cada região. Ela reconhece que os conteúdo s e parâm etros pedagógicos da maneira como estão propostos hoje não correspon dem aos interesses da população do campo. Entretanto, é categórica ao afirm ar que é in admissível que o calen dário escolar m ude em função dos perío dos de plantio e colheita, de form a a consentir e até mesmo estimular o trabalho infantil agr ícola. Ao advento da cham ada in dustrialização do cam po, que Kageyam a (1987) situa a partir de 1965, vem somar- se à exten são rural m ais um instrum ento de política pública, o crédito r ural subsidiado, par a cuja im plantação ho uve contribuição de exp erts das organ izações de extensão r ural. Cabe lem br ar que nesta época as univer sidades já h aviam incorporado a discip lina de Extensão Rur al como parte integrante do currículo das Ciências Agrárias. Professores f aziam curso s ministrado s por extension istas e se sedim entava no interior das f aculdades de Agronomia e Veterinária o ensino da exten são rural a partir do m odelo agora claro e sistematizado de Everett Ro ger s e seus seguidores (CAPORAL & FIALHO, 1989). Cr iou-se um modo ef icaz de repro duzir profissionais da agropecuária para assum ir acriticam ente a tarefa difusionista lev ada avante pela ACAR. Ho uve época em que os laços eram tão estreitos entre a ACAR e algun s cur sos de Ciências Rurais que o s profission ais egr essos dos mesmos eram dispen sado s de fazer concurso para in gressar nas em presas de extensão r ural. Note- se que o s curr ículo s também passaram a ministrar regras do crédito rural. A extensão r ural, apar elhada com o crédito à atividade agropecuária, continuo u privilegiando médio s e gran des pro dutores. Diver sos est udos mostram que a fatia do crédito rural contratado com m édio s e pequenos pro dutores ( usando as categor ias que con stam nos relatórios) fo i sempre infinitamente desproporcion al ao seu n úmero e necessidades em relação aos demais. Mesmo assim n ão foram poucos os pro dutores com terra de tamanho reduzido que adquiriram tratores super dimensionados para as suas necessidades e possibilidades de cultivo. Neste período, segun do Kageyama (1987), a in dústria passa a coman dar a direção, as formas e o r itmo da mudança n a base técn ica da agr icult ura. Certam ente este com ando, por força do mo delo, se expressa também na prática da extensão r ural. Com taxas negativas ao longo da década de 1970, o crédito rural transformo u-se no cavalo de batalha da extensão rural, cujo trabalho restrin gia- se quase por com pleto aos procedimentos burocr áticos e à assistência técnica ao em preendimento financiado. A mudan ça da base técn ica na agricultura, con duzida com a decidida p articipação da pesquisa agrícola e da exten são rur al, nos rem ete par a o utra questão que hoje se reveste de fundamental importância: a sustentabilidade ecoló gica e ener gética dos agros eco ssistem as. Vário s estudo s ( COSTA BEBER, 1989) alertam que o s agros eco ssistem as especializados requerem m aiores quantidades de energia auxiliar por unidade de área, de m odo a se perseguir, no curto prazo, m aior produtividade e retorno do cap ital inv estido. I sso, to davia, 8 não garante uma maior eficiência ecoló gico-en er gética, m as, ao contrário, acelera o processo entrópico e a degr adação am biental no s médios e longo s prazo s. A agricultura moderna, alicerçada na esp ecialização exager ada e no uso abusivo de insum os, não-renov áveis, apresenta maior vulner abilidade às oscilaçõ es de preços da ener gia no m ercado internacion al. A dif usão de tecnolo gias inten sivas em ener gias externas aos estabelecimentos increm enta essa depen dên cia e os riscos econôm ico s associado s à pro dução. A questão am biental, contudo, não pode ser tratada in dividualmente. É preciso que se atente tam bém para a gr ande diferen ciação social no setor rur al. Embora a extensão rural n ão tenha se per cebido, e isto se ev idencia pelo p ersistente uso de categorias abstratas e irreais como “pequeno s”, “m édios” e “ gran des” produtores, ho uve no cam po enorm es transform ações sociais, trazendo à tona novos atores, o que precisa ser estudado para se chegar a um entendimento m ais próxim o do p úblico que deveria ser prioritário p ara a at uação extensionista nos anos que se seguiram ao “milagre econômico”. Este cam inho parece aprox imar-se m ais da realidade o bjetiva. Sorj & Wilkinso n (1983), apontam que no caso brasileiro o “processo de transformação das r elaçõ es de produção da agr icult ura se tem dado na direção de: i) depurar as r elações de pro dução capitalistas n as gran des empresas agr ícolas; ii) fortalecer um im portante setor de produtores familiares capitalizados; e iii) ger ar um a massa de pequenos pro dutores pauperizado s (...) ”. Por sua v ez, Nakano (1981) pref ere seguir com a certeza de que existem apenas duas categorias analíticas com conteúdo teórico bem defin ido: pro dutor simples de mercadorias e capitalista (o u em presa capitalista). Duas ref erências básicas precisam ser tomadas par a se propor um a nova Exten são Rural. A prim eir a diz respeito à crise do m odelo de desenvolvim ento im posto ao setor rural, cujo desempenho prático m ostrou-se frágil diante da realidade, excludente e con centrador de renda e da terra, além de ter sido responsável por uma enorm e degradação am biental. A segun da refer ência é quanto à própr ia exten são rur al. Adaptada que fo i ao m odelo, a extensão tradicional torno u-se insuficiente diante do quadro econôm ico- social dele con seqüente. A Extensão Rural po de vir a ser um dos instr um entos para a construção deste nov o paradigm a, capaz de abrir espaços para a construção/recon strução da cidadania da m aior ia do povo brasileiro. Na v isão de Capor al (1991), a extensão con struiu, no p assado mais recente, um conjunto de espaços na esfera p ública, capazes de p erm itir mudanças significativas em seu que - f azer. Se n ão por outras razões, as entidades de exten são r ural e assistência técn ica da esfer a pública ocupam hoje a po sição de destaque entre as instituições do Estado, quer por sua disciplin a, pelo esfor ço de seus técnicos, p elo em penho no sentido de bem ger ir o s recur sos públicos, pela transparên cia e, mais, pela abert ura que tem se operado nos últim os ano s face às dem an das dos movim entos sociais. O Instituto Federal de Educação, Ciên cia e Tecnologia do Cear á – Cam pus Iguatu, é dotado de uma estrutur a de apoio a extensão r ural, possibilitan do o desenvolv imento sustentável entre a fam ília e a terra, estabelecen do uma ideal sinergia através dos pilares sócio s econômicos e am bientais. A palavr a educação tem sido m uitas vezes em pregada em sentido m uito div erso. Para Durkhmeim (1995), ela se constitui na ação que os adultos ex ercem so bre as crian ças e adolescentes. Em toda a sociedade, os sistemas de educação apresentam um duplo aspecto, o de ser ao mesmo tem po múltiplo e uno. Ele é m últiplo no sentido em que há tantas espécies de educação, em determinada sociedade, quantos m eios so ciais diver sos nela ex istirem . Se a sociedade é form ada de castas, a educação varia de uma casta a outra. A educação varia com as classes sociais e com as regiões. A da cidade não é a do cam po, a do burguês não é a do operário. Há, ain da, os f atores her editário s e a diver sidade das profissões que determinam 9 dif erenciaçõ es no s sistemas de educação. Todos esses aspectos acarr etam uma multiplicidade pedagógica. A origem da educação confun de com a origem do próprio ser h um ano que para so breviv er necessitou se adaptar às diversidades existentes, visto que o hom em não se adapta à natur eza, m as ele adapta a natureza a si ( SAVIANI, 1998). Neste caso, po de- se afirm ar que a pesquisa transdisciplinar dif ere da disciplinar por sua pr eocupação sim ultânea com os div ersos n íveis de realidade, super ando um só n ível de a pesquisa discip linar, equacionando-a em função da totalidade. 2.3. A im portância da Agricultura Familiar no Desenvolvimento Sustentável O sem i-árido br asileiro é a m aior ár ea sem i-árida contín ua situada n um só país, caracteriza-se por um a m édia pluviométrica an ual de 750m m, porém mal distribuída no tem po e no espaço, uma vez que apresenta áreas com média pluviométrica anual infer ior a 400 m m concentradas entre 3 e 4 meses ao ano, as águas da ch uv a em gran de parte escoam superficialmente sobr e terrenos formados quase sem pre por rochas cristalinas, solo s rasos e rios intermitentes. A evapotransp iração é em m édia de 2500m m ao ano, e o balanço h ídrico ao longo de meses do ano é negativo. Estima-se que em 750000km² de extensão, vivam aproximadam ente 23 m ilhões de habitantes, entre o s quais, mais da m etade da pop ulação nordestina (LIMA e MARI OTONI, 2002). Os trabalhadores do cam po e seus fam iliares geralmente têm grandes dificuldades de acesso a serviço s m édicos dev ido principalm ente, a distância de seu local de moradia aos centros ur banos e a baix a renda. Vário s estudos com o Kahn (2002), Barr eto (2004) e Reis (2007), apontam que a pop ulação rural no Estado do Cear á é atendida basicam ente por agentes de saúde sen do o atendimento realizado por um m édico ap enas nos caso s mais gr aves. Mesm o assim , quan do este atendim ento ocorre é feito pelo Sistem a Único de Saúde. (SUS). Segun do Soares et al (2007), a interiorização do desenvolvimento não tem alcançado a velocidade e o padr ão econômico desejável para a criação de uma so ciedade econom icamente desejável para a criação de uma sociedade econom icam ente sustentável. Conforme Khan, (2002) e Sousa et al (2005), m ais que a pro dução de riquezas, a educação se con stitui um im portante fator de con quista para a cidadania, participação da vida política com maior consciência e maior engarraf amento na relação terra, capital e trabalho eficientes. Estudo do INEP/MEC, realizado em 2003 mostra que, 2,2 m ilhões de joven s entre 15 e 17 ano s que m oram no m eio rural do Brasil, 34% não freqüenta a escola e só 12,9% dos m atriculados estão no ensino m édio. A pop ulação rural tem escolaridade m édia de 3,4 anos na faix a de 15 anos o u m ais, en quanto a população ur bana conta com 7 ano s; o percentual de analfabetismo na zona r ural é 29,8% e n a zona ur bana 10,3%. Além disso, só 5,2% das escolas r urais tem biblioteca contra 58,6% do s estabelecimentos de en sino ur bano. A desigualdade se mantém em relação a labor atórios de informática (27,9% na cidade e 0,5% no campo) de ciências (18,3% e 0,5%) e computadores (66% e 42%) (BRASIL, 2003) Ações socialmente respon sáveis de incentivo à educação po dem contribuir para m elhorar o baixo nív el de esco laridade do homem do campo, que conform e v erificados em estudo s como o de Souza (2000), Cartaxo (2004), contribui para aum entar a po breza no meio rural. Para Carv alho (2004) o movim ento que hoje se procede no pensar, agir e conduzir os debates a cerca do m odelo de desenvolvimento apropriado p ara o sem i-árido aponta p ara a falência da ló gica do com bate a seca e a emergência da lógica da conv ivência com o o sem i10 árido, ou, a f alên cia da lógica, técn ica- economicista par a a emer gên cia da lógica ambiental sistêm ica. A pedago gia da conviv ência pressupõe com plem entaridade e interdepen dên cia. A proposta de aprender a conviv er com o semi-árido trabalha o sentido das coisas a partir da vida cotidiana. Opera na dimensão com unitária, através da atuação do nível micro, onde é possível desenvo lver novas per spectivas para a reapropriação subjetiva da realidade e abr ir um diálo go entre conhecimento e os saberes tradicionais (MATTOS, 2004). 2.4. Avaliações da Aprendizagem Quan do o aluno realmente produz o seu conhecim ento com autenticidade, criticidade, criatividade, dinamismo, entusiasm o, ele questiona, inv estiga, interpreta a inform ação, n ão apenas a aceita como um a imposição. Para que este aluno realmente tenha com o m eta segura a internalização de seus conhecimentos, é preciso que os professores trabalh em com projetos; em que o aluno apren de particip an do, formulando problem as, ref letin do, agin do, investigan do, con struin do novos conhecim entos e informações, pro blematizan do, seguin do um a trilha m otivacional e, que o professor ao trabalh ar com projetos possa tornar o ensino atrativo e de qualidade, despertando a conscientização de um a nova maneira de en sinar, uma nova post ura pedagógica, levando o s alunos a descobr ir, inv estigar, discutir, interpretar, raciocinar, e cujo s conteúdo s devem ser conectados a um a problem ática do contexto social, político e econôm ico do aluno, significando o utra maneira de repensar a prática pedagó gica e as teorias que a embasam . Pretende- se com as mudanças m etodoló gicas no ensino, uma prévia reform ulação do s conceitos, em decorrência da qual se coloca o requerimento para redim ensionar a atitude do docente: sua visão de aluno e seu relacionamento com este, assim com o o enfoque dos conhecim entos a serem rep assados, que pela ló gica da disjun ção cost umam ser tratados com o “conteúdo s”, e criar novos e outros critério s de avaliação ( SANTOS, 2003). O I FETE/CE, Camp us I guatu desenvo lve suas atividades de extensão por m eio de um órgão denom inado SETAGRI ( Serv iço Técnico de Apoio Agríco la), sen do que esse órgão tem como fun dam ento básico o con stante estím ulo ao hom em do cam po para atender à demanda de pro dução prim ária par a a sociedade, necessitan do, par a isto que as atividades desse homem sejam realizadas com qualidade para que alcance o s o bjetivos traçado s. Os programas de extensão da SETAGRI, portanto estimula o homem do cam po (produtores) a acreditarem em si m esm os por m eios da aplicação da educação e do treinamento, buscan do aum ento de sua pro dutividade, assim o SETAGRI presta serviços de consultoria técnica- científica e cap acitação nas ár eas de agricultura, zootecnia, agroindústria e desenvolvimento social par a or ganizaçõ es sociais , em presas públicas o u pr ivadas e elabor a, im planta e acom panha projetos e ações de inser ção e desenvo lvim ento social na microrregião do médio Jaguar ibe. Com essa visão o campus I guatu, através do SETAGRI, estabelece parcerias com as comunidades do seu âm bito regional para que as mesmas passem a assistência técnica, que são of erecidos pelos alunos do últim o per ío do do ensino técn ico, po is o s trabalhos oferecidos pelo SETAGRI são uma forma de co locar o fut uro técnico com a sua r ealidade f uncional. Nesse trabalho voltado para a contextualização do en sino e de aprendizagem, o SETAGRI, com a atuação dos educando do últim o perío do, so b a coor den ação de um professor, adota cada comunidade, lota um técnico em cada área de atuação (agricultur a, zootecnia e agroindústria, etc.) par a o s desenvolv imentos do s trabalhos, que se estendem da visita inicial até a interm ediação da com ercialização dos produtos, t udo descr ito em um único plano de aten dim ento elabor ado pela equip e. 11 A participação do estudante da no ssa Instituição nos trabalhos de exten são se dá da seguinte form a: o aluno tem que estar regularm ente m atriculado no s cur sos técnicos do Instituto, freqüentan do as aulas e depois de ser observado por um professor da área em que o m esm o pretende atuar, ainda dev erá preencher os seguintes requisitos: • Ter no m ínim o 16 anos; • Ter domínio de conteúdo na área que irá atuar ; • Ter disponibilidade de tempo; • Ter espírito de equipe; • Ter comprom etimento; • Ser com unicativo; • Ser or gan izado; • Ter bom rendimento escolar; • Entregar carta de recomendação assinada por um professor do In stituto; • Entregar curriculum vitae; • Apresentar uma palestra na área em que deseja at uar A partir do preenchimento desses requisitos, o aluno orientado, passa a desenvolver trabalhos de extensão que são : acompanhamento, técnico nas comunidades (cadastramento, capacitações, visitas, m ontagem de projetos e plano s de negócios), acom panham entos de produção, av aliação do trabalho e inser ção do s produtos no mercado. Dessa form a, o aluno técnico passa a lidar com sua própria r ealidade e com eça a valorizar sua apren dizagem, integrando-a ao m eio em que viv e. Segundo Nildecoff (1982), “... a reali dade do homem como ser históri co, criador de culturas, enfatizando os homens de seu tempo, apli cando a ori ent ação da técni ca do fazer fazendo, por meio da context uali zação, da vivênci a e de aplicação dos conheci ment os adqui ridos” (pag. 25) 2.5. C adeia Produtiva da Banana O Brasil não é apenas o m aior pro dutor mun dial de ban ana, m as tam bém o maior consumidor da fr uta fresca, e an ualmente são produzidas de 5 a 7 milhões de toneladas (FAO, 1990). Todavia, contribui com menos de 3% do total de banan as do m ercado internacional (FRUTAS, 1985). A in dustrialização com o suporte à agricultur a faz- se necessária não só para aproveitamento dos excedentes de pro dução, mas também par a diver sificação de pro dutos para con sumo e alternativas de con serv ação da banana (ALVES, 1999). Na in dustrialização da ban ana po dem ser obtidos vário s pro dutos, dentre os quais: purê (na form a asséptica, congelada, acidificada e preserv ada quimicamente), néctar, fr uta em calda, pro dutos desidratado s, (p assa liof ilizada, floco s, farinha), “chip s”, doces diverso s e produtos f erm entado s. A cultivar Nanição, tanto na industrialização como na exportação da fruta fresca, é o que apresenta melhor es características de form a, tamanho. Arom a e sabor, 12 poden do com petir com a banana produzida em outros países de clima tropical, tradicion ais exportadores da fr uta (MARTINS et. al., 1985 ; MEDI NA, 1985). Seguem abaixo a descrição técn ica dos prin cipais produtos de banana: PURÊ - é o pro duto obtido pelo esm agamento da fr uta seguido de um m étodo de conservação adequado. Existem diferentes tipo s de purê, que são classif icado s de acor do com a tecnolo gia em pregada: asséptico, acidif icado, con gelado, e pr eservado quim icamente. O purê de banan a é utilizado no Brasil como base para elaboração de o utros pro dutos, tais com o: doce de massa, néctar, geléia, sorvete, io gurte, dentre (ALVES, 1999). No mercado internacional, o p urê da banan a é utilizado, principalmente, na produção de “baby foo ds”, e em m enor escala com o flavorizante de sorvete, biscoito e bolo (W ILSON, 1975). NÉC TAR - constitui uma mistura de p urê, água, açúcar e ácidos orgânicos em proporções variáveis. Conform e recom en dações de Martin et al. (1985), a elaboração de néctar de banana processa- se misturando 40 partes de p urê, o u po lpa, com 60 partes de xarop e de sacarose a 25 ° BRIX, adicionan do-se ácido cítrico para o abaixamento do pH as redor de 4.2 SUCO - a obtenção de suco de banana clarificado e concentrado norm alm ente é efetuada através da redução de visco sidade da polpa com o uso de enzim as o u compostos que atuam de maneira sim ilar (ALVES, 1999). BANANA-PASSA - a banan a-passa é o produto obtido pela per da parcial da água da fruta madur a, inteira o u em pedaços, para processo s tecno lógicos adequados. A Com issão Nacional de Normas e Padrões para Alim entos (1989c) estabelece que o pro duto dev a ser preparado com fr utas m aduras, sãs e limpas, isentas de matéria terrosa, de parasitas, e de detritos anim ais e vegetais. As car acterísticas sen soriais são estabelecidas de acor do com o aspecto, em que as frutas deverão estar inteiras o u em pedaços de con sistência própr ia, n ão esmagadas, com cor, cheiro e sabor próprio ; o único controle físico- quím ico estabelecido é o teor de umidade, que no m áximo dev e ser igual a 25% (p/p) ; os p adrões micro bioló gicos exigidos são: bactérias do gr upo co liforme – m áximo 10²/g; bactérias do gr upo coliforme de origem fecal – ausência em 1 g; salmonelas ausên cia em 25g ( ALVES, 1999). BANANADA - segundo Silva (1997), nos dias atuais em que tanto se propaga o controle de qualidade nos produtos alimentícios, é de suma importância identificar se o que estam os com endo é de bo a qualidade e se está sen do cum prida a legislação estabelecida quanto ao s padrões de qualidade e h igiene. De acor do com Go ubart (1979), o doce em pasta v em se con stituindo no s últim os anos, com o umas das melhores opções, tanto para os produtores com o para as in dústrias. Para os pro dutores, porque têm nas in dústrias uma garantia para colocação de seu pro duto. Para as indústrias, por que po dem usar m atéria-prim a m ais bar ata, por não ser o tipo de pro duto muito exigente em term o de uniformidade da fruta. O Do ce em Pasta segun do a r eso lução Norm ativa n ° 9, de 1978 do D.O. U, de 11 /12/7 8 da Câmara Técnica de Alim entos do Conselho Nacion al de Saúde, é um produto resultante do processam ento adequado das partes comestíveis desintegrados de vegetais e aditivos permitidos por estes padrões, até um a consistência apropriada, sendo finalmente acon dicionado de forma a assegurar sua perfeita conservação. Canécchio Filho (1985) afirma que entre os doces em massa, f abricados de frutas, bananada é o mais f ácil de ser prep arado. A banan ada con stitui-se um dos pro dutos r esultantes da in dustrialização de fr utas em nosso meio. É também o produto campeão de con sum o em nossas m esas e de fácil conservação pela concentração em açúcar e pelo teor ácido que apresenta. 13 A classif icação do doce em m assa de banana é dada por simples, po is a banan a é preparada com uma única espécie de vegetal, sua consistência é em m assa o u em pasta porque possibilita o corte, e é design ada pela aposição do sufixo “ada” ao nome da fr uta. W ille et al. (2004) afirm am que n a técnica industrial, a pectina entra com o coadjuvante que é adicionada na quantidade máxima de 2% com finalidade de o btenção de um a ótim a consistência do doce em massa. De acordo Jackix (1998), em consonância com o Código Nacional de Saúde, o lim ite m áximo permitido do ácido cítrico, tartárico, ácido lático e m álico é de 0,2%, já p ara o fósforo é de 0,1%, isto por que ele apresenta um m aior gr au de ionização e po der quatro vezes m ais forte que o ácido cítrico, relação à dim in uição o p H. Com a adição de p ectina e do ácido, pode- se o bter com m ais uniform idade um produto dev idamente concentrado e de bom sabor (CANÉCHI O FILHO, 1985). A banana, devido a suas características sensoriais, mostra-se apropriada para fabricação de do ces, cremes, sorv etes, etc. Os doces em m assa de banan a são conhecidos como ban anadas, de consistência mais dur a, po dem ser cortadas em p equeno s tabletes, açucar ados com gran de aceitação p elos con sum idor es (MANI CA, 2000). Go ubart (1997) e a Com issão Estadual do Planejamento Agrícola da Paraíba – CEP A (1985) afirm a que o processo produtivo para fabricação de doces em massa é simples. Tratase de um a atividade possív el de ser realizada através da tecnolo gia rudimentar ou de form as m ais sof isticadas. Segun do a CEPA (1985), algum as in dústrias compram a m atéria-prim a de acor do com o teor de açúcar e do seu tam anho uniforme. A matéria-prima para o btenção de doces em m assa po de estar com um gr au de m aturação elevado, por ém nunca em estado de sen escência. 2.6. Sistema de G arantia da Segurança de Alimentos na C adeia Produtiva de Alim entos. 2.6.1. Im portância das boas práticas de fabricação na produção de alimentos. BPF são procedimentos e processo s que garantam a segurança no processamento de alimentos, resultan do em produto seguro p ara o con sum idor e de qualidade uniform e. Melhoria do am biente de trabalho, motivação aos f uncion ário s, aten dimento ao s requisitos da legislação (Portaria 326/97 do Ministério da Saúde e Portaria 368/97 do Ministério da Agricultura) são o utras vantagen s. A gar antia do sucesso da im plantação do programa de BP dep en de do comportamento da direção da empresa. É importante que este apo io esteja evidente para todos os colaborador es, o s quais tam bém devem ser con scientizados e mobilizado s so bre a im portância do atendimento ao programa em relação ao s aspectos técn ico s, econômico, seguran ça e legal. Os Procedim entos Operacionais Padronizados (POP) formalizam a ap licação de requisitos fundamentais do pro grama de BPF e têm car acterísticas em com um com o APPCC. O POP inclui o desenvolvim ento de um plano escr ito de procedim entos que devem ser monitorizados e nos quais açõ es corr etivas devem ser tomadas quan do ho uver em desvios dos limites estabelecido s. As ações corretivas dev em ser tom adas imediatamente após a detecção dos desvio s, por ém é de fun dam ental importância o levantam ento das causas que gerar am estes desvio s para preven ir que o s mesmos ocorr am novamente. De acor do com o RDC No. 216 de 15/09/2004 (ANVISA), os estabelecim entos alimentícios devem cum prir os seguintes Procedim entos Oper acionais Padrão (POP): 14 PO P Portabilidade da Água - A água que entra em contato com o alimento, ou com as superfícies de contato para o alimento, ou utilizada p ara a fabricação de gelo deve ser de um a fonte potável segura. PO P Higiene de Equipam entos, Móveis Utensílios - As superfícies de contato com alim ento devem ser construídas com material a prova de corro são e de f ácil lim peza e santificação; e devem ser ef etivamente lavadas e desinfetadas. I sto também se aplica as luvas e vestimentas de trabalho. PO P Higiene e Saúde dos Manipuladores - Manter as instalações para lavagem de mão e os serviço s sanitários em boas con diçõ es de m an utenção e prov idos com solução desinf etante. Controlar a saúde dos co laboradores de forma a evitar a contam inação m icrobio lógica dos alim entos, materiais de embalagem e das superf ícies de contato com o alimento. PO P Controle Integrado de Pragas - Os Pop r elacionados ao controle integrado de vetores e pragas urban as devem contem plar as medidas preventivas e corr etivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e o u a pro liferação de v etores e pragas ur banas. No caso da adoção de controle quím ico, o estabelecim ento deve apresentar comprovante de execução de serviço fornecido pela empresa especializada contratada, conten do as inform ações estabeleci das em legislação sanitária específica. 2.6.2. Identificação e controle dos pontos críticos (PCC) Permite à equipe APPCC conh ecer descrever o processo de prep aro. É a base par a a identificação do s PCC e para a aplicação das medidas preventivas relacionadas com os perigos identificados. Determ inadas inform açõ es devem ser consideradas e descritas separ adam ente, tais com o: ingredientes utilizados, procedimentos em cada etapa de preparo, equipamentos e uten sílios usados, origem e pro cedência da contaminação, con dições de tempo e temperatura às quais o s alimentos são submetido s em cada etapa de preparo. Ponto Crítico de Controle (PCC) é qualquer ponto, etapa ou procedimento no qual se aplicam medidas de controle (preventivas), par a m anter um perigo sign ificativo so b controle, com objetivo de eliminar, prev enir o u reduzir os risco s à saúde do consumidor. As Boas Práticas/P OP, adotadas com o pré-requisito do sistema APPCC, é capaz de controlar muito dos perigos identificado s (pontos de controle – P C). Porém , aqueles que não são controlados através do s pro gram as de pré-requisitos devem ser con sider ados p elo sistema APPCC. Os PCC são os pontos caracterizado s como críticos à segurança e suas ações e esforços de controle devem ser, concentrado s. Quando o conceito de perigo inclui aspectos de deteriorações, qualidade e o utros, a distinção entre PC e P CC deve ter por base o que é considerado com o crítico para o controle do perigo. 2.6.3. A análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC ) e produção segura de alimentos. O sistem a APP CC é um do s temas m ais abor dado no s cenários nacionais e internacionais e con sider ado como um a im portante ferramenta para a gestão da garantia da qualidade e segurança dos pro dutos alimentícios. Sua utilização é recomendada p elo Codex Alimentares e o utros ór gão s internacion ais. O Brasil, por meio da Portaria 1428/93 do Ministério da Saúde, adoto u o sistema APPCC p ara avaliação da eficácia e efetividade dos processo s de produção, distribuição, comercialização e con sumo dos alimentos, de forma a proteger a saúde do consum idor. Em 10 de Fever eiro de 1998, o Ministério da Agricultura publicou a Portaria n úm ero 46, instituin do o sistem a APP CC, com im plantação gradativa, nas 15 indústrias de produtos de origem animal, de acor do com o Manual Genér ico de Procedim entos anex am à Portaria. A ef icácia do sistema é bem reconhecida e a sua aplicação a um processo em particular r esulta na cr iação de inúm eros pontos críticos de controle e m edidas para seu controle e verificação. As medidas dadas nesta recomen dação de higiene def inem um núm ero universal de pontos crítico s de controle, que devem ser esperados de acor do com a natureza das operaçõ es de fabricação. Certos pro dutos, pro cessos e práticas po dem ser da maior importância do que o utros e devem ser analisadas em um contexto particular, usando o sistem a APPCC, que irá estabelecer quais aspectos higiênicos são abor dado s e quais devem ser enfatizadas para gar antir a segur ança do alim ento. Adotado pelos principais m ercado s m undiais, esse sistema assegura que o s produtos industrializado s sejam elaborado s sem risco à saúde pública, apresentem padrõ es uniform es de identidade e qualidade e atendam às legislaçõ es nacionais e internacionais refer entes ao s processos sanitários de qualidade e de integridade econôm ica. A APPCC n ão é um sistem a In speção, mas sim um Sistema Dinâmico de Controle de Qualidade que fornece valiosas inform ações ao sistem a clássico de in speção. Os beneficiár ios do sistem a APPCC são os seguintes: a) conferir um caráter prev entivo às operações do processo industrial; b) orientar para uma atenção seletiva nos controles de pontos críticos; c) sistem atizar e docum entar o s controles de pontos cr íticos; d) garantir a produção de alim entos seguro s; e e) oferecer oportunidade de incr ementar a produtividade e a competitividade. Os requisitos básicos para a instalação dos pr incíp ios do sistema APP CC na indústria, são a sen sibilização par a a qualidade, o com prometimento da direção da em presa com o programa e o com prometim ento da alta dir eção da empresa com todo o processo. O progr ama APPCC é desenvo lvido por meio de uma seqüência lógica de etapas assim distribuídas: 1) identificação com pleta da empresa; 2) av aliação dos pré-requisitos; 3) formação da equipe responsável pela elaboração e instalação do programa APPCC; 4) seqüên cia ló gica de aplicação dos princípios APPCC; 5) encam inhamento da documentação para avaliação técnica do pro grama APP CC pelo DIPOA; e 6) aprovação, in stalação e validação do pro gram a APPCC. 16 3. MATERIAIS E MÉTO DO S A pesquisa fo i desenvolv ida no setor de agroin dústria (unidade de processamento de frutas e hortaliças) do Instituto Feder al de Educação Ciências e Tecno logia do Ceará Camp us I guatu, e na com un idade do Quixo á m unicípio de Iguatu – CE. 3.1. C aracterizações dos Sujeitos da Pesquisa 3.1.1. G rupo de estudantes Para a av aliação da aprendizagem , a amostragem foi composta por dois grupos de alunos, o Grupo Teste e o G rupo Controle. Sendo o prim eiro gr upo composto por 20 alunos do Curso integrado de Agroin dústria da 2ª série 4° per ío do. Esse gr upo foi denom inado de G rupo Teste, no período da m anhã cur savam as disciplinas de formação geral ou propedêutica e no perío do da tar de as disciplinas da parte técnica. O Grupo Teste (figura 1) no momento da inserção na pesquisa não havia tido n enh um conteúdo da discip lina de processam ento de fr utas na qual está inserido o conteúdo de processam ento da banana. Dos 20 alunos do gr upo teste, 13 do sexo masculino e 07 do sexo feminino, com faixa etária entre 15 a 18 anos. E o segun do grupo composto também por 20 alunos denom inados de controle, esse grupo já havia cur sado a disciplin a de processamento de fr utos no sem estre anterior ao início da pesquisa, n essa discip lina está in ser ido o conteúdo de pro cessam ento da ban ana. O Grupo Controle foi form ado por alunos que já haviam concluído o ensino m édio, cham ado de subseqüente ou pós-m édio, fazen do som ente as disciplinas da parte técnica no IFET- CE campus I guatu. Dos 20 aluno s, 11 alunos do sexo masculino e 9 do sexo f em inino, com idade entre 25 a 35 ano s. Figura 1 – Foto do grupo de estudantes (Gr upo teste). 17 3.1.2. G rupo da comunidade Para escolha do grupo da comunidade que participo u da pesquisa foram levado s em consideração alguns critério s como: lo calizar- se m ais próxim o do I FET-CE camp us I guatu; ser de fácil acesso e possuir m aiores n úm eros de pro dutores de banana, e a comun idade do Quixoá, foi a que m ais se adequo u a essas condições. O gr upo de pro dutores e fam iliares (figur a 2) foi com posto por 17 pesso as sen do 10 do sexo m asculino e 7 do sexo f em inino com faixa etária entre 25 a 55 ano s. Após a conclusão de todas as etapas que compreen deram a sua apren dizagem usando a m etodologia de projeto, e assim, os alunos que compuseram o gr upo teste, prepar am as m esm as atividades que desenvo lveram na unidade didática par a a com unidade como atividade de extensão. O conteúdo foi selecionado pelos próprios aluno s do gr upo teste incluindo desde a m atéria-prim a até o produto processado. Produtores e fam iliares p articiparam da atividade de extensão r ealizada pelos aluno s do 4° per íodo (gr upo teste) da habilitação de agroin dústria, ministrando conteúdo s teóricopráticos. Figura 2 – Foto do grupo da com unidade do Quixoá. 3.2. Metodologia do Processo Pedagógico O método usado para a obtenção das informações seguiu as recomen dações de Mattar (1999), o qual af irm a que a forma tradicional par a coleta de dados prim ários é por m eio da comunicação direta com o detentor dos dados, sen do a informação obtida pelo própr io respon dente, o que r ecom en da o uso de entrevistas e de questionários. A avaliação da apren dizagem consistiu em in duzir os alunos a p articipar em de novas m etodologias de ensino, dinâmicas interativas, bem como assimilarem novos conhecimentos e tecnologias de processamento de banana e, a im portância da agr icult ura familiar no desenvolvimento sustentável no meio r ural. Nesta pesquisa, os alunos foram av aliados por dif erentes m étodos, sendo eles: Questionário s de avaliação usan do o m étodo de atitude do in div íduo (anexo 3); Questionár io 18 de avaliação com o nível de conhecim ento e segur ança no curso de extensão (anexo 5) e observação nas atividades em sala de aula (teóricas e Prática) e no curso de extensão. (anexo 2) e (anexo 9) Para a av aliação da apren dizagem, os aluno s do gr upo teste for am submetido s a quatro avaliações: a primeira imediatamente à form ação do gr upo. A segunda após a inserção na pesquisa e conhecim entos de todas as atividades da mesm a. A terceira apó s a execução teórica prática ver quadro 1 e, a quarta e últim a etapa após a atividade de extensão, na qual os alunos do gr upo teste foram avaliados diretam ente pelos produtores ( anexo 5). Já o grupo controle foi subm etido somente a uma av aliação usan do o questionár io com o m étodo de atitude do indivíduo (anexo 3), por que to dos os alunos desse gr upo já hav ia concluído, no semestre anterior o u seja antes ao início da pesquisa, to do o conteúdo a respeito da cadeia pro dutiva da banana, enquanto que no gr upo teste, a medida que o conteúdo era m inistrado os questionário s eram aplicados. Para os dois gr upos foram utilizados metodolo gias de ensino dif erentes, en quanto no gr upo controle a metodologia utilizada foi a tradicional, no gr upo teste foi o método de projeto. 3.2.1. Avaliação dos estudantes através de questionários Os questionár ios usados neste estudo com o instr umento de co leta de dados, foi de caráter in dividual com per guntas f echadas (anexo 3) com abor dagens específicas a cer ca da cadeia pro dutiva da banana. A linguagem utilizada no questionár io foi simples e objetiva para que o aluno compreendesse com clareza os questionam entos. Q uestionário com o método de atitude do indivíduo - foi o primeiro Instr umento de Avaliação, construído na form a de um questionário, form ulado com 20 itens que foram selecionados a partir do conteúdo program ático da disciplina com os quais foram form uladas afirm ações, sendo todas de caráter po sitivo, par a a avaliação foi con struída uma escala de avaliação de atitude do indiv íduo. Con sideran do que todas as af irmações foram positivas, n a escala foram atribuídos valor es a cada categoria: na categoria “concordo muito” foi atribuído nota 7; na categoria “não concor do nem discor do”, fo i atribuído nota 4 e na categoria “discordo muito” foi atribuído nota 1. Através deste método de av aliação, foram coletados dado s em três fases da pesquisa, sen do a pr imeira con sidera como Teste I (após a formação do gr upo de sujeitos), a segun da com o Teste II (após a in serção dos conceitos teóricos) e a terceira como Teste III (apó s a in ser ção das atividades práticas). Q uestionário de avaliação da atividade de extensão - foi desenvolv ido com itens pertinentes às atividades do pro grama de extensão, sendo este respondido pelo s produtores rurais que compuseram o gr upo de extensão, que usaram o instrum ento para avaliar a atividade que havia sido desenvolvida pelos estudantes. Este instrum ento foi aplicado no último dia do cur so de extensão. (anexo 5) Na atividade de extensão os alunos utilizaram dinâm ica de gr upo, que foram explorado s conteúdo s teórico-práticos ministrado s durante o treinam ento. Outra avaliação foi durante as pr áticas, onde os participantes das atividades r epetiram todos o s processamentos de fabricação da bananada, caben do aos alunos som ente o acompanham ento, e por último a avaliação on de o s cursistas avaliar am os aluno s nos quesitos: clar eza de lin guagem , domínio do conteúdo, habilidades na transmissão, conceitos, pontualidade, utilização de materiais recursos didáticos entre outros com o consta nos anexo s. 19 3.3. Avaliações Técnicas do Produto Ela bora do O Fluxogram a do processam ento da banana encontra-se apresentado na f igura 3. M atériaPrim a e Seleção Armazenamento Pesagem e Lavagem Fe cham ento e Rotulagem Sanit ização Envase e Exaustão Despolpamento ( Branqueamento) Pesagem Form ulação e Concentração Figura 3 – Fluxo grama da cadeia produtiva da ban ana. As etapas do fluxo grama compreen deram os iten s abaixo descritos com seus respectivos informes técnico s. MATÉRI A-PRIMA – ( Banana): tem que ser de boa qualidade, não dev e apresentar nenh um def eito como: am assamento, cortes ou outras injúrias que venha a comprom eter o processo e apresentar algum defeito no pro duto final ( doce); SELEÇÃO – Na seleção devem os descartar todos o s fr utos que apresentem quaisquer defeitos sempre priorizar banan as de boa qualidade, selecionar também pro dutores que tenham comprom isso, o u seja, que forneça banana durante o ano inteiro. Na seleção devemos ter o cuidado de não utilizar banana muito m adura por quer po de hidrolisar a pectina fazendo com quer a banan ada não der corte; PESAGEM – O objetivo da pesagem é pra calcular os custos de produção e saber se o processam ento está o u não sendo v iável; LAVAGEM – Retirar sujeiras da superf ície (casca), para n ão com prometer o processam ento; SANITIZAÇÃO – É feita com um a solução de água clor ada a 10ppm, esta etapa tem como finalidade rem over ev entuais micror ganism o presente na casca da banan a; 20 DESCASCAMENTO – É feito man ualmente utilizan do f acas de inox bem lavadas e esterilizada em água quente; BRANQUEAMENTO - É um tratamento térm ico que é aplicado na ban ana após o descascam ento pra evitar o escurecimento enzimático; DESP OLPAMENTO – Nesta etapa a banana apó s ser bran queada é f eita a desintegração e refino da polp a, que podem ser utilizadas tanto a despolpadeir a como liquidificador industrial; PESAGEM – A pesagem da polpa é feita para calcular todos o s in gredientes da form ulação ; FORMULAÇÃO – Na formulação é calculado to dos o s in gredientes que irão dar o ponto final no produto acabado (banan ada). CONCENTRAÇÃO – Nesta etapa adicionam -se todos os in gredientes da form ulação com exceção da pectina que é colocada som ente quan do o só lido solúvel (SS) do do ce atin ge 55º BRIX, porque a pectina é muito susceptível a cozim ento por período prolongado, poden do hidro lisar e apr esentar um defeito no corte depo is do pro duto acabado. Na fabr icação da bananada pra duas form ulações com e sem glicose o doce está no ponto quando atinge entre 65 a 68º BRI X; ENVASE – É o processo pelo qual coloca o pro duto na em balagem , esta etapa é feita lo go após a concentração. Depo is do env ase faz- se o recravam ento e em seguida ef etua-se a viragem da embalagem que tem com o finalidade esterilizar a tam pa. EXAUST ÃO – Na exaustão co loca as em balagen s submersas em água a 90 ºC, controlando a temperatura de m odo que a mesma caia de 20 em 20º C adicionan do água fria até que atinja a temperatura ambiente; ROTULAGEM – O rótulo deve trazer todas as informações do pro duto par a o con sumidor, desde a composição n utricional até per íodo de validade. ARMAZENAMENTO – A banan ada é armazenada em tem peratura am biente, o local deve ser fr esco e ar ejado. As p ilhas não podem ser muito alta no m áximo sete caixa por pilh a, elas devem ficar mais o u m eno s 20cm do piso e 30cm das p aredes pra evitar que peguem um idade; Para a pro dução do produto doce de banana em massa ou bananada foram usadas duas formulaçõ es, sen do uma delas com a adição de glico se e a o utra sem a adição com glicose, conforme descrito abaixo: Fo rm ulação com Glicose Polpa de banana - 50% Sacarose - 42% Glicose - 7% Pectina - 1% Ácido cítrico - 5g/3 k g de polpa Benzoato de sódio -1 g/3 kg de polpa Fo rm ulação sem glicose Polpa de banana - 50% Sacarose - 48% Pectina -2% Ácido cítrico - 5g/3 k g de polpa Benzoato de sódio -1 g/3 kg de polpa Observação: Os con servantes tanto ácido cítrico como benzoato de sódio não entram na formulação como percentagem (%). 21 O pro duto doce de ban ana em massa foi usado com o o bjeto neste estudo para que pudéssem os aplicar o s conhecim entos da cadeia produtiva da banan a e p erm itir que o estudante compreen desse o contexto de unidade, sem fragm entação. Buscando f azer a interdisciplin aridade através da utilização do m étodo de projeto como instrum ento de ensino. Assim , após a elaboração do produto, foram processadas as avaliações laboratoriais pertinentes da cadeia pro dutiva dentre elas destacaram -se: análises físico- químicas, m icrobio lógicas e sensoriais. Para esta etapa do projeto, foi necessária a interdisciplinaridade com as discip linas de micro biolo gia, química e físico- quím ica, controle de qualidade. 3.3.1. Análises físico-químicas pH - determ inado através da diluição de 10 g de amostra para 100 mL de água destilada, utilizan do-se potenciômetro com membrana de vidro ( AOAC, 1984). Acidez - determ inada através da diluição de 1 g da am ostra para 50 ml de água destilada com adição de 2 gotas de f enolftaleína (1%), on de foi titulado com solução de NaOH (0,1N) até o aparecimento da coloração rósea. Os resultados foram expressos em percentagem de ácido cítrico, conforme o Instituto Adolfo Lutz (IAL, 1985). Sólidos Solúveis - É determ inado através de refr atôm etro manual (ATAGO – ATC – 1E, Hand Refractôm etro N-1a) com escala variando de 60 a 90 ºBRI X (AOAC, 1984). 3.3.2. Análises microbiológicas As análises microbiolo gias foram realizadas no laboratório do Nutec - Fun dação Núcleo de Tecnolo gia Industrial do Ceará o que dificultou participação direta dos aluno s. Assim a sua participação fico u limitada à an álise do s resultado s. Os p arâm etros m icro biológico s foram aqueles requerido s pela Legislação Brasileira para Alim entos. Para a realização dos ensaios foram seguidas às diretrizes ger ais do Méto do da (APHA, 2001). 3.3.3. Avaliação sensorial Aceitação - A avaliação da aceitação foi r ealizada no Laboratório de An álise Sen sorial da Em br apa Agroin dústria Tropical, com a particip ação dos alunos como provadores das am ostras. Porém , esses alunos p articipar am da análise do s seus resultados, o que lhe possibilitou uma melhor compreensão da abor dagem da metodologia análise sen sorial para a proposta do projeto. Foi usado um teste de aceitação, utilizan do- se escala hedônica estrut urada de 9 pontos, varian do de desgostei m uitíssim o (nota 1) a go stei muitíssimo (nota 9) (Figura 20) utilizan dose 30 provadores não treinados (MEILGAARD et al., 1987). As amostras for am apresentadas aos provador es em pratos de plásticos descartáveis, sem associação de qualquer outro alimento, codificados com três algarism os aleatórios. Cada amostra foi con stituída por cerca de 20 g de bananada, a temperatura am biente. Os provadores usaram a ficha do teste apresentado no (anexo 5) para o desenvolv imento dos testes. Foram tam bém coletados nestes testes, inform ações relevantes para a an álise do s resultado s obtido s no s testes, como os fatores que influenciaram na aceitação bem como a identificação do gr upo de con sum idores para o produto. 22 3.4. Tratamentos Estatísticos Os resultados do s testes p ara av aliação do processo de aprendizagem foram analisado s por teste de Buferron i com nível de signif icância de 5%, usan do o soft ware SLSTAT versão 4,0. Os resultado s das an álises físico-químicas e sensor iais foram avaliados por análise de variância e teste de Tukey a 5% de pro babilidade. 23 4. RES ULTADO S E DISC USSÃO 4.1. Avaliação da Aprendizagem A metodolo gia utilizada neste est udo contribuiu para que os estudantes pudessem participar de um a atividade inserida na sua rotina escolar, no entanto, esta foi organizada de tal forma que eles p udessem com preender cada um a das suas etapas e que, os conteúdos teóricos e pr áticos abordados na disciplina de processam ento de frutas p udessem ser transform ado s em um a dinâmica ain da não experim entada por eles no âm bito escolar. Desta forma estes est udantes p assar am a assumir responsabilidades que ex igiam não apenas conhecim ento m ais tam bém o exercício da prática deste conhecimento, em cada uma das suas etapas. Assim , eles experim entaram, dentro do seu am biente escolar, a possibilidade de pensar, agir, decidir, lidar com as suas in certezas e buscar fun dam entos para as suas propostas. I sto fez que eles sentissem a necessidade de se or ganizarem em grupos p ara a execução das suas tarefas, assumido de form a responsável e amadurecida cada um a das propostas do projeto que fo i desenvolv ido. Figura 4 - Foto do gr upo de estudantes em aula prática dur ante as atividades didática. 4.1.1. Avaliação durante as atividades teóricas e práticas da disciplina No Quadro 1 encontram -se apresentado s o s valores médios p ara cada sujeito do Gr up o Teste em relação ao instr um ento de avaliação de atitude dos indivíduos que uso u uma escala numérica de sete pontos, em relação as três avaliações (T1, T2 e T3). Nos r esultado s, foi verificado que os sujeitos apresentaram um aumento gradativo no seu nível de concor dância com as afirm ativas que comp useram o nosso in strumento de 24 avaliação, em relação ao seu n ível de conhecimento, quanto aos saber es técnicos relativos à cadeia pro dutiva da ban ana. Q uadro 1 - Valores médios par a cada questão par a o Gr upo Teste n as três av aliações (T1; T2 e T3). Sujeitos T1 DP A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A10 A11 A12 A13 A14 A15 A16 A17 A18 A19 A20 Média geral 5,1b 4,5b 5,2b 4,1c 5,1c 5,2b 4,5b 5,4b 4,7b 5,7b 6,0b 4,9b 4,3b 5,7b 5,1b 5,9b 6,7a 5,1b 3,5b 3,7b 1,518 CV % 29,8 1,669 1,436 1,410 1,373 1,496 1,147 1,142 1,785 1,089 0,999 37,5 27,6 34,4 26,9 29,1 25,5 21,2 38,4 19,3 16,8 2,337 0,967 1,387 1,234 0,813 0,571 1,373 1,317 1,302 47,7 22,7 24,5 24,4 13,9 8,5 26,9 38,2 35,2 5,0 T2 DP 6,3a 6,0a 6,0ab 6,0b 6,3b 4,6b 4,8b 4,4c 5,1b 4,1c 4,6b 5,3b 4,1b 5,2b 6,5a 4,3c 6,0b 5,7b 6,6a 3,7b 0,910 CV % 14,6 1,124 1,076 1,257 0,910 1,605 1,196 1,231 1,373 1,410 1,698 18,7 17,9 20,9 14,6 35,3 24,9 28,0 26,9 34,4 36,9 1,129 1,905 1,105 0,887 1,750 1,026 1,872 0,759 1,785 21,3 47,0 21,3 13,8 40,7 17,1 33,1 11,6 48,9 5,3 T3 DP 6,9a 6,7a 6,7a 7,0a 6,9a 6,7a 6,9a 6,9a 6,7a 6,8a 6,8a 7,0a 7,0a 6,8a 7,0a 7,0a 6,8a 6,7a 6,9a 6,8a 0,489 CV % 7,1 0,733 0,933 0,000 0,308 0,733 0,308 0,366 0,587 0,696 0,716 10,9 14,0 0,0 4,5 10,9 4,5 5,3 8,8 10,2 10,6 0,000 0,000 0,523 0,224 0,000 0,696 0,657 0,366 0,550 0,0 0,0 7,7 3,2 0,0 10,2 9,8 5,3 8,1 6,8 Legenda: DP (D esvio Padrão); CV% (Coeficiente de Variação %); MD S (Míni ma Di feren ça Signi ficativa). Letras diferentes po r teste indicam di feren ça signi ficativa para o teste d e Fri ed man (p ≤ 0,05) avaliando por linha. Os v alores médios na primeira avaliação (T1), ou seja, antes das aulas que contemplavam o conteúdo da disciplina de processam ento de fr utos, variaram de 3,5 a 6,7, com uma média geral de 5,0. Na avaliação T2 a média foi muito próxima da T1 (5,3), isto ocorreu devido a um a maior concentração de medias entre 4,0 e 5,0, No entanto, as notas m aiores foram iguais a 6,0 e tiveram a mesma representação nesta avaliação. Já na avaliação T3, as notas for am m aiores o u iguais a 6,7, sen do a m édia do gr upo igual a 6,8. Vale ressaltar que, a nota m áxima na escala de av aliação foi 7,0, assim, estes estudantes o btiveram no final da propo sta, uma percepção de 97% do s conteúdos contemplado s na disciplina, poden do este valor ser considerado im portante, uma vez que na avaliação T1 o s alunos atingiram 75,7% de pontuação em relação à gran de média. Avaliando esta evolução na apropriação do conhecim ento, foi observado que 50% do gr upo apresentaram diferen ça significativa (p ≤ 0,05) na avaliação T2 em relação a T1. Sen do que, p ara alguns deles ocorr eu uma redução na média das notas. Por outro lado, na avaliação T3, po de ser v erificado o quanto a proposta deste trabalh o contribuiu para a m elhoria do conhecimento dos sujeitos, uma vez que todos os sujeitos apresentaram valores das notas super iores a 6,5 correspondendo na escala de atitude com o 25 intervalo entre concordo moderadamente e con cor do muito, com dif erença significativa para 75% dos sujeitos. Esta evo lução era esperada, visto que, o propósito deste trabalho foi utilizar de um a m etodologia que contribuísse para a evo lução gradativa do conhecim ento do aluno, a partir da sua in ser ção no Gr upo Teste. Foi ain da o bservado que 40% desses est udantes conseguiram consolidar com m aior facilidade os con ceitos teóricos e práticos desta proposta, apresentan do na avaliação T2 valores m édios superior es a 6,0, correspon den do o grau de concor dar m oderadamente com as afirm ativas relativas ao s conteúdo s abor dados na disciplina de processam ento de fr utos, que compôs a proposta do no sso est udo. Estes resultados reforçam a nossa teoria de que o m étodo de projeto pode ser um a estratégia didática para os saberes técn ico s do s cur so s que trabalh am conteúdos teóricos e práticos na sua matriz curr icular. E, estão em concordân cia com os descr itos por França Jr (2008) que r elato u valores médios na última avaliação (T3) com dif erença signif icativa em relação à prim eira (T1). No, entanto, os valor es descritos por este autor foram m aiores do que os nosso s em todas as quatro avaliaçõ es. Outro in dicador de dif erença com os resultados do nosso estudo está relacionado com a variabilidade nas questões quan do ao nível de concor dância do estudante com as afirmativas do instr um ento para a avaliação do conhecim ento, fazen do com que os valores do co eficiente de variação fo ssem elevado s tanto no T1 quanto no T2, porém , a redução no T3 foi importante para o nosso trabalho, indican do que os sujeitos con seguiram no final do perío do letivo compreender o s tem as abor dados de forma teórica e correlacioná-los com a sua atividade prática. A nossa proposta metodoló gica par a avaliar de forma contín ua o aluno em cada um a das etapas f undamenta-se no que no s diz Hay dt (2008), de que “um dos propósitos da avaliação com f unção diagnóstica é inform ar o professor so bre o nível de conhecimentos e habilidades de seus alunos, antes de iniciar o processo ensino- apren dizagem , para determinar o quanto pro grediram de um certo tempo”. Para esta autora, a avaliação inicial se caracteriza com o uma avaliação diagnóstica do gr upo de aluno s (ou classe), possibilitando conh ecer a bagagem cognitiva que eles estão trazendo par a a sala de aula, porém , as dif erenças individuais, geralm ente, algun s aluno s têm m aior facilidade p ara r eter o que foi apr endido enquanto que outros esquecem m ais rapidamente. No entanto, no nosso trabalho, a av aliação diagnó stica, teve como propósito conhecer conhecimentos empíricos que o aluno traz consigo, sen do este o btido a nível familiar pela prática passada de ger ação a geração, ou mesmo por outras atividades desenvolvidas em outras disciplinas que po ssa ter permitido o alcan ce de conhecim entos que ain da não haviam sido contemplados. Os valores médios obtido s para cada afirm ativa que compôs o instr umento de avaliação do processo de en sino-apr en dizagem para o Gr upo Teste, pode ser verificado que, a avaliação T1 que compreen deu nosso diagnó stico, o s aluno s pontuaram 55% das questões com o seu nível de concor dân cia superior a 5,0 que representava que eles con cor davam ligeir amente com as afirm ativas ref erentes ao s conh ecim entos, sen do que, dentre elas destacar am-se a com posição da ban ana com a maior pontuação 5,7. Nos testes T2 e T3, verif ico u-se que os sujeitos que apresentaram um aum ento relativ o em relação ao T1, apresentan do a m aioria dos v alores médios superior es a 5,0. No entanto, no T3 a média foi maior que 6,5, conf irmando a hipótese de que, ain da que os alunos já possuíssem algum conhecim ento a respeito das un idades que seriam abordadas na disciplin a, o que se explica em fun ção da inter disciplinar idade que o aluno con segue fazer com as outras unidades abordadas na sua formação, ao desenvolv er a sua atividade em um projeto de pesquisa que contem ple o conteúdo pro gram ático das unidades da discip lina, a sua ação enquanto sujeito ativo do processo, f az com que ele possa ter um a m aior apropriação do 26 conhecim ento, perm itindo uma con solidação das informações se aplicada a contextualização da teoria na prática. Isto poderia ser correlacion ado ao fato desses alunos já terem participado da atividade transdisciplinar que havia sido desenvolvida na nossa instituição, na qual a ban ana foi a temática, por compor a proposta deste projeto, e assim , m uitas informações haviam sido abor dadas, tanto o nível de transf erência de inform ações pelo s professores quanto pelos poetas populares através do “cor del” (an exo 6) e do “repente”, no s quais as rim as foram descr itas com algum as informações técnicas e outras empíricas, uma vez que o Cor del é uma Literatura, geralm ente defin ida com o poesia narrativa, pop ular, im pressa” e con grega infinitos caminhos percorrido s pela criatividade de cada autor, sen do essa m ultiplicidade de escolhas que garante a var iedade de temas e estilos. Para Curr an, Apud Resen de (2005), A lit erat ura de cordel é uma poesi a fol cl órica e popul ar com raízes no Nordest e do Brasil. Consiste, basicament e, em longos poemas narrati vos, chamados “ romances” ou “históri as”, impressos em fol hetins ou panfletos, que falam de amores, sofrimentos ou aventuras, num di scurso herói co de fi cção. Assi m, o cordel t em caract erísti cas tanto populares quanto folcl óricas, ou sej a, é um meio i mpresso, com autori a designada, consumi do por um número expressi vo de leit ores numa área geográfi ca ampl a, enquanto exibe mét ricas, t emas e performance da t radi ção oral. Al ém disso, cont a com a parti cipação direta do públi co, como pl at éi a. Nesta temática de pop ularidade, o Repente se caracteriza pelo improviso, o s cantador es f azem os versos ‘de repente’, em um desafio com outro cantador. Não importa a beleza da voz ou a afinação, que vale é o ritmo e a agilidade m ental (Anexo 6). 4.1.2. Avaliação com parativa entre os dois grupos: Grupo Teste e Grupo Controle No Quadro 2 se encontram apresentados os valor es médios para cada questão (afirm ativa) o in strumento de avaliação usan do a de sete pontos para verificar o nível do conhecim ento conforme o grau de concor dância e discor dância do s sujeitos do Grupo teste na avaliação T3 em relação ao Grupo Controle. 27 Q uadro 2 - Valor es médios do T3 para o gr upo teste do gr upo controle. G rupo Teste (T3) G rupo C ontrole Questões CV CV Média DP Média DP % % Q1 Q2 Q3 Q4 Q5 Q6 Q7 Q8 Q9 Q10 Q11 Q12 Q13 Q14 Q15 Q16 Q17 Q18 Q19 Q20 6,7a 7,0a 6,6a 6,5a 6,7a 6,8a 6,9a 6,8a 6,8a 7,0a 6,9a 7,0a 7,0a 6,9a 6,9a 6,8a 6,9a 7,0a 6,8a 7,0a 0,671 10,1 6,3a 0,910 14,6 0,224 3,2 6,0b 1,556 25,9 0,821 12,4 5,2b 1,872 36,3 0,887 13,8 6,0a 1,338 22,3 0,733 10,9 5,9b 0,968 16,4 0,550 8,1 5,4b 1,635 30,3 0,366 5,3 5,7b 1,631 28,9 0,410 6,0 5,6a 1,789 31,9 0,523 7,7 5,1b 1,099 21,8 0,000 0,0 4,8b 1,673 34,9 0,671 9,8 5,6b 0,995 17,8 0,224 3,2 5,1b 1,669 33,1 0,224 3,2 5,5b 1,669 30,6 0,308 4,5 5,4b 1,759 32,6 0,447 6,5 5,7b 1,348 23,9 0,696 10,2 6,4a 0,933 14,7 0,366 5,3 6,2b 0,951 15,3 0,224 3,2 6,4a 1,137 17,9 0,786 11,7 5,8a 1,473 25,4 0,224 3,2 6,2a 1,105 17,8 Legenda: DP (D esvio Padrão); CV% (Coeficiente de Variação %); MD S (Míni ma Di feren ça Signi ficativa). Letras diferentes po r teste indicam di feren ça signi ficativa para o teste d e Fri ed man (p ≤ 0,05) avaliando por linha. A opção por trabalhar com um gr upo controle nos permitiu verif icar se de fato a proposta metodológica de trabalhar com os alunos em um a m etodolo gia focada em cada etapa das componentes da discip lina, contextualizan do as atividades e esclarecendo ao gr upo de alunos que a sua avaliação se procederia de forma continuada, foi importante para este trabalho, um a vez que dados quantitativos puderam ser colhidos para uma avaliação comparativa mensur ada em valores numéricos e, que, pudessem nortear se a proposta resulta em ganho par a os est udantes. Assim sen do, par a esta avaliação, opto u-se por fazer a avaliação utilizan do os dado s obtidos n a av aliação T3 do gr upo em estudo p ara comparar com o grupo identificado com o controle, justificando-se na condição de que este último grupo respon deu o instr umento de avaliação após a conclusão de todas as unidades que com põe a disciplina, estan do, portanto, os dois em condições de igualdade quanto ao conteúdo pro gr amático. O gr upo controle que foi constituído por aluno s que já h aviam con cluído no p erío do letivo anterior, como este gr upo de est udo quan do r espon deram o instrum ento de avaliação, já possuíam a totalidade do s conceitos teórico s e práticos da disciplina. Desta forma, para uma análise comparativa da capacidade de compreen são e da apren dizagem daqueles sujeitos que particip aram da m etodolo gia pedagó gica proposta no nosso estudo, que é diferente da usualmente aplicada no cotidiano da nossa In stituição, que está centrada no método de projeto com o uma proposta didático-pedagó gica para o ensino dos saber es técnicos. 28 Avaliando o Gr upo Teste em relação ao Gr upo Controle quanto ao nível de apren dizagem , usan do esse método de avaliação com escala de valores afetiva, v erificou-se que 65% apresentaram valores médio s significativos (p ≤ 0,05), m enores do que o Gr upo Teste. Sendo que as Questões que não foram dif erentes entre o s dois gr upo s fora aquelas referentes ao con ceito básico sobr e a banana, as variedades m ais cultivadas na região, ao produto de m aior produção tam bém na região e ao controle no pro duto nas etapas da sua elaboração. A B Figura 5 - Estudante ministran do conteúdo teórico na atividade de exten são (5A) e detalhe da explicação do m odo de utilização do pap el toalh a na secagem dos utensílio s e equipamento (5B). A B Figura 6 - Estudantes entregando o lanche par a os produtores de banan a nas atividades práticas (6A), e Gr upo de estudantes distribuin do os EPI s para o s produtores utilizarem durante as atividades de extensão (6 B). Na av aliação do com portam ento dos sujeitos n a atividade de extensão com comunidade, ver ifico u- se um amadur ecim ento do s estudantes, passan do a ter atitudes que permitissem o seu bom desempenho na propo sta de extensão. Assim, o gr upo escolheu um coordenador geral para desenvolvimento das atividades, dessa form a, seis subgrupos foram formados sen do que o prim eiro gr upo fico u a car go de elaborar e prepar ar o material com 29 conteúdo teórico e ministrá-lo s. O segun do gr upo para planejar, elaborar o m aterial para o processam ento da banana com produtores e familiares. O terceiro gr upo foi respon sável pela confecção do s crach ás. O quarto gr upo se responsabilizo u pela or gan ização de r efeições. Já o quinto gr upo procedeu a aquisição de m atéria-prim a, o utros in gredientes e transporte. O sexto gr upo foi respon sável pela operação de câmera fotogr áfica e dos demais registros durante os trabalhos. (an exos 7) Depois de várias observaçõ es f eitas no decorrer da pesquisa, percebeu-se mudan ças de comportamento dos est udantes com o, por exemplo: criatividade na elaboração dos crachás, o espír ito de liderança de alguns, pr incip alm ente da coordenador a que teve a sen sibilidade de separ ar o gr upo em subgr upo s e atribuir a cada um funções de acor do com suas habilidades. Não poderia deix ar de destacar nessa pesquisa a participação indiv idual e co letiva desses alunos que desenvo lveram com m uita propr iedade as atribuições que lhes foram determ inadas pela coor denador a demonstrando responsabilidade e dedicação a p esquisa. Cada um busco u a superação diante das dificuldades, principalm ente os gr upo s que m inistraram os conteúdo s teóricos-práticos, porque esses aluno s se depar aram com situações totalmente adversas da rotina do dia a dia, sain do da posição de aluno e passan do a instr utor diante do gr upo de pro dutores e fam iliares de ban ana com faixa etárias difer entes, que haviam tido pouco contato anteriorm ente e m inistraram esse treinamento utilizan do uma linguagem clara e objetiva, de form a que todo s participantes p udessem compreen der. Outro ponto que chamou bastante atenção nos est udantes foi a m aturidade desses jovens aluno s, porque quan do um estava desenvolvendo determinada atividade os dem ais ficavam preocup ados e torcendo para que tudo acontecesse dentro do planejado. Na atividade de extensão os alunos tiveram tanta competência a ponto que o presidente da associação do s fr uticultores iguatuense que tam bém participo u da cap acitação, produziu um cor del em que mostra através da rim a a importante colaboração que esse gr upo deu p ara a comunidade do Quixoá ( anexo 8). Após desenvo lver todas as etapas que com preenderam o cur so de extensão, os aluno s foram avaliados pelo s participantes do cur so, que utilizar am um questionário construído com perguntas estrut uradas fech adas, esse in strumento de avaliação foi desenvolv ido pelos próprios alunos sujeitos dessa pesquisa ( anexo 4). Assim , os resultados foram pontuados em valores p ercentuais da incidência da respo sta para cada item avaliado, ao quais se encontram apresentados nas figuras 1 a 4. A B Figura 7 - Descascamento da banan a para fabricação da bananada com e sem glico se (7A) e Pesagem dos ingredientes para ambas as form ulações: ban anada com e sem glicose (7B). 30 4.1.2.1. Q ualidade do m aterial didático Os aluno s quando interrogados sobre o material didático utilizado por eles durante o perío do de atividade de extensão, mais de 55 % r espon deram que a qualidade er a de boa a ótima (Figur a 8), não ap arecendo nenh uma nota abaixo desses escores. 100,00 (%) 80,00 60,00 40,00 20,00 0,00 ÓTIMO BOM REGULAR Figura 8 - Qualidade do material didático das atividades de exten são. 4.1.2.2. Aprimoram entos dos conhecimentos e contribuição dos instrutores De acordo com a figura 9 nota-se que ho uve aprimoram ento do s conhecim entos do s alunos, visto que mais de 60 % do s mesmos afirmaram que houv e contribuição dos instrutores, sendo que em torno de 5% disse hav er aprim oramento em apenas algumas ár eas de estudo, m esm o considerando que mais de 25 % do s alunos afirmarem que não houve aprim oramento. 31 P2 P3 100 90 80 70 % 60 50 40 30 20 10 0 Sim Não Em parte Figura 9 - Apr imoram ento dos alunos e contribuição do s in strutores nas atividades de extensão. 4.1.2.3.Avaliação do desem penho dos instrutores pelos alunos O desempenho dos instrutores foi con sider ado pelos indivíduos que fizeram o cur so como sendo bom a ótim o, com maior prevalência no conceito bom, conform e apresentado na figur a 10. Ótimo Bom Regular Insuficiente 100 90 80 70 % 60 50 40 30 20 10 0 4a 4b 4c 4d 4e 4f Figura 10 - Avaliação do desem penho do s in strutores pelo s aluno s nas atividades de extensão. 4.1.2.4. Utilização dos conhecimentos adquiridos Consider ando que ho uv e gran de percentual de aprim oramento pelos estudantes nas atividades de ensino e exten são durante o desenvolvim ento das atividades, quan do indagados so bre o que far iam com os conhecimentos adquir idos, 70 % dos entrevistados afirmo u que 32 utilizariam na sua totalidade, enquanto 30 % usariam em gran de p arte de suas atividades profissionais, por que preten diam intro duzir o utros produtos derivados da banana além dos processados no treinamento (banan ada com e sem glicose), e seriam utilizados som ente pra o consumo da família. (Figura 11). Após o término do curso a com unidade do Quixoá juntam ente com outros produtores de banan a do m unicípio de I guat u f undou a Asso ciação do s Fr uticultores Iguatuense e contaram com a colaboração de alguns parceiros com o: IFET-CE Camp us I guatu, Ban co do Brasil, Banco do Nor deste, EMATER, SEAGRI, SEBRAE e Elo Am igo, juntos conseguiram a con strução de uma unidade de processam ento de fr utos, ten do com o carro chefe a bananada produto com boa aceitação na região. Já o s equip amentos foram financiado s pelo Ministério do Desenvolvim ento Agrário (ver anexo s dos equipam entos), e esse projeto tem como finalidade agr egar valor a banana, ev itando a ação do atravessador. 100,00 90,00 80,00 70,00 (%) 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Totalidade Grande parte Parcialmente Não utilizados Figura 11 - Utilização dos conh ecimentos adquiridos pelo s alunos n as atividades de extensão. Iguat u-Ce (2009). 4.1.3. Avaliações Técnicas do Produto 4.1.3.1. Análises Físico-Q uímicas a) pH e Acidez Titulável O pH praticamente não apresento u alteraçõ es para as bananadas an alisadas, não haven do, portanto diferen ça significativa ( Figur a 12). O valor médio encontrado nas formulaçõ es de bananada foi praticam ente igual a 4,0 sem e com adição de glico se, valor acima do recomendado por Jackix (1988), o qual afirm a que o pH para doces em m assa deve estar entre 3,0 e 3,4. No entanto, não foi observado pr ejuízo na form ulação da bananada. Assim , as banan adas apresentaram tendência ao aumento de pH m esm o que n ão significativo. 33 4,5 pH 4,0 3,5 3,0 2,5 Sem glicose Com glicose Comercial Figura 12 -p H de banan ada form ulada a partir de fr utos de bananas colhidas no estádio de m aturação 5 (am arelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. % de ácido cítrico A acidez apresentou difer ença sign ificativa entre as ban anadas (com e sem glico se), com o tam bém apresentaram difer ença no teor de ácido cítrico com relação à bananada com ercial. As formulações apresentaram valor es de ácido cítrico em torno de 2,7 % (sem glico se), 2,57 % ( com glico se) e 2,9 % p ara bananada comercial (Figura 13). 2,8 2,7 2,6 2,5 2,4 2,3 2,2 2,1 2,0 Sem glicose Com glicose Comercial Figura 13 - Acidez de bananada formulada a partir de fr utos de bananas co lhidas no estádio de matur ação 5 ( amarelo com ponta ver de) com e sem adição de glico se. . b) Sólidos Solúveis Os sólido s so lúveis das bananadas apresentaram diferença significativa para am bas as formulaçõ es, com e sem glico se (Figura 14), influencian do no produto. Verifica- se que os sólido s so lúveis apr esentaram valores de 68 e 74 para bananadas sem e com glicose, respectivamente. Observa- se ainda, que a m édia dos v alores encontrado s para o teor de sólido s so lúveis na bananada com glico se situa-se na mesma faix a encontrada para a m aioria das bananadas comerciais, que segundo a legislação deve estar em torno de 74 a 75 º Br ix (BRASI L, 1978). 34 80 º Brix 75 70 65 60 Sem glicose Com glicose Comercial o Figura 14 - Sólidos Solúveis ( Brix) de bananada formulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de maturação 5 (amarelo com ponta verde) e sem adição de glicose. 4.2.1.2 Avaliação sensorial Para o estudo da análise sensorial, 30 provadores não-treinados, receberam três amostras de bananadas: a primeira com glicose, a segunda sem glicose e outra de marca comercial. Os provadores foram constituídos pelos alunos do Grupo Teste e Controle. (Figura 15). A Figura 15 – Preparação das amostras: bananada com e sem glicose para análise sensorial (15A) e Destaque do grupo de alunos (Teste e Controle), observando a realização da prática sensorial (15 B). a) Aceitação Os resultados dos testes de aceitação sensorial das bananadas encontram-se na figura 16. Nenhuma diferença significativa de aceitação foi observada, na bananada, seja para a formulação sem e com glicose, como também na formulação comercial. Esses resultados demonstram que, apesar dos resultados físico-químicos terem detectado pequenas diferenças nos produtos, não foram percebidas pelo consumidor, tornando assim um potencial de 35 B utilização deste produto para o mercado. Com aceitação satisfatória as bananadas apresentaram notas acima de 7,0, o que corresponde na escala hedônica a gostei moderadamente. 7,23a Amostras comerc ial ( +1,775) 7,10a sem glic ose (+1,826) 7,00a com glic ose (+2,017) 1,00 3,00 5,00 7,00 9,00 Valores médios das nota s Figura 16 - Aceitação Sensorial de bananada formulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de maturação 5 (amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. b) Aparência Observa-se através da figura 17, que o escore médio oscilou entre 2,3 a 2,5. Observouse ainda, que a bananada teve sua aparência mantida no limite adequado para consumidor. Notou-se que a mesmo com as diferentes form ulações, as bananadas não apresentaram diferença significativa. 2,5a Comer cial 2,2a Sem glicose 2,3a Com glicose 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 V alores médios das notas Figura 17 - Aparência de bananada formulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de maturação 5 (amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. 36 c) Sabor Os resultados não apresentaram diferença significativa quanto ao sabor (Figura 18). No entanto há uma tendência ao consumo do produto com maior grau de doçura, o que não afeta o consumo de bananadas com outras formulações. 2,46a Com ercial 2,30a Sem gl icose 2,53a Com gl icose 2,10 2,20 2,30 2,40 2,50 2,60 V alor es m édios das notas Figura 18 - Sabor de bananada formulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de maturação 5(amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. d) Corte da bananada Os resultados obtidos para as bananadas em relação ao corte, apresentaram diferença significativa entre a formulação com glicose e sem glicose (Figura 19). A bananada sem glicose apresentou valores relativamente baixos em torno de 1,8 enquanto a formulação com glicose apresentou valores acima de 2,5, caracterizando um corte adequado, principalmente se comparada a bananada comercial. A bananada sem glicose apresentou corte inadequado ao consumo, ou seja, com menor consistência. Isto se deve provavelmente a relação dos teores de açúcar com os ácidos. 2,5a Com ercial 1,9b Sem glico se 2,6a Com glico se 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 Valores mé dios d as n otas Figura 19 - Corte de bananada formulada a partir de frutos de bananas colhidas no estádio de maturação 5(amarelo com ponta verde) com e sem adição de glicose. 37 e) Consumo de Bananada Ao consultar os consumidores quanto ao consumo de doces do tipo bananada, 48% responderam que tem o hábito de consumir bananada regularmente, enquanto 11% quase nunca consomem doce de bananada (Figura 20A). Estes resultados demonstram a falta do produto na região centro sul do estado do Ceará, caracterizando assim a saída da fruta para outras regiões vizinhas, ocasionando a entrada de outros produtos no mercado local e o não aproveitamento através da agroindústria local, principalmente no âmbito da agricultura familiar. Quase nunca 10,00% Nunca 0,00% Hábito 13,33% Frequent e mente 23,33% Ocasional mente 20,00% Comple ment o 23,33% Gost os o 63,33% Regularmente 46, 67% A - Freqüência de consumo Figura 20 - Freqüência e Razão de consumo do produto. B- Razão de consumo f) Razão de consum o Ao entrevistar os consumidores o porquê de consumir bananada, 64 % responderam que o doce de massa (bananada) é gostoso, contra 25% que dizem ser um complemento alimentar (Figura 20B). A razão de 15 % dizerem que é hábito, isto se justifica pela tradição dos brasileiros em comer doces, principalmente após as refeições. Hoje, doces e geléias feitas com frutos típicos de cada região são encontradas tanto nas grandes capitais quanto nos pequenos municípios. 4.1.3.2. Análises microbiológicas A amostra encontra-se dentro dos padrões microbiológico de acordo com a Resolução – RDC Nº 12, de 2 de janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde de acordo com os resultados nas tabelas 1 e 2. Ta bela 1 - Análise Microbiológica para Bananada sem Glicose. Parâmetros Amostra Legislação Coliformes a 35ºC (NMP/g) <3 Coliformes a 45ºC (NMP/g) <3 4 Bolores e leveduras (UFC) <10 ≤10 NMP: Números Mai s Prováveis UFC: Unidades Formadoras de Colôni as 38 Ta bela 2 - Análise Microbiológica para Bananada com Glicose. Parâmetros Amostra Legislação Coliformes a 35ºC (NMP/g) <3 Coliformes a 45ºC (NMP/g) <3 4 Bolores e leveduras (UFC) <10 ≤10 NMP: Números Mai s Prováveis UFC: Unidades Formadoras de Colôni as As características intrínsecas da bananada, como pH ácido e BRIX elevado, limitaram o crescimento microbiano. De acordo com Harrigan e Park (1991) nessas condições não ocorrem crescimento de bactérias causadoras de intoxicação de origem alimentar e de bactérias deteriorantes. Os resultados deste estudo indicam ocorrência não significativa de microorganismos deteriorantes que influenciem diretamente na qualidade e estabilidade do produto analisado. Todos os resultados foram discutidos com os alunos que participaram de todas as etapas da pesquisa. 39 5. CO NCLUSÕ ES Na avaliação da aprendizagem foi verificada para que os alunos tivessem um melhor desempenho foi necessário fazer a interdisciplinaridade com outras disciplinas para melhor absorção dos conhecimentos. Apropriação dos conhecimentos se deu de maneira gradativa, se consolidando na última avaliação. Na atividade de extensão pode-se observar que a metodologia utilizada neste trabalho contribuísse para que os estudantes adquirissem conhecimentos e amadurecimento para desenvolver cada etapa da pesquisa. Os produtos processados durante as atividades apresentassem características similares aos dos encontrados no mercado. O trabalho desenvolvido pelos alunos demonstrou a importância do grupo no desenvolvimento das atividades de extensão com a comunidade na formação técnica. 40 6. REFERÊNCIAS BIB LIO G RÁFIC AS ALVES, J. A. 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Ministério da Educação. Lei n° 9394 de 20 dezembros de 1996. Esta belece as leis e diretrizes e bases da Educação Nacional. 41 _______. M. S. Portaria nº 1428 – 10/02/1993 – Adotou o sistema de APPCC- Para avaliação da eficácia e efetividade dos processos de produção, distribuição, e conservação de alim entos. _______. Portaria nº 16, de 10/02/1998, do (MAPA) Ministério da Agricult ura Pecuária e Abastecimento. A Im plantação do sistema (APPCC ), Análise de Perigo e Ponto Crítico de C ontrole _______. Resolução RDC nº 12, de 2 de Janeiro de 2001. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. _______. Ministério do Desenvolvimento Agrário – Secretaria de Agricultura Familiar, 2002. _______. Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004, da Agência Nacional de vigilância Sanitária. _______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educa cional Anísio Teixeira (INPE), MEC 2003. CANECCHIO FILHO, V. C onservação e Industrialização de Produtos Ag rícolas. 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Para o doce em massa foram avaliadas todas as etapas do processamento: matéria-prima; seleção; pesagem; lavagem; sanitização; descascamento; branqueamento; despolpamento; pesagem; formulação; concentração; envase; exaustão; rot ulagem e armazenamento 2. Análise Sensorial de Alimentos. Histórico, condições gerais para os testes sensoriais; 48 Anexo 2 - Roteiro das atividades de extensão. Roteiro das atividades desenvolvidas pelo Grupo Teste durante a capacitação do processamento da banana com produtores e familiares da comunidade do Quixoá na parte de extensão. Período de 05 a 08/08/2008 HORÁRIO 05/08/2008 Terça-feira Visita as unidades educacionais de produção IFET – Ceará campus 07:00 às 9:00 Iguat u Lanche Visita a agroindústria do 09:30 às 11:00 IFET, e apresentação dos equipamentos 11:00 às Almoço 13:00 Perdas da banana 13:00 às no brasil. aspectos 14:30 nutricionais da banana. 14:30 às Lanche 15:00 Aspectos tecnológicos; 15:00 às matéria-prima; 16:00 principais variedades cultivadas no brasil. 09:00 às 9:30 06/08/2008 07/08/2008 Quarta-feira Quinta-feira - Principais Fabricação da conservantes utilizados bananada c/ no processamento da glicose. bananada, como utilizar o refratômetro matéria- prima ideal p/ bananada. Lanche Fluxograma de fabricação da bananada Almoço Fluxograma de fabricação da banana. Lanche Fluxograma de fabricação da bananada Lanche Fabricação da bananada com glicose. Almoço Fabricação da bananada sem glicose. Lanche Fabricação da bananada sem glicose. 08/08/2008 Sexta-feira Fabricação da bananada c/ glicose Lanche Fabricação da bananada sem glicose. Almoço - avaliação - degustação - sorteios do produto Lanche Encerrament o 49 1-. A banana é uma fruta de elevado v alor nutricional. É boa fonte energética, possuindo alto teor de carboidratos, amido e açucares, contendo ainda teores consideráveis d e vitamin as A , B1 (tiamina), B2 (riboflavina) e C de sais como potássio, fósfo ro, cálcio, sódio e magnésio, além d e outros em u ma meno r qu antidade. 2-. A bananada é o produto obtido da mistura do purê de b anana co m açúcar, ácido org ânico e pectina. O açúcar utilizado pod e ser exclusivamente a s acarose. Podendo substituir parte d a sacarose por glicose. 3-. As varied ades de banan a freqüentement e cultivadas no nordeste co mo Pacovan, Prata e Prata Anã podem ser utilizad as para industrialização, resultando em produtos d e qu alidade. 4-. O es curecimento enzi mático pode ser evitado por meio de trat amento co m antioxidant es (co mo o metabissul fito de sódio e os ácidos ascórbi co e cítrico) ou po r meio de trat amento térmico (b ranqu eamento), aplicados no início do p rocess amento. 5-. Tecnologicamente, o principal problema no processamento da banana está relacion ado com es cureci mento do produto, co m o descasamento e exposi ção ao o xig ênio. São desen cad ead as reações enzi máticas envolvendo compostos fenólicos e en zimas oxidativas (polifenoloxidases), que tem como produto final u m co mposto de cor marrom (mel anoidina), qu e escurece a ban ana ou o produto p rocessado. 6-. O bai xo t eor d e acidez da ban ana pode exigir o emprego de agent es acidulantes no processamento . A di minuição do pH para 4,2 permite que o tratamento térmico para conserv ação seja feito em t emperaturas mais brandas , preservando as p ropriedades o rganolépticas do produto. 7-. A acidi ficação do purê para fab ricação da banan ada, visa reduzir o pH para 3,7 a 3,8 , condição na qual a p ectina atua melhor. 8-. No p rocessamento da banana para fab ricação d a bananada o ácido cítrico deve ser adicionado no fin al do processo (70º C BRIX) para evitar Afirmativas Discordo m uito Discordo m oderada mente Discordo ligeira m ente Não Discordo Nem concord o C oncordo ligeira mente Gostaríam os de saber o seu nível de conhecimento em relaçãoaos assuntos apresentados referentes à cadeia produtiva de banana, por favor, marque com um X nos quadros em frente de cada frase informando o quanto você concorda ou descorda das afirmativas. Concordo moderada m ente Anexo 3 - Avaliação do pro cesso de apren dizagem através do método de avaliação da atitude do in divíduo. 50 Concordo Muito que oco rra hidrólise acentuada da pectina. 9-. A bananad a é u m dos p rincipais produtos deriv ados da ban ana, produzida em qu antidades consideráveis no Brasil. 10-. No Brasil a Portaria SVS/ MS nº. 326/7/1997, apres enta regul amento técnico sobre as condições Higiênico – Sanitári as de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para Estab eleci mentos, Produtores/ Industrializadores de Ali mentos. 11-. No Brasil, as perdas na cadeia produtiva d a ban ana pod em cheg ar a 40% da produção . A industrialização da banana pode repres entar u ma fo rma de minimizar perdas pós-colheita, au ment ando a vida de prateleira e ag reg ando valor ao produto . 12-. O branqueamento é u m p rocesso i mpo rtante na obtenção do purê para fab ricação da ban anad a. 13-. A ação da glicose (7 %) n a fo rmul ação d a bananada t em co mo objetivo evitar a cristalização e dar brilho ao do ce. 14-. A mistura dos Ingredientes para obten ção da banan ada é levada ao tacho a v apor co m agitador e o t empo d e co zi mento varia em função do volu me a s er concent rado , das características da matéria-pri ma utilizada, do tipo de equipamento e do meio de aqueci mento 15-. O ponto de corte da bananada depende da acidez e do teor de pectina do purê. Recomenda-se o uso de 1 % de p ectina, em relação ao peso do material a s er con centrado e a pectina dev e ser misturad a ao açú car p ara facilitar dissolução. 16-. O ponto fin al da ban anada é determin ado quando a massa atinge o BRIXd esejado, que é 74º BRIX. 17-. As análises físico -quí mica são i mportant es para avaliar a qualidade e a identidad e da bananada. 18-. As boas práticas de fabricação (BP F) são ferramentas indispensáveis para a garantia d a qu alidade na cad eia produtiva da b anan ada. 19-. Os procedi mentos operacionais padronizados (POP) co mp reend em procedi mentos escritos, de fo rma objetiva, que estabel ece instruções seqüenciais para a realização de operaçõ es rotineiras e especí fi cas no processamento da ban ana, armazenamento e distribuição . 20-. A analise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC), é u ma ferramenta de g estão, visando garantir a produção de ali mentos seguros à saúde do consu midor, identi ficando, avaliando e controlando os p erigos nas etap as onde o control e é consid erando crítico. 51 Anexo 4. Atividade de Extensão desenvolvida pelos alunos da Habilitação de Agro in dústria com produtores e familiares de Banana da localidade de Quixoá no município I guatu Ceará. 1) A qualidade do material didático utilizado no trein am ento foi: a) ( ) ótim o b) ( ) bom c) ( ) regular 2) O treinam ento contribuiu para o apr imoram ento de seus conhecim entos: a) ( ) sim b) ( ) não c) ( ) em parte 3 ) Os aluno s (in strutores) contribuíram para ajuda-lo em suas dificuldades no decorrer do trein amento? a) ( ) sim b) ( ) não c) ( ) em parte 4) Como avalia o desem penho dos alunos ( in strutores) em relação a: a) Metodologia Empregada ( ) ótim o ( ) bom ( ) regular ( ) insuficiente; b) Clareza de Lin guagem ( ) ótim o ( ) bom ( ) regular ( ) in suficiente; c) Dom ínio de Conteúdo ( ) ótim o ( ) bom ( ) regular ( ) in suficiente; d) Habilidade na Transmissão do conteúdo ( ) ótim o ( ) bom ( ) regular ( ) in suficiente; e) Pontualidade ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) insuficiente; f) Utilização de Materiais e Recur sos Didáticos ( ) ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) insuf iciente. 5) Os conhecimentos adquirido s no treinam ento serão utilizados: a) Na sua totalidade ( ) b) Em gran de p arte ( ) c) Apen as p arcialm ente ( ) d) Os conhecim entos não serão utilizado s ( ). 52 Anexo 5 TESTE D E AC EITAÇÃO P AR A B AN AN AD A Prov ador No. _____ N OME: ______________ID ADE ( ) 14-18 anos ( ) 19-21 anos ( ) 22-30 anos ( ) 30-40 anos ( ) maior que 40 anos SEXO ( ) Fem ( ) Masc. Você está recebendo amostras codificadas de bananada. Avalie cada amostra isoladamente, de forma global, utilizando a escala abaixo e indique o quanto você gostou ou desgostou de cada uma das amostras. Amost ra: ______ Not a: _____ Amostra: ______ Not a: _____ Amostra: ______ Not a: _____ 9 8 7 6 5 4 3 2 1 - Gostei m uitíssim o Gostei m uito Gostei regularmente Gostei ligeiramente Nem gostei / nem desgostei Desgostei ligeiram ente Desgostei regularmente Desgostei m uito Desgostei m uitíssimo Por fav or, indique ass inalando no quadro abaixo, o motivo que o levou a dar a nota para c ada uma das amostr as, em relação a sua apar ência, c orte e s abor. Amostras Aparência (aspecto v isual ) Corte (f acilidade de corte) Sabor (percepção da doçura do produto e da f ruta) Amos tra _____ __ ( ) m uito boa ( ) bom ( ) m uito bom ( ) adequada ( ) ruim ( ) adequado ( ) ruim ( ) adequado ( ) ruim ( ) m uito boa ( ) adequada ( ) ruim ( ) bom ( ) adequado ( ) ruim ( ) m uito bom ( ) adequado ( ) ruim ( ) m uito boa ( ) bom ( ) m uito bom ( ) adequada ( ) adequado ( ) adequado ( ) ruim ( ) ruim ( ) ruim Amos tra _____ __ Amos tra _____ __ Dado s de identificação d o consumo de bananada 1-Você conso me ban anad a com qu e freq üên cia: 2-Se você é u m consu midor de b anan ad a, por Freqüentem ente (uma ou mais v ezes por s emana) favor nos indique qual a sua raz ão de Regularmente ( duas a três v ezes ao mês) consu mo Oc asionalm ent e ( uma v ez ao mês) por que acha gostos o Quase nunc a ( 2 a 6 vezes ao ano) por que acha que é um c omplemento alim ent ar Nunca c ons ome hábit o na família Outro, especif ique: _________________ Outros, especif ique: _____________ 53 Anexo 6. Cor del ( Nó s Temos Banana) pro duzido durante um sem inár io transdisciplinar no IFET-CE cam pus Iguatu, que teve como tema a banan a: Nós temos banana Autor: Rivam our a Teixeira O poeta o uviu da Carmem Da tal Chiquita Bacana So ube tam bém do estudo A respeito da ban ana So b um tema transversal Seguin do um seqüencial desta fruta tropicana E a professor a Ak iko Quer um est udo abrangente Repartiu assim em tópicos De m aneir a inteligente O conteúdo prof undo Dessa MUSA que é do m un do E que tam bém é da gente Citan do a geo grafia Mapeando a pro dução Com o valor econôm ico Região por região A química trata da tal Medicina natural Também da con serv ação Mas a ban ana precisa De um solo adequado Técnicas bem traçadas Clima bom, e alinhado Uma boa adubação Para que a pro dução Seja dentro do traçado Conhecer a biolo gia Pra m elhor avaliar A física e matem ática Para melhor calcular Fazer um planejamento Tudo certo e no mom ento Pra a química funcionar Na er a da inform ática O pro dutor já precisa Buscar o conhecimento Tem um rum o, uma pesquisa 54 Fazer gráficos, traçar A forma de avaliar Tudo o que idealiza A banana é do m undo Mas aqui tem encontrado Um ambiente propício Para o cultivo pen sado A agroin dústria pen sou Os derivados uso u Pra abastecer o m ercado Por ser rica em vitam inas A e B e também C Alto teor de potássio Pouco só dio e pr a você Não possui colesterol É só encher o paiol Só o bobo é que n ão vê Ainda contém m ais doce Que a do çura da maçã É bom pelo f im da tar de Meio-dia e de manhã É a fr uta do corpo são É vitamina é um pão É desejo em mente sã E o PPGEA Lá da univ ersidade Abor da o tem a banana Com a criatividade Em tópicos desenvolveu E o aluno conheceu Essa fr uta de ver dade Os pro dutos da banan a Seguem uma ótica norm al Exigências do m ercado No m eio com ercial Tudo é feito bem traçado Legen dado, rotulado, Com informação legal Veja um fluxo gr ama Recepção e pesagem Antes do bran queam ento, Primeiro vem a lavagem Despolpar, form ulação Depois vem concentração 55 Seguin do a abor dagem... O acondicion amento Fech amento e selagem E o armazenamento Vem depois da rotulagem E o produto ta prontinho Bem vestido, arr umadinho, Pra fazer sua viagem Luis Rodr igues da Silva É aluno ap licado Estudo u e pesquisou A banana e o s deriv ados Disse que na r egião Tem até associação Com muitos associados Se nó s temos a banan a Mil produtos derivados Temos professor a AKIKO Adjetivo e pr edicados Temos as inform ações Dispomos de con dições De bons aluno s m estrado s Minha gente, olha a banana Casca-ver de e pakovã Sapo, nan ica e a prata Ouro e banana m açã O doce da boa baé A polpa da São Tom é Corpo são e m ente sã... 56 Anexo 7. Cr achá pro duzido pelo s aluno s do grupo teste, durante o trein am ento com produtores e fam iliares de banana da localidade de Quixoá: SETOR DE AGROINDÚSTRIA CU RSO DE EX TENSÃO Público: Produto res de Banana do Sítio Qu ixoá Ministrantes: Alunos do Curso de Agro indústria Produtor (a): 57 Anexo 8. Cor del pro duzido pelo pro dutor de banana durante as atividades de extensão. BANANA A GI GANTE NANI CA. Autor: Murilo Barro so. Banana, nan ica pr im a De valores n utricionais Carbo idratos e v itam inas Bem com o sais m iner ais É uma riqueza ener gética Conforme dia esta m étrica É a estrela do s fr ugais No gr upo car boidratos Tem açucares e amido Um alimento de f ato Fortemente, enriquecido Por conta desta doçura É consum ido, in n atura Ou em do ce, conv ertido Teores de vitaminas A, B1, B2 E C Regulam a m inha rim a Faz o verso enriquecer O poeta não se en gana Consumir um a banana Dá saúde e prazer Vo u colo car no pref ácio Na lideran ça dos sais A em inência do potássio Comandando os minerais Magnésio, cálcio, fó sforo e sódio Coroam o fr uto, no pódio So brepujando os dem ais Vo u falar o que acontece Com seu aproveitam ento Quase metade se per de No espaço e no tempo Na co lheita no transporte No m ercado e no esto que Por falha de tratamento Apenas três por cento Da banana que é colh ida Passa por processam ento 58 E com o doce é servida Sendo in dustrializada De m aneir a variada E assim, é con sumida Sendo mais saboreada Após o corpo despido In natura, na dentada Pela boca do amigo E assim é degustada Sua polp a, aproveitada Sem nada ficar, per dido São m uitos seus derivado s Destacan do- se o purê Maior parte exportado E quem planta, pouco Fr uta cristalizada e em calda Farinh a, pó, suco e bala Delicias pra se comer Vinagr e, néctar e vinho Cerv eja e água ar dente São vários o s cam inhos De co lheita para frente O licor e a bananada Banana- passa e em calda Valiosos, nutrientes Para industrializar Tem vasto procedim ento Selecion ar, pesar, levar Rumando ao processamento Sanitizar, descascar, tratar Fazer o bran queamento Chegando ao despolp ar Para o refinamento E agora vem a receita Ou seja, form ulação A qual pr ecisa se feita Na in dustrialização Veja quais in gredientes Defin em os componentes Da perfeita edição Não vou dizer as medidas Para não banalizar Estude, faça pesquisa 59 Procure quem lhe en sinar Faça do jeito que fiz Encontre o m estre Luiz Ele ,pode lhe ajudar Ele sabe pro cessar Com a sabedoria de mestre Faz o do ce, m elhorar E o amargo, desaparece Com seus belos estudantes Que se f undem, com adoçantes Que a escola, of erece Aluno s proficientes Muito bem capacitados Joven s e eficientes Devidam ente esm erado s Fazen do o quarto sem estre Mas se parecem com os mestres Que já tem o do utorado Vo u dizer muito por cim a Que se usa sacarose O açúcar e a pectina Acom panhados de glico se De só dio é o benzoato Todos com peso exato E o cítrico na mesma do se Faça a con centração O envase e a vir agem Em seguida a exaustão Análise e em balagem Dê toda a inform ação No anver so da rot ulagem Comercialize o produto Alimente e tenha lucro Ao sair da armazenagem A Agrotécnica Federal De I guat u, tão promissor É o verdadeiro, fr ugal Que o poeta, ver sejo u Ivan, Djalma, Eudes e Luiz Merecem todo lo uvor Fizeram, Murilo, feliz E os ver so s que eu f iz São fr utos doces de amor 60 Anexo 9. Fotos dos estudantes e pro dutores de ban ana durante as atividades de exten são. 61 Anexo 10. Fotos dos equipamentos da unidade de Processamento de Frutas da com unidade do Quixoá. Pela ordem : Tanque de lavagem de frutas, Despolpadeira, Tacho de concentração, Dosador com mesa de inox recr avadora de potes. 62