Jornal da Junta Comercial de Mato Grosso - Ano IV - Número 16 - Agosto - 2004 Fotos: Márcia Pereira Até o dia 30 de setembro, os funcionários da Jucemat estarão passando por mais um Treinamento de Qualidade no Atendimento no que se refere a padronização e atendimento com vistas a promover a satisfação da clientela. Durante o treinamento, que foi iniciado na primeira semana de julho, serão feitas duas pesquisas de satisfação, com cliente externo e interno, como forma de avaliação dos índices atingidos pela entidade Pág. 4 Financiamento Foto: SECOM/MT Dados do Banco Mundial colocam o Brasil como sexto pior quando o assunto é abertura de uma nova empresa. Mas a dificuldade está na mira do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e do Ministério da Fazenda, Juntas Comerciais de todo o Brasil e outros órgãos que perfazem o processo. Visando justamente caminhar nesta direção, a Jucemat, na segunda semana deste mês, deu início à possibilidade de abertura ou alteração do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ, no próprio órgão. Segundo o empresário Manoel Blanco e Neto, da Blanco e Cia Ltda, primeira empresa a utilizar-se da abertura de empresa com retirada do CNPJ na Jucemat, o canal é um antigo anseio dos contabilistas e promoverá um melhor atendimento aos usuários do interior, além de menos gastos. Pág. 6 Jucemat busca qualidade Foto: Arq. Jucemat Simplificação do processo de registro mercantil MT em FOCO Foto: SECOM/MT A Meta do Governo é liberar R$ 6 milhões do Fundeic este ano. Juros de 8% ao ano, com carência de até 24 meses e parcelamento fixo de 60 meses. Este é o perfil do financiamento a ser liberado para 120 pequenas e micros empresas pela Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia-Sicme. Segundo o secretárioadjunto de Desenvolvimento, José Epaminondas de Matos Conceição, “80 indústrias tiveram a consulta prévia aprovada e 32 empresas estão aguardando a liberação deste recurso”. Pág. 6 Registrando Nesta edição, o entrevistado é o secretário de Estado de Projetos Estratégicos, Clovis Vettorato, que fala sobre o Programa de Desenvolvimento Regional e dá exemplo de sua funcionabilidade na área de TI, bem como define o Programa como mais um mecanismo que tem a geração de renda como o principal critério de priorização. Vetoratto também explica, a partir do comparativo entre uma indústria de confecção e uma de fiação, como funciona o mercado no que se refere a capacidade de geração de emprego versus riscos de investimento. Pág.3 Sociedades unipessoais sob o foco do novo Código Civil, este é o tema da sessão este mês. Entre as mudanças a assessoria jurídica da Jucemat, Isis Pernomian, aponta a possibilidade de, na retirada de um dos sócios, ao invés de dissolver-se totalmente a sociedade, esta mantenha-se ativa apenas com o outro. Pág. 8 Agosto 2004 2 Simplificação, Racionalização, Legalização Foto: SECOM-MT editorial O processo de registro e legalização de empresas tem, na atualidade, um formato complexo e burocrático. Dependente de uma quase “excursão” por vários órgãos e uma não menor exigência de documentos, este acaba sendo um exercício nada fácil para os requerentes. O primeiro ponto a ser falado é justamente o grande gargalo: o fato do processo estar obrigatoriamente vinculado a vários órgãos. Neste entremeio, além do óbvio (maior demanda de tempo para percorrer cada um destes e cumprir com todas as etapas), há também: aumento no número de do- cumentos pedidos, muitos, importante ressaltar, repetidos, porque determinado despacho, exclusivo de certa entidade, está vinculado a apresentação de um documento que posteriormente será pedido novamente, mas para outra etapa e assim por diante. Mais órgãos envolvidos, igualmente maior gasto operacional. E ainda, para somar, o requerente quase sempre não consegue absorver completamente este roteiro, o que o coloca numa via crucis (financeira e burocrática) que pode ter resultados ainda inumeráveis em sua exatidão, mas com certeza bem previsíveis, a exemplo de atrasos nos processos e custos altos, se consideradas as dificuldades que o mercado já impõem a todos. Dada esta complexida- de, não é de hoje o desejo de várias entidades e empresários de buscar mecanismos para facilitar o processo, o que faz do Projeto do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Ministério da Fazenda, para Simplificação e Racionalização do Registro e da Legalização de Empresas, uma importante meta. Ainda está em discussão os vários pontos a serem contemplados para esta desburocratização. Mas, enquanto o barco corre e todos nos dedicamos a concluir esta árdua tarefa de forma global, aos poucos já se vêem iniciativas que vão ao encontro deste Projeto, como a possibilidade de retirada do CNPJ na própria Jucemat, o que antes era possível apenas na Receita Federal. Este é apenas um Foto: Raimundo Reis Carta ao Empresário Desemprego e Informalidade Na conjuntura econômica em que o Brasil vem se arrastando há muitos anos, com a crise desaguando na demissão de milhões de trabalhadores, todos os esforços são válidos para a geração de postos de trabalho. É uma situação que tende a se agravar num país que tem uma população jovem e que manda para o mercado de trabalho, todos os anos, mais de 1 milhão de pessoas. São profissionais que saem das faculdades, dos cursos profissionalizantes e ou simplesmente jovens que atingiram a idade de trabalhar e buscam uma ocupação para sobreviver ou para fugir da ociosidade. É evidente que há muitas distorções que precisam ser corrigidas com urgência. Enquanto trabalhadores gastam a sola do calçado em busca de emprego, quem tem trabalho para oferecer, reclama da falta de mão-deobra especializada. Um exemplo bem caseiro: em Cuiabá, profissionais da área de saúde, incluindo médicos, evidentemente, reclamam da saturação do mercado de trabalho que os obrigam a ter vários empregos para garantir um padrão de vida razoável. Mas é certo que poucas cidades do interior têm um cardiologista, um neurologista, um nefrologista, um psicólogo... Nessa luta que o País trava para superar o desem- prego, órgãos que fazem parte da estrutura administrativa dos governos em todos os níveis, podem desempenhar papel importante nessa cruzada. Como as Juntas Comerciais, por exemplo. Pela credibilidade que possuem junto à população, elas poderiam desenvolver políticas de incentivos para atrair para a formalidade centenas, talvez milhares, de mini e micro empresas que estão na clandestinidade. Na formalidade, as empresas, além de recursos para os cofres públicos, vão gerar vagas, com a garantia de direitos trabalhistas assegurados para os seus empregados, o que tem sido uma luta constante da OAB. Francisco Fayad é Presidente da OAB/MT passo, no entanto que estaremos nos empenhando para que seja o primeiro de muitos nesta direção tão importante! Ruyter Barbosa é Presidente da Jucemat Jornal da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso Blairo Maggi Governo do Est. de Mato Grosso Alexandre Furlan Secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia Ruyter Barbosa Presidente da JUCEMAT Ana Maria da Costa e Faria Vice-Presidente da JUCEMAT Henrique de Oliveira Rodrigues Secretário Geral Gentil Bussiki Procurador Regional VOGAIS Ponciano Ramos Bispo Fecomércio Dolor Vilela de F. Neto Famato Eliacy A. Jaudy de Araújo Fiemt Milton Alves Damasceno OAB-MT Rubens M. de C. Thommen CRA-MT Luiz Mário de Barros CRC-MT Heytor G. Reyes Assoc. Comercial de Cuiabá Eder R. Pires de Freitas União Federal Edézio Ribeiro da Silva Corecon-MT Ana Maria da Costa e Faria Governo do Est. de Mato Grosso Ruyter Barbosa Governo do Est. de Mato Grosso Produção Gráfico-Editorial Armazém.com & Editora Rosa [email protected] Márcia Pereira Jornalista Responsável Honéia Vaz Redação e Edição Gráfica MULTICOR Impressão Av. Historiador Rubens de Mendonça, s/nº CPA - Cuiabá - 78.055.500 Tel.: (65) 613-9555 - Fax: (65) 613-9595 www.jucemat.mt.gov.br Agosto 2004 3 mt em foco Fotos: Secom/MT “MT está no centro de uma região que responderá por 60% da produção de grãos e fibras” N uma ação em andamento esta entrevista, o e que atenda a meta do secretário de Esta- Programa. do de Projetos Estratégi- Clóvis Vettorato - Na área cos, Clovis Vettorato, fala de Tecnologia da Informação, foi centralizada a análise sobre o Programa de Depor um comitê técnico de senvolvimento Regional e todas as demandas de sistedá exemplo de sua funci- mas e equipamentos. Este onabilidade na área de comitê tem como missão a TecnoIogia de Informa- busca de padronização dos ção, bem como define o sistemas, bem como fazer Programa como mais um uma avaliação dos equipamecanismo que tem a ge- mentos que as diversas seração de renda como o cretarias e órgãos de Goverprincipal critério de pri- no necessitam adquirir, visanorização. O Secretário do adequar os equipamentos às necessidades de trabalho. também ressalta Jucemat - A dea competitivida- “Estudos definição de “prode do Estado vem convergir jetos prioritáriapontada no espara a compe- os”, passa por tudo de “Potencique critérios? alidades e De- titividade dos Vettorato.- Sem mandas da Eco- produtos de dúvida nenhuma, nomia de Mato Mato Grosso” o impacto dos mesmos na geraGrosso”, feito pela própria Secretaria. ção de emprego e renda. Jucemat - O secretário Jucemat - A partir da vem acompanhando de meta do Programa de perto ações da MT FoDesenvolvimento Regio- mento. A grande missão da Agência é a pulverizanal - de unificar as ações ção de investimentos, das secretarias do Goverquando o maior empecino, visando a melhor apli- lho no mercado é justacabilidade dos recursos - mente para micro e pedê um exemplo prático de quenos no que se refere à garantias exigidas e altos cipação das Secretarias de Cijuros praticados. Como o ência e Tecnologia, Emprego e Cidadania, bem como Sebrae, senhor vê esta questão? Vettorato - A MT Fomento Senai, Sesi e outras entidades não pode abrir mão da avali- que possam dar bases para que ação de risco em cada opera- a atividade tenha sustentabilição de crédito. Todavia, exis- dade. tem diversas formas de garan- Jucemat - Num sentido tir o retorno de micros e pe- mais global da economia do quenos empréstimos, através Estado, que dado apontade soluções criativas que per- do no estudo Potencialidamitem a desburocratização da des e Demandas da Econooperação, dando rapidez na li- mia de Mato Grosso o senhor considera como mais beração dos recursos. Jucemat – O senhor citou importante para traçar que numa confecção são ne- metas e projetos estratégicessários de R$ 3 mil a R$ cos? Vettorato - Todos 5 mil para gerar “O critério para os estudos devem um emprego. Já nas indústrias de definir projetos convergir para comfiação, cada em- prioritários é seu petitividade dos produtos ou serviços prego custa R$ impacto na que possam ser pro300 mil, na de tegeração de duzidos no Estado, celagem R$ 150 emprego e que é muito compemil e na produção renda” titivo na produção de do algodão R$ 70 mil. Como avalizar este po- carne bovina, suína e de aves, tencial, lembrando o con- bem como na produção de soja, açúcar, álcool e alguns outexto acima citado? Vettorato - A indústria de tros produtos. E, como está confecção é um dos setores no centro da região que vai com a maior capacidade de ge- responder brevemente por ração de emprego. Não exis- 60% da produção de grãos e tem máquinas onde entra o te- fibras do País, Mato Grosso cido de um lado e sai uma ca- apresenta excepcionais condimisa pronta do outro. Sempre ções de competitividade tamhaverá uma pessoa atrás de bém para produção de máquiuma maquina de costura para nas, equipamentos e serviços se fazer qualquer peça de ves- voltados ao agronegócio. tuário. Todavia é um segmento onde os riscos de insucesso também são grandes. Por isso, o segmento precisa de apoio nas áreas de qualificação de mão de obra, marketing e comercialização. Nesse sentido, além das políticas de crédito fácil e desburocratizado é preciso desenvolver um planejamento maior com a parti- Agosto 2004 4 qualidade Fotos: Márcia Pereira C Comissão do Prêmio DNRC visita Jucemat omo o maior objetivo do Prêmio Qualidade e Produtividade do Departamento Nacional do Registro do Comércio – DNRC, mais que destacar os bons serviços e iniciativas das Juntas, é promover a qualificação e produtividade de forma a refletirem no atendimento satisfatório ao usuário, antes das avaliações, são feitas visitas preventivas às unidades em todo o Brasil, sendo estas, inclusive, norma prevista no estatuto da Premiação. “É bom destacar que Marly: visita sem pontuação mas com sugestões para melhorar não estamos aqui pontuando ou despontuando as Juntas, mas sim fazendo sugestões – se for o caso -, no que pode ser melhorado”, enfatiza a integrante da Comissão do DNRC e gerente de qualidade da Junta Comercial do Pará – Jucepa, Marly Dantas. Entre as observações, três estão baseadas em critérios inseridos no Prêmio Qualidade e Produtividade deste ano, sendo elas: Obrigatoriedade de se ter a Ouvidoria nas unidades descentralizadas (prepostos) Melhoria em alguns pontos e critérios de análise dos contratos (legislação das Juntas) Definição das normas e itens necessários para um arquivo seguro Estabelecimento de itens mínimos para um planejamento estratégico e qualificação profissional Destaque para layout e arquivo Jucemat busca qualificação e aperfeiçoamento em atendimento e outra com os funcionários. A idéia é avaliar os índices de satisfação conquistados pela entidade como um todo. Os resultados serão utilizados como base para mais melhorías. “Sempre com esta Treinamentos associados a implantação de meta de melhorar o aten- ferramentas de qualidade dimento ao seu usuário, a Ju- e Planos de Ações Setoriais”, cemat, desde junho, está pro- acrescenta o secretário geral movendo diversas ações em do órgão, Henrique Rodritorno de Motivação Funcional gues. Uso de tecnologias de informação é um dos focos Para o presidente da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – Jucemat, Ruyter Barbosa, o investimento na implantação do Programa de Qualidade melhorou não só o atendimento ao cliente externo mas o relacionamento entre funci- onários. “O comportamento de um servidor para com outro está mais positivo”, constatou ele, colocando que com esta transformação o aumento na qualidade do serviço prestado é consequente”. Ruyter completou que, ao lado do Programa, outras ferramentas, que igualmente promovem melhorias no serviço, estão sendo implantadas. Investimentos em tecnologia - é um dos itens mais enfatizados nesta caminhada. “A futura utilização de documentos digitais, ampliação do atendimento on-line e uma enorme diversidade de processos de agilização e segurança do registro, gira em torno da tecnologia de informação, leiase informática, nos levando a tê-la como um dos focos”. Foto: Arq. Jucemat Até o dia 30 de setembro, os funcionários da Jucemat estarão passando por mais um Treinamento de Qualidade no Atendimento no que se refere a padronização e prestação do serviço de forma a promover a satisfação da clientela. Durante o treinamento, que foi iniciado na primeira semana de julho, serão feitas duas pesquisas de satisfação, uma com a clientela externa Para a assessora técnica do DNRC Mirian da Silva Anjos, que já esteve na Jucemat há 5 anos, e agora nesta visita técnica, melhorias podem ser vistas em várias mudanças estruturais e de funcionamento da Jucemat. “O modelo da atual instalação, do layout, e os treinamentos promovidos, faz notar que a filosofia desta administração é de investimento em qualidade de atendimento, se diferenciando do setor público”. Mirian salientou “a preocupação com a qualidade de vida” do servidor do órgão. Segundo ela, a alimentação no próprio local de trabalho, por exemplo, gera comodidade, uma vez que a localização da entidade dificulta o deslocamento para esta finalidade. “É um benefício importante e ainda com um valor acessível”. A assessora também citou o arquivo, que foi totalmente substituído no segundo semestre de 2003. Mirian: qualidade de vida do funcionário contemplada 5 Agosto 2004 qualidade Veja algumas das ferramentas da Jucemat para qualificar, agilizar e oferecer segurança no registro mercantil: Informativos Site Informações sobre registro mercantil, links, retirada de guia de recolhimento, informativo Jucemat, consulta sobre andamento de processos, tabela de preços, telefones e Ouvidoria, são os principais itens que podem ser acessados na “www”. e o Novo Código Civil Prepostos São 12 postos de atendimento avançado no interior do Estado. Nestes, Rondonópolis, Barra do Bugres, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Tangará da Serra, Sorriso, Colíder, Sinop,Cáceres, Quatro Marcos,Querência e Barra do Garças dispõem de serviços como emis- são de certidões simplificada e específica, autenticação de livro mercantil e malote de processos. Dentro da sede (Cuiabá), o usuário conta com um posto do Banco do Brasil e um canal de consulta do Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI. Intercâmbio A Jucemat mantém um convênio, há mais de 2 anos, a partir do qual disponibiliza informações cadastrais via on-line para 13 organizações a exemplo do Tribunal de Contas, INSS, Procuradoria Geral, Secretaria de Estado de Fazenda e Receita Federal. enviado como mala-direta para o interior, órgãos públicos e de representação classista e tem distribuição gratuita na sede. Digitalização Cartilha As mudanças no âmbito de direito empresarial referenciadas no Novo Código Civil foram transformadas numa Cartilha, lançada pela Jucemat em 2003. A edição é disponibilizada na Junta Comercial. Além do site, a Jucemat mantém um boletim semanal para publicação dos nomes de empresas extintas. O órgão também tem um jornal mensal, Infomativo Jucemat, que traz não só ações da Instituição, mas artigos técnico, de representantes da sociedade organizada e matérias sobre economia. O informativo é Com um montante de cerca de 4 milhões de documentos e imagens arquivados e um movimento mensal de aproximadamente 3.500 documentos, entre os projetos da Jucemat está a digitalização de todo este acervo. A partir daí, será estabelecido um procedimento de rotina da prática. Digitalizados, os documentos podem ser acessados de maneira prática e rápida na tela de um computador, bem como ter sua cópia enviada para qualquer parte do mundo igualmente com a mesma rapidez, via internet. Ferramentas de Qualidade Foi dado início, em 2003, à implantação do Programa de Qualidade Jucemat. Entre as ações estão treinamentos em segurança nos procedimentos, liderança, atendimento qualificado e motivação funcional pelo 5S’s. Também vêm sendo feitas pes- quisas com o público externo e interno. Igualmente para promover qualidade no atendimento, foi mudado o layout, ampliada a rede de informática e instalada uma linha telefônica digital. Em breve a Ouvidoria passará por uma reestruturação. Agosto 2004 6 desburocratização D Ministério quer simplificar registro e legalização de empresas esburocratizar para simplificar. Há muito esta é uma das metas mais buscadas no processo de registro mercantil e que ganhou fôlego novo este ano, se tornando, mais que um ideal, uma ação avalizada pelo Ministério da Fazenda e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Redução nos prazos de conclusão do processo e baixa nos custos, estes são alguns dos efeitos da mudança apontados pelo presidente da Jucemat, Ruyter Barbosa. “A longo prazo podemos considerar o aumento no índice de criação de novas empresas e de legalização de outras tantas”, acrescenta ele. O primeiro desafio é a uniformização do passo-apasso ao longo do processo. Dependente de vários órgãos e igualmente deman- conclusão em um tempo considerado inadequado. “Feito desta forma, o processo agrega despesas de Veja algumas das medidas em estudo para a simplificaÁ„o deste processo: Uniformizar as exigências legais e operacionais, conceitos e interpretações jurídicas entre os órgãos e entidades, integrando e padronizando os procedimentos do processo Fazer uso compartilhado de dados e documentos dos clientes de forma segura e dinâmica (por meio de tecnologias de informação avançadas) Aumentar o campo de entendimento do usuário sobre o processo, visando reduzir erros e atrasos no andamento do processo. do uma enorme diversidade de procedimentos, este fator também impõe ao usuário um maior número de deslocamentos; cópias de documentos, e portanto a cada uma das entidades, aumentando o valor repassado ao requerente, as exigências (muitas desnecessárias) e a probabilidade de erros”, avalia Ruyter. Dados mostram deficiência Uma pesquisa do Banco Mundial colocam o Brasil como sexto pior quando o assunto é abertura de uma nova empresa. Segundo estas informações, a média para abertura de uma firma, é de 152 dias. Para cancelamento, o desempenho do país não é melhor: segundo mais burocrático. A pesquisa foi feita em 133 países e visava medir a capacidade de crescimento e geração de empregos dos mesmos. Visando mudar este cenário foi realizado em Brasília,em maio, o workshop Simplificação e Racionalização do Registro e da Legalização de Empresas. Abertura CNPJ já pode ser feita na Jucemat Fotos: Márcia Pereira Alternativa pode facilitar serviço para usuários do interior Nigli:rapidez para usuários e órgãos Desde o dia 12 deste mês, de acordo com o convênio nº 002/2004, de 26 de abril de 2004, publicado no D.O.U. em 28 de abril, o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica-CNPJ, antes retirado apenas na Receita Federal, pode ser retirado e alterado também na Jucemat. Segundo o empresário Manoel Blanco e Neto, da Blanco e Cia Ltda, primeira empresa a utilizar-se da abertura de empresa com retirada do CNPJ na Jucemat, defini este canal como “uma forma de suprir uma necessidade e antigo anseio dos contabilistas”, lembrando que com a mesma “os usuários do interior, que tem maior despesa com deslocamento quando este se faz necessário, serão melhor atendidos”. Blanco completa que esta possibilidade também resulta “na economia de tarifas de autenticação de documentos”. O analista de negócios da Coordenação Geral de Tec- nologia e Segurança da Informação da Receita Federal, Haroldo Freitas Nigli, que esteve em Cuiabá, nos dias 11 e 12 deste mês, para treinar funcionários da Jucemat, enfatiza a “rapidez no procedimento”, tanto para o requerente quanto na rotina das duas instituições, Receita e Junta. Facilidade On-line – o usuário pode acessar o site da Receita Federal e preencher uma ficha cadastral de pessoa jurídica. O procedimento gera o DBE (documento básico de entrada do CNPJ) que o usuário grava em disquete e leva, juntamente com os outros documentos, à Jucemat. Primeiro da região fiscal A iniciativa da Jucemat colocou Mato Grosso como primeiro Estado a disponibilizar esta alternativa na Região Fiscal que compreende ainda os Estados de Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás e o Distrito Federal e o 17º do Brasil. Blanco: antigo anseio atendido 7 Agosto 2004 financiamento Juros de 8% ao ano, com carência de até 24 meses e parcelamento fixo de 60 meses. Este é o perfil do financiamento de R$ 6 milhões para 120 pequenas e micros empresas que a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia-Sicme estará liberando até o final do ano. O recurso é do Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso-Fundeic, provenien- Fotos: Secom / MT Governo tem como meta liberar R$6 milhões do Fundeic este ano Epaminondas: R$ 527 mil liberados para sete empresas te de 5 dos 30% recolhidos pelo Imposto de Circulação de Mercadorias e ServiçosICMS de médias e grandes empresas beneficiadas pelo Programa de Desenvolvimento Industrial de Mato Grosso-Prodei. Segundo o secretárioadjunto de Desenvolvimento, José Epaminondas de Matos Conceição, “80 indústrias tiveram a consulta prévia aprovada e 32 empresas estão aguardando a liberação deste recurso”, coloca ele. Epaminondas completou que o montante, a Secretaria já liberou R$ 527 mil para sete empresas do interior do Estado. “Quatro empreendimentos são de Colíder, dois de Matupá e um de Itaúba”. Entre os segmentos beneficiados estão as indústria moveleira, metalúrgica e de ração animal. Qualificação MT reivindica recursos federais Verba será aplicada em cursos para famílias carentes da BR-163 Com o objetivo de integrar ações e recursos do Governo do Estado com o Governo Federal, os secretários de Estado de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, de Infra-Estrutura, Luiz Antônio Pagot, e de Planejamento e Coordenação Geral, Yênes Magalhães, estiveram reunidos, no gabinete da Setec, na tarde desta quarta-feira, 25, com o diretor de qualificação do Ministério do Trabalho e Emprego, Antônio Almerico Biondi. No encontro foram debatidas alternativas de parcerias entre os dois Governos na área da qua- Reunião de secretarias: parceria lificação profissional em Mato Grosso. O secretário Pagot apresentou ao diretor do Ministério o programa habitacional “Meu Lar”, executado pelo Governo de Mato Grosso, e os subprogramas existentes dentro do “Meu Lar”. A reivindicação foi no sentido de liberar recursos para implementação de cursos de qualificação às famílias beneficiadas com moradias populares. O objetivo é que dentro dos Centros de Múltiplo Uso, construídos pelo Estado nos núcleos habitacionais, sejam ofertados cursos de capacitação às famílias moradoras do local e comunidade vizinha. Além das famílias moradoras dos núcleos, o Governo também quer incluir na proposta as contempladas com os kits Bolsa Material de Construção (BMC). “Nos Centros de Múltiplo Uso serão disponibilizados fogão industrial, máquinas de costura e computadores para executar cursos às fa- mílias. A idéia da parceria com o Governo Federal é justamente na liberação de recursos para execução destes cursos”, destacou o secretário de Infra-Estrutura. A secretária Terezinha Maggi afirmou que o Governo, além de beneficiar os moradores carentes com as casas, também faz a inclusão social das famílias através da inserção das mesmas em programas sociais nas áreas de saúde, educação e qualificação profissional. “Nosso projeto é integrado. A pessoa ganha a casa e também é feito todo um trabalho social com a família, pois sem isso a realidade sócio-econômica destes moradores não é mudada”, reforçou Terezinha Maggi, que exemplificou o trabalho social que já está ocorrendo em 28 municípios do estado. De acordo com o representante do Governo Federal, tais reivindicações serão analisadas no âmbito do Ministério. (Secom) Arroz atrai indústria Industrialização de arroz, esta é a atividade da unidade do Grupo SLC, inaugurada no Distrito Industrial de Cuiabá, no último dia 14. A capacidade de beneficiamento da empresa é de 1,5 mil toneladas/mês. Segundo maior produtor de arroz do Brasil, Mato Grosso está com sua produção para a safra 2003/2004 de cerca de 1.780.100 toneladas, referente a aproximadamente 632 mil hectares. César Lindenmeyer, gerente geral da SLC explica que, além da alta produção de arroz, a posição geográfica do Estado foi decisiva para a empresa na decisão de vir para a região. De acordo com ele, a instalação no CentroOeste coloca a empresa numa posição estratégica para atingir “o Oeste paulista, Triângulo Mineiro e alguns Estados do Nordeste”. Agosto 2004 8 Fotos: Márcia Pereira registrando A princípio, a idéia de sociedade implica na pluralidade de sócios, por esta razão, se por exemplo, numa sociedade com dois sócios, um deles deseja retirar-se, a sociedade deveria dissolver-se completamente. Mas o novo Código Civil, atento aos interesses que gravitam em torno da atividade empresarial, seja dos empregados, do fisco ou da comunidade em geral, permitiu que em casos assim, a sociedade mantenha-se ativa com apenas um sócio, que deve recompor a pluralidade no prazo de 180 dias sob pena de, aí sim, dissolver-se a sociedade. Ou seja, há apenas a previsão de existência de forma temporária da sociedade unipessoal. Mister se faz lembrar que, a dissolução é um dos atos que devem ser arquivados na Junta Comercial. No entanto, lamentavelmente, o legislador não dispensou maiores cuidados à sociedade unipessoal, não disciplinou as conseqüências de modo mais detalhado em relação ao final do prazo para sua existência. As sociedades unipessoais compreendem tipo jurídico inexistente formalmen- As Sociedades Unipessoais te no ordenamento jurídico brasileiro, mas que existem em legislações comerciais de vários países, tendo é claro, denominações próprias. Se a legislação pátria admitisse como tipo, a sociedade unipessoal, que aliás, deveria ter como denominação correta, “empresário de responsabilidade limitada”, essa sociedade vestir-se-ia com a “roupagem” da personalidade jurídica, que é característica das sociedades limitadas, e que não existe para os empresários individuais. Com a personalidade jurídica o ente goza de uma contenção em relação à repercussão das obrigações societárias no patrimônio dos sócios. É importante dizer que a impossibilidade de alcance aos bens pessoais dos sócios pode ser revista a qualquer momento pelo Poder Judiciário em casos de fraude, desvio de finalidade ou confusão patrimonial. A sociedade unipessoal permitiria que empreendedores constituíssem, sem que fosse preciso sócios, sociedades com personalidade jurídica para todos os efeitos, já que a figura do empresário individual da forma como está disposta no Código Civil não é revestida de personalidade jurídica. XIX Enarc 2004 Cuiabá sediará, de 24 à 26 de novembro deste ano, o XIX Encontro Nacional do Registro do Comércio – ENARC. No evento acontecerá a reunião anual da Associação Nacional dos Presidentes de Juntas Comerciais – ANPREJ e acontecerá a entrega do Prêmio de Qualidade e Produtividade do Departamento Nacional do Registro Mercantil – DNRC, edição 2004. A JUNTA COMERCIAL Sindicato Industrial de Cáceres (65) 223-1834 MAIS PERTO DE VOCÊ! (66) 541-2119 (66) 511-1400 (66) 544-1454 Associação Comercial de Quatro Marcos (65) 251-1474 Associação Comercial de Querência (66) 529-2198 *Isis Pernomian é assessora jurídica da Jucemat FALTAM APENAS 5 MESES! TERMINA EM 10 DE JANEIRO DE 2005, O PRAZO PARA QUE AS EMPRESAS SE ADEQUEM AO NOVO CÓDIGO CIVIL. NÃO HAVERÁ PRORROGAÇÃO!