E.1.1 - Agronomia.
Determinação do poder calorífico de “Blends” da poda do cajueiro (Anacardium occidentale)
e da poda da mangueira (Mangifera)
Antonia Mabrysa T. Gadelha1, Marcelo R. Ponte¹, Yguatyara L. Machado2, Ronaldy A. da Silva2, Jackson de Q.
Malveira3, Maria Alexsandra de S. Rios4.
1. Estudante de IC da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - UNILAB;
*[email protected]
2. Pesquisador(a) do Laboratório de Biodiesel, Larbio-Nutec, Fortaleza/CE
3. Coordenador do Laboratório de Biodiesel, Larbio-Nutec, Fortaleza/CE
4. Pesquisadora do Depto.de Engenharia Mecânica, DEM-UFC, Fortaleza/CE
Palavras Chave: Biomassa, Poder Calorifico, Briquetes.
Introdução
Dentre as inúmeras fontes energéticas na humanidade, a
biomassa se configura em enorme importância. No
entanto, ainda é necessária uma busca incessante por
opções energéticas mais eficientes, e menos danosas ao
meio ambiente. Contudo, mesmo sendo a biomassa uma
alternativa válida, o uso demasiado, gera quantidades
significativas de resíduos.
A briquetagem é um processo de densificação energética
de biomassa, onde transforma o resíduo em combustível
sólido, utilizando processos mecânicos para a sua
compactação. Dessa forma, a produção de briquetes se
configura como uma alternativa para utilização desses
resíduos provenientes da biomassa. Considerado sua
produção, como uma alternativa energética tem-se que o
seu rendimento energético está relacionado ao seu poder
de queima, ou seja; ao seu poder calorífico.
O objetivo, deste trabalho, foi determinar o poder
calorífico, de “blends” de resíduos da poda de bananeira e
da poda de cajueiro, visando à produção de briquetes.
Analisando a Tabela 1 observa-se que os valores de poder
calorífico obtidos para os “blends” foram superiores a 16
MJ/Kg. Considerando que o poder calorífico da lenha seca,
de acordo com dados da literatura, seja em torno de
20MJ/Kg, os “blends” das podas da mangueira e do
cajueiro podem vir a ser utilizados na produção de
briquetes com um potencial energético aproveitável.
Avalia-se, ainda, que os mesmos apresentariam como
vantagem o reaproveitamento da biomassa, para geração
de energia, fortalecendo ainda mais a matriz energética
brasileira.
Conclusões
Os resíduos agroindustriais podem contribuir para a
diversificação, o crescimento e o fortalecimento energético
brasileiro. Neste trabalho, “blends” formulados a partir dos
resíduos da poda da mangueira e da poda do cajueiro
mostraram-se como fontes potenciais para produção
combustíveis sólidos (briquetes), bem como a influência da
sua concentração na mistura não exerceu efeitos
significativos nos valores do poder calorífico.
Resultados e Discussão
As amostras foram coletadas em cidades interior do
Ceará, onde a produção de caju e manga é abundante. Os
resíduos obtidos de suas podas foram triturados e
macerados, visando à redução de seu tamanho. A Tabela
1 abaixo mostra os resultados das análises de poder
calorífico obtidos para os “blends” formulados em distintas
concentrações destes resíduos. Na determinação do poder
calorífico, utilizou-se uma bomba calorimétrica modelo IKA
C200.
Tabela 1. Poder calorífico superior para os “Blends” da
poda do cajueiro (Anacardium occidentale) e da poda da
mangueira (Mangifera).
PCS
Erro
Proporções ( % em
Média
Medido
relativo
m/m)
(MJ/Kg)
(MJ/Kg)
(%)
16,5
50 % A
16,4
16,5
0,4
50 % B
16,6
16,1
25 % A
16,3
16,2
0,4
75 % B
16,2
16,9
75 % A
16,8
16,8
0,4
25 % B
16,7
Onde: A- poda do cajueiro; B-poda da mangueira
Agradecimentos
Agradecemos ao CNPq pelas bolsas concedidas e ao
Larbio (Laboratório de Referência em Biocombustíveis).
QUIRINO, Waldir F. et al. PODER CALORÍFICO DA MADEIRA E DE
MATERIAIS LIGNOCELULÓSICOS. Revista da Madeira, n. 89, p.100-106,
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Disponível
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QUIRINO, Waldir Ferreira. BRIQUETAGEM DE RESÍDUOS LIGNO CELULÓSICOS.
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GONÇALVES,
José
Evaristo.
AVALIAÇÃO
ENERGÉTICA
E
AMBIENTAL DE BRIQUETES PRODUZIDOS COM REJEITOS DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E MADEIRA DE Eucalyptus grandis.
2010. 119 f. Tese (Doutorado) - Curso de Agronomia, Ciências Agronômicas,
Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Botucatu, 2010.
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67ª Reunião Anual da SBPC