XVI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA DA UFOP 17, 18 e 19 de Junho de 2015 Escola de Medicina EDITAL APRESENTAÇÕES DE TEMAS LIVRES Este edital se aplica aos trabalhos que são resultados de atividades das disciplinas do curso cuja apresentação no EDC não faz parte de requisito de avaliação das mesmas, projetos de pesquisa ou extensão, com a devida autorização dos professores orientadores. Serão submetidos à Comissão Científica do evento que definirá o formato de apresentação do trabalho caso selecionado– oral ou pôster. Ao final deste edital encontra-se um resumo de trabalho que deve ser usado como modelo. Desde já, é importante salientar que os trabalhos que forem submetidos fora das normas (datas de submissão e formatação necessária) impostas nesse edital não serão avaliados pela Comissão Científica. Normas para elaboração do resumo • Cada grupo deverá submeter um resumo referente ao trabalho que será apresentado. • Os resumos deverão ser enviados exclusivamente para o e-mail: [email protected], no formato de documento Word 97-2003. Não serão aceitos resumos em outros formatos, inclusive PDF. • O assunto do email deve conter, nessa ordem: • O formato da apresentação, no caso, “Resumo Temas Livres”. • Título do trabalho. Exemplo: Resumo Temas Livres – Epidemiologia dos óbitos por carência nutricional em Minas Gerais. O período para submissão dos resumos é de 01 de Maio a 01 de Junho de 2015, até 23h59min. ÁREAS TEMÁTICAS: - Acessibilidade e equidade em saúde; - Atenção a doenças e agravos específicos; - Cenários de prática e integração à rede de serviços de saúde; - Grandes endemias e doenças negligenciadas; - Integralidade da atenção à saúde; XVI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA DA UFOP 17, 18 e 19 de Junho de 2015 Escola de Medicina - Intersetorialidade; - Promoção e vigilância da saúde; - Medicina, saúde e qualidade de vida. - Medicina e Sociedade. • O resumo deve ser objetivo e conciso, escrito em português, contendo: • CABEÇALHO contendo a identificação: o Título do trabalho o Nome completo do orientador (com e-mail para contato) o Nomes completos dos autores (com e-mail para contato) o Instituição de ensino o Local. OBS: Todos os que forem inscritos como autores deverão ter participado efetivamente da concepção e desenho do estudo, ou da análise e interpretação dos dados, assim como da redação do texto final. • CORPO DO RESUMO: o corpo do resumo não deverá ultrapassar 3200 caracteres (com espaços), sendo estruturado de modo a contemplar os seguintes tópicos obrigatórios: Para trabalhos em formato de resultados de pesquisa: o Introdução o Objetivos o Métodos o Resultados o Conclusões Para trabalhos em formato de reflexões teórico-metodológicas: o Introdução o Objetivos o Discussão o Conclusões Para trabalhos em formato de relatos de experiência: o Identificação do Problema o Cenário o Desenvolvimento o Principais Resultados o Conclusões. XVI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA DA UFOP 17, 18 e 19 de Junho de 2015 Escola de Medicina Para trabalhos em formato de relatos de casos clínicos: o Introdução o Relato do caso clínico o Discussão • A digitação do resumo deverá ser contínua, sem parágrafos, com espaçamento simples e fonte Times New Roman, tamanho 12. • Deverá conter duas referências, nas normas da ABNT, e três palavras-chave (extraídas do vocabulário DECS - Descritores em Ciências da Saúde, disponível em http://decs.bvs.br/) devem ser apresentadas ao final do texto, não estando incluídas, assim como o cabeçalho, na contagem de caracteres. • NÃO SERÃO ACEITAS ALTERAÇÕES POSTERIORES, portanto, solicitamos uma minuciosa revisão antes do envio dos resumos. • Não serão aceitos resumos fora da padronização, sem referências ou sem as palavras-chave. Não serão aceitas capas, abreviações, tabelas, gráficos, figuras ou notas de rodapé no resumo. • Os nomes de todos os autores devem estar completos e com email, bem como nome completo e email do professor orientador. Na impossibilidade da comissão do evento conseguir comunicar-se com os autores, os certificados não serão emitidos. Ouro Preto, 15 de março de 2015. Comissão Organizadora do XVI EDC. XVI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA DA UFOP 17, 18 e 19 de Junho de 2015 Escola de Medicina MODELO DE RESUMO EPIDEMIOLOGIA DOS ÓBITOS POR CARÊNCIA NUTRICIONAL EM MINAS GERAIS, UMA ABORDAGEM SOCIODEMOGRÁFICA Olívia Maria de Paula Alves Bezerra ([email protected]) Danilo Jorge da Silva ([email protected]) Filipe Souza Faleiros ([email protected]) Gustavo Moura da Mata Machado Ferreira Pinto ([email protected]) Isabella Gomes Santos ([email protected]) Isabela Gonzaga Silva ([email protected]) Lucas Villaça e Melo ([email protected]) Victor da Silveira Verona ([email protected]) Waleska Giarola Magalhães ([email protected]) Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Medicina. Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. INTRODUÇÃO: A desnutrição relaciona-se à carência energética e nutricional, em função do aporte alimentar inadequado ou não aproveitamento dos alimentos ingeridos, geralmente em decorrência de doenças. A fome, no entanto, caracteriza-se como uma deficiência energética crônica (MONTEIRO, 2003). Apesar de serem conceitos diferentes, ambos se relacionam e são importantes indicadores socioeconômicos e de acesso aos serviços de saúde. OBJETIVO: Mapear os óbitos por causas nutricionais e correlacioná-los com os contextos socioeconômicos das macrorregiões de saúde de Minas Gerais. MÉTODOS: Foram selecionadas e agrupadas as morbidades associadas à fome e à desnutrição presentes na base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do SUS (SIM-SUS) entre 1996 e 2012, sendo elas (e seus códigos segundo CID-10): Desnutrição Proteico-Calórica – DPC – (E43, E43 e E46), Deficiência de Micronutrientes (E51-E56, E58-E61 e E63), Anemias Nutricionais (D50-D53), Kwashiorkor (E40 e E42) e Marasmo Nutricional (E41). Foram, também, coletadas as informações sociodemográficas: escolaridade e idade (no próprio SIM-SUS); PIB per capta, renda média domiciliar per capta (RDP) e percentual da população com renda inferior a meio salário mínimo (PR<1/2SM) segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Taxas de óbito foram padronizadas para 100 mil habitantes de acordo com as populações obtidas nos censos e projeções intercensitárias do IBGE e os casos mapeados segundo as macrorregiões de saúde. RESULTADOS: Das categorias selecionadas, a DPC foi a que apresentou maior taxa de óbitos, com 72,0 casos a cada 100 mil habitantes, seguido por Marasmo Nutricional (6,39), Anemias Nutricionais (5,85), Deficiência de Micronutrientes (0,94) e Kwashiorkor (0,61). Todas as categorias apresentaram maior número de óbitos ocorrendo em indivíduos sem nenhuma instrução formal ou com até 3 anos de estudo com médias de 59% e 25% dos casos respectivamente, sendo a chance de um indivíduo em Minas Gerais ter falecido por uma das morbidades estudadas 2,9 vezes maior dentre os que possuem até 3 anos de estudo em relação aos que possuem 4 anos ou mais (P < 0,0001, calculado através do chi-quadrado corrigido pelo método de continuidade de Yates); as mortes entre os indivíduos com 12 anos de estudo ou mais foram de apenas 1%. As idades vulneráveis para óbitos para todas as categorias avaliadas são: menores de 4 anos (15% dos casos) e idosos (60 anos ou mais, 61%). Houve uma tendência dos óbitos a se manterem estáveis ao longo do tempo, com uma diminuição dos casos de XVI ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA DA UFOP 17, 18 e 19 de Junho de 2015 Escola de Medicina Kwashiorkor a partir de 1997 e estabilização em 2003 e um aumento nos casos de Anemias Nutricionais a partir de 1998 e estabilização em 2004. A avaliação dos fatores socioeconômicos sugere uma relação de proporcionalidade direta entre mortes por causas nutricionais e PR<1/2SM e indireta para a RDP e PIB per capita, tendo a região Nordeste apresentado alguns dos piores índices socioeconômicos e as maiores taxas de óbitos. CONCLUSÃO Os resultados apontam para a fragilidade socioeconômica e baixo grau de instrução (medida indireta de pobreza) como importantes determinantes para os óbitos por causas nutricionais. Palavras-chaves: fome, desnutrição, epidemiologia. Referências: MONTEIRO, Carlos Augusto. A dimensão da pobreza, da desnutrição e da fome no Brasil. Estud. av., São Paulo, v. 17, n. 48, Aug. 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010340142003000200002&lng=en&nrm=iso>. Aceso em 15 de Junho de 2014. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de informações Sobre Mortalidade do SUS (SIM/SUS). Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br>. Acesso entre 15 e 18 de Junho de 2014.