Razón y Palabra
ISSN: 1605-4806
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Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores
de Monterrey
México
Maciel, Betania; Varela, Nelson
O FORRÓ NA METRÓPOLE: UMA PERSPECTIVA DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE E
FORTALECIMENTO DA CULTURA LOCAL
Razón y Palabra, vol. 13, núm. 60, enero-febrero, 2008
Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey
Estado de México, México
Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=199520730011
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Número 60, año 13, enero-febrero 2008
Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey, México.
O FORRÓ NA METRÓPOLE: UMA PERSPECTIVA DE CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE E
FORTALECIMENTO DA CULTURA LOCAL
Por Betania Maciel y Nelson Varela
Número 60
RESUMO:
A partir da coleta de informações, por meio de investigação direta e entrevistas abertas, aplicadas com
alguns produtores musicais, vendedores e consumidores de CDs e DVDs legítimos e piratas de bandas e
cantores de forró ofertados no comércio da cidade do Recife-PE, inquirimos acerca da representatividade
da mercantilização desse patrimônio artístico na consolidação de características atribuídas à chamada
nova ruralidade e da Comunicação para o Desenvolvimento Local, indicando a sugestão de um estudo de
recepção na perspectiva das Mediações Culturais (Martín-Barbero) e do consumo como cenário de
objetivação dos desejos dentro do arcabouço teórico das hibridizações/reconversões culturais (García
Canclini) nesse campo de pesquisa que vem se tornando tão abrangente e complexo imbricados nos
estudos da folkcomunicação (Beltrão) e da mídia e cultura popular (Marques de Melo).
Numa época de globalização das culturas torna-se bastante pertinente a discussão acerca da validade da
veiculação de produtos culturais através das mídias na busca pela geração de renda não apenas para os
grandes empreendedores, tais como produtores de eventos, empresários e músicos de bandas, assim
como os beneficiários de uma divulgação que é realizada através dos meios midiáticos, mas também para
os representantes da outra dimensão, configurada na caracterização de uma perspectiva local, mais
territorializada de uma indústria cultural, que se contrapõe e se complementa reciprocamente com "o
global" e se faz representada por indivíduos que personificam os papéis de pequenos empreendedores ou
de trabalhadores que se encontram nesse outro pólo diametralmente oposto e que, conseqüentemente,
tendem a um direcionamento de apreciação da realidade focada em uma ótica estabelecida desde os
limites de uma objetivação das fronteiras microssociais da realidade.
O gênero musical denominado de "forró" nos parece pertinente para a apreciação de um espaço amostral
que caracterize a situação supracitada, uma vez na qual é amplamente associado às representações
culturais estereotipadas ou não que fazem menção ao chamado "meio rural". O forró seria assim
denominado, segundo o mestre potiguar Câmara Cascudo , notório estudioso das manifestações culturais
populares, devido a redução da palavra forrobodó, que significa, além de arrasta-pé, farra, tumulto,
desordem.
O forró, de acordo com muitos, não seria apenas um único ritmo musical, mas sim a designação
generalizada de diversos ritmos do nordeste brasileiro, tais como o baião, o coco, o rojão, a quadrilha, o
xaxado e o xote. Ainda são identificadas semelhanças tanto com o toré dos indígenas, devido ao arrastar
dos pés, quanto com os ritmos binários portugueses e holandeses e o balanceado de quadris trazido pelos
escravos africanos. No entanto, a influência mais flagrante vem das danças de salão européias. Hoje em
dia continua sendo particularmente popular a associação do estilo musical a cidades interioranas famosas
como Juazeiro do Norte , Caruaru , Mossoró e Campina Grande , onde é símbolo da Festa de São João ,
mas desde a última década também ganhou um considerável fôlego em capitais nordestinas,
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principalmente Fortaleza , Aracaju , Natal e Recife onde são promovidos grandes eventos de forró, e
também em São Paulo - SP, devido ao imenso contingente de nordestinos e, desta forma, o forró vem
ganhando, cada vez mais, novas roupagens com arranjos de guitarras elétricas e sintetizadores.
O progressivo e aparentemente irreversível processo de urbanização do forró nos chamou a atenção para
uma análise das possibilidades de aproveitamento econômico que podem ser geradas a partir da
veiculação na metrópole de um produto cultural historicamente associado às coletividades identificadas
enquanto irradiadoras dos estereótipos que categorizam grupos ou localidades enquanto "rural", para
esse mencionado universo na caracterização de um perfil do que configura a chamada "nova ruralidade".
Já que o forró promove consigo o reforço do imaginário coletivo acerca dos estereótipos associados ao
mundo rural, por que não refletir a respeito dos esquemas de escoamento de recursos pecuniários
resultantes da capitalização desse patrimônio imaterial? Isso se faz necessário para a elaboração de
estratégias que visem escoar o capital gerado a partir da veiculação do produto cultural para realidades
que condizam com o imaginário proposto, que nesse caso se trata das comunidades rurais ou
interioranas.
.
Por isso, a partir da coleta de informações, por meio de investigação direta e entrevistas abertas,
aplicadas com alguns produtores musicais, representantes de venda em atacado, vendedores do varejo e
consumidores de CDs e DVDs legítimos e piratas de bandas e cantores de forró ofertados no comércio da
cidade do Recife-PE, acerca do quantitativo de produtos relacionados ao forró que são adquiridos e a
representatividade cultural e financeira relativa da aquisição ou mercantilização dos produtos e serviços
baseados nesse patrimônio artístico, procuramos encontrar o viés da consolidação de características
necessárias para o fortalecimento dos processos de diversificação de atividades econômicas necessários
para a consolidação da nova ruralidade, uma vez na qual já se foi o tempo em que ao referirmo-nos ao
meio rural brasileiro fazíamos uma relação direta às atividades tipicamente agrícolas e pecuárias e,
atualmente, o produto cultural já pode ser um viabilizador do fortalecimento do conjunto de atividades
não-agrícolas ligadas ao lazer e às várias atividades de prestação de serviços.
E hoje, com a idéia visceral de que o desenvolvimento local é de co-autoria e de co-responsabilidade
mútua, admite-se que nós, no exercício do papel de sujeitos históricos, estamos arrogados de uma
relevante cota de encargos na edificação da vida coletiva e, de acordo com Pires ( In : 2005:59), tal linha
de pensamento carrega consigo determinados conceitos como democracia, autonomia, autogestão,
participação. Ainda está presente na perspectiva de "desenvolvimento local" a tendência à exortação de
um patrimônio natural e histórico-cultural de um dado território apto para dar subsídio a uma pluralidade
de atividades de cunho meramente econômico, uma vez que logre concatenar os atores locais. Como
explica Eli da Veiga (1998 apud, CHIKI; SILVA; ORTEGA, 2002), o patrimônio não se restringe à
materialidade física das paisagens ou da arte, mas agrega de igual modo, bens imateriais atrelados a
tradições locais, artesanato, culinária e a própria paisagem da região, sendo capaz, até mesmo, de
beneficiar a consolidação de marcas identitárias.
O popular e a cultura
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A cultura aqui vem a ser interpretada como um dispositivo de produção dentro da lógica que rege as
relações que se exteriorizam na comunicação entre os seres humanos, através de idéias, sentimentos e
volições e, que se tornam, de acordo com Souto e Souto, "uma sucessão de fenômenos não apenas
sociais, mas também grupais", (SOUTO; SOUTO, 1985, p.01) quando aquilo que é comunicado é aceito de
forma comum com quem se comunica e é estabilizado o relacionamento. De acordo com a dimensão do
grupo social, tomando por base a aceitabilidade por parte do quantitativo de indivíduos, ele vai passar a
ser denominado de "sociedade".
Torna-se coerente uma citação da redefinição do conceito de cultura popular realizada por García
Canclini que tem como base a perspectiva de Gramsci, se direcionando para fatores como produção,
circulação e consumo e, conseqüentemente, se alinhando à teoria da reprodução. (GARCÍA CANCLINI,
1988, p. 49-59) Desta maneira podemos inibir a ocorrência persistente de enfoques sobre cultura
ocorrentes na ciência antropológica que a concebe como a corporificação da personalidade coletiva de
um povo, para realizar uma leitura que a situa como resultado da interação das relações sociais, o que em
perspectivas de ciência da comunicação se traduziria melhor por um processo de apropriação desigual do
bens econômicos e culturais de uma nação ou etnia por parte dos membros dos seus setores
subordinados, assim como a apreensão, imitação e modificação, real e simbólica, dos pré-requisitos gerais
e estritos do labor e da vida. (GARCÍA CANCLINI, 1983, p. 42)
E como afirma Marques de Melo (2005) esta questão "Trata-se de um torvelinho cultural que antagoniza,
compara, distingue e mescla símbolos de diferentes nações, regiões, cidades, bairros, povoados
(COCHRANE, 1995), constituindo a expressão contumaz daquela riqueza do folclore midiatizado. Como
evento singular, ele fora esboçado na teoria folkcomunicacional de Luiz BELTRÃO (1967). A rigor, ele
corresponde à seqüência brasileira de um episódio histórico protagonizado emblematicamente por
Marshal McLUHAN (1951). Ao perceber essa mutação cultural, com a argúcia e a astúcia que lhe eram
típicas, o pensador canadense rotulou-a apropriadamente como folclore do homem industrial .
A escolha dessa linha conceitual para analisar o fenômeno cultural da comercialização do forró implica em
um posicionamento de afinidade com os determinantes externos e não como algo abstraído de um
contexto mais complexo, o que é precípuo em tempos de internacionalização dos referenciais das
culturas para a consumação de um processo de desmistificação dos fenômenos concernentes à área de
estudo que se volta para o binômio das culturas populares versus culturas hegemônicas. Após a
consagração da divisão internacional do trabalho, da pujança dos sistemas de telecomunicações em todo
o gigantismo revelado na interpenetrabilidade e rentabilidade capaz de diluir as barreiras e de gerar
novos entrelaçamentos entre as práticas e os referenciais culturais, faz urgir a necessidade por novas
reflexões acerca da validade dos paradigmas que se prestam à diagnose e explicação dos fenômenos
culturais.
Não é suficiente conceber cultura popular enquanto externação dos traços típicos de um povo, uma vez
na qual tal instituição não existe a priori, de forma metafísica, mas sim como o resultado das influências
mútuas existentes nas relações inerentes à vida em sociedade. Toda a produção cultural nasce a partir
dos subsídios materiais da vida e neste domínio encontra-se enraizada, isso pode ser facilmente
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observado quando se apercebe o quanto as festividades, as práticas religiosas e o repertório musical
praticado pelas classes subalternas encontram-se ligadas ao trabalho material ao qual se entregam.
O signo da globalização acelerada afigura-se como balizador do roteiro percorrido pela civilização neste
início do século XXI. Na esfera político-econômica, os encontros anuais de Davos e Porto Alegr oferecem
nítidas evidências de tal processo mundializador.(MARQUES DE MELO,2005)
A demanda por ampliação do capitalismo não sustenta a variegação de padrões culturais, de objetos e
hábitos de consumo. As inúmeras circunstâncias e proposições modais ligadas à produção cultural são
agrupadas e padronizadas mediante a assimilação, em um exclusivo sistema, da totalidade de maneiras
de se produzir, partindo dessa conclusão não se tornaria temerário afirmar que a urbanização do forró
resultaria dessa necessidade de agrupamento e padronização, da busca de um molde compatível com as
necessidades ilimitadas do contingente populacional que habita as áreas metropolitanas, que quase
sempre tendem a participar mais representativamente na aquisição de bens de consumo e de serviços e
mesmo tendendo para a criação da ilusão de um suposto usufruto democrático dos objetos e hábitos da
classe dominante e, no que diz respeito ao forró, não se pode exemplificar esse caso específico já que o
ritmo não remete a hábitos ou valores das categorias de níveis economicamente mais abastados ou
eruditos.
O papel social de compromisso com a cultura e o folclore constitui um rico material de conservação e
consciência de uma identidade que muitas vezes se torna "invisível" no cenário global. É através das
manifestações e dos estudos das expressões próprias de um grupo como as expressões verbais, materiais
e espirituais que se pode chegar a um maior número de receptores, atingindo não somente de forma
quantitativa, mas a qualidade da informação será positiva, quando neste processo, estão sendo utilizados
os mesmos códigos a quem será direcionada a mensagem. Além de sua função informativa para o
desenvolvimento, a Folkcomunicação merece destaque também para o empoderamento ?significando
potencializar as ações e percepções de uma comunidade, criando sustentabilidade para o
desenvolvimento econômico e social a partir de sua base ? de pessoas excluídas do processo de
desenvolvimento. O objetivo dos estudos da Folkcomunicação é também proporcionar a inserção de
comunidades locais que, após a formação dos grandes centros urbanos foram marginalizados,
demonstrando sua importância e necessidade social.
Meios de comunicação e expectativas de consumo
Buscamos agora subsídios nos estudos voltados para o consumo realizados por Canclini, que defende o
consumo enquanto alvo estratégico de teorização para o entendimento das culturas populares em
contato com as culturas hegemônicas, buscando a desmistificação do imaginário gerado na perspectiva
dos consumidores.
Para desenvolver o diálogo em torno dessa questão nos voltemos para o modelo de consumo como
cenário de objetivação dos desejos, que visa relevar a perspectiva do consumo a partir da perspectiva dos
desejos do próprio consumidor relacionados ao contexto mais amplo do panorama social. A relação desse
modelo com as expectativas de consumo das mensagens do mass media é inelutável e as operações de
produção e comercialização de CDs de forró e a demanda por espetáculos sofrem constantes pressões
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dos modismos gerados pelas expectativas de consumo criadas através, sobretudo, das rádios e da
televisão . Produtos culturais, tais como novelas, filmes, cantores... que são divulgados através dos
veículos de comunicação de maior alcance acabam por influenciar no tipo de produto que vem a ser
ofertado para atender essas pressões de mercado, que muitas vezes exprimem sonhos e desejos que
fazem parte da consolidação da maneira de se permanecer no mundo e interpretar a realidade. Não
havendo necessariamente uma convergência das condições socioeconômicas e culturais vividas pelos
indivíduos e os seus respectivos sonhos, ganha espaço o consumo simbólico e suas implicações.
A respeito do consumo como cenário de objetivação dos desejos, asseveramos com Martín-Barbero, que
há uma dimensão, todos sabemos, fundamental em nosso consumo, é uma dimensão libidinal, dimensão
desejante, e por mais que o desejo atravesse nosso consumo, permanentemente, orienta-o (...). ( MartínBarbero , 1995, p.62) García Canclini diz que mesmo com todos os percalços de se por em evidência para
apreciação pontos complexos sob um ponto de visto sociológico tal esfera da ação ou efeito de consumir
precisa ser relevada.
Trabalhando nessa perspectiva realizamos investigação direta e entrevistas abertas, aplicadas com alguns
produtores musicais, vendedores do varejo e consumidores de CDs e DVDs legítimos e piratas de bandas
e cantores de forró ofertados no comércio da cidade do Recife-PE, acerca do quantitativo de produtos
relacionados ao forró que são adquiridos e a representatividade cultural e financeira relativa da aquisição
ou mercantilização desse patrimônio artístico, procuramos encontrar o viés da consolidação de
características atribuídas à chamada nova ruralidade.
A este processo de tradução dos conteúdos midiáticos pelos "meios populares de informação de fatos e
expressão de idéias", BELTRÃO (1967) denominou Folkcomunicação. Sua tese de doutorado foi dedicada a
elucidar as estratégias e os mecanismos adotados pelos agentes folkcomunicacionais no sentido de tornar
inteligíveis fatos (informações), idéias (opiniões) e diversões (entretenimento). Em pesquisas posteriores
BELTRÃO (1980) comprovou que a imprensa, o rádio, a 5 televisão e o cinema difundem mensagens que
não logram a compreensão de vastos continentes populacionais.(MARQUES DE MELO, 2005)
Resultados e algumas considerações finais
Foram realizadas observações diretas e entrevistas abertas com um contingente de pessoas composto por
dois produtores musicais, cinco ambulantes que comercializam materiais de áudio e vídeo piratas, cinco
vendedores de lojas de materiais originais e dez consumidores.
Os produtores musicais interpelados admitiram que as bandas com as quais eles trabalham já não mais
abrangem mão-de-obra oriunda de municípios rurais ou interioranos, no entanto alegaram que a
identificação dessas localidades com o gênero musical resultaria em uma interpenetrabilidade capaz de
provocar uma freqüência considerável de eventos que contribui na geração de renda para uma variada
numerosidade de pessoas que vendem serviços e produtos no ensejo do aquecimento dos respectivos
panoramas econômicos locais. Tanto os ambulantes quanto os vendedores de lojas procurados afirmaram
que o tipo de forró que possui letras que exaltam referenciais da vida caipira, tais como a citação do meio
ambiente e o cotidiano campestre representam apenas a média um terço do material que é vendido
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rotineiramente, também há concordância no que diz respeito à fidelização do público que é bem mais
notória no segmento de forró tradicional, já que o público de forró estilizado tende a responder às
pressões publicitárias, transitando de um produto um rótulo para outro de acordo com as orientações de
consumo da mass media. Dentre os consumidores que compuseram o nosso universo amostral, apenas a
metade afirmou que ainda identifica o forró com a mística do meio rural, os outros alegaram uma suposta
urbanização do gênero.
O surpreendente foi sentir substancialmente o incontestável potencial de mercado dos produtos
culturais relacionados ao forró e ter uma pequena demonstração do quantitativo de pessoas que podem
gerar renda a partir desse segmento, desde músicos até ambulantes. A falta de sensibilidade das
instâncias capazes de instrumentalizar a viabilização de um modelo de novas ruralidades que aproveite de
forma mais conectada com as demandas da sociedade de consumo o universo simbólico do patrimônio
imaterial nos faz compreender a urgência de estudos de recepção na perspectiva das Mediações Culturais
de Martín-Barbero (2002) que possam vislumbrar de uma maneira potencializada as relações entre os
consumidores de produtos e serviços de entretenimento e os significantes culturais que habitam o já
habitaram o imaginário construído acerca do mundo rural, tendo em vista as transformações das últimas
décadas com o cenário das novas ruralidades , da Comunicação para o Desenvolvimento Local e das
hibridizações/reconversões culturais (GARCÍA CANCLINI, 2006). O papel social de compromisso com a
cultura e o folclore constitui um rico material de conservação e consciência de uma identidade que muitas
vezes se torna "invisível" no cenário global.
Referências
BAUDRILLARD, Jean. Sociedade de Consumo. Edições 70, LDA. Lisboa, 2005. ISBN: 972-44-0776-4
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Betania Maciel
Doutora em Comunicação Social, Mestre em Comunicação Rural ,- linha de pesquisa Folkcomunicação,
Máster em Ciência, Tecnologia e Sociedade: Comunicação e Cultura pela Universidade de Salamanca,
professora do POSMEX - Programa de Mestrado em Extensão Rural e Desenvolvimento Local - UFRPE e
Presidente da Rede Folkcom-Rede de Estudos e Pesquisas em Folkcomunicação - Cátedra UNESCO de
comunicação para o desenvolvimento regional.
Nelson Varela do Nacimento Neto
Bacharel em Ciências Sociais e mestrando em Extensão Rural e Desenvolvimento Local da UFRPE.
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