UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÌS-GRADUAÇÀO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O PRECONCEITO E SUAS INFLUÂNCIAS
NA APRENDIZAGEM INFANTIL
Por: IRAMARA NOGUEIRA
Orientador
Professor Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2006
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÌS-GRADUAÇÀO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O PRECONCEITO E SUAS INFLUÂNCIAS
NA APRENDIZAGEM INFANTIL
Por: IRAMARA NOGUEIRA
Trabalho apresentado no curso de
Pós-graduação na especialidade
Psicopedagogia do Instituto A Vez
do Mestre da Universidade Candido
Mendes para obtenção de grau de
pós-graduado em Psicopedagogia.
Rio de Janeiro
2006
2
RESUMO
Não podemos deixar nunca de admitir que a educação é peça fundamental na
engrenagem de um país desenvolvido é item no qual um país em
desenvolvimento tem que dar prioridade, pois será através de um povo
instruído que se consegue alcançar grandes objetivos e atingir metas
necessárias para o progresso de uma nação.
Mas o entrave que algumas
atitudes promove, faz com que a estagnação do desenvolvimento do país
aflore, e o preconceito é um dos principais motivos, pois a quantidade de
problemas encontrados na educação, originados de ações preconceituosas faz
com que crianças, jovens e até mesmo adultos se prostem diante do medo da
vergonha que possam passar e abdicam da possibilidade de progredir na vida,
realizando seus estudos.
Este trabalho abordara as diversas temáticas que
o preconceito na educação envolve e nos auxiliará no trabalho, que é de
fundamental importância, de lutar para que a igualdade entre as pessoas e a
qualidade de cada indivíduo possa ser trabalhada, demonstrando que todos
podem lutar por sua dignidade, respeito e sucesso, independente de etnia,
aparência, cultura ou até mesmo instrução, já que em muitas oportunidades
aprendemos com pessoas sem nenhum a instrução mas que a experiência de
vida já ensinou tanto que mesmo catedráticos se r endem à sabedoria adquirida
com a vida.
3
METODOLOGIA
A metodologia adotada na realização deste trabalho está centrada na pesquisa
bibliográfica, consulta a sites e fundamentalmente em entrevistas com
experiência vividas por pessoas no âmbito escolar onde possam ter sofrido ou
mesmo presenciado ações preconceituosas ou discriminação devido sua
origem social ou racial.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu filho, Neuber Nogueira, pois seu incentivo e
confiança foram fundamentais para que eu pudesse ingressar nesta
árdua tarefa de ingressar um uma Pós-graduação.
Saber que
temos em quem confiar, ajudar e nos alavancar rumo ao sucesso
ao sucesso intelectual, cultural e profissional, nos dá a certeza e a
segurança de dizermos que somos capazes de enfrentar as mais
perversas dificuldades e a transposição das mais altas barreiras
tornam-se pequenos obstác ulos pois sabemos que do outro lado
teremos alguém para nos amparar.
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Dedicatória
Dedico este trabalho à memória de minha filha Nárria
Nogueira, que mesmo não estando mais entre nós, tem estado
presente em todos os momentos da minha vida e com todas as
dificuldades que diariamente surgem para superar sua perda, tenho
encontrado forças e determinação para fazer o melhor em tudo
aquilo que faço e colher no futuro o s ucesso daquilo que plantei e,
então, ter o orgulho de dedicar tudo isso a presenç a eterna da
Nárria em minha vida e ter a certeza de que sempre estaremos
juntas , não importando o momento, quer seja de felicidade ou
tristeza, pois a vida não teria sentido se não pudéssemos contar
com aqueles que nos amam, estejam onde estiverem.
6
—Minha presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mais
de quem nele se insere.
É a posição de quem luta para não ser
apenas objeto mais sujeito também da História.“
Paulo Freire
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SUMÊRIO
INTRODUÇÀO
CAPÈTULO I - PRECONCEITO ...............................................11
CAPITULO II - APRENDIZAGEM INFANTIL ..........................17
CAPÈTULO III - INFLUÂNCIA DO PRECONCEITO NA..........21
APRENDIZAGEM INFANTIL
CAPÈTULO IV - ESTUDOS DE CASOS ...............................27
CONCLUSÀO ..........................................................................31
REFERÂNCIAS BIBLIOGRÊFICAS .......................................33
ANEXO
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INTRODUÇÀO
Embora nosso século seja considerado de grande avanço cientifico e
tecnológico, com um olhar mais cuidadoso em relação aos dir eitos humanos,
observamos que o brasil ainda é cenár io de vários problemas sociais,
considerados como um entrave na educação favorecendo a incompatibilidade
com os ideais de cidadania, visto que a educação é condição sinegua para o
desenvolvimento de um país.
A discriminação por exemplo, é um dos fatores que contribuem
negativamente no processo de aprendizagem, favorecendo o insucesso do
indivíduo e consequentemente sua exclusão no âmbito educacional.
A discriminação considerada hábito arr aigado de julgamento verdades
de um povo, oprime de forma sistemática, grande parcela da população como
por exemplo: negros, homossexuais, especiais, etc.
Observamos que o preconceito é um tipo de discriminação que age de
forma perversa dentro desse processo e é referendado pelo próprio currículo
escolar que privilegia a cultura européia, não levando em consideração a
formação cultural do povo brasileiro que originam-se de etnias diversas,
colocando a figura do negro, muitas vezes de forma depreciativa contribuindo
para a baixa auto-estima do educando.
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CAPÈTULO I
PRECONCEITO
10
PRECONCEITO
Podemos recorrer a um dicionário e dar uma explicação literalmente
correta como œ —Preconceito é um juízo preestabelecido baseado em mera
crença ou opinião que formamos sem conhecer devidamente
a realidade
sobre a qual nos manifestamos“, o que significa que antecipadamente tiramos
conclusões, sem nos importarmos com a veracidade dos fatos, para tentarmos
entender melhor sobre preconceito a m elhor maneir a seria fazer um estudo
profundo com uma pesquisa de campo continuada, e mesmo assim a
descrição, ou melhor , o entendimento de fatos que resultam em preconceito
ficaria incompleto devido a sua complexidade.
Falar sobre o preconceito nos r emeter a diversos momentos em que
presenciamos situações no dia-a-dia, nos quais o preconceito se faz presente.
São momentos que em muitos casos nos passa desapercebidos, mas que
podem causar conseqüências graves nas pessoas que sofrem essas ações
diversas tipos de preconceito, não podemos deixar de mencionar que podemos
também ser vítimas e agressores ao mesmo tempo e sofremos com suas
conseqüências.
Portanto, vemos que as diversas formas que podemos
encontrar com o preconceito, nos coloca em um verdadeiro —impasse“, pois ao
mesmo tempo em que pré concebemos uma idéia sobre determinada coisa,
assunto, pessoa, etc.., também estamos de certa forma sendo vitimas de
conclusão precipitadas de outras pessoas.
Não importa a forma de preconceito, veremos alguns exemplos mais
adiante, estamos todos propenso a ser atingido por ele, quer seja por classe
social, condições financeira, cor de pele, por nível cultural ou educacional, tipo
de cabelo, postura, aparência, etc..
Não importa a forma ou a maneira, mas por algum motivo alguém pode
e provavelmente será preconceituoso com outro individuo.
Precisamos
trabalhar a nossa personalidade para que não tenhamos que utilizar das
11
diversas formas em que o preconceito se apresenta, esta é uma tarefa
extremamente árdua, mas que temos a necessidade de tentar colocá-la em
prática.
O preconceito racial é uma das questões em que é possível sublinhar a
complexidade da r elação entre desempenho escolar e desigualdade. O
despreparo dos professores para lidar em com essa questão e a dificuldade das
crianças em verbalizar as experiências de preconceito sofridas, muitas vezes,
se constitui num impedimento para que esta questão seja discutida em sala de
aula. E esta dificuldade tende a ser reproduzida na universidade.
Existe uma espécie de 'conspiração do silêncio' sobre este assunto.
Para uns é extremamente doloroso falar sobre isso, para outros porque é
cômodo não discuti-lo. Buscar soluções para este problema significa deixar de
tratar o preconceito racial como um fenômeno monolítico. Seria importante, na
luta contra o preconceito na escola, saber em quais situações as
manifestações de preconceito acontecem já que, aquelas crianças que trocam
ofensas durante o recreio podem, num outro momento, brincarem juntas na
sala de aula.
Ao discutir a situação educacional dos negros no Brasil, nós estamos,
fundamentalmente, interagindo num debate público.
Portanto vimos que o preconceito está enraizado na sociedade e quanto
trabalho a ser feito temos pela frente com o objetivo de erradicar esta forma de
desmoralização do indivíduo dentro da sociedade. Mas será que o preconceito
racial pode ser erradicado da sociedade? Alguns cientistas sociais concordam
que existem três maneiras mais efetivas para erradicar o preconceito.
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1. Disseminação de informações científicas sobre raça, de modo que as
bases de julgamento errôneo sejam r emovidas.
2. Suprir de oportunidades continuas pessoas de raças difer entes para
associar-se de situações favoráveis. Estudos desenvolvidos durante a
Segunda Guerra Mundial demonstraram que experiências positivas com
membros de outras raças estão entre os meios mais poderosos para
remover este tipo de preconceito.
3. Remoção de condições sociais e econômicas que criam dificuldades e
frustrações. Investigações de gr ande profundidade demonstravam que
pessoas continuamente frustradas são mais aptas de desenvolver
preconceito, porque elas têm uma maior necessidade de um bode
expiatório contra aqueles de sentimentos reprimidos de hostilidade que
possam ser expressados.
Cada indivíduo que desejar tomar parte na grande tarefa de remover o
preconceito racial da sociedade pode fazê-lo, tornando-se bem informado
sobre as descobertas da ciência a cerca da raça, participando continuamente
em atividades inter-r aciais, ajudando a melhorar aquelas condições sociais
gerais que trazem frustrações e dificuldades a muitos grupos de pessoas, e
encorajando outros se juntar a ele nestes louváveis empreendimentos.
Há, ainda, outro fator de pré-requisito para o sucesso de qualquer
programa destinado a remover o pr econceito - uma fonte de motivações para
causar a ação corr etora, apesar da resistência que a mudança provoca.
É
extremamente difícil empreender ações necessárias que irão modificar e
desenvolver tanto o próprio indivíduo como a sociedade. A enorme resistência
do preconceito humano parece impossível de ser superado.
Infelizmente, o
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mero conhecimento sobre discriminação e injustiça racial não irá
necessariamente inspirar alguém a fazer alguma coisa a respeito.
As convicções intelectuais devem ter uma confirmação emocional, antes
que resultem em ações persistentes. A humanidade deve possuir um desejo
de superar o resíduo de superstições e das noções infundadas sobre pessoas
e coisas, às quais muitos estão propensos a aceitar como uma simples
verdade, porque elas têm sido muitas vezes repetidas pelos parentes,
companheiros, e amigos íntimos.
Desde tempos memoráveis, a religião tem sido a fonte desta motivação em
direção ao bom trabalho e conduta que é necessário para a eliminação do
preconceito racial dos grupos. Na presente era, a religião deve novamente
ajudar todos os empreendimentos dedicados à solução dos pr oblemas desta
mais desafiadora área do crescimento humano.
Finalizando este capítulo, vislumbramos uma situação que nos mostra a
grande possibilidade de que o preconceito e a discriminação se perpetuem na
sociedade mundial, pois por mais que este assunto seja discutido e que ações
sejam tomadas para tentar diminuir os efeitos causados pelas diversas formas
já existentes de preconceito, nos deparamos com a notícia que novas formas
de discriminação estão surgindo, como por exemplo, nos EUA e na Austrália já
temos o preconceito genético, onde exames de DNA são realizados com o
intuito de verificar se aquela pessoa tem pré-disposição a determinados tipos
de doenças, encarecendo seu plano de saúde ou até mesmo sendo
impossibilitada de fazê-lo. Algumas empresas se utilizam de exames
periódicos em seus funcionários e mesmo sem autorização fazem estes testes
de DNA, com o objetivo de prever possíveis doenças que seu colaboradores
possam vir a ter. Se fosse para prevenir, até que seria uma boa ação, porém
sabemos ou imaginamos o objetivo da realização destes testes.
Portanto o
indivíduo já tem marcado na sua vida a possibilidade de ser discriminado desde
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o momento em que é gerado no ventre de sua mãe. E este e um tipo de
preconceito que independe da cor da pele e aí sim alguns daqueles que se
dizem melhores que outros por sua origem racial, passam a ter a possibilidade
de sofrerem os m esmos tipos de preconceitos por sua origem genética. Não
que isto seja bom, mas quem sabe se um dia possa fazer refletir de uma forma
geral as conseqüências que esta forma de pensamento pode atrapalhar a vida
do ser humano.
15
CAPÈTULO II
APRENDIZAGEM INFANTIL
16
APRENDIZAGEM INFANTIL
Precisamos chamar a atenção, em especial daqueles que tem em suas
mão a responsabilidade social da Educação, para o fato de que precisamos
rever nossas posturas diante da fase inicial da vida escolar de nossas crianças,
dando especial atenção para a idade do zero ao seis anos.
Temos que repensar toda a estrutura Educacional no que concerne a
Educação Infantil, com uma ampla gama de transformações necessárias para
garantir aos nossos alunos uma educação de qualidade, como é tão
freqüentemente defendido nos discursos político e em inúm eras teorias.
Por meio de um diálogo com professores do Ensino Fundamental que
trabalham com primeira série poderemos, com certeza alavancar algumas
diferenças básicas encontradas por estes em alfabetizar alunos que
freqüentaram a Educação Infantil e aqueles que chegam na escola pela
primeira vez já na primeira série, sendo que os primeiros, se bem preparados
em nossas creches e escolas que trabalham com esta modalidade de ensino,
chegarão à primeira série com o devido alicerce para acompanharem a fase de
alfabetização, o que consequentemente facilitará todos os processos
educativos, m elhorando em muito o seu desempenho ao longo da sua vida
escolar.
Sabemos que é na Educação infantil que a criança adquire os primeiros
preparos para o convívio social, tem a primeira noção de valores morais e
também, através de atividades apropriadas, aprimora suas capacidades
cognitivas e motoras.
O alicerce na educação do indivíduo é fundamental para o seu sucesso
escolar. Precisamos, então, pensar na necessidade do bem preparo do
professor para que desenvolva atividades adequadas a esta faixa etária das
crianças, para que não aconteça de, ao invés de bem prepará-las, acabar
fazendo com que tudo acabe ruindo, ou seja, que todo o conhecimento que
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deve ser adquirido posteriormente, não tenha sustentação e seja um
disperdicio de tempo, dinheiro e de trabalho em cima daquela criança. A falta
de conhecimento do professor que não domina ao processo cognitivo e
psicológico pelo qual a criança passa nesta idade pode levar ao fracasso, o
que pode "comprometer toda a obra" ou seja, comprom eter todo o
desempenho da criança, não apenas escolar, mas social e familiar também.
A criança aprende mais do zero aos seis anos do que um adulto ao
longo de toda sua vida. Precisamos pensar então sobre o que queremos que
ela aprenda, mais os valores que precisam ser alicerçados neste período e
qual o compromisso da escola e do Estado com a referida aprendizagem.
Creio que precisamos, urgentemente, repensar a prática educativa de nossas
escolas, onde, comumente, são designados os professores menos preparados
e menos comprometidos para trabalhar com a Educação Infantil, já que uma
fase escolar que não possui obrigatoriedade legislativa, sem precisar
apresentar resultados quanto ao desempenho do aluno, ou seja, muitos
professores preferem a Educação Infantil "por não haver cobranças e não
precisar apresentar resultados". Enfim, por julgarem não existir necessidade
de compromisso do professor com a aprendizagem das crianças.
Se
pensarmos assim, nossos alunos vão ruir, se continuarmos encarando desta
forma a prim eira fase escolar das crianças, entregando-as, em alguns casos,
nas mãos de profissionais e instituições despreparadas e descomprometidas.
Precisamos portanto repensar as propostas educacionais hora vigentes
para a fase da Educação Infantil, pois se confiarmos nossas crianças a
profissionais competentes, que detêm profundo conhecimento sobre a fase do
desenvolvimento infantil propostas por autor es como Piaget, Montessori,
Vigotski, entre outros, os resultados serão bem mais compensatórios,
facilitando em muito a aquisição do saber nos anos vindouros do estudante.
Outro item de relevância neste repensar hora proposto é o de que,
atualmente, muitas das fam ílias brasileiras não possuem as mínimas
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condições, tanto econômicas como culturais de bem atender seus pequeninos,
sendo que , neste caso, profissionais bem preparados e o devido investimento
do Estado poderão contribuir em muito pra que estas sejam melhor cuidadas,
tanto física quanto educacionalmente, contribuindo assim para que sejam
futuros adultos mais atuantes, conhecedores dos seus direitos, críticos, ou
seja, cidadãos por completo.
Esta pode ser a chave para combater males como drogas e violência,
afinal, o caminho da tão falada dignidade social passa antes de mais nada pelo
banco de uma escola. Precisamos rever inclusive a questão legislativa, novas
políticas educacionais devem ser implantada e as políticas vigente devem atuar
de forma efetiva para dar melhor formação aos profissionais da área
educacional, atr avés de medidas eficazes como por exemplo proporcionar
cursos de aperfeiçoamento e formação continuada pra os profissionais de
nossos Centros de Educação Infantil, escolhendo os melhores professores,
com o devido embasamento teórico, "alicerçando" adequadamente a base
desta construção, compromisso pessoal e coletivo de todos aqueles que de
uma forma ou de outra possuem alguma ligação com a educação, tendo a
família, como os professores, políticos, etc. desta forma, garantiremos aos
nossos educandos uma forte base educativa, capaz de suportar todo o peso da
obra educacional que será acrescentada ao longo dos seus anos escolares, e
conduzindo-os de forma sadia e responsável para uma vida adulta plena de
realizações, e estaremos certos de que cumprimos com nossa missão.
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CAPÈTULO III
INFLUENCIA DO PRECONCEITO NA APRENDIZAGEM INFANTIL
20
INFLUÂNCIA DO PRECONCEITO NA APRENDIZAGEM INFANTIL
"Em uma sala de aula , no primeiro dia de aula, a professora precisou
sair.
Falou para
as crianças se comunicar, se conhecerem melhor,
conversarem com os amiguinhos de trás, com o da frente.
Um aluno olhou
para a professora e falou: "Eu vou conversar com essa pretinha aí de trás?""
E a professora ficou desarmada, sem saber o que falar."
(depoimento do aluno Tupã - SP)
Este exemplo nos mostra a gravidade da situação, se de um lado o
aluno branco, se podemos dizer que brasileiro é branco, esperava da
professora uma resposta de (pré) conceito que já trazia introjetado. Por outro
lado, a aluna negra também ansiava por uma resposta que lhe permitisse
perceber, naquele primeiro dia de aula, como seriam dali em diante suas
relações sociais na escola.
A conseqüência exata do silêncio expressivo e
significativo da professora não se pode avaliar.
Quando alguém ou grupo julga uma pessoa não pelo que ela é, ma por
sua nacionalidade, cor, sexo, orientação sexual, isto é discr iminação. Trata-se
de um hábito arraigado em todos os povos, aprendido pelas crianças ao
copiarem as atitudes de seus pais, com conseqüências medonhas na forma de
guerras e progressão sistemática de grandes parcelas da população (negros
pelos brancos, índios pelos colonizadores, mulheres pelos homens, judeus pelo
cristão, etc.) apesar de ser muito difícil mudar opiniões aprendidas na primeira
infância, não é impossível exercitar a tolerância na forma de controle de ações
discriminatórias.
Expomos este fato para enfatizar a importância da Escola no
aprendizado da criança e mostrar com o a discriminação racial prejudica o
aprendizado. Sabemos que a população brasileira é constituída de indivíduos
21
descendentes de diversas etnias e dessas variadas etnias surge o povo
brasileiro. Mas os currículos escolares privilegiam especificamente a cultura
européia, e não incorpora, em termos de conhecimento, a soma das
experiências de todas estas etnias, o que reforça a discriminação racial na sala
de aula, o aluno que sofre a agressão ver bal sente-se menos capaz e
automaticamente incorpora um sentimento de inferioridade que o outro impõe,
o que prejudica demasiadamente seu desempenho.
No que diz respeito ao material didático, que por muitas vezes tem o
caráter discriminatório, e racistas, mostrando pouquíssimas ocorrências de
personagens negras e quando isto ocorre, a figura do negro quase sempre
aparece de forma depr eciativa, em situação servil, jocosa e etc...
O caráter assumido pela nossa produção didática acaba por interferir
negativamente na construção da auto-imagem da criança negra. Os conteúdos
dos textos didáticos são em grande parte responsáveis pelo complexo de
inferioridade que com alguma freqüência é identificado na personalidade da
criança negra e acaba por reforçar os estereótipos atribuídos ao negro.
Embora sejam os todos igualmente brasileiros, nossas origens étnicas
nos fazem indivíduos diferentes. No Brasil, a cor da pele e as implicações
históricas e sociológicas que esta diferenciação epidérmica produziu, nos
fizeram diferentes. Reconhecemos-nos como diferentes.
A sociedade brasileira caracteriza-se por uma pluralidade étnica, sendo
esta produto de um processo histórico que inseriu num mesmo cenário três
grupos distintos:
portugueses, índios e negros africanos.
Esse contato
favoreceu o intercurso dessas culturas, levando à construção de um país
inegavelmente miscigenado, multifacetado, ou seja, uma unicidade marcada
pelo antagonismo e pela imprevisibilidade.
22
Apesar do inter curso cultural descrito acima, esse contato desencadeou
alguns desencontros. As diferenças se acentuaram, levando à formação de
uma hierarquia de classes que deixava evidentes à distância e o prestígio
social entre colonizadores e colonos. Os índios e, em especial, os negros
permaneceram em situação de desigualdade situando-se na marginalidade e
exclusão social, sendo esta última compreendida por uma relação assimétrica
em dimensões múltiplas - econômicas, política, cultural.
Sem a assistência
devida dos órgãos responsáveis, os sujeitos tornam-se alheios ao exercício da
cidadania.
Esse conhecimento inicial parece ter de algum modo subsistido,
contribuindo para o quadro situacional do negro . o seu cotidiano coloca-o
frente à vivência de circunstâncias como preconceito, descrédito, evidenciando
a sua difícil inclusão social. Sendo assim, busca-se por meio deste trabalho
compreender coo são construídas as relações raciais num dos espaços da
superestrutura social do país, que é a escola, e como ela contribui para a
formação da identidade das crianças negras.
O estudo da interface racismo e educação oferecem uma possibilidade
de colocar num mesmo cenário a problematizarão de duas temáticas de
inquestionável im portância. Ao contemplarmos as relações raciais dentro do
espaço escolar, questionamo-nos até que ponto ele está sendo coerente com a
sua função social quando se propões a ser um espaço que preserva a
diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade.
Sendo assim,
aguardamos mecanismos que devam possibilitar um aprendizado mais
sistematizado favorecendo a ascensão profissional e pessoa de todos os que
usufruem os seus serviços.
A escola é r esponsável pelo processo de socialização infantil no qual se
estabelecem relações com crianças de difer entes núcleos familiares.
Esse
contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das
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tensões raciais. A relação estabelecida entre crianças brancas e negras numa
sala de aula pode acontecer de modo tenso, ou seja, segregando, excluindo,
possibilitando que a criança negra adore em alguns momentos uma postura
introvertida, por medo de ser rejeitada ou ridicularizada pelo seu grupo social.
O discurso do opressor pode ser incorporado por algumas crianças de modo
caciço, passando então a se reconhecer dentro dele:
"feia, preta, fedorenta,
cabelo duro", iniciando o processo de desvalorização de seus atributos
individuais, que interferem na construção da sua identidade de criança.
A exclusão simbólica, que poderá ser manifestada pelo discurso do
outro, parece tomar forma a partir da observação do cotidiano escolar.
Este
poderá ser uma via de disseminação do preconceito por meio da linguagem, na
qual estão contidos termos pejorativos que em geral desvalorizam a imagem do
negro.
O cotidiano escolar pode demonstrar a (re) apresentação de imagens
caricatas de crianças negras em cartazes ou textos didáticos, assim como os
métodos e currículos aplicados, que parecem em parte atender ao padrão
dominante, já que neles percebemos a falta de visibilidade e reconhecimentos
dos conteúdos que envolvem a questão negra.
Essas mensagens ideológicas tomam uma dimensão mais agravante ao
pensarmos em quem são seus receptores. São crianças em processo de
desenvolvimento emocional, cognitivo e social, que podem incorporar mais
facilmente as mensagens com conteúdos discriminatórios que permeiam as
relações sociais, ao quais passam a atender os interesses da ideologia
dominante, que objetiva consolidar a suposta inferioridade de determinados
grupos. Dessa forma, compreendemos que a escola tanto pode ser um espaço
de disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do
preconceito.
Com essa finalidade surge a Lei
nº 10639/2003 œ Lei de História da
Êfrica, de 09 de Janeiro de 2003 œ Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir
24
no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática —História e
Cultura Afro-Brasileira“.
Mas não devemos deixar este papel somente para a escola, pois a
incorporação de conceitos não discriminatório deve começar dentro de casa,
pois o exemplo dado pelos pais e por pessoas mais velhas que fazem parte do
convívio da criança, tem influência fundamental na construção do pensamento
e da formação da personalidade deste indivíduo.
Incorporar e demonstrar
ações que permitam a criança perceber que todos somos iguais, e que uns tem
apenas mais capacidade em determinados assuntos enquanto outros são
melhores em diferentes assuntos.
A escola será um dos principais meios de disseminação desta igualdade,
cabendo aos educadores um papel importante no conjunto de conhecimentos
adquiridos pelos alunos. Porém os pais não devem deixar que estes
educadores ajam sozinhos pois se os professores tem papel importante na
construção intelectual do indivíduo, os pais tem o papel principal.
25
CAPÈTULO IV
ESTUDOS DE CASOS
26
ESTUDOS DE CASOS
O preconceito está tão presente na sociedade que mesm o quando
tentamos indagar pessoas sobre casos de preconceitos sofridos durante
sua vida, quer seja na infância ou mesmo na fase adulta, não conseguimos
relatos deste tipo de problema ocorrido. Já existe uma espécie de
preconceito ou mesmo uma preocupação das pessoas admitirem que
sofreram qualquer tipo de discriminação. Devido a este fato podemos
creditar a dificuldade que é a coleta de inform ações para a elaboração
deste capítulo, pois o medo de discriminação e do preconceito já sofrido, faz
com que muitas pessoas saiam pela tangente no momento de dizer se já
passaram por algum problema ligado a preconceitos sofridos em sua vida.
Alguns outros falam somente de fatos ocorridos com pessoas próximas e
pouquíssimas conseguem assumir que o preconceito já esteve ou está
ligado a sua vida de alguma maneira, quer seja sofrendo ou até mesmo se
utilizando de alguma forma de preconceito ou discriminação.
Seguimos então reproduzindo o relato de algumas pessoas que se
enquadram nesta última citação e que passaram por experiências
desagradáveis em suas vidas e quais as conseqüências que estes fatos
puderam trazer ou se incorporar em sua personalidade ou até mesmo na
criação de sentimentos que o influencie no decorrer de suas vidas.
Um dos casos que podemos relatar envolveu a jovem Monique Almada,
moradora de Olaria, hoje com 17 anos, mas aos cinco chegou em casa
abismada, após o primeiro dia de aula, contando para a mão que havia uma
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criança negra na sala de aula dela, como se fosse algo espantoso que uma
criança negra estudasse na mesma sala que ela. Uma espécie de
preconceito involuntário mas que já está embutido na sociedade e que
acabam se enraizando nas crianças desde seus primeiros passos, cabendo
aos pais e parentes mais próximos a explicação e orientação sobre casos
como estes, permitindo que a criança não seja preconceituosa e nem
discrimine seus colegas de turma, fazendo com que a convivência e o
sucesso de novas amizades possam se fazer de forma natural e proveitosa.
Mas nunca é demais ressaltarmos a importância da orientação dentro de
casa para que estas crianças possam ter sucesso neste processo de
socialização, o que aconteceu com a Monique.
Rafael, 8 anos, é um menino negro do bairro de Irajá no Rio de Janeiro,
e por diversas vezes é vítima de brincadeiras preconceituosas de uma
pessoa de idade que sem o menor pudor e discer nimento, o agride
verbalmente como por exemplo chamando-o de carvão, neguinho safado,
piche, etc. E não importando quem esteja perto, quer sejam os pais do
garoto, a avó, vizinhos ou qualquer pessoa desconhecida, o garoto é
sempre vítima desses insultos. Porém esta pessoa idosa que o agride não
consegue identificar que ele próprio é um descendente negro e que ele
próprio já sofreu e sofre discriminações devido à cor de sua pele.
Vemos que é muito fácil atingirmos outras pessoas mas não podemos
de deixar de fazer o máximo para identificarmos os problemas que estão
presentes em nós mesmos. Pois a arma que usamos para atacar, poderá e
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certamente será usada contra nós um dia, pois como diz o ditado, "quem
com ferro fere, com ferro será ferido".
M as não são só os negros que sofrem preconceitos e discriminações
devido sua aparência. Aqueles que por infelicidade da vida ou até mesmo
por acomodação, estão em situação sociais inferior, passam também por
diversas dificuldades em relação a preconceitos sofridos em suas vidas.
Podemos citar o caso do jovem Robson, que devido sua classe social e as
dificuldades financeiras que sua família sempre passou, teve a necessidade
de estudar em escolas públicas e infelizmente não conseguiu passar no
vestibular para uma universidade pública, porém devido a seu esforço e sua
capacidade intelectual, conseguiu, através de uma prova, uma bolsa
integral em uma faculdade particular da zona sul do Rio de Janeiro, no
curso de engenharia. Contudo, seus companheiros de classe eram todos
de alta classe, com pais que bancavam seus estudos, com carros do ano e
sem nenhum tipo de responsabilidade com contas ou afazeres.
Diferentemente de Robson, que morava bem longe, tendo que pegar duas
conduções para estudar, tinha que trabalhar, pois mesmo tendo bolsa
integral na faculdade, precisava se manter, com pagamento de passagens,
livros, material escolar, refeições e principalmente ajudar em casa pois
como já vimos, sua família sempre passou dificuldades.
Robson, em seu primeiro ano, nunca era chamado para as festinhas
organizadas pela turma, era sempre alijado quando da elaboração de
29
trabalhos a serem apresentados na faculdade, nunca estava presente nas
rodas de chopp no barzinho da faculdade pois nunca podia pagar a sua
parte, pois tudo era sempre muito caro, etc. Só que o tempo e a
perseverança foram fazendo com que as coisas começassem a mudar pois
a determinação em ser alguém na vida e tirar seus pais da situação precária
em que viviam, fizeram com que Robson se tornasse o melhor aluno da
classe e seus companheiro, que um dia se acharam superiores e
discriminavam Robson por ser pobre, começaram a ver que eles estavam
aquém em relação a Robson intelectualmente, e com medo que isto
afetasse suas vidas, m ais do que depressa fizeram de amizade e tinham
até orgulho de estar fazendo parte do grupo de amigos do melhor aluno da
turma.
Com isso podemos ver que mesmo que possam os nos sentir superiores
em relação à outra pessoa, sempre estaremos sujeitos a estar em grau
inferior em determ inados fatos e devido a este fato não devemos discriminar
ninguém para que não possamos sofrer esta discriminação da mesma
forma.
30
CONCLUSÀO
Diante da problemática da discriminação racial, é necessário que o
educador adote uma postura crítica em relação ao cur rículo escolar e o
material didático recebido e adotado nas escolas do Brasil em geral.
Observando a realidade do educando, sua bagagem sociocultural,
trazendo a discussão de suas raízes para a sala de aula de forma que todos se
sintam indivíduos inseridos no processo de aprendizagem respeitando a
diversidade, construíndo sua auto-imagem de forma positiva.
Assim existe a necessidade da escola funcionar como espaço de luta
contra a discriminação der rubando paradigmas, ensinando a aceitar,
compreender as diferenças, objetivando a justiça social, educando para a
igualdade. Desta forma impedindo a construção de uma sociedade aliciada em
preconceitos.
No processo de aprendizado é importante que a criança se identifique
com os conteúdos que lhe são transmitidos. Por isso, o educador não pode
desprezar a bagagem sociocultural de seus alunos, deve-se realçar que na
constituição da cultura brasileira as contribuições e etnoculturais são
importantes. No que diz respeito à cultura africana a simples constatação
histórica negra no Brasil, á mais de quatro séculos, deixa-nos patente sua
influência.
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Cabe ao educador despir-se de todo etnocentrismo e aceitar as relações
inter-raciais brasileiras. Usando a sociedade, como um todo, aprender a
compreender e aceitar as diferenças, se existem os que devem aprender,
naturalmente faz-se necessária à presença daqueles cuja função é ensinar OS EDUCADORES.
32
REFERENCIAS BIBLIOGRÊFICAS
DIMESNSTEIN, Gilberto. Aprendiz do Futuro - Cidadania hoje e amanhã. São
Paulo: editora Êtica, 1998.
LAROSA, Marco Antônio. AYRES, Fernando Arduini.
Como produzir uma
Monografia passo a passo. 4ª edição. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2005.
PAIN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem.
Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
MURCIA, Juan Antonio Moreno. Aprendizagem através do jogo. São Paulo:
Artmed Editora, 2005.
SIMONI, Ciro. Visões do m undo negro: ontem e hoje. Porto Alegre: Editora
da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, 1998.
HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário da língua portuguesa....
WEBGRAFIA
www.nead.unama.br/bibliotecavirtual 06/12/2005
www.renascebrasil.com.br/f_preconceito.htm 03/11/2005
www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.639.htm 17/1/2006
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ANEXOS
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
Mensagem de veto
1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da
temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REP BLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos
seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:
"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, tornase obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História
da Êfrica e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na
formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social,
econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito
de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e
História Brasileiras.
§ 3o (VETADO)"
"Art. 79-A. (VETADO)"
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ”Dia Nacional da
Consciência Negra‘."
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.
LUIZ INÊCIO LULA DA SILVA
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
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As diferenças importam realmente, ou o essencial é ser
humano respeitando nossas diversidades.
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Porque os heróis nunca são negros?
Montagem sobre a ilustração da Bela Adormecida, com o príncipe e donzelas negros: imagem inexistente
nas histórias infantil.
Aluno desenha herói branco, falta de
referência da própria raça negra em livros, filmes e novelas.
37
Cartaz criado por Claudius Ceccon para a
Campanha "Direitos são pra valer"
Negro é lindo!
Negro é inteligente!
Negro é honesto!
Negro é gente!
Negro é irmão!
Foto: Joaquim Duarte.
38
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