Nrº. 6 | Junho de 2013 Corr reio da Seniorlândia Ano III | Nrº. 6 | Junho de 2013 | Distribuição gratuita USO no concurso da RUTIS em Gondomar 2 O Meu 1º ano na USO 4 Música: A Linguagem Universal da Humanidade 5 Folia em dia de Carnaval 6 A Nossa Escola 7 Visita à Pateira de Fermentelos 8 Caneças deve connuar freguesia 10 Almoço de Natal 12 Torneio de Boccia Sénior 14 Conversando sobre Matemáca 15 Viagem a Londres 16 Palavra de Poeta 20 Visita ao Posto de Comando do MFA 22 Passeio a Óbidos 22 Almoço de Natal da ASO/USO A " sui generis" faceta de vivência familiar da nossa Associação USO presente no concurso da RUTIS em Gondomar Alunos mostraram a sua cultura geral 1 2 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 USO presente no concurso da RUTIS em Gondomar Alunos mostraram a sua cultura geral Manuel Fernando Lopes A Universidade Sénior de Odivelas (USO) parcipou no Concurso de Cultura Geral da Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) que decorreu no dia 25 de janeiro de 2013 no Pavilhão Mulusos da cidade de Gondomar e que teve por lema “O Saber não tem idade”. Luísa Silva, Manuel Lopes e Bárbara Santos formaram a equipa que representou a USO. ao máximo. Ao Correio da Seniorlândia a equipa manifestou o seu orgulho por representar a Universidade Sénior de Odivelas e afirmouse convicta de que honrou e dignificou o nome da USO. À chegada a espinho o guia fez uma discrição da cidade que tem, nos dias de hoje, como principal Avidade o turismo, sendo possuidora de um belo casino, onde a comiva se deslocou após o jantar e todos se diverram em bom ambiente de festa e são convívio. O Primeiro Dia A viagem começou na Universidade Sénior de Odivelas em direção a Gondomar. O ambiente no autocarro era muito calmo. Depois de duas paragens em estações de serviço para descanso chegámos a Gondomar onde o guia fez uma pequena discrição do local, tendo-se seguido o almoço. Após a refeição paru-se para o Pavilhão Mulusos de Gondomar, onde o concurso iria decorrer. Concorrentes e apoiantes ocuparam os seus lugares com o ambiente ainda calmo. No decurso do concurso os apoiantes das equipas concorrentes iam-se manifestando com aplausos e incenvos. Quando a equipa da USO fez a sua prova os apoiantes não se cansaram nos aplausos e ovações. A Universidade Sénior de Odivelas parcipou numa das meias-finais mas não foi apurada para a final que foi ganha pela Universidade Sénior de Santarém (USS). Após a realização das provas teve lugar a exibição da Tuna da Universidade Sénior de Gondomar seguindo-se a entrega dos prémios e de lembranças a todas as universidades presentes. O troféu de vencedor era muito bonito, esculturalmente bem definido e estruturado. Apesar de ter sido a Universidade Sénior de Santarém a vencer a edição deste ano do concurso, a edição de 2014 não decorrerá na cidade escalabitana porque a USS é já repetente nas vitórias pelo que o concurso decorrerá na cidade da equipa que conquistou o segundo lugar, a Universidade Sénior de Caldas da Rainha. Terminado o concurso e radas as fotografias da praxe equipa e apoiantes regressaram ao autocarro que paru em direção a Espinho. O concurso não decorreu como todos desejariam, mas a equipa tem plena consciência de que lutou, que deu o que nha e o que não nha, que teve espirito de sacricio e realizou um esforço intelectual muito elevado e que se esforçou O Segundo Dia Após o pequeno almoço tomado no Hotel a comiva deixou Espinho em direção a Aveiro onde realizou um pequeno passeio de cerca de uma hora num barco caracterísco aveirense, o moliceiro. Na opinião dos parcipantes foi um passeio agradável, com muito boa disposição. Ao longo da viagem avistavam-se, atracados no cais, os angos barcos da frota pesqueira do bacalhau nas longínquas e frias terras da Gronelândia. Também se viram as salinas onde vivem e nidificam inúmeras espécies de aves e se encontra uma das mais bonitas vistas do nosso litoral. Em Aveiro ainda houve oportunidade para visitar o Museu de História e Arte. Instalado no ango Convento de Jesus, da Ordem Dominicana Feminina é formado pela área monumental e por uma exposição permanente. Na área monumental destaca-se a Igreja de Jesus e o seu claustro concluídos no século XVI, o eslo barroco do coro baixo, com o túmulo da Santa Joana (1693-1711). A exposição permanente apresenta obras de pintura, escultura, talha, paramentaria, azulejo, ourivesaria e têxteis. Do acervo do museu constam ainda as secções de cerâmica, vidro, metais e arqueologia. De realçar o centésimo aniversário deste museu que se assinalou a 09 de março deste ano. Após esta visita teve lugar o almoço num restaurante local seguindo-se uma visita ao Museu de Arte Nova, ainda em Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia Aveiro. Este museu, com dois pisos e inaugurado recentemente, pretende levar o visitante a refler sobre os pressupostos da revolução estéca que a Arte Nova proporcionou, ai encontrando uma oportunidade para melhor compreender os reflexos desde movimento da atualidade. A exposição temporária “Dicionário da Arte Nova” atualmente patente, é um instrumento de pesquisa para os amantes e curiosos da temáca. Do desenho de artefactos doméscos à saúde pública, passando pela educação, desenvolvimento das ciências, vestuário, organização social, filosofia, estruturação urbana, pografia, etc., são inúmeros os documentos, registos e autores que este movimento influenciou e que estão espelhados nesta exposição. De realçar a existência, no piso inferior do museu, de uma Sala de Chá com um interior bem ornamentado e estéco. Seguiu-se uma visita à Avenida Lourenço peixinho onde se podem admirar as belíssimas fachadas dos edicios em Arte Nova, o património edificado mais em destaque em Aveiro, sendo o ex-libris da cidade e dos aveirenses. Connuação da viagem até ao local da úlma visita, o Museu Marímo de Ílhavo (MMI) fundado a 08 de agosto de 1937. Lugar de memória dos Ilhavenses que o criaram o museu começou por assumir uma vocação etnográfica e regional. Neste museu destacam-se várias coleções, as primeiras relacionadas com objetos da pesca de bacalhau à linha e com as fainas agro marímas da Ria de Aveiro, com destaque artes 3 de pesca da laguna. O museu é detentor de um património local e regional, não faltando, por isso, uma valiosa coleção de cerâmica, com especial relevo para os vidros e porcelanas da Vista Alegre, assim como uma coleção de pintura e desenho e uma coleção de algas marinhas. O Museu Marímo de ílhavo conta com quatro exposições permanentes todas elas de temáca maríma. No âmbito do 75º aniversário do museu a Câmara Municipal de Ílhavo inaugurou, a 13 de janeiro deste ano, o Aquário dos Bacalhaus, com uma capacidade de 120m3 de água com uma temperatura média de 13º, havendo a necessidade de angir arficialmente as condições de salinidade existentes no habitat natural destas espécies, ulizando para tal um sal medicinal importado da Alemanha, porque o nosso sal não tem as condições exigidas. Depois desta visita empreendeu-se a viagem de regresso à Universidade Sénior de Odivelas com o ambiente no autocarro a permanecer calmo. Da equipa concorrente registou-se o agradecimento a todos pelo apoio que lhes foi dispensado. O Saber não tem idade…Objetivos! 1º. - Promover e divulgar as Universidades da Terceira idade; 2: Estimular o sentido cognitivo dos participantes e a competição saudável; 3º - Estimular o convívio entre alunos e professores das diferentes UTI’s. Correio da Seniorlândia 4 Vivências Nrº. 6 | Junho de 2013 Crónica O meu 1º ano na Universidade Sénior de Odivelas Maria Emília Carvalho Inscrevi-me na Universidade Sénior de Odivelas, pela primeira vez, este ano. Comecei por assisr às aulas do Mundo da Comunicação e é sobre elas que gostaria de escrever. S ão aulas em que a parcipação dos alunos é sempre muito ava e proveitosa. Há temas propostos pelo professor ou pelos alunos, por vezes com a presença de endades alheias à USO, mas sempre com o propósito do debate, do conhecimento. A primeira destas presenças, desde que frequento as aulas, foi da Vereadora da Câmara Municipal de Odivelas, com o pelouro da Educação, Fernanda Franchi que, a propósito do início do ano levo, veio falar sobre a atuação da CMO em relação às escolas do concelho: refeições nas escolas, oferta dos livros, programas para o desenvolvimento das crianças das zonas mais diceis, o programa-projeto urbano-rural, o programa da hipoterapia que se desenvolve na Escola da Paiã embora o espaço sico do picadeiro seja pequeno. Presença do Vereador Paulo César Teixeira, responsável pela Proteção Civil Municipal e Dr.ª Susana Costa, técnica do Serviço Municipal de Proteção Civil de Odivelas, com a apresentação de um vídeo feito por seniores do concelho sobre prevenção de acidentes. O Vereador Carlos Bodião, com o pelouro do Ambiente no execuvo municipal, falou da sua área e da função da CMO na organização e limpeza dos espaços públicos. Com o Dr. Paulo Quaresma, presidente da Junta de Freguesia de Carnide e membro da direção da ANAFRE - Associação Nacional de Freguesias, discumos a proposta do Governo para a reunificação/exnção de freguesias. Houve também uma aula em que conversámos sobre assistência médica no concelho com a presença da Vereadora Sandra Pereira, detentora do pelouro da Saúde. A Dr.ª Máxima Vaz veio conversar sobre o Dia Internacional da Mulher e uma outra vez sobre o pós 25 de Abril nas escolas "primárias". Sobre a época anterior ao 25 de Abril falou também o Sr. Carolino Santos que, com quase 89 anos, revela uma jovialidade e força invejáveis. Todas estas presenças foram muito proveitosas, até porque após a intervenção dos convidados, todos os alunos apresentavam as suas opiniões e portanto a sua parcipação era muito ava. Alguns alunos apresentaram também temas interessantes, sobre a sua profissão; sobre a vida na sua meninice/ juventude; as dificuldades, o aspeto social. Outros apresentaram temas que pressupõem invesgação: a escrita através dos tempos; o suicídio, muito bem apresentado à luz da corrente espírita. Foram apresentados e discudos dois livros: Profecia Celesna, de James Redfeal e A Mão do Diabo, de José Rodrigues dos Santos. Foi também apresentado um trabalho sobre o Museu do Teatro desde a sua fundação até às exposições e trabalhos que hoje são apresentados. Além destes trabalhos na sala, visitámos por altura do 25 de Abril, o Núcleo Museológico do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas que funciona no Regimento de Engenharia Um, na Ponnha, que noutro argo será convenientemente apresentado. Estas aulas agradaram-me muito pelo empenho de todos (professor, alunos, convidados), pela maneira ava como colaboraram, pelos ensinamentos que transmiram. Ficha Técnica Edição: Universidade Sénior de Odivelas Periodicidade: Semestral Redação: Alunos da disciplina “O Mundo da Comunicação” Direção: Luísa Santos Silva Supervisão: Isabel Martins e Isabel Aires Site: http://www.usenior-odivelas.com | E-mail: associação: associaçã[email protected] | E-mail secretaria: [email protected] Telef.: 219 347 130 | Tlm.: 967 814 602 Os artigos assinados são da responsabilidade dos seus autores. Nrº. 6 | Junho de 2013 Música 5 Correio da Seniorlândia Crónica A linguagem Universal da Humanidade Vasco Lopes da Gama O Homem, ao tentar construir a torre de Babel, teve como casgo a confusão de idiomas, de tal forma, que ninguém entendia ninguém, tudo ficando assim mais dicil. No entanto, Deus deu ao Homem uma oportunidade única, ao deixar-lhe uma linguagem universal ─ a música. A música, que cada um de nós ouve, toca-nos o coração. Não importa que po seja. Numa ou noutra situação poderemos até assustar-nos com determinado po de música, mas, aos poucos, começamos a compreendê-la. A música é, assim, uma linguagem universal que vai esmular outras áreas do nosso desenvolvimento, sendo fundamental para o bom funcionamento de toda a sociedade. Desde os tempos mais remotos, sempre que uma nova sociedade nascia, com ela surgia também um novo eslo de música. A música é, de facto, uma linguagem comum a todas as pessoas, podendo facilmente transmir emoções, ou senmentos, a nível universal. A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, senmentos e pensamentos... A música é, sem dúvida, uma linguagem universal que está presente nas mais diversas situações da vida humana, tanto a nível individual, como colevo. A linguagem musical é igualmente um excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da autoesma e do autoconhecimento, para além de ser um poderoso meio de integração social, sendo possível, através dela, passar mensagens de união fraterna entre os seres humanos, independente da língua e cultura de cada povo. A música é algo que está sempre associada à cultura e às tradições de um povo e da sua época. Por muitos, a música é vista como a primeira das artes, tanto no que diz respeito à história humana como na sua importância na vida de cada um de nós. Nas civilizações primivas, os sons nham um significado, o qual também estava presente nos seus instrumentos primivos. Mas, já para nós, a música é reconfortante e, não raras vezes, presta um valioso auxílio ao nosso equilíbrio emocional. Não há pracamente nenhuma cultura onde a música não esteja presente funcionando até, na maioria das vezes, como fator determinante no desenvolvimento linguísco e afevo dos indivíduos. Desde o nascimento, a criança tem necessidade de desenvolver o sendo do ritmo, pois em todo o universo que nos rodeia, há um sem número de ritmos que se evidenciam a cada passo e a cada momento. Coro da Universidade Sénior de Odivelas 6 Carnaval USO Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 Crónica Folia, folia que a tristeza não apaga a crise! Aline Oliveira Foi tarde de convívio na Universidade Sénior. Uma colega aproximou-se de mansinho, falando-me na hipótese de levarmos um bolo de aniversário para o lanche, porque o nosso dia de anos calhava nessa sexta-feira. Fiquei entusiasmada, seria uma bela maneira de festejar uma data especial, para quem vai podendo contar mais um. A maioria dos alunos envergavam uma gracinha carnavalesca e entre colegas fomo-nos diverr. A Universidade Sénior mima-nos ao longo do ano levo com agradáveis momentos de boa disposição. Há a preocupação de ver os seniores felizes e os nossos professores também se esforçam por isso, ajudando-nos a subir os degraus de novos conhecimentos. O meu muito Obrigada por tudo que tenho recebido. A tarde ia avançada quando, a meu pesar, deixei a “minha segunda casa” e... Lá se foi o dia, Meus olhos brilharam, Enchendo-se de alegria, Quase não acreditavam. Tinha na minha frente, O meu único rebento Com um sorriso permanente, Enchendo-me de contentamento. Acabou o trabalho mais cedo, Mais cedo que imaginava, Acelerou quase a medo, Com ela a mãe não contava. Ia só dar um beijinho, O tele... começou a tocar, Disse-me muito baixinho, O António também vem jantar. Assim acabou o dia, Com meu coração cheio de alegria, A tarde nha sido de fantasia E à noite, ve da família a companhia. Nrº. 6 | Junho de 2013 Vivências 7 Correio da Seniorlândia Crónica A Nossa Escola Fátima Dias Quando em setembro de 2007 procurei inscrever-me nesta escola nha uma curiosidade e uma expectava que não sabia descrever. Mas, acabada de passar à situação de aposentada, da minha vida profissional ava de quase 40 anos, necessitava de programar avidades, para gradualmente fazer o desmame de uma avidade quodiana tão intensa. A Foi assim que após ter sido contactada e me ter sido feita a proposta, não hesitei em aceitar. O espaço escolar preenche uma grande área e comporta vários edicios desde o bar/refeitório, várias salas de aulas em 3 edicios, auditórios, biblioteca, piscina, ginásio , espaços abertos , estacionamento coberto e até uma capela! Por se situar fora do espaço urbano , goza de um silêncio onde se ouvem o chilrear da passarada e o canto das cigarras. De quando em vez a algazarra e a correria de um grupo de préadolescentes e/ou adolescentes que passam por nós. A vista sobre Lisboa é de cortar a respiração!. Nos primeiros dias de aulas ia de surpresa em surpresa! A mistura de teenagers com gente de cabelos grisalhos, nos corredores, no refeitório, na biblioteca, provocavam-me algum embaraço , mas, ao mesmo tempo, faziam com que esquecesse a minha idade! Os professores , todos eles mais jovens do que eu, também me espantavam com tanta simpaa e generosidade! Afinal o que nha ouvido falar até então sobre universidades seniores , não era nada daquilo! O que me diziam é que seniores ensinavam e trocavam saberes uns com os outros , num espaço a eles desnados, onde se faziam trabalhos manuais e lhes proporcionavam alguns passeios! Na verdade, já lá vão 4 anos e ainda não passei a uma única disciplina! Mas tanto tenho aprendido, meu Deus! E tanto tenho a agradecer a Professores, sempre disponíveis e pacientes, diretoras , sempre presentes , quer na escola, quer em deslocações sejam elas a Guimarães ou ao Algarve! A todo o pessoal que atento e de sorriso aberto, apoiam nas variadas iniciavas! Que bom ter-vos conhecido e que bem se está nesta escola! Fevereiro de 2013 Workshop Hipnose, Mitos e Aplicações Terapêuticas Aline Rocha Os alunos da Universidade Sénior, aceitaram o convite feito pela Presidente da Associação Sénior, Sr.ª D. Isabel Marns, e compareceram no dia 31 de Maio no Auditório do Complexo Educavo da Pedago, a fim de assisrem ao Workshop, Hipnose, Mitos e Aplicações Terapêucas, dinamizado pelo prof. Dr. Luís Picado, Presidente do ISCE. Todos os alunos ficaram certamente mais esclarecidos, porque foram dados exemplos sobre o que é a hipnose ulizada para fins médicos (vimos algumas imagens de uma cirurgia realizada no Hospital de Santa Maria), mas também ficamos a saber quando a mesma hipnose é feita para fins de espetáculo. Muito mais foi dito e explicado. O que se pretendia com esta sessão era além do debate do tema, que exisu, foi também criar um espaço aberto de compreensão reflexão e experimentação entre a plateia e o dinamizador. Penso que foi conseguido. Ao Prof. Dr. Luís Picado os agradecimentos dos alunos da Universidade Sénior de Odivelas. A Universidade Sénior de Odivelas à distância de um clique: www.usenior-odivelas.com 8 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 Visita da Disciplina de Espanhol Dois dias por terras do Vouga Aline Oliveira Os alunos da Universidade Sénior de Odivelas foram visitar a região do Vouga numa viagem organizada pela disciplina de Espanhol e aberta a todos os alunos que se quisessem inscrever. O evento decorreu nos dias 16 e 17 de Março e constuiu um experiência enriquecedora para todos os parcipantes. A viagem incluiu visitas à Pateira de Fermentelos, Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga, Estação Ferroviária de Aveiro e Caves S. João, na região da Bairrada, havendo ainda oportunidade para um passeio no “Vouguinha” combóio turísco da região. Chegámos dez minutos antes da hora marcada para a saída do ISCE. O autocarro já se encontrava no local de parda e quase cheio. Houve as habituais saudações, a procura de um lugar vago e depois ficamos à espera do professor que também não demorou. A viagem foi diverda. A nossa organizadora soube imprimir logo à parda bom humor, apresentando-se como guia e o humor connuou através de pequenas intervenções de alguns alunos da aula de espanhol, procurando dar a conhecer ao seu professor os progressos da sua boa aprendizagem. Diziam eles que estavam a tentar ter “boa nota” no final do ano levo. Tivemos duas paragens pelo caminho e embora véssemos do sorte com o bom tempo, quase não prestamos atenção à paisagem, tal era a boa disposição. O almoço foi na região da Bairrada, no restaurante “Caves São João”. Sío muito sossegado, onde éramos esperados para uma visita às respevas caves com a explicação da sua longa história. Muitas garrafas de vinho arrumadas cuidadosamente para manter a sua qualidade inalterável. Vinho envelhecido com o passar dos anos, suas garrafas vão ficando cheias de pó e o teto de parte das salas onde são guardadas, vai ficando cheio de teias de aranha, lembrando rendas tecidas grosseiramente. O almoço foi agradável e invulgar. Um prato de carne, frango com arroz de cabidela. Depois cabidela de leitão, onde em alguns síos do país é conhecido por “sarrabulho”. A seguir serviram leitão assado com batata frita na hora e salada. A finalizar uma faa de um delicioso pudim. Do menu não constava a festa. Depois do almoço, os nossos colegas do cavaquinho brindaram-nos com as suas alegres músicas e cantorias. Muito bonito de ver e ouvir. Acabados esses bons momentos, viajamos calmamente até ao hotel, onde fomos recebidos com uns laivos de chuva. Arrumamos as nossas malas nos respevos quartos, com uma vista fantásca sobre a Pateira, e fomos dar uma volta até ao monumento do Emigrante. Os mais corajosos foram um pouco mais à frente, até ao miradouro. Corajosos porque a chuva, muito envergonhada, ia teimando cair mansamente. O final de tarde foi calmo e cada um entreteve-se como mais lhe agradou. Chegou a hora do jantar, bem servido, mais parecia um banquete. No final deste, vemos a alegrar o serão um agrupamento folclórico da região, com moças alegres e rapazes a condizer. Desfilaram com crianças intercaladas entre cada dançarino. O úlmo número da sua atuação teve um desafio. Convidaram senhoras do grupo sénior, para irem dançar com eles. No fim da atuação delas fizeram igual pedido aos cavalheiros. A finalizar convidaram os seniores a dançar sozinhos e eles ficaram aprovados para constuir um agrupamento folclórico. Nrº. 6 | Junho de 2013 9 Correio da Seniorlândia Pateira de Fermentelos Quando minha filha começou a trabalhar, A Aveiro foi parar. Nas horas livres, pelos arredores começou a passear E aconselhou-me: - Mãe! Deves a Pateira visitar. Numas férias abalei Um dia a Pateira visitei. Liiiiinda de encantar, É agradável recordar. No fim do serão e a convite do responsável do hotel, fomos encaminhados para a discoteca, situada no mesmo edicio, onde vemos oportunidade de brincar um pouco, dançando e cantando. Quando pensávamos que íamos descansar, apareceram quatro simpácos cozinheiros, duas senhoras e dois cavalheiros vesdos a rigor. Elas empurravam um carrinho com um grande bolo, eles empurravam outro com vinho e os respevos copos. Comemos, bebemos e voltamos a cantar. Finalmente, felizes fomos dormir, aproveitando a vida que nem sempre nos faz sorrir. Domingo, às nove horas em ponto, já com o corpo bem lubrificado, saímos com desno a Macinhata do Vouga. Em Aveiro apanhamos o comboio, o “Vouguinha”, numa animada viagem turísca. Um acordeonista, sem o sendo da vista, tocava sem descanso músicas populares. Cantamos, dançamos e a certa altura uma senhora, envergando um traje regional, foi distribuindo doces e bebidas. Saímos do comboio olhando cuidadosamente à nossa volta. Perto da estação estava o Museu dos angos comboios. Lá estavam as carruagens de angamente espelhando a evolução que houve ao longo dos anos. Expostos estavam também todos os acessórios necessários ao bom funcionamento deles. Talvez muitos seniores recordassem tempos passados, pensando nas viagens feitas durante a sua vida. Regressamos ao hotel no autocarro, com uma pequena paragem, para admirar uma linda capela, que não pode ser visitada, por ser a hora da missa. Estava repleta de fiéis, mas uma senhora simpáca abriu a porta principal, para os curiosos poderem observá-la. Fomos almoçar para o hotel, saindo em seguida num regresso calmo e ainda com algumas surpresas dos alunos da língua do nosso pais irmão. No grupo estava uma menina, dez anos lindos a condizer com a linda flor, neta de uma colega. Acompanhou os menos jovens em todas as farras, sempre bem disposta e com uma conversação interessanssima. Parabéns minha querida. Parabéns extensivos à genl organizadora de tão belo passeio. Foi pensado ao pormenor e foi perfeito. Muito obrigada pelo seu esforço, amizade, companheirismo, boa disposição,... sem esquecer todas as Pedras Preciosas do grupo. Recordar esse passeio Em que não vi quase nada, O tempo foge, escasseia, Mas eu vim encantada. Agora, há pouco tempo, veio Uma amiga com olhos belos, Convidar-me para um passeio, À Pateira de Fermentelos. Não deu para hesitar, Com o marido fui falar, Rapidamente concordou E eu aqui estou. Estou com boas companhias, Para disfrutar estes dois dias, Prometem ser com alegria. Depois connuar o dia a dia. Aline Oliveira Março de 2013 Correio da Seniorlândia 10 Nrº. 6 | Junho de 2013 Um desabo de uma Canecense Contra a agregação de Freguesias Maria Amélia Figueiredo A decisão governamental de redução de freguesias, que no concelho de Odivelas angiu três das sete atualmente existentes, levou Maria Amélia Figueiredo a enviar uma carta à presidente da Assembleia da República onde “desabafa” o que lhe vai na alma sobre este assunto e invocando as suas memórias e movos para estar contra a agregação de freguesias, no caso em apreço a agregação de Caneças à Ramada dando lugar à União das Freguesias de Ramada e Caneças. Lembramos que no resto do concelho também houve agregações com Olival Basto a juntar-se à Póvoa de Santo Adrião e Famões a juntar-se à Ponnha. Apenas a freguesia de Odivelas se manteve inalterável. ~ Publicamos na íntegra a carta de Maria Amélia Figueiredo. Caneças, 09 de Janeiro de 2013 Exmª Senhora Presidente da Assembleia da República Assunto: Redução das freguesias. Apesar de admir o seu tempo muito ocupado, permito-me dirigir a V.Ex.ª. Expressando o meu “desabafo” sobre o assunto em referência solicitando ainda o obséquio de fazê-lo chegar, por cópia da presente, a todos os grupos polícos representados na assembleia de sua presidência. “Desabafo” Em 1913 nasceu em Caneças, na freguesia de Santa Maria de Loures, o meu pai. Em 1915 nasceu em Caneças na freguesia de Caneças, a minha mãe. Também eu aqui nasci à 75 anos e sempre ouvi falar da minha terra, das minhas origens “saloias” com muito gosto e muito orgulho. Caneças tem monumentos que vão muito para além de nós, são imemoriáveis os tempos da sua origem. Tem uma história, um passado único na região, pelas suas águas, as suas lavadeiras, às suas hortas, o seu turismo de outros tempos. Caneças hoje, na rua da centenária SMDC Uma das Fontes de Caneças Foi pertença do concelho dos Olivais, do concelho de Loures e agora de Odivelas. Hoje já não tem tantas belezas de outrora mas ainda tem o verde, o chilrear dos pássaros, o ar despoluído e tem uma vida que não é só dormitório. É trabalho de várias gerações , é mérito do “poder autárquico democráco” na recuperação das áreas ao tempo ditas clandesnas. Hoje Caneças tem, entre outras, uma colevidade centenária, tem um quartel de bombeiros construído de raiz, tem uma extensão Centro de Saúde de Odivelas, também construído de raiz, tem a sede da junta de freguesia instalada em edicio histórico, recuperado, por onde quantos de nós por lá passaram no aprender Lavadeira do “B-À-BÀ”, tem igreja, Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia 11 Resta-me a esperança de uma reflexão justa sobre o tema que trago e seja melhor analisado antes de decidir. Quantas almas por este país que lá longe sofrem como eu por ver apagar parte da sua própria história na sua terra. Manuscrevo porque gosto e porque não possuo elementos modernos das novas tecnologias, sou como a minha terra, Caneças, já de muito passado. ALDEIA DA ROUPA BRANCA Do filme Aldeia da Roupa Branca” protagonizado por Beatriz Costa estação de correios, tem um mercado novo, tem cemitério, tem Casa da Cultura, Centro de Convívio para a 3ª Idade, escolas de vários graus de ensino, comércio tradicional e ainda a presença de algumas quintas parculares que estão a ser postas ao serviço da comunidade. Tem a Quinta da Fonte Santa e tem a Quinta das Águas Férreas que sendo propriedade da Câmara Municipal de Odivelas é também de ulidade pública e fica no único lugar da freguesia, Vale de Nogueira, onde ainda há hortas, onde as ribeiras ainda correm livres mas onde já não se encontram em abundância os medronhos e as ginjas com que em cada casa saloia se faziam a aguardente ou a “ginjinha” para receber os amigos. São todas estas memórias que foram trazidas pelos familiares e velhos amigos e me foram contadas com tanto orgulho saloio como eu as conto hoje e que me fazem trazer este testemunho como “desabafo” Pergunto: É justo eliminar esta freguesia e associa-la a uma “novinha” com pouco mais de 10 anos cuja história também conheço e nada tem a ver com um passado demasiado histórico e onde teve como jusficação um maior número de eleitores sem raízes locais? Não concordo. Sei o que é uma autarquia loca, sei o que é viver por perto os problemas básicos da população de uma freguesia, por isso lamento que aqueles que muitas vezes decidem não nham do tempo de experimentar, como eu desde os 10 anos, parcipar na vida e na história da sua terra. Entrega de Roupa, lavada em Caneças, em Lisboa Ai rio não te queixes, Ai o sabão não mata, Ai até lava os peixes, Ai põe-nos cor de prata. Roupa no monte a corar Vê lá bem tão branca e leve Dá ideia a quem olhar Vê lá bem que caiu neve Água fria, da ribeira, Água fria que o sol aqueceu, Velha aldeia, traga a ideia, Roupa branca que a gente estendeu. Três corpetes, um avental, Sete fronhas, um lençol, Três camisas do enxoval, Que a freguesa deu ao rol.(bis 2x) Ai rio não te queixes, Ai o sabão não mata, Ai até lava os peixes, Ai põe-nos cor de prata. Olha ali o enxoval Vê lá bem de azul da esperança Parece o monte um pombal Vê lá bem que pombas brancas Água fria, da ribeira, Água fria que o sol aqueceu, Velha aldeia, traga a ideia, Roupa branca que a gente estendeu. Três corpetes, um avental, Sete fronhas, um lençol, Três camisas do enxoval, Que a freguesa deu ao rol.(bis 2x) Ai rio não te queixes, Ai o sabão não mata, Ai até lava os peixes, Ai põe-nos cor de prata. Um lençol de pano cru, Vê lá bem tão lavadinho, Dormimos nele, eu e tu, Vê lá bem, está cor de linho. Água fria, da ribeira, Água fria que o sol aqueceu, Velha aldeia, traga a ideia, Roupa branca que a gente estendeu. Três corpetes, um avental, Sete fronhas, um lençol, Três camisas do enxoval, Que a freguesa deu ao rol. (bis 2x) 12 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 Almoço de Natal da ASO/USO A " sui generis" faceta de vivêncii A primeira reação que vemos ao iniciar este trabalho jornalísco foi o porquê da inclusão dum evento desta natureza no Plano de Avidades da Associação Sénior de Odivelas (ASO), envolvendo de forma tão entusiásca e empenhada a sua direção. E quem melhor do que a Presidente da ASO, Isabel Marns, para nos esclarecer esta questão? Segundo Isabel Marns, «Um dos seus objevos ao fundar a ASO, não teve só por base as ofertas forma- vas, intelectuais e de lazer. Pretendia, que fosse também, um espaço onde a solidariedade, generosidade, fraternidade, tolerância, união, parlha e alegria, esvesse presente em todos os momentos. NATAL significa tudo o que acabei de descrever, não é apenas uma data fesva, é um modo de viver». Referiu-nos também a Presidente da ASO que «Pela tradição, pela nossa cultura, Natal é a festa da família. Época em que andamos todos atarefados na correria das compras, a fazer o presépio, a árvore de Natal, a preparar tudo para que nada falte na ceia de Natal aos que mais amamos. A pensar nessa azáfama e na falta de tempo, decidimos incluir o nosso almoço de Natal no plano de avidades. Desta forma, todos foram informados atempadamente de modo a poderem estar presentes neste almoço que se pretende seja de confraternização, camaradagem e alegria». Sem dúvida que uma das melhores formas de confra- ternizar e conviver é à volta duma mesa, reunindo, como que em plenário, a família ASO (Sócios, Parceiros Fundadores da nossa Associação, Corpo Sociais) e Professores da USO (Universidade Sénior de Odivelas). ALMOÇO DE NATAL DA ASO/USO, dissemos nós, não nos enganando nas palavras ao apressar-nos a colocar este tulo. Efevamente, este evento foi, no verdadeiro rigor das palavras, justamente um ALMOÇO DE NATAL, que a ASO/USO aproveitou para, Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia 13 ia familiar da nossa Associação Francisco Ferreira/Vasco Lopes da Gama na época natalícia, melhor se assumir e evidenciar a "sui generis" faceta de vivência familiar da nossa Associação. Assim, no dia 18 de Dezembro de 2012, a "Família ASO/USO" reuniu-se num almoço de Natal, no Restaurante “CHURRASCÃO”, em Famões. À hora aprazada, começaram a surgir, nas cercanias do Restaurante, primeiro a equipa organizadora do evento, preocupada em não deixar nada ao acaso e assegurar que a realização do evento viesse a cumprir os propósitos a que se desnava. Logo de seguida começaram a chegar associados da ASO e alunos da USO, mais apressados uns, mais repousados ou descompromedos, outros. De seguida deu-se início à campanha da marcação de lugares, a procurar sasfazer, tanto quanto possível, afinidades mais evidentes ou imperiosas, em regra tendentes a fazerem refler posicionamentos mais usuais e similares aos evidenciados nas salas de aula. Só depois, naturalmente, chegou a maioria dos alunos, estes supostamente menos apressados e, alguns deles, porventura já repousados na certeza da "reserva" previamente feita dos seus lugares. Um pouco mais tarde chegaram alguns dos Professores da USO e a representação da Câmara Municipal de Odivelas. Não achamos de momento importante falar do repasto pois que isso, na circunstância, não era a questão de maior importância. Preferimos, isso sim, falar dos abraços, beijos e cumprimentos mais entusiáscos, alguns deles bastante efusivos, aparentando tratarem-se de encontros há muito tempo esperados e muito desejados, de gente que já não se via há demasiado tempo. As conversas surgiam de forma espontânea num saltar de mesa para mesa, como se o distante estava ali tão perto, numa confraternização e alegria bem patente no rosto de todos. Esta confraternização não se ficou apenas pelo almoço, já que o Professor de Música com os elementos do Coro da USO, subiram ao palco para ali nos brindarem com "Cantar Natal". Tal como nos anos anteriores, seguiu-se a tradicional troca de prendas. Este momento é sempre aguardado com alguma expectava procurando-se, com este gesto, materializar a fraternidade, o carinho e a amizade que une toda a família da ASO. Aos Professores da USO, generosamente devotados aos seus alunos, queremos aqui também expressar os agradecimentos de todos os alunos, ao jeito de quem, graças a eles, sente que já tem maiores certezas sobre as algumas das muitas dúvidas com que nos debaamos, antes das aulas. A nossa Presidente, ISABEL MARTINS, antes de dar por encerrado este nosso convívio, usou da palavra para cumprimentar e agradecer a presença de todos ao mesmo tempo que formulou votos de Feliz Natal e de Próspero Ano Novo para todos. Depois, cada qual a seu tempo, regressou a casa, a suspirar por um NOVO NATAL em cada ano e um ALMOÇO DE NATAL todos os anos, pela mesma altura. Que melhor forma poderíamos encontrar para terminar este nosso trabalho do que transcrever as palavras que a nossa Presidente, Isabel Marns, parlhou connosco, após a realização deste evento: «Dada a parcipação de quase todos os nossos associados, a boa disposição manifestada por todos os presentes, considero que o nosso objevo foi alcançado». Correio da Seniorlândia 14 Nrº. 6 | Junho de 2013 Torneio de Boccia Sénior “Sempre Jovens” Texto e Fotografias: Flora Freitas Foi num ambiente de amizade e desporvismo que no passado dia 27 de Maio pelas 14h30, se realizou no Pavilhão Susana Barroso, na Ponnha, o primeiro torneio de encerramento no qual parciparam 16 equipas representavas da modalidade, das diversas endades com valências na área sénior do concelho de Odivelas, entre as quais a equipa que representou brilhantemente, a ASSOCIAÇÃO SÉNIOR DE ODIVELAS e que “arrancou” no torneio um honroso 2º lugar. Esta equipa recentemente formada e trabalhada pela treinadora Sara Neves, destaca-se pelo excelente trabalho efetuado, e pela técnica de jogo demonstrada, chegando assim com mérito à final do torneio, deixando para trás muitos e bons adversários. Um destaque especial para a nossa colega Luísa que ocupou o lugar da treinadora, que por fazer parte da organização não pode estar com os atletas. De destacar ainda o apoio da “pequena/grande claque” que acompanhou a nossa equipa, nunca deixando de a incenvar com aplausos e gritos de força, que se traduziram em esperança e confiança. Um agradecimento também pela presença e pelo apoio entusiásco das Sr.ª D. Isabel Marns e Dr.ª Isabel Aires. Parabéns à equipa dos “Três Ás” (Aline, António, Antero) pelo honroso e merecido 2º lugar do pódio. Presentes no torneio Presidente da Câmara Municipal de Odivelas , Susana Amador, Vereador do Desporto, Paulo César Teixeira; Presidente do Instuto Nacional de Reabilitação, José Serôdio, Presidente da Federação Portuguesa de Desporto Para Deficientes, José Pavoeiro e a atleta paralímpica na modalidade de Boccia Susana Barroso. Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia 15 Livros Conversando sobre a História da Matemática Texto e Fotografias: Aline Rocha No passado dia 1 de Junho, no auditório do Campus Educavo da Pedago, do ISCE, teve lugar o lançamento do livro “Conversando sobre a História da Matemáca, da autoria da Dr.ª Maria de Assunção Ferraz de Oliveira. Foi num ambiente de emoção mas também de alegria que a autora, rodeada de amigos e familiares, bem como alunos da Universidade Sénior e alguns elementos que integram os corpos sociais da Associação Sénior de Odivelas, presidido pela Srª D. Isabel Marns, apresentou o seu livro através do seu amigo pessoal, Dr. Augusto Mounho Borges. Na mesa, usaram a palavra, a autora, Dr.ª Maria Assunção Ferraz de Oliveira, que também leciona na Universidade Sénior e com a ternura que lhe é conhecida, falou da sua experiencia profissional, explicou-nos a simbologia do nº 7 que se encontra espalhado das mais diversas formas na capa do seu livro, realçou o entusiasmo, a dedicação e a persistência dos seus alunos seniores no interesse pela matemáca, e revelou-nos que, entusiasmada por eles, escreveu e dedicou a todos, este livro cujos nomes aparecem no início do mesmo. D. Isabel Marns Presidente da Pedago e da Universidade Sénior, estava feliz, e sensibilizada pela facto da autora ter escolhido realizar este evento no auditório do ISCE. Pedro Patacho, Diretor da Edições Pedago, felicitou a autora e realçou como foi agradável o tempo que trabalharam juntos na composição do livro através das edições Pedago. O Professor Augusto Mounho Borges amigo pessoal da autora que apresentou o livro, falou da história da matemáca, destacando como é óbvio, o trabalho nele inserido, tecendo os mais rasgados e merecidos elogios á carreira profissional desta senhora, que é longa e merecedora de todo o reconhecimento. Apelou para que lessem, porque ele é, quase um documento histórico. Realçou por diversas vezes a família da autora dizendo: «Uma família linda, unida, e munida de grandes valores. O seu marido e meu grande amigo, Professor de Oalmologia, é uma pessoa bondosa e sensível». Aliás, isso notou-se quando já no final, o professor Ferraz de Oliveira que se encontrava sentado na plateia, se levantou e pediu uma salva de palmas para um amigo que estava sentado ao seu lado, apresentando-o como sendo o maior violinista Português, Vasco Barbosa. Um abraço feito de emoção e lágrimas, revelou num momento apenas, a grandeza deste senhor. No final, aos alunos da disciplina de matemáca presentearam a plateia com momentos de magia “a magia dos números” e uma aluna contou através de números, uma história dedicada às crianças” as raposas e as Galinhas”, a seguir em de cada vez, fizeram demonstrações de ilusionismo com a magia dos números, onde não faltou a capa a varinha e a cartola. Momentos mágicos que mereceram os aplausos da plateia e o sorriso da professora Dr.ª. Maria da Assunção Ferraz de Oliveira. O evento terminou com um beberete que permiu um convívio entre todos os presentes e os imprescindíveis autógrafos. 16 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 A USO em Londres Uma cidade que não nos desaponta Vasco Lopes da Gama / Luísa Maria G. Mota Ramos da Silva Inserida no plano de avidades do ano levo 2012/2013, a viagem a Londres da Universidade Sénior de Odivelas (USO), decorreu entre os dias 1 e 4 de maio de 2013. Para além de ter sido a primeira viagem ao estrangeiro da USO, visitar Londres é respirar cultura, civilização, desenvolvimento, mas também história e tradição. Esta viagem foi também uma oportunidade e um desafio para podermos testar, pracar e "desenferrujar" o nosso Inglês! A manhã do primeiro dia começou cedo e um pouco fria. Após encontrarmos a guia que nos conduziu ao “check-in”, no Aeroporto de Lisboa, lá seguimos, por nossa conta, os longos corredores até à Porta 42. Autocarro, avião (ao princípio ligeiramente trepidante) e … London, here we are! À nossa espera uma simpáca jovem russa, Olga Romano, que iria ser a nossa acompanhante durante os próximos dias e que num português corressimo nos foi dando a conhecer a história dos lugares que visitámos, com todos os pormenores. Primeira paragem: Museu Britânico! Este museu abriga mais de sete milhões de objetos de todos os connentes, ilustrando e documentando a História dos seus primórdios até à época atual. Devido à escassez do tempo (é sempre pouco para o muito que gostaríamos) não nos foi possível ver grande parte do espólio do museu, tendo-nos ficado pela Pedra de Roseta, Parternon e algumas múmias e artefactos egípcios … e lá fomos nós até ao autocarro que nos levaria às imediações da Torre de Londres. Dado o adiantado da hora, como os estômagos já fraquejavam, lá nos dispersámos pela praça procurando algo reconfortante para masgar. Segunda paragem: Torre de Londres! A Torre de Londres começou por ser uma forficação nos limites da cidade romana, rodeando a Torre Branca, passando por palácio residencial, casa da moeda, zoológico, prisão (tristemente célebre), etc. A sua estória sangrenta prende-se com a tortura e assassinato de algumas pessoas (como atesta o delicado monumento em homenagem às vímas) entre elas os príncipes filhos de Eduardo IV e duas das mulheres de Henrique VIII (Ana Bolena e Catarina Howard). Também aqui se encontram as fabulosas joias da coroa britânica, guardadas pelos seus valorosos Beefeaters, os guardas da Torre de Londres. Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia Frente à Torre, fica a imponente Tower Bridge, ponte-báscula que liga as duas margens do rio Tamisa e que vemos a sorte de ver ser elevada para a passagem de um navio, facto pouco comum nos dias de hoje. Após o passeio e dado que os corpos já acusavam o cansaço de tão longo dia, nada melhor que uma paragem num pico pub londrino, para descontrair e reabastecer energias. Retorno ao autocarro e finalmente a chegada ao Hotel Hilton London Olympia, onde nos aguardava um reconfortante jantar e um merecido descanso. No segundo dia, após o pequeno-almoço, com um bem recheado buffet e com um sol bem apetecível (S. Pedro esteve sempre do nosso lado nesta viagem), lá seguimos para o nosso autocarro, que nos transportou através de algumas zonas mais emblemácas da cidade. Ladeando o famoso Hyde Park, pudemos admirar o monumento erigido ao príncipe consorte da Rainha Vitória, Albert Hall, bem como o Royal Albert Hall. Foi interessante ver que todos os parques, jardins e zonas verdejantes (e são muitos!), são completamente invadidos e desfrutados pelos londrinos sequiosos de sol, mal ele deixa aperceber os seus cálidos raios. O “tour” terminou junto ao Palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha Isabel II, quando se encontra na capital. Não era o caso! A ausência do real estandarte hasteado no torreão do palácio, indicava aos seus súbditos que sua majestade não se encontrava em casa … Bem tentámos presenciar o famoso render da guarda, mas a muldão que enchia os jardins fronteiros ao palácio tornou a missão impossível, tendo-nos ficado apenas por assisr à rerada do batalhão que nha sido rendido. Ficaria para ser apreciado no Castelo de Windsor. Segunda paragem: Abadia de Westminster. É nesta imponente abadia, de eslo góco, que decorrem as cerimónias dos monarcas britânicos, bem como alguns dos casamentos reais. Também aqui se encontram sepultadas algumas das persona- 17 lidades mais ilustres do meio cienfico e cultural, para além da realeza. Prosseguimos o passeio para o cais de embarque do rio Tamisa, onde apanhámos o barco que nos conduziu a Greenwich. Terceira paragem: Greenwich! Greenwich é uma simpáca localidade a sudeste de Londres, famosa por aí se situar o Observatório Real, a parr do qual é definido o Meridiano de Greenwich, que serviu de base para a definição do tempo (GMT). No largo que precede o cais, foi-nos dado apreciar o navio “Cuy Sark”, veleiro britânico que foi a úlma das embarcações usadas no transporte do chá. Depois de uma pausa para reconfortar os estômagos, que já começavam a reclamar, lá connuamos até ao parque para iniciar a penosa subida até ao Observatório de Greenwich. Aqui, a vista sobre Londres é absolutamente magnífica destacando-se o relevante contraste entre o moderno e o ango dos seus edicios … e lá fomos todos pôr o pézinho sobre o meridiano, em pose para a foto que marcará para sempre tão histórico feito … Depois de uma breve visita ao Observatório, regressámos à cidade pelo mesmo meio (fluvial) até ao autocarro (que tardou a chegar devido ao trânsito) e eis-nos chegados ao hotel (cansados, mas felizes) onde o jantar, pautado por um diverdo e são convívio, foi a cereja no topo do bolo (ou será cake?!) … e ala para os quartos que Morfeu já chamava por nós! O terceiro dia da nossa estadia, acordou risonho - o sol connuava a acompanhar-nos! Após o pequeno-almoço, já o autocarro de turismo nos esperava, para um passeio de dia inteiro ao Castelo de Windsor e Oxford. No percurso deste nosso passeio foi-nos dada oportunidade de apreciar picos bairros e parques até chegarmos à histórica cidade de Windsor, passando pelo vale do Tamisa e Runnymede. Chegados ao Castelo de Windsor, o maior do país e o castelo Final do Render da Guarda no Palácio Buckingham 18 Correio da Seniorlândia Render da Guarda no Castelo de Windsor habitado mais ango do mundo, pode observar-se o famoso colégio de Eton, fundado por Henrique IV em 1440 para crianças pobres, com a parcularidade de nele terem estudado os Príncipes William e Harry, filhos da Príncipe Carlos e da Princesa Diana, para além de Primeiros Ministros Britânicos. O Castelo de Windsor é imponente e senhorial, sendo residência da coroa inglesa desde há vários séculos, estando ligado à história do país. Visitámos os aposentos reais, a St. George’s Chapel e vemos ainda oportunidade de presenciar o cerimonial do render da guarda do Castelo. Terminada a visita ao Castelo os estômagos estavam a reclamar. Foi, por isso, tempo para procurar um local onde pudéssemos almoçar. Após o almoço seguiu-se, então, o retomar do nosso passeio, agora tendo como desno Oxford. Chegados a Oxford deparámo-nos com maravilhosos edicios pintados a cor de mel, tendo-se visitado a famosa universidade, passando pela Christ Church, o sío onde Lewis Caroll escreveu os encantadores contos de “Alice no País das Maravilhas” e onde, mais recentemente, foi filmado parte do filme “Harry Poer”. Foram-nos ainda explicadas, pela nossa guia, as tradições e o eslo de vida nas faculdades. A visita estava terminada e era tempo de regresso a Londres e ao nosso Hotel, onde o jantar lá estava à nossa espera. Depois do jantar, foi tempo para alguns elementos do grupo irem dar uma volnha para senr a cidade à noite! Ver uma cidade como esta, à noite, é completamente diferente do que vê-la apenas durante dia. Depois foi tempo destes "heróis" voltarem para o hotel, numa viagem ulizando os transportes públicos londrinos e recarregar as baterias, porque mais um dia nos aguardava. O quarto e úlmo dia em Londres, começou um bocadinho farrusco. Depois do pequeno-almoço, à hora prevista, estávamos todos prontos, já com a nossa bagagem no átrio do Hotel, para nos dirigirmos ao autocarro de turismo em que viajaríamos durante este dia. Ao sairmos do Hotel, parecia que Londres estava comovida com a nossa parda pois, não conseguindo conter as lágrimas, surpreendeu-nos com um chuvisco. Seguimos, então, para a nossa primeira paragem – o Museu Madame Tussauds. Foi tempo de estender a passadeira vermelha, apontar as objevas e colocarmo-nos ao lado das mais importantes figuras do Mundo VIP, como Bruce Willis, Nrº. 6 | Junho de 2013 Entrada da Universidade de Oxford Angelina Jolie, Michael Jackson e mesmo dos portugueses José Mourinho e Crisano Ronaldo, todos esculpidos em cera. Tudo tão bem feito e tão real, que as imagens em cera se confundiam muito facilmente com personagens vivas e bem presentes! Terminada a visita do Museu Madame Tussauds, seguimos viagem para a pitoresca cidade mercado – Straord-uponAvon. Este é um lugar muito visitado, especialmente pelos turistas, devido ao facto do famoso escritor inglês William Shakespeare, ali ter nascido e ali estar sepultado. Neste local aproveitámos para fazer um passeio a pé, admirar a casa onde nasceu Shakespeare e fazer algumas fotografias, tendo ainda sido possível dar uma espreitadela ao mercado e pescar alguma coisa. Estava a esgotar-se o nosso tempo em terras de Sua Majestade. O horário da parda do nosso avião aproximava-se e, portanto, nhamos que regressar ao aeroporto de Heathrow. Com um ligeiro atraso relavamente à hora prevista, parmos de avião em direção a Lisboa. Deixámos Londres um pouco tristes, porque muita coisa ainda havia para visitar e apreciar, mas contentes por tudo ter corrido bem. Durante o voo de regresso a Lisboa vieram à nossa mente as recordações e os momentos passados naqueles intensos dias vividos em Londres. De facto, quando se chega a Londres, deparamo-nos com uma cidade que não nos desaponta. Para onde quer que se olhe veem-se imagens de postais, cenários de filmes. Veemse os autocarros vermelhos de dois andares e os táxis pretos, cabines telefónicas com janelinhas e da cor dos autocarros, guardas reais com os seus altos chapéus, candeeiros de rua que lembram séculos passados, edicios angos em castanho e cinzento, sóbrios mas sempre com um toque daquela elegância vitoriana. Os museus são enormes. O de História Natural tem uma coleção de animais empalhados e réplicas em tamanho real. O de Ciências Naturais e Victoria & Albert (talvez o maior museu de artes decoravas e design, dispondo de uma coleção permanente superior a 4,5 milhões de objetos). O Brish Museum é um passeio pelas maiores civilizações que já exisram, mostrando-nos não só que a Inglaterra foi ao mundo mas que o mundo veio a Inglaterra. Nrº. 6 | Junho de 2013 Viagem a Londres Da nossa visita a Londres Boas há para contar Desde os pagas em excesso E a noitada em Trafalgar Tudo ía muito bem Até à hora do jantar Eis cu copito do vinho Se lembrou de nos tramar − Quereis vinho ou cerveja?! − Venha o nto , pois dizeis que é macio Apetece-me chorar, mas rio Cada copito 8 libras e tal é Toma! Aqui não é Portugal! Do Castelo de Windsor a Oxford Ansiando por William Shakespeare Nem S. Jorge nos acode Valha-nos Santo Expedito Fizeram-nos um manguito Estes ingleses são diceis de entender Deram dito por não dito Shakespeare ontem Não deu pra ver Recusaram o que estava escrito Temos de os coser Hoje a Madame Tussaud Adoçou-nos a manhã A Shakespeare foi de corrida, esbaforida Mas porque a vida é garrida Lá vamos nós de fugida Apanhar o avião Correio da Seniorlândia 19 Tudo correu bem, pois então Portugal por nós espera Lá está outra Primavera! Afinal Saboreámos a cultura, A vida de cada local Foi saldo bem posivo Cada momento o mais querido Foi uma bela viagem de aprendizagem Foi grande a camaradagem Esperamos para o ano Outra saída em beleza Desfrutar doutra riqueza Um obrigada a quem organizou esta viagem e à Direção da USO que sempre nos acompanhou. Maria Guida Rodrigues 4 de Maio de 2013 20 Correio da Seniorlândia Memórias da Liberdade Nrº. 6 | Junho de 2013 Crepúsculo de um sol cansado Que desaparece atrás do monte Quadro de duas cores pintado, Com sol e mar retratado Traço fino no horizonte. Fica pintura na tela Saída da minha mão Pintada à luz de uma vela Numa noite de escuridão. Madrugada de Abril distante Manhã que floresceu Em busca da liberdade Pairava a ansiedade Num país que é o meu. Perfume reconhecido De um País adormecido Sem voto e acorrentado, Onde nada acontecia Mas toda a gente temia Porque tudo lhe era negado. Soldados, homens do povo Deram-nos esperança de novo Devolvendo a liberdade Encerrando a longa espera, Com canhões de amizade Deram paz à minha terra. Maio, dia lindo e tão belo De rosto e sorriso singelo Toda a gente o desfrutava, Caminhando livremente Estava aberta a sua mente E o povo todo cantava. Aline Rocha Livro Meus Momentos de Poesia Sou Sénior Como onda transparente Guardada em minha mente Recordo momentos de , Amor não tem lugar nem hora Só o sabe quem ama e chora Esperando…. Fiquei aqui. Eu fiz com este poema Com cheiro de açucena Um silêncio adormecido, Um grito surdo que ecoa Bem longe como um gemido De uma voz que já não soa. Sou sénior mas quero acreditar Que no meu país junnho ao mar País belo que se desfruta Momentos diceis se passaram Tantas coisas se recordaram Connuaremos a nossa luta Respeito, pão e amor não faltava Mas o salário não chegava As crianças inventavam Suas bolas, suas bonecas de pano No seio da família culvavam Presentes de todo o tamanho Momento Lembro pomba que voava Cravo em boca de canhão Canções ao vento cantadas Tudo andava de mãos dadas, Memórias de uma revolução. Este dia, Data histórica no meu país Irei sempre recordar E a liberdade, desfrutar Só assim serei feliz. Silêncio adormecido Com Gaivotas a planar Olho a imensidão do mar Que me relaxa e me acalma, Em meu corpo sinto um vazio Que me faz tremer de frio Que arrefece a minha alma. O mar azul define o horizonte Beijado pelo sol que me aquece Sinto o fascínio, visto do monte Um fim de tarde que adormece. É tão lindo este momento Como é nobre o senmento Por isso não vou esquecer, Do monte sinto a saudade Como sinto da mocidade Que não volta para me ver. Os jovens param para a guerra As mães, chorando, ficavam em terra Alma destroçada coração pardo Receando o futuro incerto Porque nada daquilo fazia sendo Tal como cravo sozinho no deserto Nrº. 6 | Junho de 2013 Nascemos na ditadura O silêncio e a amargura A nossa voz fez calar Mas um dia no mês de Abril Fez a ditadura acabar Nasceram esperanças mil Estamos a viver agora Tempos de instabilidade Para o qual não contribuímos Mas que é realidade Sou Sénior Quero acreditar Que a vida não passa em vão Sobretudo creditar Que no tempo que se aproxima Os nossos netos terão pão Conhecer alegrias, Receber ternuras Proteger e dar Amor infinito Sem nada esperar. O presente o que seria E sem presente e passado O futuro exisria? Grata eternamente à minha mãe. Se sonhar dá vida à vida P’ra que deixar de sonhar Se da mocidade perdida Tanto temos p’ra contar. Memórias Mãe Olhar de enlevo, Suave carícia, Mãos que seguram, Protegem, Pegam ao colo Aconchegam a roupa Venturas e desventuras Amores e desamores De afetos e ternuras Alegrias, dissabores. En- M Dias quanto dormimos. Maria de Fáma Camacho 02-05-2013 Mãe 21 Correio da Seniorlândia Querer? Mãe. Foram sonhos, são memórias São sempre recordações Na vida são as histórias Sendas nos corações Naquele baile, aquele amigo Os colegas, os professores Os abraços tanto vivido Recordado sem rancores. É com saudade e paixão Que nos resta recordar Os tempos que já lá vão E jamais podem voltar. Medo Alicerce de vida Parede mestra De um edicio Que constrói de raiz Doçura que afaga Agridoce que ralha Olhar que acalma Braços que protegem Mão que nos guia És o sal da vida Ternura infinita És poesia.! Quando já parste, Connuas mãe, Não nos deixas nunca! A nossa memória Sempre te invoca Porque és única .! E assim me permiste, Ser mãe também Querer ou não querer É a questão que se põe Querer ou não querer O que a vida nos propõe Isto é querer ou não querer Ir para a frente e lutar Porque parar é morrer Quem luta não quer parar. Futuro Há quem diga Que não existe passado Porque o passado passou Apenas é recordado Quando em saudade voltou. O passado volta sempre Em sendo figurado Quando nos traz ao presente Tudo o que dele é lembrado. Se não houvesse passado O medo trava a vontade Como o segredo a felicidade Na loucura anunciada O medo esconde a verdade E a menra sem medo O que esconde de verdade A loucura do segredo Negando a felicidade “Se” “Se” palavra tão pequena Que tanto nos faz pensar Será que vale a pena Parar, ouvir, ver e escutar? Escutar para ouvir “se” Para para olhar e ver Pensar tanto sobre “se” Valeu a pena ter ou não ter. Tudo ter e nada ser Será que valeu a pena? Maria Amélia Maio de 2013 22 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 Passeio ao Buddha Éden Jardim e Vale de Óbidos Uma enorme sensação de paz Manuel Fernando Lopes Site da C. M. Bombarral olhares.sapo.pt Parda da Universidade Sénior de Odivelas em direção ao Buddha Éden Jardim que se situa na Quinta do Lorido, no concelho do Bombarral. É um local muito harmonioso e agradável, condizendo com o estado de espirito calmo que é o budismo e dado à meditação e bem estar e à felicidade mental. A propriedade da Quinta do Lorido remonta a uma doação de terras feitas pelo Mosteiro a José Annes de Lorido por volta de 1430. Esta quinta foi passando por diversas avidades ao longo dos anos, desde o açúcar da ilha da Madeira, ao comércio de especiarias. Também foi mudando de proprietários ao longo dos anos. Mais recentemente, em 1989 foi adquirida à família Sepúlveda pela empresa J. P. Vinhos S.A. que promoveu a instalação de uma adega para a produção de vinho espumante e a construção de uma cave para o envelhecimento deste produto. A plantação de vinhas ocupa 45% dos 90 hectares da propriedade. Buddha Éden Jardim é um espaço com 35 hectares dedicado a diversas estátuas de Buda e de outras divindades e foi idea- blogonha.blogspot.com lizado e concebido pelo comendador José Berardo para perpetuar as milenares estátuas de Buda que se encontravam na paisagem cultural e ruinas históricas do Vale de Bamiyan, no Afeganistão e que foram destruídas pelo regime Talibã que governou aquele país entre 1996 e 2001. Lembramos que estas imagens de Buda eram património da humanidade e que apesar de todos os apelos internacionais os taliban não cederam e bombardearam essas imagens. Durante a visita os colegas deslocavam-se em pequenos grupos dialogando e comentando o que viram, fotografando e rando apontamentos para futuro estudo. De realçar também a visita à exposição de vinhos e a oferta de um vinho moscatel ao grupo de visitantes da USO. De seguida parda para o almoço, em Guisado, nas Caldas da Rainha. Bonito restaurante pico como uma parcularidade: As salas de refeição são relacionadas com a vida tauromáquica, tendo a sala do Cavaleiro, a sala do Touro e a sala do Forcado. Convívio muito animado com as pessoas bem dispostas, uma boa confraternização e no final um brinde geral com todos os parcipantes. De seguida inda para a histórica vida de Óbidos onde foi efetuado um passeio por esta bela vila muito importante na nossa história. Óbidos, pela sua excelente localização junto ao mar, sempre foi um ponto estratégico para as diversas conquistas de povos e de reinos, destacando-se os visigodos e os fenícios. Sabe-se que aqui comerciavam os fenícios e que os romanos aqui se estabeleceram e erigiram um torre de atalaia como posto avançado da cidade e mais tarde encontrada em fase de trabalho arqueológico. Já numa fase posterior os invasores muçulmanos também a forficaram. A vila de Óbidos terá sido tomada aos mouros em 11 de Janeiro de 1148 pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, e recebido a primeira carta foral em 1195 por D. San- Nrº. 6 | Junho de 2013 Correio da Seniorlândia www.historiadeportugal.info cho I. Co m a oferta de Óbidos como prenda de casamento de D. Dinis a sua esposa, D. Isabel, a vila ficou pertença da casa das rainhas, só exnta em 1834 e por aqui passaram a maioria das rainhas de Portugal deixando grande benecios. A Reforma administrava de D. Manuel Primeiro dá a Óbidos em 1513 novo foral sendo esta época muito intensa em requalificação urbana. O terramoto de 1755 fez-se senr com muita intensidade na vila derrubado partes da muralha, bem como alguns templos e edicios tendo muito alterado alguns aspetos do traçado e do casco árabe e medieval. A destacar ainda em Óbidos, como é notório e óbvio, o seu ex-libris principal que é o castelo, sem dúvida grande monumento nacional. Irei de seguida transcrever um pequeno resumo histórico do castelo e as suas caracteríscas. 23 Atribui-se ao castelo de Óbidos a origem romana. Provavelmente assenta num castro. Foi posteriormente forficação sob domínio árabe. No reinado de D. Manuel I, o seu alcaide manda construir um paço e alterar algumas partes do castelo. São ainda do seu tempo a chaminé existente na sala principal e o portal encimado pelas armas reais, ladeado pelas duas esferas armilares. O paço sofreu fortes danos com o terramoto de 1755. No século XX estava em total ruína tendo sido recuperado para instalar uma pousada, a primeira pousada do Estado em edicio histórico. É monumento nacional desde 7 de Julho de 2007 e presentemente é uma das sete maravilhas de Portugal aguardando a classificação da Unesco como património mundial. O castelo de Óbidos ergue-se a uma cota de 79 metros acima do nível do mar é é uma estrutura forficada com funções defensiva e residencial. Do po permanente era erguido numa posição dominante no terreno próximo e vias de comunicação (terrestres , fluviais ou marímas) o que facilitava a visualização das forças inimigas. O perímetro das muralhas alcança 1.565 metros totalmente por um parapeito ameado. Em alguns trechos as muralhas elevam-se a 13 metros de altura. O acesso é feito por quatro portas e dois posgos, destacando-se a porta da vila ou a porta da Nossa Senhora da Piedade. Hoje em dia há a destacar na vila de Óbidos as suas avidades principais que são o turismo, o artesanato e a famosa ginjinha de chocolate. De realçar que todos os anos se realiza o Fesval Internacional do Chocolate que leva a esta bela vila milhares de pessoas para disfrutar desde belo evento. Durante a visita os colegas dividiram-se em pequenos grupos olhares.sapo.pt 24 Correio da Seniorlândia Nrº. 6 | Junho de 2013 Visita ao Posto de Comando do MFA Para não esquecer Maria Amélia Figueiredo No dia 22 de Abril a turma de “O Mundo da Comunicação” foi visitar o Núcleo Museológico instalado no Regimento de Engenharia Nrº. 1, na Ponnha, onde funcionou o Posto de Comado da Revolução de 25 de Abril de 1974. Preservado sob a responsabilidade do Regimento, foi,. A parr de 24 de Abril de 2011, assumido num protocolo com a Câmara Municipal de Odivelas. Foi sob a orientação de Miguel Ferreira e Edgar Valles, técnicos da câmara de Odivelas que, numa visita guiada, pudemos memorizar aqueles dias 24, 25 e 26 de Abril de 1974 que nos trouxeram liberdade, conhecimentos e esperanças. A visita foi acompanhada por uma equipa da RTP cujo programa “Consigo”, no canal 2, haveria de transmir em data a confirmar. A opinião generalizada foi de agrado por ver todo aquele património e por senr a necessidade de que não possa vir a ser destruído connuando a contar um tempo histórico do nosso pais e do nosso povo.