Esquemas Crenças Distorções Cognitivas Pensamentos Automáticos Profa. Ms. Eliana Melcher Martins Esquema A maioria dos pesquisadores do desenvolvimento cognitivo usa uma dessas quatro abordagens para definir esquema: Behaviorista Psicométrica Processamento de Informação Piagetiana Papalia (2000) Abordagem Behaviorista Estuda a mecânica básica da aprendizagem, preocupando-se em como o comportamento muda em resposta à experiência. Abordagem Psicométrica Tenta medir as diferenças individuais em termos de quantidade de inteligência. Abordagem do Processamento de Informação Concentra-se nas diferenças individuais quanto ao modo no qual as pessoas usam sua inteligência, focando os processos envolvidos na percepção e no manuseio de informação. Abordagem Piagetiana Observa as mudanças na qualidade do funcionamento cognitivo O que a pessoa é capaz de fazer Relação com a evolução das estruturas mentais Como as crianças se adaptam ao seu ambiente, sustentando que a cognição se desenvolve em etapas. Piaget acreditava que o núcleo do comportamento inteligente estaria numa capacidade inata de adaptar-se ao ambiente, pois é a partir daí que ele descreve o desenvolvimento cognitivo como uma série de estágios, em cada estágio a criança desenvolve uma nova maneira de pensar e responder ao ambiente, onde esse desenvolvimento ocorreria por meio de três princípios que estão inter-relacionados: organização, adaptação e equilibração. Papalia (2000) Organização Cognitiva Tendência de criar sistemas de conhecimento cada vez mais complexos. Desde que nascem as pessoas organizam o que conhecem por meio de representações mentais da realidade que as ajudam a dar sentido a seu mundo. Dentro dessas representações mentais encontram-se as estruturas chamadas esquemas, que podem ser conceituados como padrões organizados de comportamento que uma pessoa usa para pensar e agir em uma situação. À medida que as crianças adquirem mais informação, seus esquemas tornamse cada vez mais complexos, progredindo as maneiras de realizar ações motoras até o pensamento crítico sobre percepções sensoriais, e depois até o pensamento abstrato. • Adaptação: modo como lidamos com as novas informações Envolvendo: Assimilação: tomar uma informação e incorporá-la em estruturas cognitivas existentes Acomodação: mudar nossas ideias para incluir um novo conhecimento. Equilibração: busca constante de equilibrio, entre a criança e o mundo exterior e entre as próprias estruturas cognitivas da criança. Piaget afirma que os esquemas tem origem no exercício dos reflexos. O recém-nascido, ao exercitar seus reflexos hereditários começa a relacionar o contexto no qual o reflexo é aplicado com a situação alcançada por ele, dando origem aos esquemas. Papalia (2000) Esquema piagetiano: estrutura cognitiva dinâmica que se modifica ao longo do tempo, agregando conhecimento. Por meio de suas interações, das experiências que a criança vivencia, constrói ativamente os seus conhecimentos. A ação da criança sobre os objetos é que possibilita a formação da inteligência, em que a estrutura lógica é formada pelo desenvolvimento cognitivo, e neste sentido, a socialização, a linguagem, a curiosidade é expressão do desenvolvimento cognitivo. Bartlett, Atkinson (2002) afirmam que talvez Piaget tenha sido o primeiro psicólogo a estudar sistematicamente os efeitos dos esquemas sobre a memória. Ele sugeriu que distorções de memórias muito semelhantes àquelas que ocorrem quando encaixamos pessoas em estereótipos podem ocorrer quando tentamos encaixar narrativas em esquemas. (distorções cognitivas) Bartlett concluiu na sua pesquisa sobre os esquemas que os dois aspectos da memória: preservar e construir, podem sempre estar presentes. Papalia (2000) nos confirma que o bebê necessita de toda a atenção e cuidados do adulto, sozinho ele não sobreviveria, pois o período que vai do nascimento à aquisição da linguagem é marcado por um extraordinário e complexo desenvolvimento da mente. A criança progressivamente aumenta o autocontrole do seu próprio corpo e sentimentos. Assim, ela conseguirá pouco a pouco lidar com as demandas da vida. Conceito de Esquemas Tem sua história relativamente ligada aos teóricos Piaget e Bartlett, primeiros a definir e descrever um esquema como: “Estruturas que integram e atribuem significados aos eventos”. Beck & Freeman (1993) Esquemas Aaron Beck sugere que os ESQUEMAS são estruturas cognitivas cujo conteúdo específico são as CRENÇAS CENTRAIS. Representação “Elementos organizados a partir de experiências e reações passadas que formam um corpo relativamente compacto e persistente de conhecimento capaz de dirigir as valorizações e percepções posteriores” Segal (1988) Esquemas Definições “Armazenam postulados e suposições básicas para interpretar as informações”. Beck (in Cottraux e Blackbum, 2001) Esquemas Definições Esquemas são estruturas internas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou protótipos de estímulos, ideias ou experiências, e também organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados. São estruturas cognitivas com conteúdos (crenças) Estruturas mentais que contêm armazenadas as representações de significados. São fundamentais para orientar a seleção, codificação, organização, armazenamento e recuperação de informações de dentro do aparato cognitivo. Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que entram no sistema cognitivo. (Williams, 1997) Esquemas Definições O ESQUEMA Dá à experiência sua forma e significado, provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e dos eventos. São padrões ordenadores da experiência que ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua percepção e guiar suas respostas (cognitivas, emocionais e comportamentais). (Clark, Beck, Alford, 1999) Esquemas Definições A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser como é. Processamento automático de informação “Os esquemas, depois de desenvolvidos, servem como modelos para o processamento das experiências ulteriores e acabam desembocando em confirmações automáticas e circulares dos próprios esquemas” Marco Callegaro, em O NOVO INCONSCIENTE, Artmed 2011, pag. 243 Viés confirmatório • Paciente com autoimagem Incapaz de ser amada • Processa a experiência de uma rejeição amorosa como evidência da veracidade de suas crenças, reconfirmandoas a cada experiência negativa • Cada vez mais, parecem certas e reais suas crenças sobre si mesma. • Circuito de retroalimentação que estabiliza a ideia de ser indigna de amor. Profecia catastrófica O comportamento é influenciado de modo negativo por esse conjunto de crenças (esquema), fazendo a pessoa agir de modo a confirmar sua profecia catastrófica (previsão sem fundamento de que algo catastrófico acontecerá) Evidência confirmatória dos esquemas ou viés confirmatório Autoperpetuação • Aquele que se considera indigno de amor agirá de forma acabrunhada e tímida, não olhará nos olhos e falará baixo em uma situação social, conduta que certamente aumenta sua chance de REJEIÇÃO. • As rejeições que ocorrem, por sua vez, CONFIRMAM os esquemas em um círculo vicioso autoperpetuador (viés confirmatório). Esquema núcleo da personalidade • Embora a TCC permita que o sujeito se dê conta em maior grau sobre os esquemas, normalmente não estamos conscientes de sua operação, nem mesmo de sua existência, apenas dos resultados produzidos, que acabam compondo o núcleo de nossa personalidade. Exemplos de Esquemas • Esquema de incapacidade: “Sou incapaz” ou “Meu autoconceito profissional depende do que os outros pensam de mim”, ou “A não ser que eu alcance os mais altos padrões de desempenho, eu provavelmente serei um profissional de segunda classe”. • Esquema de desamor ou baixa estima: “Não sou amado” ou “Não sou gostável” ou “Se alguém não gosta de mim, isso significa que não sou gostável”. • Esquema de inadequação: “Sou socialmente inadequado” ou “Sou feio” (ou não atraente, “chato”, visto-me mal, etc.) Exemplos de Esquemas • Esquema de vulnerabilidade: “É melhor não dizer nada, do que arriscar cometer um erro”, ou “É melhor não me aproximar do que ser rejeitado”, ou “Se eu for rejeitado (não aprovado, dispensado, tiver dor, etc.) não suportarei”. • Esquema de perfeccionismo: “A não ser que as coisas aconteçam como eu quero, minha vida não vale a pena” ou “Tirar dez não é mais do que obrigação”. • Esquema de inferioridade: “Se uma pessoa tem algo que eu não tenho, isso significa que ela é uma pessoa melhor do que eu”. Crenças (Beliefs) Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, Crença é uma condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva. Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjetivo do conhecimento. Crenças – Definições As crenças afetam tudo em nossa vida: como criamos os filhos, onde decidimos morar, com quais pessoas nos relacionamos, nosso estado de saúde, o trabalho que fazemos, o dinheiro que ganhamos ou temos e nosso equilíbrio mental e emocional. Literalmente, as crenças constroem nosso mundo. Mas elas não são "A Verdade", são apenas uma percepção que foi aceita como verdade. Crenças O que é fantástico sobre as crenças é que podemos mudá-las! Podemos escolher acreditar em ideias que apoiam nossos sonhos e visões do que desejamos. Mudar as crenças negativas e instalar novas e poderosas ideias é essencial para criar uma vida em alinhamento com nossos desejos. Crenças Crenças Centrais, Básicas ou Nucleares Core Beliefs Representação Esquema ou Estrutura Cognitiva Crenças BECK, 1970 As crenças centrais são o nível mais fundamental de pensamento. São globais, rígidas e supergeneralizadas. Pode-se dizer que fazem parte da personalidade dos indivíduos São Ideias e conceitos fundamentais sobre nós mesmos, os outros e o mundo São Incondicionais Formadas desde a infância e se fortalecem com o tempo As pessoas frequentemente não as articulam, sequer para si mesmas. Essas ideias são consideradas pela pessoa como BECK, 1970 Fazem parte, portanto da formação de nosso caráter que se refere a fatores psicossociais, fatores aprendidos que influem na personalidade. Boa parte do caráter é formado ao longo da experiência e do processo de socialização. As crenças centrais estão inseridas dentro de estruturas mais ou menos estáveis, os esquemas, que orientam o comportamento e manifestam os traços de personalidade do indivíduo, isto é, regras específicas que regem o processamento da informação e do comportamento. CARACTERÍSTICAS Irracionais Rígidas Excessivas Supergeneralizadas Absolutas Extremas Primitivas CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS Predispõem Impedem a transtornos emocionais a realização de metas Associadas a emoções fortes Tornam-se ativas em situações relacionadas às vulnerabilidades específicas do indivíduo Idiossincráticas conjunto) (cada pessoa tem o seu CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS Muitas são culturalmente reforçadas “sofrer é virtuoso” “só podia ser mulher” “professor tem que saber tudo” “psicólogo não tem problema” “é esforçada e não inteligente” “não se pode elogiar, senão se fracassa” CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos pensamentos. Ativam-se durante os transtornos emocionais O processo de informação torna-se tendencioso, extraindo da realidade os aspectos que confirmam a crença disfuncional (viés confirmatório). Passado o problema emocional ela volta a ser latente. Nos traços e transtornos de personalidade os indivíduos tem suas crenças disfuncionais ativadas na maior parte do tempo. CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS “Pelas crenças centrais nos ajudarem a compreender nosso mundo em uma idade tão tenra, pode nunca nos ocorrer avaliar se elas são o modo mais útil de compreender nossas experiências adultas. Ao contrário, quando adultos agimos, pensamos e sentimos como se elas fossem 100% verdadeiras.” (D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 109, Artmed, 1999) CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARES DISFUNCIONAIS Crenças centrais sobre si mesmo Crenças centrais sobre os outros Crenças centrais sobre o mundo CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO Desamparo Desamor Aaron Beck CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO Desamparo: impotente, frágil, vulnerável, carente, desamparado, necessitado Desamor: indesejável, incapaz de ser gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valor Judith Beck (1995) CRENÇAS CENTRAIS SOBRE OS OUTROS Os pacientes percebem os outros de maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica. Crenças disfuncionais ou negativas sobre os outros levam os pacientes a terem percepções muito negativas. As pessoas são vistas como desprezíveis, frias, prejudiciais, ameaçadoras e manipuladoras. As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se aproveitar, tirar vantagens, etc. CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE OS OUTROS Às vezes, os pacientes podem ter uma visão positiva, mas irreal (disfuncional), como se as pessoas fossem superiores, muito eficientes, amáveis e úteis (diferente da visão que eles tem de si próprios) Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg 37. CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE O MUNDO Os pacientes podem perceber o mundo de maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica. E da mesma forma criam crenças negativas sobre este mundo. Os pacientes acreditam que não conseguem o que querem em razão dos obstáculos encontrados no mundo. “O mundo é injusto, hostil, imprevisível, incontrolável, ameaçador, perigoso, etc.” Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 38. IMPORTANTÍSSIMO Conceituar corretamente a categoria, ou categorias, das crenças centrais dos pacientes é essencial para conduzir eficientemente a terapia. Judith Beck, em “Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, pag. 36, Artmed, 2007 CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU SUBJACENTES PRESSUPOSTOS CONDICIONAIS CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS • As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias. • São construções cognitivas disfuncionais. • São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta. Crenças intermediárias • Segundo Judith Beck (1995) Pressupostos Subjacentes ou Pressupostos Condicionais Crenças Subjacentes ou Crenças Intermediárias Crenças intermediárias • São Pressupostos, manifestam-se sempre na forma condicional. “Se eu fizer o que os outros esperam, então irão gostar de mim.” Crenças intermediárias As crenças intermediárias são manifestadas através de: • REGRAS (eu devo...) “Tenho que ser perfeito em tudo o que faço” “Não devo me mostrar como sou, pois verão que sou incompetente” • ATITUDES (é preciso que...) “É horrível ser incompetente.” “É terrível desperdiçar seu potencial” • SUPOSIÇÕES (se eu...). “Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar mudar eu não conseguirei ficar bem.” “Se eu cometo erros é porque sou má” • As crenças intermediárias pressupõem que, desde que determinadas regras, normas e atitudes sejam cumpridas (por exemplo, “se eu fizer o que os outros esperam, então irão gostar de mim”), não haverá problemas e o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo. (Fennel, 1997). • Se, por alguma circunstância, os pressupostos (por exemplo, “devo sempre sacrificar-me pelo bemestar dos outros)” não estão sendo cumpridos, o indivíduo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando as crenças centrais negativas (“sou um fracassado, incapaz de ser amado”) são ativadas. Crenças intermediárias • São mais maleáveis do que as crenças centrais. • Embora o indivíduo construa e mantenha os pressupostos e as regras como tentativa de lidar com a crença central disfuncional, ele as acaba confirmando e reforçando. • Determinam • “os estilos de enfrentamento” ou “estratégias compensatórias” (Judith Beck, 1995) Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de lidar com as crenças (esquemas). Tem correlação direta com as regras e os pressupostos disfuncionais que acabam por reforçar ainda mais as crenças. Os pressupostos condicionais modelam a relação entre as estratégias comportamentais e as crenças nucleares. Estilos de enfrentamento Manutenção Evitação do esquema do esquema Compensação do esquema Estilos de Enfrentamento Refere-se a como o pensar e agir acabam perpetuando as crenças nucleares. A literatura chama de capitular, render-se ao esquema. Por exemplo, uma pessoa que pensa e se “sente” inferior aos outros sempre se coloca, literalmente ou na imaginação, atrás dos outros, porque tem a crença: “Eu não mereço nada melhor”. Manutenção do esquema Refere-se às estratégias cognitivas, comportamentais e emocionais usadas para evitar o acionamento das crenças nucleares e dos sentimentos dolorosos associados a elas. Por exemplo, uma pessoa muito tímida, que fica retraída, não se comunica, fecha-se para o mundo, se pensa e se sente não desejável e acaba se deprimindo, ficando só em casa. Como não faz nenhum movimento para enfrentar o problema, ao contrário, o evita, acaba perpetuando seu esquema de não ser desejável. Evitação do Esquema Refere-se a comportamentos que as pessoas tem que parecem contradizer suas crenças nucleares. Por exemplo, no caso anterior, o indivíduo que se vê como não desejado, engaja-se em uma intensa e frenética vida social e amorosa (sem, no entanto, aprofundar nenhuma das relações), tudo para compensar sua crença de não ser desejado. De acordo com a literatura, os processos de compensação do esquema podem ser vistos como tentativas parcialmente bem-sucedidas de desafiar e superar os esquemas. Na medida em que usualmente envolvem uma falha em reconhecer a vulnerabilidade subjacente, deixam a pessoa despreparada quando a compensação falha e o esquema é acionado. Compensação do Esquema Exemplo: Indivíduo com Ansiedade Social Sou incapaz de ser amado (CRENÇA CENTRAL) É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão gostar de mim. (ATITUDE) Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas (REGRA) Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou. Devo me afastar, caso contrário me machucarão. (SUPOSIÇÃO) Não vou ter assunto pra conversar na festa. (PENSAMENTO AUTOMÁTICO) ERROS COGNITIVOS Processamento defeituoso da informação. São vieses sistemáticos na forma como indivíduos interpretam suas experiências. Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas. Pensamentos distorcidos Erros cognitivos = Pensamentos distorcidos Deslizes de pensamento Impedem que se faça uma avaliação exata das experiências Impelem a se tomar o caminho menos adequado, tirar conclusões e supor o pior. Desviam do caminho adequado ou induzem à distorção dos fatos. Flexibilidade Cognitiva O objetivo da Terapia Cognitiva é corrigir as distorções do pensamento, ou seja, modificar os erros cognitivos, promovendo maior flexibilidade cognitiva, construindo pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de gerar uma melhora no estado de humor no paciente. As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação. Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender.” (catastrofização e vitimização) As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação. Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender.” (catastrofização e vitimização) CATASTROFIZAÇÃO Pensar que o pior de uma situação vai ocorrer, sem levar em consideração outros desfechos. Acreditar que esse acontecimento será terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva. “Perder o emprego será o fim da minha carreira” “Não suportarei a separação da minha mulher” “Se eu perder o controle será o meu fim” ABSTRAÇÃO SELETIVA (filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel) Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa de toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante positivo não é percebido. Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um cartão de boas-festas de um velho amigo. Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo". Ele ignora as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos. INFERÊNCIA ARBITRÁRIA Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências. Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever as chances de um elevador cair com ela dentro. Ela responde que as chances são de 30% ou mais de o elevador cair até o chão e ela se machucar. Muitas pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis. SUPERGENERALIZAÇÃO Conclusão sobre um acontecimento isolado é estendida de maneira ilógica a outras áreas do funcionamento. Um universitário deprimido tira nota B em uma prova. Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com pensamentos automáticos: "Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada direito". MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃO A importância de um atributo, evento ou sensação é exagerada ou minimizada. Uma mulher com transtorno de pânico começa a sentir tonturas durante o início de um ataque de pânico. Ela pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um derrame". “Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”. “Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que as minhas.” PERSONALIZAÇÃO Assumir responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos, falhando em ver que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos. O chefe estava nervoso e de cara feia. “Devo ter feito algo errado.” Separando-se da esposa. “Não consegui manter meu casamento, ele acabou por minha causa.” PENSAMENTO ABSOLUTISTA (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada) Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com os outros são separados em duas categorias ( totalmente mau ou totalmente bom, fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou completamente perfeito) Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades. Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz para si mesmo: "Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem". RACIOCÍNIO EMOCIONAL Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existo”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais refletem a situação verdadeira. “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.” “Sinto que meus colegas riem às minhas costas”. “Sinto que estou tendo um enfarto, então deve ser verdadeiro.” “Sinto-me desesperado, então a situação deve ser desesperadora.” ADIVINHAÇÃO Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer. Expectativas negativas estabelecidas como fatos. “Não irei gostar da viagem.” “Ela não aprovará meu trabalho.” “Dará tudo errado.” LEITURA MENTAL Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis. “Ela não está gostando da minha conversa.” “Ele está me achando inoportuna.” “Ele não gostou do meu projeto.” ROTULAÇÃO Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento específico. “Sou incompetente.” “Ele é uma pessoa má.” “Ela é burra.” DESQUALIFICANDO O POSITIVO Experiências positivas e qualidades que entram em conflito com a visão negativa são desvalorizadas porque “não contam” ou são triviais. “O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi fácil.” “Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.” “Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena.” IMPERATIVOS “deveria” e “tenho que” Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas como são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas. “Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.” “Eu devo ser perfeito em tudo que faço.” “Eu não deveria ter ficado incomodado com meu amigo.” VITIMIZAÇÃO Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos. “Minha esposa não entende meus sentimentos.” “Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem.” QUESTIONALIZAÇÃO (E se?) Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras. “Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora.” “E se o novo emprego não der certo?” “Se eu não tivesse viajado, isso não teria acontecido.” BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO Supor que quando uma coisa parece difícil de ser tolerada, ela é intolerável. Significa aumentar o desconforto e não tolerar o desconforto temporário, quando é do seu interesse fazê-lo em prol de algo que você deseja. Exemplos Frequentemente você adia os trabalhos acadêmicos, pensando: “Vai dar muito trabalho. Vou fazer quando estiver com vontade.” Você tende a deixar para fazer o trabalho quase no fim do prazo e isso se torna desconfortável demais para ser ainda mais adiado. Infelizmente, esperar até o último momento significa que você raramente se esforça tanto quanto poderia no seu curso/trabalho para atingir todo o seu potencial. Você quer superar sua ansiedade por viajar para longe de casa enfrentando diretamente o seu medo. E ainda assim, cada vez que você tenta viajar para longe de trem, você fica ansioso e pensa: “Isso é horrível, eu não posso suportar”, e rapidamente retorna para casa, o que reforça seu medo mais do que o ajuda a vivenciar uma experiência menos ameaçadora. CETCC Pensamentos Automáticos • São um fluxo de pensamentos que coexistem com um fluxo de pensamentos mais manifestos. Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação. • São, usualmente aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica. • Parecem surgir espontaneamente, mas estão ligados ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes. • São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um dependente de drogas. • São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si. Pensamentos Automáticos • Influenciam o comportamento: o que escolhemos ou não fazer e a qualidade do nosso desempenho. • Podem ocorrer em forma verbal ou como imagens. • Pensamentos e Crenças afetam respostas biológicas. • São influenciados pelas crenças que se adquire na infância e no meio cultural. Pensamentos Automáticos • Ajudam a definir os estados de humor que experimentamos • “Os pensamentos ajudam a definir qual estado de humor experimentamos em determinada situação. Por exemplo, pessoas com raiva pensam a respeito de como foram prejudicadas; pessoas deprimidas pensam sobre quão infelizes suas vidas se tornaram; e pessoas ansiosas veem perigo em toda parte.” (D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 24, Artmed, 1999) P. A. É uma cognição alicerçada em autoavaliações e auto-direcionamentos, fora do alcance consciente que opera automaticamente, de forma particular e produzida pelos esquemas. (Aaron Beck) PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS Desencadeantes e Estimulantes Origem dos PAD • Uma gama de situações pode gerar pensamentos automáticos DISFUNCIONAIS • Sequência entre a geração da situação desencadeante e o comportamento final (Pensamento quente) Situações desencadeantes • • • • • • • • Pequenos acontecimentos Pensamentos estressantes Lembranças Imagens Emoções Comportamentos Sensações físicas Sensações mentais 1ª. situação • O paciente estava se sentindo bem, quando estava falando com a mãe ao telefone, percebeu que ela o estava criticando por não telefonar sempre para ela. “Por que ela sempre reclama que eu não falo o suficiente com ela? Ela não sabe que eu tenho a minha vida?” (Irritado) 2ª. situação • O paciente refletiu sobre esses pensamentos e teve uma outra série de pensamentos “Eu não devia pensar mal da minha mãe. Ela é idosa e sozinha • (Culpa) 3ª. situação • Ao se sentir culpado, ele pensou: “Eu sou um homem. Como a minha mãe ainda me afeta tanto? Realmente há alguma coisa errada comigo.” • (Tristeza) 4ª. situação • Ao se sentir triste, sentou no sofá, ficou encolhido, refletindo sobre seu comportamento. “Eu não devia estar sentado aqui. Qual o problema comigo?” • (Raiva) Situações estimulantes Pensamentos automáticos tornam-se situações ESTIMULANTES quando os pacientes os avaliam, tomam conhecimento deles e Tem pensamentos automáticos adicionais Reações do paciente • Emocional • Comportamental • Física • É importante descobrir se a natureza dessas reações perturba o paciente. Normalmente eles se sentem perturbados com suas emoções negativas (Mudança de humor) Reação emocional • O paciente estava na farmácia e pensou: “Por que este remédio não me ajuda?” (Ansioso) • Percebeu a ansiedade e pensou: “Nunca vou sarar”. (Desanimado) Reação comportamental • A paciente viu um prato de biscoitos e pensou: - “Não tem problema se eu pegar apenas um”(pegou o biscoito e comeu). - Quando terminou de comer percebeu o que tinha feito e pensou: - “Oh! Eu não devia ter comido. Realmente quebrei minha dieta hoje. Talvez eu possa comer mais um e recomeçar minha dieta amanhã”. Reação física • O paciente estava dirigindo quando passou pela sua cabeça as imagens de um acidente, sentiu-se ansioso e percebeu que seu coração estava batendo mais forte. • Pensou: • “Isso pode acontecer comigo”. Situações e reações • “Na verdade, pode ser mais importante trabalhar a avaliação do paciente quanto às suas reações do que a situação desencadeante”. Judith Beck em TERAPIA COGNITIVA PARA DESAFIOS CLÍNICOS, O que fazer quando o básico não funciona, página 47, Artmed Uso de substâncias Situações desencadeantes e estimulantes • Situação 1 – Em casa • PA – “Estou sem dinheiro, quebrado, Eu nunca sairei desse buraco”. • Emoção: Tristeza, desânimo Uso de substâncias Situações desencadeantes e estimulantes • Situação 2 • - Percebe o sentimento de tristeza • PA – “Eu odeio este sentimento. Se eu pudesse cheirar só uma carreira (usar cocaína)”. Emoção: Ansiedade • PA – Lembrança do sentimento maravilhoso da primeira vez em que usou cocaína Emoção: Excitação Reação física: Fissura Uso de substâncias Situações desencadeantes e estimulantes • Situação 3 – Reconhece o desconforto da fissura • PA – “Preciso conseguir um pouco (de cocaína). Não vai me fazer mal desta vez”. Emoção: Alívio Comportamento: Evita pensamentos que possam detê-lo, consegue a cocaína e a consome. Uso de substâncias Situações desencadeantes e estimulantes • Situação 4 – Mais tarde percebe o que faz • PA – “Não acredito que eu fiz isso. Sou um fraco. Eu nunca vou me livrar disto (dependência)!. • REFORÇO DA CRENÇA DE SER UM FRACASSO E SEM CONTROLE. Conclusão • Os pacientes tendem a pensar e agir de modo rígido. • É essencial reavaliar continuamente a conceituação cognitiva para entender por que os pacientes reagem desta ou daquela forma em situações atuais e para selecionar os problemas mais importantes, cognições e comportamentos a serem trabalhados. Exercício • Lembre de uma situação em que você sentiu algo desagradável e o que passou por sua cabeça naquele momento. • Identifique o pensamento automático disfuncional, que erro cognitivo ele apresenta Conceitualização (Conceituação) Cognitiva É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldades do paciente em termos cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia: . quando trabalhar sobre uma meta específica . pensamento automático . crença ou comportamento . que técnicas escolher e . como melhorar o relacionamento terapêutico. As perguntas básicas que o terapeuta faz a si mesmo são: • Como esse paciente veio parar aqui? • Que vulnerabilidades e eventos de vida (traumas, experiências, interações) foram importantes? • Como o paciente enfrentou sua vulnerabilidade? • Quais são seus pensamentos automáticos e de que crenças eles brotaram? É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente está passando, entender como ele está se sentindo e perceber o mundo através dos seus olhos. Dessa maneira, de acordo com a sua história e conjunto de crenças, suas percepções, pensamentos, emoções e comportamentos deveriam fazer sentido. Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta, que faz a si mesmo as seguintes perguntas: • Qual é o diagnóstico do paciente? • Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são mantidos? • Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas? • Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento? Então o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica particular, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas: Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje? Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, expectativas e regras) e pensamentos? Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais? Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu mundo pessoal, seu futuro? Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas? Dessa maneira o terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão. Conceitualização Cognitiva Análise Vertical • Pensamentos Automáticos e Distorções Cognitivas típicas • Crenças Centrais, Crenças Subjacentes e Estilos de Enfrentamento • Tríade Cognitiva (Visão de si, dos outros, do mundo e do futuro) • Organização da Personalidade (autônoma X sociotrópica) • Metas e expectativas de vida Traço de Personalidade Sociotrópica vs. Autonômica [____________________________________] Sociotrópica Autônoma Voltado ao social Voltado a si Ideal: Equilibrar-se entre os dois extremos Desenvolver as duas áreas Conceitualização Cognitiva Análise Longitudinal • Fatos relevantes de desenvolvimento e ou impedimentos psicológicos ou físicos que predispuseram a problemas • Autoconceito e autoestima • Conceito sobre os outros significativos • Estilos de Enfrentamento e Estratégias Compensatórias • Formulação da Hipótese de Vulnerabilidade Cognitiva • Interação entre eventos de vida e vulnerabilidade cognitiva (temas frequentes e episódios passados) • Distúrbio atual:- Problemas internos que mantém o estado disfuncional - Problemas externos que mantém o estado disfuncional - Problemas causados pelo distúrbio - Problemas residuais após a solução do distúrbio atual Objetivos da TCC • Flexibilidade Cognitiva: Modificando primeiramente os erros cognitivos Modulando as emoções Procurando interpretações mais adaptativas • Reestruturação Cognitiva: Aprofundando a terapia em busca de tornar o sistema de esquemas e crenças mais funcional • Resolução de Problemas: Pragmatismo Exercício • Conceitualização do Caso Florinda