LUCIANA MATTA DE ANDRADE E SILVA RODRIGO JARDIM GONÇALVES “INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DO OBJETO NA FREQUÊNCIA DE ALCANCES MANUAIS EM LACTENTES COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO AOS 3, 4 E 5 MESES DE IDADE” JUIZ DE FORA 2009 2 LUCIANA MATTA DE ANDRADE E SILVA RODRIGO JARDIM GONÇALVES “INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DO OBJETO NA FREQUÊNCIA DE ALCANCES MANUAIS EM LACTENTES COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO AOS 3, 4 E 5 MESES DE IDADE” Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito para a obtenção da aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II. Área de concentração: Desenvolvimento motor típico e atípico. Orientadora: Profa. Dra. Jaqueline da Silva Frônio JUIZ DE FORA 2009 3 ATA DE APROVAÇÃO DA BANCA 4 AGRADECIMENTOS À nossa orientadora Profª. Jaqueline Frônio, pela orientação, dedicação e por despertar em nós o desejo de buscarmos cada vez mais novos desafios Aos nossos familiares, pelo apoio incondicional e incentivo ao longo desses 5 anos Às mães e responsáveis pelos lactentes que se dispuseram a participar durante os 3 meses de coleta do nosso estudo O nosso: Muito Obrigado! Este é só o começo... 5 RESUMO Objetivos: Verificar a freqüência de alcances e se há influência da posição de apresentação do objeto aos 3, 4 e 5 meses de idade. Métodos: Estudo longitudinal com 13 lactentes com desenvolvimento típico avaliados aos 3, 4 e 5 meses. O alcance foi avaliado em supino, sendo o objeto apresentado na linha média e nas linhas axilares direita(D) e esquerda(E). O procedimento foi filmado e posteriormente analisado para registro da freqüência de alcances. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Os dados foram analisados pelos testes de Friedman e Wilcoxon, sendo considerado um nível de significância de 5%. Resultados: As freqüências médias totais de alcances aumentaram ao longo dos meses, sendo encontrada diferença estatisticamente significativa entre o terceiro e quinto (p=0,011) e entre o quarto e quinto meses (p=0,008). O número de alcances na linha média aumentou significativamente do terceiro para o quinto (p=0,011) e do quarto para o quinto meses (p=0,025) e houve uma tendência de diferenciação entre o terceiro e quarto mês (p=0,058). Aos 3 meses a freqüência de alcances foi maior na linha axilar (D ou E) do que na linha média, havendo uma tendência de diferenciação (p=0,06). Aos 4 e aos 5 não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as posições. Conclusões: A freqüência de alcances aumenta significativamente de 3 a 5 meses e a posição de apresentação do objeto parece influenciá-la na fase inicial de aquisição desta habilidade (3 meses). Palavras-chaves: Desenvolvimento infantil. Lactente. Alcance 6 ABSTRACT Objectives: Evaluate the frequency of reaching and if the object presentation position has an influence on it at 3, 4 and 5 months of age. Methods: Longitudinal study with 13 typically developing infants assessed at 3, 4 and 5 months of age. Reaching was evaluated with the infants in the supine position, with the object presented at midline, right axillary line and left axillary line. The procedure was recorded in video and further analyzed for determination of frequency of reaching. This study was approved by the Research Ethics Committee of the University. Friedman`s and Wilcoxon`s tests were used for data analysis, and a 5% significance level was considered. Results: The mean reaching frequencies at 3, 4 and 5 months increased significantly along the study period, a statistically significant difference being found between the third and the fifth (p=0.011) and between the fourth and the fifth months (p=0.008). The amount of reaching at midline also increased significantly between the third and the fifth (p = 0.011), the fourth and the fifth months (p=0,025) and a trend towards differentiation was identified between the third and the fourth month (p=0,058). At 3 months, reaching frequency was higher at the axillary lines (right or left) than at the midline, showing a trend towards differentiation (p=0.06). No significant difference between the positions was identified at 4 and 5 months. Conclusions: The frequency of reaching increases significantly from 3 to 5 months, and the object presentation position seems to influence the initial stage of acquisition of this skill (3 months). KEY-WORDS: Child development. Infant. Reaching. 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................08 2 OBJETIVO......................................................................................................10 3 METODOLOGIA.............................................................................................12 3.1 Seleção dos sujeitos..................................................................................13 3.1.1 Critérios de inclusão..................................................................................13 3.1.2 Critérios de exclusão................................................................................13 3.1.3 Critérios de descontinuação do estudo..................................................13 3.2 Participantes............................................................................................14 3.3 Materiais e procedimentos.......................................................................15 3.4 Análise dos dados....................................................................................20 REFERÊNCIAS................................................................................................. 22 ARTIGO CIENTÍFICO.........................................................................................24 ANEXOS.............................................................................................................45 Anexo A - Parecer do CEP...............................................................................45 Anexo B - Autorização da Secretaria Municipal de Saúde............................46 Anexo C - Normas para publicação de manuscrito: Revista Brasileira de Fisioterapia........................................................................................................47 APÊNDICES........................................................................................................56 Apêndice A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)............56 Apêndice B - Cartão de registro dos dados individuais coletados..............58 8 1 - INTRODUÇÃO: A compreensão do processo de aquisição e desenvolvimento de habilidades motoras no primeiro ano de vida, em especial o alcance manual, tem sido alvo de muitos estudos na área de desenvolvimento motor, pois este é o período de maior e mais rápido desenvolvimento infantil, quando importantes habilidades são adquiridas. Entre estas habilidades, está o alcance, que, junto com a preensão e manipulação de objetos, permite a exploração ambiental pelo lactente1,2. Portanto, a aquisição do alcance constitui um importante marco no desenvolvimento motor e cognitivo no primeiro ano de vida dos lactentes. O alcance manual pode ser definido como o movimento direcionado do membro superior a um objeto, sendo finalizado quando a mão toca o objeto, não sendo necessária a sua preensão, podendo ser uni ou bimanual3,4. O desenvolvimento desta habilidade caracteriza-se pelo aprendizado de como coordenar e ajustar os movimentos dos membros superiores para alcançar e se posicionar de modo a permitir a preensão dos objetos. Esta é uma etapa essencial para que o lactente seja capaz de explorar o ambiente e, desse modo, aprender sobre ele, conseguindo realizar tarefas com maior precisão e incorporar conhecimentos, aprendendo também a resolver os problemas contidos nele, como o de manipular objetos de diferentes tamanhos em atividades diversificadas5. Thelen et al.3, constataram que em lactentes típicos, o alcance manual de objetos surge por volta dos 3-4 meses de idade, inicialmente de forma imprecisa, apresentando 9 pobre controle de trajetória. Com o desenvolvimento, o alcance passa a ser mais habilidoso e o lactente é capaz de ajustar seus movimentos de acordo com o ambiente e a tarefa3,6,7. Segundo a perspectiva dos Sistemas Dinâmicos, atualmente acredita-se que o curso do desenvolvimento motor não é apenas guiado pela maturação do SNC, mas também pelas características do ambiente, do organismo e exigências da tarefa, que são fatores que podem condicionar a aquisição e controle de uma habilidade4,8. Segundo Newell9, esses fatores podem ser considerados como restrições da ação e são classificados como restrições do organismo, do ambiente e da tarefa. Como restrições do organismo, podemos citar características físicas, neurológicas e comportamentais da criança. Já as restrições da tarefa9 estão relacionadas ao objetivo da ação e à dinâmica do movimento, como os ajustes necessários para alcançar objetos a diferentes distâncias. As restrições do ambiente10 envolvem fatores relacionados às leis da natureza, como força da gravidade e temperatura e a aspectos sócio-culturais11, como os costumes da sociedade na qual o lactente se insere. Há na literatura estudos que investigaram a influência de algumas dessas restrições no desenvolvimento da habilidade de alcançar objetos. Rocha et al.6 ao avaliarem os ajustes proximais e distais no movimento de alcance relacionados com as propriedades físicas dos objetos, verificaram que essas propriedades (consideradas restrições da tarefa) influenciam os dois tipos de ajustes e que objetos maleáveis favorecem a realização de alcances seguidos de preensão quando comparados a objetos rígidos. Coelho12 pesquisou a influência da movimentação do alvo e de contrastes de cor (restrições da tarefa e ambiente) na realização do alcance em lactentes típicos dos 4 aos 6 meses de vida, sugerindo que alvos com contraste de cor e estáticos promovem maior número de alcances do que os sem contraste e em movimento. Outros estudos verificaram que restrições do organismo também influenciam os ajustes necessários para realizar o alcance no primeiro ano de vida3,13. Nestes estudos, os autores investigaram o alcance manual ao longo do primeiro ano de vida, sem alterações da tarefa e ambiente, e observaram uma evolução no movimento de alcance com o passar dos meses, evidenciando o papel das restrições do organismo na 10 execução do alcance. Fatores como a posição corporal (restrição do ambiente) durante o movimento de alcance também foram investigados em diversos estudos. Carvalho14, ao estudar a relação entre freqüência de alcances e diferentes posturas corporais em lactentes de 4 meses de idade, verificou que as posturas supina, reclinada e sentada influenciam o desempenho do alcance nessa idade. Fallang et al15 avaliaram a relação entre posição corporal e alcance na postura supina em lactentes de 4 e 6 meses de idade, e sugeriram que uma melhora na performance do alcance está relacionada em parte a uma melhora no controle postural. Rochat et al16, observaram que um controle postural mais desenvolvido modifica a maneira com que lactentes de 5 e 6 meses de idade alcançam os objetos na posição sentada. Distância, localização e orientação do objeto também são fatores considerados de restrição da tarefa e podem influenciar a trajetória do braço em direção ao objeto17, assim como a freqüência de alcances. Os estudos recentes18-20 encontrados na literatura que apresentaram o objeto em diferentes posições tiveram como objetivo avaliar a preferência manual e não a relação desta posição com a freqüência de alcance. Outro estudo encontrado que faz referência a diferentes posições de apresentação do objeto data de 196421, mas o mesmo não utiliza metodologia específica para verificar a influência destas no alcance, e sim em um conjunto de comportamentos motores, dentre eles o alcance. Desta forma, a influência da apresentação do objeto em diferentes posições sobre o alcance manual foi pouco estudada até o momento. O alcance é uma habilidade que freqüentemente é difícil de ser obtida em crianças com distúrbios neuromotores. Sendo assim, este tipo de estudo pode contribuir para a elaboração de estratégias de intervenção fisioterapêutica, uma vez que através do conhecimento dos fatores que podem facilitar ou dificultar a realização do alcance, como por exemplo, a posição de apresentação do objeto, pode-se orientar condutas e técnicas para que esta habilidade seja adquirida nos casos onde a mesma estiver dificultada. 11 2- OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo verificar a freqüência de alcances manuais e se houve influência da posição de apresentação do objeto durante a aquisição dessa habilidade em lactentes com desenvolvimento típico. 12 3- METODOLOGIA: Foi realizado estudo longitudinal, prospectivo, de lactentes avaliados aos 3, 4 e 5 meses de idade. Parte dos dados também foi analisada em cortes seccionais nas referidas idades (estudo transversal). 3.1 – SELEÇÃO DOS SUJEITOS: Foi composta uma amostra de conveniência e o tamanho da nossa amostra condiz com os estudos encontrados, nos quais a mesma variou de 4 a 12 lactentes6,14,15. Através do prontuário da UBS, foram inicialmente selecionados todos os usuários das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Nossa Senhora das Graças, São Pedro e Jóquei Clube II da cidade de Juiz de Fora (MG) que, no período de recrutamento dos participantes (três meses), satisfizeram os critérios de inclusão e exclusão. Nos casos onde não havia um telefone de contato, foi feito um convite por escrito para o comparecimento à UBS em data programada para a primeira avaliação do lactente, entregues aos pais/responsáveis pelos agentes comunitários da UBS. Para 13 os casos onde havia um contato telefônico, os próprios pesquisadores ligavam e realizavam este convite. Para os casos onde os pais/responsáveis responderam ao convite e mostraram-se dispostos a participar do estudo, foram esclarecidas todas as dúvidas e verificado novamente quais contemplavam os critérios de inclusão e exclusão do estudo, através da análise da caderneta da criança e informações obtidas diretamente com os pais. Os pais dos lactentes que concordaram em participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE – Apêndice A), onde foram voluntários na participação da pesquisa. Este projeto (protocolo:1361.052.2008) foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFJF, no dia 07 de agosto de 2008, sob o parecer nº :093/2008 (Anexo A), e autorizado pela Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora (Anexo B). A seleção dos participantes foi realizada pelos próprios pesquisadores e não foi aleatória, seguindo os seguintes critérios: 3.1.1. Critérios de inclusão: Foram incluídos no estudo lactentes típicos que estavam com 3 meses de idade (permitindo uma variação de 7 dias – 2 meses e 23 dias a 3 meses e 7 dias) no período de recrutamento do estudo. 3.1.2. Critérios de exclusão: Foram excluídos do estudo os lactentes nascidos com idade gestacional inferior a 37 ou superior a 42 semanas, com baixo peso ao nascimento (menor que 2500g), com índice Apgar inferior a 8 no primeiro e/ou quinto minutos de vida ou, ainda, que apresentassem comprometimento neurológico (hidrocefalia, hemorragia intra-craniana, lesão de plexo braquial,...), má-formação congênita (mielomeningocele, agenesias, focomielias,...), desnutrição, Síndromes Genéticas, infecções congênitas e/ou neonatais (TORCH, sepse, meningite,...), alterações sensoriais ou outra intercorrência/alteração 14 que possa comprometer o desenvolvimento e a movimentação do tronco e dos membros superiores5 (descritas no prontuário e/ou caderneta da criança). 3.1.3. Critérios de descontinuação do estudo: Foram considerados critérios de descontinuação do estudo: lactentes que apresentaram sinais de comprometimento no desenvolvimento neuropsicosensóriomotor durante a realização dos procedimentos do estudo ou que choraram nos testes de modo a não permitir a realização dos mesmos5. 3.2 - PARTICIPANTES: Foram convidados a participar deste estudo 43 pais de lactentes típicos, dos quais apenas 16 compareceram à primeira avaliação (aos 3 meses). Destes, 2 foram excluídos por serem prematuros (IG < 37 semanas) e 1 por chorar durante o procedimento de modo a não permitir a realização do teste. Sendo assim, na primeira avaliação, aos 3 meses de idade, 13 lactentes participaram do estudo. Do total de 13 lactentes, 4 não compareceram às avaliações subseqüentes. Dessa maneira, para o estudo transversal em cada mês, participaram respectivamente aos 3, 4 e 5 meses, 13, 9 e 9 lactentes. Para o estudo longitudinal, foram considerados os 9 lactentes que compareceram às três avaliações programadas. As características dos participantes do estudo estão ilustradas na Tabela 1. 15 Tabela 1 – Caracterização dos participantes LACTENTES SEXO IG (sem) PN (kg) APGAR 5’ ABEP 1 F 38 3,025 10 2 F 38 2,835 10 B2 C1 3 M 40 3,480 9 B2 4 M 39 3,030 9 C2 5 M 38 3,565 8 C1 6 M 38 2,960 9 C1 7 F 42 3,435 10 C2 8 F 40 2,795 10 C1 9 M 38 3,415 10 A1 10 F 39 2,865 10 C1 11 F 40 3,150 9 C1 12 F 40 3,250 10 C2 13 F 38 3,030 10 B2 MÉDIA 39,08 3,141 9,54 DP 1,25 0,262 0,66 Sexo (F = feminino, M = masculino), Idade gestacional (IG), Peso ao nascimento (PN) Índice Apgar no 5º minuto, ABEP (Critério de Classificação Econômica Brasil) 3.3- MATERIAIS E PROCEDIMENTOS: Para a realização deste estudo foram utilizados um objeto maleável pequeno e colorido (“pompom” de lã antialérgica, 5 cm de diâmetro6 , nas cores laranja, verde e amarelo - figura 1), uma câmera filmadora digital (JVC- DV Camcorder GY-DV 300), 16 um tripé, uma maca e um cronômetro. O pompom foi escolhido como objeto do estudo, devido a pesquisas anteriores5,6,12 que verificaram que objetos maleáveis, pequenos e coloridos facilitam o alcance. Este objeto foi padrão para todos lactentes durante todas as avaliações. Figura 1: Imagem do objeto (pompom de lã) As avaliações foram realizadas por dois pesquisadores treinados, em uma sala de consultas de cada uma das UBS participantes da pesquisa, com boa iluminação e com o mínimo de interferências visuais e/ou auditivas possíveis. Os lactentes foram posicionados na maca pelas mães em decúbito supino, as quais se afastaram para fora do campo visual do lactente antes do início do teste. Pretendeu-se investigar a freqüência de alcance em supino, por esta ser a postura que lactentes de culturas ocidentais permanecem a maior parte do tempo em casa nesta faixa etária, e, por isso, é nela que normalmente eles adquirem experiência nessa habilidade15. A câmera filmadora foi posicionada póstero-superiormente ao lactente e fixada em um tripé, de forma a permitir a melhor visualização simultânea dos MMSS e do objeto apresentado (figuras 2 e 3). 17 Figura 2 - Esquema ilustrativo do procedimento de teste. A= tripé e câmera, B= lactente, C= pesquisador, D= objeto, E= maca Figura 3 – Posicionamento dos materiais e equipamentos. Para que a ordem de apresentação do objeto não interferisse nos resultados, houve uma variação pré-determinada na seqüência de apresentação do mesmo segundo a ordem de realização dos testes (tabela 2)5. Desta forma, o primeiro teste agendado foi realizado com a seqüência 1, o segundo com a seqüência 2, o terceiro com a seqüência 3, o quarto com a seqüência 4, o quinto com a seqüência 5, o sexto 18 com a seqüência 6, o sétimo com a seqüência 1, e assim sucessivamente. Assim, para cada lactente, a cada avaliação, o objeto foi apresentado com uma ordem aleatorizada segundo a tabela abaixo. Tabela 2- Ordem de apresentação dos objetos por teste: D = linha axilar direita, E = linha axilar esquerda, M = linha média SEQÜÊNCIA POSIÇÕES 1 DEM 2 EDM 3 4 5 6 MDE MED DME EMD O objeto foi apresentado por um dos pesquisadores, em três diferentes posições (linha axilar direita, linha axilar esquerda e linha média – figura 4), a uma distância correspondente ao comprimento do membro superior do lactente (distância entre o ombro e o punho, que foi mensurada antes do início do teste – figura 5), na altura do seu manúbrio, e por um período de 2 minutos em cada uma das posições programadas. Este procedimento foi definido com base em estudos anteriores que investigaram o alcance em lactentes2,6,22. Caso o lactente não demonstrasse interesse pelo objeto, o mesmo era agitado no seu campo visual. Quando o lactente fixava o olhar para o objeto, este permanecia imóvel. Caso o lactente apreendesse o objeto ou ficasse em contato com ele por mais de 5 segundos, este era retirado de sua mão e novamente apresentado na mesma posição até que se atingisse o tempo de 2 minutos, previsto para aquela posição de apresentação. Um tempo de 10 segundos foi dado para que o lactente se adaptasse quando colocado na postura supina e um intervalo de 5 segundos foi dado entre uma posição de apresentação do objeto e outra, totalizando o tempo do procedimento em aproximadamente 6 minutos e 20 segundos. Todo o procedimento foi filmado e cronometrado por outro pesquisador. As avaliações coincidiram com a data de aniversário dos lactentes, aceitando uma variação de sete dias antes ou após essa data. Antes da realização dos testes, o 19 pesquisador avaliava o estado comportamental do lactente e se informava sobre o horário da última amamentação. O teste foi realizado preferencialmente entre as mamadas e o lactente deveria estar em estado de alerta ativo (estado 4 segundo a escala comportamental de Brazelton23). Caso o lactente estivesse inquieto, não colaborativo ou apresentando choro, o teste era interrompido e o lactente acalmado, até que fosse possível o reinício do procedimento. Se não fosse possível sanar o desconforto e o lactente permanecesse inquieto, era marcada nova data para a realização do teste, respeitando o prazo estabelecido para aquela idade. Nos primeiros meses do presente estudo foi realizado um estudo piloto para treinamento da equipe e ajustes da metodologia antes do início da coleta de dados. Figura 4 – Posições de apresentação do objeto (linha axilar esquerda, linha média, linha axilar direita). 20 Figura 5 – Medida do comprimento do braço. 3.4- ANÁLISE DOS DADOS: A freqüência de alcance foi calculada para cada posição de apresentação do objeto através da análise dos vídeos. Dois pesquisadores fizeram esta análise de forma independente. Foi realizado estudo piloto para atingir índice de concordância entre os pesquisadores, onde foi obtido o valor de 0.93. Os dados individuais coletados foram registrados no cartão individual de registro dos dados (Apêndice B) e posteriormente arquivados no programa SPSS 13.0. Como os dados não satisfaziam aos critérios de normalidade, para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Friedman e Wilcoxon, considerando um nível de significância α = 0,05. O teste de Friedman foi aplicado para comparar as freqüências de alcances totais e as freqüências na linha média ao longo dos meses, onde foram utilizados os dados dos nove participantes que compareceram às três avaliações programadas (estudo longitudinal). Para detectar entre quais meses ocorreram as diferenças encontradas pelo teste de Friedman, foi usado o teste de Wilcoxon. Para a comparação das freqüências médias de alcance em cada posição (linha axilar e linha média), aplicou-se o teste de Wilcoxon, utilizando os dados de todos os participantes que compareceram a pelo menos uma das avaliações programadas (estudo transversal). Estudos anteriores22-24 sugerem que já existe uma possível preferência manual nessa faixa etária, o que indicaria preferência por uma das linhas axilares. Sendo assim, para análise da influência da posição do objeto, optou-se por considerar apenas a linha axilar 21 (D ou E) de maior freqüência de alcances de cada participante em cada mês, anulando a possível interferência de uma preferência manual precoce. Os resultados, a discussão e a conclusão serão apresentados em formato de artigo (Capítulo 5), que foi enviado para publicação na Revista Brasileira de Fisioterapia e, por este motivo, encontra-se no formato das normas exigidas por esta revista (Anexo C), à exceção das figuras que foram inseridas no corpo do texto para facilitar a leitura. 22 4- REFERÊNCIAS: 1. Carvalho RP. Influência de restrições intrínsecas e extrínsecas no alcance manual de lactentes [Tese]. São Carlos (SP): Universidade Federal de São Carlos; 2007. 2. Carvalho RP, Tudella E, Savelsbergh GJP. Spatio-temporal parameters in infant’s reaching movements are influenced by body orientation. Infant Behav Dev. 2007;30(1):26-35. 3. Thelen E, Corbetta D, Spencer JP. Development of reaching during the first year: role of movement speed. J Exp Psychol Hum Percept Perform. 1996;22(5):1059-76. 4. Corbetta D, Thelen E. The Developmental origins of bimanual coordination: a dynamic perspective. J Exp Psychol Hum Percept Perform. 1996;22: 502-522. 5. Rocha NACF. Impacto das propriedades físicas dos objetos nos movimentos de alcance em lactentes saudáveis de 4 a 6 meses de idade [Tese]. São Carlos (SP): Universidade Federal de São Carlos; 2006. 6. Rocha NACF, Silva FPS, Tudella E. Influência do tamanho e da rigidez dos objetos nos ajustes proximais e distais do alcance de lactentes. Rev. Bras Fisioter 2006;10 (3):263-69. 7. Fagard J. Linked proximal and distal changes in the reaching behavior of 5- to 12month-old human infants grasping objects of different sizes. Infant Behav Dev. 2000;23:317-29. 8. Thelen E, Kelso JAS, Fogel A. Self-organizing Systems and Infant Motor Development. Develop Rev. 1987;7:39-65. 9. Newell KM. Constraints on the development of coordination. In: Wade MG; Whitine HTA. Motor development in children: aspects of coordination and control. Boston: Martin Nihoff. 1986, 241-360. 10. Van Hof P, Van der Kamp J, Caljouw SR, Savelsbergh GJP. The confluence of intrinsic and extrinsic constraints on 3- to 9-month-old infants’ catching behavior. Infant Behav Dev. 2005;28:179-193. 23 11. Clark JE. Motor Development. In: Encyclopedia of Human Behavior. 1994;3:245-255 apud Carvalho RP 2004;18. 12. Coelho ZAC. O impacto da informação ambiental no desenvolvimento do alcance em crianças nascidas a termo, na faixa etária de 4 a 6 meses: uma abordagem ecológica [Dissertação]. Belo Horizonte (MG): Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional UFMG;2004. 13. Fagard J, Pezeacute A. Age changes in interlimb coupling and the development of bimanual coordination. J Mot Behav. 1997;29(3):199-208. 14. Carvalho RP. A influência da postura corporal no movimento de alcance manual em lactentes de 4 meses de vida [Dissertação]. São Carlos (SP): Universidade Federal de São Carlos; 2004. 15. Fallang B, Saugstad OD, Hadder-Algra M. Goal directed reaching and postural control in supine position in healthy infants. Behav Brain Res. 2000;115(1):9-18. 16. Rochat P, Goubert N. Development of sitting and reaching in 5-to-6-month-old infants. Infant Behav Dev. 1995;18:53-68. 17. Jeannerod M. Intersegmental coordination during reaching at natural visual objects. In: Attention and Performance IX. Hillsdale: Erlbaum. 1981;153-168 apud Rocha NACF, Silva FPS, Tudella E. 2006;264. 18. Morange F, Peze A, Bloch H. Organisation of left and right hand movement in a prehension task: A longitudinal study from 20 to 32 weeks. Laterality. 2000;5(4):35162. 19. Morange F, Bloch H. Lateralization of the approach movement end prehension movement in infants from 4 to 7 months. Early Develop and Parenting. 1996;5(2):8192. 20. Corbetta D, Thelen E. Lateral biases and fluctuations in infants' spontaneous arm movements and reaching. Dev Psychobiol. 1999;34(4):237-55. 21. White BL, Castle P, Held R. Observations on the development of visually-directed reaching. Child Dev. 1964;35:349-364. 22. Corbetta D, Thelen E, Johnson K. Motor constraints on the development of perception-action matching in infant reaching. Infant Behav Dev. 2000;23:351-74. 23. Brazelton, TB. Neonatal assessment scale. Spastics Inter Med Publications; 1981:777. 24 5- ARTIGO CIENTÍFICO: “INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DO OBJETO NA FREQUÊNCIA DE ALCANCES MANUAIS EM LACTENTES COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO AOS 3, 4 E 5 MESES DE IDADE” RESUMO: Objetivos: Verificar a freqüência de alcances aos 3, 4 e 5 meses de idade e se há influência da posição de apresentação do objeto. Métodos: Estudo longitudinal com 13 lactentes com desenvolvimento típico avaliados aos 3, 4 e 5 meses. O alcance foi avaliado em supino, sendo o objeto apresentado na linha média e nas linhas axilares direita(D) e esquerda(E). O procedimento foi filmado e posteriormente analisado para registro da freqüência de alcances. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade. Os dados foram analisados pelos testes de Friedman e Wilcoxon, sendo considerado um nível de significância de 5%. Resultados: As freqüências médias totais de alcances aumentaram ao longo dos meses, sendo encontrada diferença estatisticamente significativa entre o terceiro e quinto (p=0,011) e entre o quarto e quinto meses (p=0,008). O número de alcances na linha média aumentou significativamente do terceiro para o quinto (p=0,011) e do quarto para o quinto meses (p=0,025) e houve uma tendência de diferenciação entre o terceiro e quarto mês (p=0,058). Aos 3 meses a freqüência de alcances foi maior na linha axilar (D ou E) do que na linha média, havendo uma tendência de 25 diferenciação (p=0,06). Aos 4 e aos 5 não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre as posições. Conclusões: A freqüência de alcances aumenta significativamente de 3 a 5 meses e a posição de apresentação do objeto parece influenciá-la na fase inicial de aquisição desta habilidade (3 meses). Palavras-chaves: Desenvolvimento infantil, lactente, alcance TITLE: INFLUENCE OF OBJECT POSITION ON THE FREQUENCY OF MANUAL REACHING IN TYPICALLY DEVELOPING INFANTS AT 3, 4 AND 5 MONTHS OF AGE. SHORT TITLE: Frequency of reaching in infants at 3, 4 and 5 months months of age. ABSTRACT: Objectives: Evaluate the frequency of reaching at 3, 4 and 5 months of age and if the object presentation position has an influence on it. Methods: Longitudinal study with 13 typically developing infants assessed at 3, 4 and 5 months of age. Reaching was evaluated with the infants in the supine position, with the object presented at midline, right axillary line and left axillary line. The procedure was recorded in video and further analyzed for determination of frequency of reaching. This study was approved by the Research Ethics Committee of the University. Friedman`s and Wilcoxon`s tests were used for data analysis, and a 5% significance level was considered. Results: The mean reaching frequencies at 3, 4 and 5 months increased significantly along the study period, a statistically significant difference being found between the third and the fifth (p=0.011) and between the fourth and the fifth months (p=0.008). The amount of reaching at midline also increased significantly between the third and the fifth (p = 0.011), the fourth and the 26 fifth months (p=0,025) and a trend towards differentiation was identified between the third and the fourth month (p=0,058). At 3 months, reaching frequency was higher at the axillary lines (right or left) than at the midline, showing a trend towards differentiation (p=0.06). No significant difference between the positions was identified at 4 and 5 months. Conclusions: The frequency of reaching increases significantly from 3 to 5 months, and the object presentation position seems to influence the initial stage of acquisition of this skill (3 months). KEY-WORDS: Childhood development, infant, reaching. 1 - INTRODUÇÃO: A compreensão do processo de aquisição e desenvolvimento de habilidades motoras no primeiro ano de vida tem sido alvo de muitos estudos na área de desenvolvimento motor. Entre estas habilidades, o alcance manual assume considerável importância, pois, junto com a preensão e manipulação de objetos, permite a exploração do ambiente pelo lactente1-3. Thelen et al.4, constataram que, em lactentes típicos, o alcance surge por volta dos 3-4 meses de idade. O alcance pode ser definido como o movimento direcionado do membro superior a um objeto, podendo ser uni ou bimanual, sendo finalizado quando a mão toca o objeto, não sendo necessária a sua preensão4,5. O desenvolvimento desta habilidade caracteriza-se pelo aprendizado de como coordenar e ajustar os movimentos dos membros superiores para alcançar e se posicionar de modo a permitir a preensão dos objetos. Ao longo do desenvolvimento, características do ambiente, do organismo e exigências da 27 tarefa são fatores que podem condicionar a aquisição e controle de uma habilidade5,6. Segundo Newell7, esses fatores podem ser considerados como restrições da ação e atualmente são classificados como fatores de restrição intrínsecos e extrínsecos ao organismo8. Há na literatura estudos que investigaram a influência de algumas restrições extrínsecas no desenvolvimento da habilidade de alcançar objetos. Rocha et al9 verificaram que as propriedades físicas do objeto influenciam os ajustes necessários para realizar o alcance e que objetos maleáveis favorecem a realização de alcances seguidos de preensão quando comparados a objetos rígidos. Coelho10 sugeriu em seu estudo que alvos com contraste de cor e estáticos promovem maior número de alcances do que os sem contraste e em movimento. Fatores como a posição corporal durante o movimento de alcance também foram investigados em outros estudos. Carvalho et al11 verificaram que a postura reclinada propicia maior frequência de alcances em lactentes de 4 a 6 meses quando comparada com as posturas supina e sentada. Fallang et al12 avaliaram a relação entre posição corporal e alcance na postura supina em lactentes de 4 e 6 meses de idade, e sugeriram que uma melhora na performance do alcance está relacionada em parte a uma melhora no controle postural. Rochat et al13 observaram que um controle postural mais desenvolvido modifica a maneira com que lactentes de 5 e 6 meses de idade alcançam os objetos na posição sentada. Distância, localização e orientação do objeto também são fatores considerados de restrição extrínseca e podem influenciar a trajetória do braço em direção ao objeto14, assim como a freqüência de alcances. Os estudos recentes15-17 encontrados na literatura que apresentaram o objeto em diferentes posições tiveram como objetivo avaliar a preferência manual e não a relação desta posição com a freqüência de alcance. Outro estudo encontrado que faz referência a 28 diferentes posições de apresentação do objeto data de 196418, mas o mesmo não utiliza metodologia específica para verificar a influência destas no alcance, e sim em um conjunto de comportamentos motores, dentre eles o alcance. O alcance é uma habilidade que freqüentemente é difícil de ser obtida em crianças com distúrbios neuromotores. Sendo assim, a realização de estudos que investiguem o alcance podem contribuir para a elaboração de estratégias de intervenção fisioterapêutica, uma vez que, através do conhecimento dos fatores que podem facilitar ou dificultar a realização desta habilidade, podese orientar condutas e técnicas para que ela seja adquirida nos casos onde estiver dificultada. Com base nestas informações, o presente estudo teve como objetivo verificar a freqüência de alcances manuais e se houve influência da posição de apresentação do objeto durante a aquisição dessa habilidade em lactentes com desenvolvimento típico. Ao ser investigada a freqüência de alcances manuais em lactentes com desenvolvimento típico aos 3, 4 e 5 meses de vida, apresentando o objeto em diferentes posições (linha média e linhas axilares direita e esquerda), as seguintes hipóteses foram estabelecidas: no início da aquisição dessa habilidade a apresentação nas linhas axilares facilitará a ocorrência desse movimento por exigir menos ajustes, menos coordenação e pela menor influência da gravidade do que quando este for apresentado na linha média. Com o passar dos meses, ao praticarem essa atividade e através do mecanismo de percepção-ação19, os lactentes aprimorarão o alcance permitindo a realização de maior freqüência de alcances, independente da posição de apresentação do objeto. 2 - MATERIAIS E MÉTODOS: 29 2.1 - Participantes: Foi realizado estudo longitudinal, prospectivo, de lactentes avaliados aos 3, 4 e 5 meses de idade. Parte dos dados também foi analisada em cortes seccionais nas referidas idades (estudo transversal). Os participantes e o tamanho da amostra foram escolhidos por conveniência. O tamanho da amostra condiz com os estudos semelhantes encontrados na literatura9,11,12. Foram convidados a participar deste estudo 43 lactentes típicos (por intermédio de seus responsáveis), dos quais apenas 16 compareceram à primeira avaliação (aos 3 meses). Destes, 2 foram excluídos por serem prematuros (IG < 37 semanas) e 1 por chorar durante o procedimento de modo a não permitir a realização do teste. Sendo assim, na primeira avaliação, aos 3 meses de idade, 13 lactentes participaram do estudo, desses, 4 não compareceram às avaliações subseqüentes. Dessa maneira, para o estudo transversal, em cada mês, participaram respectivamente aos 3, 4 e 5 meses, 13, 9 e 9 lactentes. Para o estudo longitudinal, foram considerados para a análise dos dados os 9 lactentes que compareceram às três avaliações programadas. Dos 13 lactentes, 8 eram do sexo feminino e 5 do sexo masculino, nascidos a termo (39,08 ± 1,25) e com índice de Apgar igual ou superior a 8 no primeiro e quinto minutos. Os lactentes foram selecionados através da análise de prontuários de três Unidades Básicas de Saúde da cidade. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Instituição, parecer nº 093/2008 e os pais ou responsáveis pelos lactentes assinaram previamente o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 30 2.2 - Materiais e procedimentos: As avaliações foram realizadas em uma sala de consultas de cada uma das UBS participantes da pesquisa, com boa iluminação e com o mínimo de interferências visuais e/ou auditivas possíveis. Os lactentes foram posicionados na maca pelas mães em decúbito supino, e estas permaneciam na sala em um local onde os lactentes não pudessem vê-las. Pretendeu-se investigar a freqüência de alcance em supino, por ser esta a postura que lactentes de culturas ocidentais permanecem, nesta faixa etária, a maior parte do tempo em casa e, por isso, é nela que normalmente eles adquirem experiência nessa habilidade12. Para a realização deste estudo foram utilizados um objeto maleável pequeno e colorido (“pompom” de lã antialérgica, 5 cm de diâmetro9 , nas cores laranja, verde e amarelo), uma câmera filmadora digital (JVC®- DV Camcorder GY-DV 300), um tripé, uma maca e um cronômetro. O pompom foi escolhido como objeto do estudo, devido a pesquisas anteriores que verificaram que objetos maleáveis, pequenos e coloridos facilitam o alcance9,10. O objeto foi apresentado por um dos pesquisadores, em três diferentes posições (linha axilar direita, linha axilar esquerda e linha média), a uma distância correspondente ao comprimento do membro superior do lactente (distância entre o ombro e o punho, que foi mensurada antes do início do teste), na altura do seu manúbrio, e por um período de 2 minutos em cada uma das posições programadas. Este procedimento foi definido com base em estudos anteriores que investigaram o alcance em lactentes9,11,20. Para que a ordem de posicionamento do objeto não influenciasse nos resultados, este foi apresentado em diferentes seqüências aleatoriamente pré-determinadas para cada lactente. Caso o lactente não demonstrasse interesse pelo objeto, o mesmo era agitado no seu campo visual. Quando o lactente fixava o olhar para o 31 objeto, este permanecia imóvel. Caso o lactente apreendesse o objeto ou ficasse em contato com ele por mais de 5 segundos, este era retirado de sua mão e novamente apresentado na mesma posição até que se atingisse o tempo de 2 minutos, previsto para aquela posição de apresentação. Um tempo de 10 segundos foi dado para que o lactente se adaptasse quando colocado na postura e um intervalo de 5 segundos foi dado entre uma posição de apresentação do objeto e outra, totalizando o tempo do procedimento em aproximadamente 6 minutos e 20 segundos. Todo o procedimento foi filmado e cronometrado por outro pesquisador. A câmera filmadora foi posicionada póstero-superiormente ao lactente e fixada em um tripé, de forma a permitir a melhor visualização simultânea dos MMSS e do objeto apresentado (figura 1). Figura 1 - Esquema ilustrativo do procedimento de teste. A= tripé e câmera, B= lactente, C= pesquisador, D= objeto, E= maca. As avaliações coincidiram com a data de aniversário dos lactentes, aceitando uma variação de sete dias antes ou após essa data. O teste foi realizado preferencialmente entre as 32 mamadas e o lactente deveria estar em estado de alerta ativo (estado 4 segundo a escala comportamental de Brazelton21). Caso o lactente se mostrasse inquieto, não colaborativo ou apresentando choro, o teste era interrompido e o lactente acalmado, até que fosse possível o reinício do procedimento. Se não fosse possível sanar o desconforto e o lactente permanecesse inquieto, era marcada nova data para a realização do teste, respeitando o prazo estabelecido para aquela idade. 2.3 - Análise dos dados: A freqüência de alcance foi calculada para cada posição de apresentação do objeto através da análise dos vídeos. Dois pesquisadores fizeram esta análise de forma independente. Foi realizado estudo piloto para atingir índice de concordância entre os pesquisadores, onde foi obtido o valor de 0.93. Os dados individuais coletados foram registrados no cartão individual de registro dos dados e posteriormente arquivados no programa SPSS 13.0. Como os dados não satisfizeram aos critérios de normalidade, para a análise estatística foram utilizados os testes não paramétricos de Friedman e Wilcoxon, considerando um nível de significância α = 0,05. O teste de Friedman foi aplicado para comparar as freqüências de alcances totais e as freqüências na linha média ao longo dos meses, onde foram utilizados os dados dos nove participantes que compareceram às três avaliações programadas (estudo longitudinal). Para detectar entre quais meses ocorreram as diferenças encontradas pelo teste de Friedman, foi usado o teste de Wilcoxon. Para a comparação das freqüências médias de alcance em cada posição (linha axilar e linha média), aplicou-se o teste de Wilcoxon, utilizando os dados de todos os participantes que compareceram a pelo menos uma das avaliações programadas (estudo 33 transversal). Estudos anteriores15,16,17 sugerem que já existe uma possível preferência manual nessa faixa etária, o que indicaria preferência por uma das linhas axilares. Sendo assim, para análise da influência da posição do objeto, optou-se por considerar apenas a linha axilar (D ou E) de maior freqüência de alcances de cada participante em cada mês, anulando a possível interferência de uma preferência manual precoce. 3 – RESULTADOS: Os treze lactentes avaliados aos 3 meses de idade realizaram um total de 202 alcances e os nove lactentes avaliados aos 4 e 5 meses realizaram um total de 283 e 522 alcances, respectivamente. Considerando apenas os nove lactentes que compareceram às três avaliações programadas, um total de 945 alcances foram realizados pelos participantes. Freqüência total de alcances A figura 2 ilustra a freqüência média total de alcances, e seus respectivos desvios-padrão, realizados nas idades de 3, 4 e 5 meses. Observa-se que o número de alcances aumentou progressivamente com o passar dos meses e o teste de Friedman revelou diferença estatisticamente significativa ao longo dos meses (p=0,003). Estas diferenças foram identificadas pelo teste de Wilcoxon entre o terceiro e quinto mês (p=0,011) e entre o quarto e quinto mês (p=0,008). 34 p=0,003 60 58,00 (24,28) 50 40 31,44 (23,33) 30 20 16,33 (10,12) 10 0 Três meses Quatro meses Cinco meses Figura 2 – Freqüência média total de alcances, desvio-padrão e p-valor (Friedman) aos 3, 4 e 5 meses Freqüência de alcances na linha média A figura 3 ilustra a freqüência média de alcances, e seus respectivos desvios-padrão, realizados na linha média. Nesta figura, pode ser observado que o número de alcances na linha média aumentou progressivamente ao longo dos meses. O teste de Friedman revelou diferença significativa entre as idades (p=0,013), sendo que o teste de Wilcoxon indicou que estas diferenças ocorreram entre o terceiro e quinto mês (p=0,011) e entre o quarto e quinto mês (p=0,025). Entre o terceiro e quarto mês foi encontrada tendência de diferenciação (p=0,058). 35 p=0,013 25 20,56 (8,38) 20 15 12,33 (7,89) 10 5 4,56 (4,66) 0 Três meses Quatro meses Cinco meses Figura 3 – Freqüência média de alcances na linha média, desvio-padrão e p-valor (Friedman) aos 3, 4 e 5 meses Frequência de alcances na linha axilar e média Aos 3 meses, foi encontrada maior freqüência de alcances na linha axilar em relação à linha média e o teste de Wilcoxon indicou uma tendência de diferenciação (p=0,066). Um dado a ser destacado é que, dos treze lactentes avaliados, cinco não realizaram alcance na linha média nesta idade, mas todos realizaram alcances nas linhas axilares D ou E. Não foram observadas diferenças significativas entre as linhas axilar e média aos 4 e 5 meses (p= 0,953 e p= 0,944, respectivamente). Aos 4 meses, dos nove lactentes avaliados, apenas um não realizou alcance na linha média e todos realizaram nas linhas axilares D ou E. A figura 4 ilustra as médias e desvios-padrão em cada mês. 36 3 meses (p=0,066) 10 8,00 (4,98) 5 3,69 (4,28) 0 Linha axilar Linha média 4 meses (p=0,953) 15 12,33 (7,89) 11,56 (9,35) 10 5 0 Linha axilar Linha média 5 meses (p=0,944) 25 21,67 (8,68) 20,56 (8,38) Linha axilar Linha média 20 15 10 5 0 Figura 4 – Freqüência média de alcances na linha axilar e na linha média, desvio-padrão e pvalor (Wilcoxon) aos 3, 4 e 5 meses de idade. 37 4 - DISCUSSÃO: Este estudo acrescenta importantes considerações em relação ao período de aquisição de habilidades motoras no primeiro ano de vida, no caso, o alcance manual, e aspectos que podem interferir neste processo. Para analisar a influência da posição de apresentação do objeto na freqüência de alcances em lactentes típicos, este foi apresentado em diferentes posições e os lactentes foram avaliados aos 3, 4 e 5 meses de idade. Não foram encontrados na literatura estudos que tiveram como objetivo investigar a influência da posição do objeto na freqüência de alcances em lactentes nesta ou em qualquer outra faixa etária. Os estudos encontrados, nos quais o objeto foi apresentado em diferentes posições (linha média e laterais), objetivavam analisar a preferência manual15,16,22. Já os estudos que investigaram freqüência de alcances não utilizaram diferentes posições de apresentação do objeto (somente linha média), investigando outros fatores influenciadores dessa habilidade (posição corporal, estabilidade postural, tamanho, rigidez e movimentação do objeto, dentre outros)9,12,13,23,24-26. Desta forma, os dados aqui encontrados não puderam ser diretamente comparados com outros estudos. No presente estudo, aos três meses de idade foi encontrada uma média de aproximadamente 17 alcances por lactente, número este que quase dobrou aos quatro meses, sendo que todos realizaram alcances nos meses estudados. Esses dados não corroboram com a literatura onde a maioria dos estudos investiga o alcance em idades posteriores, por considerar que esse se inicia só aos quatro meses e que, mesmo nessa idade, uma quantidade significativa de lactentes ainda não o realiza4,8,12,27,28. Um dos aspectos que pode ter contribuído para esta 38 diferença é a apresentação do objeto nas linhas axilares direita e esquerda. Apesar da grande diferença entre as médias de alcances entre o 3° e o 4° mês, isto não representou significância estatística, o que pode estar relacionado à grande variabilidade encontrada entre os participantes na fase de aquisição da habilidade, verificada pelos altos valores de desvio padrão. Esta variabilidade também pode ter influenciado os achados com relação aos alcances na linha média entre estes meses. Apesar de todos os lactentes avaliados aos 3 meses (treze) terem realizado o alcance nas linhas axilares direita ou esquerda, cinco não o fizeram na linha média. Sendo assim, ainda que a análise estatística tenha encontrado apenas tendência de diferenciação entre a linha axilar (D ou E) e a linha média, é possível perceber que para os lactentes que ainda não eram capazes de realizar o alcance na linha média, a linha axilar facilitou o alcance no início da sua aquisição. Isto reforça a primeira hipótese do presente estudo, que sugere que a apresentação nas linhas axilares facilita este movimento por exigir menos ajustes, menos coordenação e por oferecer uma ação menor da gravidade do que na linha média. Aos 4 meses, dos nove lactentes avaliados, apenas um não realizou o alcance na linha média e todos realizaram nas linhas axilares D ou E. Como já abordado anteriormente, este dado difere dos estudos citados4,8,12,27,28, que relataram que há um número significativo de lactentes nessa faixa etária que ainda não realizam alcance na linha média. Este fato pode estar relacionado ao objeto usado no estudo (maleável pequeno e colorido), que, segundo estudos anteriores9,10, facilita o movimento de alcance, ou ainda devido ao fato de que, como essas crianças foram avaliadas primeiramente aos 3 meses de idade, na presença das mães/responsáveis, pode ter ocorrido um incentivo adicional à prática espontânea em suas casas, muitas vezes encorajada 39 pelos pais. Segundo Gibson e Pick19, os pais mudam o ambiente social assim que percebem que os lactentes estão respondendo aos seus estímulos. Sendo assim, se os lactentes demonstram interesse ou intenção de alcançar um brinquedo, os pais tendem a mostrá-lo mais freqüentemente ou ainda apresentar novos objetos. Aos 5 meses de idade, todos os lactentes avaliados realizaram alcances nas três posições de apresentação, não havendo diferença estatisticamente significativa de freqüência entre elas. Este achado confirma a segunda hipótese do estudo, que supõe que com o avançar da idade e o treino da habilidade a freqüência de alcances aumenta independente da posição de apresentação do objeto. Esta hipótese também é reforçada pelo aumento progressivo, estatisticamente significativo, que ocorreu dos 3 aos 5 meses na freqüência total de alcances e da linha média. Este achado está de acordo com diversos autores4,9,25,29,30 que sugeriram que os lactentes melhoram suas habilidades de alcançar e realizam um maior número de alcances com o avançar da idade. Apesar da posição corporal utilizada neste estudo (supina) ser considerada, segundo estudos anteriores8,11,29, como um fator que poderia dificultar o alcance em lactentes mais novos, principalmente por exigir maior estabilidade postural e um maior torque muscular, os lactentes do presente estudo foram capazes de realizar os ajustes necessários para vencer a gravidade e realizar um torque muscular suficiente. O presente estudo possui algumas limitações, como o diferente número de participantes em cada mês (devido a desistências) e o fato de não terem sido investigadas outras posições corporais (sentado e reclinado). Apesar disso, oferece informações importantes para possível embasamento de técnicas de intervenção precoce e para o aprofundamento de investigações 40 acerca do período inicial de aquisição dessa habilidade. Concluindo, os resultados indicaram que esta habilidade já está presente aos três meses em lactentes típicos e que, nessa idade, a posição de apresentação do objeto parece influenciar a frequência de alcances na postura supina, facilitando a ocorrência do mesmo quando apresentado nas linhas axilares em sua fase inicial de aquisição. Indicam ainda que há um aumento progressivo no número de alcances com o passar dos meses, independente da posição de apresentação do objeto. 41 Referências 1. Carvalho RP. Influência de restrições intrínsecas e extrínsecas no alcance manual de lactentes (tese). Universidade Federal de São Carlos; 2007. 2. Thelen E, Corbetta D, Kamm K, Spencer JP, Schneider K, Zernicke RF. The transition to reaching: mapping intention and intrinsic dynamics. Child Dev. 1993;64(4):1058-98. 3. Fagard J. Manual estrategies and interlimb during reaching, grasping, and manipulating throughout the first year of life. In: Swinnen S. 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Exp Brain Res. 1997;113(3):465-74. 45 ANEXOS ANEXO A: Parecer do CEP 46 ANEXO B: Autorização da Secretaria Municipal de Saúde 47 ANEXO C: Normas para publicação de manuscrito na Revista Brasileira de Fisioterapia A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy(RBF/BJPT) publica relatos originais de pesquisa concernentes ao objeto principal de estudo da Fisioterapia e ao seu campo de atuação profissional, veiculando estudos básicos sobre a motricidade humana e investigações clínicas sobre a prevenção, o tratamento e a reabilitação das disfunções do movimento. Será dada preferência de publicação àqueles manuscritos originais que contribuam significativamente para o desenvolvimento conceitual dos objetos de estudo da Fisioterapia ou que desenvolvam procedimentos experimentais novos. Os artigos submetidos à Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy devem preferencialmente enquadrar-se na categoria de Artigos Originais (novas informações com materiais e métodos e resultados sistematicamente relatados). Artigos de Revisão (síntese atualizada de assuntos bem estabelecidos, com análise crítica da literatura consultada e conclusões) são publicados apenas a convite dos editores e devem conter, no mínimo, 50 (cinqüenta) referências bibliográficas; Artigos de Revisão Passiva submetidos espontaneamente não serão aceitos; Artigos de Revisão Sistemática e Metanálises, Artigos Metodológicos apresentando aspectos metodológicos de pesquisa ou de ensino e Estudos de Caso (apresentando condições patológicas ou métodos/procedimentos incomuns que dificultem a execução de um estudo científico) são publicados num percentual de até 20% do total de manuscritos. Os artigos submetidos são analisados pelos editores e pelos revisores das áreas de conhecimento, que estão assim divididas: Fundamentos e História da Fisioterapia; Anatomia, Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica; Controle Motor, Comportamento e Motricidade; Recursos Terapêuticos Físicos e Naturais; Recursos Terapêuticos Manuais; Cinesioterapia; Prevenção em Fisioterapia/Ergonomia; Fisioterapia nas Condições Musculoesqueléticas; Fisioterapia nas Condições Neurológicas; Fisioterapia nas Condições Cardiovasculares e Respiratórias; Fisioterapia nas Condições Uroginecológicas e Obstétricas; Ensino em Fisioterapia; Administração, Ética e Deontologia; Registro/Análise do Movimento; Fisioterapia nas Condições Geriátricas e Medidas em Fisioterapia. Cada artigo é analisado por, pelo menos, três revisores, os quais trabalham de maneira independente e fazem parte da comunidade acadêmico-científica, sendo especialistas em suas respectivas áreas de conhecimento. Os revisores permanecerão anônimos aos autores, assim como os autores não serão identificados pelos revisores por 48 recomendação expressa dos editores. Os editores coordenam as informações entre os autores e os revisores, cabendo-lhes a decisão final sobre quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos revisores. Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos são acompanhados por justificativa do editor. A RBF/BJPT publica ainda: Seção Editorial; Cartas ao Editor; Resenhas de Livros (por solicitação dos editores); Resumos de eventos como Suplemento após submissão e aprovação de proposta ao Conselho Editorial. (A submissão de proposta será anual e realizada por edital, atendendo às "Normas para publicação de suplementos" que podem ser obtidas no site <http://www.rbf-bjpt.org.br> e eventualmente, Agenda de Eventos Científicos próximos. A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy apóia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) (<http://www.who.int/ictrp/en/>) e do International Committee of Medical Journal Editors e (ICMJE) (<http://www.wame.org/resources/policies#trialreg> <http://www.icmje.org/clin_trialup.htm>), reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e a divulgação internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para publicação, a partir de 2007, os artigos de ensaios clínicos que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE:<http://www.icmje.org/faq.pdf>. Instruções aos autores INFORMAÇÕES GERAIS A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada pelo site <http://www.scielo.br/rbfis> e implica que o trabalho não tenha sido publicado e não esteja sob consideração para publicação em outro periódico. Quando parte do material já tiver sido apresentada em uma comunicação preliminar, em Simpósio, Congresso, etc., deve ser citada como nota de rodapé na página de título e uma cópia deve acompanhar a submissão do manuscrito. Os manuscritos publicados são de propriedade da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy, e é vedada tanto a reprodução, mesmo que parcial em outros periódicos, como a tradução para outro idioma sem a autorização dos Editores. A partir de janeiro de 2008, todos os artigos publicados na RBF/BJPT terão também a 49 sua versão em inglês, disponibilizados na base de dados Scientific Electronic Library Online-SciELO. Os artigos submetidos e aceitos em português deverão ser traduzidos para o inglês por tradutores indicados pela RBF/BJPT. Os artigos submetidos em inglês e aceitos também deverão ser encaminhados aos revisores de inglês indicados pela RBF/BJPT para revisão final. De acordo com a reunião do Conselho de Editores, realizada em 11 de outubro de 2007, é de responsabilidade dos autores os pagamentos dos custos de tradução e revisão do inglês dos manuscritos aceitos, sendo que a RBF/BJPT poderá subsidiar, de acordo com sua disponibilidade orçamentária, até 50% dos custos desse processo. FORMA E PREPARAÇÃO DOS MANUSCRITOS É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na página do título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo. Como exemplo, na versão inicial deve-se mencionar o número do parecer, mas o nome do Comitê de Ética deve ser mencionado de forma genérica, sem incluir a Instituição ou Laboratório, bem como outros dados no texto e no título. Esse cuidado é necessário para que os assessores que avaliarão o manuscrito não tenham acesso à identificação do(s) autor(es). Os dados completos sobre o Parecer do Comitê de Ética devem ser incluídos na versão final em caso de aceite do manuscrito. Os manuscritos devem ser submetidos por via eletrônica pelo site <http://www.scielo.br/rbfis> preferencialmente em inglês, e devem ser digitados em espaço duplo, tamanho 12, fonte Times New Roman com amplas margens (superior e inferior = 3 cm, laterais = 2,5 cm), não ultrapassando 21 (vinte e uma) páginas (incluindo referências, figuras, tabelas e anexos). Estudos de Caso não devem ultrapassar 10 (dez) páginas digitadas em sua extensão total, incluindo referências, figuras, tabelas e anexos. (Adicionar números de linha no arquivo). Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem enviar por correio ou por via eletrônica como documento(s) suplementar(es): 1) Carta de encaminhamento do material, contendo as seguintes informações: a) Nomes completos dos autores e titulação de cada um; b) Tipo e área principal do artigo (ver OBJETIVOS, ESCOPO E POLÍTICA); c) Número e nome da Instituição que emitiu o parecer do Comitê de Ética para pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais. Para as pesquisas em seres humanos, incluir também uma declaração de que foi obtido o Termo de Consentimento dos participantes do estudo; d) Conforme descrito em OBJETIVOS, ESCOPO E POLÍTICA os manuscritos com resultados relativos aos ensaios clínicos deverão apresentar número de identificação que deverá ser registrado no final do Resumo/Abstract (Sugestão de site para 50 registro:<http:// www.anzctr.org.au>); 2) Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse. Os autores devem declarar a existência ou não de eventuais conflitos de interesse (profissionais, financeiros e benefícios diretos e indiretos) que possam influenciar os resultados da pesquisa; 3) Declaração assinada por todos os autores com o número de CPF indicando a responsabilidade do(s) autor(es) pelo conteúdo do manuscrito e transferência de direitos autorais (copyright) para a Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy, caso o artigo venha a ser aceito pelos Editores. Os modelos da carta de encaminhamento e das declarações encontram-se disponíveis no site da Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy: <http:// www.rbf-bjpt.org.br> FORMATO DO MANUSCRITO O manuscrito deve ser elaborado com todas as páginas numeradas consecutivamente na margem superior direita, com início na página de título, na seqüência abaixo: • Página de título e Identificação (1ª. página) A página de identificação deve conter os seguintes dados: a) Título do manuscrito em letras maiúsculas; b) Autor: nome e sobrenome de cada autor, em letras maiúsculas, sem titulação, seguido por número sobrescrito(expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo (Unidade/Instituição/ Cidade/Estado/País); Para mais que um autor, separar por vírgula; ATENÇÃO: A RBF/BJPT aceita no máximo, 6 (seis) autores em um artigo. Outras pessoas que contribuíram para o trabalho podem ser incluídas no final do texto. c) Nome e endereço completo (incluindo número de telefone e e-mail do autor para envio de correspondência). É de responsabilidade do autor correspondente manter atualizado o endereço e e-mail para contatos; d) Título para as páginas do artigo: indicar um título curto para ser usado no cabeçalho das páginas do artigo (língua portuguesa), não excedendo 60 caracteres; e) Palavras-chave: uma lista de termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) deve ser incluída. A RBF/BJPT recomenda o uso do DeCS - Descritores em Ciências da Saúde para consulta aos termos de indexação (palavras-chave) a serem utilizados no artigo <http://decs.bvs.br/>. 51 • Resumo (2ª. página) Para autores brasileiros, o resumo deve ser escrito em língua portuguesa e língua inglesa. Para os demais países, apenas em língua inglesa. Uma exposição concisa, que não exceda 250 palavras em um único parágrafo digitado em espaço duplo, deve ser escrita em folha separada e colocada logo após a página de título. O resumo deve ser apresentado em formato estruturado, incluindo os seguintes itens separadamente: Contextualização (opcional), Objetivos, Métodos, Resultados e Conclusões. Notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas. Se for preciso citar uma referência, a citação completa deve ser feita dentro do resumo, uma vez que os resumos são publicados separadamente pelos Serviços de Informação, Catalogação e Indexação Bibliográficas e eles devem conter dados suficientemente sólidos para serem apreciados por um leitor que não teve acesso ao artigo como um todo. • Abstract (3ª. página) Em caso de submissão em língua portuguesa, o título, o título curto, o resumo estruturado e as palavras-chave do artigo devem ser traduzidos para o inglês sem alteração do conteúdo. • Após o Abstract, incluir, em itens destacados, a Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e a Discussão: Introdução - deve informar sobre o objeto investigado e conter os objetivos da investigação, suas relações com outros trabalhos da área e os motivos que levaram o(s) autor(es) a empreender a pesquisa. Materiais e Métodos - descrever de modo a permitir que o trabalho possa ser inteiramente repetido por outros pesquisadores. Incluir todas as informações necessárias – ou fazer referências a artigos publicados em outras revistas científicas – para permitir a replicabilidade dos dados coletados. Recomenda-se fortemente que estudos de intervenção apresentem grupo controle e, quando possível, aleatorização da amostra. Resultados - devem ser apresentados de forma breve e concisa. Tabelas, Figuras e Anexos podem ser incluídos quando necessários (indicar, no texto, onde devem ser incluídos) para garantir melhor e mais efetiva compreensão dos dados, desde que não ultrapassem o número de páginas permitido. Discussão - o objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis, principalmente àqueles que foram indicados na Introdução do trabalho. As informações dadas anteriormente no texto (na Introdução, Materiais e Métodos e Resultados) podem ser citadas, mas não devem ser repetidas 52 em detalhes na discussão. • Após a Introdução, Materiais e Métodos, Resultados e Discussão, incluir: a) Agradecimentos Quando apropriados, os agradecimentos poderão ser incluídos, de forma concisa, no final do texto, antes das Referências Bibliográficas, especificando: assistências técnicas, subvenções para a pesquisa e bolsa de estudo e colaboração de pessoas que merecem reconhecimento (aconselhamento e assistência). Os autores são responsáveis pela obtenção da permissão documentada, das pessoas cujos nomes constam dos Agradecimentos; b) Referências Bibliográficas O número recomendado é de no mínimo: 50 (cinqüenta) referências bibliográficas para Artigo de Revisão; 30 (trinta) referências bibliográficas para Artigo Original, Metaanálise, Revisão Sistemática e Metodológico e 10 (dez) referências bibliográficas para Estudos de Caso. As referências bibliográficas devem ser organizadas em seqüência numérica, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborado pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (International Committee of Medical Journal Editors ICMJE <http://www.icmje.org/index.html>).; Os títulos de periódicos devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com a List of Journals do Index Medicus <http://www.index-medicus.com>. As revistas não indexadas não deverão ter seus nomes abreviados. As citações das referências bibliográficas devem ser mencionadas no texto em números sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das referências bibliográficas constantes no manuscrito e a correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es) do manuscrito;Ver exemplos no site: <http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html>. c) Notas de Rodapé As notas de rodapé do texto, se imprescindíveis, devem ser numeradas consecutivamente em sobrescrito no manuscrito e escrita em folha separada, colocada no final do material após as Referências; d) Tabelas e Figuras - Tabelas. Todas as tabelas devem ser citadas no texto em ordem numérica. Cada tabela deve ser digitada em espaço duplo, em página separada. As tabelas devem ser 53 numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos e inseridas no final do texto. Um título descritivo e legendas devem tornar as tabelas compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto do artigo. As tabelas não devem ser formatadas com marcadores horizontais nem verticais, apenas necessitam de linhas horizontais para a separação de suas sessões principais. Usar parágrafos ou recuos e espaços verticais e horizontais para agrupar os dados. - Figuras. Digitar todas as legendas em espaço duplo. Explicar todos os símbolos e abreviações. As legendas devem tornar as figuras compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto. Todas as figuras devem ser citadas no texto, em ordem numérica e identificadas. Figuras - Arte Final. Todas as figuras devem estar no formato .tiff. Não é recomendado o uso de cores. Figuras de baixa qualidade podem resultar em atrasos na aceitação e publicação do artigo. Usar letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) para identificar as partes individuais de figuras múltiplas. Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas. Entretanto, símbolos para identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura, desde que isso não dificulte a análise dos dados. Cada figura deve estar claramente identificada. As figuras devem ser numeradas, consecutivamente, em arábico, na ordem em que aparecem no texto. Não agrupar diferentes figuras em uma única página; e) Tabelas, Figuras e Anexos - inglês Um conjunto adicional em inglês das tabelas, figuras, anexos e suas respectivas legendas deve ser anexado como documento suplementar, para artigos submetidos em língua portuguesa. Este conjunto adicional não será contabilizado no total de páginas do manuscrito. OUTRAS CONSIDERAÇÕES Unidades. Usar o Sistema Internacional (SI) de unidades métricas para as medidas e abreviações das unidades. Artigos de Revisão Sistemática e Meta-análises. Devem incluir uma seção que descreva os métodos empregados para localizar, selecionar, obter, classificar e sintetizar as informações. Estudos de Caso. Devem ser restritos às condições de saúde ou métodos/procedimentos incomuns, sobre os quais o desenvolvimento de artigo original seja impraticável. Dessa forma, os relatos de casos clínicos não precisam 54 necessariamente seguir a estrutura canônica dos artigos originais, mas devem apresentar um delineamento metodológico que permita a reprodutibilidade das intervenções ou procedimentos relatados. Recomenda-se muito cuidado ao propor generalizações de resultados a partir desses estudos. Desenhos experimentais de caso único serão tratados como artigos científicos e devem seguir as normas estabelecidas pela Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy. Cartas ao Editor. Críticas às matérias publicadas, de maneiras construtivas, objetivas e educativas, consultas às situações clínicas e discussões de assuntos específicos à Fisioterapia serão publicados a critério dos editores. Quando a carta se referir a comentários técnicos (réplicas) aos artigos publicados na RBF/BJPT, esta será publicada junto com a tréplica dos autores do artigo objeto de análise e/ou crítica. Conflitos de Interesse: Os autores são responsáveis pela declaração de qualquer tipo de conflitos de interesse na realização da pesquisa, tanto de ordem financeira como de qualquer outra natureza. O relator deve comunicar aos editores quaisquer conflitos de interesse que possam influenciar na emissão de parecer sobre o manuscrito e, quando couber, deve declararse não qualificado para revisá-lo. Considerações Éticas e Legais. Evitar o uso de iniciais, nomes ou números de registros hospitalares dos pacientes. Um paciente não poderá ser identificado em fotografias, exceto com consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original. As tabelas e/ou figuras publicadas em outras revistas ou livros devem conter as respectivas referências e o consentimento, por escrito, do autor ou editores. Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido consentimento livre e esclarecido dos participantes (reporte-se à Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos). Para as pesquisas em humanos, deve-se incluir o número do Parecer da aprovação das mesmas pela Comissão de Ética em Pesquisa, que deve ser devidamente registrada no Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou Universidade ou o mais próximo da localização de sua região. Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo, a do Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study of Pain, publicada em PAIN, 16: 109-110, 1983). A Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy reserva-se o direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas legais e éticas para pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais. É recomendável que estudos relatando resultados eletromiográficos sigam os 55 "Standards for Reporting EMG Data" recomendados pela ISEK. CONSIDERAÇÕES FINAIS Se o artigo for encaminhado aos autores para revisão e não retornar à RBF/BJPT dentro de 6 (seis) semanas, o processo de revisão será considerado encerrado. Caso o mesmo artigo seja reencaminhado, um novo processo será iniciado, com data atualizada. A data do aceite será registrada quando os autores retornarem o manuscrito, após a correção final aceita pelos Editores. As provas finais serão enviadas por e-mail aos autores, no endereço indicado na submissão, para revisão final (dúvidas e/ou discordâncias de revisão), não sendo permitidas quaisquer outras alterações. Manuscrito em prova final não devolvido em 48 horas, poderá a critério dos editores, ser publicado na forma em que se apresenta ou ter sua publicação postergada para um próximo número. Após publicação do artigo ou processo de revisão encerrado, toda documentação referente ao processo de revisão será incinerada. Contato: Revista Brasileira de Fisioterapia/Brazilian Journal of Physical Therapy Secretaria Geral Universidade Federal de São Carlos Rodovia Washington Luís, km 235, Caixa Postal 676 CEP 13565-905, São Carlos, SP, Brasil [email protected] Email: Tel.: +55(16) 3351-8755 56 APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Nome do responsável: _________________________________________________________ Endereço: _____________________________________________ Tel: __________________ Nome da criança: ________________________________________ D.N: ___/___/______ Prezados Pais ou Responsáveis: O seu filho(a) está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) da pesquisa “INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DO OBJETO NA FREQÜÊNCIA DE ALCANCES MANUAIS EM LACTENTES TÍPICOS COM 3, 4 E 5 MESES DE IDADE”, que tem como objetivo verificar o número de vezes que um bebê normal consegue alcançar um objeto quando ele é apresentado na sua frente e à sua direita e à sua esquerda, ao longo dos 3, 4 e 5 meses de idade. O estudo pretende identificar possíveis fatores que facilitam ou dificultam que o bebê faça essa atividade, permitindo, se necessário, adoção de medidas adequadas para melhorar essa habilidade em crianças com dificuldades motoras. Para o estudo adotaremos os seguintes procedimentos: o bebê será posicionado por você (mãe/responsável) em uma maca para que o teste comece. A partir daí o pesquisador apresentará um objeto de interesse do bebê de três formas: na sua frente, à sua direita e à sua esquerda. O procedimento terá duração aproximada de 10 minutos e será filmado para que os integrantes da pesquisa possam registrar e posteriormente contar o número de alcances feitos pelo bebê. O teste não apresenta procedimento que ofereça risco à integridade física e psíquica do bebê, além dos riscos que ele já está sujeito durante o tempo que brinca em casa. Apesar disto, havendo acidentes comprovadamente relacionados à realização dos testes,os pesquisadores se comprometem a tomar as devidas providências. A equipe será previamente treinada, sob orientação da Dra. Jaqueline Frônio (Profª do Departamento de Fisioterapia da UFJF). Concordando em participar desse estudo, será necessário que seu filho(a) compareça ao local de realização do teste (UBS onde são realizados os atendimentos habituais do bebê) uma vez por mês, durante 3 meses seguidos, sendo que, quando possível, serão aproveitados os momentos em que o mesmo irá à UBS para realização de atendimentos de rotina (vacinação, consulta com a enfermagem ou pediatra,...). Para participar, você não terá nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem financeira. Você será esclarecido(a) sobre o estudo em qualquer aspecto que desejar e estará livre para participar ou recusar-se a participar e poderá retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou 57 modificação na forma em que ele é atendido na UBS. O pesquisador irá tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Seu nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a sua permissão. O menor não será identificado diretamente, sendo que em possíveis publicações resultantes deste trabalho, se necessário, seu filho será citado apenas pelas iniciais de seu nome ou por seu número de registro na pesquisa. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição sempre que desejar, pensando assim retribuir, em parte, a colaboração que estão prestando. O material será mantido em local seguro sob a responsabilidade do pesquisador e arquivado por um período de 5 (cinco) anos, após o qual será destruído. A equipe responsável coloca-se à disposição para qualquer esclarecimento sobre o que está sendo ou será realizado com a criança e sobre a pesquisa, podendo esta ser contatada pessoalmente no endereço: Departamento de Fisioterapia - Faculdade de Medicina/ Centro de Ciências da SaúdeCampus Universitário da UFJF- Bairro Martelos, CEP: 36036-330, ou pelos seguintes telefones: 88419597 (Luciana), 8837-2009 (Rodrigo) ou 9197-0333/4009-5318 (Drª Jaqueline), ou ainda através da UBS onde está sendo realizada a pesquisa. Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias, sendo que uma cópia será arquivada pelo pesquisador responsável, no Departamento de Fisioterapia da UFJF, e a outra será fornecida a você. Eu,_________________________________________________________,portador do RG____________________ fui informado(a) dos objetivos do estudo “INFLUÊNCIA DA POSIÇÃO DO OBJETO NA FREQÜÊNCIA DE ALCANCES MANUAIS EM LACTENTES TÍPICOS COM 3, 4 E 5 MESES DE IDADE”, de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão de participar se assim o desejar. Declaro que concordo em participar desse estudo. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada à oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas. Juiz de Fora, _____de _______________ de 2008. Nome Assinatura participante Data Nome Assinatura pesquisador Data Nome Assinatura testemunha Data Em caso de dúvidas com respeito aos aspectos éticos deste estudo, você poderá consultar o CEP- COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA/UFJF CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA UFJF PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CEP 36036.900 FONE:32 3229 3788 58 APÊNDICE B : CARTÃO DE REGISTRO DOS DADOS INDIVIDUAIS COLETADOS Cartão de registro dos dados individuais coletados: IDENTIFICAÇÃO:________ NOME: _____________________________________________________ DATA DE NASCIMENTO: ____________________________________ RESPONSÁVEL: ____________________________________________ Avaliação/data 1ª Seqüencia apresentação objeto Freqüência de alcances (análise do vídeo) D M E Observações: 2ª 3ª