R E V I S T A ESCOLAS dos SALESIANOS em SANTA CATARINA Ano 6 – nº 6 – Outubro de 2009 ESCOLAS dos SALESIANOS em SANTA CATARINA Índice Educação além da matéria 3 Caleidoscópio 4 A nova aventura do Infantil III 5 Passagem de Nível 6 Hora da Tarefa 7 Biblioteca Familiar 8 Livro Didático da RSE 9 Alunos da RSE enfrentam novo vestibular 10 Escola é lugar de quê? 12 Pastoral Escolar 16 A escola depois dos muros 18 Ex-alunos 19 Expediente Publicação anual dos Colégios Salesianos de Santa Catarina Colégio Dom Bosco – Rio do Sul Colégio São Paulo – Ascurra Colégio Salesiano – Itajaí Tiragem: 6.000 exemplares Jornalista Responsável – Gisele de Carvalho Mendes – SC01899JP Projeto Gráfico: Guilherme Meneghelli E D I T O R I A L Educação além da matéria NÚCLEO DA PEDAGOGIA SALESIANA A Rede Salesiana de Escolas se caracteriza pelo Sistema Preventivo, praticado em mais de cento e trinta países. É um conjunto de princípios e atitudes pedagógicas que perpassam toda a atividade educativa e todos os ambientes nos quais ela se desenvolve: pátios, teatro, aulas, esportes, recreio, passeios, práticas religiosas, etc. Foi herdado de São João Bosco, sacerdote e educador perspicaz e prático, observador e reflexivo. Suas respostas, rápidas e concretas, eram iluminadas pela convicção que possuía da dignidade humana, por mais precária que fosse a realidade de vida da pessoa. Aos mais frágeis socialmente deu também maior atenção e guarida. Ele escreveu muito pouco a respeito. Seus discípulos souberam ler essa prática e transmiti-la genuinamente. É método simples, concreto, exigente, inspirado em profundo respeito à pessoa do educando e no conhecimento de seus dotes e possibilidades, fraqueza e grandeza. Tem em vista a função social e a destinação transcendente de cada pessoa e conduz os educandos à inclusão pró-ativa na sociedade. Ajuda-os a transformar as potencialidades em competências de cidadãos honestos e solidários. Ciente de que a pessoa vive cada etapa da existência uma única vez, e que o momento posterior será melhor se o anterior foi sereno, seguro em princípios, e menos marcado por erros e traumas, convertia qualquer situação em oportunidade positiva de educação. São elementos fundamentais do Sistema Preventivo de Dom Bosco: a. Razão: por ela são detectadas as motivações profundas da pessoa e indagados porquês e para quês do seu existir. São-lhe iluminados o agir, orientados os desejos e emoções. O educando é convocado ao protagonismo competente e responsável, e a tomar ciência de sua importante e intransferível função e ação no mundo. b. Religião: com ela são pesquisados, cultivados, e expressos em ritos, a origem e o sentido transcendental da natureza, da vida e da ação das pessoas. Estas são fortalecidas com a esperança e a confiança cristãs na validade dos esforços humanos para um mundo melhor. c. Amorabilidade: ela reveste de bondade, compreensão, misericórdia, compaixão e generosidade, as atitudes do educador. Visa ao amadurecimento do educando e ajuda-o a formar personalidade forte, emocionalmente equilibrada, criativa, participativa e promotora do bem, da justiça e da paz. A amorabilidade (amorevolezza) dá equilíbrio à severa lógica da razão, humaniza os relacionamentos e desperta o coração para o transcendente. pessoas significativas nos ambientes onde acontecem as relações educativas. Adstrito à sala de aula, o educador é instrutor. Nos diversos, tradicionais e “novos” pátios, ele é o irmão maior e adulto. Ele protege, orienta, corrige os educandos com mansidão, coragem, firmeza e constância. Estes, percebendo sinceridade no educador, de suas orientações certamente farão tesouro para as próprias vidas. A justa e acertada aplicação desses três princípios na família, na escola e na sociedade, trará bons resultados ao processo formativo das novas gerações. Para Dom Bosco, não basta observar esses três elementos a partir de gabinetes, laboratórios e da cátedra escolar. Há necessidade da dedicada, atenta, amorosa e contagiante presença de Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 P. Álvaro Noriller Colégio São Paulo P. Arcangelo Deretti Colégio Salesiano Itajaí P. Ervin José Conzatti Colégio Dom Bosco 3 E D U C A Ç Ã O I N F A N T I L Caleidoscópio Um material didático para a Educação Infantil e o Ensino Fundamental! Nas escolas salesianas os alunos contam com um material didático adequado para cada faixa etária. Na Educação Infantil e 1os anos, este material é o Caleidoscópio. São duas pastas, uma para cada semestre. Abordam as disciplinas de Matemática, Língua Portuguesa, Natureza e Sociedade, além de Movimento, Ensino Religioso e Artes. O projeto gráfico e editorial foi elaborado levando em conta as imagens, os espaços, o tipo de letra, enfim, tudo que faça com que a criança perceba o material como dela. O formato também é especial: não são livros, são fichas organizadas para se destacar e utilizar da forma como o professor achar conveniente. “Os conteúdos foram elaborados levando em consideração o que está proposto nos referenciais curriculares nacionais para a educação infantil e nos estudos mais recentes sobre o trabalho nessa fase, tais como os de Régio Emilia, na Itália, e os de pesquisadores brasileiros, como Emilia Cipriano”, explica Kátia Smole, umas das autoras da Coleção. As propostas são sempre desafiadoras. Buscam apresentar ao aluno a possibilidade de reflexão, de ação autônoma, de protagonismo e de resolução de problemas. Agora é com você! Resolva a atividade de matemática do 1º ano. E D U C A Ç Ã O I N F A N T I L A nova aventura do Infantil III N este ano de 2009 os alunos do Infantil III tiveram a oportunidade de trabalhar com o material da Rede Salesiana de Escolas, o “Caleidoscópio”. Em 2010, também as turmas de Infantil II farão uso deste material. No Caleidoscópio, os alunos encontram situações de pesquisas, de brincadeiras, de resoluções de problemas, enfim, atividades que possibilitam vivências diferenciadas nos grupos. Confira algumas atividades das turmas de Infantil III e 1os anos: Entrando em caixas... diversão com papelão! Nunca que caixas de papelão foram tão divertidas! Seguindo a sugestão do material Caleidoscópio, as crianças trouxeram de suas casas, caixas de papelão de diferentes tamanhos e formas para brincar usando a imaginação. Primeiramente, o grupo explorou formas, tamanhos e especificidades de cada caixa. Depois, cada um foi entrando e se “escondendo”, curtindo bem a brincadeira de “esconde-esconde”. Após essa exploração, cada um brincou livremente usando a imaginação e curtindo pra valer a atividade “entrando em caixas”. Brincando com o jogo da cidade Os grupos “Melhores Amigos” e “Coração”, do Infantil III, organizaram, cada um em sua sala, um cenário com o tema “cidade”, com personagens que podem ser movimentados. As crianças brincaram e exploraram todos os objetos que fazem parte desta atividade, articulando pequenas situações problemas que precisavam resolver, movimentando os personagens ou observando a cena. Depois, o grupo elaborou um vocabulário, elencando palavras que se encontrariam nesse material, e organizou histórias coletivas. Professora Christiane Zonta Colégio Salesiano Itajaí Pé com pé, mão com mão O ensino da matemática, desde as séries iniciais, oferece oportunidades para o aluno fazer de modo adequado seus primeiros contatos com a disciplina. O encorajamento para a exploração de ideias, não apenas numéricas, desperta a curiosidade e faz perceber diferentes formas da realidade. Utilizando o corpo os alunos começam a fazer comparações e descobrem maneiras de utilizar medidas de comprimento. Essa atividade envolve conceito de medidas e vai além do objetivo de propriamente medir. Quando participam ativamente de situações que exigem comparações, as crianças são solicitadas a contar de forma organizada, analisar o objeto que medem com relação a suas propriedades de tamanho e forma, para, finalmente, realizar registros e tirar conclusões. “Não precisamos comprar coisas para medir, podemos medir com o nosso corpo”. Enzo Blaese, 1º ano do Ensino Fundamental. Professora Dirléia Aparecida Bonacolsi Colégio São Paulo Professora Ana Lúcia da Silva Colégio Salesiano Itajaí Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 5 EN S IN O F UN DA M EN TA L / 9 A N O S Passagem de Nível Entenda o Ensino Fundamental de nove anos e saiba como ajudar o seu filho a ingressar nessa nova modalidade. A frequência, no primeiro ano, configura-se em uma transição, seja para aquele aluno que entrará na escola pela primeira vez, ou para aquele que vem da Educação Infantil. Em qualquer dos casos, é necessário assegurar-lhe o direito à infância. A criança do 1º ano deve ter garantido seu direito à educação em ambiente próprio, e com rotinas adequadas que possibilitem a construção de conhecimentos de acordo com as características de sua faixa etária. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, assim como o Ensino Fundamental, tem objetivos e metas próprias, cujo alcance é buscado levando-se em conta as necessidades do desenvolvimento infantil, respeitando o princípio de, simultaneamente, Educar e Cuidar. As Escolas Salesianas contam com uma proposta curricular que atende as crianças de forma articulada e segundo suas características, potencialidades e necessidades. Assim também é o material didático, a Coleção Caleidoscópio. Ele assegura um trabalho pedagógico que envolve experiências em diferentes linguagens e suas expressões, buscando uma metodologia que favoreça o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo dessas crianças. A ampliação do Ciclo I do Ensino Fundamental, de quatro para cinco anos, assegura às crianças um período maior para as aprendizagens próprias desta fase, inclusive da alfabetização, permi- 6 tindo que elas avancem para as séries seguintes de forma segura e confiante em relação aos seus processos de construção de conhecimento. A entrada no Ensino Fundamental representa um marco significativo, tanto para as crianças quanto para as famílias. Essa passagem deve prever sempre eixos de conexão que favoreçam a integração dos alunos aos novos desafios. Nesse sentido, a entrada dos alunos no 1º ano é pensada com o fim de se evitar a descontinuidade do trabalho pedagógico. Essa integração progressiva é bem planejada e ajuda os alunos a se adaptarem com mais facilidade contribuindo para suas aprendizagens, assim como para suas relações interpessoais nesse novo contexto. Dicas para uma transição de sucesso: QUANDO COMPLETAM 6 ANOS, as crianças estão em pleno desenvolvimento físico e de coordenação motora. Elas estão educando o corpo e os movimentos, formando a identidade e descobrindo o mundo. EXPLIQUE AO SEU FILHO QUE, AO INGRESSAR NO 1º ANO, ele vai encontrar uma sala de aula com espaço físico diferente, e convivência mais autônoma. O recreio acontecerá em espaço coletivo junto aos demais alunos da escola. Além disso, haverá menos adultos à sua disposição. Por isso, ele terá mais liberdade e mais responsabilidade para cuidar de si, e desenvolverá paulatinamente sua autonomia. AJUDE SEU FILHO A SE ADAPTAR À ESCOLA. É importante que ele se envolva nas brincadeiras, tanto em casa quanto na escola, interaja com adultos e outras crianças, explore objetos, viva situações em que a imaginação é desafiada, imite e repita ações propostas. Vivian Bremer Vogelbacher, aluna do 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio Dom Bosco Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 E S T U D O Hora da Tarefa Ninguém sozinho. Nem professor sozinho. Nem aluno sozinho. Nem a família sozinha. É um trabalho realizado a três mãos. Nós, humanos, assumimos tarefas, e nos tornamos protagonistas, ao cumprir uma meta pessoal ou grupal. Quando se tem meta, se tem sonho, não se tem cansaço e se tem “todo o tempo do mundo”. Pensar tarefa (lição de casa) neste contexto fica mais interessante, porque é trabalhada uma questão teleológica, tão importante para o adolescente e Giovana Milene Tambosi 6ºAno A tarefa serve para não acumular os assuntos estudados, ajuda o professor a nos avaliar melhor, vendo o que o aluno aprendeu ou não. E o aluno consegue se auto-avaliar e ver no que ele pode melhorar. o jovem que, mais do que ninguém, querem saber “para que serve?” Quem vai dar conta da lição de casa? eles, encaminhar e valorizar as tarefas (quase diárias). Se as tarefas encaminhadas não forem significativas, com certeza os alunos encontrarão outras tarefas para se ocuparem, por vezes não tão proveitosas. POR QUE FAZER TAREFAS? Como motivação podemos sugerir aos adolescentes que pensem num profissional de qualquer área que conhecem e admiram. Então é só perguntar: quanto tempo este dedica para ter as competências necessárias para ser reconhecido pela comunidade como bom profissional (ou até para ganhar dinheiro), e para ser feliz como é. Pergunte ao aluno o que mudou em sua vida ao ter feito a tarefa com capricho. Se responder que nada mudou, então o educador precisa se perguntar sobre o que é necessário fazer para que as tarefas sejam significativas. 5ºAno A tarefa para a Rede Salesiana de Escolas: a. O aluno que faz a lição de casa (leitura, produção textual, retomada dos registros feitos em classe, pesquisa...), trabalha sua memória de longo prazo, organiza o seu pensamento, desenvolve a curiosidade, amplia a criatividade, percebe onde estão as dúvidas e aprende a transformá-las em perguntas, aprendendo assim a pensar e a trabalhar sua autonomia. b. O aluno que faz lição de casa constrói os conhecimentos e habilidades necessárias para se envolver no tema em estudo na sua classe (comunidade de aprendizagem), participando efetivamente na aula, cooperando com o grupo. Então as aulas ficam dinâmicas, o aluno percebe-se crescendo e com boa autoestima porque experimenta o prazer de aprender. Observei que as questões das avaliações estão sempre relacionadas com as tarefas, portanto quem fez e corrigiu com o professor lembra como fazer. Acreditamos, como Madalena Freire, Thairine Luise Hoeltgebaum que há habilidades que precisam ser 1º EM desenvolvidas e, para desenvolvê-las, o adolescente passa pelo “sacrifício”. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, “quem quiser passar A tarefa tem como além do Bojador, tem que passar proposta o aprimoalém da dor”, nos diria Fernando ramento de nossos Pessoa. A Tarefa continuará sendo conhecimentos. É de “dolorida” para que o adolescente Roberta Uller e extrema importância possa construir a disciplina inteGianna Girardi que o aluno comprelectual e experimentar a alegria 2º E.M. enda e contextualize os de aprender. Mais do que nunca nossos adolescentes e jovens precisam de TAREFAS para dar sentido às suas vidas. Terão muita dificuldade de se construírem livres e autônomos se nos furtarmos de planejar com Eduardo Hasse Dallabona assuntos que são vistos em sala de aula, pois dessa forma ocorre a fixação mental destes assuntos, e assim o aprendizado se faz. As tarefas dadas diariamente, servem para fixar os conteúdos. Sua frequência e quantidade me ajudam a criar responsabilidade. c. O trabalho requer parceria: professor precisa planejar e preparar tarefas adequadas e possíveis de serem realizadas; aluno necessita se sentir desafiado a realizá-las e vivenciá-la; pais precisam investir ao menos cinco minutos diariamente para incentivar os filhos a fazerem suas tarefas, perguntando-lhes ao menos “qual o TEMA”, e mostrando interesse pelas suas produções e registros. Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 7 M A T E R I A L D I D Á T I C O Biblioteca Familiar “O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo através da leitura.” Manoel de Barros, 2000. P ara falar da importância da biblioteca, queremos destacar nosso pensamento a respeito da leitura. A leitura, seja ela através de material impresso ou virtual, cria novas possibilidades de entendimento de mundo, cria novas sociabilidades, contribui diretamente para a concentração, produz conhecimento de forma prazerosa, amplia a argumentação. Conforme Silva e Andrade (2007), “cria o ato de transvisão, que integra o ver, o rever e o imaginar.” Este entendimento procuramos repassar para nossos filhos. Acreditando no poder da leitura, criamos uma biblioteca com títulos impressos, bem exposta e visível o tempo todo em nossas casas, de forma que os filhos e seus amigos a percebam e manuseiem os livros. No mesmo ambiente se encontra o computador, que acreditamos também fazer parte da bi- Bibliografia Manoel de Barros, 2000. “As lições de R.Q.” in Livro Sobre Nada. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 75. SILVA, Shirley, ANDRADE, Jorge Márcio Pereira de. Educação, Políticas Públicas e Pessoas com Deficiência. In Anais do 17° Congresso Brasileiro de Leitura. UNICAMP: Campinas, 2009 Autores Fátima Peres Zago de Oliveira e Regina Garcia Ferreira – Mães de alunos do Colégio Dom Bosco – Rio do Sul/SC 8 blioteca, já que temos muitos livros e textos virtuais. É nesse espaço que surgem as opiniões sobre os títulos, o relato de resumos dos conteúdos e sugestões a respeito de novos títulos. Mesmo acreditando na leitura e no poder de pesquisa dos livros, encontramos dificuldades para envolver os filhos na pesquisa em livros. Para eles a internet, onde as pesquisas são feitas, muitas vezes de maneira equivocada, é o point do momento. Competir direta e continuamente com as novas tecnologias é um grande desafio. O livro impresso tem sido um desafio. Acreditamos que as alternativas para otimização do uso do livro devam ser de forma coletiva e em parceria escolafamília. Mas como pensar o assunto e acreditar que poderemos “frear” a leitura e pesquisa somente na e pela internet, se sequer aprofundamos e experimentamos posturas diferentes referentes à leitura de livros e pesquisa em livros, e se não utilizamos o livro didático como permanente instrumento de pesquisa? Neste sentido, os autores dos livros da Rede Salesiana de Escolas levam em conta esta proposta, e os professores, por sua vez, deverão encaminhar pesquisas nestes livros. Exemplo: texto tal, do livro tal, página tal, favoreceu tal reflexão... e, assim por diante. Entendemos que os livros da Rede Salesiana são parte constituinte da aprendizagem dos nossos filhos. Mas, como ficam o uso e o pós-uso do livro didático da rede? Pensamos que é necessário desmistificar o papel do livro didático, percebido somente como um material descartável, revendido ou reutilizável, pela maioria das escolas, professores e alunos. Além disso, é necessário, antes de qualquer coisa, que os professores percebam as relações de conteúdos entre disciplinas. O material tem, parcialmente, dado conta disso, porém, alunos e professores, por vezes, não fazem a importante relação entre as disciplinas, e a conexão entre os conteúdos. Já com relação à absorção do livro didático, como parte constituinte de uma biblioteca familiar, material de leitura e fonte de pesquisa, reforçamos a necessidade de orientações e atividades que levem o jovem ou criança a utilizá-lo e percebê-lo como parte de uma coleção. Vemos que isso não faz parte da cultura dos nossos filhos, das escolas, dos professores e de nós, os pais. É preciso traçar estratégias que fomentem esta cultura em casa e na escola. Nas nossas casas ainda não absorvemos os livros da Rede Salesiana como coleção na biblioteca. Uma primeira ação que faremos é, em conjunto com os filhos, organizá-los na prateleira com os demais livros. Porém, essa estratégia é muito pequena perto do que podemos fazer. Este é o primeiro texto de outros que deverão ser escritos a respeito e refletidos. O estímulo ao uso dos livros didáticos como instrumentos de leitura e pesquisa é um trabalho a ser feito por nós pais, que acreditamos na leitura, e estamos preocupados com o poder e uso desenfreado da internet. Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 M A T E R I A L D I D Á T I C O Livro Didático da RSE Instrumento que valoriza e desenvolve o saber Desde 2005, quando a RSE nos apresentou e colocou-nos nas mãos os livros didáticos, passamos a concretizar um projeto pedagógico que há alguns anos vinha acontecendo, mas que precisava do “instrumento certo” para solidificar o “rumo certo”. Pensando em construção e desenvolvimento do saber, a partir de teorias e práticas que desenvolvam nos alunos a capacidade de pensar, de raciocinar, de ler, de escrever, de pesquisar, de relacionar, de interpretar, de interagir com o grupo, de socializar aprendizagens e fazer as devidas transposições do conhecimento para outros momentos da vida, os livros trazem, de forma Eu guardo meus livros num armário e os deixo em boas condições de uso. Sempre que posso reviso as atividades e completo as que não estão feitas. Procuro ler textos e histórias, que me ajudam a relembrar minha infância. Gosto de brincar de escola com os meus livros. Também gosto de ver minhas apostilas e desenhos que fiz naqueles anos passados. Anna Clara Zesc - 4º ano Ensino Fundamental I bastante lúdica, consciente e clara, toda a bagagem necessária para atender a essas exigências da nossa proposta. Do Caleidoscópio aos livros do 3º EM, a sequência de exigências acontece de acordo com as idades e necessidades dos(as) alunos(as); por isso a importância de ter em mãos, a cada ano, os livros do ano anterior para que estes possam ser pesquisados, retomados, consultados, e para que o “link entre os conteúdos” se faça em sala de aula e em casa. Ainda somos “convidados” a compreender que todo o material foi pensado e construído por um grupo de pessoas totalmente envolvidas e comprometidas com o desenvolvimento humano, em todos os segmentos (autores); usado por outro grupo de pessoas, ávidas por desenvolver o conhecimento (alunos), e trabalhado por outro grupo, cuidadosamente preparado e que, dedicadamente planeja cada ação a partir dessa construção e desejos (professores). Por isso, tenhamos sempre clara a preocupação em desenvolver ao máximo tudo o que é preparado em cada obra, e não se esta vai ser terminada até o final do ano. É prudente compreender que, a cada ano, os grupos se desenvolvem de acordo com as suas características e necessidades e, se um ou dois capítulos não foram trabalhados, o mais importante ficou consolidado de acordo com a necessidade dos alunos e experiência dos (as) seus (suas) professores (as). Pais, estejam certos de que as nossas escolas, da Rede Salesiana de Escolas, têm o máximo interesse e o grande desejo que os nossos alunos sejam pes- Minha biblioteca é repleta de livros, inclusive os livros que me acompanharam desde o pré-escolar. Vocês já devem saber quais são. Isso mesmo. São os livros da R. S. E. Sempre que sinto necessidade vou até minha biblioteca e retorno o assunto que preciso. Na releitura relembro muito bem o momento que tive com aquela disciplina, a professora e meus colegas. Na biblioteca que tenho, os livros não ficam sós na estante, eles então sempre sendo utilizados. Ler é muito bom. Aprender com a literatura é melhor ainda. Ana Carolina Testoni - 4º ano Ensino Fundamental I soas que façam a diferença na sociedade, a partir deste trabalho incansável e comprometido de cada professor(a), e que o grande instrumento utilizado para a concretização deste desejo são os nossos livros didáticos. Djane dos Santos, Emília Mendes e Ênio Schmitz (Coordenadores Pedagógicos Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 do Colégio Salesiano Itajaí) 9 E N S I N O M É D I O Alunos da RSE enfrentam novo vestibular A s pressões que pairam sobre os jovens do ensino médio não são poucas. Escolher uma carreira, para muitos deles, ainda é precoce, pois cada indivíduo tem seu tempo. Como se não bastasse, somam-se a competitividade do vestibular, a ansiedade de acertar esse passo e as expectativas que antecedem essa nova fase. Se, para todo mundo, enfrentar uma maratona de vestibular não é uma das missões mais fáceis, essa geração de vestibulandos está vivendo uma apreensão a mais. É a primeira turma que vai submeter-se às novas normas de ingresso na universidade. Mas, como se verá adiante, por informações fornecidas pelo MEC, a nova forma de acesso ao ensino superior traz também algumas vantagens, ao mudar o foco dos estudos no ensino médio. 10 A partir deste ano, as universidades federais usarão o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) em seus processos seletivos. Cada instituição pôde optar por uma entre quatro possibilidades de adoção do novo exame: como fase única, como primeira fase, em combinação com o vestibular, ou como fase única para as vagas remanescentes do vestibular. O que o MEC fala sobre o novo sistema Segundo o Ministério da Educação, a nova prova do ENEM será estruturada a partir de uma matriz de competências e habilidades. A proposta da matriz é que o exame seja composto por quatro testes, um em cada área de conhecimento: »» Linguagens Códigos e suas Tecnologias (incluindo redação); »» Ciências Humanas e suas Tecnologias; »» Ciências da Natureza e suas Tecnologias; »» Matemática e suas Tecnologias. “Esta estrutura aproximaria o exame das Diretrizes Curriculares Nacionais e dos currículos praticados nas escolas, mas sem abandonar o modelo de avaliação centrado nas competências e habilidades.” Com essas reformas, o MEC pretende não apenas democratizar o acesso ao ensino superior de qualidade no País, possibilitando que o aluno concorra a vagas por todo o território nacional, como também pretende livrá-lo das amarras presentes nos vestibulares convencionais, como a memorização excessiva e o acúmulo demasiado de conteúdos. “A proposta é sinalizar para o ensino médio outro tipo de formação, mais voltada para a solução de problemas.” Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 E N S I N O O impacto da mudança A mudança promete impactar diretamente na qualidade do ensino médio, atualmente baseado no tradicional vestibular. “Uma característica do vestibular tradicional, ainda que involuntária, é a maneira como ele acaba por orientar o currículo do ensino médio. Deslocando o foco do ensino de conteúdo para a construção de habilidades por parte dos estudantes, pretende-se melhorar sim, a qualidade do ensino médio.” Como fica o aluno da RSE Embora a nova prova do ENEM gere muita expectativa nos vestibulandos, os alunos da Rede Salesiana de Escolas (RSE) se sentem confiantes em relação ao novo desafio. “Tivemos a oportunidade de realizar a prova que teve que ser substituída, e percebemos que realizamos todas as questões com muita facilidade”, conta Felipe Siqueira, aluno do 3º EM, do Colégio Salesiano Itajaí. Paula Schiefferdecker, aluna do 3º EM, do Colégio Salesiano Itajaí, compartilha do pensamento de Felipe. “O nosso material traz muita leitura, gráficos, interpretação, e já trabalhamos com este tipo de proposta desde o Ensino Fundamental”. M É D I O Metodologia interdisciplinar Para Márcia Alfradique, professora de Biologia do Instituto Nossa Senhora da Glória, em Macaé-RJ, a metodologia de ensino interdisciplinar da Rede é um dos principais pontos a favor dos alunos salesianos. “Quando o professor de Química complementa o que está sendo estudado em Biologia, e os professores de História e Geografia abordam o mesmo assunto sob perspectivas diferentes, o aprendizado é integral”, observa Márcia. Para outros professores, o estilo do “Novo Enem”, agora proposto pelo MEC, vem ao encontro do Projeto da RSE, que desde sua implantação deu ênfase à interdisciplinaridade e à formação integral do aluno. Além disso, é da metodologia da Rede trabalhar com projetos específicos: O Colégio Salesiano de Itajaí realiza o “Vestibular 100%”; o Dom Bosco de Rio do Sul aprofunda conteúdos de ciências exatas e de português; o São Paulo de Ascurra prepara e faz o simulado do Enem. Visão sistêmica A educação salesiana sempre ofereceu aprendizado amplo e integral à juven- tude. Isto está agora mais evidenciado nos princípios da RSE, um referencial valioso para as escolas associadas. O professor Cleuso Damasceno, executivo da equipe editorial, diz que o projeto da RSE vai além do vestibular, prepara o aluno “para qualquer prova da vida”, seja social ou profissional. O conteúdo didático da RSE é elaborado tendo em vista levar o aluno à reflexão crítica e ampla, a partir dos temas trabalhados em sala de aula. Na produção dos livros-texto, os autores tiveram presente formar cidadãos críticos e capazes de ler e interpretar diferentes linguagens. O CD “Tirando de Letra”, produzido pela RSE e dado de brinde aos alunos do 3º ano EM, é moderno e atualizado recurso de preparação ao vestibular. Todo o projeto pedagógico da RSE visa à educação integral. “A perspectiva salesiana valoriza as pessoas em seu processo de individualização e socialização, as realidades terrenas, desenvolvendo o sentido crítico, cuidando da preparação para a liberdade, para a vida e o exercício profissional”, complementa Kátia Stocco Smole, assessora pedagógica da RSE. Fonte: RSE INFORMA APROVADOS NO VESTIBULAR 2009 A vida tem muitas provas e muitas escolhas. Trabalhamos para que nossos jovens tenham competência para enfrentar todas as provas da vida e sabedoria para fazer as suas escolhas! Parabéns a todos os alunos pelos ótimos resultados nos vestibulares! Colégio Salesiano Itajaí | Alessandro Perottoni – Publicidade – Univali | Alexandre Minuzzi Gularte – Direito - Univali | Aline Gabriela Dakmer - Oceanografia - Univali | Ana Paula Rodrigues Gonçalves – Engenharia Florestal - Udesc | Anderson dos Santos Rodrigues – Direito – Univali | André Luiz Maciel Santana – Engenaharia Mecânica – Univali | André Ricardo Pereira – Engenharia Elétrica - UFSC | Arthur Dalri Hauck – Biotecnologia – Univali | Bianca de Gregório Silva – Educação Física – Univali | Blenda Nóbrega G. Martins Caldeira – Fisioterapia – Univali | Bruna Letícia da Silva – Design Moda – Univali ( 3º Lugar ) | Bruna Louise Censi de Andrade – Administração – Univali | Clara Romeu Dantas – Engenharia Produção – FURB | Claudinei Corrêa Júnior – Música – Pró Uni | Daniel Jorge Sales Kotas – Música – Univali ( 1º Lugar ) | Daniel Kuroski – Computação – Univali | Daniela Chaves - Ciências Contabeis – Univali | Daniela Jackson Florido D’Almeida Ramos – Direito – Univali | Débora Christine Dalmolin Rosa – Ciência e Tecnologia Agro Alimentar – UFSC | Eloisa Cristina Cordeiro – Psicologia – Univali | Felipe Damásio da Silva – Design Industrial – Univali | Felipe Moreira Garcia – Construção Naval – ENEM – Univali | Felipe Pezzini da Rosa – Ciêcias Cotabeis – Univali ( 1º Lugar) | Fernando Bordin Teles – Engenharia Mecânica – Udesc | Fernando Francisco Boing Coelho – Engenharia - Univali | Gabriel Ramos Silva – Engenharia Civil – Univali | Guilherme Cesar Bolda Mariano – Engenharia Civil – Univali | Hemmely Helizabth de Borba – Engenharia Civil – Univali | Jaime Teixeira – Engenharia Civil – Univali | Janaina de Almeida Hauck - Engenharia Civil – Univali | Janine Zimmermann – Veterinaria – Furb | Jéssica Manoela Porto – Engenharia Ambiental – Univali | João Felipe Bornhausen Pereira – Administração - Univali | João Paulo Silva Chaves – Direito – Univali | Johnathan Neves de Araujo – Administração – Univali | Karoline de Oliveira Bittencourt – Engenharia Civil – Univali | Larissa Melillo Faraco – Farmácia – Univali ( 3º Lugar) | Larissa Orsi Rodrigues Pereira – Ciência Agraria – UFSC e Engenharia Produção – Udesc | Leonardo Censi de Andrade – Ciências Contabeis – Univali | Luís Eduardo Lobo – Jornalismo – Univali | Luiz Felipe Pasold Uriarte- Moda – Univali | Luiza del Giudice de Carvalho – Moda – Univali | Manuela Schmitz – Arquitetura – Univali, Ciência Agrárias – UFSC, Engenharia Alimentar - Udesc | Marcos Vinicius Coelho Pfitzer – Engenharia - Univali | Mariana Vieira dos Santos – Engenharia Ambiental – Univali | Mayara Onishi – Design Industrial – Univali | Michael Duwe – Gastronomia – Univali | Natacha Varaschin Serafim – Comércio Exterior – Univali | Rafael Diniz – Engenharia Civil - Univali | Rafaela Contezini – Design de Moda – Univali | Sheiene Priscila Alves – Engenharia Ambiental e Fisioterapia - Univali | Tamara Moser – Comércio Exterior – Univali | Thayrine Andressa Pereira Leite – Engenharia Ambietanl – Univali | Thiciano Jorgito Turnes – Engenharia Civil – Univali | Vanessa Seidler Steigleder - Engenharia Civil – Univali | Vítor Moritz Moser – Engenharia Materias – UFSC e Engenharia Química – Furb | Colégio Dom Bosco | Claudia Alana Hackbarth – Psicologia – Unidavi E Famesblu-Uniasselvi | Cristiane Cristina Jahn – Arquitetura - Uniasselvi | Dário José Cani - Design Gráfico - Famesul | Eduardo Fernando Caetano – Administração - Unidavi | Eurico Laydner Quinteiro Neto - Engenharia Mecânica - Ufsc E Univille 06 – Gabriel Mathias Hardt - Educação Física - Unidavi | Gislaine Lofy - Ciências Contábeis - Unidavi | Guilherme Ramon Nazario - Engenharia De Controle E Automação - Tupi - Joinville | Jenifer De Oliveira – Fisioterapia - Uniasselvi | Julia Carolina Nascimento – Fisioterapia - Uniasselvi | Marlon Gustavo Zemke Montibeller - Engenharia Mecânica - Uniasselvi (Enem) | Natalia Martins Hoffmann - Educação Física (Enem) Tubarão | Paula Cristine Ponsoni - Moda – Estilismo Industrial - Furb | Paulo Romberto Moser Junior - Publicidade E Propaganda - Uniasselvi | Tamiris Ertmann – Nutrição - Uniasselvi | Colégio São Paulo – Ascurra | Daniel Polidoro - Adm. Finanças/Uniasselvi | Adrielle Leoni - Química/FURB | Giulia Pegoretti - Ed. Física/Uniasselvi e Ed. Física/ FURB | Jenyfeer Tamira Carvalho Uler - Psicologia/Uniasselvi | Elaine Luize Zimath - Com. Exterior/FURB | Fábio A. Tomazelli Visentainer - Eng. de Telecomunicação e Eng. Florestal/ FURB | Roselí Bonacolsi - Enfermagem/FURB | Eduardo Augusto Sardanha - Eng. Mecânica/UNERJ | Eduardo Gabriel Marchi - Adm. Com. Exterior/UNIVALI e Adm. Com. Exterior/ FURB | Eduardo Luiz Montagna - Eng. Elétrica/Uniasselvi | Eduardo Marcel Dalabona - Ciências Econômicas/FURB | Filipe Scharf de Andrade - Eng. Mecânica/UNERJ | Guilherme Fuchs - Eng. Mecânica/UNERJ | Jhonata Luiz Girardi - Adm. Finanças/Uniasselvi | Pamylla Rafaela Ostermann Nunes - Física/UFSC | Raquel Luiza Ferrari - Adm. Finanças/Uniasselvi Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 11 projetos diferenciais Escola é lugar de quê? A escola é lugar de aprender, de adquirir conhecimento. Mas as escolas salesianas querem ser mais do que isso. Querem ir além da matéria. Para isso as escolas investem, desde a Educação In- fantil, em atividades diferenciadas, que garantem uma aprendizagem integral aos alunos. Para saber a importância destas atividades, perguntamos aos estudantes: afinal, escola é lugar de quê? CIMA Conselho Institucional do Meio Ambiente é composto por educadores e alunos do Colégio Dom Bosco de Rio do Sul. O trabalho é voluntário e produzido, em sua maioria, pelos jovens e adolescentes que se reúnem semanalmente para estudar e planejar ações. Associamos conhecimento à prática, o que vai muito além da matéria. São 6 grandes projetos fixos que nos torna um grupo ativo e reconhecido pela sociedade: Sala Solidária, Reciclagem, Recuperação de Micro-bacia, Prêmio Amigo da natureza, Adote uma Nascente, Estudo e Formação. Isabelle Porto, Colégio Dom Bosco Ser Criança No mês de outubro tem passeio na praia, caminhada dos Direitos das Crianças, teatro, show de mágicas e o mais legal: um dia que dormimos no colégio na Noite das Estrelas. Maneiro! Marcel Damo Starling – 1º ano do EF – Colégio Salesiano Itajaí Banda Mister Dom Fazer parte de uma escola salesiana é fantástico, pois nos proporciona inúmeras atividades por meio das quais o educando pode integrar-se com colegas e educadores. Aqui no Dom Bosco, temos a Banda “Mister Dom”: tocamos, cantamos e nos divertimos ao estilo de Dom Bosco, sendo bons cristãos e honestos cidadãos. Éderson Perera Coitinho, Colégio Dom Bosco 12 Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 projetos diferenciais LEAS – Laboratório de Educação Ambiental do Salesiano Com este projeto amplio meus conhecimentos sobre o Meio Ambiente e tento mostrar para as crianças que a atitude de preservação não cabe a uma só pessoa. Se todos nós começarmos a preservar o meio ambiente, nossa atitude fará a diferença. Gabriela Simone Santos – 6ª série – Colégio Salesiano Itajaí Festa da Família E... o “Circo chegou na cidade” com um colorido vibrante, contagiando todos com alegria e animação. Jogos, brinquedos e muitas guloseimas e uma deliciosa feijoada. Apresentações artísticas que envolveram todos, com diferentes talentos. Pais felizes com o performance de seus filhos. Encontro de ex-alunos, Coral Pequenos Cantores Dom Bosco, turma do Dédalo. A proposta de educação integral foi vivenciada em todos os momentos, e aprendemos muito com a festa. Maria Eduarda Luz , Colégio Dom Bosco Pró-Vestiba Espaço onde aprofundamos os conteúdos das disciplinas das ciências exatas e português. Mas, além da matéria recebemos dicas para o vestibular e todas as atividades estão baseadas nas provas da UFSC. É cursinho desde o 1º ano do Ensino Médio. Valmir Schmidt Jr – Colégio Dom Bosco Esporte Gosto da MINIOLIS (Olimpíada interna) pois podemos praticar esportes e estar junto com o grupo. Ana Letícia 4ª série – Colégio Salesiano Itajaí Esporte faz muito bem para a saúde e incentiva a união dos alunos, por isso gosto muito da OLIS (Olimpíada Interna). Guiliano Pasuch 2º EM – Colégio Salesiano Itajaí. Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 13 projetos diferenciais Projeto Jovem Empreendedor Este trabalho teve uma grande importância em minha vida não só pela grande aprendizagem, mas principalmente por este ter mudado meu modo de pensar e meus planos futuros. Até então, me imaginava como um funcionário qualquer trabalhando em uma empresa .Agora vejo-me como um empreendedor e dono de meu próprio negócio. Leandro Henrique Murara – 2º EM – Colégio São Paulo Currículo Facultativo Nossa escola vai muito além das matérias . Nela podemos desenvolver nossos talentos através do “Currículo Facultativo”. Por meio dele participamos do “dom de quinta”, “futebol”, “AIS”, “Celebrações” e outros eventos. Nos sentimos felizes e realizados por poder participar destas atividades, pois, ao concluirmos nossa formação, teremos um Currículo com o nosso perfil de vida na escola e preparados para o futuro. Mateus Kulhkamp Zeferino e Lucas Gabriel Correa 4º ano – Colégio Dom Bosco JECSP – Jogos Escolares Os JECSP foram acima de tudo uma interação entre as turmas do Colégio. Nesta edição houve uma nova modalidade, o “Cross Country”, que foi uma corrida no meio do mato. Rodolfo Kuhnen – 9º ano – Colégio São Paulo Mostra de Ciências Durante meses os alunos do 3º E.M. se organizaram para promover a Mostra de Ciências, que reúne os alunos de todo o colégio em duplas e trios, e realizam um trabalho científico sobre determinado assunto, do qual possam fazer a demonstração prática. Maria Augusta Merini – 3º EM – Colégio São Paulo 14 Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 projetos diferenciais Noite Natalina A noite natalina é um evento que alegra as crianças, mostrando para elas a verdadeira importância do Natal. Ciro Fava – 9º ano – Colégio São Paulo Gincana da Cidadania Gosto muito dessa Gincana, pois existe interação entre as pessoas, trabalho de equipe e troca de conhecimentos. Podemos fazer mais amizades e aprender a lidar com as pessoas. Julia – 9º ano – Colégio São Paulo Semana do estudante O recreio é mais longo, conhecemos o trabalho das bandas do Colégio e ganhamos lanche coletivo. Bruna Petters – Colégio Salesiano Tarde de Talentos Podemos mostrar a todos o que temos de melhor e é muito divertido. Luiz Fernando - 4ª A – Colégio Salesiano Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 15 E S P I R I T U A L I D A D E Pastoral Escolar A Pastoral Escolar é um espaço privilegiado de desenvolvimento de valores e da vivência da Espiritualidade Juvenil Salesiana que dá um “sabor” todo especial aos projetos vivenciados e protagonizados, na sua maioria, por adolescentes e jovens. Projetos no âmbito da promoção social e ambiental ganham destaque. Também a música e os cursos de formação de liderança são espaços significativos na promoção do adolescente e do jovem Neide Maria Machado assessora de Pastoral Estar e fazer parte da AJS possibilita-nos um espaço onde se aprende a sair do pensamento individual para ações coletivas. As situações vivenciadas nos ajudam a aprender e buscar, junto aos outros, soluções para os problemas que surgem. O crescimento individual e coletivo acontece na prática e nas ações dos que participam Para mim a Pastoral é minha segunda família. Aprendemos aqui que “somos responsáveis por quem cativamos”, e isso mudou meu modo de ver as coisas e as pessoas. Para mim é um espaço voluntário de aprendizagens onde jovens, adolescentes e préadolescentes são os protagonistas. Crescemos juntos, superando nossas limitações e desenvolvendo nossas habilidades Isabelle Porto articuladora veterana da AJS 2º ano do EM Adolescentes ocupam seu tempo livre reunindose voluntariamente em grupos, cujo foco de interesse favorece a construção de projetos que ajudam no desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e espiritualidade. A Pastoral é um lugar que nos acolhe, cativa e entusiasma a fazer coisas novas, sempre dando o melhor de cada um de nós. É um privilégio estudar num colégio que abre espaço para o protagonismo juvenil. Fernanda Buzzi Candidata a articuladora da AJS 8º ano do EFF Estar aqui é legal porque sinto prazer em ser voluntário, ajudar as pessoas e me preparar para encarar os desafios da vida. Pedro Toniazzo Torres Candidato a articulador da AJS 6º ano do EF Juarez Vinícius Miglioli Professor assessor da AJS e responsável pela informática 16 Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 E S P I R I T U A L I D A D E Visita ao Hospital Inclusão digital Pedágios Solidários O contato com pessoas enfermas hospitalizadas ajuda a sentir a realidade da vida das pessoas, além de prestar a elas nossa solidariedade. No dia 2 de outubro de 2008, iniciou-se um projeto de aulas de informática na Escola de Ensino Fundamental Madre Maria Avosani, no município de Rodeio, visando à inclusão digital dos alunos desta escola. O projeto é desenvolvido pelos alunos da AJS do Colégio São Paulo de Ascurra, Eduardo Rozza, Thábatta Tomelin e a ex-aluna Angélica Tomelin. Neste projeto 38 jovens da escola participam, divididos em 4 turmas. Em 2009 participantes da AJS do Colégio Salesiano Itajaí envolveram-se em pedágios beneficentes, organizados por instituições da cidade. No dia 07 de Julho, integrantes da AJS do Colégio São Paulo levaram aos pacientes do hospital Beatriz Ramos, de Indaial, mensagens, por meio de cantos e contação de histórias. Este trabalho trouxe aos integrantes da AJS habilidades em resolver situações difíceis que a vida apresenta, e proporcionar ajuda às pessoas em situações complicadas, amparando e orientando o próximo. “A felicidade que proporcionei às pessoas me deu muita satisfação. Compreendi neste trabalho voluntário, que é preciso muito pouco para fazer a felicidade das pessoas”. Além de aulas de digitação, o projeto inclui ensino de uso correto da internet e programas básicos do pacote Office e demais operações do Windows. No início de cada aula, há rápida espiritualização no estilo Salesiano de Dom Bosco. O grupo de alunos ofereceu seu trabalho voluntário para auxiliar na arrecadação de donativos para APAE e Rede Feminina de Combate ao Câncer. “Mais uma vez os alunos do Salesiano se destacaram pelo princípio evangélico da solidariedade. Parabéns a todos os jovens que dedicaram uma parte do seu sábado para esta causa.” Clemar Bianchi – professor assessor da AJS “Que DEUS abençoe a vida de cada um dos participantes é sempre bom estender as mãos e acolher quem precisa.” Letícia Machado – 9º ano Diandra Roeder EDUCAÇÃO CONTINUADA REUNE EDUCADORES DAS ESCOLAS DOS SALESIANOS EM SC Em clima de alegria, os educadores dos Colégios Salesiano de Itajaí, São Paulo de Ascurra e Dom Bosco de Rio do Sul, foram acolhidos para dois intensos dias de estudo com o prof Marcos Meier. O curso Mediação da Aprendizagem segundo a Teoria de Reuven Feuerstein, de 20 horas, tratou: »» Concepções epistemológicas: Inatismo, Ambientalismo, Interacionismo e suas possibilidades na compreensão da ação educativa. »» Piaget, Vygotsky, Paulo Freire e suas contribuições na compreensão da mediação. »» A Zona Proximal e o lugar do professor. »» Objeto concreto e objeto abstrato: uma síntese. »» Raciocínio Hipotético Dedutivo. »» Concepções de Inteligência e a desmitificação do comportamento inteligente. »» As características da mediação da aprendizagem: os 12 critérios de mediação. Nossos educadores saíram pedindo bis gerenciando sua profissionalização e consequentemente a qualidade de nossas escolas. »» A modificabilidade como substituta da Inteligência. »» A Teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva. »» A mediação da aprendizagem. »» A Neuropsicologia da aprendizagem e da mediação. Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 17 F I L A N T R O P I A A escola depois dos muros Q uando a promoção da vida faz parte da missão de uma instituição de ensino, é certo que esta volta seus olhares para a comunidade, e estabelece pontes entre as necessidades encontradas e a construção de projetos que podem promover mudanças positivas, no âmbito sócio-político ou ambiental. As escolas salesianas têm como característica de seu projeto educativo para responder à missão, a formação da pessoa em sua cidadania. Estes são alguns projetos voltados para a comunidade: a. No Colégio Dom Bosco de Rio do Sul, o projeto: “Inclusão Digital” abre as portas do colégio para favorecer o processo de inclusão de adolescentes em 18 situação de vulnerabilidade social, profissionalizando-os através de cursos na área de informática. Outro projeto é o de “Recuperação de Micro-bacia”, que além de promover educação ambiental, aproxima a escola da comunidade na busca de solução para problemas de pequeno e médio porte na área ambiental. b. O Colégio São Paulo de Ascurra, desenvolve o projeto “Dom Bosco Educa” em parceria com a Prefeitura Municipal. Começou em 2008, e seu objetivo é prestar serviço educativo a crianças de famílias de baixo poder aquisitivo, de seis a nove anos. Várias são as atividades formativas, sendo privilegiada a convivência em lugares diferentes: sala de aula, laboratório de informática, pátio, capela, parquinho, mesa na hora do lanche. As atividades se desenvolvem em clima de respeito aos colegas, no exercício de momentos de silêncio e atenção, na comunicação pela fala, escrita, desenho, movimento, esporte. Cada dia de trabalho inicia com rápida mensagem e pedido ao Pai Celeste para que a todos conceda sua bênção. Desta forma se deseja levar a criança a pensar, refletir e a começar bem as atividades da tarde. c. No colégio Salesiano Itajaí o “Projeto Informática Cidadã” mantém um laboratório de informática na Paróquia São Cristóvão, Bairro Cordeiros, com cursos gratuitos de iniciação à informática e informática avançada, possibilitando que os alunos adquiram melhores habilidades para enfrentar o mercado de trabalho. Escolas dos Salesianos em Santa Catarina – Ano 6 | nº 6 | Outubro 2009 Antes de tudo, sou um apaixonado por Dom Bosco e pelo Colégio São Paulo. Devo muito a eles: as minhas convicções espirituais, a base da minha formação acadêmica, além dos valores que norteiam a minha vida como cristão, pai, marido, cidadão e empresário. Cada vez que passo na BR, por Ascurra e, em especial no encontro anual com os ex-alunos, no Colégio São Paulo, passa um filme, em minha mente, dos maravilhosos momentos que vivi ali, por anos, como seminarista. O meu desejo era ser sacerdote, mas tenho convicção que Deus tinha outra missão para mim: empreender, gerar empregos e seguir o lema de Dom Bosco “Um bom cristão e um correto cidadão”. Salésio Martins, empresário Ex-aluno do Colégio São Paulo de Ascurra Ex-alunos A escolha pela educação salesiana continua muito além da escola. Depois de formados, os ex-alunos fazem parte da família salesiana ao se associarem e levarem para o seu dia-a-dia os ensinamento apreendidos. Ser ex-aluno de Dom Bosco é ser uma pessoa diferenciada. Por quê? Porque aprendemos sob os ensinamentos de Dom Bosco. Isto resulta, na maioria das vezes, em ser bons cristãos e honestos cidadãos. Aires Oléas – funcionário público municipal aposentado FAMÍLIA PAMPLONA: EM RIO DO SUL E EM ITAJAÍ A OPÇÃO PELA EDUCAÇÃO SALESIANA Em nossa casa sempre fomos comprometidos com as coisas certas. Por isso que na hora de decisão da escola adequada para os nossos filhos, não tivemos dúvidas. Nós como ex-alunos salesianos, sabemos o quanto foi importante a nossa formação baseada em valores. Conhecimentos são importantes e indispensáveis para tornar o mundo melhor. Estão todos em computadores, livros, revistas. O acesso está facilitado. É preciso porém habilitar, tornar o ser humano hábil na análise, na arte de pensar de maneira inovadora, para pensar além da matéria e conteúdos de sala de aula. É preciso competência e criatividade para aplicar o conhecimento nas situações da vida. É preciso trabalhar em equipe, pensar em equipe, gerenciar e resolver problemas em equipe e se comunicar de forma eficaz. Isso é formação e não se avalia com testes de múltipla escolha. O mundo não é uma múltipla escolha. O mundo tem respostas abertas, que exigem compreensão, saberes e atitudes. Esta é a formação que queremos para os nossos filhos. A educação salesiana contribuirá para que sejam profissionais bem sucedidos, pessoas de bem que trilham os caminhos de Deus. Daurete Pamplona - Mãe de ex-alunos do Colégio Salesiano O Colégio Dom Bosco sempre foi referência em educação e formação de jovens pela maneira, pela seriedade e pela tradição. Eu estudei no Colégio Dom Bosco, depois meus filhos e agora meus netos. O porquê, sem dúvida é a confiança e a certeza de boa informação e formação. Nosso Colégio Dom Bosco é referência no ensino, na área cultural, na moral, enfim é o nosso companheiro na formação de nossos filhos, netos e deve ser dos bisnetos. Que Deus proteja esta instituição sempre para seguir perseguindo o bem geral de todos. Valdecir Pamplona Ex-aluno Colégio Dom Bosco EDUCAÇÃO ALÉM DA MATÉRIA Ascurra Colégio São Paulo Rua Benjamin Constant, 230 CEP – 89 138-000 Ascurra SC Fone/fax: (47) 3383-0237 / 3383-0037 [email protected] www.salesianosascurra.com.br Itajaí Colégio Salesiano Itajaí Rua Felipe Schmidt, 87 CEP 88301-010 Itajaí SC Fone/fax: (47)3348-2021 /3348-2165 [email protected] www.salesianoitajai.g12.br Rio do Sul Colégio Dom Bosco Rua São João, 180 CEP – 89160-000 Rio do Sul SC Fone/fax: (47)3521-1003 [email protected] www.dombosco.g12.br