XVII CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA
I ENCONTRO DE ENGENHARIA DE SISTEMAS
IV WORKSHOP DE LASER E ÓPTICA NA AGRICULTURA
27 a 31 de outubro de 2008
ADSORÇÃO DE COBRE POR MICRORGANISMOS∗
JULIA FERREIRA DA SILVA1, SARA MARIA CHALFOUN2, EDUARDO ALVES3,
VIRGÍNIA GUERRA ELIZEI4
RESUMO
O aumento do uso de metais e de produtos químicos nos processos industriais resultam em
grandes quantidades de efluentes contendo elevados níveis de metais pesados tóxicos e sua
presença atribui problemas de disposição no meio ambiente, devido à sua natureza não
degradável e persistência. O processo de biossorção realizado por microrganismos, tem se
mostrado viável na purificação de águas residuárias industriais, agrícolas e agroindustriais. Os
fungos, principalmente, possuem uma capacidade de concentração de metais, por terem em
suas paredes celulares, polímeros como quitina e quitosana, mananas e glucanas, que os
tornam capazes de serem utilizados na extração de metais como cobre, zinco, ferro, níquel,
manganês, ouro, prata e cromo, quando em meio aquoso. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar
a capacidade do fungo Cladosporium cladosporioides, em adsorver o metal cobre, sob a
forma de sulfato de cobre (CuSO4.5H2O), em meio aquoso. O fungo foi mantido em meio de
cultura BDA (batata-dextrose-ágar) por 10 dias a 25° C. Discos de 6 mm do micélio foram
retirados da colônia e imersos em soluções de cobre com diferentes concentrações (0, 10 ,20 e
50 mg L-1) durante 21 horas. A fim de avaliar a viabilidade do fungo após a imersão na
solução de sulfato de cobre, os discos foram retirados da solução e colocados em meio de
cultura BDA e incubados a 25° C. A avaliação de adsorção de cobre pelas hifas foi feita por
meio de microscopia eletrônica de varredura. Os resultados da miscroscopia mostraram que
houve adsorção do cobre pelo fungo, e que a melhor adsorção ocorreu, quando a concentração
foi de 20 mg L-1. Para a concentração de 50 mg L-1, foi verificado que houve metal não
adsorvido pelo fungo, e que este resíduo ficou sedimentado no meio de cultura. Foi verificado
também que, após imersão na solução de sulfato de cobre, o crescimento do fungo não foi
inibido, apenas retardado, tendo seu crescimento iniciado após 15 dias do plaqueamento.
Palavras-chave: metais pesados, biorremediação, efluentes, biossorção
∗
A presente pesquisa fará parte da tese de doutorado da primeira autora.
Doutoranda em Microbiologia Agrícola, Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG – [email protected]
2
- Orientadora, Dra., Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG-CTSM, Lavras/MG [email protected];
3_
Professor Adjunto, Dr., Departamento de Fitopatologia, Universidade Federal de Lavras, Lavras/MG –
[email protected]
4
- Mestranda em Microbiologia Agrícola, Universidade Federal de Lavras, Lavras – [email protected]
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