ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 02/03/14
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXIV
Edição 09
Domingo, 02.03.2014
R$ 3,20
Em comemoração ao Dia da Esposa de Pastor o Jornal Batista faz uma
homenagem com mensagens inspirativas, fazendo reflexão sobre a pergunta
“ônus ou glória?”, e uma oração do pastor pela sua esposa (págs. 02, 04 e 05).
Etnias no Brasil
Em recente reunião de alinhamento estratégico de Missões Nacionais, pastor Marcos Calixto, gerente nacional de missões com etnias,
se emocionou ao lembrar o tempo em que seu
ministério foi desacreditado. Hoje ele coordena
o trabalho missionário entre africanos, árabes,
chineses, ciganos, hispânicos e japoneses em
solo brasileiro numa parceria entre Missões Nacionais e Mundiais (pág. 07).
Crianças do orfanato
vão à igreja
Imagine a cena: um culto de domingo a noite
e em pleno momento de louvor, dezenas de
crianças adentram ao templo para ouvir a palavra de Deus e entoar louvores ao Seu Nome.
Uma surpresa sem ensaios ou avisos. É isso que
tem acontecido, sistematicamente, na Primeira
Igreja Batista em Unaí, Minas Gerais (pág. 09).
2
o jornal batista – domingo, 02/03/14
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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DIRETORES HISTÓRICOS
W.E. Entzminger,
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A.B. Detter (1904 e 1907);
S.L. Watson (1920 a 1925);
Theodoro Rodrigues Teixeira
(1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946);
Almir Gonçalves (1946 a 1964);
José dos Reis Pereira
(1964 a 1988);
Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e
Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
A.L. Dunstan (1907);
Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
P
rimeiro domingo do
mês de março, dia 2
de março de 2014,
o que se comemora
hoje? Carnaval? Pode até ser
para alguns, mas para aqueles que se preocupam com
a família pastoral, é o dia da
esposa de pastor.
No ano em que a Convenção Batista Brasileira colocou como foco a família, é
necessário também cuidar
da família pastoral. Aquela
família que está sempre em
evidência, que é vista como
modelo, que é copiada, que
é elogiada, que é criticada,
que é reparada, que é apontada. Imagina ser a mulher cui-
dadora desta família? Muitas
responsabilidades a esposa
de pastor tem, mas o que ela
merece?
A esposa de pastor merece
ser compreendida. Entender
que ela tem limites como
qualquer outra e que precisa de descanso, precisa ser
cuidada. Compreender que
ela não sabe fazer tudo é
essencial.
A esposa de pastor merece
ser vista como uma mãe que
cuida dos seus filhos, mas
não tem como obrigá-los a
ser o que não são. Compreender que ela é uma mãe
como qualquer outra, ama
seus filhos, mas não tem
como transformá-los num
molde que não são.
A esposa de pastor merece
ser vista como uma mulher,
não apenas como ajudadora
do seu esposo. Ela também
precisa da atenção, e principalmente, do cuidado do seu
marido.
A esposa de pastor merece
ser vista como única. Ser
comparada com outra não é
bom para nenhuma mulher.
Cada esposa de pastor tem
suas características pessoais,
e precisam ser respeitadas.
A esposa de pastor merece ser lembrada. Por aqueles que falam mal de algum
pastor, ou lhe ofendem de
alguma forma, lembre que
ele tem uma esposa, que ela
sofre junto com seu marido,
afinal de contas, eles são uma
carne.
A esposa de pastor merece
ser cuidada. Por cuidar de
tantos, por pensar em tantos,
ela merece ser acariciada por
ações. Por tantas tarefas e tanto amor desempenhado na
Causa de Deus, ela merece
ser amada também.
“Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de
uns pelos outros, pois aquele
que ama seu próximo tem
cumprido a lei” (Romanos
13.8).
(AP)
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reflexão
3
MÚSICA
Rolando de Nassau
(“In memoriam” de
Almerindo Gomes, de
Brasília, DF)
N
OCBRASS na Memorial
o culto dominical matutino da
Igreja Memorial
Batista, em 15 de
dezembro de 2013, teve
especial participação a Orquestra Cristã, sob a regência do arranjador carioca
Joel Barbosa (1958- ), que
vive na Capital Federal desde 1978.
Mantida por uma associação (OCBRASS), a orquestra,
organizada em 1986, iniciou
suas atividades visitando igrejas evangélicas de Brasília.
Já tocou no Teatro Nacional
“Cláudio Santoro”, em Brasília, e no Teatro “Amadeo Roldán”, em Havana (Cuba). Em
1994, gravou “ao vivo” um
CD na Sala “Martins Pena”.
Essa instituição me fez lembrar a Orquestra da Boa Vontade, criada em 1957 pelo
pastor Moisés Gil em Suzano
(SP), que aceitava convites
para tocar nos sábados e feriados, para não interferir nos
cultos das igrejas (OJB, 05
dez 57).
Joel Barbosa, que fez os
cursos de bacharel em trompete (1987-1990) e de composição e regência (19911993) na Universidade de
Brasília, concluiu seu doutoramento em música (processos criativos) na Universidade de Campinas. Leciona na
Escola de Música de Brasília,
fundada pelo maestro Levino
Alcântara.
O maestro recebeu influências do jazz (o trompete de
Louis Armstrong e os arranjos
de Quincy Jones), evidentes
em sua orientação musical,
e de músicos eruditos (maestrina Elena Herrera, professor
Ian Guest e compositor Jorge
Antunes).
Encontra-se no grupo (Conrado Silva, Marco Aurélio
Coutinho, Francisca Aquino,
Sérgio Nogueira, Kátia Almeida, Rodrigo Lima e Marcos
Cohen) que movimenta a
música erudita em Brasília.
A OCBRASS bem que poderia ter sido convidada para
dar um concerto no Auditório
“Éber Vasconcelos”, quando
poderia demonstrar melhor a
capacidade técnica e artística
na execução de seu repertório. Mas foi engajada num
culto para tocar música que
não era propriamente de culto; antigamente, dizia-se que
era uma “música especial”.
Nesta apresentação, 35
instrumentistas tocaram na
Orquestra e 12 coristas cantaram no Coro. O preparo vocal dos coristas esteve sob os
cuidados de Moisés Barreto, gura, mas com boa dicção,
do tenor Reuler Furtado;
membro da Memorial.
As intervenções da OC5) “His Eye is on the SparBRASS na Ordem do Culto
row” (O olho de Deus está
foram as seguintes:
sobre o pardal) – hino escrito
1) “A Child Is Born” (Um no estilo de uma “gospel
menino nasceu) – a princí- song” (canção evangelística)
pio, imaginei tratar-se do tre- por Civilla Durfee Martin e
cho do oratório “Messias”, de traduzido em 1913 por SaG. F. Haendel, que proclama lomão Luiz Ginsburg (“Nada
o nascimento de Jesus, mas de desânimo”, CC-337); foi
logo verifiquei que era uma divulgado pelas cantoras popeça musical profana, com- pulares Mahalia Jackson e
posta em 1970 pelo jazzista Whitney Houston; não encontrei razão para ser cantaThad Jones;
do em inglês por um dueto
2) “Eventide” (Entardecer) feminino (soprano Christiane
– música composta cerca Dantas e meio-soprano Náde 1861 por William Henry dia Santolli), quando existe
Monk (CC-1, HCC-8, TBH- uma letra em português, que
63); fiquei intrigado porque poderia ser proveitosamente
foi executada à plena luz de acompanhada pelo público
um radioso dia de domingo; no Auditório e na internet.
Curiosamente, Ginsburg tra3) “Cantam Anjos Har- duziu este hino, quando esmonias” (CC-27, HCC-96); tava em New Bedford, Masacompanhada pela orquestra, sachussets (USA), para uma
a contralto solista Shirley comunidade de imigrantes
Márcia dos Santos, numa vi- portugueses (OJB, 19 jun
brante interpretação do texto 1913 e 28 ago 1913).
Concluindo, a Orquestra e
de Charles Wesley (1739),
foi inspirada pela exultante o Coro da OCBRASS deram
música de Felix Mendelssohn equivocada interpretação a
duas peças hinódicas tradi(1840);
cionais:
4) “Noite Santa” (“Meia1) “Noite de paz! Noite
-noite, cristãos” – “Minuit,
chrétiens!”), com música de de amor!” (CC-30, HCC-91,
Adolphe Adam, na voz inse- TBH-91), de Joseph Mohr e
Franz Gruber; traduzido em
1917 por William Edwin Entzminger (OJB, 01 nov 1917);
é uma página de ternura,
que não foi lida na inteireza
da concepção dos autores,
pois foram feitas algumas
alterações na letra e na música; considerando que estava
sendo cantada num culto de
adoração, a poesia de Mohr
e Entzminger deveria ter sido
respeitada, e a música de
Gruber executada sem ornamentos; esses desvios seriam
tolerados num concerto de
natureza artística;
2) “Vencendo vem Jesus”
(CC-112, HCC-153, TBH633), escrito em 1861 por
Julia Ward Howe e traduzido
por Ricardo Pitrowsky, já foi
o hino triunfal dos Evangélicos no Brasil; é uma página
de bravura, da qual foram
aproveitadas apenas duas
das quatro estrofes; no final
da execução, a estridência
dos instrumentos substituiu a
intrepidez dos cantores.
Em meus 53 anos de Brasília, tive o privilégio de ouvir
música regida pelo baluarte
da música candanga: Levino
de Alcântara (Associação
Coral Evangélica). Que a
OCBRASS mantenha aceso o
ideal de Levino: tocar música
genuína!
Foto: Edsom da Silva Leite
Coro e Orquestra da OCBRASS, na Memorial, sob a regência de Joel Barbosa
4
o jornal batista – domingo, 02/03/14
reflexão
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ
Pastor, professor de Psicologia
Uma só carne
A
Profª. Ms Rute Salviano
Almeida
Bacharel e mestre em
Teologia, pós-graduada em
História do Cristianismo,
escritora da editora Hagnos
E
sse é o valor da mulher cristã, segundo
o livro de provérbios:
“Mulher virtuosa
quem a achará, o seu valor
muito excede o dos rubis”
(Pv 31.10). Assim o é também o valor da esposa de
um pastor, que sofre com ele,
alegra-se com ele, o ouve e
aconselha e, principalmente,
o ajuda em seu ministério.
Não é tarefa fácil ser uma
esposa de pastor. Para ela é
difícil ter uma amiga no seio
da igreja em que possa confiar integralmente a ponto de
desabafar e sentir alívio em
seu coração. Sente-se solitária e também por isso, passa
a depender mais e mais do
maior conselheiro e amigo:
Jesus Cristo, a quem torna
seu confidente e em que
deposita suas preocupações
e anseios.
Para a esposa do pastor
também é difícil ser aquela
para quem os olhares se voltam e por quem surgem os
comentários: ela sorri pouco,
está sempre de cara fechada
ou ela sorri demais, assim
despertará atenções indevidas. Parece aquele texto do
evangelho de Mateus, quando Jesus falava sobre a sua
geração que não se contentava com nada: “Veio João,
que não comia nem bebia, e
dizem: Tem demônio; e veio
o Filho do homem, comendo
e bebendo e dizem: É um
glutão e beberrão, amigo de
publicanos e pecadores. Mas
a sabedoria é comprovada
por suas obras” (Mt 11.1819).
Querida esposa de pastor,
independente de quaisquer
comentários humanos, que
a sabedoria seja comprovada por suas obras. Não
se entristeça com a falta de
reconhecimento, com a falta
de amizades sinceras, com
a falta até mesmo de ter seu
esposo sentado ao seu lado
no momento dos cultos.
Aprenda e pratique a sabedoria de se contentar em ser
uma mulher cristã, cheia da
graça de Deus, criada com
carinho por Ele e sinta-se feliz com seu amor e cuidado
diário. Você é uma mulher
cristã e seu valor excede aos
dos rubis.
Finas joias jamais perdem
seu valor, a mulher cristã,
criada por Deus e resgatada
por Cristo jamais deixará de
ser valiosa. Philip Yancey,
excelente escritor cristão,
afirmou que: “O valor não
depende de raça ou de status,
mas da imagem de Deus que
a pessoa traz em si. Nenhum
esforço para melhorar a beleza física tem relevância no
outro mundo”.
No céu a esposa de pastor
receberá uma herança que
jamais poderá perecer, macular-se ou perder seu valor
(I Pe 1.4). Mas, ela não deve
apenas se conformar em ir
para o céu, mas crescer como
imitadora de Cristo até que
o caráter dEle seja formado
nela.
A mulher que segue os ensinos de Jesus despreza os
afirmação do Gênesis, que explica e
define a complexidade do casamento,
diz: “Portanto, deixa o homem pai e mãe e se una à sua
mulher, tornando-se os dois
uma só carne” (Gênesis 2.24).
Casamento não é a preponderância do masculino, nem
do feminino. Não é a assimilação aniquiladora da identidade de um, para o benefício do
outro. Casamento bíblico é a
união de dois diferentes, para
o nascimento de uma unidade quase que dialética. Na
equação básica, x+y=z. Por
isso, “x” deve ser diferente de
“y”, para que a resultante “z”
padrões do mundo. Ela sabe contenha “x” e “y”.
que algumas vezes tem de
realizar coisas urgentes e
deixar de lado coisas importantes, mas não inverte
sua escala de valores, pois
entende que se o fizer colherá frutos amargos de sua má
escolha.
A sábia esposa de pastor
prefere agir como Maria e
não como Marta (Lc 10.3842) e pede constantemente
sabedoria a Deus para investir mais no que é realmente valioso e que nunca lhe
será tirado do que em coisas
materiais que só permanecerão por um curto espaço
de tempo (Mt 6.19-20). Ela
sabe que é filha amada, na
qual o Senhor tem prazer e
seu objetivo maior na vida é
agradá-Lo. Sabe que é poema
de Deus e perfume de Cristo
(II Co 2.15), portanto ama a
si mesma e aceita a fase pela
qual está passando, sabendo
que tudo coopera para o bem
dos que amam a Deus (Rm dos homens, entende que
8.28).
sua identidade não depende
A mulher cristã tem cora- daquilo que faz, mas sim
gem e motivação do Espírito daquilo que é: filha amada,
Santo para mudar nela o que criada e salva por Deus (Is
for necessário. Sabe o que 43.1). Ela vive com alegria,
quer da vida e entende que fé, amor e paz, pois desfruta
a vontade de Deus para ela do fruto do Espírito Santo que
é boa, perfeita e agradável lhe dá domínio próprio, segu(Rm 12.2). Ela limpa cons- rança e esperança no futuro
tantemente seu coração para (Gl 5.22-26).
brilhar e santificar o mundo
O apóstolo Paulo declaao seu redor (Fl 2.15).
ra “A mulher é a glória do
Quando uma esposa de homem” (I Co 11.7) e em
pastor vive pelos padrões da Provérbios 18.22 está escriépoca atual ela cria expecta- to: “O que acha uma esposa
tivas irreais e pode se frustrar acha o bem e alcançou a
por achar que está aquém do benevolência do Senhor”.
que esperam dela. Já aquela Aquele que se casa com uma
que não é motivada pela mulher verdadeiramente
busca de reconhecimento cristã poderá se sentir o ho-
Gênesis explicita que a
imanência do feminino no
masculino propicia a transcendência tanto do homem,
quanto da mulher, construindo a unidade misteriosa
chamada família. Este é o
sentido da expressão “uma
só carne”. A frase “uma só
carne”, portanto, não deve
ser encarada como mera
prática da interação sexual.
Dentro do amplo contexto
bíblico, o versículo do Gênesis usa a palavra “carne”
como o sentimento da afinidade total vivida por esposo
e esposa. Casamento bíblico
é a criação de uma carne, a
partir de duas personalidades interdependentes.
mem mais rico do mundo.
Pastores casados com mulheres assim têm ministérios
frutíferos.
No primeiro domingo de
março será comemorado
o Dia da esposa do pastor
e, graças são dadas a Deus
pelas esposas de pastores
que não esperam honras humanas porque sabem que:
“A mulher que teme ao Senhor, essa será louvada” (Pv
31.30).
Que todas as esposas de
pastores celebrem esse dia,
agradecendo o fato de ter
Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas o que as
torna mais valorosas do que
rubis.
o jornal batista – domingo, 02/03/14
reflexão
PARÁBOLAS VIVAS
5
João Falcão Sobrinho
Manoel de Jesus The
Colaborador de São Paulo
O
título de nosso
a r t i g o c o m eça
com a pergunta:
Ônus ou glória?
Comecemos abordando o
que formata a personalidade
de uma esposa de pastor,
embora possamos validar a
abordagem, para as esposas
das demais funções.
A personalidade de uma
pessoa é formada pelos seus
ancestrais, pois herdamos deles muitas características. Heranças físicas, cultural, gênio,
humor, ambiente familiar,
social, valores e costumes,
entram na química. Não só
entramos no mundo social
que nos rodeia, como esse
mundo também entra em
nós. Cada esposa de pastor é
personalidade única, como
somos, cada um de nós, todavia, elas são submetidas a
um padrão único. Precisam
ser assíduas em todas as atividades, falar bem em público,
liderar as organizações femininas, amenizar conflitos,
e como diz o ditado: “tocar
sete instrumentos”. Haja acúmulo de dons!
O peso que a esposa de
pastor carrega é muito grande. Começa pelo próprio pastor, que é um marido pesado,
embora, fisicamente, possa ser magrinho. Tudo que
acontece nas famílias do rebanho, vêm para ele resolver.
O pastor tem também outras
tarefas a cumprir. Sermões,
estudos, compromissos com
organizações (ordem dos
pastores, associação regional,
estadual, e, alguns, nacional
também). Como o pastor é
humano, às vezes ele descarrega o estresse na esposa.
As críticas dos desgostosos
afetam seu humor, e ele se
torna como uma criança carente de ser mimada. Ele cria
essa expectativa por parte da
esposa. Mais carga sobre ela.
No tocante à comunidade,
hoje também estressada, várias tarefas lhe são impostas.
Uma delas é a de “pombo
correio”. Desgostosos com
o pastor utilizam-se dela,
para fazer chegar ao pastor
suas frustrações. Se ela tem
dom para a música, fica sem
tempo para as organizações
femininas, e estas reclamam
sua ausência. Ao mesmo
tempo, a área da música é
muito visada pelo inimigo, e
ela tem de se desdobrar para
amenizar os conflitos.
O ônus financeiro é um
deles. Pastores, no geral ganham pouco. Os filhos sofrem vendo as demais crianças, ou adolescentes, desfilarem as melhores roupas,
enquanto eles, vestem-se
com discrição. As melhores
escolas ficam para os filhos
dos melhores abastados da
igreja, aos filhos de pastor,
restam partilhar do grupo
das escolas públicas. No item
saúde, se a igreja paga convênio, é um convênio de poucos recursos, se não paga,
resta a assistência dada pelo
Estado. Esse item dispensa
comentário. Todos sabem
como são tratados pacientes
que dependem da assistência
da saúde pública. Antes de
descortinar o lado positivo,
queremos lembrar; ela tem
os serviços domiciliares, cuidado com marido e filhos, e
com a igreja, e (como muitas
esquecem!), consigo mesmas
(ai delas se não comparecem
às atividades da igreja bem
vestidas, maquiadas, e esbanjando bom humor!), e outras
tantas cobranças.
O lado positivo é o retorno
que os piedosos da igreja,
favorecidos pelo seu bom
testemunho, amor, dedicação, lhe retribuem. Deus
elege em favor delas, um
exército de intercessores.
Presentes, mimos, lembrancinhas, abraços, carinho, fluem
do coração desses piedosos.
Seus filhos são cercados de
protetores, nutridos por amor
que emana de todos os lados,
e, alcançados pelo exemplo
do pai, que vive cercado de
livros, tornam-se vitoriosos
nos estudos. Além dessas
bênçãos, serão recebidas no
reino dos Céus, com honras
reservadas aos heróis bíblicos
da galeria de Hebreus 11,
pois, a promessa de Jesus
é que, nem a oferta de um
copo de água, será esquecida
de galardão. Já imaginaram
então a herança das esposas
de pastor na eternidade? Se
no Céu houvesse inveja, elas
causariam inveja a toda comunidade celestial.
“Portanto, amadas irmãs,
sede firmes e constantes,
sempre operosas na obra
do Senhor, sabendo que o
vosso galardão, não é vão no
Senhor”.
A mulher que tu me deste
(Oração do pastor pela sua esposa)
Pr. Marinaldo Lima
Para Alcione Lima
IB em Sítio Novo, Olinda/PE
Senhor Deus eu te agradeço
Pela grande companheira
Que tu deste para mim:
Minha esposa, minha amiga,
Valorosa irmã em Cristo,
De uma importância sem fim.
Ela é a responsável
Pelo êxito conseguido
No ministério cristão.
Minha grande ajudadora,
A mulher que me incentiva,
Na fé e também na ação.
Com ela eu compartilho
A Tua Santa Palavra
Em momentos de oração.
E nossos dias se passam,
Sempre na Tua presença,
Numa doce devoção.
A mulher que Tu me deste
Sempre é bênção para mim
Com todas suas virtudes.
No seu amor dedicado,
Na sua fé comprovada,
Em palavras e atitudes.
Uma homenagem a todas as esposas de pastores batistas do Brasil!
Chore, mãe
P
astor Carlos Henrique
estava em visita à casa
de sua irmã, cuja empregada era uma mulher muito sofrida: Marido alcoólatra, infiel, as brigas entre
ele e a filha adolescente eram
diárias, muitas vezes com uso
de facas e outros instrumentos, o que estivesse à mão. Pai
e filha ficavam transtornados,
parecia obra dos demônios.
Além da filha adolescente,
o casal tinha um menino de
menos de quatro anos. Durante a conversa em que expunha seus dramas, quase
tragédias, ela se esforçava
para não chorar. Percebendo
que ela estava engolindo as
próprias lágrimas, o pastor lhe
disse: “Chore, minha irmã;
não reprima seu pranto”. Ela
respondeu: “Pastor, eu não
posso chorar porque quando eu choro, meu filho fica
muito nervoso e chora também”. Ao ouvir isso, o pastor
chamou o menino, pegou um
copo, colocou-o debaixo da
torneira da cozinha onde estavam e soltou a água. Cheio
o copo, a água começou a
transbordar. Voltando-se para
o menino, o pastor disse:
“Está vendo? Quando o copo
enche, tem que transbordar.
Assim é também o coração
da gente. Quando fica cheio
de dor, tem que transbordar
em lágrimas”. O menino entendeu. Alguns dias depois,
após uma daquelas brigas,
assim que o pai saiu, o menino se voltou para a mãe e
disse: “Chore, mãe. Você não
se lembra do que o pastor
falou? Se o copo está cheio,
deixe transbordar”. A partir de
então, o menino se tornou o
amigo que confortava a mãe
e lhe dava esperanças de que
um dia, todo aquele sofrimento passaria. De fato, passou,
pela graça de Jesus!
Infelizmente, muitos pais
e mães escondem seus sofrimentos dos próprios filhos,
especialmente os homens,
que disfarçam suas dores e
escamoteiam suas lágrimas
diante dos filhos devido ao
machismo dominante em
nossa cultura. “Homem não
chora”, ensinam com grave
erro muitos pais. O homem
pensa que, ocultando seus
problemas, passará para os filhos a imagem de um pai onipotente, como se Deus fosse.
Quanto engano! Pais e mães
devem compartilhar seus sen-
timentos com os filhos por
pelo menos quatro relevantes
motivos: Primeiro, para que
haja a necessária identidade
emocional entre pais e filhos.
Eles não vivem apenas sob o
mesmo teto, mas, sobretudo
sob a mesma cobertura emocional. Em segundo lugar,
para que os filhos aprendam,
pelo exemplo dos pais, a
superar os seus sentimentos
negativos e suas dores. As
emoções fazem parte da natureza humana e não podem
ser descartadas, mas devem
ser dominadas e direcionadas
para a construção de uma
vida saudável. Em terceiro
lugar, não há como os pais
disfarçarem diante dos filhos, mesmo que tenham
apenas dois ou três aninhos,
as nuvens que lhes toldam
os horizontes da alma. Os
pequeninos percebem tudo,
ainda que nada comentem
e ainda que nada entendam
do que está se passando por
trás do sobrolho franzido e
da ausência de sorriso.
Muitos pais e mães alegam
não desejar que seus filhos
saibam das suas dores, para
lhes poupar sofrimento. A
dúvida e a mentira, porém,
trazem maior angústia ao coração dos filhos do que a verdade. Conheço uma senhora
que entrou em depressão,
não fosse ela uma médica
psicanalista, porque, quando
adolescente, foi enganada
por todos os parentes sobre
a enfermidade do pai, da
qual ela, filha única, só ficou
sabendo pouco antes de ele
vir a falecer. Ela disse depois
que a dor de ter sido enganada, considerada incapaz
de ajudar o pai, de estar ao
seu lado nos momentos mais
difíceis, doía mais em sua
alma do que a morte do pai,
prematura que tenha sido.
Os pais que compartilham
seus problemas com os filhos, naturalmente em termos que eles possam entender, estão ensinando aos
filhos, na prática, que a mais
feia verdade é infinitamente
mais bela do que a mais bela
mentira. Finalmente, muitas
vezes, devido à objetividade das suas observações, os
filhos se tornam os melhores
conselheiros dos próprios
pais. Não esconda seus sentimentos dos seus filhos. Deixe
que eles aprendam a viver na
usina da vida que é o seu lar.
6
o jornal batista – domingo, 02/03/14
reflexão
Caminhos da Mulher de Deus
E
ster havia chegado a
um lugar quase impossível: no palácio
como rainha. Linda,
escolhida em um concurso
de beleza, top model do seu
tempo, cercada de todo o
bem-estar e privilégios outorgados pela potência militar da sua época, ela podia
exercer o seu papel protegida
pelo poder.
Mas havia algo que certamente machucava o seu coração: sua identidade como
parte dos judeus, nação estig-
matizada naquele reino, estava
escondida. Ao mesmo tempo
em que esse fato a isentava de
ter que prestar contas, possivelmente lhe trazia sobressaltos e também pesar por não
poder reconhecer sua família
e viver com liberdade os relacionamentos com seus amigos
e o seu povo.
Os tempos difíceis chegaram e com eles a ameaça de
extinção dos judeus. E então
ela é chamada para cumprir
o propósito para o qual Deus
lhe havia dado tudo o que
tinha. “Para um tempo como
este...” (Ester 4.5), são as
palavras que ela ouve e “não
para você mesma”. Que momento difícil! E com a mesma autoridade com a qual é
convocada, influencia o rei a
autorizar os judeus a lutarem
por suas próprias vidas e o
seu povo: “Cada um no seu
lugar...” (Ester 8.11). Não era
ela sozinha, mas todos juntos
em ação para que cada um
tivesse a sua vitória.
Com características diferentes e em outros contex-
ZENILDA REGGIANI CINTRA,
pastora e jornalista, Taguatinga, DF.
tos, essa história se repete.
Quantos de nós estamos em
lugares privilegiados neste tempo em que vivemos?
Pessoas que têm acesso a recursos, à instituições capazes
de exercerem a justiça, que
são formadores de opinião
e, principalmente, têm autoridade para decidirem ou
participarem de decisões que
influenciam a vida de muitas
pessoas, famílias e igrejas.
Para um tempo como este
Deus nos colocou no lugar
onde estamos. E cada um no
seu lugar. Para percebermos
as lutas, as questões pendentes, nos levantarmos com
coragem e firmeza para que
a justiça aconteça e para não
sermos derrotados em decisões urgentes e inadiáveis.
Se Ester não agisse ativamente naquela hora, socorro e livramento Deus traria
de outra parte, mas ela não
poderia participar daquele
momento com o seu povo,
“o mês que se lhes mudou de
tristeza em alegria, e de luto
em dia de festa” (Ester 9.22).
Posse da ministra de música e adoração
da Igreja Batista no Jardim Magarça
Viviane Regis dos Santos
Gonçalves
Ministra de Música
“Tudo tem o seu tempo
determinado e há tempo para
todo propósito debaixo do
céu” (Ec 3.1).
N
uma noite festiva,
diante de Deus e
de todos venho
expressar e compartilhar a minha alegria em
assumir o Ministério de música desta igreja. Não digo
que esta é uma realização
pessoal, e sim uma resposta
ao chamado de Deus, o qual
venho me preparando ao
longo destes anos para que
hoje, diante Dele e de todos
eu dissesse: Eis-me aqui, Senhor! Entendo que Deus chama, separa e capacita aquele
que se dispõe em sua obra.
Aprendi em I Crônicas 25
que no ministério de música,
Deus conta com homens aptos e não meninos espirituais,
aptidão espiritual, que está ligada a unção Dele derramada
em nós e aptidão musical que
requer dedicação, aprimoramento e vontade de oferecer
o nosso melhor ao Senhor.
Pr. Hérisson, MM Angélica, Pr. Mauro e MM. Viviane
Aprendi com Abraão que
adoração envolve sacrifício,
renúncia, confiar na provisão
do Senhor e a entregar totalmente nossos corações a Ele.
Aprendi ao longo destes
anos que adoração também
requer serviço, servir a Deus
e a seu povo, requer submissão aos nossos líderes.
Aprendi que louvor é o reconhecimento dos atributos
de Deus, pois Ele é único,
digno, santo, onipresente,
onipotente, onisciente...
E é o reconhecimento do
que Ele fez e faz em nossas
vidas. Louvamos a Deus
com cantos, instrumentos,
orações, leituras bíblicas,
posturas e atitudes. O Salmo
150 convida a todos que
tem fôlego a louvarem ao
Senhor.
Aprendi com a professora
Westh Ney que a música
no culto não deve ser um
fim em si mesma, não é arte
pela arte, é arte com uma
função. A música na Igreja
é para culto, adoração, glorificação e louvor ao Deus
- Pai, Deus - Filho e Deus
- Espírito Santo. Música na
Igreja é para ensino, edificação e crescimento cristão.
É para consolo, conforto,
testemunho, evangelização
e proclamação da Palavra
de Deus.
Aprendi que não somos
levitas e sim sacerdotes da
nova aliança, para levarmos
o evangelho através da música a esse povo sedento.
Aprendi que a nossa música deve ser contextualizada
para alcançar a igreja e a
nossa comunidade.
Quanto aprendizado levarei comigo e compartilharei com o meu ministério.
Igreja Batista Jardim Magarça, familiares e amigos:
eu atendo ao chamado de
Deus, me disponho para o
seu servir.
Agradeço ao incentivo de
minha família e meu esposo os quais me ajudaram
a chegar até aqui. Obrigada minha igreja querida
por confiar a mim esse tão
grande e amável ministério.
Obrigada MM Angélica,
você é referência em minha
vida, obrigada Marinho e
meus parabéns ao Coro de
câmara por tão grande inspiração.
Obrigada, Senhor, eu te
amo!
o jornal batista – domingo, 02/03/14
missões nacionais
Etnias no Brasil
7
Oportunidades e conquistas nos
campos missionários
Fotos: Selio Morais
Marize Gomes Garcia
Redação de Missões
Nacionais
E
m recente reunião de
alinhamento estratégico de Missões Nacionais, pastor Marcos
Calixto, gerente nacional de
missões com etnias, se emocionou ao lembrar o tempo
em que seu ministério foi
desacreditado. Hoje ele coordena o trabalho missionário
entre africanos, árabes, chineses, ciganos, hispânicos e
japoneses em solo brasileiro
numa parceria entre Missões
Nacionais e Mundiais. Além
destas etnias, o trabalho vem
apoiando os refugiados sírios
que têm chegado ao Brasil,
inclusive muitos batistas.
O trabalho junto a esta etnia começou a ser desenvolvido, há dois meses, com o
apoio de nossos missionários
em Foz do Iguaçu e da Igreja Evangélica Árabe de São
Paulo. Porém com o passar
do tempo, várias igrejas têm
apoiado o acolhimento dos
sírios, inclusive o Colégio
Batista Brasileiro de São Paulo que tem oferecido bolsa
integral para crianças sírias
que estão chegando. O Colégio, que em 1926 tinha uma
classe especial para imigrantes árabes (sírios e libaneses),
resgata sua história, tendo novamente alunos desta nação,
agora sob a direção do irmão
Elon Macena.
O trabalho de apoio aos
refugiados tem sido realizado
nas áreas de acolhimento,
hospedagem, alimentação,
documentação e inserção
social, espiritual e profissional e muitas igrejas estão se
mobilizando para atendê-los
em suas necessidades, inclusive hospedando alguns deles
como é o caso da Igreja Árabe de São Paulo, do Ministério Evangélico Árabe do Brasil e também a missão MAIS
de apoio à igreja sofredora,
no Espírito Santo. “Estamos
ajudando na coordenação
da inserção destes irmãos em
cidades como São Paulo, Foz
do Iguaçu e Rio de Janeiro”,
explicou Pr. Calixto.
A perspectiva é de que até
este mês de março cheguem
80 sírios em nosso Brasil.
Entre os esperados, um grupo
de sírios ortodoxos siríacos.
Para auxiliar no recebimento
deste grupo, o padre da Igreja
Ortodoxa Síria em Curitiba já
solicitou ajuda ao Pr. Calixto,
que afirmou: “Este tem sido
Refugiados recebidos em São Paulo
um momento desafiador e
o envolvimento amoroso de
todos é fundamental nesse
tempo de Deus”.
Uma grande oportunidade
de colocar em prática um
dos princípios da visão igreja
multiplicadora que é a compaixão e graça.
Outros campos missionários com etnias também estão
prosperando para a glória de
Deus. Em Assaí, PR, no trabalho liderado pelos missionários Alexandre Katayama
e Alecia Nomura junto aos
japoneses, houve o batismo
da adolescente Beatriz Yamamoto. Depois de ouvir
a mensagem sobre o amor
de Deus, ela afirmou: “Algo
mudou dentro de mim, convidei Jesus para tirar a raiva, o
nervosismo do meu coração
e perdoar meus pecados.
Hoje sou diferente e quero
servir ao Senhor ensinando
as crianças”. Segundo relato do missionário, a família
compareceu ao batismo e o
avô japonês, antes afirmando
não crer em Deus, mas sim
em Buda, tem observado o
testemunho de transformação
na vida da neta e procurado os missionários para que
orem por ele. “Sei que logo
veremos toda a família salva
em nome de Jesus”, declarou
Pr. Katayama.
Também no trabalho junto
à etnia cigana, liderado pelos
missionários Gilmar e Jádima
Barbosa, o tempo tem sido
de celebração. No penúltimo
domingo de fevereiro, o casal
cigano - Antenor e Odília foi
batizado. Na verdade este
foi o terceiro batismo já realizado pelos missionários da
Tenda Batista Cigana. A cerimônia foi dirigida pelo pastor
Arídio Barreto, voluntário de
Missões Nacionais e pastor
da PIB do Itaim Paulista igreja-mãe do projeto. Durante o batismo ele ressaltou
o privilégio de levar pessoas
às águas batismais, afirmando
que se pudesse escolher o
lugar onde morrer, escolheria
dentro de um batistério.
Segundo Gilmar, foi um momento muito emocionante. A
missionária Jádima, sua esposa, acrescentou: “Por mais
que tente relatar o momento
especial que vivemos neste
dia no campo missionário
cigano, não consigo expressar
as maravilhas que Deus nos
tem proporcionado”.
Os missionários agradecem o apoio das igrejas
Antenor entre Gilmar e Pr. Arídio
batistas de Itaquaquecetuba, na pessoa do irmão
Ademar Barros (ABAMEL),
e de todos que participaram
dessa celebração. “Queremos terminar agradecendo a
todas as pessoas que direta
e indiretamente tem trabalhado conosco para que isso
aconteça, ao nosso Deus em
primeiro lugar, aos nossos
queridos intercessores que
ficam a todo momento segurando as cordas através
da oração, aos nossos parceiros que nos sustentam
financeiramente nos dando
condições de trabalhar com
tranquilidade”, concluíram
os missionários.
Deus tem feito maravilhas
no campo missionário entre
as etnias no Brasil. E há lugar
para você nesta obra. Seja
você um voluntário nos campos, um intercessor na obra
missionária, mas também um
parceiro na ação missionária
com as etnias. Escolha qual
etnia quer apoiar e envie
e-mail para [email protected]
8
o jornal batista – domingo, 02/03/14
notícias do brasil batista
Pastor Roberto da Silva Carvalho
completa 40 anos de ministério
Fotos: João Marcos Lima.
Elildes Junio Macharete
Fonseca
Pastor da PIB no Bairro São
João (São Pedro da Aldeia/
RJ);
Presidente da Associação
Litorânea;
1º vice-presidente da
Convenção Fluminense
A
Primeira Igreja Batista em Cabo Frio,
RJ, no dia 8 de fevereiro de 2014,
celebrou ao Senhor pelos
40 anos de consagração ao
ministério do Pr. Roberto
da Silva Carvalho. Foi uma
noite emocionante!
O templo da Igreja estava
lotado, com a expressiva
presença da membresia,
familiares, pastores e líderes
denominacionais.
O Pr. Thiago Lima, pastor
adjunto da Igreja, dirigiu
o culto, que contou com a
participação de coros, solistas e equipe de cânticos.
A família do Pr. Roberto
teve participação direta
no culto. A mensagem,
inclusive, foi proclamada pelos filhos Rodrigo e
Diogo, pastores envolvidos
com a obra do Senhor,
desenvolvendo brilhantes
ministérios. O filho mais
novo, Victor, representou o pai na emocionante
dramatização do histórico
ministerial.
A Ordem dos Pastores
Batistas do Brasil – Seção
Fluminense homenageou o
Pr. Roberto, na pessoa do
presidente e do executivo,
pastores Hudson Galdino
da Silva e Jônatas Farizel,
respectivamente. A Junta
de Missões Nacionais também fez a sua homenagem,
reconhecendo a tônica mis-
Pr. Roberto e família
sionária nesses anos ministeriais.
Tive o privilégio de representar a Convenção Batista
Fluminense e a Associação
Batista Litorânea Fluminense, mas, sobretudo, meu
coração estava cheio de alegria por poder falar de um
amigo, um grande pastor,
que tem marcado a minha
família. Foi quem realizou o
meu noivado e casamento,
ensinando-me, com a vida
e com palavras, o valor da
família e a prioridade que o
pastor deve dar a ela.
Como é peculiar à PIB em
Cabo Frio, todos os presentes, muito bem recebidos,
participaram de uma recepção à altura da solenidade.
Roberto da Silva Carvalho, filho de Cid e Eli, nasceu em 28 de outubro de
1949. Concluiu o 2º Grau,
destacando-se como um dos
melhores alunos da turma,
nutrindo o desejo de cursar Engenharia. Mas Deus
tinha outros planos para a
sua vida.
Converteu-se em 1969, na
Igreja Batista em Miracema/
RJ, e, com apenas um ano
de batizado, sentiu-se voca-
Pr. Hudson homenageando o Pr. Roberto em nome da Ordem dos Pastores
cionado e foi encaminhado
para o Seminário Teológico
Batista Fluminense.
Concluiu o curso em 1973
e foi consagrado ao Ministério Pastoral no dia 6 de
fevereiro de 1974, a pedido
da Igreja Batista em Tombos
de Carangola/MG, seu primeiro ministério.
O Pr. Roberto também
pastoreou as seguintes igrejas: Vila Rosali (São João de
Meriti), Três Irmãos, Jaguarembé (distrito de Itaocara)
e Primeira em Conceição
de Macabú. Interinamente,
pastoreou a Terceira em São
Fidélis, Jardim do Senhor
(São Fidélis), Primeira em
Pureza, entre outras.
Desde 31 de agosto de
2001, é pastor da PIB em
Cabo Frio, desenvolvendo
um brilhante ministério. É
notório o crescimento da
igreja e a visão missionária
em franca expansão.
É casado com Rosangela
da Cunha Carvalho, desde
5 de maio de 1974. Desta
união, vieram os filhos Rodrigo (casado com Elisamara
e pai de Pedro e Davi), Diogo (casado com Daniele) e
Victor (casado com Letícia).
Pr. Thiago Lima, dirigente da celebração
Pr. Roberto é um homem
altamente qualificado, simples e acessível. Possui formação em Teologia, Filosofia e Direito.
N a de n om i n a ç ã o, t e m
deixado marcas de amor à
causa, servindo em diversas funções: presidente da
Juventude Batista da Zona
da Mata/MG; presidente
da Associação, da Junta
Executiva, da Ordem dos
Pastores, além de conselheiro da Juventude e da
União Masculina, todos no
campo Centro Fluminense;
presidente da Associação
Serramar; vice-presidente da
Associação Litorânea; diretor do campus avançado do
Seminário do Sul em Cabo
Frio; membro do Conselho Jurídico da Convenção
Fluminense; dentre outras.
Atualmente, é diretor do
Seminário Teológico Batista
da Região dos Lagos.
Pela vida, família e ministério do querido Pr. Roberto, glorificamos e honramos
o nome do Senhor.
Terceira Igreja Batista em São Mateus
celebra 25 anos de organização
Ministério de
Comunicações da TIB São
Mateus, ES
A
gradecemos a Deus
pelas celebrações
dos dias 08 e 09 de
fevereiro, alusivas
às comemorações dos 25
anos de organização da Terceira Igreja Batista em São
Mateus, ES. Foram momentos de reflexão, devoção e
visitação do Espírito Santo.
Esteve ministrando a Palavra o pastor Diego Juliano
Bravim, atual Diretor Executivo da Convenção Batista
do Estado do Espírito Santo,
que, com muita propriedade,
encorajou todos os presentes a vencerem os desafios
desta sociedade pós-moderna, comportando-se como
uma Igreja Relevante. Após
apresentar fatores marcantes
desta sociedade hodierna, o
pastor Diego Juliano Bravim
concluiu, com brilhantismo,
as ministrações ressaltando
a importância da construção diária de um profundo
relacionamento com Deus,
o desenvolvimento de uma
vida em santidade, e uma
caminhada marcada por uma
adoração contagiante.
A história da TIB São Mateus (como é conhecida pelos
seus membros), organizada
pela Primeira Igreja Batista
em São Mateus, iniciou no
dia 11 de fevereiro de 1989.
Naquela ocasião, com vinte
irmãos, dentre os quais três
permanecem conosco ainda
hoje, a saber, irmão Edson
Rocha, irmã Mex Sodré e
irmã Catarina Coelho. Após
o parecer favorável do Concílio, ato contínuo foi eleito
o seu primeiro pastor, o irmão Ademar Inácio da Silva,
que a liderou por dois anos,
sendo sucedido pelo pastor
Nemildes Guilherme, que
ficou à frente do rebanho por
19 anos ininterruptos.
Foi neste tempo que a Igreja avançou em sua estrutura,
adquirindo propriedades e
solidificando seu ministério.
Em 2011, mais precisamente 29 de outubro, tomou posse como pastor da TIB o irmão Adonias da Silva Júnior,
natural do Rio de Janeiro, o
qual, sob a direção do Espírito Santo, tem conduzido a
igreja a uma transição em sua
filosofia ministerial, o que resultou, em pouco tempo, em
um crescimento considerável
em sua membresia. Éramos
exatamente 91 membros há
dois anos, hoje reunimos um
pouco mais de 300 pessoas,
semanalmente, com a missão
de Exaltar o Senhor, Equipar
Pessoas para Evangelizar outras Pessoas.
A nossa gratidão a Deus,
o dono da TIB São Mateus,
aos pastores que lideraram a
Igreja, e a todos quanto estão
envolvidos com a visão e a
missão que o Espírito tem
plantado no coração de seu
rebanho.
Rumo aos 30 anos!
o jornal batista – domingo, 02/03/14
notícias do brasil batista
Crianças do orfanato vão à igreja
Bruno Cidadão
Min. de Comunicação da
PIB em Unaí, MG
I
magine a cena: um culto
de domingo a noite e em
pleno momento de louvor, dezenas de crianças
adentram ao templo para
ouvir a palavra de Deus e entoar louvores ao Seu Nome.
Uma surpresa sem ensaios
ou avisos.
É isso que tem acontecido,
sistematicamente, na Primeira Igreja Batista em Unaí,
MG, desde dezembro de
2013. As crianças do orfanato
Associação Mão Amiga estão
Crianças participam do culto na PIB Unaí
sendo levadas pelo menos
duas vezes ao mês à Igreja.
“Eu fiz a proposta de levá-los
à cantata de Natal que tivemos
[...] todos se dispuseram e a
gente conseguiu levar todos.
E então, eu nem sabia, elas [as
crianças] disseram ter gostado
muito da Igreja e falaram isso
para a psicóloga. Um tempo
depois, a psicóloga veio me
propor que a cada plantão que
9
eu tivesse, fosse levada parte
das crianças para a Igreja”, testemunhou Aparecida Santos,
empregada da Associação.
A Associação Mão Amiga
é uma associação sem fins
lucrativos que acolhe crianças e adolescentes de todo o
município de Unaí, que com
problemas sociais, algumas
vítimas de maus-tratos pelos
pais, ou abandonados em situação de vulnerabilidade social.
Aparecida Santos é uma
das irmãs mais antigas da
Igreja, tem três filhos e além
do seu trabalho no orfanato,
desenvolve um trabalho na
Escola Bíblica Dominical
com os adolescentes da Igreja. Atualmente, a PIB Unaí é
presidida pelo pastor Elias da
Silva Barbosa. Recentemente
a Igreja fez uma doação de
vários kits de higiene e cuidados pessoais para as crianças,
fruto de doação dos irmãos
da PIB Unaí.
É com experiências assim
que a Igreja do Senhor Jesus
Cristo vai cumprindo o que
foi determinado e escrito
em Tiago 1.27: “a religião
pura e imaculada para com
Deus e Pai, é esta: Visitar os
órfãos e as viúvas nas suas
tribulações, e guardar-se da
corrupção do mundo”.
para o fim colimado. Feitas
as remodelações necessárias,
fez-se público o local para
os cultos evangélicos. Tocou a mim trazer a primeira
pregação no novo prédio.
...começando o serviço ali,
continuamos a fazer as visitas
às pessoas destacada e da elite da cidade. Samuel pouco
trabalhou ali, mas esse pouco
chegou para consolidar o
trabalho evangélico.
Eu fiquei pregando mais de
um mês ou dois... Assim fui
eu pregar no Porto de Cima
e ia até o lugar denominado
“Esperança”, onde preguei
alguns meses, indo à tarde e
voltando das onze horas da
noite em diante, a pé (uma
distancia de 6 km). De Porto
de Cima tivemos uns bons
frutos. Eu, como resolvi não
mais visitar Porto de Cima,
continuei a ajudar no trabalho e a pregar, esforçando-me para mostrar as virtudes
salvadoras do Evangelho,
fazendo também visitas aos
conhecidos e às pessoas
destacadas da sociedade
Morretense. Visitei muito o
probo e benquisto professor
Lindolfo Pombo com quem
trocávamos ideias sobre
pontos religiosos e relativos
ao ensino. Um dia ele muito
satisfeito com minha palestra, ofertou-me um livro de
sua lavra intitulado ‘O Brasil
Nas Escolas’, com a seguinte dedicatória: ‘Ao distinto
propagandista do evangelho
José das Dores Camargo,
como prova de sincera ami-
zade oferece o autor. Morretes, 30/06/1908’”.
José das Dores Camargo
encerra aqui o seu relato
sobre o trabalho evangélico
que realizou no município
de Morretes. Daqui até a data
da organização da Primeira
Igreja Batista de Morretes
em 24/09/1922, o que existe são poucas informações
orais transmitidas por antigos
membros da Igreja.
Afirmavam eles que algumas famílias de crentes residentes na localidade chamada Figueira de Braço, entre
Morretes e Antonina, mantinham ali uma congregação
evangélica. Eram filiados a
igreja de Antonina e Paranaguá. Alguns anos depois
transferiram a congregação
para a cidade de Morretes
na Rua dos Mineiros, nº
83, onde foi organizada em
igreja aos 24 de setembro
de 1922 com 19 membros,
sendo hoje a Primeira Igreja
Batista de Morretes. Por onde
passou pastores com nome
de grande relevância na pregação do evangelho, como
A. B. Deter, o primeiro pastor
da igreja, Manoel Virgino de
Souza, e outros.
PIB de Morretes completa 91 anos
Mauri Jose Solino Teixeira
Pastor Titular da PIB
Morretes, Paraná
T
ivemos nos dias 28 e
29 de setembro passado, as festividades
da comemoração de
aniversario da Primeira Igreja
Batista de Morretes.
Morretes é uma cidade turística do Paraná com muita
história da colonização, por
ser um caminho da rota dos
colonos no tempo do império. É também conhecida
como a terra de Rocha Pombo, que nascido em Morretes,
foi considerado um expoente
da literatura paranaense, com
muito mais atividades que
despontou no país.
A data real do aniversario
da igreja é dia 24 de setembro. Tivemos uma programação extensa durante dois
dias, com apresentação da
dupla Oseias e Adriam no
sábado, que entoaram louvores ao nosso Deus, o coral
da Igreja local e muitas outras atividades, terminando
com a pregação da Palavra
de Deus pelo pastor Güildo
Rodriguez Batalla, pastor da
SIB de Morretes.
No domingo tivemos também uma programação extensa com solos, participação
da mocidade da Igreja local e
muito mais, finalizando com
a pregação da Palavra pelo
pastor Claudinei Pires, coordenador da Associação dos
Batistas no Litoral do Paraná.
Somos gratos a Deus pelos
91 anos de existência desta
Igreja aqui na cidade, pois
consta da história que os
batistas foram os primeiros
evangélicos a desbravar esta
região. Portanto, somos considerados pelos evangélicos
daqui a igreja mãe de todos
os evangélicos da cidade.
No início ainda não existia
nenhum evangélico aqui.
Todos que vinham de mudança para a cidade, ficavam
congregando na igreja batista
até que conseguissem esta-
belecer o seu grupo. Assim mente 15 km, para aqui sim,
nasceu o trabalho evangélico esperar o trem que vinha de
Curitiba para Paranaguá.
na cidade.
Assim, por motivo dessas
esperas em Morretes, acaRegistro histórico do
bou fazendo amizades com
início do trabalho batista
pessoas influentes da cidana cidade de Morretes
de, dentre estas pessoas; o
e organização da PIB
senhor Manoel Pereira, um
O Pr. Samuel Antônio Pires exportador de erva-mate e
de Melo, chegando a Para- dono de engenho. A pedido
naguá em 7 de setembro de do sr. Manoel é marcado um
1902, inicia logo uma série culto em sua casa. Em seu
de pregações evangelísti- opúsculo (Samuel Antônio
cas. Como resultado desse Pires de Melo e o seu trabatrabalho, no início de 1903 lho evangélico no Paraná –
batiza nas águas da praia da cinquentenário 1902-1952,
Costeira, mais de 50 pessoas pgs. 26-28) José das Dores
Camargo registra assim este
convertidas a Cristo.
Dentre estes estavam os acontecimento ocorrido no
jovens José das Dores Ca- início do ano de 1908: “Asmargo, Evaristo Nascimento sim preparamo-nos e viemos
e Cândido Lopes de Araújo. no dia marcado e na hora cerO Pr. Samuel Pires de Melo ta para a primeira pregação
resolve preparar equipes de do Santo Evangelho de Nosso
evangelismo visando à pre- Senhor Jesus Cristo, na terra
gação do evangelho nas co- de Rocha Pombo (Morretes).
lônias vizinhas, vilas e muni- Como não podia deixar de
cípios do litoral paranaense. ser, a casa tornou-se pequena
Com o apoio destes irmãos para agasalhar os convidaque se dispõem a trabalhar dos e o povo compareceu
para auxiliar na expansão em massa. Finda essa condo evangelho na região; fo- ferência o povo pediu ao Pr.
ram implantados trabalhos Samuel Pires de Melo, que
evangelísticos na localidade voltasse, e ele o fez. Avisou
de Cedro, Antonina, Guara- que como a casa era pequena
queçaba, Itaqui, Tagaçaba, e para abrigar a assistência, ia
ainda, o Pr. Samuel Pires de procurar uma que pudesse
Melo visita a vila de Morretes. com satisfação recolher os
Muitas vezes, das viagens que comparecessem às reuque o pastor e sua equipe de niões.
E breve foi achado um
evangelismo faziam de trem
de Paranaguá para Antonina, grande armazém nos fundos
precisavam voltar a pé de da atual farmácia Eurico, de
Antonina até Morretes, uma propriedade do sírio Pedro
distância de aproximada- Matar, ponto esse excelente
Colaboração do resgate da
história: Pr. Jarede Lopes de
Araújo. Hoje pastor aposentado, tendo pastoreado esta
igreja por 20 anos em dois
períodos. Hoje é membro
ativo na companhia da sua
esposa Marlete Brasil Araújo,
que juntos fizeram história.
10
o jornal batista – domingo, 02/03/14
notícias do brasil batista
Dia Nacional
do Conselheiro
de Embaixador
do Rei
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
"O ladrão não vem senão a
roubar, a matar, e a destruir; eu
vim para que tenham vida, e a
tenham com abundância"
© Revistas COQUETEL
Cantor gospel que,
Letra que Sérgio
Britto, em 2013, lançou o CD
equivale
ator
ao alfa
"Sejam cheios do
grego brasileiro
Espírito Santo"
Puro;
imaculado (fig.)
Amigo de
Davi
(I Sm 18:3)
Ainda;
também
Interjeição
comum
no falar
gaúcho
Denunciou a
Saul a
ajuda que
Aimeleque
deu a
Davi
(I Sm 22:
9-10)
Pai de Lia
e Raquel
e sogro
de Jacó
Trajetória
do planeta
em torno
do Sol
Abreviatura do livro
de Oseias
Filho de Inglesa
Semaías e irmão de
Otni, Obede e
Elzabade (I Cr 26:7)
Causa
forte desconforto
O que
Simão
Pedro
tentou
fazer, sem
sucesso
(Jo 21:3)
O baixinho que
subiu em
uma árvore para
ver Jesus
Última
(?): nela
Jesus
anunciou O policial,
que seria na gíria
dos EUA
traído
(?) de
Paulo: foi
manifestado por
sinais e
prodígios
(II Co
12:12)
Esposo de
Safira
Da cor do
ouro
Rapaz, em
inglês
Combate
A prova
típica de
cursos de
idiomas
Partícula
negativa
do átomo
(símbolo)
Formato
de conexões hidráulicas
Primitivo;
tosco
Irmão de
Maria e
Marta
(Jo 11:1)
Região
turística
na cidade
litorânea
Poema
lírico
Caloria
(abrev.)
Rumavas;
seguias
Saudação
telefônica
Cloreto de
sódio
"Ver para
(?)", a
atitude de
Tomé
500, em
algarismos
romanos
Solução
Nas baNcas
e livrarias
+ de 400
aFie seU
peNsameNto
Jogos
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BANCO
Alimento
matinal
Chá, em
inglês
Unidade
astronômica
(símbolo)
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A P O S T
O
dia 15 de fevereiro ficará para
sempre guardado nos corações
dos Conselheiros do DAER
Litoral Paulista onde as Embaixadas das IB de Areia
Branca, IB Cidade Ocian,
PIB de Praia Grande, PIB
Itapema – Guarujá e PIB
de Santos, juntas somando
vinte e dois Conselheiros se
reuniram para deliberações
sobre o CICER (onde serão
formados mais 12 novos
Conselheiros de Embaixadores do Rei) na segunda
quinzena de março na PIB
Santos. E o 2º Acampamento
de Embaixadores do Rei do
Litoral Paulista que acontecerá em abril na Colônia
Veneza em Peruíbe.
A UMHBALP (União Missionária de Homens Batistas
da Associação do Litoral
Paulista) que este ano comemora seu Jubileu de Coral por 35 anos de serviço
ao Nosso Soberano Deus
com alegria, através de seu
presidente, o Dr. Reynaldo
Corrales Filho, deu a cada
Conselheiro uma medalha
alusiva ao Jubileu em gratidão ao serviço e dedicação
que cada um desempenha
em sua Embaixada no seu
dia a dia.
Após este período deliberativo e de homenagens
houve um culto em gratidão
a Deus pelo Dia Nacional do
Conselheiro de Embaixador
do Rei. Com o tema “Tenho
vivido como um verdadeiro
Conselheiro de Embaixador
do Rei?” e a divisa: “Abstende-vos de toda a aparência
do mal” (I Tessalonicenses
5.22). O Conselheiro Fabiano Roberto Arce, da PIB de
Santos, levou uma excelente
dinâmica com a participação
de todos e uma palavra de
conscientização e de motivação a cada Conselheiro ali
presente no templo da IB de
Areia Branca em Santos.
O Coordenador do DAER
Litoral Paulista CER Adriano
Souza agradeceu a presença
de todos e homenageou o Pr.
Dr. Ilson Caetano Ferreira,
patrono da Embaixada da IB
de Areia Branca pelo apoio
irrestrito a Organização Embaixadores do Rei.
3/cop — lad — tea. 5/labão. 6/doegue — pescar — rafael. 7/ananias. 10/apostolado.
Dr. Reynaldo Corrales Filho
Presidente UMHBALP
De São Vicente, SP
7
o jornal batista – domingo, 02/03/14
missões mundiais
Crescimento do trabalho
missionário em Moçambique
Igreja em Maputo é liderada pelo casal Edvaldo e Adriana Marcolino, da JMM
Pr. Edivaldo Marcolino
Missionário em Maputo,
Moçambique
C
omo é bom saber
que os planos de
Deus são maiores
do que os nossos! A
cada dia entrego minha vida,
meus pensamentos e meus
sonhos a ele.
Estamos muito animados
com o início deste ano aqui
em Moçambique. Em nossa
igreja, estamos revitalizando
a Escola Bíblica Dominical,
fazendo novos planos e trazendo novas estratégias para
atrair os membros. Graças a
Deus, pois está dando tudo
certo. Todas as classes estão
cooperando, os professores
estão animados e se preparando ao máximo.
A classe de senhoras está
cheia, com 46 mulheres. A
classe dos jovens também
está animada, com quase 50
pessoas. Os homens estão firmes, e os adolescentes, como
sempre, lançando desafios
para o domingo seguinte. Na
classe das crianças, são quase
duzentas! Louvado seja Deus
por tudo aquilo que ele está
fazendo na vida de cada um
dos irmãos de nossa igreja.
Em nossa escola comunitária, a animação é geral.
Iniciamos o ano reformando
e decorando as salas de aula.
Fizemos treinamento com
11
Missionários desejam construir uma escola comunitária em alvenaria
os professores, e as crianças
chegaram com muita expectativa para o ano letivo.
Nossa escola existe há 16
anos, e as salas são feitas com
caniço, um material que se
parece com bambu. Mesmo
com sua estrutura simples, a
escola tem abençoado a vida
de 450 crianças por ano.
A escola tem dois principais objetivos: o primeiro é
apresentar Jesus como Salvador a todas as crianças e familiares, e o segundo é oferecer
um ensino qualificado. Com
isso, todas as crianças têm o
privilégio de conhecer Jesus
na escola, e muitas delas tomam sua decisão por Cristo
na sala de aula.
Há muito tempo temos orado para Deus nos abençoar
na construção de uma escola
de alvenaria. Já temos o projeto por escrito, e a planta de
construção já está feita. Com
a graça de Deus, recebemos
uma doação para construir
uma sala de aula, e nossa oração é para que, ainda neste
ano, possamos construir toda
a nossa tão sonhada escola.
Contamos com a sua oração
nesse sentido.
O projeto Som do Céu
tem sido outra bênção.
Cerca de 400 jovens têm
participado das reuniões
onde eles cantam e ouvem
a respeito de Jesus! Muitos deles têm se prostrado
diante de Deus, entregando
suas vidas, e a maioria faz
discipulado.
Peço que você ore agradecendo a Deus pelo cuidado
comigo e minha família, pelo
fortalecimento dos irmãos
na Escola Bíblica Dominical e pelos recursos para a
construção da escola comunitária. Interceda também
pelo projeto Som do Céu,
para que mais jovens sejam
alcançados.
Agradecemos a Deus pela
vida de cada irmão que tem
participado conosco nessa
obra através das orações e
contribuições. Que Deus
continue abençoando a vida
de cada um.
A missão de ganhar a Ásia para Cristo
Lian e Ana Godoi
Missionários da JMM no
Sudeste da Ásia
V
ocê tem uma missão? Claro, todos
que estão dentro do
Reino de Deus têm
uma missão. Mas qual é essa
missão? Existem pelo menos
duas maneiras de respondermos esta pergunta, e as
respostas se complementam.
Primeiramente cada um
tem sua própria missão baseada em sua vocação, nos
seus dons e talentos, na sua
própria história e oportunidades, nos recursos que possui,
no local onde está. Ou seja,
nós somos únicos. Mas nossa
missão é também, sobretudo,
a missão de Deus. Melhor
dizendo, a missão de Deus é
a nossa missão. Todos devemos construir o Reino dele,
o projeto dele, o sonho dele.
Isso tudo do jeito dele.
Há quase oito anos recebi
uma missão específica de ir
para o Sudeste da Ásia e abrir
o campo para dezenas, quem
sabe centenas, de trabalhadores que seguiriam para lá. Eu
era o primeiro, mas precisava
me preocupar com os que viriam depois de mim. Hoje já
temos uns 30 trabalhadores
brasileiros enviados por Missões Mundiais e cerca de 50
trabalhadores da terra sendo
de alguma forma sustentados
ou apoiados pelos batistas
brasileiros.
Trabalhamos provendo
água àqueles que não têm
acesso a este bem natural
essencial à nossa sobrevivência, e no caminho falamos
e demonstramos o amor do
Pai. Cuidamos da autoestima
das mulheres muçulmanas,
levando o evangelho através
da beleza. Hoje já temos
mais de uma dezena de mulheres convertidas a Cristo.
Estamos em orfanatos, centros de reabilitação, escolas,
etc. Temos dentistas, fisioterapeutas, músicos terapeutas,
enfermeiros e, em breve, médicos. São pessoas que com
suas profissões têm enriquecido o processo missionário.
São contadores, professores,
advogados, fotógrafos, empresários… Trabalhamos com
futebol também, é claro!
Enviamos 500 mil bíblias, e
no processo treinamos milhares de líderes. Mobilizamos
igrejas para enviarem seus
trabalhadores da terra às minorias aqui do Sudeste da
Ásia e, somente no ano passado, plantamos três igrejas
entre os povos não alcançados. Ajudamos na formação
de algumas organizações
locais de envio e treinamento de trabalhadores da terra.
Também participamos de um
esforço comum entre outras
agências estrangeiras que,
assim como a nossa, estão
por aqui para descobrir quem
são e onde estão as minorias
não alcançadas. Queremos
enviar trabalhadores da terra
até esses povos.
Em meio a tudo isso, enfrentamos uma grande variedade de desafios. Aprender a
língua local ainda tem sido o
maior deles, mesmo para os
mais capacitados. Muitos de
nossos parceiros locais sofreram algum tipo de hostilidade, e alguns chegaram a ser
presos na tentativa de compartilhar o amor de Cristo.
Num contexto de restrição
ao evangelho e ao trabalho
missionário, fica difícil termos uma identidade; não podemos dizer o que somos e o
que fazemos. Para completar,
nossos amigos e familiares
estão todos bem distantes
de nós, nos deixando muitas
vezes com a sensação de que
algo importante está faltando.
Mas o Pai tem sido nosso sustentador e tem nos ajudado
a vencer e suportar todos os
desafios.
O cuidado de Deus não retira nosso esforço, tampouco
nossa luta. Será difícil! Mas
quando damos, recebemos
muito mais. Damos nossa
vida, e recebemos a vida de
muitos. Entregamos nossas
capacitações, dons, talentos,
tempo, esforço, força, e no
final, quando vemos os resultados temos a certeza de que
não teríamos como produzir
tudo isso sem ele. Temos a
certeza de que o que demos
não seria suficiente e que a
única explicação é que o Pai
estava junto com a gente em
todo o tempo.
Temos vencido, mas temos
sofrido. E quando o sofrimento vem, o que nos mantém firmes são as orações.
Precisamos que você dobre
os joelhos por nós, pois só
assim faremos mais e faremos melhor para o Reino.
Precisamos que ore para que
a fé nos mantenha na direção
certa, que a coragem não nos
abandone e que a alegria do
Senhor seja a nossa força;
que a sabedoria dele seja a
fonte de nossas decisões e
a ousadia acompanhe a boa
interpretação cultural.
Orar é preciso para que a
urgência seja acompanhada da excelência e o Reino
de Deus seja entendido e
estendido em todas as suas
dimensões, impactando o
todo de nossa vida e da vida
das pessoas que são alvo da
nossa missão.
12
o jornal batista – domingo, 02/03/14
Mulheres Virtuosas:
as Diaconisas na Igreja
Maria Nery
Membro da PIB de Niterói,
RJ
A
notícias do brasil batista
s diaconisas são
mulheres consagradas que servem
a Deus, a Jesus
Cristo e a Igreja; participam
das atividades da Igreja junto ao Ministério Pastoral
com muita dedicação.
O diaconato é uma instituição de muitos anos, encontramos na Bíblia Sagrada
o inicio deste trabalho tão
abençoado. Em Atos 6.1 a
7 – a instituição dos diáconos em I Timóteo 3.1 a13
os deveres dos diáconos.
No capítulo 3 e versículo
13 verificamos o privilégio de ser diácono: porque
os que servem bem como
diácono adquirem para si
uma boa posição e muita
confiança na fé que há em
Jesus Cristo.
O diaconato existe em
várias igrejas batistas no
Brasil e em vários países.
Em cada Igreja tem um diácono presidente, como
também a nível estadual e
nacional. A Associação dos
Diáconos Batistas do Brasil
atualmente é presidida pelo
diácono irmão José Otávio
dos Santos. Ele também é
Presidente da Associação
dos Diáconos Batistas Niteroienses, é um servo do Senhor muito dedicado como
toda família.
O diaconato nas Igrejas
era uma instituição com a
participação só de homens,
mas com o decorrer do tempo, as mulheres também
tiveram este privilégio de
participarem do diaconato
e foram apresentadas como
diaconisas. Além de participarem das atividades da
Igreja, elas também participam da distribuição da ceia
do Senhor aos irmãos em
Cristo e colaboram também
com outras atividades da
Igreja: EBD, MCA, Serviço
Social, visitas em hospitais
e lares, são conselheiras e
palestrantes da Palavra de
Deus.
O Brasil, no mês de outubro de 2012, foi prestigiado
com o 1º Congresso dos Diáconos Latino-Americanos.
O Evento foi realizado na
1ª Igreja Batista de Niterói,
Estado do Rio de Janeiro, e
contou com a participação
dos diáconos e diaconisas
de todos os Estados do Brasil e dos países das Américas. Foi uma benção!
Algumas Igrejas são pres-
tigiadas pelo coro de diáconos, onde diáconos e
diaconisas participam.
As diaconisas de todo Brasil recebem esta homenagem pela sua vitória como
diaconisas participando da
Associação dos Diáconos
Batistas do Brasil. E para
representá–las escolhi algumas diaconisas: Cléa Digna
Oliveira da Matta – Presidente do Diaconato da
IB do Fonseca – Niterói;
Missionária Helga Kepler
Fanini – Presidente do Diaconato da IB Memorial em
Niterói; Professora Maria
Lucia Nolasco de Abreu
– Diaconisa da 1ª IB de
Niterói; Drª Alice Neves
Oliveira – Diaconisa da
1ª IB do Rio de Janeiro; e
Drª Helenice Morett Silva
Romano – Diaconisa da 1ª
IB de Niterói.
Srª Cléa Digna Oliveira
da Matta é a Presidente do
Diaconato da Igreja Batista
do Fonseca em Niterói, do
Pastor Sócrates Oliveira de
Souza.
Cléa é esposa do diácono
Sr. Jadiel José da Matta, um
homem muito consagrado
que presta relevantes serviços a Igreja Batista do
Fonseca. Cléa é mãe do
Pastor Jadison da Matta e
do Diácono Lucas da Matta.
Uma família muito feliz
e abençoada. Cléa, com 12
anos de idade, se batizou
na Igreja Batista de Vista
Alegre, em Saquarema, Estado do Rio de Janeiro, e
depois se tornou membro
da IB do Fonseca – Niterói
e permanece nesta Igreja
por 52 anos. Cléa, além de
diaconisa, ocupou vários
cargos de destaque: Presidente da União de Adulto,
diretora de Missões (PIB
do Fonseca), professora da
EBD e atualmente exerce
a função de dirigente do
CAV (Conselho de Aconselhamento de Voluntários),
é diaconisa por 18 anos,
muito dedicada e ocupa
o lugar de prestígio como
Presidente do Diaconato
da IB do Fonseca – Niterói.
Cléa tinha um grande desejo que um dos seus filhos
fosse Pastor e o seu filho
Jadison da Motta deu a ela
este presente. Ele é Pastor
da Igreja Batista Viana, na
Zona Sul de São José do Rio
Preto, em São Paulo.
Cléa é uma líder batista e
diaconisa muito admirada
pelos seus serviços prestados a IB do Fonseca, na
música é corista e solista do
coral Bach (Regente Profª
Marly de Mattos Silveira).
Cléa é muito simpática e
alegre, sua consagração é
de servir a Deus e a Jesus
Cristo e a Igreja.
Missionária Helga Kepler Fanini é presidente do
Diaconato da Igreja Batista
Memorial, em Niterói, do
Pastor Fábio Tinoco Vieira.
Helga foi casada com o
inesquecível Pastor Nilson
do Amaral Fanini (in memoriam), que foi Presidente
da Aliança Batista Mundial,
por mais de 50 anos. Helga
é mãe de Otto, Roberto e
Margareth. Todos servem
ao Deus Eterno.
Helga, além de diaconisa, ocupa também o cargo
de Presidente da MCA e
participa da música como
organista e pianista da Igreja Batista Memorial, em
Niterói.
Na música, iniciou sua
carreira no Rio Grande do
Sul, na cidade de Panambi,
onde nasceu. Sua família
tradicional evangélica batista frequentava a Igreja
Batista Emanuel (Convenção Batista Pioneira).
Aos 12 anos, Helga participou da orquestra da Igreja
tocando violino, era a mascote entre os componentes
da orquestra, e também
aprendeu a tocar acordeom
e gaita de boca e dava recitais de música na Igreja.
Com o decorrer do tempo,
estudou piano e órgão e fez
vários cursos de aperfeiçoamento em música sacra,
clássica e evangélica no
Brasil e Estados Unidos. Sua
dedicação musical junto às
Igrejas vai mais de 60 anos.
Helga, além de diaconisa,
exerceu muitos cargos de
destaque, apenas vou citar
alguns: Presidente da UFMBB por várias vezes, representando a mulher Batista
Brasileira em vários países;
Na UFBAL (União Feminina
Batista da América Latina)
ocupou o cargo de Vice-Presidente e Secretária;
Presidente da Sociedade Feminina Missionária da PIB
de Niterói. Foram 39 anos
consecutivos de muita dedicação, onde, nesse período,
fundou o Chá Evangelístico,
que até hoje é uma benção.
Atualmente, ocupa o cargo de Presidente do Diaconato e da MCA e participa
da música da IB Memorial
em Niterói. Ocupa também
um lugar de destaque na TV
Brasil, no programa Reencontro, primeiro programa
evangélico da televisão brasileira, como entrevistadora
e mensageira da palavra
de Deus. Este programa foi
fundado pelo seu esposo,
Pr. Fanini, e, no ano de
2013, completou 46 anos
de glória.
Helga é mulher muito
consagrada e admirada pelos seus serviços prestados
à Igreja e à denominação
batista.
A Deus toda honra e toda
glória pela sua vida tão
abençoada.
Professora Maria Lúcia
Nolasco de Abreu é diaconisa por mais de 14 anos
da PIB de Niterói do Pastor
José Laurindo Filho.
Maria Lúcia é esposa do
inesquecível diácono Dr.
Eli Francione de Abreu (in
memoriam), um servo do
Senhor que por muitos anos
prestou relevantes serviços à
denominação batista, à PIB
de Niterói como exímio di-
ácono e vice-presidente por
muitos anos e outros cargos.
Maria Lúcia é mãe do Dr.
Paulo Roberto, Prof ª Luceli
e Drª Márcia. Uma família
feliz, todos servem a Deus.
A PIB de Niterói é muito significativa na vida de Lúcia,
aos 12 anos de idade ela foi
batizada pelo inesquecível
Pr. Manoel Avelino de Souza e permanece nesta Igreja
por longos anos e sempre
muito dedicada.
Participa do diaconato
onde o presidente é o diácono Sr. Epitácio Cordeiro
da Silva, muito dedicado à
Igreja. Lúcia ocupou muitos
cargos de destaque, vou citar alguns: Vice–Presidente
e Presidente da Sociedade
Feminina Missionária Batista
da PIB de Niterói, atualmente MCA; Vice-Presidente
da UFMB Fluminense; Professora da EBD por muitos
anos; Diretora de Missões
por 25 anos com muita galhardia e organizou a Feira de Missões Nacionais e
Mundiais da PIB de Niterói,
professora do Seminário
Teológico Batista de Niterói
e, atualmente, é diaconisa.
Lúcia é muito estimada,
sua presença na Igreja é
sempre motivo de alegria
e está sempre promovendo
reuniões festivas para unir
as irmãs em Cristo.
Lúcia é professora formada pela Faculdade de Letras
Neo Latina, pedagoga e
orientadora educacional e
religiosa. É palestrante e
suas mensagens são muito
sábias exaltando o poder
de Deus.
A Deus damos glória por
sua vida tão consagrada.
A PIB de Niterói é o seu
segundo lar, onde ela é
muito dedicada, sempre
participando dos trabalhos
abençoados da Igreja para
honra e glória do nosso
Deus.
Drª Alice Nunes Oliveira
é diaconisa por mais de 10
anos da Primeira Igreja Ba-
o jornal batista – domingo, 02/03/14
notícias do brasil batista
tista do Rio de Janeiro, do
Pastor João Soares Fonseca.
Alice é esposa do diácono
Dr. Celso Oliveira (in memoriam), um servo do Senhor muito consagrado que
prestou relevantes serviços à
PIB do Rio de Janeiro e à denominação batista brasileira.
Alice é mãe de Eduardo e
Priscila, uma família abençoada.
A PIB do Rio de Janeiro é
muito significativa na vida
de Alice, desde os seus 12
anos de idade, onde ela permanece por longos anos
com muita dedicação, participou do Ministério do inesquecível Pr. João Filson Soren e o Pr. Fausto Aguiar de
Vasconcellos e, atualmente,
Pr. João Soares da Fonseca.
Alice é de família evangélica, desde sua infância
frequentava a Igreja Batista
de Macaé – Estado do Rio
de Janeiro, cidade onde
nasceu. Depois, ainda adolescente, foi para a PIB do
Rio de Janeiro.
Ainda jovem fez o curso
na Escola de Obreiras do RJ.
Esta escola, com o decorrer
do tempo, passou ser o IBER
e, atualmente, CIEM. Alice
ocupou muitos cargos de
destaque, vou apenas citar alguns: Vice-Presidente
da PIB do Rio de Janeiro,
no Ministério do Pr. Fausto A. Vasconcellos, cargo
este que poucas mulheres
exercem; ainda adolescente ocupou vários cargos na
Sociedade de Moças; após
o seu casamento com o Dr.
Celso, ocupou o cargo de
Presidente da Sociedade de
Senhoras; a Sociedade de
Senhoras do Brasil foi organizada pelas abençoadas
missionárias americanas e
depois passou a ser dirigida
por mulheres brasileiras.
Alice foi a primeira mulher
brasileira a ser presidente na
PIB do Rio. Ocupou outros
cargos de destaque. Como
palestrante, suas mensagens
são sábias, enriquecidas pelos ensinamentos bíblicos,
demonstrando ser uma grande pregadora do Evangelho.
Drª Alice é advogada especializada em direito internacional privado, prestou relevantes serviços no Brasil e
em alguns países. Atualmente
é diaconisa muito dedicada,
pertence ao diaconato da
PIB do Rio de Janeiro, onde
o presidente do diaconato é
o diácono Sr. Lincol Amazo-
nas Antunes Oliveira, muito
dedicado à Igreja.
A Deus damos Glória por
sua vida tão preciosa.
Drª Helenice Morett Silva
Romano é diaconisa por
mais de 15 anos da PIB de
Niterói, do Pr. José Laurindo
Filho. Foi esposa do inesquecível Dr. Humberto Vilarinho Romano (in memoriam), um servo do Senhor
ímpar que por muitos anos
prestou relevantes serviços
à PIB de Niterói, um destes
como excelente diácono.
Drª Helenice é mãe de
Hellen (Esposa do Pr. Aldair
Antunes de Souza) e Diva
(Esposa do Pr. Esdras Aguiar
Leão) uma família feliz.
Drª Helenice se batizou
aos 13 anos na Igreja Batista
de Tábua, Município de São
Fidélis – Estado do Rio de
Janeiro, pelo saudoso Pr.
Salvador Borges.
Drª Helenice ganhou de
Deus uma grande benção.
Seus pais e seus irmãos se
converteram e ela pode dizer: “Eu e a minha casa servimos ao Senhor” e, de geração em geração, toda sua
família serve ao Deus Eterno.
Na Igreja Batista do Fonseca se casou com Dr. Humberto e foram felizes por 49
anos e, com o decorrer do
tempo, se transferiram para
a PIB de Niterói.
Por longos anos a Drª
Helenice dirigiu um ponto
de pregação em sua residência. Depois, pelo grande número de pessoas, a
Drª alugou um salão onde
muitas vidas conheceram
a Cristo como Salvador e
muitas pessoas foram curadas por Deus através de
seus servos ali.
Drª Helenice pertence ao
diaconato da PIB de Niterói
onde o presidente é o diácono Sr. Epitácio Cordeiro
da Silva, muito dedicado a
Igreja.
13
Drª Helenice é uma líder
batista que ocupou muitos
cargos de destaque, apena vou
citar alguns: Presidente da Associação dos Diáconos Batistas
do Brasil - seção Niteroiense;
Visitou muitas Igrejas Batistas incentivando o trabalho e
a importância do diaconato
junto às Igrejas; Presidente da
União Feminina Missionária
Batista da PIB de Niterói; VicePresidente da UFMB Fluminense; Membro do Conselho
do Seminário Teológico Batista
de Niterói; Membro do Conselho Administrativo do CIEM;
Professora da EBD por muitos
anos, pregadora e palestrante
do Evangelho.
O lema de Drª Helenice é
“viver para servir”. Sempre
muito dedicada na evangelização.
Drª Helenice é professora
e atuou por muitos anos na
área de Educação, fundou e
dirigiu o Educandário Morett em Fonseca – Niterói/
RJ. É também advogada e
defensora pública, prestou
relevantes serviços à Justiça
do Estado do Rio de Janeiro.
A Deus damos Glória pela
sua dedicação a Deus, a Jesus
Cristo e a Igreja, especialmente a denominação batista.
UMHBB faz homenagem honrosa de júbilo ao
diretor-executivo dos Homens Batistas Cariocas
Joab Seabra da Silva
Relator da comissão de
finanças e orçamento da
UMHBB
U
nião Missionária
de Homens Batistas
do Brasil durante a
sua 35ª Assembleia
Anual, concedeu um título
emérito de conselheiro e membro da diretoria ao irmão Gilvan Soares de Lacerda, membro da PIB de Andaraí, no Rio
de Janeiro, RJ, pelos serviços
prestados a essa organização.
Dizeres contidos na placa: “Essa assembleia e o
conselheiro de planejamento e coordenadoria, com
a diretoria dessa união,
realizada na cidade de João
Pessoa, PB, concede o título emérito de conselheiro
e membro da diretoria da
União Missionária de Homens Batistas do Brasil por
sua dedicação, disponibilidade e amor para com esta
organização, que hoje se
traduz nessa justa homenagem e sinceros agradeci-
mentos ao amado irmão, e
que Deus continue sendo
glorificado em sua vida”.
João Pessoa, 23 de janeiro
de 2014. Dailson Oliveira
dos Santos - Presidente da
UMHBB.
O irmão Joab Seabra da
Silva, relator da comissão
de finanças e orçamento
fez em nome da UMHBB
a homenagem e ao final o
irmão Valter Pereira da Silva
ora ao Senhor agradecendo
a Deus pela vida do irmão
Gilvan.
UMHBB faz homenagem
14
o jornal batista – domingo, 02/03/14
Josué Mello Salgado
Pastor batista e doutor em
teologia
“Quem guiou o Espírito do
Senhor, ou como Seu conselheiro o ensinou?” (Isaías
40.13).
“Porque, quem compreendeu a mente do Senhor? Ou
quem foi seu conselheiro?
Quem primeiro lhe deu alguma coisa, para que Ele lhe
recompense? Porque dEle
e por Ele, e, para Ele, são
todas as coisas; glória, pois,
a Ele eternamente. Amém”
(Romanos 11.36).
“Assim diz o Senhor: “Eu
Sou o Senhor; este é o Meu
nome; a Minha glória, pois,
a outrem não darei” (Isaías
42.8).
D
iz a Escritura Sagrada que “Foi
Ele que designou
alguns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres” (Efésios 4.11). Em Mateus 9.36-38 lemos que Jesus
vendo “as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes,
como ovelhas que não têm
pastor. Então disse a Seus
discípulos: Na verdade, a
seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai,
pois, ao Senhor da Seara que
mande trabalhadores para a
Sua seara”. O que Jesus diz,
é que o nosso papel é rogar
e a prerrogativa exclusiva do
Senhor da seara, é mandar
trabalhadores. Nós pedimos,
mas é Ele quem manda!
A Declaração Doutrinária
da CBB se coaduna com
essa compreensão bíblica
e afirma em seu capítulo
sobre o Ministério da Palavra: “Todos os crentes foram
chamados por Deus para
a salvação, para o serviço
cristão, para testemunhar
de Jesus Cristo e promover
o Seu reino, na medida dos
talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo.
Entretanto, Deus escolhe,
chama e separa certos homens, de maneira especial,
para o serviço distinto, defi-
nido e singular do ministério
da Sua Palavra (...) Quando
um homem convertido dá
evidências de ter sido chamado e separado por Deus
para esse ministério, e de
possuir as qualificações estipuladas pelas Escrituras
para o seu exercício, cabe
à igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e
publicamente, em reconhecimento da vocação divina
já existente e verificada em
sua experiência cristã” (PACTO E COMUNHÃO. Rio de
Janeiro: Convicção, 2010,
p. 26 - XI - Ministério da Palavra). Na Bíblia, na língua
portuguesa, e mesmo na
Declaração Doutrinária da
CBB (conf. p.ex. cap. III - O
Homem, pg. 18), o substantivo masculino “homem” é
também usado para se referir
ao ser humano, independente do género, masculino
ou feminino (Deus só criou
esses dois géneros!).
Antes de falar de filiação
ou não de mulheres pastoras
à OPBB, precisamos falar de
consagração. E antes de falar
de consagração ou não de
mulheres ao ministério pastoral batista precisamos falar de
chamada. Muitos dos debates
atuais tratam apenas da questão secundária da filiação ou
não à OPBB. De certo modo
esta abordagem está correta,
tendo em vista que nós os
batistas cremos que cabe à
igreja local a responsabilidade
de separar, formal e publicamente, uma pessoa que dê
evidências de ter sido chamada e separada por Deus para
esse ministério, e de possuir
as qualificações estipuladas
pelas Escrituras para o seu
exercício (vide a Declaração
Doutrinária). Consagração
ao ministério é prerrogativa da igreja local. Filiação é
prerrogativa da OPBB. Mas
chamada é prerrogativa exclusivamente divina! Nós os batistas também cremos na afirmação bíblica da prerrogativa
exclusiva de Deus quanto a
autoridade para chamar quem
quer e quando quer. Afinal, a
Escritura registra a afirmação
contundente divina: “Desde
toda a eternidade, Eu o Sou;
e não há nada nem ninguém
ponto de vista
que possa fazer escapar algo
ou alguém das Minhas mãos.
Agindo eu, quem impedirá?”
(Isaías 43.13). Se Deus resolve
chamar uma pessoa para o
ministério, “quem impedirá?”
Ou ainda quem tem autoridade para impedir? Não estaria
assim “combatendo contra
Deus” (Atos 5.39) alguém que
tenta impedir a ação divina de
chamar? Penso que sim!
Quando estamos tratando
de chamada divina para o
ministério pastoral, estamos
pisando em “terra santa”, eis
que esta não tem definição
geográfica, mas teológica. A
terra santa não é idêntica à
terra de Israel, mas terra santa
é o lugar onde Deus fala, o
ser humano ouve e responde
positivamente (Êxodo 3.5). Se
assim é, a única atitude coerente é a de descalçarmos os
nossos pés, desarmarmos o
nosso espírito e nos esvaziarmos de qualquer pretensão
de usurpar uma autoridade
que só a Ele pertence.
Assim é que me propus
a refletir não sobre filiação
à OPBB, nem sobre consagração pela igreja local,
mas sobre chamada divina,
temendo e tremendo, eis que
estou pisando em terra santa!
Nos séculos XVII e XVIII
surgiu no seio da Igreja Católica Romana um movimento
chamado Jansenismo com
nítido parentesco com uma
leitura extremada da posição
de Agostinho, que exalta o
primado da Graça sobre o
mérito humano (em contraposição aos Pelagianos) e
que influenciou os Reformadores. Essa escola teológica
surgida com Cornelius Otto
Jansen (1585-1638) tomou
por assim dizer o aspecto
de protestantismo dentro da
Igreja Católica. Em contrapartida a uma antropologia
pessimista o Jansenismo defenderia a soberania absoluta de Deus. Em 1727 faleceu
um diácono (no sentido católico) jansenista e teólogo
muito amado principalmente
pelos pobres chamado François de Pâris (1690-1727).
Ele foi sepultado no cemitério de Saint-Médard e em
torno do seu túmulo surgiram rumores de fenóme-
nos sobrenaturais e curas
milagrosas. Logo surgiram
multidões de peregrinos.
Os jansenistas vinham ao
cemitério de Saint-Médard
para orar e passaram a usar
os testemunhos de tais fenómenos milagrosos como
sinais do céu em apoio à
sua luta dogmática, moral
e disciplinar contra o papa,
a bula Unigenitus (que em
1713 condenou o Jansenismo), e os bispos. Os devotos que iam rezar junto ao
túmulo, afirmavam que lá se
produziam milagres, visões e
êxtases, as curas eram obtidas por meio de convulsões
em torno do túmulo. Os
fenômenos deram origem
aos chamados ‘convulsionários de Saint-Médard’, uma
espécie de pentecostalismo.
Pelo menos 800 pessoas
teriam sido curadas pelas
convulsões de 1731, entre
elas várias de destaque na
sociedade. No entanto, vários escritores acreditavam
que os eventos extraordinários no cemitério foram
muito exagerados. Milagres
e manifestações de êxtase
não eram novidade naqueles tempos, mas milhares se
convertiam ao Jansenismo,
o que causou insatisfação
nas autoridades eclesiásticas e políticas. Por isso o
rei Louis XV determinou o
fechamento do cemitério
em 27 de janeiro de 1732.
Um humorista escreveu nos
novos muros do cemitério:
“Por ordem do rei, Deus está
proibido de fazer milagres
neste lugar”.
Para combater a adesão a
uma visão doutrinária diversa
da ‘oficial’, o rei Louis XV
tentou vetar uma atividade
divina; a de realizar milagres.
A história me faz perguntar,
por analogia, se é legítimo
que afirmemos que “por ordem bíblica” - ou de uma
interpretação bíblica particular - Deus está proibido
de chamar mulheres para o
exercício do ministério pastoral batista. Minha convicção
bíblico-teológica e batista-doutrinária sobre a soberania
de Deus me impede de colocar em xeque a soberania de
Deus em matéria de chama-
do para o ministério pastoral;
ainda que com a Bíblia na
mão! Afinal: “O vento divino
sopra onde quer” (João 3.8).
O Evangelho registra uma
controvérsia entre Nicodemos e os principais sacerdotes e escribas sobre a pessoa de Jesus Cristo em João
7.40-53. A controvérsia inicia
quando alguns dentre o povo
dizem: “Verdadeiramente
este é o profeta” (vs. 40), outros diziam: “Este é o Cristo”
(vs.41). Ainda outros, dentre
os quais os principais sacerdotes e fariseus, perguntam
céticos e cheios de preconceito: “Vem, pois, o Cristo da
Galiléia?” (vs. 41). Os líderes
religiosos contestam a multidão crente: “Mas esta multidão, que não sabe a lei, é
maldita” (vs. 49). Surge então
Nicodemos, que conhecia
bem a lei de Deus, dizendo:
“A nossa lei, porventura, julga um homem sem primeiro
ouvi-lo e ter conhecimento
do que ele faz?” (vs. 51). Não
deve haver dúvidas de que
Nicodemos remetia principalmente às Escrituras Sagradas ao falar da ‘nossa lei’.
Deuteronômio l.16s; 17.4;
19.15 falam desse ‘direito’
bíblico. A réplica dos principais sacerdotes e escribas
é absurdamente usurpadora
da autoridade divina: “És tu
também da Galiléia? Examina e vê que da Galiléia não
surge profeta” (vs. 52). Eles
tentaram negar que Jesus era
o Messias usando a própria
Bíblia. O que fica óbvio é: a)
o pressuposto de seu dogma
era preconceituoso, i.e., contra galileus, b) o interdito era
inverídico e mostrava desconhecimento ou omissão
de ter já havido profetas da
Galiléia, por exemplo Jonas
(II Reis 14.25), c) o interdito era inverídico e revelava
desconhecimento de ter Jesus
nascido em Belém, na Judéia,
ali há apenas 10 km de Jerusalém. Ele apenas crescera na
Galiléia. O que, entretanto,
mais chama a atenção é terem colocado a identidade
de Cristo em xeque; com a
Bíblia na mão! “O dogma escrito aprendido tornou-os cegos para a revelação salvífica
de Deus em Jesus” (Johannes
o jornal batista – domingo, 02/03/14
ponto de vista
Schneider. Das Evangelium
nach Johannes. (Theologischer Handkommentar zum
Neuen Testament, 4). - Berlin: Evangelische Verlagsanstalt, 1988, S. 172). “Esses
indivíduos que conheciam
muito bem as palavras das
Escrituras, eram incapazes
de ouvir a voz de Deus. Possuíam conhecimento amplo
e meticuloso do texto. Eles
reverenciavam as Escrituras.
Eles as memorizavam. Usavam-nas para regular cada
detalhe da vida. ...eles estudavam a Palavra, mas não a
ouviam! Para eles, as Escrituras haviam se tornado um
fim em si mesmas; deixaram
de ser um meio de ouvir a
Deus. (...) A tinta havia se
transformado em fluido de
embalsamamento” (Eugene
H. Peterson. Trovão Inverso:
O Livro do Apocalipse e a
Oração Imaginativa. - Rio
de Janeiro: Habacuc Editora
(Danprewan), 2005, pg. 18).
Tais exemplos colocam em
questão não tanto a autoridade das Escrituras, mas o
seu caráter, sua natureza, e a
relação dela com Deus. Eugene Peterson afirma que “A
Escritura é a Palavra de Deus
a nós, e não uma coleção de
Palavras humanas sobre Ele”
(op.cit. pg. 23). Um exemplo
simples: A Bíblia nos proíbe
de matar o nosso semelhante: “Então, falou Deus todas
estas palavras, dizendo: Eu
Sou o Senhor, teu Deus, que
te tirei da terra do Egito, da
casa da servidão. Não matarás” (Êxodo 20.1-2, 13). Esse
mandamento é normativo
para nós, não há dúvidas. É
explícito e claro, como um
dia ensolarado. Mas a Bíblia
não é normativa para Deus
e nem o pode ser, visto ser
ele O Senhor absoluto, por
isso podemos encontrar na
Bíblia muitos textos como
este: “E aconteceu no caminho, numa estalagem, que
o Senhor (hbr. Yahweh) o
encontrou, e o quis matar”
(Êxodo 4.24). O mandamento bíblico de não matar não
vale para Deus! Ainda que a
Bíblia interditasse o chamado
de mulheres para exercitarem o ministério pastoral
batista - e estou convencido
de que ela não o faz - ainda
assim, não teríamos qualquer
autorização de, com a Bíblia
na mão, interditar uma prerrogativa que é divina, isto
é chamar quem Ele quer.
Chamar é prerrogativa exclusivamente divina e a Bíblia é
norma para nós, é Palavra de
Deus a nós, e não palavras
humanas sobre e para Deus.
Em suma, a nós não nos
compete questionar o Pai
quanto às suas decisões,
quanto ao chamado para
o ministério pastoral (conf.
Atos 1.8). Deus é soberano,
chama quem quer, quando
quer, para o que quer e coloca onde Ele mesmo quer!
Deus não nos deu a Sua Glória! (Isaías 42.8).
Tenho uma visão pessoal
sobre o ministério pastoral.
Ele não é um título, mas uma
função. Quando atuava apenas como diretor de Faculdade Teológica não ostentava
o título de pastor em minhas
correspondências, mas o título acadêmico. Penso, por
exemplo, que se um pastor
resolve assumir uma carreira
política, deve identificar-se
como político, e não como
pastor. Sou avesso aos candidatos a cargos eletivos na
carreira política e que usam
o moto: “Vote no pastor fulano de tal”. Tenho, portanto,
uma compreensão funcional
do ministério pastoral. Pastor
para mim é quem exerce determinadas funções no Corpo
de Cristo, em geral, plantar
igrejas, dirigi-las e administrá-las (conf. Tito 1.7), pregar,
aconselhar, visitar, enfim,
pastorear e apascentar as ovelhas e cordeirinhos de Jesus
(João 21.15-17). Penso que se
deixássemos a compreensão
titular para adotar a compreensão funcional, teríamos
uma melhor compreensão
sobre o chamado divino para
o ministério pastoral.
Quem ousaria colocar em
dúvida que Deus chamou
Jaqueline de C.A. da Hora
Santos para “pastorear” ovelhas de Jesus - a missionária
da JMN que pregou na CBB
em João Pessoa e que antes
de se casar, plantou 11 igrejas batistas? Quem ousaria
colocar em dúvida que Deus
chamou a missionária, hoje
aposentada, Dilene Nascimento Rodrigues, para pastorear as ovelhas de Jesus
pelas várias igrejas por onde
passou sozinha fazendo um
extraordinário trabalho de
plantação, liderança e pastoreio? Os exemplos podem ser
citados ad infinitum! Milhares de mulheres, chamadas
por Deus, que ‘funcionaram’
e ‘funcionam’ como pastoras,
embora sem o título oficial
15
de pastoras. Digo oficial,
porque muitas delas foram e
são chamadas, pelo povo que
lideram, de pastoras!
Quem ousa colocar Deus
contra a parede e em xeque,
com um ‘interdito bíblico’ à
prerrogativa divina absoluta
de chamar quem Ele quer,
quando Ele quer, para colocar onde Ele quer?
Deus nos diz através do
salmista: “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus; sou
exaltado entre as nações,
sou exaltado na terra” (Salmo
46.10). Gosto particularmente da tradução em português
da “King James” atualizada:
“Cessai as batalhas! Sabei
que Eu Sou Deus!”
Que cessemos de vez as
batalhas na seara de Deus
(essa não é a nossa praia!) e
deixemos Deus ser quem Ele
é – Deus.
CONVOCAÇÃO DE CONCÍLIO E ORDENAÇÃO
AO MINISTÉRIO PASTORAL
A PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CAMPO GRANDE - RJ, sediada à Rua Ferreira
Borges, 54 – Campo Grande – RJ, em Assembleia Geral Extraordinária, decidiu por
unanimidade convidar os pastores e igrejas para o concílio Examinatório com vistas
ao ministério pastoral do irmão ADIEL DE ASSIS GOMES. O Concílio Examinatório
está convocado para o dia 29 de março de 2014 (sábado) às 9 horas, na sede da
Igreja. Sendo aprovado o candidato, a sua ordenação ao ministério pastoral ocorrerá no dia 06 de abril de 2014 às 9h45min, no mesmo endereço. Contando com
a presença de todos, antecipadamente gratos, nos despedimos.
Em Cristo Jesus.
Pr. Carlos Elias de Souza Santos
Presidente.
anj_sim_2014_jornalbatista2.pdf
1
11/02/14
15:41
EU
FAMÍLIA
IGREJA
SOCIEDADE
Ariovaldo
Ramos
Ed René
Kivitz
Neil
Barreto
Bandas:
Resgate
Paulo César Baruk
Alexandre Magnani
1 a 3 de maio de 2014
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
Inscrições e informações
vocacao4d.com.br
facebook.com/simtsv
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Etnias no Brasil Crianças do orfanato vão à igreja