TORNEIRO MECÂNICO TECNOLOGIA POLIAS E CORREIAS DEFINIÇÃO: As POLIAS são rodas destinadas a transmitir o movimento de rotação aos eixos por intermédio de CORREIAS (fig.1). São construídas de ferro fundido, alumínio ou madeira, sendo fixadas aos eixos por pressão, chaveta ou parafuso. Os diâmetros das polias são calculados de acordo com a relação de velocidades desejadas. Por exemplo, no caso da fig.1, sendo o diâmetro da polia motriz o dobro do diâmetro da polia conduzia, esta dá duas voltas enquanto a polia motriz dá uma volta desde que não haja perda sensível por deslizamento entre a correia e a superfície da polia. Para correias planas, utilizam-se sempre polias com a superfície de contato ligeiramente abaulada, evitando desta forma o deslocamento da correia sobre a polia durante o movimento de rotação. UD TMT 023/0 1/05 As CORREIAS são peças contínuas ou emendadas, de couro, tecido de lona, tecido de pelo de camelo, de seda ou de matéria plástica ou metálica, que transmitem movimento de rotação entre eixos por intermédio das polias. As correias podem ser planas e trapezoidais (ou em V). Quando emendadas, usam-se colas especiais (nas correias de couro) ou grampos articulados (emenda tipo "jacaré") fig.2. Fig. 2 Diferença de tensões nas partes livres da correia: Durante o movimento, a parte livre "ativa" fica esticada sob grande tensão, enquanto que a parte livre, ao contrário, sofre um afrouxamento (fig.3). UD TMT 023/0 2/05 AS MELHORES CONDIÇÕES DE ADERÊNCIA ENTRE CORREIA E POLIA SÃO: 1- Quando a correia for muito flexível; 2- Quando a área de contato da correia sobre a polia for a maior possível. OBSERVAÇÃO: Como se verifica pela fig.3, as melhores condições de atrito da correia sobre a polia se verificam quando ambas as polias estão na horizontal e as piores condições quando estão na vertical. Pela prática, é aconselhado nunca exceder a uma inclinação de 45°, amenos que se use esticador. 3- Quando o arco de contato (ou enrolamento) for o máximo; 4- Quando for grande a tensão inicial da correia. Sentido de rotação: Com correia reta, o sentido de rotação é o mesmo em ambas as polias (fig.1 e 3); com correia cruzada, o sentido da rotação se inverte (fig.4). Transmissão de rotação entre eixos não paralelos. A transmissão mais comum em tais casos é entre eixos perpendiculares (fig.5). A posição das polias nos eixos deve manter o alinhamento da periferia de uma polia com o plano médio da outra polia. UD TMT 023/0 3/05 A inversão da rotação só é possível com o deslocamento de uma polia em relação a outra; de outra maneira, a correia escapa. Deslizamento: Por maior aderência que haja, o deslizamento da correia nas polias é inevitável, do que resulta uma pequena alteração na relação de velocidade. POLIAS E CORREIAS EM "V" Seu uso vem merecendo preferência em certos tipos de transmissão, pelas seguintes vantagens que apresenta : 1- Praticamente não tem deslizamento; 2- Possibilitam maior aumento ou maior redução de rotações que as correias planas; 3- Permitem o uso de polias bem próximas; 4- Eliminam os ruídos e os choques que são típicos das correias emendadas com grampos. As dimensões normalizadas mais comuns das correias em "V" constam da fig.6 (milímetros). O perfil dos canais das polias em "V" influi na eficiência da transmissão e na duração das correias. A tabela que se segue inclui alguns elementos normalizados para o dimensionamento das polias em "V" (fig.7). UD TMT 023/0 4/05 Perfil Padrão da Correia A B C D E Diâmetro externo da polia (mm) 75 a 170 Acima de 170 130 a 240 Acima de 240 200 a 350 Acima de 350 300 a 450 Acima de 450 485 a 630 Acima de 630 Ângulo do canal 34° 38° 34° 38° 34° 38° 34° 38° 34° 38° MEDIDAS EM MILÍMETROS T 9,5 S 15 W 13 Y 3 Z 2 H 13 K 5 X 5 11,5 19 17 3 2 17 6,5 6,25 15,25 25,5 22,5 4 3 22 9,5 8,25 22 36,5 32 6 4,5 28 12,5 11 27,25 44,5 38,5 8 6 33 16 13 Cuidados: As correias devem estar sempre protegidas para evitar acidentes. As emendas das correias devem ser feitas de modo perfeito, a fim de evitar batidas nas polias e vibrações na máquina. UD TMT 023/0 5/05