UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DHE - DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LUANA RITA CREMONESE PROCEDIMENTO ADOTADO NAS ACADEMIAS EM RELAÇÃO AO BENEFICIÁRIO CARDIOPATA HORIZONTINA RS 2014 PROCEDIMENTO ADOTADO NAS ACADEMIAS EM RELAÇÃO AO BENEFICIÁRIO CARDIOPATA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Bacharelado em Educação Física. Orientador: Prof. Luiz Serafim de Mello Loi HORIZONTINA RS 2014 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha família que me deu o apoio necessário durante essa jornada e também à todos que acreditaram em mim de alguma forma possibilitando a realização desse sonho. EPÍGRAFE: Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando, o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha!”(Rocky Balboa) AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço à Deus que me deu coragem e forças para chegar até aqui, apesar de todos os obstáculos... A minha família, que nunca me deixaram faltar nada, me deram apoio, me incentivaram e me ajudaram nessa caminhada, suportando muitas vezes as dificuldades encontradas durante o meu percurso... Ao grande mestre e querido prof. Loi, pela paciência de muitos desabafos, dedicação e suporte, orientando-me na realização deste trabalho... Ao grande mestre prof. Tesche pelas orientações e conselhos em todo meu percurso acadêmico, pela amizade e carinho... Agradeço aos meus amigos e colegas de profissão que dispuseram um pouco do seu tempo para que eu pudesse realizar minha pesquisa... Aos amigos verdadeiros, por compartilhar emoções, dúvidas, experiências, enfim, compartilhar amizade... Muito obrigada à todos vocês de coração!!! RESUMO A modernidade, a tecnologia, a concorrência no mercado de trabalho, a vida acelerada, está levando o ser humano à aquisição de doenças cardiovasculares, pelos vários fatores de risco, facilitando a um evento cardíaco. Com isso, as pessoas estão cada vez mais conscientes de que precisam melhorar sua qualidade de vida, através da prática de exercícios físicos. Com o aumento de cardiopatas nos últimos anos devido a todos esses fatores, as academias estão recebendo os mesmos para a prática de atividade física adaptados à eles, e a procura dos cardiopatas por um estilo de vida melhor está crescendo. O presente trabalho descritivo teve por objetivo verificar o conhecimento dos profissionais de Educação Física nas academias em relação a cardiopatia e saber se os mesmos possuem conhecimento suficiente para programar um plano de atividades físicas adequadas ao indivíduo cardiopata. Participaram 6 profissionais de ambos os sexos que trabalham em academias da região. A coleta de dados se deu através de um questionário com perguntas abertas. Os dados coletados foram analisados e discutidos através de uma análise descritiva. A partir dos resultados é possível perceber que há uma carência ainda da parte dos profissionais em relação à cardiopatia e à prescrição de exercícios para os cardiopatas. Palavras chave: Estilo de vida - Atividade Física – Cardiopatia – Profissionais de Educação Física. ABSTRACT The modernity, technology, competition in the labor market, accelerated life, are leading the human being to the acquisition of cardiovascular disease, the various risk factors, facilitating a cardiac event. With this, people are increasingly conscious that they need to improve their quality of life. With the increase of heart disease in recent years due to all these factors, the gyms are getting people to practice physical exercises adapted to them, and the search for specialists doctor for a better lifestyle is growing. To meet this demand is necessary qualified professionals to provide a structured plan. The descriptive present work had as objective to verify the knowledge from physical education professionals in the gyms related heart disease and understand if they have sufficient knowledge to develop an adequate plan with physical activity to the individual cardiac. Participated 6 professional that work in gyms in the region. The collected data were analyzed and discussed through the descriptive analyses. Based on the results is possible to see that still have a deficiency from professionals related heart disease and provide adequate activities to the patient. Keywords: Lifestyle- Physical Activity- Heart disease- Professional PhysicalEducation. SUMÁRIO 1. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................ 13 1.1 CARDIOPATIAS: ........................................................................................................... 13 1.2 FATORES DE RISCO: .................................................................................................. 14 1.3 EXERCÍCIO FÍSICO PARA CARDIOPATAS:............................................................... 17 1.4 DIVISÃO DOS PROGRAMAS DE EXERCICIOS FISICOS: ............................................. 19 1.5 TREINAMENTO DE FORÇA:........................................................................................ 20 1.5.1 Efeitos do treinamento de força em cardiopatas: ........................................................... 22 1.6 EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS: .......................................................................................... 24 1.7 PRESCRIÇÃO DE UM PROGRAMA PARA CARDIOPATAS: ......................................... 25 2 METODOLOGIA ............................................................................................................... 27 2.1 TIPO DE PESQUISA .......................................................................................................... 27 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA............................................................................................... 27 2.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ....................................................................... 27 2.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................................... 28 2.5 ANÁLISE DOS DADOS...................................................................................................... 28 3. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................... 29 3.1 ANÁLISE DA QUESTÃO NUMERO 1: O QUE VOCÊ ENTENDE POR CARDIOPATIA? .................................................................................................................................................. 29 3.2 ANÁLISE DA QUESTÃO NUMERO 2: ONDE VOCÊ TRABALHA TEM ALGUMA PESSOA CARDIOPATA QUE FAZ ATIVIDADE FÍSICA? ...................................................... 30 3.3 ANÁLISE DA QUESTÃO NÚMERO 3: QUANTAS PESSOAS CARDIOPATAS FAZEM EXERCÍCIOS FÍSICOS ORIENTADOS NA ACADEMIA ONDE VOCÊ TRABALHA? ........... 30 3.4 ANÁLISE DA QUESTÃO NÚMERO 4: AO CHEGAR UMA PESSOA CARDIOPATA NA ACADEMIA, VOCÊ SABE QUAIS OS PROCEDIMENTOS A REALIZAR? ........................... 31 3.5 ANÁLISE DA QUESTÃO 5:VOCÊ ACOMPANHA O CARDIOPATA DA MESMA FORMA QUE ACOMPANHA OUTROS CLIENTES? ............................................................................ 32 3.6 ANÁLISE DA QUESTÃO 6: JÁ ACONTECEU DE UM CARDIOPATA CHEGAR NA ACADEMIA ONDE VOCÊ TRABALHA PARA SE EXERCITAR E A ACADEMIA MANDA-LO PROCURAR UM LOCAL ESPECÍFICO À ELE? ..................................................................... 34 3.7 ANÁLISE DA QUESTÃO 7: VOCÊ SABE QUAIS OS TIPOS DE EXERCÍCIOS PODEM SER APLICADOS A UMA PESSOA CARDIOPATA? ............................................................. 35 3.8 ANÁLISE DA QUESTÃO 8: VOCÊ SE SENTA CAPACITADO O SUFICIENTE PARA PRESCREVER UM PLANO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA UM CARDIOPATA? ................. 36 9 3.9 ANÁLISE DA QUESTÃO 9: EM SUA OPINIÃO, QUAIS OS CUIDADOS QUE O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEVE TER COM UM INDIVÍDUO CARDIOPATA? .................................................................................................................................................. 37 3.10 ANÁLISE DA QUESTÃO 10: SABERIA EM QUAL INTENSIDADE DEVE-SE TRABALHAR COM UM CARDIOPATA? ................................................................................. 38 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .................................................................................. 40 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 42 ANEXOS ................................................................................................................................... 45 ANEXO A – ENTREVISTA APLICADA AOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA..... 46 INTRODUÇÃO As doenças relacionadas ao coração afetam a qualidade de vida de muitas pessoas, impossibilitando-as na realização de muitas atividades do cotidiano, dificultando assim o seu modo de viver e seu estilo de vida. A prática regular do exercício físico é benéfico na prevenção de um futuro evento cardíaco, a procura da melhoria da saúde pelos cardiopatas está cada vez mais concreta. O profissional de Educação Física tem como função primordial, ajudar esses indivíduos a terem uma qualidade de vida melhor através de um programa de exercícios físicos adaptados à eles. A prática de atividade física se tornou um evento cotidiano na vida das pessoas, aumentando também a procura dessa pelos cardiopatas. Na atualidade a quantidade de academias tem aumentado consideravelmente para atender ao público em geral, tanto indivíduos considerados saudáveis, quanto pessoas com alguma patologia. Com a evolução, as pessoas estão cada vez mais envolvidas com as tarefas do dia-a-dia, sem tempo para outras atividades como o lazer e cuidar do seu bem estar, com isso, o estresse vem aumentando influenciando negativamente na saúde das pessoas, promovendo um aumento das doenças relacionadas ao coração. Devido a modernidade, os afazeres do dia-a-dia estão sendo substituídos gradativamente pela maquina, ocasionando mudanças nos padrões de movimento, levando o ser humano ao sedentarismo, também os níveis de estresse estão aumentados, acarretando varias doenças, inclusive doenças relacionadas ao coração, surgem ao longo da vida levando indivíduos à morte. 11 O ser humano vive acelerando tudo o que faz devido a muitas tarefas e pouco tempo, isso aumenta gradativamente com o passar dos anos. O mundo instiga o indivíduo a realizar seus afazeres no menor tempo possível, levando-o a condições fisiológicas para o desenvolvimento dessas doenças promovidas pelo estresse e outros fatores de risco. Consequentemente, o número de cardiopatas cresceu notavelmente, com isso, a procura pela prevenção e reabilitação também aumentou. Existem muitas academias na atualidade, mas academias e profissionais qualificados para atender a esse público são poucos. Praticamente todos os dias surgem pacientes acometidos de infarto do miocárdio como também pessoas com outras doenças relacionadas ao coração, que procuram a prática de atividade física para a prevenção e reabilitação nas academias por indicação do medico, a fim de reconquistar seu lugar na comunidade, podendo realizar os afazeres do cotidiano com seu próprio esforço. O presente trabalho obteve-se pela experiência que tive em relação ao assunto, quando um indivíduo cardiopata chegou na academia para a realização de exercícios físicos estruturados conforme suas necessidades, na busca da melhora da sua saúde, deparando-me com a dificuldade de conhecimento sobre a patologia e consequentemente, as dúvidas em relação à prescrição de exercícios físicos para esse indivíduo. A pesquisa que se segue tem por objetivo analisar o conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre a prescrição de exercícios físicos para indivíduos cardiopatas, bem como, verificar o conhecimento dos mesmos sobre essa patologia que vem afetando a saúde da população. Analisar se os programas estão sendo aplicados corretamente, bem como a importância do profissional para os cardiopatas e como programar um programa eficiente para esse tipo de patologia. 12 No primeiro capítulo apresenta-se a revisão de literatura, o conceito de cardiopatia, fatores de risco, efeitos agudos da atividade física em cardiopatas, tipos de exercícios para a prescrição de um plano à eles e os cuidados que é preciso ter durante a prática de atividade física pelos cardiopatas. No segundo capítulo está a metodologia e no terceiro capítulo a análise dos dados e resultados. 1. REVISÃO DA LITERATURA 1.1 CARDIOPATIAS: As cardiopatias são doenças relacionadas com os prejuízos da função cardíaca pelo fluxo sanguíneo inadequado para as necessidades do coração, que é causada por alterações obstrutivas na circulação coronária. Cardiopatias são patologias no sistema cardiovascular, ou seja, nas artérias, veias e capilares que tem a função de distribuir os nutrientes para o organismo, irrigar e remover substancias que não são necessárias para o corpo, em resumos são as doenças acometidas ao coração. Conforme a literatura médica existe vários tipos de patologias que prejudicam o funcionamento do sistema cardiovascular se dividindo em quatro tipos: do miocárdio, congênitas, das válvulas e infecciosas. Segundo estudos da Incor (Instituto do Coração, 2013), as cardiopatias congênitas são aquelas que persistem desde o nascimento, ou seja, quando o feto ainda está se formando no ventre de sua mãe, pode ser uma falha na válvula, um orifício no coração ou qualquer anormalidade no desenvolvimento desse órgão, em muitos casos ela se manifesta com o passar dos anos. As que afetam as válvulas cardíacas podem ser de dois tipos: anatômico ou funcional impedindo o seu encerramento completo durante a sístole ventricular. As cardiopatias do miocárdio afetam a capacidade do coração bombear sangue para todo o corpo em função de uma redução do tônus muscular, a pressão de saída é menor. Enfim, cardiopatia infecciosa, ou endocardite infecciosa, é aquela que se desenvolve devido a invasão de microorganismos, ou seja, bactérias e fungos, no 14 tecido endocárdio ou material protético do coração. Esse tipo de cardiopatia é considerada muito grave e quando é descoberta, o paciente necessita de internação prolongada e os riscos de complicações são grandes e em 35% dos casos tem necessidade de cirurgia, apontam estudos. Os pacientes coronarianos dividem-se em dois grupos: os que desenvolvem a doença pela hereditariedade e os que desenvolvem a mesma por outros fatores. Os indivíduos do grupo da hereditariedade podem desenvolver a doença mais cedo, ou seja, antes dos trinta e cinco anos, aqueles que desenvolvem por outros fatores como o estresse, o tabagismo, sedentarismo que envolve maus hábitos alimentares, com isso, levando a pessoa à obesidade, diabetes, colesterol, enfim, afetando a saúde, e consequentemente, adquirindo doenças relacionadas ao coração, quanto menos forem expostas a esses fatores de risco mais tarde a doença irá se manifestar. 1.2 FATORES DE RISCO: São muitos os fatores que podem levar ao indivíduo à doenças cardiovasculares. Conforme Duarte et al. (2003), alguns fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento das doenças do coração são: sedentarismo, tabagismo, intolerância à glicose, hipertensão, indivíduos com irritabilidade, impacientes e impulsivos, estresse, também a idade, sexo e hereditariedade que são fatores predisponentes, ou seja, que não pode ser modificado, podem levar ao infarto do miocárdio. Nahas (2006, p. 49), salienta que “cerca de 300 mil pessoas morrem por ano por doenças relacionadas ao coração”, o infarto do miocárdio é a causa da maioria 15 das mortes. Ele afirma que a prevenção é ainda o meio mais eficaz para evitar essas doenças, como mudança de hábitos alimentares, a prática de atividade física e também exames rotineiros e preventivos. A hereditariedade tem fundamental importância no surgimento de doenças do coração em jovens adultos, ou seja, quando alguém da família é cardiopata a propensão de desenvolver a doença é maior. As condições hereditárias como alterações nas artérias coronárias e identificação com familiares cardíacos influenciam terminantemente o surgimento da enfermidade vascular nesses indivíduos. Outro fator de risco é o tabagismo, o consumo elevado de cigarros pode ter um aumento de até três vezes na existência de arteriosclerose coronariana grave, que são acúmulos de gordura e outras substâncias nas artérias, levando a óbito. De acordo com Soares (apud OLIVEIRA), “o tabagismo é considerado o maior multitóxico inalado pelo homem, pois o cigarro possui 4.720 substancias citotóxicas, gerando prejuízos vitais às funções orgânicas.” O uso do cigarro leva ao infarto do miocárdio devido a redução do fluxo sanguíneo nas artérias, aumento do trabalho do coração e, interfere na oxigenação cardíaca, pela presença de monóxido de carbono no sangue. A obesidade é outro fator de risco de extrema importância, ela exige um esforço maior do coração além de estar relacionada à outras doenças como a diabetes, hipertensão arterial e o colesterol elevado que também podem levar ao infarto do miocárdio, consequentemente a diminuição de exercícios físicos com a grande ingestão de glicose levam a um aumento da glicose e gorduras no sangue desses indivíduos. 16 O portador de doenças coronarianas geralmente é portador de hipertensão arterial, outro elemento relevante a ser notado, que pode também levar ao enfarte, conforme Kamel (1996) “estima-se que 50% dos homens e 75% das mulheres com enfarte tem hipertensão”. Por apresentar fatores de aceleração da aterosclerose, a hipertensão arterial é considerada uma das maiores responsáveis pelo aumento do índice de mortalidade por doença arterial cardíaca (DAC). Apesar de ser um fator de risco considerável, a hipertensão arterial pode ser controlada com a prática de atividades físicas, dietas e medicamentos. O diabetes também pode levar o individuo ao enfarte, afirma Soares, (2005) que: O diabetes é um sério fator de risco para doença cardíaca, Pois a intolerância à glicose, ou a presença de glicose na urina e no sangue tem ação preponderante como fator de risco clássico em virtude de sua relação com a obesidade, a hipertensão arterial,e a hipertrigliceridemia . Fatores como a hiperlipidemia (colesterol e triglicerídeos), também devem ser analisados, o aumento nos níveis de lipídeos no sangue pode levar a doenças do coração. Soares, (2005, p. 53), afirma que “o aumento de lipídeos no sangue está relacionado com a ingestão excessiva de gorduras saturadas, açúcar e calorias totais, e também ao sedentarismo, este ainda pode ser agravado devido a idade, sexo e pela dieta”. Os níveis de estresse elevados contribuem significativamente para evolução da DAC ( Doença Arterial Cardíaca). Segundo Nahas (2006, p. 197): Em 1936, o fisiologista canadense Hans Selye, utilizou o termo stress pela primeira vez com a conotação que se conhece hoje em dia: stress é a maneira como o organismo responde a qualquer estímulo- bom, ruim real ou imaginário- que altere seu estado de equilíbrio. 17 Afirma Kamel, (1996, p.80) que hormônios como a cortisona e a adrenalina são liberados pelo organismo em situações de estresse, em constantes situações de estresse, esses hormônios tendem a condicionar um aumento da glicose e gorduras no sangue na obesidade, relacionando a tensão emocional com a obesidade. Conforme Nahas (2006, p. 203), “o corpo humano foi feito para estar em constante movimento”, com a modernidade isso foi modificando-se aos poucos, com o intuito de produzir mais conforto e poupar esforços, as mudanças nos padrões de movimento levaram ao sedentarismo, que é mais um fator que devemos dar importância, pois ele também auxilia no desenvolvimento de doenças coronarianas levando ao enfarte do miocárdio. 1.3 EXERCÍCIO FÍSICO PARA CARDIOPATAS: A falta de atividades físicas podem levar o indivíduo ao aumento de peso, consequentemente levando à outros fatores de risco. O exercício físico auxilia na manutenção do peso, no controle e melhora da diabetes e também hipertensão arterial levando à uma vida mais saudável com menos propensão de adquirir doenças relacionadas ao miocárdio. Estudos afirmam que atividades físicas realizadas regularmente diminui os fatores de risco que levam às doenças coronarianas, evitando e reduzindo as chances de desenvolve-las. Segundo Espelho e Garcia (2008), os programas são para pacientes coronarianos, mas também para indivíduos que possuem algum fator de risco, e é benéfico pois: melhora a capacidade funcional, melhora a circulação sanguínea aumentando sua eficiência vascular, reduz colesterol, diabetes, obesidade e outros fatores de risco, melhora a qualidade de vida em todos os 18 sentidos como também aumenta o nível de bem-estar, impede eventos coronarianos etc. Fernandez (1999 p. 53 e 54) diz que: O exercício realizado de forma programada e com a intensidade adequada produz as seguintes modificações: Aumenta o tamanho das artérias epicárdicas, a circulação colateral, a eficiência miocárdica, o retorno venoso, a capacidade fibrinolítica do plasma, os níveis de fibrilógeno, o HDL-colesterol, da ciência do exercício a função tireóidea, a produção de hormônios somatotrófico, a tolerância ao stress . De acordo com Duarte e Lima (apud ACSM 2000), a prescrição de exercícios para cardiopatas se resume “na integração bem-sucedida da ciência do exercício com técnicas comportamentais que resultam em um programa de longo termo que atende aos objetivos do individuo”. As atividades físicas devem ser prescritas de forma individualizada, conforme as limitações dos pacientes, trazendo benefícios para prevenção, diminuindo os riscos e até mesmo para reabilitação do cardiopata, podendo então ter uma vida mais ativa sem a dependência de outras pessoas. Para elaborar um plano de exercícios físicos para um cardiopata alguns requisitos são necessários como: “a liberação do médico e um laudo, testes laboratoriais, alguns tipos de exames se necessário como ecocardiografia e angiografia coronariana e testes de esforço supervisionado” (DUARTE et al., 2003, p. 54). Cabe ressaltar ainda que Duarte et al.(apud FROELICHER, 2000) afirma que “ as variáveis do treinamento que constituem ingredientes básicos para a prescrição de exercícios físicos são a frequência, intensidade, duração e tipo de atividade e velocidade de progressão”. Estas variações irão depender do estado clinico do paciente, de sua disponibilidade, seus objetivos e necessidades. 19 1.4 DIVISÃO DOS PROGRAMAS DE EXERCICIOS FISICOS: Os programas de atividades físicas são divididos em três sessões: o aquecimento, a parte principal e a volta a calma, cada um com seus objetivos e funções. Para Duarte e Lima (apud Franklin et al. 2000 p.54), é na fase de aquecimento e volta à calma que a maioria das complicações cardiovasculares ocorrem no cardiopata durante a atividade física. Essas duas fases são o período onde é ajustado o metabolismo cardiorrespiratório, na transição do repouso para o exercício e vice versa. O objetivo de cada sessão, segundo Duarte e Lima é: - AQUECIMENTO: Tem por objetivo preparar o sistema cardiorrespiratório para o exercício, saindo da fase de repouso para a atividade, aumentando o fluxo sanguíneo e elevando a temperatura corporal. Para o individuo cardiopata o aquecimento serve para reduzir situações de risco para algum evento isquêmico, além de prevenir lesões musculoesqueléticas. Na opinião de Silveira Junior et al. (1999), a fase de aquecimento deve ter duração entre oito a dez minutos elevando a frequência cardíaca. - PARTE PRINCIPAL: Essa fase constitui a parte central do programa, depois do aquecimento e antes da volta à calma, é nessa fase onde são aplicados os principais exercícios para o individuo, seja ele cardiopata ou não. Todo programa de atividade física precisa ter esses três complementos, aquecimento, parte principal e volta à calma. Ainda Duarte e Lima ( apud Castro et al. 2000) afirmam que: “A atividade aeróbica é priorizada em função de sua atuação na modificação de fatores de risco coronarianos. O treinamento de força e flexibilidade são trabalhados visando, principalmente, melhora da qualidade de vida”. 20 Todo exercícios físico visa a melhora da qualidade de vida das pessoas, no caso do cardiopata, a atividade física ajuda no desempenho das tarefas do dia-a-dia sem a dependência de outras pessoas, facilitando nos afazeres que antes não podiam realizar, melhorando toda sua capacidade cardiovascular e cardiorrespiratório, reduzindo os fatores de risco. Além do treinamento de força, na fase principal, pode-se realizar atividades como natação, caminhada, hidroginástica, dança etc., sempre respeitando as individualidades de cada cardiopata (DUARTE e LIMA, 2003). - VOLTA À CALMA: também conhecida como esfriamento, deve-se uma extrema importância nessa fase do treinamento, pois como diz Duarte e Lima (2003 p.55), “nesse período, a demanda de energia é menor, porém o consumo de oxigênio mantém-se em níveis relativamente altos”, ou seja, o corpo procura voltar ao seu estado inicial, por isso é necessário uma volta à calma gradativa, sendo atividades de baixa intensidade, retornando a sua frequência cardíaca e pressão arterial próximas ao estado inicial. Nesse período, afirma Duarte et al. (2003, p. 57), que deve-se constante atenção, não realizando a volta à calma de forma adequada, o cardiopata pode apresentar características negativas como, angina no peito (dor), sinais de isquemia e arritmias, pois, logo após ao exercício intenso (parte principal), o retorno venoso diminui fazendo com que o fluxo sanguíneo de oxigênio para o coração seja menor. Conforme Silveira Junior et al. (1999), ainda afirma que: “essa fase mantem o retorno venoso ao coração, diminui o potencial para a hipertensão, tonteiras, arritmias pós-exercicio, e facilita a dissipação do calor e a remoção do acido lático”. 1.5 TREINAMENTO DE FORÇA: 21 A força, é determinante para a realização das tarefas do dia-a-dia, por isso é importante prescrever exercícios que trabalham a força muscular do cardiopata, eles também auxiliam na diminuição dos riscos que levam o individuo ao enfarte do miocárdio. A pouco tempo os exercícios resistidos foram incrementados nos planos de atividade física para os cardiopatas, mas é importante saber que carga usar, quais os pacientes que podem participar desse programa, que tipo de treinamento de força usar para um cardiopata entre outros. Conforme Kumai et. al (2008 p.90): A maioria dos estudos recentes tem demonstrado que os programas de força, usando cargas leves, moderada ou alta são seguros e efetivos para o desenvolvimento da força em pacientes com doença da artéria coronária, ou quem tenha tido enfarto do miocárdio anteriormente . Os exercícios de força realizados de forma adequada e com monitoramento conforme a necessidade do paciente trazem benefícios para sua saúde, é uma forma segura de treinamento para o cardiopata, até mesmo para sua reabilitação depois de um evento cardíaco. Ainda Soares afirma que, [...] Investigações recentes que examinaram as adaptações fisiológicas agudas e crônicas no treinamento de força de intensidade moderada a alta em populações cardíacas e geriátricas demonstram também que esse treinamento não é perigoso, como se acreditavam previamente . De acordo com Duarte e Lima (2003, p. 69), o treinamento de força auxilia no ganho de força muscular e ajuda no desenvolvimento de algumas tarefas do cotidiano, como carregar crianças no colo, sacolas de mercado etc., mas deve-se ter um cuidado na realização desses exercícios evitando que o cardiopata faça a apnéia, pois isso pode elevar a resposta pressórica. 22 1.5.1 Efeitos do treinamento de força em cardiopatas: Umpierre e Stein (2007), afirmam que o treinamento de força nos últimos anos tem sido adaptada em programas de exercícios físicos para cardiopatas como uma estratégia para a prevenção de diversas cardiopatias, além disso, pesquisas também indicam os exercícios resistidos para indivíduos cardiopatas, desde que esses sejam bem estruturados e supervisionados, contribuindo em diferentes aspectos da saúde. - FORÇA MUSCULAR: Na concepção de Simão ( 2008), o treinamento de força promove um aumento na força muscular em indivíduos cardiopatas nos exercícios de intensidade baixa a moderada, dinâmico, isoscinético e em circuitos. Ainda Soares afirma: Baseados em recomendações da ACSM, pacientes cardíacos deverão desempenhar o exercício resistivo num mínimo de dois dias/semana para incrementos adequados na força e não mais do que três dias/semana para permitir restabelecimento adequado . - CONSUMO MÁXIMO DE OXIGENIO (VO2 MÁX): Estudos afirmam que o treinamento de força beneficia para um aumento suave a moderado no VO2 máx. em pessoas com doença coronariana. Segundo Simão (2008), em um estudo similar, observou-se que o treinamento de força junto com o treinamento aeróbio tiveram um resultado com maior aumento de força e desempenho aeróbio do que o treinamento aeróbio sozinho em indivíduos com doenças cardiovasculares. - COMPONENTES DO SANGUE: Na visão de Simão (2008), afirma que o treinamento de força pode reduzir os fatores de risco para o desenvolvimento de 23 doenças coronarianas. Pode também beneficiar a química do sangue, produzindo mudanças positivas nos soros de lipídeos. - COMPOSIÇÃO CORPORAL: Exercícios de força, para Simão (2008), aumentam o peso sem aumentar a gordura, isso acontece devido ao ganho de massa muscular, entretanto ele afirma que o treinamento com pesos pode, ou não ter uma mudança significativa no peso do individuo cardiopata, ou seja, o conteúdo de gordura corporal pode não baixar, ou ter um decréscimo pequeno. Em contra partida, ainda Simão (apud Keleman), em estudos feitos afirmam que “registraram um decréscimo pequeno mas significativo nos valores médios de gordura corporal”, com treinamento em circuito durante um período de 10 semanas, mas não perderam peso corporal. Nahas (2003), ainda afirma que devemos saber diferenciar gordura corporal e massa corporal, pois na maioria dos casos o peso pode não diminuir, mas a gordura corporal diminui, em contra partida o peso da massa muscular aumenta. - FREQUENCIA CARDÍACA: Segundo Brum et al.(2004), “nos exercícios dinâmicos, como as contrações são seguidas de movimentos articulares, não existe obstrução mecânica do fluxo sanguíneo” pois, a produção de metabólitos musculares fazem com que aconteça uma vasodilatação na musculatura ativa, reduzindo a resistência vascular periférica, diferente dos exercícios de contração isométrica onde, há um aumento da resistência vascular periférica que resulta no aumento exagerado da pressão arterial, ao contrário dos exercícios dinâmicos, os isométricos promovem a obstrução mecânica do fluxo sanguíneo. De acordo com a Diretriz de Reabilitação Cardíaca, a frequência cardíaca, tanto no repouso quanto na realização da atividade física aeróbica, é reduzida, mesmo quando as cargas de treinamento são submáximas. A diretriz ainda afima 24 que “esses efeitos parecem ser devidos à redução de hiperatividade simpática, aumento da atividade parassimpática, mudança no marca-passo cardíaco ou mesmo melhora da função sistólica”. Polito et al. (2003), afirma que o exercício físico provoca respostas agudas na pulsação e essas respostas dependem de alguns fatores como a posição corporal, o estado clinico, a volemia e as condições ambientais. - PRESSÃO ARTERIAL: Soares, observou em estudos de pesquisadores que, são necessárias maiores investigações em relação às respostas da pressão arterial nos exercícios resistidos. “Poucos pesquisadores investigaram sobre as adaptações do treinamento de longo tempo em populações cardíacas e de alto risco”( Soares). Sabe-se porém, que os exercícios resistidos promovem a melhora do desempenho cardiovascular, alterando beneficamente os riscos de desenvolvimento de doenças do coração. Na concepção de Brum et al.(2004, p. 57), em estudos de pesquisadores observa-se que: “após os exercícios localizados, tanto de baixa, quanto de alta intensidade, ocorre redução da pressão arterial sistólica, porém apenas os exercícios de baixa intensidade reduz a pressão diastólica”. Umpierre e Stein (2007, p. 48), salientam que: “ O exercício físico regular auxilia no controle da pressão arterial em curto e longo prazo, e em vista disso, é indicado como intervenção adjunta no manejo da hipertensão”. 1.6 EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS: O exercício isométrico está relacionado à diversas tarefas do cotidiano, ele envolve a contração constante do músculo que está envolvido. Como destaca Soares, a contração isométrica é considerado uma atividade anaeróbia “desde que o 25 fluxo do sangue do músculo e fornecimento de oxigênio sejam associadas à compressão sustentada dos vasos arteriais durante a contração”. Exercícios isométricos são contra-indicados para indivíduos com doenças cardiovasculares devido à pressão excessiva que o miocárdio precisa fazer durante a contração muscular. Afirma Soares (2005), que: As elevadas PA(pressão arterial) diastólicas, o retorno venoso decrescido e a tensão da parede, observados durante o exercício isométrico, podem aumentar a pressão da perfusão coronária e incrementar o fluxo do sangue nas áreas estenóticas coronárias e colaterais durante a diástole, reduzindo o desenvolvimento da isquemia no miocárdio . Ainda estão sendo feitos estudos sobre exercícios isométricos em relação às pessoas cardiopatas, entretanto até que as pesquisas sobre o assunto não comprovem o contrário, os pacientes deverão continuar a ser instruídos a evitar os exercícios isométricos. 1.7 PRESCRIÇÃO DE UM PROGRAMA PARA CARDIOPATAS: A prescrição de exercícios para o cardiopata deve ser feita pelo profissional de Educação Física uma vez que ele tenha conhecimento da capacidade funcional do paciente e seu quadro clínico. Devem ser programados e aplicados exercícios que facilite o cotidiano do cardiopata, de acordo com Soares, “os exercícios deverão ser desempenhados através de uma extensão de movimento para o máximo benefício e não impedir a respiração normal”. O planejamento de um treinamento para pessoas com doenças do miocárdio devem seguir a um padrão adequado de 26 um programa de atividades físicas, onde são divididas por sessões, ou seja, aquecimento, parte principal e volta à calma. Muitas são as recomendações ao prescrever e aplicar um programa de exercícios para uma pessoa com doenças cardiovasculares, são sugeridas através de pesquisas, ainda na concepção de Simão (2008 p.101), durante a realização do treinamento do paciente/aluno algumas instruções como: - Devem ser muito bem orientados, de forma que, sua execução seja correta para não provocar riscos durante o movimento realizado; - Uma descrição correta do movimento no aparelho; - Correção postural; - Deverão ser instruídos a realizar o exercício evitando a contração isométrica; - A explicação e demonstração da respiração durante o exercício e os perigos da manobra de Valsalva durante a execução; - Exercitar grupos musculares grandes antes e os pequenos depois; - Verificar a PA antes e durante a prática dos exercícios; - Verificar a frequência cardíaca antes e durante os exercícios; - Realizar testes individuais; - Observar cuidadosamente a adição de peso nos exercícios, entre outros. Esses e outros cuidados o profissional de educação física deve ter no momento da prescrição e aplicação de um treinamento físico para uma pessoa com doenças do coração, evitando e minimizando riscos que podem levar o individuo ao enfarte do miocárdio. Com um profissional competente, e com exercícios bem planejados, o cardiopata passa a ter benefícios diminuindo os riscos e melhorando sua saúde, evitando futuros eventos cardíacos. 2 METODOLOGIA Nesse capítulo será desenvolvido o método de trabalho utilizado na realização da presente pesquisa de campo, fazendo parte deste, o tipo de pesquisa, amostra, instrumento e procedimento de coleta de dados e a forma de análise dos dados. 2.1 TIPO DE PESQUISA Embasado na proposta de Gil (2002, p.57), a pesquisa de campo caracteriza-se como um estudo descritivo, que segundo ele “tem como objetivo básico descrever as características de populações e fenômenos”, com abordagem qualitativa. 2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA A amostra foi composta por 06 indivíduos, profissionais de Educação Física, de ambos os sexos, residentes dos municípios de Horizontina, Três de Maio, Dr. Mauricio Cardoso e Santa Rosa. 2.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS As informações da pesquisa que se segue referente ao conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre cardiopatias foram coletadas através de uma 28 entrevista com perguntas abertas (anexo A), que segundo Chagas (2000 p.6), “nas questões abertas, os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras, sem se limitarem a escolha entre um rol de alternativas”. Dentre elas, salientam-se as que estudam as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, etc. 2.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS Os dados foram coletados pela própria pesquisadora, onde buscou-se marcar um horário com os profissionais, para a visita nos ambientes de trabalho dos mesmos, a partir de uma entrevista, foram respondendo conforme o conhecimento de cada entrevistado. 2.5 ANÁLISE DOS DADOS Para análise dos dados buscou-se interpretar as respostas dos entrevistados e a partir disso descreveu-se e discutiu-se com a literatura referente ao tema estudado. 3. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo serão analisados e discutidos os dados referentes à entrevista aplicada aos profissionais de Educação Física formados que trabalham em academias com indivíduos cardiopatas, contendo questões referentes ao tema cardiopatias. 3.1 ANÁLISE DA QUESTÃO NUMERO 1: O QUE VOCÊ ENTENDE POR CARDIOPATIA? Ao analisar as respostas referente ao que o profissional entende por cardiopatia, observou-se que os entrevistados responderam semelhantemente, referindo-se a cardiopatia como “doença relacionada ao coração”, mostrando que seus conhecimentos sobre a doença não condizem com a literatura médica que refere-se a cardiopatia como “doenças relacionadas com os prejuízos da função cardíaca pelo fluxo sanguíneo inadequado para as necessidades do coração, que é causada por alterações obstrutivas na circulação coronária, são doenças no sistema cardiovascular, ou seja, todas as doenças acometidas ao miocárdio, que podem levar ao enfarto”, com essas respostas percebe-se que os profissionais entrevistados sabem o conceito de cardiopatia, porém não tem o conhecimento aprofundado sobre essas doenças, visto que isso pode influenciar na prescrição de exercícios físicos para os indivíduos cardiopatas. 30 3.2 ANÁLISE DA QUESTÃO NUMERO 2: ONDE VOCÊ TRABALHA TEM ALGUMA PESSOA CARDIOPATA QUE FAZ ATIVIDADE FÍSICA? Verificou-se que os entrevistados 1,2,3,4 e 5 confirmaram que em seus locais de trabalho tem indivíduos cardiopatas que fazem algum tipo de atividade física, já o entrevistado 6, não atende nenhuma pessoa cardiopata. Na atualidade, o cotidiano das pessoas está cada vez mais acelerado, sem tempo para seus afazeres, levando-o a condições fisiológicas para o desenvolvimento de doenças relacionadas ao coração pelos vários fatores de risco. Sabendo que é preciso cuidar da saúde, os cardiopatas estão procurando as academias, e isso vem aumentando gradativamente, buscando uma melhora no estilo e qualidade de vida, que Nahas (2006) afirma que: “ Qualidade de vida pode ser uma medida da própria dignidade humana, pois pressupõe o atendimento das necessidades humanas fundamentais”. Visto que o fator do stress está cada vez mais presente, gerando outras patologias e outros fatores de risco para o surgimento de doenças cardiovasculares, ou até mesmo, gerando eventos cardíacos em indivíduos que tenham uma prédisposição de doenças cardíacas, as pessoas com alguma patologia relacionada ao coração buscam uma estabilidade e até uma melhora em sua saúde, diminuindo esses fatores que possam levar a um evento cardíaco. 3.3 ANÁLISE DA QUESTÃO NÚMERO 3: QUANTAS PESSOAS CARDIOPATAS FAZEM EXERCÍCIOS FÍSICOS ORIENTADOS NA ACADEMIA ONDE VOCÊ TRABALHA? A maioria dos entrevistados respondeu que trabalha com um numero reduzido de indivíduos cardiopatas, em contra partida, o entrevistado 5, 31 respondeu que atende seis indivíduos com essa patologia, o que é um número significativo, com isso, verifica-se a importância do profissional de Educação Física ter conhecimento para atender portadores dessa patologia, fazendo a diferença na vida do cardiopata, Daher (2005), afirma que “os profissionais de Educação Física devem ter o conhecimento essencial para orientar os indivíduos cardiopatas com a necessidade de uma atenção primordial e cuidados”. O entrevistado 4 não soube informar quantos alunos cardiopatas frequentam a academia onde trabalha, e o entrevistado 6 confirmou que não atende nenhum indivíduo com esse tipo de patologia. 3.4 ANÁLISE DA QUESTÃO NÚMERO 4: AO CHEGAR UMA PESSOA CARDIOPATA NA ACADEMIA, VOCÊ SABE QUAIS OS PROCEDIMENTOS A REALIZAR? Dos profissionais entrevistados, a resposta dos participantes 2, 3 e 5 foram condizentes, confirmando que sabem e afirmando que deve-se realizar uma anamnese para conhecer o aluno, saber de suas restrições e individualidades, juntamente com um laudo médico e avaliação física, com o uso do frequencímetro durante as atividades realizadas. Os demais entrevistados, 1, 4 e 6, responderam que sabem quais procedimentos seguir quando chega um indivíduo cardiopata na academia para realizar exercícios físicos, mas não especificaram quais são esses procedimentos necessários para que o cardiopata tenha um bom acompanhamento suprindo suas necessidades. Segundo Godoy (1997), “o professor precisa conhecer seu aluno e saber de suas restrições, além dos resultados dos exames e do laudo médico para a prescrição dos exercícios a ser realizado pelo cardiopata”. É obrigação dos educadores físicos avaliar o aluno cardiopata antes de qualquer prescrição de 32 exercícios físicos para certificar-se que o treinamento seja eficaz para a sua saúde sem coloca-lo em riscos. Entretanto Vanzelli et. al (2005) afirma que: “ avaliações pré-teste de esforço, como a anamnese, são imprescindíveis, pois permitem avaliar o histórico familiar e doenças pregressas”. Na concepção de Kraemer e Tairova (2011, p. 05), “o histórico do médico devem conter informações tais como: qualquer tipo de problema clínico, sintomas, medicamentos utilizados ou informações referentes à testes realizados anteriormente”. Ghorayeb et. al (2005, p.87) afirma que: A anamnese permanece como a fonte mais rica de informação, devendo ser completa e detalhada, com ênfase para os antecedentes cardiovasculares familiares, sintomas sugestivos de doença cardiológica e história cronológica da vida esportiva. Com isso, a prescrição do treinamento físico para o cardiopata será eficaz, promovendo a melhora da saúde desses indivíduos reduzindo os riscos de possíveis eventos cardíacos. 3.5 ANÁLISE DA QUESTÃO 5:VOCÊ ACOMPANHA O CARDIOPATA DA MESMA FORMA QUE ACOMPANHA OUTROS CLIENTES? Quando analisou-se essa questão, verificou-se que os entrevistados 1, 2, 5 e 6 responderam que o atendimento aos cardiopatas é diferenciado, pois é um público com a necessidade de maior cuidado e atenção, com aplicação de atividades aeróbias e anaeróbias de intensidade baixa à moderada. O profissional de Educação Física deve se possível, também fazer o uso de um frequencímetro durante a realização dos exercícios físicos pelo individuo com 33 doenças cardiovasculares, salienta o entrevistado 1, para o controle da frequência cardíaca, evitando uma frequência acima da estimada. Já, os profissionais entrevistados 3 e 4 afirmaram que atendem seus alunos cardiopatas da mesma forma que atendem um aluno sem patologias, o que percebe-se que há um erro significativo, podendo levar à uma regressão no lugar de uma progressão na saúde desses indivíduos, expondo-os à grandes riscos. O entrevistado 3 ainda confirma que faz o uso de programas computadorizados para os indivíduos cardiopatas, assim como faz para os demais alunos frequentadores da academia, não prescrevendo um treinamento diferenciado à essas pessoas portadoras de doenças coronarianas. Segundo Dias, Silva e Elicker (2010), “é imperativa a especificidade em qualquer tipo e nível de treinamento, essa necessidade está de acordo com o que realmente os cardiopatas precisam, treinamento específico centrado em sua patologia”. Isso afirma que os profissionais de Educação Física devem atender seus alunos cardiopatas com especificidade, respeitando a individualidade biológica, prescrevendo exercícios condizentes à eles, enfatizando nas atividades que lhe tragam prazer e envolvimento, para assim cativar esses indivíduos incentivando-os à prática de atividade física melhorando sua qualidade de vida. Outro cuidado que os profissionais de Educação Física devem ter é em relação as variáveis do treinamento físico. Como destaca Kraemer e Tairova (2011), “alguns cuidados devem ser tomados em relação às variáveis que compõem o treinamento físico, tais como: intensidade, duração e frequência”. Para a prescrição de exercícios à esses indivíduos, é preponderante o cuidado que os profissionais devem ter com essas variáveis, a fim de proporcionar uma vida mais saudável com menos riscos aos indivíduos com doenças coronarianas. 34 3.6 ANÁLISE DA QUESTÃO 6: JÁ ACONTECEU DE UM CARDIOPATA CHEGAR NA ACADEMIA ONDE VOCÊ TRABALHA PARA SE EXERCITAR E A ACADEMIA MANDA-LO PROCURAR UM LOCAL ESPECÍFICO À ELE? De acordo com a análise da questão que segue, verificou-se que todos os entrevistados tiveram a mesma resposta, nunca encaminharam esses indivíduos para algum local que seja específico à eles, pois, salientaram que é preciso atender de forma positiva à todos os alunos que procuram as academias pelo fator de prevenção promovendo a melhora da saúde e bem estar conforme a necessidade de cada indivíduo, respeitando suas restrições. O entrevistado 2 ainda reforça que ao chegar um indivíduo cardiopata na academia, procura seguir os procedimentos necessários para atende-lo da melhor forma possível de acordo com seus objetivos, e o profissional entrevistado 5 afirma que já realizou vários cursos nessa área, e que também possui vasta experiência com esses indivíduos, pois atende a um público grande portadores dessa patologia. Conforme estudos recentes, a quantidade de indivíduos cardiopatas que estão procurando as academias para cuidar de sua saúde está crescendo de um modo significativo, isso mostra que as pessoas estão preocupadas com seu estilo de vida. Nahas afirma que “Pesquisas em diversos países, inclusive no Brasil, tem mostrado que o estilo de vida, mais do que nunca, passou a ser um dos mais importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades”. Com um estilo de vida melhor, o ser humano consegue ter uma vida mais saudável, inclusive os cardiopatas, com a prática de atividades físicas regularmente, pode-se reduzir os fatores de risco para doenças do miocárdio, evitando um evento cardíaco. É nesse contexto que Nahas (2003, p. 09) afirma que: 35 [...] uma das responsabilidades fundamentais dos profissionais de saúde, principalmente os da Educação Física, deveria ser bem informar as pessoas sobre fatores como associação entre atividade física, aptidão física e saúde, os princípios para uma alimentação saudável, as formas de prevenção de doenças cardiovasculares ou o papel das atividades físicas no controle do stress . 3.7 ANÁLISE DA QUESTÃO 7: VOCÊ SABE QUAIS OS TIPOS DE EXERCÍCIOS PODEM SER APLICADOS A UMA PESSOA CARDIOPATA? Dos entrevistados, os profissionais 4 e 5 somente relataram que sabem quais os tipos de exercícios podem ser aplicados à uma pessoa cardiopata, sem especificar suas respostas o que pode-se entender que existe dúvidas da parte desses profissionais em relação à prescrição de um plano de exercícios físicos para indivíduos cardiopatas. Em contra partida, os entrevistados 1, 2, 3 e 6, responderam que deve-se aplicar exercícios aeróbios e anaeróbios de baixa intensidade como caminhada, hidroginástica, exercícios resistidos com pouco peso e com algumas restrições, desenvolvendo um plano estruturado juntamente com um cardiologista, como afi rma o entrevistado 2. A partir desse aspecto, Forjaz et al.(202, p.35) afirma que: Os exercícios aeróbios, ou seja, as atividades realizadas com grandes grupos musculares movimentados de forma cíclica com baixa a moderada intensidade e longa duração, feitas de três a cinco vezes por semana, são as mais recomendadas para a prevenção cardiovascular primária e secundária. Desse modo, Kraemer e Tairova (2011, p. 215), afirmam que a intensidade que devem ser aplicados os exercícios em pessoas cardiopatas é de 55% à 65%, dessa forma, é de plena importância saber que indivíduos com riscos cardiovasculares moderado à alto, precisam de total supervisão pelo profissional de 36 Educação Física como também, do médico, nutricionista e psicólogo, para que tenham benefícios. 3.8 ANÁLISE DA QUESTÃO 8: VOCÊ SE SENTA CAPACITADO O SUFICIENTE PARA PRESCREVER UM PLANO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA UM CARDIOPATA? Após a análise dos profissionais referente à prescrição de atividade física para indivíduos com cardiopatias, os entrevistados tiveram respostas semelhantes, porém o entrevistado 1 ainda afirma que sente-se capacitado pois já participou de vários cursos relacionados a prescrição e atendimento à esses indivíduos com doenças relacionadas ao coração. Segundo Colberg (2003, p. 53), uma maneira de verificar a intensidade dos exercícios, além da frequência cardíaca, e depois da anamnese e dos testes, seria a escala de Borg. Esse método permite observar a dificuldade na realização dos exercícios pelos indivíduos e assim ajustar a intensidade ideal. Em contra partida, o entrevistado 3 confirma que é capacitado para a prescrição de um plano de exercícios físicos para seus clientes cardiopatas, mas confessa que sente uma certa insegurança ao aplicar os exercícios prescritos para esse indivíduo, isso nos mostra que ainda existe uma carência de informações que faça com que esse profissional se sinta capacitado o suficiente para a realização dos planos prescritos a um cardiopata, sentindo-se inseguro ao atender esses indivíduos. Na resposta do entrevistado 2, percebe-se que está correto a afirmação de que o procedimento que deve ser feito antes de qualquer prática de atividade física pelo cardiopata são os exames e laudo médico para que o profissional de Educação Física possa ter segurança na aplicação dos exercícios prescritos por ele, pois com 37 esses exames e o laudo médico, é possível conhecer o indivíduo que será atendido, suas limitações e restrições. 3.9 ANÁLISE DA QUESTÃO 9: EM SUA OPINIÃO, QUAIS OS CUIDADOS QUE O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA DEVE TER COM UM INDIVÍDUO CARDIOPATA? Ao analisar as respostas dessa questão, percebe-se que os entrevistados 1, 3 e 5 responderam semelhantemente, onde, deve-se primeiramente aplicar uma anamnese para conhecer esse indivíduo, exigir um laudo do seu médico cardiologista para saber o diagnóstico desse cardiopata para então proceder com o treinamento. Para Kraemer e Tairova (2011, p.02): Esses indivíduos na maior parte das vezes, apresentam capacidade funcional reduzida e anormalidades eletrocardiográficas, o que os torna mais suscetíveis à intercorrências cardiovasculares durante a realização de exercício físico. Por isso, avaliações pré-teste de esforço, como a anamnese, são imprescindíveis, pois permitem avaliar o histórico familiar e doenças pregressas . Conhecendo bem o cardiopata é possível ter grandes resultados, tanto na prevenção de possíveis eventos cardíacos como também na reabilitação em indivíduos infartados, com a devida prescrição, atendendo cada um de acordo com seu objetivo e individualidades, como afirma o entrevistado 5. Já os respondentes 2, 4 e 6, salientaram que é importante ter cuidados com a intensidade do treinamento para esses indivíduos não excedendo à 65% da frequência cardíaca máxima, sempre com orientação e acompanhamento médico, conscientizando-os ao uso da medicação correta prescrito pelo seu cardiologista. 38 3.10 ANÁLISE DA QUESTÃO 10: SABERIA EM QUAL INTENSIDADE DEVE-SE TRABALHAR COM UM CARDIOPATA? Quando analisou-se essa questão, percebeu-se que as respostas dos profissionais entrevistados foram semelhante, porém diferenciam-se pela forma em que responderam. O entrevistado 1, ressalta que a intensidade dos exercícios devem ser entre 65% à 70%, o entrevistado 3 argumentou que deve-se trabalhar com exercícios de baixa intensidade, porém não deixou claro que intensidade é essa. Já os entrevistados 2 e 4 tiveram a mesma resposta, que o profissional precisa fazer testes com o beneficiário para saber a sua frequência máxima e mínima para poder ter o conhecimento da intensidade a ser trabalhada e poder manter o seu treino. Na concepção de Kraemer e Tairova (2011, p. 09), a intensidade dos exercícios que serão prescritos pelo profissional irá depender da frequência cardíaca máxima do indivíduo cardiopata, para proporcionar benefícios á saúde, e enfatiza a importância de o médico cardiologista saber se o indivíduo toma algum medicamento que possa alterar sua frequência cardíaca tanto em repouso como na realização dos exercícios físicos, esses medicamentos mudam a prescrição do plano de treinamento. O entrevistado 5 afirmou que sabe em qual intensidade trabalhar com o cardiopata e enfatizou que isso vai depender de cada indivíduo, a sua cardiopatia e sua gravidade. Isso está de acordo com a concepção dos autores citados acima, onde é medida a intensidade de acordo com a frequência cardíaca de cada cardiopata e sua patologia, ou seja, seu histórico. 39 Enfim, o entrevistado 6 respondeu que deve-se prescrever exercícios com uma intensidade entre 55% à 65% da frequência cardíaca do beneficiário cardiopata. Verifica-se que esses percentuais estão dentro dos parâmetros de intensidade indicados que encontra-se na literatura, mas é de suma importância respeitar as individualidades de cada beneficiário e saber qual a intensidade mais adequada para cada um deles, suprindo as necessidades de cada indivíduo. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A partir do referencial teórico desse estudo, percebeu-se a importância da prática de atividade física para os beneficiários cardiopatas e a significância do profissional de Educação Física na vida desses indivíduos. O exercício físico é um aliado na prevenção e no combate às doenças relacionadas ao coração, bem como, reduz os fatores de risco que levam à condições para o surgimento dessas patologias. Visto a suma importância da atividade física para a melhora da saúde dos cardiopatas, e as respostas que o exercício físico causa nas capacidades desses indivíduos, verifica-se a plena importância do conhecimento que o profissional de Educação Física deve ter em relação à prescrição de um plano estruturado de exercícios físicos para os indivíduos portadores de doenças coronarianas. Após analisar os dados obtidos nessa pesquisa, concluiu-se que os profissionais de Educação Física que foram entrevistados ainda possuem uma carência de informações e conhecimento sobre patologias relacionadas ao coração, dificultando na elaboração de um plano de exercícios para estes, o que causa insegurança da parte dos profissionais na prescrição de exercícios físicos para os cardiopatas. Verificou-se através da literatura que tanto exercícios aeróbios quanto exercícios anaeróbios podem ser aplicados no plano de exercícios para um indivíduo com doenças coronarianas, mas deve-se ressaltar que o profissional precisa conhecer esse indivíduo, sua individualidade biológica e seu histórico patológico. Com a aplicação de testes e a anamnese feita pelo profissional, bem como o laudo do médico cardiologista, pode-se conhecer o cardiopata e assim fazer a 41 prescrição das atividades a serem realizadas por ele de acordo com suas necessidades, trazendo benefícios para a sua qualidade de vida. O profissional de Educação Física precisa estar sempre em busca de conhecimento através de cursos específicos para cada tipo de patologia e a prescrição de exercícios, deve-se buscar aperfeiçoamento sobre tudo que abrange a área da saúde para poder ter segurança e certeza quando irá fazer a prescrição de um plano estruturado de acordo com os objetivos que é proposto ao indivíduo em que será aplicado esse treinamento, para poder beneficiar a todos que procuram melhorar seu estilo e qualidade de vida. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Arthur de Carvalho, Cardiologia: Medicina Interna. 2° ed. São Paulo: Ed. Sarvier, 1988. BEZERRA, Valéria de Carvalho; MACRUZ, Radi, Cardiopatia isquêmica: aspectos de importância clínica. São Paulo: Ed. Sarvier, 1989. BRUM, P. C. et al. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Ver. paul. Educ. Fís., Vol 18. P.21-31. São Paulo, 2004. Disponível em: <http://ucbweb2.castelobranco.br> Acesso em 21 junho 2014. 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Acesso em: 31 maio de 2014 ANEXOS 46 ANEXO A – ENTREVISTA APLICADA AOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM RELAÇÃO À CARDIOPATIA Esta pesquisa tem por objetivo investigar o conhecimento dos profissionais de Educação Física sobre cardiopatias e a prescrição de exercícios físicos para os cardiopatas. O questionário abaixo faz parte de uma monografia acadêmica sobre o procedimento adotado nas academias em relação ao beneficiário cardiopata. 1. O que você entende por cardiopatia? 2. Onde você trabalha tem alguma pessoa cardiopata que faz atividade física? 3. Quantas pessoas cardiopatas fazem exercícios físicos orientados na academia em que você trabalha? 4. Ao chegar uma pessoa cardiopata na academia, você sabe quais os procedimentos a realizar? 5. Você acompanha o cardiopata da mesma forma que acompanha outros clientes? 6. Já aconteceu de um cardiopata chegar na academia onde você trabalha para se exercitar e a academia manda-lo procurar um local especifico à ele? 47 7. Você sabe quais os tipos de exercícios podem ser aplicados a uma pessoa cardiopata? 8. Você se sente capacitado(a) o suficiente para prescrever um plano de atividade física para cardiopatas? 9. Em sua opinião, quais os cuidados que o profissional de educação física deve ter com um individuo cardiopata? 10. Saberia em qual intensidade deve-se trabalhar com um cardiopata?