ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 20/07/14
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
1
Ano CXIV
Edição 29
Domingo, 20.07.2014
R$ 3,20
2
o jornal batista – domingo, 20/07/14
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
PUBLICAÇÃO DO
CONSELHO GERAL DA CBB
FUNDADOR
W.E. Entzminger
PRESIDENTE
Luiz Roberto Silvado
DIRETOR GERAL
Sócrates Oliveira de Souza
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO
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(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)
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Othon Avila
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Hoje é o dia do Jornal Batista!
N
este domingo, dia
20 de julho, é celebrado o dia de
O Jornal Batista.
Queremos destacar algumas
informações históricas deste
nosso Jornal.
Fundado em 1901 com seu
primeiro número aparecendo em 10 de janeiro desse
ano. O JORNAL BATISTA,
em 1909, se tornou o órgão
oficial da Convenção Batista
Brasileira, é humanamente
falando, a obra de W. E. Entzminger. É preciso, entretanto,
reconhecer que, para a realização de seu ideal, Entzminger contou com a compreensão, a visão denominacional
e o desprendimento de dois
outros grandes missionários:
Salomão L. Ginsburg e Zacarias C. Taylor. Há quem diga
que o primeiro jornal batista
brasileiro foi O CRISTÃO
BRASILEIRO, fundado por W.
B. Bagby, no Rio de Janeiro,
em 1887. Outros, entretanto,
reivindicam essa glória para
Zacarias C. Taylor, que teria
fundado O ECO DA VERDADE em 1884, na Bahia.
Não existem que saibamos
exemplares dos primeiros
números desses jornais. Em
1889 montou na Bahia uma
pequena tipografia no porão
do velho Aljube. Aos poucos
o Dr. Taylor a foi aumentando até chegar a possuir uma
oficina modesta embora, mas
que prestava bons serviços.
Em maio de 1889, saiu dali
o primeiro número de O
ECO DA VERDADE, título
este mais tarde mudado para
A VERDADE, que, por seu
turno, foi substituído, depois,
pelo de A NOVA VIDA, mensário de 12 páginas. Zacarias
C. Taylor em sua Autobiografia, documento interessantíssimo, que poucos têm a
ventura de conhecer, refere-se a 1884 como data da fundação do ECO DA VERDADE. Parece-nos, entretanto,
que sua memória falhou ao
escrever a data e cremos que
O Jornal Baptista
a informação de Entzminger
é a exata. É mais fácil determinar o aparecimento de
AS BOAS NOVAS, jornal de
Salomão L. Ginsburg: surgiu
em Campos, em 15 de março
de 1894. Em maio de 1900
realizou-se aqui no Rio uma
reunião de missionários norte-americanos: W. B. Bagby,
Zacarias C. Taylor, Salomão
L. Ginsburg, J. J. Taylor e W.
E. Entzminger. Decidiram
eles fundar no Rio de Janeiro uma Casa Publicadora e
publicar um jornal batista
nacional. Até então A NOVA
VIDA servia aos batistas da
Bahia para cima, e AS BOAS
NOVAS servia os de Campos
para baixo, um para o Norte
e outro para o Sul. Os missionários achavam melhor
ter um jornal só para o país
inteiro. Para que isso acontecesse, Zacarias C. Taylor
abriu mão do seu jornal, o
mesmo fazendo Salomão
Ginsburg. Zacarias fez mais:
vendeu o material tipográfico
que tinha na Bahia e enviou
a importância conseguida
para o Rio, a fim de ajudar
no lançamento da empresa.
É digno de nota o desprendimento dos dois grandes
missionários suprimindo a
publicação dos seus jornais
para que surgisse O JORNAL
BATISTA. Poder-se-ia colocar no expediente de nosso
jornal: sucessor de AS BOAS
NOVAS e de A NOVA VIDA
e assim recuaríamos a data de
nossa fundação para 1889.
Mas não criemos problemas históricos e fiquemos
mesmo com a data de 10 de
janeiro de 1901 e os cento
e treze anos de O JORNAL
BATISTA.
A assembleia anual da Convenção Batista Brasileira,
realizada em Recife de 1909,
adotou O JORNAL BATISTA
como seu órgão oficial e
estabeleceu o 3ºdomingo de
julho, de cada ano, como o
Dia do JORNAL BATISTA.
(SOS)
Capital Federal 10 de Janeiro de 1901
Nº 1
Nasce o modesto periódico
A direção é responsável, perante a
lei, por todos os textos publicados.
Perante a denominação batista,
as colaborações assinadas são de
responsabilidade de seus autores e
não representam, necessariamente,
a opinião do Jornal.
DIRETORES HISTÓRICOS
W.E. Entzminger,
fundador (1901 a 1919);
A.B. Detter (1904 e 1907);
S.L. Watson (1920 a 1925);
Theodoro Rodrigues Teixeira
(1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946);
Almir Gonçalves (1946 a 1964);
José dos Reis Pereira
(1964 a 1988);
Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e
Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
A.L. Dunstan (1907);
Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
Em 1901 eram escritas as
primeiras linhas do semanário
que abençoaria o povo batista por
longos anos.
Em 1909 na Assembleia Anual da Convenção
Batista Brasileira, realizada em Recife, o periódico
da denominação tornou-se o Órgão Oficial, sendo
estabelecido o 3º domingo do mês de Julho de cada
ano, como o Dia do JORNAL BATISTA.
Durante um bom tempo essa data foi esquecida,
mas no exemplar de 03-01-1971, “ressuscitamos
essa comemoração”.
Em 1996 O Jornal Batista
Um novo formato e colorido,
começamos uma nova época do
nosso semanário.
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reflexão
Carlos Henrique Falcão,
pastor da Igreja da
Liberdade - RJ
“U
m chute
no travessão aos 30
minutos do
segundo tempo da prorrogação na partida entre Brasil e
Chile, pelas oitavas de final
da Copa do Mundo poderia
ter mudado a história do
Mundial. O chileno Mauricio Pinilla, de 30 anos, autor da finalização, resolveu
eternizar o momento com
uma tatuagem do lance que
assustou a torcida brasileira” (http://www.estadao.
com.br/). Em seguida, as
reportagens dos canais da
esotérica Rede Globo (TV
Globo e Esporte TV) anunciaram a “sorte” do Brasil
no lance. Um dos repórteres
disse que temos “sorte de
campeão”.
“Sorte” misturada com superstição é a mensagem esotérica da vez. Pessoas tomam
uma série de atitudes antecipadas para ter “sorte”. Não é
de hoje que o homem deseja
interferir no futuro. Quando
dá certo é sorte. Quando dá
errado foi azar. Esta ideia é
tão forte na sociedade que
se não tomarmos cuidado
iremos aplicar na vida cristã
os princípios da “sorte”: “Se
acontecer foi da vontade de
Deus, se não acontecer é
porque Deus não quis”.
Mas a Bíblia fala de sorte?
Fala. Em vários momentos
quando era preciso uma
decisão difícil, após pedir
a orientação de Deus, o
sorteio realizado era considerado a expressão da Sua
vontade. Davi é grato por
sua vida e diz que foi Deus
o organizador dos fatos e é
o mesmo Deus que garante
o seu futuro. A tudo o que
Deus fez e fará, Davi chama
de sorte (Sl 16.5). Em lugar
nenhum da Bíblia encontramos alguma referência
a fatos que acontecem ao
acaso. Nenhum personagem
bíblico fica com os dedos
cruzados esperando acontecer e depois se alegra com
a sua sorte. O “acaso” não
acontece na vida do servo
de Deus.
A Bíblia nos convida entregar a vida a Deus e a confiar na providência divina:
“Entrega o seu caminho ao
Senhor, confia nele, e Ele
agirá” (Sl 37.5). Por causa
dessa entrega, o mesmo
salmista, diz para o servo de
Deus “descansar no Senhor
e aguardar com paciência”
enquanto Ele age (Sl 37.7).
O profeta Isaías também é
enfático quando convida
Israel a confiar em Deus:
“Desde os tempos antigos
ninguém ouviu, nenhum
ouvido percebeu, e olho
nenhum viu outro Deus,
além de ti, que trabalha para
aqueles que nele esperam”
3
(Is 64.4). Temos um Deus
que trabalha por nós e em
nós. Não existe outra força
a nosso favor porque Deus
mesmo disse: “Agindo eu,
quem pode desfazer?” (Is
43.13-NVI). Isso quer dizer
que o servo de Deus confia
na providência divina e será
sempre campeão porque
Deus fará o que Ele deseja
fazer e não há nada que
mude a sua vontade. O servo de Deus não é campeão
por causa da sorte. É campeão porque Deus faz. O
servo de Deus pode confiar
em alguém que age. Não
precisa depender do acaso.
Seja campeão! Confie no
único Deus vivo e verdadeiro.
4
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reflexão
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
Daltro de La Puente Machado, Paulo, Timóteo; etc. São muitos e edificantes os exemplos
membro da Igreja Batista
Central de Volta Redonda - RJ encontrados na Bíblia. Também na história secular temos
“O nobre projetará coisas exemplos de personalidades
nobres. E nas coisas nobres notáveis que tiveram grandes
mentores, evidenciando que
persistirá” (Is 32.8).
um verdadeiro mentor sempalavra mentor é pre ajuda alguém a ser uma
formada a partir de pessoa melhor e a encontrar
um personagem da sentido na vida, na busca de
mitologia. Na Odis- autorrealização.
A qualidade da vida, espeseia – poema épico grego, do
século VIII a.C. – Homero cialmente da vida cristã, a
conta que Ulisses ao sair para qualidade da gestão eclesia Guerra de Troia, confiou ástica, da governança corpoo palácio e os cuidados de rativa - pública ou privada,
seu filho Telêmaco a um com certeza apresentaria
sábio conselheiro chamado resultados infinitamente meMentor. Quando retornou lhores se a mentoria fosse
encontrou Telêmaco, de per- sistematizado. Parece que o
sonalidade madura, exibindo mundo ainda ignora a relecomportamento exemplar, vância deste processo que
desempenho competente enriquece tanto ao mentoe caráter íntegro. Ulisses, reado quanto ao mentor,
então deduziu que isto só porque há uma “fertilização
poderia ter sido resultado cruzada” e a ação se proda influência, da sabedoria, cessa no campo das ideias.
da experiência, do exemplo Vale citar o provérbio chie da dedicação de Mentor. nês: “Se dois homens vêm
Com base neste significado o andando por uma estrada,
Dicionário Aurélio da Língua cada um com um pão, e, ao
Portuguesa conceitua “men- se encontrarem, trocarem os
tor como pessoa que guia, pães, cada um vai embora
ensina ou aconselha”. Por- com um. Se dois homens
tanto, mentor é aquele que vêm andando por uma esdá suporte e encorajamento trada, cada um com uma
para que alguém planeja- ideia, e, ao se encontrarem,
damente aprenda, realize trocarem as ideias, cada um
seu potencial, desenvolva vai embora com duas”. Igualsuas habilidades, melhore mente, mentorear, tem esta
seu desempenho e viva com característica, é enriquecedor
aos dois (quem ensina, tem
qualidade de vida.
Mentoria, palavra derivada, que se preparar, então se
é o processo de transferência enriquece; quem aprende,
de experiências através de tem sua carência suprida, se
um relacionamento dura- enriquece também), ninguém
douro, profundo, dinâmico, sai perdendo, os dois saem
de confiança, de apoio e de ganhando. Quando se comenriquecimento mútuo, entre partilha experiências, quem
duas ou mais pessoas, suprin- ensina e quem aprende desdo necessidades e proporcio- cobrem que é possível estar
nando oportunidades de cres- sempre aberto para o novo
cimento pessoal, onde o mais e para mudanças. Ambos
experiente (por exemplo, o transformam o trabalho em
apóstolo Paulo – Mentor) um aprendizado constante,
transmite visões, sonhos, capaz de mudar vidas.
O objetivo do mentor é
ideais, princípios, valores,
atitudes, conhecimentos, levar alguém a ter mudanhabilidade e sabedoria ao ça de vida, exibindo commais novo (por exemplo, o portamento futuro melhor
jovem Timóteo – Mentorea- do que o atual, porém esta
do), ajudando-o a descobrir e mudança precisa desenvolusar bem seus dons, talentos ver integralmente a vida de
e a cumprir seus desafios e seu discípulo. Assim como
Paulo não fez de Timóteo
crescer na vida.
A Bíblia registra vários um Paulinho, o objetivo do
exemplos de pessoas que se mentor não é reproduzir a si
beneficiaram da mentoria. mesmo, mas oportunizar o
Jesus, que mentoreou doze desenvolvimento integral da
homens e os fez discípulos, vida de seu aluno, evitando
ensinando-os e instruindo-os, uma relação excessiva de
assim como a Nicodemos, dependência. Exigirão do
a Maria (irmã de Lázaro) e a mentor diante desta necesinúmeras pessoas é o nosso sidade especial, um nível de
maior paradigma de mentor. maturidade, sensibilidade,
Jetro mentoreou Moisés; Moi- humildade, empatia e senso
sés, Josué e Calebe; Noemi, de responsabilidade para a
Rute; Samuel, Davi; Elias, efetividade da aprendizagem.
Eliseu; Ananias, Saulo (Paulo); Pode-se, aqui parafrasear o
A
TWI/JI - SE O MENTOREADO NÃO APRENDEU, O
MENTOR NÃO ENSINOU.
TWI - Training Within Industry / JI - Job Instruction), método de ensino industrial para
“foreman”, iniciado em 1940
durante a Segunda Guerra
Mundial que objetivava incrementar a produção para
suprir as necessidades do
esforço de guerra das Forças
Aliadas, adotava o slogan “If
the learner has not learned,
the teacher has not taught”.
Vale dizer que o fruto deste
relacionamento só se efetiva
quando o mentoreado incorpora conscientemente os
conhecimentos ministrados
e, em decorrência disto adota comportamento coerente
com o aprendizado.
Em que pese o grande avanço do mundo globalizado,
percebe-se que não há cultura voltada para a prática
de mentoria. Há muita gente
boa, inclusive nos nossos
arraiais, “que sabe e sabe que
sabe”, estando apta para ensinar, mas não gosta, não quer,
alega não ter tempo nem
paciência e não se dispõe a
mentorear quem tem necessidade, deixando transparecer
insegurança, falta de discernimento, de solidariedade, de
altruísmo, com uma ponta de
egoísmo, preferindo, às vezes
ter alguém ao seu lado desprovido de instrução, indouto.
No lado oposto, há muita gente, “que não sabe e sabe que
não sabe”, necessitando de
aprender para se desenvolver
e viver melhor, mas não quer,
alega não ter (ou não poder
perder) tempo e não se dispõe
a aprender para suprir suas
carências e suas deficiências,
deixando transparecer falta de
humildade, preferindo assim
não revelar suas fraquezas e
mazelas, numa concordância
tácita com a ideia retrógrada
e que contraria a teoria da
aprendizagem que diz “pau
que nasce torto não tem jeito
morre torto”, que, aliás, é uma
balela.
Portanto, procurar, descobrir mentor é preciso... Para
se descobrir um mentor, o
OLAVO FEIJÓ
Pastor, professor de Psicologia
O enorme
número das
bênçãos
“A minha boca manifestará a tua justiça e a tua
salvação todo o dia, pois
não conheço o número
delas” (Sl 71.15).
o Salmo 71 Davi
explica a razão
de sua postura de
gratidão e louvor
ao Senhor: “A minha boca
relatará as bênçãos da Tua
justiça e da Tua salvação
todo o dia, posto que não
conheça o seu número” (Sl
71.15).
A memória humana é impressionantemente frágil,
quando se trata de relatar
as bondades de Deus para
conosco. Por outro lado,
quão grande é a nossa lista,
quando se trata de nossas
mágoas e de nossas queixas. Ao ponto de, às vezes,
acharmos que o Senhor nos
esqueceu.
Neste contexto, a atitude do salmista destoa das
nossas tendências. Depois
de alguma meditação, ele
descobriu que o Senhor não
tira férias, quando se trata
de ajudar Seus filhos. Noite, dia, domingos e feriados. Neste ponto, depois de
muito pensar, concluiu: na
verdade, nós nunca saberemos o número completo
das bênçãos divinas. Não
somente não conhecemos a
intensidade e a fidelidade de
Suas bênçãos – mais do que
isto, na maioria das vezes,
nem sequer entendemos a
razão, não nos surpreendamos quando, ao amadurecermos em nossa comunhão
com Ele, de vez em quando
detectamos as intervenções
divinas. Vale a pena aprender a contar as bênçãos que
recebemos Dele. Quer entendamos ou não.
primeiro passo é querer e
em seguida ter coragem de
perguntar a alguém que se
admira se está disposto a ser
seu mentor. Outra maneira
é dizer às pessoas que está à
procura de um mentor. Certamente quem assim agir, ficará surpreso com a disposição
de tantas pessoas qualificadas
em ajudar.
Para finalizar, o Processo
de Mentoria abaixo esquematizado, objetiva mostrar
no contínuo uma visão do
relacionamento mentor-mentoreado (adaptação do modelo
de Warren Schmidt e Arthur
Johnson, em “Estilos de Consultoria”, sugerindo que toda
situação de mentoria envolve
uma mesclagem potencialmente diferente da experiência
do mentoreado e do mentor,
ressaltando-se que o processo
é dinâmico e deve acontecer
de forma normal e gradual,
tendo início (primeiro o mais
simples), meio (aprofundamento dos conteúdos teóricos
e práticos) e fim (pontos mais
complexos, acompanhamento
e “feedback”), visando assegurar a capacitação.
N
o jornal batista – domingo, 20/07/14
reflexão
Presidente da Convenção Batista
Brasileira, pastor Luiz Roberto
Silvado foi eleito vice-presidente
da Aliança Batista Mundial
F
Durante a reunião do Conselho Geral da Aliança Batista Mundial, realizada esta semana
na Turquia, foi definida a Diretoria do próximo quinquênio 2015 a 2020, sendo eleito para
presidente o sul-africano Paul Smiza e para vice-presidente o pastor Luiz Roberto Silvado,
representando o Brasil e toda América do Sul.
Leia mais sobre esta matéria nas próximas edições.
Rogério Augusto de Paula,
pastor da Primeira Igreja
Batista em Colatina - ES
E
stamos às portas de
mais um pleito, nesses
momentos é comum
surgir candidatos de
toda espécie. O tradicional,
o exótico, o novo, o representante de classes, o que
promete muito, o utópico,
o defensor das minorias, o
salvador da pátria etc. Dentre
estes há também o candidato
de última hora, aquele que
em geral busca fazer alianças
com todos os seguimentos da
sociedade, inclusive com as
igrejas. Apresentam dificuldades para vender facilidades.
Eleições vêm, eleições vão,
políticos vêm, políticos vão,
no entanto, a sociedade brasileira continua padecer com
problemas que estão ai há décadas. Educação deficitária,
saúde na UTI, falta de investimentos em saneamento bá-
sico, segurança ultrapassada,
desvio de recursos públicos
etc. São situações que perduram. Então o que fazer?
Acordar o “gigante que
dorme em berços esplêndidos” seria uma boa opção!
Há um provérbio chinês
que diz: “Os loucos às vezes se curam. Os imbecis
nunca”!
O povo é tratado como
imbecil porque se comporta
como imbecil, principalmente no momento de escolher
os seus representantes políticos e no momento de reivindicar os seus direitos básicos.
Segundo o profeta Oséias
4.6 “O povo estava sendo
destruído por falta de conhecimento”. Por falta de conhecimento deixamos Deus de
fora das nossas decisões políticas. Por falta de conhecimento elegemos pessoas despreparadas e descomprometidas
com Deus e com o povo. Por
falta de conhecimento do que
somos capazes de realizar por
intermédio de Deus, o povo
sofre, a corrupção aumenta,
a imoralidade é institucionalizada e o país cada vez mais,
mergulha no caos social.
O texto de II Crônicas 7.14
nos diz: “Se o meu povo, que
se chama pelo meu nome, se
humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus
maus caminhos, dos céus
o ouvirei, perdoarei o seu
pecado e curarei a sua terra”.
É preciso clamar para que
o Senhor tenha misericórdia
de nós e dessa terra chamada
Brasil, que tanto amamos.
A frase atribuída a Platão, “Não há nada de errado com aqueles que não
gostam de política. Simplesmente serão governados
por aqueles que gostam”,
exemplifica de forma fantástica a posição dos cristãos brasileiros em relação à política.
Acorde povo de Deus; vamos clamar.
oi um susto tremendo. Eu estava numa
Caravan, um carro
pesadão, cuja direção
mecânica exigia algum esforço. Ia de Irajá para a Tijuca.
Naquele tempo eu me dava
bem com um “carrão” dois
ponto zero. Tomei a rua que
tem nome do poeta paulista
Álvares de Azevedo, no Jacaré. Após o cruzamento da
entrada da favela, há um leve
declive, que termina em uma
curva à direita. Ao entrar na
curva, vi na calçada à direita,
junto ao meio fio, esperando
para atravessar a rua, uma
senhora que levava um bebê
ao colo, amparando-o com
o braço esquerdo, enquanto
sua mão direita sustentava
uma bolsa. Ao seu lado, uma
menina de seus três anos,
não mais, segurava-se com a
mão na alça da bolsa da mãe.
Subitamente, a menina soltou a mão e, rápida como um
corisco, ameaçou atravessar
a rua. O que deu na cabeça
da guria? Quem pode saber?
Eu já estava a pouca distância. Se a garota corresse, eu
não teria como parar o carro
para evitar o atropelamento,
fatal com certeza, algo que
jamais me aconteceu. Foi um
zás. Mais rápido do que eu
pudesse pensar no que fazer
ou mesmo reagir por impulso, como por exemplo, jogar
o carro para a esquerda, num
reflexo instintivo, a mãe soltou a bolsa e agarrou a menina pelos cabelos, puxando-a
para si. Instintivamente pisei
no freio e estava bem de
vagar, tentando me refazer
do susto. Ainda pude ver,
antes de completar a curva,
a mãe passar rapidamente a
bolsa para a mão esquerda,
mesmo amparando o seu
bebê e segurar a mão da filha
com a mão direita para, logo
em seguida, atravessar a rua,
como pude ainda ver pelo
retrovisor.
Ficou-me uma preciosa
lição daquele evento. Não
somos nós que temos de segurar na mão de Deus. Se a
nossa segurança dependesse
do nosso esforço em segurar
5
na mão de Deus, estaríamos
perdidos. “Segura na mão
de Deus” é o apelo de um
conhecido hino baseado na
convicção da salvação pelas
obras, por mérito humano.
“Tenho que fazer por onde”,
é o que pensam os que pensam que nós é que precisamos segurar na mão de
Deus, ao invés de confiarmos
na sua graça e no seu poder
para nos dar segurança. Não
conheço um único versículo
bíblico que me diga que sou
eu que preciso segurar na
mão de Deus. Mas há várias
promessas de Deus dizendo
que Ele me toma pela mão
e me segura com sua destra
poderosa.
Naquele remoto incidente
na rua Álvares de Azevedo,
Deus interveio, livrou aquela
menina de morrer atropelada, guardou sua mãe de uma
grande dor e guardou também a mim, por sua graça,
de uma experiência terrível.
Podemos confiar na poderosa mão do nosso Deus.
Podemos! Por sua maravilhosa graça, Deus realmente
nos livra dos perigos, muitos
dos quais jamais viremos, a
saber, que nos ameaçaram.
Ficou a marca em minha
alma. Sempre que passo por
aquela rua, é impossível não
me lembrar, daquela fração
de segundo por mim vivida, como é impossível não
agradecer a Deus pelo livramento, mais rápido do que
um flash, mas que marcou
indelevelmente o meu ser.
Não se conforme em segurar você mesmo na alça
de uma doutrina, de uma
criação humana, seja ela
qual for, na ilusão de que
terá a proteção divina. Deixe
Deus segurar você pela mão
e conduzir sua vida pelos
caminhos da justiça, da verdade, da retidão.
No Salmos 63.8 diz Davi:
“A minha alma se apega a
ti; a tua destra me sustenta”.
Já no Salmos 37.24, Davi
reconhece: “Ainda que caia,
não ficará prostrado, pois o
Senhor o segura pela mão”.
Por sua graça inefável.
6
vida em família
o jornal batista – domingo, 20/07/14
reflexão
Caminhos da Mulher de Deus
Gilson e Elizabete Bifano
ZENILDA REGGIANI CINTRA,
pastora e jornalista, Taguatinga, DF.
P
“É por sua ordem, que
a águia se eleva e no alto
constrói o seu ninho? Um
penhasco é sua morada,
e ali passa a noite; uma
escarpa rochosa é a sua
fortaleza” (Jó 39.27-28).
C
erto dia estava passeando com minha
família ao redor
da Lagoa Rodrigo
de Freitas, um dos cartões
postais da cidade do Rio de
Janeiro. Muitas coisas me
chamam a atenção naquele
local, mas naquele dia algo
simples me despertou. Numa
das árvores bem perto da pista de passeio, num lugar até
baixo demais, um passarinho
fez seu ninho. Parei o observei aquela obra simples,
porém significativa.
Nossa família, num certo
sentido, é como um ninho.
Existem vários tipos de ninho. Dependendo do pássaro
o ninho pode ser grande ou
pequeno.
Penso num ninho como
lugar de aconchego, de cuidado, de crescimento. De
todas as aves, creio que nossa
família deve ser como um
ninho de águia.
As águias fazem seus ninhos nos lugares altos. Nossa
família deve estar assentada
sobre os mais altos padrões
da ética, dos valores morais.
Hoje, há toda uma conspiração para desestruturar a
família.
A mídia, especialmente,
tentar fazer com que aceitemos conceitos que à luz
da Palavra de Deus sempre
foram errados.
Outro detalhe muito interessante dos ninhos feitos
pelas águias é que são construídos na rocha. Quando
nossa família, como um ninho, está firmada na Rocha
Eterna, que é Jesus Cristo,
podemos sofrer todos os
tipos de embate, mas estaremos seguros.
Na família Cristo deve ser
exaltado e o exemplo a ser
seguido por todos os seus
membros. A Palavra de Deus
é que nortea todas as ações,
palavras e comportamento
nas relações, seja conjugal
ou pais e filhos.
Para uma ave, ninho é um
lugar temporário para se criar
os filhotes. Um filhote, num
ninho, é protegido, cuidado
e alimentado, mas um dia ele
deve voar. Já vi também muitos filhotes de rolinha bem
pequenos dar seus primeiros
voos. Nossos filhos nascem
em nossos ninhos, devem
ser cuidados com todo o carinho, amor, aconchego, alimentados em suas emoções e
no aspecto físico, mas um dia
eles devem voar e construir
seus próprios ninhos. A vida
é assim e isso é altamente
saudável para a família. As
águias, por exemplo, balançam o ninho incentivando os
filhotes a voar.
Família como um ninho,
deve ser lugar de cuidado,
aconchego, mas nunca devemos esquecer que os filhotes
que Deus nos deu um dia
vão voar.
Gosto de citar Henri Nouwen quando fala sobre os
filhos. Diz ele que os filhos
são “hóspedes” em nossa
casa durante algum tempo,
e o melhor que podemos
fazer é ajudá-los a “crescer
para a liberdade que lhes
permite firmar-se sobre os
próprios pés físico, mental e
espiritualmente, dando-lhes
a possibilidade de seguir na
direção que escolherem”.
Famílias que agem assim
são saudáveis e deixarão,
com certeza, um legado para
as futuras gerações e porque
não dizer para a sociedade.
Juntos pela família.
erplexos. Foi assim
que nos sentimos
diante do inexplicável resultado do
jogo da Alemanha: 7x1. Em
um primeiro momento nos
sentimos meio catatônicos,
assim como aparentemente
os jogadores brasileiros após
o primeiro gol do time rival,
propiciando a chuva de novos gols.
Lembrei-me do jogo dos
sete erros com o qual todos nós brincamos quando
crianças, ou talvez até hoje
como eu, e que nos trazia um
mundo lúdico e divertido.
Não foi assim desta vez. Por
mais inacreditável que fosse,
o placar era real e cruel.
Como razões para cada gol
que sofremos, há motivos
que são apontados: a falta de
jogadores mais preparados,
esquemas táticos individuais
errados, instabilidade emocional dos jogadores, fragilidade do meio-campo, defesa
estática, falta de treino e falta
de investimento nas categorias de base. Esses são sete
erros possíveis na seleção
pinçados das muitas críticas
divulgadas pelos meios de
comunicação.
Os meses que antecederam
a Copa foram palco para
milhares de pessoas saírem
às ruas a fim de protestar a
respeito de questões sociais.
Saúde, educação, trabalho,
segurança, inflação, moradia
e corrupção, sete itens entre
tantos outros que entraram
na pauta. Foi impressionante
a adesão do povo brasileiro
e esse movimento retardou
bastante o entusiasmo pela
Copa do Mundo.
Na raiz de todas as questões
levantadas nos protestos, e de
outras de nossas próprias vidas,
estão sete erros que o ser humano pode cometer e que Deus
condena: “olhos altivos, língua
mentirosa, mãos que derramam
sangue inocente, o coração que
maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a
correr para o mal, a testemunha
falsa que profere mentiras, e o
que semeia contendas entre
irmãos” (Pv 6.16-19).
Que o Senhor nos abençoe
e tenhamos atitude para nos
livrarmos dos erros: nossos,
do governo e da nossa seleção. Que entre o presente e
o futuro, em quadros comparativos, possamos ter vidas
mais santas, uma nação mais
justa e uma seleção muito
mais preparada para, enfim,
conquistarmos o hexa.
Ivone Boechat,
colaboradora de OJB
exclui alguém pela raça, pela
camada social, pela etnia,
pela fé que professa, pelo
pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé,
dá energia para concorrer e
vencer, chegar junto, sem
deixar pessoas clamando na
beira do caminho eternamente.
A liberdade não censura,
não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e
a postura dos iguais perante
a lei e canta junto o hino
cívico, sem interferência de
apartheid. A liberdade é o
espelho onde se mira a responsabilidade.
A liberdade é atributo do
ser humano. Ela não aceita
máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade
liberta.
Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo
de constrangimento e nem
estar carimbado por siglas
que reduzem a velocidade
no caminho da paz. Para
ser livre há sacrifícios e não
guerra!
Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia,
religião, política. Ser livre é
ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e
o espaço, no limite do outro.
Quem impõe não sabe o que
é liberdade. Quem apoia a
servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter
pessoas reféns de qualquer
projeto político, tem discurso
ilusório e frágil de liberdade.
Finge-se libertador.
“...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta que não há ninguém que
explique e ninguém que não
entenda...” Cecília Meirelles.
Jesus ensinou tudo sobre a
liberdade, quem a conhecer,
será livre.
A
liberdade não é
um pássaro voando
no azul do infinito,
sem destino, sem
consciência: ser livre é ser
infinito em cada destino, é
saber porque e para que voar
naquela direção.
A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das
cavernas para abrir os olhos
e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não
depende, compartilha, não
estende a mão para receber,
sem trabalhar, porque é um
ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da
igualdade: ela não sustenta a
pobreza, ela socorre na fome
emergencial, mas ensina seus
filhos a pescar.
A liberdade mobiliza, não
paralisa. Ela inclui. Jamais
o jornal batista – domingo, 20/07/14
missões nacionais
Trans Crianças
alcança mais de 100 vidas no
Complexo do Alemão
Redação de Missões
Nacionais
O
Complexo do
Alemão é uma
das áreas da
cidade do Rio
de Janeiro da qual muitas
pessoas têm medo de se
aproximar por causa dos
constantes conflitos entre
policiais e traficantes. Mais
de 35 mil pessoas vivem
nele. E com o objetivo de
alcançar vidas, em especial
as crianças da comunidade,
um grupo formado por 63
voluntários participou da
Trans Crianças Complexo
do Alemão.
Durante uma semana, o
Evangelho foi compartilhado em casas e becos de três
pontos específicos: Itararé,
Bairro dos Mineiros e Alemão. “Com a chegada dos
amarelinhos, sentimos que
Deus estava conduzindo toda
a história porque, desde que
entramos lá, não houve conflitos que nos tenham impedido de realizar o trabalho. Os próprios moradores estavam comentando que, com
a nossa presença, parecia
ter melhorado a situação de
conflitos. Éramos respeitados por todos, até mesmo
pelos traficantes”, relatou a
missionária de Alianças Estratégicas, Maria Helena Santos.
As crianças, que eram o
principal alvo da operação
evangelística, receberam
muito bem os voluntários.
Participaram de todas as atividades, e assim escutaram o
evangelho. Como resultado,
159 crianças aceitaram Jesus
como salvador e iniciaram o
processo de discipulado.
“Percebemos o quanto podemos fazer em trabalhar
com elas antes que o mundo
onde vivem, com tantas situações com seus pais, amigos,
vizinhos, roube o coraçãozi-
Parte da equipe de voluntários
nho delas. Precisamos correr!
Investir nas crianças é uma
estratégia de Deus porque
antes mesmo de elas chegarem ao tráfico e às drogas,
elas já estarão com a certeza
de que Jesus é o Salvador
da vida delas”, disse ainda,
Maria Helena.
Algumas das crianças alcançadas impressionaram
os voluntários, dando prova
de que tinham realmente
compreendido o plano de
salvação. Uma criança que
aceitou Cristo, quando retornou para as atividades do
dia seguinte, no pequeno
grupo, ao ouvir novamente
o apelo se levantou e disse:
“Mas, tia, eu ontem já recebi Jesus no meu coração e
então não preciso aceitar de
novo”. Outra criança, após
ter aceitado Cristo, pediu
oração pelo seu pai para que
ele pare de ser traficante e
de usar drogas, pois isso a
deixa com medo.
Além das crianças, alguns
pais também foram alcançados, principalmente, aqueles
A Palavra tocou o coração dos pequeninos
que receberam voluntários
em sua casa. Maria Helena
afirma que existem muitas
pessoas carentes de amor e
cuidado, que se alegravam
ao receber “os amarelinhos”
em sua casa por perceberem
assim que alguém se importa
com elas.
Outros missionários de
Missões Nacionais, como
Aidete Brum, pastor Valdir
e Ana Maria Soares, Laise
Felix, Lídia Mariano, pastor
Luiz Fernando e Sueli Nunes
também estavam entre os
voluntários da Trans Crianças
no Complexo do Alemão.
“Foi a expressão clara da
glória de Deus entre nós”,
definiu a missionária Ana
Maria.
“Como missionários da
JMN, estamos felizes pelo
desempenho dos voluntários. Vidas foram impactadas, lares abriram suas
portas e, com a força do
Espírito Santo daremos continuidade, pois queremos
muito mais crianças alcançadas para Cristo. Elas farão
parte de uma geração que
vai impactar o Complexo”,
afirma o pastor Luiz Fernando.
Para os demais voluntários, a experiência de participar da operação evangelística foi especial. “A
Trans criança representou
para mim o amor, simplesmente isso, porque eu amei
aquelas crianças e também
fui amado por elas. São
crianças que precisam de
um amor diferente. Deus é
amor”, disse Daniel Pestana, voluntário vindo da IB
Vitória, de Campo Grande
(MS).
Para Ariane Carvalho da
Silva, voluntária vinda da IB
Boas Novas, de Hortolândia
(SP), a Trans representou em
sua vida a dependência total
de Deus. “Pude aprender
o significado de gratidão e
demonstrar o amor de Deus
por intermédio da minha
vida”, relatou.
Também vinda de São Paulo, a voluntária Lívia Quintanilha, da 1ª IB em São Vi-
Momento de oração com as crianças
7
cente de Paulo (SP), revelou:
“A Trans me ensinou que
não posso mais ficar sentada
enquanto pessoas morrem
sem Jesus”. Da mesma igreja
que ela, a voluntária Luma
de Sá Carvalho afirmou:
“No Complexo do Alemão
aconteceram coisas tremendas, que me mostraram que
Deus é por nós e que está
sempre conosco. A Trans
me ensinou que posso amar
as pessoas do jeitinho que
elas estão e posso suportar
as diferenças. A Trans me
ensinou que preciso parar de
ser reformado e começar a
ser TRANSformado. Eis-me
aqui, Senhor!”.
Segundo Ingrid Nunes,
voluntária da IB Bom Samaritano, localizada na comunidade de Nova Brasília, no
Rio de Janeiro (RJ), a Trans
Crianças representou “um
renovo de vida”. Ela foi despertada e conta que não
tem mais medo de pregar o
evangelho a toda criatura.
“Também entendi que não
posso mais ficar adiando
meu chamado, achando que
tenho outras prioridades.
Agora quero colocar a vontade de Deus sempre em primeiro lugar. A pergunta que
faço para mim mesma é: ‘Se
eu morrer hoje, de que valeu
minha vida na proclamação
do evangelho?’. Quero ser
luz em meio às trevas 24
horas por dia”, disse ela, que
ao chegar em casa também
evangelizou sua irmã de 5
anos. Após ter ouvido Ingrid, a menina evangelizou
a moça que trabalha em sua
casa e também o tio, usando
a estratégia das cores relacionadas ao Plano de Salvação.
A IB do Bom Samaritano,
localizada em Nova Brasília, serviu como base para a
Trans Crianças no Complexo
do Alemão. Além dela, a IB
Bom Samaritano, a 1ª IB do
Cachambi e IB Aliança Eterna darão continuidade ao
trabalho realizado, acompanhando as vidas alcançadas
durante a operação.
Até o fim deste ano, estão
previstas outras Trans Crianças, em diversas cidades
brasileiras. Visite o canal
Jesus Transforma, no site de
Missões Nacionais, para obter informações atualizadas
das datas e inscrições. Participe como voluntário(a), e
ajude a levar a mensagem
de esperança para as crianças brasileiras.
o jornal batista – domingo, 20/07/14
notícias do brasil batista
9
Igreja Batista Esperança - MG alcançando
seus 21 anos de organização e durante
estes vivenciando o cuidado de Deus
Paulo Henrique G. Santos,
pastor Igreja Batista
Esperança - MG
N
o dia 06 de junho
de 2014, a Igreja
Batista Esperança
(IBE) completou
seus 21 anos de idade, e
foram relembradas em suas
celebrações alusivas ao momento, às lutas, vitórias, experiências vividas durante
esse tempo. Lembro-me que
a irmã Delma Freitas, (membro fundadora), me parou
no corredor e com emoção
na voz e no olhar relatou:
“Houve um momento difícil
da mudança de endereço,
o que necessitava de certa
urgência, de como os irmãos
se doaram para que o templo
fosse erguido, onde foi posta
a pedra fundamental, o primeiro culto em que a Igreja
ainda não estava toda coberta com seu telhado e houve
uma chuva e nesse momento e ninguém foi embora”.
Ainda, irmã Neide (membro
fundadora) me falando: “tenho lembranças de quando a
Igreja tinha uma Kombi e que
o pastor Clério saia buscando
os meninos da Vila para estarem na Igreja e como eram
peraltas”. Cada dia que tenho
a oportunidade de conviver
com cada um dos membros
fundadores dessa casa, ouço
verdadeiras enciclopédias
vivas sobre sua história, sou
privilegiado de poder pastorear uma Igreja que em seu
quadro conta com pelo menos 10 membros fundadores,
sendo eles (citarei somente
o primeiro nome): Judite –
Karina – Lilian – Maurícia
- Mário – Neide – Onésimo
– Onice – Alumita – Vivian.
Desses membros citados o
que mais me chama a atenção é a irmã Maurícia que
aos seus 95 anos de idade,
se privilegia de uma lucidez
e alegria contagiantes a quem
tiver o prazer de conhecê-la,
pessoa de fé inabalável, carinhosamente chamada pelos
mais jovens de “vozinha”.
Ao completar seus 21 anos
de idade a IBE já viveu gran-
des e agradáveis experiências
com Deus em sua caminhada,
sendo sempre ajudada pelo
Senhor, e por homens de
Deus em sua instrumentalidade, pastores que se doaram tais como: pastor Clélio
Mendes (fundador); pastor
José Renê de Toledo e pastor Joab Mendonça. Estamos
caminhando para sermos um
povo maduro no relacionamento, firmados na Palavra
e no conhecimento de Deus,
superando novos desafios,
sendo assistidos todos os dias
pelo nosso Senhor e Deus, vivendo a comunhão, o respeito mútuo, sabendo que temos
diferenças na individualidade,
mas, buscando o mesmo ideal
para o Reino de Deus como
igreja, priorizando vidas e o
relacionamento interpessoal.
Na atualidade a marca IBE
é sinônimo de Cristãos por
excelência, do sacrifício da
cruz e Batistas por amor a
limpidez do Evangelho, propagado ao mundo perdido
em sua seriedade, ensinado
desde suas crianças de colo
até a mais experiente pessoa
aos seus 95 anos a adorar,
amar, conhecer, caminhar
e obedecer o Deus criador
de todas as coisas, sendo
igualitária no trato para com
todos os seres humanos, independente de sua condição
econômica, social e cultural.
Aberta para a comunidade
onde está inserida para o
auxilio em que como Igreja
podemos realizar, onde o
calor humano não se deixa
perder em seu caminhar.
Sabemos que ao completar “21” anos, alcançamos
a “maioridade” como povo
e com isso vem, também,
maior responsabilidade de
sermos realmente uma agência do Reino de Deus aqui
na terra e na propagação de
sua “boa nova”. Deixo aqui
então registrado para cada
membro da IBE minha gratidão e satisfação de servir
essa Igreja como pastor, pois
tenho convivido com vocês já
há dois anos e meio, parece
que foi ontem que cheguei a
essa casa e os conheci, mas
quando observo as fotos que
já tiramos e que ultrapassaram
a casa das mil é que tenho a
noção de o quanto já vivemos
juntos, e quanto as coisas já
mudaram de lá para cá, tenho
presenciado um povo alegre,
satisfeito, carinhoso comigo e
minha família. Por isso podemos dizer como Samuel em I
Samuel 7.12, no final do versículo: “Até aqui nos ajudou
o Senhor”, já foram superados
vários desafios e sabemos que
outros virão, por isso vivamos
o mais novo tempo para essa
casa.
Somos orgulhosos de pertencer a Cristo pela excelência do sacrifício na cruz
do calvário, e felizes por
sermos batistas pela limpidez
e clareza da exposição da
Palavra de Deus “boa nova”
que transforma o homem e
promove a paz!
Convenção Batista Goiana – 75 anos
Jubileu de Brilhante
Silvio Luiz Rosendo, pastor
– presidente da Convenção
Batista Goiana
O
mês de julho
pode ser um dos
meses mais frios
do ano, mas os
corações dos batistas goianos
devem estar aquecidos pelas
comemorações dos 75 anos
de existência da Convenção
Batista Goiana.
Na verdade, a história missionária batista em Goiás é
maravilhosa, desde a chegada em 1914 de Salomão Luiz
Ginsburg para evangelizar e
formar a primeira congregação batista em Catalão, dos
missionários Daniel Frank
Crosland e sua esposa Virginia Crosland e Walter Beasley MacNealy e sua esposa
Imogenia Alexander MacNealy até quando o trabalho
tomou um novo impulso com
um ritmo mais acelerado de
crescimento. Diante disto
eles tomam a iniciativa de
organizar a Convenção Batista Goiana, o que aconteceu
no dia 21 de julho de 1939
na Primeira Igreja Batista de
Morrinhos com a presença
de 22 mensageiros que representavam mais três igrejas,
além da Igreja local, PIB em
Goiânia, PIB em Ipameri e
PIB em Urutaí, mais dois
pastores que representaram
a Convenção Batista Mineira,
na época Convenção Batista Minas Goiás, pastor Otis
Pendentlon Maddox, da PIB
em Barro Preto-BH e pastor
Florentino Ferreira, da PIB
em Divinópolis.
O primeiro presidente da
Convenção Batista Goiana
foi o pastor Daniel Frank
Crosland.
No dia 21 de julho de
2014, às 19h30, no templo
da PIB em Goiânia, com a
presença do pastor Sócrates
Oliveira de Souza, diretor
executivo da CBB, desejamos
realizar uma grande celebração em reconhecimento
às inúmeras bênçãos que o
Senhor tem derramado sobre
a Convenção Batista Goiana.
Certamente foram muitas as
lutas, conflitos e desafios, e
ainda continuam, mas quem
disse que seria diferente?
Mais vale a palavra do profeta
Samuel: Ebenezer, “até aqui
nos ajudou o Senhor”. Conclamo aos amados irmãos,
não somente da grande Goiânia, mas de todas as demais
associações a que neste dia,
além da celebração noturna
façamos um grande clamor
ao Senhor pela denominação
batista no Estado, principalmente para que resgatemos
os princípios de uma espiritualidade transformadora da
cooperação denominacional,
do fervor missionário, da
identidade doutrinária e do
primeiro amor.
Hoje somos aproximadamente 18.000 batistas no
estado, espalhados em 152
igrejas e 89 congregações.
Há muitos desafios e por
meio de um relacionamento
íntimo com nosso Pai por
meio da oração, certamente
os desafios serão vencidos,
pois juntos somos mais fortes e juntos chegaremos mais
longe.
Deus deseja realizar grandes coisas por meio desta
denominação que amamos e
na qual servimos no Reino do
amor de Deus, mas para que
grandes coisas aconteçam é
necessário clamar, conforme
o Senhor revelou ao profeta
Jeremias: “Assim diz o Senhor
que fez a terra, o Senhor que a
formou e a firmou; seu nome
é Senhor: Clame a mim e eu
responderei e lhe direi coisas
grandiosas e insondáveis que
não conhece” (Jr 33.2-3).
10
o jornal batista – domingo, 20/07/14
notícias do brasil batista
Igreja Evangélica Batista de
Alagoa Grande, Paraíba
Linaldo de Souza Guerra,
pastor da Primeira Igreja
Batista do Pilar - PB
N
oite de gratidão,
entusiasmo, alegria, no dia 17 de
maio do ano 2014,
no templo da Congregação
Evangélica Batista de Alagoa
Grande, sito à Av. João Pessoa
1.113, Centro, Alagoa Grande – PB, com a presença dos
membros da Congregação
e da “Igreja-mãe”, a mesma
foi organizada como Igreja.
Com a participação especial
do Coro da Igreja Evangélica
Batista de João Pessoa, sob a
regência do maestro Ebénezer Lourenço, o dirigente do
culto, pastor Tomaz José de
Aguiar Munguba, presidente
da Igreja Evangélica Batista de
João Pessoa, da qual a Congregação fazia parte, declarou
instalado o Concílio Examinatório, que foi aprovado por
unanimidade, convidou o
pastor Luiz Lucena Barbosa
Junior para a oração consagratória e o pastor Ismael Machado da Silva para entregar
a Bíblia ao novo obreiro da
nova Igreja.
O presidente convidou os
irmãos da Congregação, agora
Igreja, a se ajoelharem para a
oração consagratória, que foi
feita pelo pastor Tomaz Jose
de Aguiar Munguba. Após a
oração o presidente declarou
a Congregação organizada
em Igreja, constando de seu
rol de membros fundadores,
os seguintes irmãos: Adriana
Coelho Feitosa, Alaércio Silva Alves, Alessandra Pereira
Nunes, Alessandra Sousa Medeiros, Alexandre Antoniel
Soares de Franca, Amanda
Clara Cavalcante da Costa
França, Andreia Celi Marinho
Magalhães, Andrezza Klyvia
Oliveira de Araújo, Angell
de Melo Cruz, Anna Rafaella
Marques, Aureliano Cruz Nunes, Aurélio Pereira Nunes,
Aurenielly Pereira Nunes, Bruna Milena Ferreira de Sousa, Camylla Araújo Oliveira,
Carlos Antônio Cavalcanti da
Costa, Claudio Roberto de
Araujo da Silva, Cristiane de
Melo Silva, Dayane Leite da
Silva, Divaneide Coutinho
Macena Freitas, Edilena Farias
de Albuquerque, Edmilson
Rodrigues, Eduarda Souza e
Lima, Efraim da Silva Lima,
Elysanna Karla Santos de Paiva
Silva, Elza Soares de Medeiros
Bezerra, Érika Milene Souza
e Silva, Eudes Felismino dos
Santos, Fábio Gerard Souza de
Melo, Fellipe Bruno Barbosa
Bandeira, Francisca de Brito
Fernandes, Genival Cabral
da Costa, Geyziane Silva do
Pr. Fábio Gerard, pastor da Novel Igreja, recebendo a Bíblia das mãos do Pastor Ismael Machado,
sob os olhares do Pastor Tomaz Munguba
Pastor Tomaz Munguba dirigente e orador oficial da organização da IEB em Alagoa Grande, Paraíba
Visão da congregação tendo a plataforma o Coro da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa
Nascimento, Gildênia Cabral
da Costa, Gilene de Oliveira
Silva, Gisélia Pereira da Silva
Marques, Giuseppe Cabral da
Costa, Guimualdo Barbosa de
Farias, Hailson de Souza Nunes, Ilma Fidélis Silva Lima de
Oliveira, Israelly Emília Lima
Cunha de Medeiros, Izamara
Dayse Cavalcanti de Castro,
Janio Medeiros, Joanna Carolinne Evangelista Rodrigues,
Joel Jose de Sousa, Jordan
Lima de Sá Pereira, José Coutinho Matos Cunha, Jose Elias
de Brito Fernandes, José Henrique Cruz Filho, José Wagner
Alves Leão, Joselia Maria de
Souza Bezerra, Josielba Alves
Barbosa Leão, Josildo Marques Pereira, Josué Rodrigues
de Araújo, Jurandir Queiroz
de Oliveira Júnior, Kátia Lígia de Souza, Laura Luiza
da Cruz Aguiar, Laurinete de
Oliveira Carolino, Luciana
Christina Acioly de Melo,
Maciel dos Santos Bernardo,
Magna Celi da Silva, Márcia
Gabriele Alves Fernandes,
Marcos Antonio Carolino da
Silva, Marcos Jose de Oliveira
Carolino, Margarida Marques
de Souza, Maria Anunciada
Gomes de Góis, Maria de Jesus da Silva, Maria do Carmo
Silva Costa, Maria José Araújo
da Silva, Maria Jose da Silva
Medeiros, Maria Nadir Cor-
reia Sobral, Maria Raquel de
Brito Fernandes, Marthalyne
Marques de Oliveira, Maurício Martins da Silva, Maysa
Karla de Oliveira Carolino,
Micheline Carlos de Souza
Silva, Monica Alves da Silva
Costa, Nelma Mabel Lima
da Cunha, Núbia Correia
Sobral Martins da Silva, Otto
Medeiros da Costa, Patrícia
Alves da Silva, Patrícia Araujo da Silva, Paula Marques
Rodrigues, Priscila Francielly
dos Santos Silva, Rafaela dos
Santos Pinto, Rafaelly Vivyan
Nunes Silva, Raiane Alves
Souto Maior, Raquel Maria
Alves Souto Maior, Severina
do Nascimento Sobral, Severino Damião a Silva, Severino
Lins de Oliveira, Sillas Kleber
Silva Barbosa de Sousa, Silvia
Xavier Barbosa, Simone Xavier Barbosa, Solange Rocha
Santos, Suely Pereira Nunes,
Thamara Alves Medeiros,
Valdemir Martins de Oliveira, Verônica Alves Silva
Medeiros, Wellington Alves
da Silva, Winkler Nóbrega
de França e Yasmim Sousa
e Lima; ao todo 102 irmãos.
Foi escolhido pela Igreja, recém-organizada, o seu
nome definitivo, a eleição
do pastor e sua diretoria. A
Igreja escolhe o nome de
IGREJA EVANGÉLICA BATISTA DE ALAGOA GRANDE,
e sua diretoria ficou assim
composta: pastor presidente Fábio Gerard Souza de Melo,
vice-presidente - Efraim da
Silva Lima, primeira secretária - Geyziane Silva do Nascimento, segunda secretária
- Izamara Dayse Cavalcanti
de Castro, primeiro tesoureiro - Cláudio Roberto Araújo
da Silva e segundo tesoureiro
- Carlos Antonio Cavalcanti
da Costa. A diretoria eleita foi
empossada com uma oração
feita pelo pastor Tomaz José
de Aguiar Munguba. Em seguida o pastor Fábio Gerard
de Souza Melo e sua esposa
Luciana Christina Acioly de
Melo foram convidados para
tomar assento na plataforma.
Foi cantado pelos presentes
o hino “O Estandarte desta
Igreja”. O pastor Tomaz José
de Aguiar Munguba trouxe
uma palavra de exortação e
edificação à nova Igreja. Após
a mensagem, foi dada a palavra ao pastor Fábio Gerard
de Souza Melo, que fez os
agradecimentos à Igreja mãe
e a todos que tornaram possível este momento. O pastor
Fábio Gerard de Souza, orou
e impetrou a benção apostólica, encerrando desta forma o
culto solene de organização
da Igreja Evangélica Batista de
Alagoa Grande.
o jornal batista – domingo, 20/07/14
missões mundiais
11
Projeto no Sul da Ásia
resgata crianças carentes e
as insere na sociedade
Willy Rangel – Redação de
Missões Mundiais
C
rianças vítimas de
violência e tráfico
de seres humanos
no Sul da Ásia são
o alvo do projeto Lar da Paz.
Esta ação de Missões Mundiais cuida e oferece uma
nova vida em Cristo a meninos e meninas que viviam à
margem da sociedade.
Coordenado pelo casal
Charles e Camila Lopes, o
Lar da Paz funciona hoje em
duas casas e atende cerca de
50 crianças. Os missionários
consagraram suas próprias vidas para servir a Cristo como
se fossem, de fato, pai e mãe
dessas crianças.
“Nosso sonho é ver essas
crianças, que um dia sofreram
o abandono dos seus pais ou
foram acometidas de tragédias em suas vidas, seguindo
ao Senhor Jesus e obtendo
sucesso em sua vida acadêmica, profissional e também
constituindo uma família”, diz
a missionária Camila Lopes.
Em menos de um ano, os
resultados desse projeto já
começam a surgir. É o caso
de três meninas que foram
as melhores em suas turmas
na escola. Todas têm um histórico em comum: tragédias
familiares. Hoje elas experimentam a graça de uma nova
vida em Jesus.
Entre os meninos, um adolescente de 15 anos conseguiu superar a morte do pai
e conviver com a mãe que
sofre de distúrbios mentais.
Com o apoio do projeto, ele
passou de ano e também foi
o melhor de sua turma. Esse
menino chegou ao Lar da Paz
quando tinha apenas quatro
anos de idade junto com
uma irmã. Hoje, ele faz parte
do grupo musical do abrigo,
tocando bateria. Segundo a
missionária Camila, o jovem
participa semanalmente das
atividades da igreja.
O projeto precisa de voluntários para serem voz de
Deus juntamente com nossos
missionários na vida dessas
crianças. Se você tem conhecimentos em informática,
costura, música, entre outras
áreas, faça contato com Missões Mundiais. Também é
possível ajudar esta missão
a continuar firme no cam-
po através de suas orações
e ofertas. Saiba mais sobre
como ajudar a construir uma
cultura de paz no Sul da
Ásia: 2122-1901/2730-6800
(cidades com DDD 21) ou
0800-709-1900 (demais localidades).
Inscrições abertas para o
Tour of Hope Haiti
Marcia Pinheiro – Redação
de Missões Mundiais
E
stão abertas as inscrições para a próxima
caravana do Tour of
Hope que seguirá em
outubro para o Haiti. Este é o
lugar para quem deseja servir
comunidades haitianas com
atividades evangelísticas nas
áreas de educação, saúde,
construção civil, capelania,
ação social e esportes. O Tour of Hope Haiti é
uma iniciativa da Junta de
Missões Mundiais, que mantém no país o projeto Por Um
Novo Haiti, com o apoio da
Conexão das Igrejas Batistas
Haitianas para a Missão Integral – CEBHAMI. O projeto
é coordenado pelo Pr.
Marcos Grava, que já lidera caravanas missionárias
ao Haiti desde 2009, além
de outras caravanas como a
que mobilizou mais de 100
voluntários nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
Segundo o Pr. Grava, a
inscrição custa R$ 250,00.
Este valor será revertido em
despesas administrativas e
no pagamento do uniforme
do projeto. O custo total da
viagem inclui US$ 850,00
referentes à hospedagem,
alimentação completa, segurança e transporte local,
acrescido do valor das passagens aéreas e seguro-viagem.
Características de quem pode participar:
• Ser membro atuante de uma igreja genuinamente
evangélica por, pelo menos, um ano;
• Ter vida cristã exemplar, firmeza doutrinária e
aptidão comprovada para evangelização, pregação do
evangelho e submissão à liderança;
• Ter completado, pelo menos, o ensino fundamental;
• Ter boa saúde física, mental e psicologicamente;
• Ter idade mínima de 16 anos completos até a data
da viagem.
Para mais informações e inscrições, o interessado deve
escrever para [email protected].
12
o jornal batista – domingo, 20/07/14
notícias do brasil batista
FATEBE encerra o
o
1 Semestre com Chave de Ouro
N
o primeiro semestre deste ano, os
olhos do planeta
se voltaram para o
Brasil, em virtude da realização da Copa do Mundo, da
FIFA, que está ocorrendo atualmente. No entanto, outros
acontecimentos despertam
atenções, aquilo que deveria
marcar positivamente a história do país e proporcionar momentos alegres, infelizmente
não está acontecendo. Paralelo a tudo isto, a Faculdade
Teológica Batista Equatorial
- FATEBE nos apresenta boas
novas, as quais vêm acompanhadas de algumas propostas
e estas convidam a todos os
cristãos, sejam eles alunos,
funcionários, amigos ou parceiros a, mesmo diante dos
últimos ocorridos país afora,
voltarem o olhar para Deus
o único capaz de mudar a
realidade Brasil e do mundo.
Tudo começa aqui em Belém do Pará. Num aspecto
fundamental, a FATEBE, procura contribuir para educação e formação de homens e
mulheres, seja na graduação,
pós-graduação em teologia
ou nos cursos de extensão,
através do Centro Missiológico Equatorial e da Academia
de Artes. Seu compromisso
é oferecer uma educação de
excelência para a glória de
Deus, por isso que tem servido a Igreja de Cristo ao longo
de sua história, permanecendo fiel ao ensino da Palavra
e aos princípios batistas, que
norteiam nossa denominação
ao longo de seus mais de 400
anos de história no mundo.
Diante de um calendário
arrojado a se cumprir e de uma
gama de tarefas a ser realizado,
o primeiro semestre da FATEBE foi encerrado com êxito.
Desta forma, resumidamente
apresentamos algumas de suas
atividades que marcaram o
referido semestre, e que tiveram como objetivo preparar
homens e mulheres para o
serviço da igreja a nível global,
independente do contexto
onde elas estão inseridas.
Em face das muitas realizações, destaca-se Seminário
Temático, realizado no período de 12 a 14 de março. Este
seminário desafiou a todos
com o tema: “Como ser uma
Igreja do I século no mundo atual”, cujo palestrante
oficial foi Rev. Prof. Darrel
Robinson, conferencista e
escritor mundialmente conhecido. Este evento contou
com um público significativo de alunos, pastores, missionários, líderes, etc, de
várias denominações, que
respiraram evangelismo e
missões nas três noites consecutivas. Para Wendel Gomes,
membro da Primeira Igreja
Batista de Monte Dourado,
Pará, e acadêmico da FATEBE: “O seminário foi muito
importante, pois serviu para
conscientizar-me de minha
missão como cristão”. E, para
Augusto Dias, membro da
Igreja Batista da Mangueira,
Imperatriz, Maranhão, também acadêmico da FATEBE:
“este seminário trouxe um
tema muito relevante; veio
de encontro com reais necessidades da igreja”. Outro feito de destaque foi
a realização do 4º Congresso
de Música, nos dias 13 e 14
de junho, através da Academia de Artes do Equatorial.
Após quase uma década a
FATEBE trouxe uma proposta totalmente atual para se
trabalhar e ensinar através
da música. Com o tema:
«Música, Ministério e Igreja: Desafios da Atualidade»,
o congresso proporcionou
aos mais de 200 participantes, de várias denominações,
especialmente das igrejas
convencionais, tanto da região metropolitana de Belém,
quanto de outras cidades
e regiões, dentre as quais
destacamos Altamira (Xingu
– Centro Oeste), Castanhal
(Nordeste), Itaituba (Tapajós - Sudoeste), Marabá (Sudeste), Rondon (Tocantínia
– Sudeste), Santarém (Baixo
Amazonas - Oeste) e Tucuruí
(Tocantínia – Sudeste), oportunidade de aprender e debater sobre a realidade musical
nas igrejas. Ressaltando que
dentre os inscritos estiveram
algumas ex-alunas, formadas
em música pelo Seminário
Teológico Batista Equatorial,
as quais atualmente exercem
seus ministérios em outras
cidades do nosso Estado.
Para a glória de Deus, o
congresso superou as expectativas, desde o início,
com uma linda e inspirativa
apresentação pelo Coral de
Sinos. Destarte, no intuito de
preparar melhor os ministros
e líderes que trabalham com
música da educação musical
nas igrejas, investiu em pales-
trantes de alto nível, como os
ex-professores da instituição,
Prof. Msc. David e Dra. Carol
Hill, que atualmente residem
e atuam nos Estados Unidos,
e vieram especialmente para
esse maravilhoso encontro.
Ele mestre em música cristã
e mestre em artes pelo Southern Baptist Theological Seminary (Louisville, KY, USA).
Ela possui dois doutorados,
um pelo Southern Baptist
Theological Seminary, outro
pela Universidade Campbellsville, Virgínia (Doctor
of Music Ministry - Hymnology) (Doctor of Musical Arts
- Vocal Performance). Eles
ministraram palestras e oficinas nas áreas de regência,
prática de conjunto aplicada
aos sinos, master class de
piano, a técnica vocal no
aprimoramento do cantor,
master class de canto lírico e
regência orquestral.
Além dos palestrantes oficiais, o congresso também
contou com outros palestrantes de renome, os quais
ministraram oficinas voltadas
para: Ministérios Combinados - Música, Pastoral e Infantil (Profa. Marta Abreu);
Quais os benefícios do Canto
Coral para a Igreja? e Elaboração de Arranjos Práticos
para Back Vocal (Prof. Ozian
Saraiva); Práticas Percussivas
(Prof. João Paulo); Harmonia:
Fundamentos para Arranjo e
Improvisação (Prof. Robenare
Marques); Sonorização ao
Vivo em Igrejas (Prof. Jander
Boaventura); Teatro Cristão
(Tetê Cantanhede); Manutenção para Instrumento de
Sopro (Prof. Natanael dos
Santos), Educação Musical na
Igreja - Possibilidades (Prof.
Rômulo Queiroz).
O congresso foi intenso,
edificante e instigante, e viabilizou um maravilhoso encontro por meio da mesa redonda
os palestrantes oficiais, que
abordaram e discutiram o
tema do congresso: “Aprendendo a lidar com os conflitos
no ministério”, juntamente
com o Prof. Dr. Manoel Ribeiro de Moraes Júnior, o qual
também num segundo momento discorreu sobre a “Arte
e Religião e suas Expressões
dentro da Igreja”, levando
todos a uma reflexão sobre
adoração, espiritualidade e
a importância da educação
musical, tudo isto ladeado
com o ensino bíblico, o qual
é fundamental para o crescimento cristão. Ao final, um
belíssimo coral de 65 vozes
foi formado pelos próprios
congressistas, que encerram a
programação com uma magnífica apresentação de louvor
ao Senhor, sob a regência do
casal David e Carol Hill.
Somos gratos a Deus pelo
primeiro semestre. Sem dúvida nenhuma a FATEBE é
um patrimônio histórico dos
batistas brasileiros. Ela existe
para Glória de Deus, existe
para servir a Igreja de Cristo.
Louvado Seja Deus, somente
ele é digno de receber toda
honra e toda glória. Faculdade Teológica Batista
Equatorial: Servindo a Igreja
de Cristo
T. B. F. Riker, C. S. Rodrigues
o jornal batista – domingo, 20/07/14
notícias do brasil batista
13
OBITUÁRIO
Pastor Nelson Lopes
(1924 -2014)
“Assim como o Pai me en- em todo o Brasil. O outro
viou, eu também envio vo- acontecimento histórico foi
a organização da Segunda
cês” (Jo 20.21).
Igreja Batista de Panambi
em 05/02/1967, tendo como
Do colega, irmão e amigo:
sucessor do pastor Nelson, o
Oswaldo Mancebo Reis,
pastor Derly Bahiense Mopastor da PIB em Ijuí – RS
reira.
2. PASSO FUNDO, RS:
carreira missionária
do pastor Nelson Lo- 1967 a 1972. Tão próspera
pes foi uma aventura foi a Missão em Panambi
triunfante, que va- com o pastor Nelson Lopes ,
mos resumir em cinco partes: que a Igreja Batista Emanuel
1. PANAMBI, RS: 1964 a o manteve como seu mis1967. A Igreja Batista Ema- sionário, para começar uma
nuel de Panambi (Igreja de nova Missão onde ele quiseslíngua alemã) convidou o se. Ousado como sempre, ele
pastor Nelson Lopes para tomou um ônibus em total
o seu ministério em língua dependência de Deus, que
portuguesa. Em sua ampla o fez descer e ficar em Passo
visão missionária, essa Igreja Fundo. Este foi o campo mais
se mobilizou plenamente na árido de sua experiência, mas
grande Campanha Nacional ele triunfou, a semeadura
de Evangelização de 1965. frutificou, cuja continuidade
E aí se registraram dois fatos se deu com quem subscreve
históricos: nas pregações estas notas, sendo organizada
evangelísticas de 07-14 de a Primeira Igreja Batista de
março, houve quatrocentas Passo Fundo em 01/05/1980.
3. BARÃO GERALDO, SP:
decisões, com cerca de 20%
batizados pelo pastor Nel- 1973 a 1977. A Igreja Batista
son, após longo e profundo Paulistana, também inflamada
discipulado. Um recorde por Missões, adotou o pastor
A
Nelson Lopes como seu missionário para um novo pioneirismo na cidade de Barão
Geraldo, na região da Grande
Campinas. Em junho de 1978
foi organizada a Igreja Batista
dessa cidade, sucedendo ao
pastor Nelson o pastor Sebastião Lúcio Guimarães.
4. MARTINÓPOLIS, SP:
1979 a 1985. Aqui o pastor
Nelson não foi um desbravador, mas um reconciliador.
Havia duas Igrejas Batistas
pequenas, uma delas originada por cisão na anterior.
Como hábil moderador, no
mais nobre processo de aproximação, perdão e reconciliação, as duas se tornaram
uma, com o nome mais apropriado e histórico: Igreja Batista Unida de Martinópolis,
em 1983. Alinor Paschoal,
presidente da Ordem dos
Pastores da Associação da
Alta Paulistana, é o seu atual
pastor.
5. PRESIDENTE PRUDENTE, SP: 1988 A 1998. Cerca
de dez anos depois da exitosa Missão em Barão Geraldo,
As mãos de Lêda
Mãos de Lêda...
Mãos que serviram a tantas
pessoas!
Mãos serviçais
Mãos sem igual!
Serve com amor,
Serve com paciência,
Serve com alegria!
Serviu, serve e servirá sempre,
E sempre contente...
Porque seu coração é cheio
de amor!
Coração generoso,
Coração bondoso...
Dádiva de Deus!
Lêda, um dia ainda esperamos
Servir a você, como a todos
Sempre estendidas
serviu.
Ao doente
Um dia Lêda, suas mãos
As mãos de Lêda...
Estarão junto a DEUS para
Às vezes cansadas
Dele ouvir:
Pelo labutar do dia...
Lêda minha filha,
Mas sempre estendidas
Estendeste tuas mãos para
As mãos de Lêda.
que EU as usasse...
Lêda cansada,
Cumpriste na terra, tua
Nunca se vê.
tarefa...
Lêda zangada,
Agora Lêda, tu sabes, boa serva;
Nunca se vê...
Quem serve é feliz!
Só alegria!
Mãos pacientes, servindo ao Feliz tu serás, pois tens as
mãos lindas!
doente,
Tuas mãos foram humildes
Sem nunca cansar...
como eu ensinei.
Mãos carinhosas
Aqui tu serás minha serva fiel
Servindo ao aflito...
Mãos generosas, servindo Aqui tu terás a recompensa...
E só a mim servirás...
sempre,
Aqui haverá só paz e
Sem nada pedir.
Mãos submissas, a espera descanso...
Tuas mãos só serão para me
que um dia,
adorar...
Alguém a possa servir...
Mãos de Lêda...
Mãos que servem.
Um dia todos dirão:
Essas mãos...
As mãos de Lêda...
Como serviram essas mãos...
Lucas 4. 38-40
“Jesus saiu da sinagoga e
foi à casa de Simão. A sogra
de Simão estava com febre
alta, e pediram a Jesus que
fizesse algo por ela.
Estando ele em pé junto
dela, inclinou-se e repreendeu a febre, que a deixou. Ela
se levantou imediatamente e
passou a servi-los.
Ao pôr do sol, o povo
trouxe a Jesus todos os que
tinham vários tipos de doenças; e ele os curou, impondo
as mãos sobre cada um dele”.
Lêda Oyola Alves Reis
Antiga membro falecida
da Primeira Igreja Batista de
Niterói
“Para a minha querida amiga Lêda, esta lembrança. É
como Eu a vejo, minha querida. Que Deus a abençoe
sempre. Que algum Dia eu
possa retribuir aquilo que
você fez por mim”.
Com muito carinho, Elza
Gomes Nunes.
a Igreja Batista Paulistana
reconvocou o pastor Nelson
Lopes para um novo pioneirismo. As ações heroicas dessa Missão, como a compra
de dois terrenos no centro
da cidade, não cabem neste
espaço. A glória de tudo isso
culminou na organização
da Igreja Batista Prudentina
em 1994. Em 1998 o pastor
Nelson Lopes deu posse ao
pastor Daniel Bento da Silva,
que permanece lá no exercício desse pastoreio.
Em 04 de abril de 1964 o
pastor Nelson Lopes pisou o
solo de Panambi para uma
obra de resultados eternos.
Precisamente 50 anos depois,
04 de abril de 2014, voltou
a Panambi para habitar no
Lar de Idosos, TABEA, da
Convenção Batista Pioneira
do Sul do Brasil. Adoeceu
logo depois, vindo para o
Hospital da Unimed em Ijuí,
onde deixou a marca de sua
maior paixão: levar pessoas
ao Salvador. Conduzido pelos corredores em cadeira de
rodas, exclamou: “Felizes os
que morrem!”. Percebendo
o espanto de alguns, completou: “Que morrem salvos por Jesus”. Tendo alta,
quis retornar a Presidente
Prudente, onde se mudou
em 10/06 para o Eterno Lar.
Por telefonemas e e-mails,
soubemos dos três cultos em
gratidão por essa vida vivida
para o Senhor da vida: dois
na Igreja Batista Prudentina
e o outro no Cemitério de
Presidente Venceslau, onde
ficou apenas o seu corpo,
porque o Nelson teve o seu
fim bem-aventurado e sua
bem-aventurança sem fim.
Diácono Joventino
dos Santos Menezes
Uma vida
dedicada ao Senhor
Edson Ferreira Mafra, pastor
da Igreja Batista Monte
Tabor - RJ
U
m diácono, um
homem de Deus
que dedicou sua
vida ao serviço do
Mestre.
A Igreja Batista Monte Tabor sente-se honrada pelos
serviços prestados do seu
diácono querido durante 64
anos.
Um homem com coração
na obra, um testemunho
exemplar para Igreja e família. Um cumpridor de sua
obrigações, como nos ensina
a epístola de I Timóteo 3.813. Homem com estas qualidades possuía o nosso amado
diácono Joventino.
Assim como temos grandes exemplos de homens de
Deus contidos na palavra,
homens de valor denominados Heróis da Fé, homem
segundo o coração de Deus.
Hoje temos o diácono Joven-
tino, um homem de valor
para a Igreja Batista Monte
Tabor.
O amor da Igreja à família
e a sua valorosa esposa de
toda uma vida, irmã Eunice
Barreto Menezes.
Hoje ele já não se encontra
conosco, está com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo,
no lugar que foi preparado
para os salvos, “Aqueles que
foram fiéis até o fim e hoje
desfruta da coroa da vida”.
O dia de sua partida para a
glória foi no dia 10 de abril
de 2014, era natural do Estado do Rio de Janeiro, Município de Cardoso Moreira, e
tinha 85 anos.
Ficamos com a nossa saudade e consolo do Espirito
Santo que inunda o seio da
Igreja e de sua amada família
Hoje o diácono Joventino
é cidadão dos céus e com
certeza, os céus manifesta a
glória do Senhor Jesus Cristo
com a chegada daquele que
foi fiel até a morte.
14
o jornal batista – domingo, 20/07/14
ponto de vista
Luiz Antônio de Souza Sudré,
pastor e psicanalista da
Quarta Igreja Batista em
Santo Aleixo - Magé RJ
Abnel Felix, membro da Primeira Igreja Batista
do Rio de Janeiro - RJ
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão
das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha
iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim” (Sl 51.1-3).
O
E
m Hebreus 11.1, lemos: “A fé é a certeza
de que haveremos de
receber o que esperamos, e a prova daquilo que
não podemos ver”.
A fé confere realidade às
coisas que não podem ser
vistas; Deus valoriza a fé
sincera e absoluta depositada
em sua pessoa e palavra, tanto quanto a fé que devemos
a Cristo.
A fé que está sendo ensinada hoje em muitos púlpitos,
texto em questão nos mostra a confissão do rei
Davi em relação a um pecado que ele havia
praticado. Sua oração foi fervorosa e sincera ao
Senhor, por isso, foi perdoado. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros e pecados. Devemos fazer uma
análise introspectiva do nosso proceder e ver se cometemos
alguma ofensa ao nosso irmão, ao colega de trabalho, aos
nossos familiares ou alguma coisa boa que deixamos de
fazer. Sigamos o exemplo de Davi, confessando ao Senhor
e pedindo perdão. Deus está sempre pronto a nos ouvir e
Tarcísio Farias Guimarães,
perdoar.
pastor da PIB em
Divinópolis - MG
A dor de uma derrota é lacerante,
Após luta ferrenha e destemida,
Quando se tem aplicado a própria vida
Na trilha de um trabalho triunfante!
E é tão tétrica a lágrima vertida
Que o peito vai afogar na soledade,
Pois a dor que se sente é na verdade,
Corte agudíssimo e áspera ferida...
Mas derrotado é só quem não persiste,
Quem capitula e rápido desiste
Dessa lição divina enaltecida
Que uma augusta derrota resistente
Supera às vezes fragorosamente
Uma frágil vitória imerecida!
Por isto Deus diz que o
povo erra por não conhecer
as escrituras e o seu poder.
Precisamos voltar à sã doutrina para que os falsos pastores deste século não mais
enganem o nosso povo, faz-se necessário que os verdadeiros escolhidos de Deus,
se coloquem como flechas
polidas pelas mãos de Deus,
para apascentarmos verdadeiramente o rebanho com
a verdadeira palavra, para
sermos boca de Deus para
essa nação, pregando e ensinando a verdadeira fé, dissipando assim a falsa religião
e os falsos pastores dos nossos dias.
Somos todos
supersticiosos?
J
Edgar Silva Santos,
pastor da PIB de Jardim
Mauá – Manaus - AM
não é a mesma ensinada por
Cristo e pelos Apóstolos, pois
a fé é crer no invisível de
Deus, é acreditar verdadeiramente que tudo é possível ao
que crer; encontramos Jesus
dizendo a mulher do fluxo de
sangue, vai a tua fé te curou
e não que algum objeto ou
bens operou o milagre.
Hoje a fé precisa ser materializada, mistificada, pois
para provar a nossa fé é necessário pagar altos valores,
garrafas ou copos com água
da terra santa, etc., se assim
não for o milagre não acontece, a bênção não chega,
onde está escrito isto na Bíblia?
ogo da seleção brasileira
de futebol. Placar desanimador no primeiro tempo. Tensão em campo.
Muito calor no estádio da
capital cearense, em torno de
29º C. O treinador aparece
com um agasalho no segundo tempo e, claro, chama a
atenção do narrador da partida, que entende ser o agasalho um recurso supersticioso
do treinador. Questionado ao
final do jogo, que ficou apenas no empate sem gol com
a seleção do México, Luiz
Felipe Scolari declara: “Uso
porque é de praxe. Se não
usar, parece que falta alguma
coisa, falta um amuleto”.
O técnico Felipão mantém
uma longa lista de práticas
fundamentadas na superstição: usa a mesma camisa
em todos os jogos, o mesmo
relógio, senta-se sempre na
mesma poltrona de ônibus
e aviões acompanhado do
mesmo integrante da comissão técnica, sem esquecer-se
da santinha que fica no bolso
direito da calça. Comentários
cordiais feitos, o narrador
Galvão Bueno declara: “Somos todos supersticiosos!”.
Nesse momento, eu respondo para o treinador enquanto
lamento o baixo desempenho
do time brasileiro: “Eu não
sou supersticioso. Eu sou
crente!”.
Segundo o atual dicionário
brasileiro Sivadi, superstição
é: “sentimento de veneração
religiosa que se funda no temor ou na ignorância e leva
ao cumprimento de falsos
deveres, a quimeras, ou a confiança em coisas fantásticas e
ineficazes; presságio infundado; crendice; credulidade;
fanatismo”. Bater 3 vezes na
madeira, cruzar os dedos,
levantar da cama sempre utilizando-se do pé direito, jamais
passar embaixo de escada e
torcer para não encontrar um
gato preto, especialmente se
o calendário estiver marcando
uma sexta-feira 13. Quanta
superstição!
A mente supersticiosa demonstra temer a insegurança
oferecida diariamente pelas circunstâncias da vida.
O receio de que a inveja
alheia prejudique negócios
e relacionamentos gera inquietude no coração do indivíduo supersticioso. Eventos
da natureza, especialmente
aqueles que não apresentam
fácil explicação, tornam-se
perigos em potencial. É para
essa pessoa, escrava das superstições, que a confiança
no Deus Eterno deve ser
proclamada, assim como
declara o salmista: “Ainda
que eu ande pelo vale da
sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu
estás comigo; a tua vara e
o teu cajado me consolam”
(Sl 23.4).
A certeza de que Deus
criou, governa e sustenta todas as coisas, mesmo aquelas
que se apresentam misteriosas, produz paz no coração
humano. Todo cristão pode
vencer a ansiedade e o medo
do incerto por meio da fé
em Deus. Esta fé viva não
invalida o uso da razão, antes permite que a mente se
apoie na certeza de que Deus
está vivo e se importa com
aqueles que nele esperam.
“Se o Senhor não edificar a
casa, em vão trabalham os
que a edificam; se o Senhor
não guardar a cidade, em vão
vigia a sentinela” (Sl 127.1).
Uma mente guiada pela fé
em Deus está livre da triste
submissão à superstição. O
intelecto do cristão genuíno
é utilizado para vencer a
ditadura das experiências e
das emoções. Eis o alerta dos
Salmos 32.9, que é muito
necessário em nossos dias:
“Não sejais como o cavalo,
nem como a mula, que não
tem entendimento”.
Cristãos não podem ser
supersticiosos. Essa conduta
é incompatível com a fé em
Deus. O medo de palavras,
eventos e coisas que nos
causam espanto, jamais invalidará a certeza de que
“nem a morte, nem a vida,
nem anjos, nem principados,
nem coisas presentes, nem
futuras, nem potestades, nem
a altura, nem a profundidade,
nem qualquer outra criatura
nos poderá separar do amor
de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm
8.38-39). Assim como faz o
apóstolo Paulo, questionemos a todos: “Se Deus é por
nós, quem será contra nós?”
(Rm 8.31).
o jornal batista – domingo, 20/07/14
ponto de vista
Moisés Selva Santiago,
pastor da Igreja Batista
Olaria, Porto Velho
uito se tem escrito sobre as façanhas do Conde
João Maurício
de Nassau-Siegen, governador do Brasil Holandês
de 1637 a 1644. A história
atesta que ele priorizou o
bem-estar da população,
por meio da educação, moradia, saneamento, coleta
de lixo, calçamento de ruas,
pontes, edifícios públicos,
jardins, segurança; incentivou a ciência, criando o
observatório astronômico
e o laboratório de ciências
naturais; fortaleceu a economia, unindo portugueses
M
e holandeses; permitiu a
liberdade religiosa entre
católicos, calvinistas, judeus
e até mesmo escravos africanos; e governou de forma
“democrática”, ouvindo os
diferentes segmentos da sociedade. Mas, há um detalhe
na biografia de Nassau pouco explorado. A fé.
E como expressão de fé,
o Conde compôs o “Hino
de Gratidão, Contrição e
Oração», em 1665, após o
quase afogamento na Frígia,
nas costas do Mar do Norte.
Diz ele: “Sou Príncipe real.
Ao trono celestial, coloco o
cetro meu. Profunda gratidão transborda o coração:
Sou servo, filho Teu”. Mesmo investido de autoridade,
submetia-se ao Trono Celes-
tial. Em vez de prepotência,
gratidão. Um príncipe que
se considerava apenas servo. E conclui: «Sou grande
pecador”... “Entrego o coração nas Tuas mãos. Amém”.
(Schalkwijk, F. Igreja e Estado no Brasil Holandês. SP:
Ed. Cultura Cristã, 2004, p.
420).
Talvez esse elemento esteja faltando nos administradores públicos de nosso
tempo. Não me refiro ao
ato de ir a uma igreja (principalmente porque nessa
época de eleições, os candidatos vão a todas!). Nem
levo meu pensamento para
o exclusivismo, pai do fundamentalismo mórbido que
apregoa a morte de quem
adora diferente. Nassau pos-
suía convicções pessoais,
ao mesmo tempo em que
convivia com as diferenças.
Sabia que era um “grande
pecador”, e não um ser intocável acima da lei e da
justiça, como hoje em dia
muitos tentam se colocar,
embora estejam afundados
na lama da corrupção. E o
Conde não se guiava pelo
“coração”, mas sim colocava as emoções nas mãos de
Deus. Atitude bem diferente
dos rompantes passionais
hierarquizados na administração pública, com perseguições aos “opositores” e
benesses para quem compartilha o partido, o copo,
o roubo e até o corpo.
É claro que o governo de
Nassau não foi perfeito,
15
nem Recife era o Éden sem
serpente. Porém, lá até a
maior autoridade reconhecia sua pequenez diante
de Deus. O certo é que em
qualquer época ou cultura,
a esperada moralidade e ética no trato da coisa pública,
e a almejada sociedade justa
e legal para todos somente
podem ser reais quando há
fé nas pessoas. Inclusive nos
dirigentes do país. Não basta ensinar «religião» nas escolas ou construir uma igreja em cada esquina. “Não
adianta ir à igreja, rezar e
fazer tudo errado”(cantou
Fernando Mendes). Isso porque a fé, sem obras é morta
(como disse Tiago). Então,
ecoa a questão: por onde
anda o elemento fé?
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901