ISSN 1679-0189 o jornal batista – domingo, 20/07/14 ????? Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 1 Ano CXIV Edição 29 Domingo, 20.07.2014 R$ 3,20 2 o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: [email protected] Colaborações: [email protected] Assinaturas: [email protected] REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br Hoje é o dia do Jornal Batista! N este domingo, dia 20 de julho, é celebrado o dia de O Jornal Batista. Queremos destacar algumas informações históricas deste nosso Jornal. Fundado em 1901 com seu primeiro número aparecendo em 10 de janeiro desse ano. O JORNAL BATISTA, em 1909, se tornou o órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, é humanamente falando, a obra de W. E. Entzminger. É preciso, entretanto, reconhecer que, para a realização de seu ideal, Entzminger contou com a compreensão, a visão denominacional e o desprendimento de dois outros grandes missionários: Salomão L. Ginsburg e Zacarias C. Taylor. Há quem diga que o primeiro jornal batista brasileiro foi O CRISTÃO BRASILEIRO, fundado por W. B. Bagby, no Rio de Janeiro, em 1887. Outros, entretanto, reivindicam essa glória para Zacarias C. Taylor, que teria fundado O ECO DA VERDADE em 1884, na Bahia. Não existem que saibamos exemplares dos primeiros números desses jornais. Em 1889 montou na Bahia uma pequena tipografia no porão do velho Aljube. Aos poucos o Dr. Taylor a foi aumentando até chegar a possuir uma oficina modesta embora, mas que prestava bons serviços. Em maio de 1889, saiu dali o primeiro número de O ECO DA VERDADE, título este mais tarde mudado para A VERDADE, que, por seu turno, foi substituído, depois, pelo de A NOVA VIDA, mensário de 12 páginas. Zacarias C. Taylor em sua Autobiografia, documento interessantíssimo, que poucos têm a ventura de conhecer, refere-se a 1884 como data da fundação do ECO DA VERDADE. Parece-nos, entretanto, que sua memória falhou ao escrever a data e cremos que O Jornal Baptista a informação de Entzminger é a exata. É mais fácil determinar o aparecimento de AS BOAS NOVAS, jornal de Salomão L. Ginsburg: surgiu em Campos, em 15 de março de 1894. Em maio de 1900 realizou-se aqui no Rio uma reunião de missionários norte-americanos: W. B. Bagby, Zacarias C. Taylor, Salomão L. Ginsburg, J. J. Taylor e W. E. Entzminger. Decidiram eles fundar no Rio de Janeiro uma Casa Publicadora e publicar um jornal batista nacional. Até então A NOVA VIDA servia aos batistas da Bahia para cima, e AS BOAS NOVAS servia os de Campos para baixo, um para o Norte e outro para o Sul. Os missionários achavam melhor ter um jornal só para o país inteiro. Para que isso acontecesse, Zacarias C. Taylor abriu mão do seu jornal, o mesmo fazendo Salomão Ginsburg. Zacarias fez mais: vendeu o material tipográfico que tinha na Bahia e enviou a importância conseguida para o Rio, a fim de ajudar no lançamento da empresa. É digno de nota o desprendimento dos dois grandes missionários suprimindo a publicação dos seus jornais para que surgisse O JORNAL BATISTA. Poder-se-ia colocar no expediente de nosso jornal: sucessor de AS BOAS NOVAS e de A NOVA VIDA e assim recuaríamos a data de nossa fundação para 1889. Mas não criemos problemas históricos e fiquemos mesmo com a data de 10 de janeiro de 1901 e os cento e treze anos de O JORNAL BATISTA. A assembleia anual da Convenção Batista Brasileira, realizada em Recife de 1909, adotou O JORNAL BATISTA como seu órgão oficial e estabeleceu o 3ºdomingo de julho, de cada ano, como o Dia do JORNAL BATISTA. (SOS) Capital Federal 10 de Janeiro de 1901 Nº 1 Nasce o modesto periódico A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio Em 1901 eram escritas as primeiras linhas do semanário que abençoaria o povo batista por longos anos. Em 1909 na Assembleia Anual da Convenção Batista Brasileira, realizada em Recife, o periódico da denominação tornou-se o Órgão Oficial, sendo estabelecido o 3º domingo do mês de Julho de cada ano, como o Dia do JORNAL BATISTA. Durante um bom tempo essa data foi esquecida, mas no exemplar de 03-01-1971, “ressuscitamos essa comemoração”. Em 1996 O Jornal Batista Um novo formato e colorido, começamos uma nova época do nosso semanário. o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão Carlos Henrique Falcão, pastor da Igreja da Liberdade - RJ “U m chute no travessão aos 30 minutos do segundo tempo da prorrogação na partida entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo poderia ter mudado a história do Mundial. O chileno Mauricio Pinilla, de 30 anos, autor da finalização, resolveu eternizar o momento com uma tatuagem do lance que assustou a torcida brasileira” (http://www.estadao. com.br/). Em seguida, as reportagens dos canais da esotérica Rede Globo (TV Globo e Esporte TV) anunciaram a “sorte” do Brasil no lance. Um dos repórteres disse que temos “sorte de campeão”. “Sorte” misturada com superstição é a mensagem esotérica da vez. Pessoas tomam uma série de atitudes antecipadas para ter “sorte”. Não é de hoje que o homem deseja interferir no futuro. Quando dá certo é sorte. Quando dá errado foi azar. Esta ideia é tão forte na sociedade que se não tomarmos cuidado iremos aplicar na vida cristã os princípios da “sorte”: “Se acontecer foi da vontade de Deus, se não acontecer é porque Deus não quis”. Mas a Bíblia fala de sorte? Fala. Em vários momentos quando era preciso uma decisão difícil, após pedir a orientação de Deus, o sorteio realizado era considerado a expressão da Sua vontade. Davi é grato por sua vida e diz que foi Deus o organizador dos fatos e é o mesmo Deus que garante o seu futuro. A tudo o que Deus fez e fará, Davi chama de sorte (Sl 16.5). Em lugar nenhum da Bíblia encontramos alguma referência a fatos que acontecem ao acaso. Nenhum personagem bíblico fica com os dedos cruzados esperando acontecer e depois se alegra com a sua sorte. O “acaso” não acontece na vida do servo de Deus. A Bíblia nos convida entregar a vida a Deus e a confiar na providência divina: “Entrega o seu caminho ao Senhor, confia nele, e Ele agirá” (Sl 37.5). Por causa dessa entrega, o mesmo salmista, diz para o servo de Deus “descansar no Senhor e aguardar com paciência” enquanto Ele age (Sl 37.7). O profeta Isaías também é enfático quando convida Israel a confiar em Deus: “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam” 3 (Is 64.4). Temos um Deus que trabalha por nós e em nós. Não existe outra força a nosso favor porque Deus mesmo disse: “Agindo eu, quem pode desfazer?” (Is 43.13-NVI). Isso quer dizer que o servo de Deus confia na providência divina e será sempre campeão porque Deus fará o que Ele deseja fazer e não há nada que mude a sua vontade. O servo de Deus não é campeão por causa da sorte. É campeão porque Deus faz. O servo de Deus pode confiar em alguém que age. Não precisa depender do acaso. Seja campeão! Confie no único Deus vivo e verdadeiro. 4 o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE Daltro de La Puente Machado, Paulo, Timóteo; etc. São muitos e edificantes os exemplos membro da Igreja Batista Central de Volta Redonda - RJ encontrados na Bíblia. Também na história secular temos “O nobre projetará coisas exemplos de personalidades nobres. E nas coisas nobres notáveis que tiveram grandes mentores, evidenciando que persistirá” (Is 32.8). um verdadeiro mentor sempalavra mentor é pre ajuda alguém a ser uma formada a partir de pessoa melhor e a encontrar um personagem da sentido na vida, na busca de mitologia. Na Odis- autorrealização. A qualidade da vida, espeseia – poema épico grego, do século VIII a.C. – Homero cialmente da vida cristã, a conta que Ulisses ao sair para qualidade da gestão eclesia Guerra de Troia, confiou ástica, da governança corpoo palácio e os cuidados de rativa - pública ou privada, seu filho Telêmaco a um com certeza apresentaria sábio conselheiro chamado resultados infinitamente meMentor. Quando retornou lhores se a mentoria fosse encontrou Telêmaco, de per- sistematizado. Parece que o sonalidade madura, exibindo mundo ainda ignora a relecomportamento exemplar, vância deste processo que desempenho competente enriquece tanto ao mentoe caráter íntegro. Ulisses, reado quanto ao mentor, então deduziu que isto só porque há uma “fertilização poderia ter sido resultado cruzada” e a ação se proda influência, da sabedoria, cessa no campo das ideias. da experiência, do exemplo Vale citar o provérbio chie da dedicação de Mentor. nês: “Se dois homens vêm Com base neste significado o andando por uma estrada, Dicionário Aurélio da Língua cada um com um pão, e, ao Portuguesa conceitua “men- se encontrarem, trocarem os tor como pessoa que guia, pães, cada um vai embora ensina ou aconselha”. Por- com um. Se dois homens tanto, mentor é aquele que vêm andando por uma esdá suporte e encorajamento trada, cada um com uma para que alguém planeja- ideia, e, ao se encontrarem, damente aprenda, realize trocarem as ideias, cada um seu potencial, desenvolva vai embora com duas”. Igualsuas habilidades, melhore mente, mentorear, tem esta seu desempenho e viva com característica, é enriquecedor aos dois (quem ensina, tem qualidade de vida. Mentoria, palavra derivada, que se preparar, então se é o processo de transferência enriquece; quem aprende, de experiências através de tem sua carência suprida, se um relacionamento dura- enriquece também), ninguém douro, profundo, dinâmico, sai perdendo, os dois saem de confiança, de apoio e de ganhando. Quando se comenriquecimento mútuo, entre partilha experiências, quem duas ou mais pessoas, suprin- ensina e quem aprende desdo necessidades e proporcio- cobrem que é possível estar nando oportunidades de cres- sempre aberto para o novo cimento pessoal, onde o mais e para mudanças. Ambos experiente (por exemplo, o transformam o trabalho em apóstolo Paulo – Mentor) um aprendizado constante, transmite visões, sonhos, capaz de mudar vidas. O objetivo do mentor é ideais, princípios, valores, atitudes, conhecimentos, levar alguém a ter mudanhabilidade e sabedoria ao ça de vida, exibindo commais novo (por exemplo, o portamento futuro melhor jovem Timóteo – Mentorea- do que o atual, porém esta do), ajudando-o a descobrir e mudança precisa desenvolusar bem seus dons, talentos ver integralmente a vida de e a cumprir seus desafios e seu discípulo. Assim como Paulo não fez de Timóteo crescer na vida. A Bíblia registra vários um Paulinho, o objetivo do exemplos de pessoas que se mentor não é reproduzir a si beneficiaram da mentoria. mesmo, mas oportunizar o Jesus, que mentoreou doze desenvolvimento integral da homens e os fez discípulos, vida de seu aluno, evitando ensinando-os e instruindo-os, uma relação excessiva de assim como a Nicodemos, dependência. Exigirão do a Maria (irmã de Lázaro) e a mentor diante desta necesinúmeras pessoas é o nosso sidade especial, um nível de maior paradigma de mentor. maturidade, sensibilidade, Jetro mentoreou Moisés; Moi- humildade, empatia e senso sés, Josué e Calebe; Noemi, de responsabilidade para a Rute; Samuel, Davi; Elias, efetividade da aprendizagem. Eliseu; Ananias, Saulo (Paulo); Pode-se, aqui parafrasear o A TWI/JI - SE O MENTOREADO NÃO APRENDEU, O MENTOR NÃO ENSINOU. TWI - Training Within Industry / JI - Job Instruction), método de ensino industrial para “foreman”, iniciado em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial que objetivava incrementar a produção para suprir as necessidades do esforço de guerra das Forças Aliadas, adotava o slogan “If the learner has not learned, the teacher has not taught”. Vale dizer que o fruto deste relacionamento só se efetiva quando o mentoreado incorpora conscientemente os conhecimentos ministrados e, em decorrência disto adota comportamento coerente com o aprendizado. Em que pese o grande avanço do mundo globalizado, percebe-se que não há cultura voltada para a prática de mentoria. Há muita gente boa, inclusive nos nossos arraiais, “que sabe e sabe que sabe”, estando apta para ensinar, mas não gosta, não quer, alega não ter tempo nem paciência e não se dispõe a mentorear quem tem necessidade, deixando transparecer insegurança, falta de discernimento, de solidariedade, de altruísmo, com uma ponta de egoísmo, preferindo, às vezes ter alguém ao seu lado desprovido de instrução, indouto. No lado oposto, há muita gente, “que não sabe e sabe que não sabe”, necessitando de aprender para se desenvolver e viver melhor, mas não quer, alega não ter (ou não poder perder) tempo e não se dispõe a aprender para suprir suas carências e suas deficiências, deixando transparecer falta de humildade, preferindo assim não revelar suas fraquezas e mazelas, numa concordância tácita com a ideia retrógrada e que contraria a teoria da aprendizagem que diz “pau que nasce torto não tem jeito morre torto”, que, aliás, é uma balela. Portanto, procurar, descobrir mentor é preciso... Para se descobrir um mentor, o OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia O enorme número das bênçãos “A minha boca manifestará a tua justiça e a tua salvação todo o dia, pois não conheço o número delas” (Sl 71.15). o Salmo 71 Davi explica a razão de sua postura de gratidão e louvor ao Senhor: “A minha boca relatará as bênçãos da Tua justiça e da Tua salvação todo o dia, posto que não conheça o seu número” (Sl 71.15). A memória humana é impressionantemente frágil, quando se trata de relatar as bondades de Deus para conosco. Por outro lado, quão grande é a nossa lista, quando se trata de nossas mágoas e de nossas queixas. Ao ponto de, às vezes, acharmos que o Senhor nos esqueceu. Neste contexto, a atitude do salmista destoa das nossas tendências. Depois de alguma meditação, ele descobriu que o Senhor não tira férias, quando se trata de ajudar Seus filhos. Noite, dia, domingos e feriados. Neste ponto, depois de muito pensar, concluiu: na verdade, nós nunca saberemos o número completo das bênçãos divinas. Não somente não conhecemos a intensidade e a fidelidade de Suas bênçãos – mais do que isto, na maioria das vezes, nem sequer entendemos a razão, não nos surpreendamos quando, ao amadurecermos em nossa comunhão com Ele, de vez em quando detectamos as intervenções divinas. Vale a pena aprender a contar as bênçãos que recebemos Dele. Quer entendamos ou não. primeiro passo é querer e em seguida ter coragem de perguntar a alguém que se admira se está disposto a ser seu mentor. Outra maneira é dizer às pessoas que está à procura de um mentor. Certamente quem assim agir, ficará surpreso com a disposição de tantas pessoas qualificadas em ajudar. Para finalizar, o Processo de Mentoria abaixo esquematizado, objetiva mostrar no contínuo uma visão do relacionamento mentor-mentoreado (adaptação do modelo de Warren Schmidt e Arthur Johnson, em “Estilos de Consultoria”, sugerindo que toda situação de mentoria envolve uma mesclagem potencialmente diferente da experiência do mentoreado e do mentor, ressaltando-se que o processo é dinâmico e deve acontecer de forma normal e gradual, tendo início (primeiro o mais simples), meio (aprofundamento dos conteúdos teóricos e práticos) e fim (pontos mais complexos, acompanhamento e “feedback”), visando assegurar a capacitação. N o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão Presidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Luiz Roberto Silvado foi eleito vice-presidente da Aliança Batista Mundial F Durante a reunião do Conselho Geral da Aliança Batista Mundial, realizada esta semana na Turquia, foi definida a Diretoria do próximo quinquênio 2015 a 2020, sendo eleito para presidente o sul-africano Paul Smiza e para vice-presidente o pastor Luiz Roberto Silvado, representando o Brasil e toda América do Sul. Leia mais sobre esta matéria nas próximas edições. Rogério Augusto de Paula, pastor da Primeira Igreja Batista em Colatina - ES E stamos às portas de mais um pleito, nesses momentos é comum surgir candidatos de toda espécie. O tradicional, o exótico, o novo, o representante de classes, o que promete muito, o utópico, o defensor das minorias, o salvador da pátria etc. Dentre estes há também o candidato de última hora, aquele que em geral busca fazer alianças com todos os seguimentos da sociedade, inclusive com as igrejas. Apresentam dificuldades para vender facilidades. Eleições vêm, eleições vão, políticos vêm, políticos vão, no entanto, a sociedade brasileira continua padecer com problemas que estão ai há décadas. Educação deficitária, saúde na UTI, falta de investimentos em saneamento bá- sico, segurança ultrapassada, desvio de recursos públicos etc. São situações que perduram. Então o que fazer? Acordar o “gigante que dorme em berços esplêndidos” seria uma boa opção! Há um provérbio chinês que diz: “Os loucos às vezes se curam. Os imbecis nunca”! O povo é tratado como imbecil porque se comporta como imbecil, principalmente no momento de escolher os seus representantes políticos e no momento de reivindicar os seus direitos básicos. Segundo o profeta Oséias 4.6 “O povo estava sendo destruído por falta de conhecimento”. Por falta de conhecimento deixamos Deus de fora das nossas decisões políticas. Por falta de conhecimento elegemos pessoas despreparadas e descomprometidas com Deus e com o povo. Por falta de conhecimento do que somos capazes de realizar por intermédio de Deus, o povo sofre, a corrupção aumenta, a imoralidade é institucionalizada e o país cada vez mais, mergulha no caos social. O texto de II Crônicas 7.14 nos diz: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”. É preciso clamar para que o Senhor tenha misericórdia de nós e dessa terra chamada Brasil, que tanto amamos. A frase atribuída a Platão, “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente serão governados por aqueles que gostam”, exemplifica de forma fantástica a posição dos cristãos brasileiros em relação à política. Acorde povo de Deus; vamos clamar. oi um susto tremendo. Eu estava numa Caravan, um carro pesadão, cuja direção mecânica exigia algum esforço. Ia de Irajá para a Tijuca. Naquele tempo eu me dava bem com um “carrão” dois ponto zero. Tomei a rua que tem nome do poeta paulista Álvares de Azevedo, no Jacaré. Após o cruzamento da entrada da favela, há um leve declive, que termina em uma curva à direita. Ao entrar na curva, vi na calçada à direita, junto ao meio fio, esperando para atravessar a rua, uma senhora que levava um bebê ao colo, amparando-o com o braço esquerdo, enquanto sua mão direita sustentava uma bolsa. Ao seu lado, uma menina de seus três anos, não mais, segurava-se com a mão na alça da bolsa da mãe. Subitamente, a menina soltou a mão e, rápida como um corisco, ameaçou atravessar a rua. O que deu na cabeça da guria? Quem pode saber? Eu já estava a pouca distância. Se a garota corresse, eu não teria como parar o carro para evitar o atropelamento, fatal com certeza, algo que jamais me aconteceu. Foi um zás. Mais rápido do que eu pudesse pensar no que fazer ou mesmo reagir por impulso, como por exemplo, jogar o carro para a esquerda, num reflexo instintivo, a mãe soltou a bolsa e agarrou a menina pelos cabelos, puxando-a para si. Instintivamente pisei no freio e estava bem de vagar, tentando me refazer do susto. Ainda pude ver, antes de completar a curva, a mãe passar rapidamente a bolsa para a mão esquerda, mesmo amparando o seu bebê e segurar a mão da filha com a mão direita para, logo em seguida, atravessar a rua, como pude ainda ver pelo retrovisor. Ficou-me uma preciosa lição daquele evento. Não somos nós que temos de segurar na mão de Deus. Se a nossa segurança dependesse do nosso esforço em segurar 5 na mão de Deus, estaríamos perdidos. “Segura na mão de Deus” é o apelo de um conhecido hino baseado na convicção da salvação pelas obras, por mérito humano. “Tenho que fazer por onde”, é o que pensam os que pensam que nós é que precisamos segurar na mão de Deus, ao invés de confiarmos na sua graça e no seu poder para nos dar segurança. Não conheço um único versículo bíblico que me diga que sou eu que preciso segurar na mão de Deus. Mas há várias promessas de Deus dizendo que Ele me toma pela mão e me segura com sua destra poderosa. Naquele remoto incidente na rua Álvares de Azevedo, Deus interveio, livrou aquela menina de morrer atropelada, guardou sua mãe de uma grande dor e guardou também a mim, por sua graça, de uma experiência terrível. Podemos confiar na poderosa mão do nosso Deus. Podemos! Por sua maravilhosa graça, Deus realmente nos livra dos perigos, muitos dos quais jamais viremos, a saber, que nos ameaçaram. Ficou a marca em minha alma. Sempre que passo por aquela rua, é impossível não me lembrar, daquela fração de segundo por mim vivida, como é impossível não agradecer a Deus pelo livramento, mais rápido do que um flash, mas que marcou indelevelmente o meu ser. Não se conforme em segurar você mesmo na alça de uma doutrina, de uma criação humana, seja ela qual for, na ilusão de que terá a proteção divina. Deixe Deus segurar você pela mão e conduzir sua vida pelos caminhos da justiça, da verdade, da retidão. No Salmos 63.8 diz Davi: “A minha alma se apega a ti; a tua destra me sustenta”. Já no Salmos 37.24, Davi reconhece: “Ainda que caia, não ficará prostrado, pois o Senhor o segura pela mão”. Por sua graça inefável. 6 vida em família o jornal batista – domingo, 20/07/14 reflexão Caminhos da Mulher de Deus Gilson e Elizabete Bifano ZENILDA REGGIANI CINTRA, pastora e jornalista, Taguatinga, DF. P “É por sua ordem, que a águia se eleva e no alto constrói o seu ninho? Um penhasco é sua morada, e ali passa a noite; uma escarpa rochosa é a sua fortaleza” (Jó 39.27-28). C erto dia estava passeando com minha família ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais da cidade do Rio de Janeiro. Muitas coisas me chamam a atenção naquele local, mas naquele dia algo simples me despertou. Numa das árvores bem perto da pista de passeio, num lugar até baixo demais, um passarinho fez seu ninho. Parei o observei aquela obra simples, porém significativa. Nossa família, num certo sentido, é como um ninho. Existem vários tipos de ninho. Dependendo do pássaro o ninho pode ser grande ou pequeno. Penso num ninho como lugar de aconchego, de cuidado, de crescimento. De todas as aves, creio que nossa família deve ser como um ninho de águia. As águias fazem seus ninhos nos lugares altos. Nossa família deve estar assentada sobre os mais altos padrões da ética, dos valores morais. Hoje, há toda uma conspiração para desestruturar a família. A mídia, especialmente, tentar fazer com que aceitemos conceitos que à luz da Palavra de Deus sempre foram errados. Outro detalhe muito interessante dos ninhos feitos pelas águias é que são construídos na rocha. Quando nossa família, como um ninho, está firmada na Rocha Eterna, que é Jesus Cristo, podemos sofrer todos os tipos de embate, mas estaremos seguros. Na família Cristo deve ser exaltado e o exemplo a ser seguido por todos os seus membros. A Palavra de Deus é que nortea todas as ações, palavras e comportamento nas relações, seja conjugal ou pais e filhos. Para uma ave, ninho é um lugar temporário para se criar os filhotes. Um filhote, num ninho, é protegido, cuidado e alimentado, mas um dia ele deve voar. Já vi também muitos filhotes de rolinha bem pequenos dar seus primeiros voos. Nossos filhos nascem em nossos ninhos, devem ser cuidados com todo o carinho, amor, aconchego, alimentados em suas emoções e no aspecto físico, mas um dia eles devem voar e construir seus próprios ninhos. A vida é assim e isso é altamente saudável para a família. As águias, por exemplo, balançam o ninho incentivando os filhotes a voar. Família como um ninho, deve ser lugar de cuidado, aconchego, mas nunca devemos esquecer que os filhotes que Deus nos deu um dia vão voar. Gosto de citar Henri Nouwen quando fala sobre os filhos. Diz ele que os filhos são “hóspedes” em nossa casa durante algum tempo, e o melhor que podemos fazer é ajudá-los a “crescer para a liberdade que lhes permite firmar-se sobre os próprios pés físico, mental e espiritualmente, dando-lhes a possibilidade de seguir na direção que escolherem”. Famílias que agem assim são saudáveis e deixarão, com certeza, um legado para as futuras gerações e porque não dizer para a sociedade. Juntos pela família. erplexos. Foi assim que nos sentimos diante do inexplicável resultado do jogo da Alemanha: 7x1. Em um primeiro momento nos sentimos meio catatônicos, assim como aparentemente os jogadores brasileiros após o primeiro gol do time rival, propiciando a chuva de novos gols. Lembrei-me do jogo dos sete erros com o qual todos nós brincamos quando crianças, ou talvez até hoje como eu, e que nos trazia um mundo lúdico e divertido. Não foi assim desta vez. Por mais inacreditável que fosse, o placar era real e cruel. Como razões para cada gol que sofremos, há motivos que são apontados: a falta de jogadores mais preparados, esquemas táticos individuais errados, instabilidade emocional dos jogadores, fragilidade do meio-campo, defesa estática, falta de treino e falta de investimento nas categorias de base. Esses são sete erros possíveis na seleção pinçados das muitas críticas divulgadas pelos meios de comunicação. Os meses que antecederam a Copa foram palco para milhares de pessoas saírem às ruas a fim de protestar a respeito de questões sociais. Saúde, educação, trabalho, segurança, inflação, moradia e corrupção, sete itens entre tantos outros que entraram na pauta. Foi impressionante a adesão do povo brasileiro e esse movimento retardou bastante o entusiasmo pela Copa do Mundo. Na raiz de todas as questões levantadas nos protestos, e de outras de nossas próprias vidas, estão sete erros que o ser humano pode cometer e que Deus condena: “olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19). Que o Senhor nos abençoe e tenhamos atitude para nos livrarmos dos erros: nossos, do governo e da nossa seleção. Que entre o presente e o futuro, em quadros comparativos, possamos ter vidas mais santas, uma nação mais justa e uma seleção muito mais preparada para, enfim, conquistarmos o hexa. Ivone Boechat, colaboradora de OJB exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente. A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade. A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta. Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra! Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso ilusório e frágil de liberdade. Finge-se libertador. “...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda...” Cecília Meirelles. Jesus ensinou tudo sobre a liberdade, quem a conhecer, será livre. A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção. A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar. A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais o jornal batista – domingo, 20/07/14 missões nacionais Trans Crianças alcança mais de 100 vidas no Complexo do Alemão Redação de Missões Nacionais O Complexo do Alemão é uma das áreas da cidade do Rio de Janeiro da qual muitas pessoas têm medo de se aproximar por causa dos constantes conflitos entre policiais e traficantes. Mais de 35 mil pessoas vivem nele. E com o objetivo de alcançar vidas, em especial as crianças da comunidade, um grupo formado por 63 voluntários participou da Trans Crianças Complexo do Alemão. Durante uma semana, o Evangelho foi compartilhado em casas e becos de três pontos específicos: Itararé, Bairro dos Mineiros e Alemão. “Com a chegada dos amarelinhos, sentimos que Deus estava conduzindo toda a história porque, desde que entramos lá, não houve conflitos que nos tenham impedido de realizar o trabalho. Os próprios moradores estavam comentando que, com a nossa presença, parecia ter melhorado a situação de conflitos. Éramos respeitados por todos, até mesmo pelos traficantes”, relatou a missionária de Alianças Estratégicas, Maria Helena Santos. As crianças, que eram o principal alvo da operação evangelística, receberam muito bem os voluntários. Participaram de todas as atividades, e assim escutaram o evangelho. Como resultado, 159 crianças aceitaram Jesus como salvador e iniciaram o processo de discipulado. “Percebemos o quanto podemos fazer em trabalhar com elas antes que o mundo onde vivem, com tantas situações com seus pais, amigos, vizinhos, roube o coraçãozi- Parte da equipe de voluntários nho delas. Precisamos correr! Investir nas crianças é uma estratégia de Deus porque antes mesmo de elas chegarem ao tráfico e às drogas, elas já estarão com a certeza de que Jesus é o Salvador da vida delas”, disse ainda, Maria Helena. Algumas das crianças alcançadas impressionaram os voluntários, dando prova de que tinham realmente compreendido o plano de salvação. Uma criança que aceitou Cristo, quando retornou para as atividades do dia seguinte, no pequeno grupo, ao ouvir novamente o apelo se levantou e disse: “Mas, tia, eu ontem já recebi Jesus no meu coração e então não preciso aceitar de novo”. Outra criança, após ter aceitado Cristo, pediu oração pelo seu pai para que ele pare de ser traficante e de usar drogas, pois isso a deixa com medo. Além das crianças, alguns pais também foram alcançados, principalmente, aqueles A Palavra tocou o coração dos pequeninos que receberam voluntários em sua casa. Maria Helena afirma que existem muitas pessoas carentes de amor e cuidado, que se alegravam ao receber “os amarelinhos” em sua casa por perceberem assim que alguém se importa com elas. Outros missionários de Missões Nacionais, como Aidete Brum, pastor Valdir e Ana Maria Soares, Laise Felix, Lídia Mariano, pastor Luiz Fernando e Sueli Nunes também estavam entre os voluntários da Trans Crianças no Complexo do Alemão. “Foi a expressão clara da glória de Deus entre nós”, definiu a missionária Ana Maria. “Como missionários da JMN, estamos felizes pelo desempenho dos voluntários. Vidas foram impactadas, lares abriram suas portas e, com a força do Espírito Santo daremos continuidade, pois queremos muito mais crianças alcançadas para Cristo. Elas farão parte de uma geração que vai impactar o Complexo”, afirma o pastor Luiz Fernando. Para os demais voluntários, a experiência de participar da operação evangelística foi especial. “A Trans criança representou para mim o amor, simplesmente isso, porque eu amei aquelas crianças e também fui amado por elas. São crianças que precisam de um amor diferente. Deus é amor”, disse Daniel Pestana, voluntário vindo da IB Vitória, de Campo Grande (MS). Para Ariane Carvalho da Silva, voluntária vinda da IB Boas Novas, de Hortolândia (SP), a Trans representou em sua vida a dependência total de Deus. “Pude aprender o significado de gratidão e demonstrar o amor de Deus por intermédio da minha vida”, relatou. Também vinda de São Paulo, a voluntária Lívia Quintanilha, da 1ª IB em São Vi- Momento de oração com as crianças 7 cente de Paulo (SP), revelou: “A Trans me ensinou que não posso mais ficar sentada enquanto pessoas morrem sem Jesus”. Da mesma igreja que ela, a voluntária Luma de Sá Carvalho afirmou: “No Complexo do Alemão aconteceram coisas tremendas, que me mostraram que Deus é por nós e que está sempre conosco. A Trans me ensinou que posso amar as pessoas do jeitinho que elas estão e posso suportar as diferenças. A Trans me ensinou que preciso parar de ser reformado e começar a ser TRANSformado. Eis-me aqui, Senhor!”. Segundo Ingrid Nunes, voluntária da IB Bom Samaritano, localizada na comunidade de Nova Brasília, no Rio de Janeiro (RJ), a Trans Crianças representou “um renovo de vida”. Ela foi despertada e conta que não tem mais medo de pregar o evangelho a toda criatura. “Também entendi que não posso mais ficar adiando meu chamado, achando que tenho outras prioridades. Agora quero colocar a vontade de Deus sempre em primeiro lugar. A pergunta que faço para mim mesma é: ‘Se eu morrer hoje, de que valeu minha vida na proclamação do evangelho?’. Quero ser luz em meio às trevas 24 horas por dia”, disse ela, que ao chegar em casa também evangelizou sua irmã de 5 anos. Após ter ouvido Ingrid, a menina evangelizou a moça que trabalha em sua casa e também o tio, usando a estratégia das cores relacionadas ao Plano de Salvação. A IB do Bom Samaritano, localizada em Nova Brasília, serviu como base para a Trans Crianças no Complexo do Alemão. Além dela, a IB Bom Samaritano, a 1ª IB do Cachambi e IB Aliança Eterna darão continuidade ao trabalho realizado, acompanhando as vidas alcançadas durante a operação. Até o fim deste ano, estão previstas outras Trans Crianças, em diversas cidades brasileiras. Visite o canal Jesus Transforma, no site de Missões Nacionais, para obter informações atualizadas das datas e inscrições. Participe como voluntário(a), e ajude a levar a mensagem de esperança para as crianças brasileiras. o jornal batista – domingo, 20/07/14 notícias do brasil batista 9 Igreja Batista Esperança - MG alcançando seus 21 anos de organização e durante estes vivenciando o cuidado de Deus Paulo Henrique G. Santos, pastor Igreja Batista Esperança - MG N o dia 06 de junho de 2014, a Igreja Batista Esperança (IBE) completou seus 21 anos de idade, e foram relembradas em suas celebrações alusivas ao momento, às lutas, vitórias, experiências vividas durante esse tempo. Lembro-me que a irmã Delma Freitas, (membro fundadora), me parou no corredor e com emoção na voz e no olhar relatou: “Houve um momento difícil da mudança de endereço, o que necessitava de certa urgência, de como os irmãos se doaram para que o templo fosse erguido, onde foi posta a pedra fundamental, o primeiro culto em que a Igreja ainda não estava toda coberta com seu telhado e houve uma chuva e nesse momento e ninguém foi embora”. Ainda, irmã Neide (membro fundadora) me falando: “tenho lembranças de quando a Igreja tinha uma Kombi e que o pastor Clério saia buscando os meninos da Vila para estarem na Igreja e como eram peraltas”. Cada dia que tenho a oportunidade de conviver com cada um dos membros fundadores dessa casa, ouço verdadeiras enciclopédias vivas sobre sua história, sou privilegiado de poder pastorear uma Igreja que em seu quadro conta com pelo menos 10 membros fundadores, sendo eles (citarei somente o primeiro nome): Judite – Karina – Lilian – Maurícia - Mário – Neide – Onésimo – Onice – Alumita – Vivian. Desses membros citados o que mais me chama a atenção é a irmã Maurícia que aos seus 95 anos de idade, se privilegia de uma lucidez e alegria contagiantes a quem tiver o prazer de conhecê-la, pessoa de fé inabalável, carinhosamente chamada pelos mais jovens de “vozinha”. Ao completar seus 21 anos de idade a IBE já viveu gran- des e agradáveis experiências com Deus em sua caminhada, sendo sempre ajudada pelo Senhor, e por homens de Deus em sua instrumentalidade, pastores que se doaram tais como: pastor Clélio Mendes (fundador); pastor José Renê de Toledo e pastor Joab Mendonça. Estamos caminhando para sermos um povo maduro no relacionamento, firmados na Palavra e no conhecimento de Deus, superando novos desafios, sendo assistidos todos os dias pelo nosso Senhor e Deus, vivendo a comunhão, o respeito mútuo, sabendo que temos diferenças na individualidade, mas, buscando o mesmo ideal para o Reino de Deus como igreja, priorizando vidas e o relacionamento interpessoal. Na atualidade a marca IBE é sinônimo de Cristãos por excelência, do sacrifício da cruz e Batistas por amor a limpidez do Evangelho, propagado ao mundo perdido em sua seriedade, ensinado desde suas crianças de colo até a mais experiente pessoa aos seus 95 anos a adorar, amar, conhecer, caminhar e obedecer o Deus criador de todas as coisas, sendo igualitária no trato para com todos os seres humanos, independente de sua condição econômica, social e cultural. Aberta para a comunidade onde está inserida para o auxilio em que como Igreja podemos realizar, onde o calor humano não se deixa perder em seu caminhar. Sabemos que ao completar “21” anos, alcançamos a “maioridade” como povo e com isso vem, também, maior responsabilidade de sermos realmente uma agência do Reino de Deus aqui na terra e na propagação de sua “boa nova”. Deixo aqui então registrado para cada membro da IBE minha gratidão e satisfação de servir essa Igreja como pastor, pois tenho convivido com vocês já há dois anos e meio, parece que foi ontem que cheguei a essa casa e os conheci, mas quando observo as fotos que já tiramos e que ultrapassaram a casa das mil é que tenho a noção de o quanto já vivemos juntos, e quanto as coisas já mudaram de lá para cá, tenho presenciado um povo alegre, satisfeito, carinhoso comigo e minha família. Por isso podemos dizer como Samuel em I Samuel 7.12, no final do versículo: “Até aqui nos ajudou o Senhor”, já foram superados vários desafios e sabemos que outros virão, por isso vivamos o mais novo tempo para essa casa. Somos orgulhosos de pertencer a Cristo pela excelência do sacrifício na cruz do calvário, e felizes por sermos batistas pela limpidez e clareza da exposição da Palavra de Deus “boa nova” que transforma o homem e promove a paz! Convenção Batista Goiana – 75 anos Jubileu de Brilhante Silvio Luiz Rosendo, pastor – presidente da Convenção Batista Goiana O mês de julho pode ser um dos meses mais frios do ano, mas os corações dos batistas goianos devem estar aquecidos pelas comemorações dos 75 anos de existência da Convenção Batista Goiana. Na verdade, a história missionária batista em Goiás é maravilhosa, desde a chegada em 1914 de Salomão Luiz Ginsburg para evangelizar e formar a primeira congregação batista em Catalão, dos missionários Daniel Frank Crosland e sua esposa Virginia Crosland e Walter Beasley MacNealy e sua esposa Imogenia Alexander MacNealy até quando o trabalho tomou um novo impulso com um ritmo mais acelerado de crescimento. Diante disto eles tomam a iniciativa de organizar a Convenção Batista Goiana, o que aconteceu no dia 21 de julho de 1939 na Primeira Igreja Batista de Morrinhos com a presença de 22 mensageiros que representavam mais três igrejas, além da Igreja local, PIB em Goiânia, PIB em Ipameri e PIB em Urutaí, mais dois pastores que representaram a Convenção Batista Mineira, na época Convenção Batista Minas Goiás, pastor Otis Pendentlon Maddox, da PIB em Barro Preto-BH e pastor Florentino Ferreira, da PIB em Divinópolis. O primeiro presidente da Convenção Batista Goiana foi o pastor Daniel Frank Crosland. No dia 21 de julho de 2014, às 19h30, no templo da PIB em Goiânia, com a presença do pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da CBB, desejamos realizar uma grande celebração em reconhecimento às inúmeras bênçãos que o Senhor tem derramado sobre a Convenção Batista Goiana. Certamente foram muitas as lutas, conflitos e desafios, e ainda continuam, mas quem disse que seria diferente? Mais vale a palavra do profeta Samuel: Ebenezer, “até aqui nos ajudou o Senhor”. Conclamo aos amados irmãos, não somente da grande Goiânia, mas de todas as demais associações a que neste dia, além da celebração noturna façamos um grande clamor ao Senhor pela denominação batista no Estado, principalmente para que resgatemos os princípios de uma espiritualidade transformadora da cooperação denominacional, do fervor missionário, da identidade doutrinária e do primeiro amor. Hoje somos aproximadamente 18.000 batistas no estado, espalhados em 152 igrejas e 89 congregações. Há muitos desafios e por meio de um relacionamento íntimo com nosso Pai por meio da oração, certamente os desafios serão vencidos, pois juntos somos mais fortes e juntos chegaremos mais longe. Deus deseja realizar grandes coisas por meio desta denominação que amamos e na qual servimos no Reino do amor de Deus, mas para que grandes coisas aconteçam é necessário clamar, conforme o Senhor revelou ao profeta Jeremias: “Assim diz o Senhor que fez a terra, o Senhor que a formou e a firmou; seu nome é Senhor: Clame a mim e eu responderei e lhe direi coisas grandiosas e insondáveis que não conhece” (Jr 33.2-3). 10 o jornal batista – domingo, 20/07/14 notícias do brasil batista Igreja Evangélica Batista de Alagoa Grande, Paraíba Linaldo de Souza Guerra, pastor da Primeira Igreja Batista do Pilar - PB N oite de gratidão, entusiasmo, alegria, no dia 17 de maio do ano 2014, no templo da Congregação Evangélica Batista de Alagoa Grande, sito à Av. João Pessoa 1.113, Centro, Alagoa Grande – PB, com a presença dos membros da Congregação e da “Igreja-mãe”, a mesma foi organizada como Igreja. Com a participação especial do Coro da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa, sob a regência do maestro Ebénezer Lourenço, o dirigente do culto, pastor Tomaz José de Aguiar Munguba, presidente da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa, da qual a Congregação fazia parte, declarou instalado o Concílio Examinatório, que foi aprovado por unanimidade, convidou o pastor Luiz Lucena Barbosa Junior para a oração consagratória e o pastor Ismael Machado da Silva para entregar a Bíblia ao novo obreiro da nova Igreja. O presidente convidou os irmãos da Congregação, agora Igreja, a se ajoelharem para a oração consagratória, que foi feita pelo pastor Tomaz Jose de Aguiar Munguba. Após a oração o presidente declarou a Congregação organizada em Igreja, constando de seu rol de membros fundadores, os seguintes irmãos: Adriana Coelho Feitosa, Alaércio Silva Alves, Alessandra Pereira Nunes, Alessandra Sousa Medeiros, Alexandre Antoniel Soares de Franca, Amanda Clara Cavalcante da Costa França, Andreia Celi Marinho Magalhães, Andrezza Klyvia Oliveira de Araújo, Angell de Melo Cruz, Anna Rafaella Marques, Aureliano Cruz Nunes, Aurélio Pereira Nunes, Aurenielly Pereira Nunes, Bruna Milena Ferreira de Sousa, Camylla Araújo Oliveira, Carlos Antônio Cavalcanti da Costa, Claudio Roberto de Araujo da Silva, Cristiane de Melo Silva, Dayane Leite da Silva, Divaneide Coutinho Macena Freitas, Edilena Farias de Albuquerque, Edmilson Rodrigues, Eduarda Souza e Lima, Efraim da Silva Lima, Elysanna Karla Santos de Paiva Silva, Elza Soares de Medeiros Bezerra, Érika Milene Souza e Silva, Eudes Felismino dos Santos, Fábio Gerard Souza de Melo, Fellipe Bruno Barbosa Bandeira, Francisca de Brito Fernandes, Genival Cabral da Costa, Geyziane Silva do Pr. Fábio Gerard, pastor da Novel Igreja, recebendo a Bíblia das mãos do Pastor Ismael Machado, sob os olhares do Pastor Tomaz Munguba Pastor Tomaz Munguba dirigente e orador oficial da organização da IEB em Alagoa Grande, Paraíba Visão da congregação tendo a plataforma o Coro da Igreja Evangélica Batista de João Pessoa Nascimento, Gildênia Cabral da Costa, Gilene de Oliveira Silva, Gisélia Pereira da Silva Marques, Giuseppe Cabral da Costa, Guimualdo Barbosa de Farias, Hailson de Souza Nunes, Ilma Fidélis Silva Lima de Oliveira, Israelly Emília Lima Cunha de Medeiros, Izamara Dayse Cavalcanti de Castro, Janio Medeiros, Joanna Carolinne Evangelista Rodrigues, Joel Jose de Sousa, Jordan Lima de Sá Pereira, José Coutinho Matos Cunha, Jose Elias de Brito Fernandes, José Henrique Cruz Filho, José Wagner Alves Leão, Joselia Maria de Souza Bezerra, Josielba Alves Barbosa Leão, Josildo Marques Pereira, Josué Rodrigues de Araújo, Jurandir Queiroz de Oliveira Júnior, Kátia Lígia de Souza, Laura Luiza da Cruz Aguiar, Laurinete de Oliveira Carolino, Luciana Christina Acioly de Melo, Maciel dos Santos Bernardo, Magna Celi da Silva, Márcia Gabriele Alves Fernandes, Marcos Antonio Carolino da Silva, Marcos Jose de Oliveira Carolino, Margarida Marques de Souza, Maria Anunciada Gomes de Góis, Maria de Jesus da Silva, Maria do Carmo Silva Costa, Maria José Araújo da Silva, Maria Jose da Silva Medeiros, Maria Nadir Cor- reia Sobral, Maria Raquel de Brito Fernandes, Marthalyne Marques de Oliveira, Maurício Martins da Silva, Maysa Karla de Oliveira Carolino, Micheline Carlos de Souza Silva, Monica Alves da Silva Costa, Nelma Mabel Lima da Cunha, Núbia Correia Sobral Martins da Silva, Otto Medeiros da Costa, Patrícia Alves da Silva, Patrícia Araujo da Silva, Paula Marques Rodrigues, Priscila Francielly dos Santos Silva, Rafaela dos Santos Pinto, Rafaelly Vivyan Nunes Silva, Raiane Alves Souto Maior, Raquel Maria Alves Souto Maior, Severina do Nascimento Sobral, Severino Damião a Silva, Severino Lins de Oliveira, Sillas Kleber Silva Barbosa de Sousa, Silvia Xavier Barbosa, Simone Xavier Barbosa, Solange Rocha Santos, Suely Pereira Nunes, Thamara Alves Medeiros, Valdemir Martins de Oliveira, Verônica Alves Silva Medeiros, Wellington Alves da Silva, Winkler Nóbrega de França e Yasmim Sousa e Lima; ao todo 102 irmãos. Foi escolhido pela Igreja, recém-organizada, o seu nome definitivo, a eleição do pastor e sua diretoria. A Igreja escolhe o nome de IGREJA EVANGÉLICA BATISTA DE ALAGOA GRANDE, e sua diretoria ficou assim composta: pastor presidente Fábio Gerard Souza de Melo, vice-presidente - Efraim da Silva Lima, primeira secretária - Geyziane Silva do Nascimento, segunda secretária - Izamara Dayse Cavalcanti de Castro, primeiro tesoureiro - Cláudio Roberto Araújo da Silva e segundo tesoureiro - Carlos Antonio Cavalcanti da Costa. A diretoria eleita foi empossada com uma oração feita pelo pastor Tomaz José de Aguiar Munguba. Em seguida o pastor Fábio Gerard de Souza Melo e sua esposa Luciana Christina Acioly de Melo foram convidados para tomar assento na plataforma. Foi cantado pelos presentes o hino “O Estandarte desta Igreja”. O pastor Tomaz José de Aguiar Munguba trouxe uma palavra de exortação e edificação à nova Igreja. Após a mensagem, foi dada a palavra ao pastor Fábio Gerard de Souza Melo, que fez os agradecimentos à Igreja mãe e a todos que tornaram possível este momento. O pastor Fábio Gerard de Souza, orou e impetrou a benção apostólica, encerrando desta forma o culto solene de organização da Igreja Evangélica Batista de Alagoa Grande. o jornal batista – domingo, 20/07/14 missões mundiais 11 Projeto no Sul da Ásia resgata crianças carentes e as insere na sociedade Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais C rianças vítimas de violência e tráfico de seres humanos no Sul da Ásia são o alvo do projeto Lar da Paz. Esta ação de Missões Mundiais cuida e oferece uma nova vida em Cristo a meninos e meninas que viviam à margem da sociedade. Coordenado pelo casal Charles e Camila Lopes, o Lar da Paz funciona hoje em duas casas e atende cerca de 50 crianças. Os missionários consagraram suas próprias vidas para servir a Cristo como se fossem, de fato, pai e mãe dessas crianças. “Nosso sonho é ver essas crianças, que um dia sofreram o abandono dos seus pais ou foram acometidas de tragédias em suas vidas, seguindo ao Senhor Jesus e obtendo sucesso em sua vida acadêmica, profissional e também constituindo uma família”, diz a missionária Camila Lopes. Em menos de um ano, os resultados desse projeto já começam a surgir. É o caso de três meninas que foram as melhores em suas turmas na escola. Todas têm um histórico em comum: tragédias familiares. Hoje elas experimentam a graça de uma nova vida em Jesus. Entre os meninos, um adolescente de 15 anos conseguiu superar a morte do pai e conviver com a mãe que sofre de distúrbios mentais. Com o apoio do projeto, ele passou de ano e também foi o melhor de sua turma. Esse menino chegou ao Lar da Paz quando tinha apenas quatro anos de idade junto com uma irmã. Hoje, ele faz parte do grupo musical do abrigo, tocando bateria. Segundo a missionária Camila, o jovem participa semanalmente das atividades da igreja. O projeto precisa de voluntários para serem voz de Deus juntamente com nossos missionários na vida dessas crianças. Se você tem conhecimentos em informática, costura, música, entre outras áreas, faça contato com Missões Mundiais. Também é possível ajudar esta missão a continuar firme no cam- po através de suas orações e ofertas. Saiba mais sobre como ajudar a construir uma cultura de paz no Sul da Ásia: 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). Inscrições abertas para o Tour of Hope Haiti Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais E stão abertas as inscrições para a próxima caravana do Tour of Hope que seguirá em outubro para o Haiti. Este é o lugar para quem deseja servir comunidades haitianas com atividades evangelísticas nas áreas de educação, saúde, construção civil, capelania, ação social e esportes. O Tour of Hope Haiti é uma iniciativa da Junta de Missões Mundiais, que mantém no país o projeto Por Um Novo Haiti, com o apoio da Conexão das Igrejas Batistas Haitianas para a Missão Integral – CEBHAMI. O projeto é coordenado pelo Pr. Marcos Grava, que já lidera caravanas missionárias ao Haiti desde 2009, além de outras caravanas como a que mobilizou mais de 100 voluntários nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Segundo o Pr. Grava, a inscrição custa R$ 250,00. Este valor será revertido em despesas administrativas e no pagamento do uniforme do projeto. O custo total da viagem inclui US$ 850,00 referentes à hospedagem, alimentação completa, segurança e transporte local, acrescido do valor das passagens aéreas e seguro-viagem. Características de quem pode participar: • Ser membro atuante de uma igreja genuinamente evangélica por, pelo menos, um ano; • Ter vida cristã exemplar, firmeza doutrinária e aptidão comprovada para evangelização, pregação do evangelho e submissão à liderança; • Ter completado, pelo menos, o ensino fundamental; • Ter boa saúde física, mental e psicologicamente; • Ter idade mínima de 16 anos completos até a data da viagem. Para mais informações e inscrições, o interessado deve escrever para [email protected]. 12 o jornal batista – domingo, 20/07/14 notícias do brasil batista FATEBE encerra o o 1 Semestre com Chave de Ouro N o primeiro semestre deste ano, os olhos do planeta se voltaram para o Brasil, em virtude da realização da Copa do Mundo, da FIFA, que está ocorrendo atualmente. No entanto, outros acontecimentos despertam atenções, aquilo que deveria marcar positivamente a história do país e proporcionar momentos alegres, infelizmente não está acontecendo. Paralelo a tudo isto, a Faculdade Teológica Batista Equatorial - FATEBE nos apresenta boas novas, as quais vêm acompanhadas de algumas propostas e estas convidam a todos os cristãos, sejam eles alunos, funcionários, amigos ou parceiros a, mesmo diante dos últimos ocorridos país afora, voltarem o olhar para Deus o único capaz de mudar a realidade Brasil e do mundo. Tudo começa aqui em Belém do Pará. Num aspecto fundamental, a FATEBE, procura contribuir para educação e formação de homens e mulheres, seja na graduação, pós-graduação em teologia ou nos cursos de extensão, através do Centro Missiológico Equatorial e da Academia de Artes. Seu compromisso é oferecer uma educação de excelência para a glória de Deus, por isso que tem servido a Igreja de Cristo ao longo de sua história, permanecendo fiel ao ensino da Palavra e aos princípios batistas, que norteiam nossa denominação ao longo de seus mais de 400 anos de história no mundo. Diante de um calendário arrojado a se cumprir e de uma gama de tarefas a ser realizado, o primeiro semestre da FATEBE foi encerrado com êxito. Desta forma, resumidamente apresentamos algumas de suas atividades que marcaram o referido semestre, e que tiveram como objetivo preparar homens e mulheres para o serviço da igreja a nível global, independente do contexto onde elas estão inseridas. Em face das muitas realizações, destaca-se Seminário Temático, realizado no período de 12 a 14 de março. Este seminário desafiou a todos com o tema: “Como ser uma Igreja do I século no mundo atual”, cujo palestrante oficial foi Rev. Prof. Darrel Robinson, conferencista e escritor mundialmente conhecido. Este evento contou com um público significativo de alunos, pastores, missionários, líderes, etc, de várias denominações, que respiraram evangelismo e missões nas três noites consecutivas. Para Wendel Gomes, membro da Primeira Igreja Batista de Monte Dourado, Pará, e acadêmico da FATEBE: “O seminário foi muito importante, pois serviu para conscientizar-me de minha missão como cristão”. E, para Augusto Dias, membro da Igreja Batista da Mangueira, Imperatriz, Maranhão, também acadêmico da FATEBE: “este seminário trouxe um tema muito relevante; veio de encontro com reais necessidades da igreja”. Outro feito de destaque foi a realização do 4º Congresso de Música, nos dias 13 e 14 de junho, através da Academia de Artes do Equatorial. Após quase uma década a FATEBE trouxe uma proposta totalmente atual para se trabalhar e ensinar através da música. Com o tema: «Música, Ministério e Igreja: Desafios da Atualidade», o congresso proporcionou aos mais de 200 participantes, de várias denominações, especialmente das igrejas convencionais, tanto da região metropolitana de Belém, quanto de outras cidades e regiões, dentre as quais destacamos Altamira (Xingu – Centro Oeste), Castanhal (Nordeste), Itaituba (Tapajós - Sudoeste), Marabá (Sudeste), Rondon (Tocantínia – Sudeste), Santarém (Baixo Amazonas - Oeste) e Tucuruí (Tocantínia – Sudeste), oportunidade de aprender e debater sobre a realidade musical nas igrejas. Ressaltando que dentre os inscritos estiveram algumas ex-alunas, formadas em música pelo Seminário Teológico Batista Equatorial, as quais atualmente exercem seus ministérios em outras cidades do nosso Estado. Para a glória de Deus, o congresso superou as expectativas, desde o início, com uma linda e inspirativa apresentação pelo Coral de Sinos. Destarte, no intuito de preparar melhor os ministros e líderes que trabalham com música da educação musical nas igrejas, investiu em pales- trantes de alto nível, como os ex-professores da instituição, Prof. Msc. David e Dra. Carol Hill, que atualmente residem e atuam nos Estados Unidos, e vieram especialmente para esse maravilhoso encontro. Ele mestre em música cristã e mestre em artes pelo Southern Baptist Theological Seminary (Louisville, KY, USA). Ela possui dois doutorados, um pelo Southern Baptist Theological Seminary, outro pela Universidade Campbellsville, Virgínia (Doctor of Music Ministry - Hymnology) (Doctor of Musical Arts - Vocal Performance). Eles ministraram palestras e oficinas nas áreas de regência, prática de conjunto aplicada aos sinos, master class de piano, a técnica vocal no aprimoramento do cantor, master class de canto lírico e regência orquestral. Além dos palestrantes oficiais, o congresso também contou com outros palestrantes de renome, os quais ministraram oficinas voltadas para: Ministérios Combinados - Música, Pastoral e Infantil (Profa. Marta Abreu); Quais os benefícios do Canto Coral para a Igreja? e Elaboração de Arranjos Práticos para Back Vocal (Prof. Ozian Saraiva); Práticas Percussivas (Prof. João Paulo); Harmonia: Fundamentos para Arranjo e Improvisação (Prof. Robenare Marques); Sonorização ao Vivo em Igrejas (Prof. Jander Boaventura); Teatro Cristão (Tetê Cantanhede); Manutenção para Instrumento de Sopro (Prof. Natanael dos Santos), Educação Musical na Igreja - Possibilidades (Prof. Rômulo Queiroz). O congresso foi intenso, edificante e instigante, e viabilizou um maravilhoso encontro por meio da mesa redonda os palestrantes oficiais, que abordaram e discutiram o tema do congresso: “Aprendendo a lidar com os conflitos no ministério”, juntamente com o Prof. Dr. Manoel Ribeiro de Moraes Júnior, o qual também num segundo momento discorreu sobre a “Arte e Religião e suas Expressões dentro da Igreja”, levando todos a uma reflexão sobre adoração, espiritualidade e a importância da educação musical, tudo isto ladeado com o ensino bíblico, o qual é fundamental para o crescimento cristão. Ao final, um belíssimo coral de 65 vozes foi formado pelos próprios congressistas, que encerram a programação com uma magnífica apresentação de louvor ao Senhor, sob a regência do casal David e Carol Hill. Somos gratos a Deus pelo primeiro semestre. Sem dúvida nenhuma a FATEBE é um patrimônio histórico dos batistas brasileiros. Ela existe para Glória de Deus, existe para servir a Igreja de Cristo. Louvado Seja Deus, somente ele é digno de receber toda honra e toda glória. Faculdade Teológica Batista Equatorial: Servindo a Igreja de Cristo T. B. F. Riker, C. S. Rodrigues o jornal batista – domingo, 20/07/14 notícias do brasil batista 13 OBITUÁRIO Pastor Nelson Lopes (1924 -2014) “Assim como o Pai me en- em todo o Brasil. O outro viou, eu também envio vo- acontecimento histórico foi a organização da Segunda cês” (Jo 20.21). Igreja Batista de Panambi em 05/02/1967, tendo como Do colega, irmão e amigo: sucessor do pastor Nelson, o Oswaldo Mancebo Reis, pastor Derly Bahiense Mopastor da PIB em Ijuí – RS reira. 2. PASSO FUNDO, RS: carreira missionária do pastor Nelson Lo- 1967 a 1972. Tão próspera pes foi uma aventura foi a Missão em Panambi triunfante, que va- com o pastor Nelson Lopes , mos resumir em cinco partes: que a Igreja Batista Emanuel 1. PANAMBI, RS: 1964 a o manteve como seu mis1967. A Igreja Batista Ema- sionário, para começar uma nuel de Panambi (Igreja de nova Missão onde ele quiseslíngua alemã) convidou o se. Ousado como sempre, ele pastor Nelson Lopes para tomou um ônibus em total o seu ministério em língua dependência de Deus, que portuguesa. Em sua ampla o fez descer e ficar em Passo visão missionária, essa Igreja Fundo. Este foi o campo mais se mobilizou plenamente na árido de sua experiência, mas grande Campanha Nacional ele triunfou, a semeadura de Evangelização de 1965. frutificou, cuja continuidade E aí se registraram dois fatos se deu com quem subscreve históricos: nas pregações estas notas, sendo organizada evangelísticas de 07-14 de a Primeira Igreja Batista de março, houve quatrocentas Passo Fundo em 01/05/1980. 3. BARÃO GERALDO, SP: decisões, com cerca de 20% batizados pelo pastor Nel- 1973 a 1977. A Igreja Batista son, após longo e profundo Paulistana, também inflamada discipulado. Um recorde por Missões, adotou o pastor A Nelson Lopes como seu missionário para um novo pioneirismo na cidade de Barão Geraldo, na região da Grande Campinas. Em junho de 1978 foi organizada a Igreja Batista dessa cidade, sucedendo ao pastor Nelson o pastor Sebastião Lúcio Guimarães. 4. MARTINÓPOLIS, SP: 1979 a 1985. Aqui o pastor Nelson não foi um desbravador, mas um reconciliador. Havia duas Igrejas Batistas pequenas, uma delas originada por cisão na anterior. Como hábil moderador, no mais nobre processo de aproximação, perdão e reconciliação, as duas se tornaram uma, com o nome mais apropriado e histórico: Igreja Batista Unida de Martinópolis, em 1983. Alinor Paschoal, presidente da Ordem dos Pastores da Associação da Alta Paulistana, é o seu atual pastor. 5. PRESIDENTE PRUDENTE, SP: 1988 A 1998. Cerca de dez anos depois da exitosa Missão em Barão Geraldo, As mãos de Lêda Mãos de Lêda... Mãos que serviram a tantas pessoas! Mãos serviçais Mãos sem igual! Serve com amor, Serve com paciência, Serve com alegria! Serviu, serve e servirá sempre, E sempre contente... Porque seu coração é cheio de amor! Coração generoso, Coração bondoso... Dádiva de Deus! Lêda, um dia ainda esperamos Servir a você, como a todos Sempre estendidas serviu. Ao doente Um dia Lêda, suas mãos As mãos de Lêda... Estarão junto a DEUS para Às vezes cansadas Dele ouvir: Pelo labutar do dia... Lêda minha filha, Mas sempre estendidas Estendeste tuas mãos para As mãos de Lêda. que EU as usasse... Lêda cansada, Cumpriste na terra, tua Nunca se vê. tarefa... Lêda zangada, Agora Lêda, tu sabes, boa serva; Nunca se vê... Quem serve é feliz! Só alegria! Mãos pacientes, servindo ao Feliz tu serás, pois tens as mãos lindas! doente, Tuas mãos foram humildes Sem nunca cansar... como eu ensinei. Mãos carinhosas Aqui tu serás minha serva fiel Servindo ao aflito... Mãos generosas, servindo Aqui tu terás a recompensa... E só a mim servirás... sempre, Aqui haverá só paz e Sem nada pedir. Mãos submissas, a espera descanso... Tuas mãos só serão para me que um dia, adorar... Alguém a possa servir... Mãos de Lêda... Mãos que servem. Um dia todos dirão: Essas mãos... As mãos de Lêda... Como serviram essas mãos... Lucas 4. 38-40 “Jesus saiu da sinagoga e foi à casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta, e pediram a Jesus que fizesse algo por ela. Estando ele em pé junto dela, inclinou-se e repreendeu a febre, que a deixou. Ela se levantou imediatamente e passou a servi-los. Ao pôr do sol, o povo trouxe a Jesus todos os que tinham vários tipos de doenças; e ele os curou, impondo as mãos sobre cada um dele”. Lêda Oyola Alves Reis Antiga membro falecida da Primeira Igreja Batista de Niterói “Para a minha querida amiga Lêda, esta lembrança. É como Eu a vejo, minha querida. Que Deus a abençoe sempre. Que algum Dia eu possa retribuir aquilo que você fez por mim”. Com muito carinho, Elza Gomes Nunes. a Igreja Batista Paulistana reconvocou o pastor Nelson Lopes para um novo pioneirismo. As ações heroicas dessa Missão, como a compra de dois terrenos no centro da cidade, não cabem neste espaço. A glória de tudo isso culminou na organização da Igreja Batista Prudentina em 1994. Em 1998 o pastor Nelson Lopes deu posse ao pastor Daniel Bento da Silva, que permanece lá no exercício desse pastoreio. Em 04 de abril de 1964 o pastor Nelson Lopes pisou o solo de Panambi para uma obra de resultados eternos. Precisamente 50 anos depois, 04 de abril de 2014, voltou a Panambi para habitar no Lar de Idosos, TABEA, da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil. Adoeceu logo depois, vindo para o Hospital da Unimed em Ijuí, onde deixou a marca de sua maior paixão: levar pessoas ao Salvador. Conduzido pelos corredores em cadeira de rodas, exclamou: “Felizes os que morrem!”. Percebendo o espanto de alguns, completou: “Que morrem salvos por Jesus”. Tendo alta, quis retornar a Presidente Prudente, onde se mudou em 10/06 para o Eterno Lar. Por telefonemas e e-mails, soubemos dos três cultos em gratidão por essa vida vivida para o Senhor da vida: dois na Igreja Batista Prudentina e o outro no Cemitério de Presidente Venceslau, onde ficou apenas o seu corpo, porque o Nelson teve o seu fim bem-aventurado e sua bem-aventurança sem fim. Diácono Joventino dos Santos Menezes Uma vida dedicada ao Senhor Edson Ferreira Mafra, pastor da Igreja Batista Monte Tabor - RJ U m diácono, um homem de Deus que dedicou sua vida ao serviço do Mestre. A Igreja Batista Monte Tabor sente-se honrada pelos serviços prestados do seu diácono querido durante 64 anos. Um homem com coração na obra, um testemunho exemplar para Igreja e família. Um cumpridor de sua obrigações, como nos ensina a epístola de I Timóteo 3.813. Homem com estas qualidades possuía o nosso amado diácono Joventino. Assim como temos grandes exemplos de homens de Deus contidos na palavra, homens de valor denominados Heróis da Fé, homem segundo o coração de Deus. Hoje temos o diácono Joven- tino, um homem de valor para a Igreja Batista Monte Tabor. O amor da Igreja à família e a sua valorosa esposa de toda uma vida, irmã Eunice Barreto Menezes. Hoje ele já não se encontra conosco, está com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, no lugar que foi preparado para os salvos, “Aqueles que foram fiéis até o fim e hoje desfruta da coroa da vida”. O dia de sua partida para a glória foi no dia 10 de abril de 2014, era natural do Estado do Rio de Janeiro, Município de Cardoso Moreira, e tinha 85 anos. Ficamos com a nossa saudade e consolo do Espirito Santo que inunda o seio da Igreja e de sua amada família Hoje o diácono Joventino é cidadão dos céus e com certeza, os céus manifesta a glória do Senhor Jesus Cristo com a chegada daquele que foi fiel até a morte. 14 o jornal batista – domingo, 20/07/14 ponto de vista Luiz Antônio de Souza Sudré, pastor e psicanalista da Quarta Igreja Batista em Santo Aleixo - Magé RJ Abnel Felix, membro da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ “Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51.1-3). O E m Hebreus 11.1, lemos: “A fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver”. A fé confere realidade às coisas que não podem ser vistas; Deus valoriza a fé sincera e absoluta depositada em sua pessoa e palavra, tanto quanto a fé que devemos a Cristo. A fé que está sendo ensinada hoje em muitos púlpitos, texto em questão nos mostra a confissão do rei Davi em relação a um pecado que ele havia praticado. Sua oração foi fervorosa e sincera ao Senhor, por isso, foi perdoado. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros e pecados. Devemos fazer uma análise introspectiva do nosso proceder e ver se cometemos alguma ofensa ao nosso irmão, ao colega de trabalho, aos nossos familiares ou alguma coisa boa que deixamos de fazer. Sigamos o exemplo de Davi, confessando ao Senhor e pedindo perdão. Deus está sempre pronto a nos ouvir e Tarcísio Farias Guimarães, perdoar. pastor da PIB em Divinópolis - MG A dor de uma derrota é lacerante, Após luta ferrenha e destemida, Quando se tem aplicado a própria vida Na trilha de um trabalho triunfante! E é tão tétrica a lágrima vertida Que o peito vai afogar na soledade, Pois a dor que se sente é na verdade, Corte agudíssimo e áspera ferida... Mas derrotado é só quem não persiste, Quem capitula e rápido desiste Dessa lição divina enaltecida Que uma augusta derrota resistente Supera às vezes fragorosamente Uma frágil vitória imerecida! Por isto Deus diz que o povo erra por não conhecer as escrituras e o seu poder. Precisamos voltar à sã doutrina para que os falsos pastores deste século não mais enganem o nosso povo, faz-se necessário que os verdadeiros escolhidos de Deus, se coloquem como flechas polidas pelas mãos de Deus, para apascentarmos verdadeiramente o rebanho com a verdadeira palavra, para sermos boca de Deus para essa nação, pregando e ensinando a verdadeira fé, dissipando assim a falsa religião e os falsos pastores dos nossos dias. Somos todos supersticiosos? J Edgar Silva Santos, pastor da PIB de Jardim Mauá – Manaus - AM não é a mesma ensinada por Cristo e pelos Apóstolos, pois a fé é crer no invisível de Deus, é acreditar verdadeiramente que tudo é possível ao que crer; encontramos Jesus dizendo a mulher do fluxo de sangue, vai a tua fé te curou e não que algum objeto ou bens operou o milagre. Hoje a fé precisa ser materializada, mistificada, pois para provar a nossa fé é necessário pagar altos valores, garrafas ou copos com água da terra santa, etc., se assim não for o milagre não acontece, a bênção não chega, onde está escrito isto na Bíblia? ogo da seleção brasileira de futebol. Placar desanimador no primeiro tempo. Tensão em campo. Muito calor no estádio da capital cearense, em torno de 29º C. O treinador aparece com um agasalho no segundo tempo e, claro, chama a atenção do narrador da partida, que entende ser o agasalho um recurso supersticioso do treinador. Questionado ao final do jogo, que ficou apenas no empate sem gol com a seleção do México, Luiz Felipe Scolari declara: “Uso porque é de praxe. Se não usar, parece que falta alguma coisa, falta um amuleto”. O técnico Felipão mantém uma longa lista de práticas fundamentadas na superstição: usa a mesma camisa em todos os jogos, o mesmo relógio, senta-se sempre na mesma poltrona de ônibus e aviões acompanhado do mesmo integrante da comissão técnica, sem esquecer-se da santinha que fica no bolso direito da calça. Comentários cordiais feitos, o narrador Galvão Bueno declara: “Somos todos supersticiosos!”. Nesse momento, eu respondo para o treinador enquanto lamento o baixo desempenho do time brasileiro: “Eu não sou supersticioso. Eu sou crente!”. Segundo o atual dicionário brasileiro Sivadi, superstição é: “sentimento de veneração religiosa que se funda no temor ou na ignorância e leva ao cumprimento de falsos deveres, a quimeras, ou a confiança em coisas fantásticas e ineficazes; presságio infundado; crendice; credulidade; fanatismo”. Bater 3 vezes na madeira, cruzar os dedos, levantar da cama sempre utilizando-se do pé direito, jamais passar embaixo de escada e torcer para não encontrar um gato preto, especialmente se o calendário estiver marcando uma sexta-feira 13. Quanta superstição! A mente supersticiosa demonstra temer a insegurança oferecida diariamente pelas circunstâncias da vida. O receio de que a inveja alheia prejudique negócios e relacionamentos gera inquietude no coração do indivíduo supersticioso. Eventos da natureza, especialmente aqueles que não apresentam fácil explicação, tornam-se perigos em potencial. É para essa pessoa, escrava das superstições, que a confiança no Deus Eterno deve ser proclamada, assim como declara o salmista: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Sl 23.4). A certeza de que Deus criou, governa e sustenta todas as coisas, mesmo aquelas que se apresentam misteriosas, produz paz no coração humano. Todo cristão pode vencer a ansiedade e o medo do incerto por meio da fé em Deus. Esta fé viva não invalida o uso da razão, antes permite que a mente se apoie na certeza de que Deus está vivo e se importa com aqueles que nele esperam. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1). Uma mente guiada pela fé em Deus está livre da triste submissão à superstição. O intelecto do cristão genuíno é utilizado para vencer a ditadura das experiências e das emoções. Eis o alerta dos Salmos 32.9, que é muito necessário em nossos dias: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não tem entendimento”. Cristãos não podem ser supersticiosos. Essa conduta é incompatível com a fé em Deus. O medo de palavras, eventos e coisas que nos causam espanto, jamais invalidará a certeza de que “nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.38-39). Assim como faz o apóstolo Paulo, questionemos a todos: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8.31). o jornal batista – domingo, 20/07/14 ponto de vista Moisés Selva Santiago, pastor da Igreja Batista Olaria, Porto Velho uito se tem escrito sobre as façanhas do Conde João Maurício de Nassau-Siegen, governador do Brasil Holandês de 1637 a 1644. A história atesta que ele priorizou o bem-estar da população, por meio da educação, moradia, saneamento, coleta de lixo, calçamento de ruas, pontes, edifícios públicos, jardins, segurança; incentivou a ciência, criando o observatório astronômico e o laboratório de ciências naturais; fortaleceu a economia, unindo portugueses M e holandeses; permitiu a liberdade religiosa entre católicos, calvinistas, judeus e até mesmo escravos africanos; e governou de forma “democrática”, ouvindo os diferentes segmentos da sociedade. Mas, há um detalhe na biografia de Nassau pouco explorado. A fé. E como expressão de fé, o Conde compôs o “Hino de Gratidão, Contrição e Oração», em 1665, após o quase afogamento na Frígia, nas costas do Mar do Norte. Diz ele: “Sou Príncipe real. Ao trono celestial, coloco o cetro meu. Profunda gratidão transborda o coração: Sou servo, filho Teu”. Mesmo investido de autoridade, submetia-se ao Trono Celes- tial. Em vez de prepotência, gratidão. Um príncipe que se considerava apenas servo. E conclui: «Sou grande pecador”... “Entrego o coração nas Tuas mãos. Amém”. (Schalkwijk, F. Igreja e Estado no Brasil Holandês. SP: Ed. Cultura Cristã, 2004, p. 420). Talvez esse elemento esteja faltando nos administradores públicos de nosso tempo. Não me refiro ao ato de ir a uma igreja (principalmente porque nessa época de eleições, os candidatos vão a todas!). Nem levo meu pensamento para o exclusivismo, pai do fundamentalismo mórbido que apregoa a morte de quem adora diferente. Nassau pos- suía convicções pessoais, ao mesmo tempo em que convivia com as diferenças. Sabia que era um “grande pecador”, e não um ser intocável acima da lei e da justiça, como hoje em dia muitos tentam se colocar, embora estejam afundados na lama da corrupção. E o Conde não se guiava pelo “coração”, mas sim colocava as emoções nas mãos de Deus. Atitude bem diferente dos rompantes passionais hierarquizados na administração pública, com perseguições aos “opositores” e benesses para quem compartilha o partido, o copo, o roubo e até o corpo. É claro que o governo de Nassau não foi perfeito, 15 nem Recife era o Éden sem serpente. Porém, lá até a maior autoridade reconhecia sua pequenez diante de Deus. O certo é que em qualquer época ou cultura, a esperada moralidade e ética no trato da coisa pública, e a almejada sociedade justa e legal para todos somente podem ser reais quando há fé nas pessoas. Inclusive nos dirigentes do país. Não basta ensinar «religião» nas escolas ou construir uma igreja em cada esquina. “Não adianta ir à igreja, rezar e fazer tudo errado”(cantou Fernando Mendes). Isso porque a fé, sem obras é morta (como disse Tiago). Então, ecoa a questão: por onde anda o elemento fé?