UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB
INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALITTAS
A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
JOSÉ ROBERTO SILVA
CAMPINAS, SP
2009
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB
INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALITTAS
A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
JOSÉ ROBERTO SILVA
Trabalho de conclusão do Curso de
Especialização, Modalidade MBA, em
Administração Hospitalar com Ênfase em
Auditoria, da UNIVERSIDADE CASTELO
BRANCO
UCB
/
INSTITUTO
BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO
QUALITTAS de Campinas, sob orientação
da Profa. Dra. Ann Mary Machado Tinoco
Rosas.
CAMPINAS, SP
2009
TERMO DE APROVAÇÃO
JOSE ROBERTO SILVA
A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
Comissão Examinadora
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
Aluno
Campinas, ___ de _____________ de _______
Resultado_____________________________
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS......................................................................09
2. OBJETIVOS................................................................................................16
3. JUSTIFICATIVA..........................................................................................17
4. QUESTÕES NORTEADORAS....................................................................18
5. METODOLOGIA..........................................................................................19
5.1. Desenho do Estudo............................................................................19
5.2. Local do Estudo..................................................................................19
5.3. Descrição da Coleta de Dados..........................................................19
5.4. Critérios de Inclusão e Exclusão dos artigos..................................19
5.5. Descrição e Análise dos resultados.................................................20
5.6. Aspectos Éticos da Pesquisa............................................................20
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................21
7. CONCLUSÕES.............................................................................................26
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................27
9. Anexo 1........................................................................................................32
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar força para alcançar mais esta vitória;
A meu pai, Rubens Silva e minha mãe, Dirce Fassina Silva por sempre
estarem do meu lado, sempre dispostos a me ajudar e apoiar nos momentos mais
difíceis da minha vida. Parabéns a vocês!
A meu filho Rubens Silva Neto por tolerar os momentos de tensão e pelo
pouco tempo dedicado a ele tentando conseguir o melhor para nossa família.
A minha esposa Maria Eliete Lopes Silva pela ajuda nestes anos, e por estar
me confortando nestes últimos momentos turbulentos de minha vida;
Às colegas de classe e todos aqueles que sempre me respeitaram e
estiveram ao meu lado neste ano difícil, porém muito bem aproveitado. Boa sorte a
vocês!
Aos meus amigos Marcelo Sartori, Eliete Boaventura Bargas, Marta Francisca
de Souza e Reginaldo Correia Dantas, Delma Barbin, Luciana Bragotto e Alexandra
Ganev, Raquel Neaime de Almeida por terem compartilhado, tanto na vida
profissional como nesta investida, incentivando, orientando e dividindo as alegrias
neste ultimo ano juntos.
A ciência não explicou nada. Quanto mais
sabemos, mais fantástico se torna o mundo
e mais profunda fica a escuridão ao seu
redor.
Aldous Huxlei (1949-1963)
A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA EM SAÚDE
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo, identificar a literatura existente sobre o
processo de auditoria e como ela poderia melhorar a qualidade da assistência
prestada aos pacientes sob os cuidados da equipe multiprofissional que prestam
atendimento e serviços em saúde. Realizada por meio de pesquisa bibliográfica
quantitativa, através de busca de temas em sites especializados sobre o assunto,
bibliotecas de universidades publicas e privadas do município de Campinas, sendo
relacionados textos que fazem referencia ao tema proposto no período de janeiro de
2000 a dezembro de 2007. Foram encontrados 17 referências bibliográficas dentre
os nacionais e estrangeiros, destes ainda, 2 resumos de teses e 1 monografia. Os
artigos sugerem que a auditoria é um instrumento essencial para o controle de
perdas, melhoria no cuidado da assistência prestada ao paciente e um campo novo
de atuação para os profissionais nos diversos núcleos profissionais.
Palavras-chaves: Auditoria, Qualidade, Equipe Multiprofissional.
AUDIT AS A TOOL TO IMPROVE QUALITY IN HEALTH ASSISTANCE
ABSTRACT
The present report has the objective to identify existing literature about auditing
process, and how it can improve the quality of assistance to patients under
multiprofessional team care that provides health service. It was made by quantitative
bibliography search, throught theme search in especialized website, university and
public libraries in Campinas city; related texts to the proposed theme from January of
2000 to December of 2007. It was found seventeen bibliographic references within
national and international, two thesis summaries and one graduation report. The
texts suggest that audit is an essential tool to the control of loss, improvement in
assistance care to patients and a new acting field for several professional groups.
Key words: Audit, Quality, Multiprofessional Team.
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A qualidade das ações em saúde é influenciada por diversos fatores:
formação profissional, número de profissionais, mercado de trabalho,
legislação específica e politica vigentes da estrutura e da organização das
instituições (KURKGANT, 1976, p. 29).
Diante disso, com o aumento da complexidade dos processos de
produção, as tentativas de melhoria e adequação destes processos, a
otimização dos recursos com o menor indice de perdas, fizeram com que
fossem desenvolvidos sistemas para eliminação do que se chama de “não
conformidades”, levando, na maioria das vezes, o nome de auditoria.
Com a evolução dos processos de melhoria da qualidade, a saúde não
poderia ficar de fora dessas mudanças, instituindo-se então os primeiros
modelos de veirificação da qualidade da assistência prestadas ao doente, a fim
de que houvesse o menor dano a ele, com o menor custo e melhor
aproveitamento dos recursos existentes.
BESSA (1989, 4 (1)), relata que os avanços da sociedade atual tem
levado a uma necessidade de atuação profissional que não seja de cunho
amador, levando a necessidade de instalação de um processo de avaliação de
qualidade, tornando-se imprescindivel sua utilização.
Chiavenato (1981) citado por Silva ( 1990, p. 199) define auditoria como:
... “um sistema de revisão e controle com o objetivo de informar o alto escalão
da instutuição sobre a eficiência e eficácia dos procedimentos adotados pela
instituição, indicando suas falhas e problemas, servindo para apontar
sugestões e soluções, tendo então um caráter educacional”.
Aquino (1981) citado por Silva (1990, p. 199), considera auditoria como
“uma
investigação
profunda
sobre
um
sistema,
nos
seus
aspectos
qualitativos, não somente na rotina e burocracia, podendo ainda ser definida
como um conjunto de técnicas de análise destinadas a efetuar diagnósticos,
prognósticos e recomendações”.
Dun e Morgan,
citado por Kurcgant (1976, p. 106)
referem que a
auditoria é um instrumento de administração utilizado na avaliação da
qualidade do cuidado, sendo a comparação entre a assistência prestada e os
padrões de assistência considerados como aceitáveis.
Já AGUIAR citado por Kurcgant (1978, v 23, p. 107) cita que a “auditoria
médica deve ser explicitada como o conjunto de atividades exercidas com o
objetivo de avaliar o trabalho de equipe de saúde, nos seus múltiplos
aspectos”.
Attie (2006, p. 25) conceitua auditoria como uma “especialização contábil
voltada a testar a eficiencia e a eficácia do controle patrimonial implantado
com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.
Kron citado por Ribeiro ( 1972, p. 91-103) diz que a auditoria é a
“avaliação, não somente da eficácia da assistência que o paciente recebe,
mas também a integridade e exatidão da demonstração dessa assistência no
prontuário”.
Conforme a norma NBR 9000:2000 (BRASIL, 2000), tem como definição
de auditoria como um ” processo sistemático, documentado e independente
para obter a evidência da auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a
extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos”.
Deve-se lembrar também que a auditoria é uma atividade de coleta de
informações para verificar o atendimento aos requisitos especificados,
procurando evidências de conformidades, avaliando as necessidades de ações
corretivas ou de aperfeiçoamento, não devendo ser confundidas com
atividades de supervisão ou inspeção (NBR 9000:2000).
Ainda segundo a norma citada acima, a auditoria não tem o objetivo de
identificar os culpados pela não conformidade e sim, propondo soluções para
que sejam eliminadas.
A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, através do Decreto
Estadual nº 3.266/1998 define e conceitua aditoria como:
...“o exame analítico e pericial prévio, concomitante e subsequêntes das ações
e dos serviços de saúde prestados ao Sistema Único de Saúde – SUS –
praticados por pessoas físicas ou jurídicas, em conformidade com os critérios
técnico-científicos e a legislação de saúde, no âmbito federal e estadual”.
Prado (Brasil, 1998, p.49), descreve auditoria como:
... “um exame sistemático e independente dos fatos obtidos através da
observação, medição, ensaio ou técnicas apropriadas, para verificar a
adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e
determinar se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as
disposições planejadas”.
Caleman (1998) , entrando no mérito da auditoria médica, descreve o
conceito de auditoria proposto por Lambeck em 1956 como “avaliação da
qualidade da atenção com base na observação direta, registro e história clinica
do cliente”.
Ramires citado por Costa (1998, p. 44), define que auditoria médica “é a
avaliação da qualidade da atenção médica refletida nas histórias clínicas”.
Attie ( 2006, p. 27) relata que o termo auditor, em português, provem da
palavra inglesa audit que significa examinar, ajustar, corrigir, certificar, tendo
se
iniciado na Inglaterra e se disseminando por conta dos investimentos
liderados por ela nos demais países com empresas inglesas. Segundo ele, a
auditoria não é exclusiva do ramo contábil, existindo a mesma nomenclatura
em outras atividades que são exercidas com os mesmos objetivos similares.
Sua evolução é decorrente da evolução da contabilidade, com o
desenvolvimento econômico dos países, das empresas e da expansão das
atividades produtoras, gerando uma crescente complexidade na administração
dos negócios e das práticas financeiras como uma força motriz para o
desenvolvimento da economia de mercado.
Attie ( 2006, p. 27) afirma ainda que a evolução da auditoria no Brasil
esta relacionada primariamente com a instalação das empresas de origem
estrangeiras de auditoria independentes, por conta dos investimentos destas a
fim de que se fossem feitas auditorias em seus processos financeiros.
As principais influencias para o desenvolvimento da auditoria no Brasil,
segundo ele, foram a instalação das filiais e subsidiárias de empresas
estrangeiras, o financiamento das empresas brasileiras através de entidades
internacionais, bem como seu crescimento e necessidade de descentralização
e diversificação das suas atividades econômicas.
Outros fatores citados ainda são a evolução dos mercados de capitais,
criação de normas de auditorias promulgadas pelo Banco Central do Brasil em
1972 e a criação da Comissão de Valores Imobiliários e da Lei das Sociedades
Anônimas em 1976.
Kurcgant (1971, p. 215) faz um relato da origem da auditoria tendo iníco
no ano de 2600 a. C., sendo que somente a partir do século XII d. C. passa a
ser denominda auditoria, desenvolvendo-se mais na Inglaterra, sendo usada e
desenvolvida primeiramente no âmbito industrial com as grandes empresas
privadas da época.
Segundo ela, no Brasil, somente nos últimos 50 anos vem sendo
explorada e adaptada as nossas realidades, tendo seus primeiros trabalhos na
área de saúde datados nos idos de 1960 no Hospital de Ipanema no Rio de
Janeiro.
Refere ainda que em 1983,
foi feita outra experiência no Hospital
Universitário da Universidade de São Paulo, que implantou um processo de
auditoria de enfermagem, com padrões próprios.
A auditoria médica tem sua origem no próprio
exercício da pratica
médica liberal. Flexner em 1910 e Codman em 1916, citados por Reis (1990, p.
51) fazem referência a possível primeira tentativa de sistematização dos
serviços de saúde e a partir daí se tem o início dos trabalhos voltados para a
área da saúde.
Silva (2008, p. 112 – 127) relatam que a auditoria na área de saúde,
surgiu pela primeira vez por um estudo realizado pelo médico George Gray
Ward, em 1918, nos Estados Unidos, sendo verificada a qualidade na
assistência médica prestada ao paciente por meio de registros em prontuário.
Osório S. ( 2002, v 130 nº 2) reforça a tese apresentada acima, onde dizse que a auditoria médica nasceu nos hospitais norte americanos em 1918,
tendo iniciado o sistema de acreditação hospitalar pelo Colégio de Cirurgiões,
dando enfase ao aperfeiçoamento das histórias clínicas.
Relata ainda que no Chile, começou a difundir-se em 1952 com a
publicação de artigos e publicações em revistas da antiga “ Beneficencia y del
Servicio Nacional de Salud”.
Define ainda a auditoria como uma avaliação crítica e periódica da
qualidade da atenção médica que os pacientes recebem, tendo como
finalidade veirficar se esta sendo dada a melhor assistência médica possível,
elevando a sua qualidade do serviço prestado.
No Brasil, com o advento do Sistema Único de Saúde, houve a
necessidade da criação de um sistema que regulamentasse as normas de
auditoria, sendo instituido somente em 27 de julho de 1993, pela Lei 8.689, com
o objetivo de nortear e controlar os prestadores de serviços de saúde
existentes no país (Remor, 2002, 84 p).
Com relação aos tipos de auditoria, Kurcgant (1991, p. 219) descreve a
auditoria retospectiva feita após a alta do paciente, utilizando-se o prontuário
dele para a avaliação. Descreve ainda a auditoria operacional ou concorrente,
que acontece quando o paciente ainda está na unidade sendo atendido.
Rocha ( 2005, p. 9) define os tipos de auditoria como auditoria de
adequação, também chamada de auditoria de sistema, documentação ou de
gestão. Relacionada a verificação de uma documentação de um sistema aos
requisitos de uma norma aplicável. O outro tipo de auditoria descrito por ele, é
a auditoria de conformidade, conhecida também como auditoria de campo,
usada
para
verificar
se
o
sistema
documentado
esta
implementado
corretamente.
Segundo o Sistema Nacional de Auditoria (Prado, 1998, p. 8) , os tipos de
auditorias descritas são a analítica, realizada a fim de avaliar se os serviços e
os sistemas de saúde atendem às normas e padrões definidos previamente e a
auditoria operativa que tem a finalidade de verificar se os objetivos foram
alcançados dentro dos processos que foram instituidos.
Quanto às entidades alvo, segundo Costa ( 2006, p. 9), pode ser
classificada em pública e privada.
Kurcgant (1991, p. 219) define as formas de intervenção como auditoria
interna, realizada por pessoas da própria instituição e auditoria externa,
realizada por pessoas que não pertencem a ela.
Rocha (2005, p. 8) relata que referente ao objetivo da auditoria, pode ser
classificada como auditoria de primeira parte, que é conduzida sob
responsabilidade da própria empresa auditada para a análise critica da
direção, conhecida tambem como auditoria interna.
Auditoria de segunda parte, conduzida por outra organização com
vínculo comercial entre elas e auditoria de terceira parte, conduzida por
organização independente sem vínculo comercial nenhum sobre a outra,
sendo também conhecida como auditoria externa.
2 – OBJETIVOS
Identificar através de revisão de literatura,
a quantidade de artigos científicos
publicados em revistas brasileiras ou não,
nos diversos núcleos profissionais que
compoem o amplo expectro de atuação
na área da saúde, a fim de conhecer
como a auditoria pode ser utilizada como
um instrumento de melhoria da qualidade
da assistência;
Conhecer e analisar a quantidade de
artigos referentes ao tema e que forneçam
subsídios para a melhoria da qualidade do
serviço;
Avaliar os tipos de auditoria existentes;
Divulgar a pesquisa.
3 - JUSTIFICATIVA
Diante da vivência e atuação na área de atendimento às urgências, tanto
no socorro à vítima, quanto na capacitação e formação de pessoal, ainda como
Co-Gerente de Serviço em um Pronto Atendimento municipal de grande porte
na cidade de Campinas, verificou-se a necessidade de conhecer e divulgar a
literatura
disponível
sobre
Auditoria
nos
seus
diversos
seguimentos
profissionais relacionados à saúde e como ela poderia melhorar a qualidade da
assistência
prestada
aos
pacientes
sob
os
cuidados
da
equipe
multiprofissional, por meio de pesquisa específica, bom como seus conceitos
básicos em administração.
4 - QUESTÕES NORTEADORAS
1. O que é auditoria?
2. Quais os processos de auditoria?
3. Como a auditoria pode contribuir no processo de melhoria do atendimento em
saude?
5 – METODOLOGIA
5.1. – Desenho do estudo: Trata-se de um
estudo bibliográfico, quantitativo com
coleta de dados secundários, acerca do
tema Auditoria.
5.2. – Local do estudo: Bases de dados
disponíveis pela internet, que contem
revistas nacionais ou não, indexadas, com
busca ativa de exemplares para leitura
junto às bibliotecas de universidades
públicas e privadas no município de
Campinas.
5.3. – Descrição da Coleta de Dados:
foram utilizadas publicações divulgadas
em periódicos indexados em bases de
dados, disponíveis na internet, sendo
elas: Literatura Latino Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde – LILACS,
que codifica a literatura em saúde gerada
nos países latino-americanos. MEDLINE
e
Banco de Dados loclizados na
Biblioteca da Saúde, na Universidade
Federal de Minas Gerais, alimentando a
base de dados LILACS. Essas bases de
dados permitem o acesso gratuito e a
utilização de palavras chaves simples ou
na combinação delas para encontrar as
informações
que
se
pretende,
constituindo-se em suportes para registros
catalogados eletronicamente e ou em
impressos.
5.4. – Critérios de inclusão e exclusão dos
artigos: foram incluídos os artigos com as
palavras-chaves Auditoria, Enfermagem e
Gerenciamento, em seu título, como
descritores. Optou-se pelo período de
busca situado entre janeiro de 2000 a
dezembro de 2007. Em seguida, feita
leitura dos artigos sugestivos para que
fossem verificadas as viabilidades de
acordo com o trabalho proposto. Foi
elaborada uma planilha (que pode ser
verificada no Anexo 1) contendo: Nome
da revista, número dos exemplares,
páginas, ano das publicações, titulo dos
artigos sobre o assunto que foram
encontrados e autores.
5.5. – Descrição e Análise dos
Resultados: As revistas pesquisadas
foram dispostas em tabelas e, analisadas
de acordo com os objetivos propostos.
Os artigos foram revisados a fim de obter
informações sobre o desenvolvimento
sobre o tema auditoria e da contribuição
para melhoria dos serviços a
ela
destinados.
5.6. – Aspectos éticos da pesquisa: não
houve risco ou prejuízo, pois não
participaram seres humanos no estudo,
tratando-se apenas de uma pesquisa
bibliográfica sobre o tema proposto.
Assume-se apenas que são respeitados
os direitos autorais e a veracidade das
publicações.
6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
Constatou-se no decorrer da investigação que a descrição das
atividades de auditoria se referem principalmente aos cadernos elaborados
pelo Ministério da Saúde, sobre como elaborar os processos de auditoria nos
diversos núcleos de atuação em saúde.
No lançamento dos descritores no levantamento junto a internet, nos
websites especializados como LILACS e BIREME, encontramos 99 textos
disponíveis. Ao refinarmos as buscas ficamos somente com 17 referências
bibliográficas que correspondiam ao proposto, dentro do tempo estipulado
para a pesquisa.
Considerando a periodicidade das revistas nacionais e internacionais
publicadas foram encontrados um total de 17 referências bibliográficas sobre
o assunto, sendo 2 resumos de teses e 1 monografia de conclusão para
obtenção de título de especialista e o restante artigos científicos.
Do total de 17 textos, somente 5 estavam disponíveis em revistas
encontradas em uma biblioteca de uma universidade católica particular no
município de Campinas – São Paulo e 3 com textos disponíveis na Internet.
Na tabela 1, podemos melhor visualizar essas publicações com relação
aos anos em que foram publicadas.
Tabela 1 – Distribuição dos artigos sobre auditoria relacionados ao
trabalho, segundo o ano de publicação. Campinas, 2008.
Número de
Ano de Publicação
Número de Artigos
2000
2
0
2001
2
0
2002
5
0
2003
3
2
2004
1
0
2005
3
1
2006
0
0
2007
1
0
Teses/Monografias
Na Tabela 2, podemos visualizar as referências encontradas nas bases
de dados disponíveis gratuitamente pela Internet em revistas indexadas.
Tabela 2 – Distribuição dos artigos sobre auditoria, relacionados ao trabalho.
Campinas, 2008.
Periódico
Número Páginas Ano
Título
Autores
Revista
Pública
de
Saúde
3 (34)
Ética, Calidad total y
auditoría médica: ISSO
9000. La Paz, El
Gráfico.
329-336
2000
Auditoria Médica:
programa de prénatal em posto de
saúde na região Sul
do Brasil.
165-171
2000
Propósito de uma
auditoría.
?És
ética
la
auditoria de la
calidad em salud?
Auditoria 1ª parte.
MedUNAB
4 (11)
149-152
2001
Salud Bucal
89
42-43
2001
130 (2)
226-229
2002
Mundo Saúde (1995)
26 (2)
271-274
2002
Mundo Saúde (1995)
26 (2)
275-282
2002
206 p.
2002
2-5
2002
31 p.
2003
44-55
2003
153 p.
2003
20-22
2004
Revista
Chile
Médica
del
COSSMIL Impressores
La Paz - Bolivia
Enfermeria
37 (120)
[monografia
para
obtenção de título de
especialista]. Brasilia.
Escola Nacional de
Saúde Pública
Gestion Salud
2 (5)
[tese de mestrado] São
Paulo.
Escola
de
Administração
de
Empresas de São Paulo.
Boletin
PROAPSREMEDIAR
2 (15)
COSTA,
Juvenal
Soares Dias
da;
MADEIRA, Angela
C. C. ; LUZ, Rafael
M.;
BRITO,
Marcelo A. P.
VEGA, Eduardo O.
Cáceres;
MORENO,
San
Juan;
MIGUEL,
ANGEL.
MAYA
MEJIA,
José Maria
TOMASIN, Guido.
Auditoria médica:
herramienta
de
gestíon
moderna
subvalorada
Auditoria médica
de qualidade
Estudo do papel da
auditoria
de
enfermagem para
redução
dos
desperdícios
em
materiais
e
medicamentos
História
Clínica:
Auditoria Médica
de Calidad
Processo
de
atencion
de
enfermeria:
Herramienta
em
gestion del cuidado.
Planejamento em
auditoria.
OSÓRIO S., Guido;
et al
Auditoria Interna
em Hospitales
Modelos de Gestão
de auditoria médica
em organizações de
saúde do Estado de
São Paulo.
Auditoria y control
de
gestion:
principales
COSIALLS, Delfi
Pueyo i
ANTONINI, Bruno.
MITTEMPERGHE
R, Maurício Masci.
GALVÃO, Claudia
Raffa
VEGA, Eduardo O.
Cáceres
SANCHES, et al
DIAS, Maria do
Socorro Barreto
Centro de Auditoria
y
Control
de
Gestion.
resultados.
Revista Nursing
8 8(4)
[tese de Mestrado].
Bahia:
Universidade
Federal da Bahia;
234-238
2005
234
2005
Mundo Saúde (1995)
29 (2)
161-169
2005
Revista Adm. de Saúde
9 (36)
85-92
2007
Auditoria
em
Enfermagem: visão
das enfermeiras do
município de São
Paulo.
As atividades de
auditoria, controle,
avaliação
e
regulação na saúde:
significado teórico
x
significado
prático
Auditoria no uso de
indicadores
assistenciais: uma
relação mais que
necessária para a
gestão assistencial
na
atividade
hospitalar.
Auditoria
de
Avaliação
da
qualidade
dos
serviços de saúde.
SOUZA, Diva A.
de;
FONSECA,
Ariadne Silva.
VIANNA,
Paula Reis.
Ana
FONSECA,
Ariadne
Silva;
YAMANAKA,
Nilsa Maria Arruda;
BARISON, Tania
Heloisa A. da Silva;
LUZ,
Sueli
de
Fátima da.
PAIM, Chennyfer
da Rosa Paino;
CICONELLI,
Rozana Mesquita.
Como pode ser constatado, são em sua maioria trabalhos publicados
por profissionais de enfermagem , médicos e administradores, retratando uma
realidade, mas não podemos deixar de considerar que o tema auditoria é
abordado largamente na área de administração e em seus diversos aspectos.
Também podemos observar que os estudos sobre auditoria se deram em
hospitais, unidades de saúde, tanto em setores privados ou não, descrevendo
como segue seu processo, formas e objetivos da auditoria.
Dos trabalhos encontrados, 9 são de autores brasileiros, enquanto
somente 8 são de publicações estrangeiras, incluindo Bolívia e Chile.
A seguir,
descrevemos
encontrados em revistas
anteriormente:
suscintamente somente
aqueles artigos
disponíveis e na internet, conforme citado
COSTA et al. (2000), realizou um trabalho de avaliação de um programa
de pré-natal entre mulheres gestantes inscritas, na cidade de Pelotas, Rio
Grande do Sul, Brasil, no Posto de Saúde da Vila Municipal, no período de 1997
até o primeiro semestre de 1998. Constatou que o instrumento de avaliação
utilizado por ela, mostrou-se eficaz, de baixo custo e rápido de ser feito,
fornecendo informações importantes para o direcionamento das atividades no
serviço.
MITTEMPERGHER (2002) descreveu a evolução do processo de auditoria
médica e da nova concepção voltada à analise da qualidade do atendimento e
dos processos correlatos à àrea de saúde e os desafios que o auditor de
contas médicas encontra na realização do seu trabalho.
OSÓRIO S. (2002), retrata o trabalho do auditoria médica e seu campo de
atuação, enfatizando a impotância e uso como ferramenta de gestão.
GALVÃO (2002), estudou como a auditoria de enfermagem pode ser útil
para a redução dos desperdícios de materiais e medicamentos, fazendo o
levantamento e estudo de campo em duas instituições hospitalares.
CACERES (2002), discorre sobre o levantamento da história clínica do
doente, a fim de que sejam minimizados os erros no tratamento, melhorando a
eficácia dele, através de anotações precisas, consistentes e com o maior
número de dados possíveis de serem levantados no momento da consulta.
SOUZA e FONSECA (2005), realizaram um estudo com o objetivo de
identificar como os enfermeiros enchergam a auditoria, fazendo um
levantamento com enfermeiros trabalhadores no ramo específico em hospitais
e seguradoras de saúde no município de São Paulo, Brasil.
FONSECA et al. (2005), relatam a importância da auditoria de
enfermagem e o uso de indicadores assistenciais como um dos métodos de
avaliação da qualidade da assistência e enfermagem prestadas aos clientes.
7 – CONCLUSÕES
Como vimos foram encontrados poucos trabalhos sobre auditoria na saúde,
no período de 2000 até dezembro de 2007. Pudemos observar que no início das
pesquisas quando formulamos os conceitos apresentados anteriormente, existiam
textos oriundos da área da saúde, muito antes do período proposto na pesquisa.
Na sua maioria, os textos são de enfermeiros e médicos, relacionando a
importância dos processos de auditoria e a melhoria da qualidade da assistência
médica e de enfermagem prestados pelos assistentes.
Podemos destacar Kurcgant (1976), Ribeiro (1972), Araújo (1978), Flexner
(1940) citado em Reis (1990), Ward (1918) também citado por Kurcgant (1991),
dentre outros, que já propunham modelos de instrumentos verificadores da eficácia
dos serviços prestados aos clientes, não só com o fator humano e no desperdício de
materiais e uso racional dos equipamentos disponíveis.
A grande maioria dos autores, refere que a auditoria nos serviços de saúde
pode sim contribuir para a melhoria dos serviços, tanto na rede privada quanto na
rede pública, existindo ainda uma grande quantidade de manuais sobre auditoria
disponíveis nas diversas esferas de atuação que orientam o auditor a fazer um
levantamento correto daquilo que lhe é proposto.
Com o advento do SUS em 1988, houve a preocupação dos gestores em criar
meios para que houvesse um controle efetivo das contas apresentadas aos
prestadores de serviços, com intenção de minimizar o índice de fraudes que
poderiam ocorrer.
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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9 - ANEXO
9 - ANEXO 1
INSTUMENTO PARA COLETA DE DADOS SOBRE PERIÓDICOS
Periódico
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