UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALITTAS A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE JOSÉ ROBERTO SILVA CAMPINAS, SP 2009 UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO - UCB INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALITTAS A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE JOSÉ ROBERTO SILVA Trabalho de conclusão do Curso de Especialização, Modalidade MBA, em Administração Hospitalar com Ênfase em Auditoria, da UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO UCB / INSTITUTO BRASILEIRO DE PÓS-GRADUAÇÃO QUALITTAS de Campinas, sob orientação da Profa. Dra. Ann Mary Machado Tinoco Rosas. CAMPINAS, SP 2009 TERMO DE APROVAÇÃO JOSE ROBERTO SILVA A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE Comissão Examinadora _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ Aluno Campinas, ___ de _____________ de _______ Resultado_____________________________ SUMÁRIO 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS......................................................................09 2. OBJETIVOS................................................................................................16 3. JUSTIFICATIVA..........................................................................................17 4. QUESTÕES NORTEADORAS....................................................................18 5. METODOLOGIA..........................................................................................19 5.1. Desenho do Estudo............................................................................19 5.2. Local do Estudo..................................................................................19 5.3. Descrição da Coleta de Dados..........................................................19 5.4. Critérios de Inclusão e Exclusão dos artigos..................................19 5.5. Descrição e Análise dos resultados.................................................20 5.6. Aspectos Éticos da Pesquisa............................................................20 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................21 7. CONCLUSÕES.............................................................................................26 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................27 9. Anexo 1........................................................................................................32 AGRADECIMENTOS A Deus por me dar força para alcançar mais esta vitória; A meu pai, Rubens Silva e minha mãe, Dirce Fassina Silva por sempre estarem do meu lado, sempre dispostos a me ajudar e apoiar nos momentos mais difíceis da minha vida. Parabéns a vocês! A meu filho Rubens Silva Neto por tolerar os momentos de tensão e pelo pouco tempo dedicado a ele tentando conseguir o melhor para nossa família. A minha esposa Maria Eliete Lopes Silva pela ajuda nestes anos, e por estar me confortando nestes últimos momentos turbulentos de minha vida; Às colegas de classe e todos aqueles que sempre me respeitaram e estiveram ao meu lado neste ano difícil, porém muito bem aproveitado. Boa sorte a vocês! Aos meus amigos Marcelo Sartori, Eliete Boaventura Bargas, Marta Francisca de Souza e Reginaldo Correia Dantas, Delma Barbin, Luciana Bragotto e Alexandra Ganev, Raquel Neaime de Almeida por terem compartilhado, tanto na vida profissional como nesta investida, incentivando, orientando e dividindo as alegrias neste ultimo ano juntos. A ciência não explicou nada. Quanto mais sabemos, mais fantástico se torna o mundo e mais profunda fica a escuridão ao seu redor. Aldous Huxlei (1949-1963) A AUDITORIA COMO INSTRUMENTO DE MELHORIA NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE RESUMO O presente trabalho tem como objetivo, identificar a literatura existente sobre o processo de auditoria e como ela poderia melhorar a qualidade da assistência prestada aos pacientes sob os cuidados da equipe multiprofissional que prestam atendimento e serviços em saúde. Realizada por meio de pesquisa bibliográfica quantitativa, através de busca de temas em sites especializados sobre o assunto, bibliotecas de universidades publicas e privadas do município de Campinas, sendo relacionados textos que fazem referencia ao tema proposto no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2007. Foram encontrados 17 referências bibliográficas dentre os nacionais e estrangeiros, destes ainda, 2 resumos de teses e 1 monografia. Os artigos sugerem que a auditoria é um instrumento essencial para o controle de perdas, melhoria no cuidado da assistência prestada ao paciente e um campo novo de atuação para os profissionais nos diversos núcleos profissionais. Palavras-chaves: Auditoria, Qualidade, Equipe Multiprofissional. AUDIT AS A TOOL TO IMPROVE QUALITY IN HEALTH ASSISTANCE ABSTRACT The present report has the objective to identify existing literature about auditing process, and how it can improve the quality of assistance to patients under multiprofessional team care that provides health service. It was made by quantitative bibliography search, throught theme search in especialized website, university and public libraries in Campinas city; related texts to the proposed theme from January of 2000 to December of 2007. It was found seventeen bibliographic references within national and international, two thesis summaries and one graduation report. The texts suggest that audit is an essential tool to the control of loss, improvement in assistance care to patients and a new acting field for several professional groups. Key words: Audit, Quality, Multiprofessional Team. 1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS A qualidade das ações em saúde é influenciada por diversos fatores: formação profissional, número de profissionais, mercado de trabalho, legislação específica e politica vigentes da estrutura e da organização das instituições (KURKGANT, 1976, p. 29). Diante disso, com o aumento da complexidade dos processos de produção, as tentativas de melhoria e adequação destes processos, a otimização dos recursos com o menor indice de perdas, fizeram com que fossem desenvolvidos sistemas para eliminação do que se chama de “não conformidades”, levando, na maioria das vezes, o nome de auditoria. Com a evolução dos processos de melhoria da qualidade, a saúde não poderia ficar de fora dessas mudanças, instituindo-se então os primeiros modelos de veirificação da qualidade da assistência prestadas ao doente, a fim de que houvesse o menor dano a ele, com o menor custo e melhor aproveitamento dos recursos existentes. BESSA (1989, 4 (1)), relata que os avanços da sociedade atual tem levado a uma necessidade de atuação profissional que não seja de cunho amador, levando a necessidade de instalação de um processo de avaliação de qualidade, tornando-se imprescindivel sua utilização. Chiavenato (1981) citado por Silva ( 1990, p. 199) define auditoria como: ... “um sistema de revisão e controle com o objetivo de informar o alto escalão da instutuição sobre a eficiência e eficácia dos procedimentos adotados pela instituição, indicando suas falhas e problemas, servindo para apontar sugestões e soluções, tendo então um caráter educacional”. Aquino (1981) citado por Silva (1990, p. 199), considera auditoria como “uma investigação profunda sobre um sistema, nos seus aspectos qualitativos, não somente na rotina e burocracia, podendo ainda ser definida como um conjunto de técnicas de análise destinadas a efetuar diagnósticos, prognósticos e recomendações”. Dun e Morgan, citado por Kurcgant (1976, p. 106) referem que a auditoria é um instrumento de administração utilizado na avaliação da qualidade do cuidado, sendo a comparação entre a assistência prestada e os padrões de assistência considerados como aceitáveis. Já AGUIAR citado por Kurcgant (1978, v 23, p. 107) cita que a “auditoria médica deve ser explicitada como o conjunto de atividades exercidas com o objetivo de avaliar o trabalho de equipe de saúde, nos seus múltiplos aspectos”. Attie (2006, p. 25) conceitua auditoria como uma “especialização contábil voltada a testar a eficiencia e a eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”. Kron citado por Ribeiro ( 1972, p. 91-103) diz que a auditoria é a “avaliação, não somente da eficácia da assistência que o paciente recebe, mas também a integridade e exatidão da demonstração dessa assistência no prontuário”. Conforme a norma NBR 9000:2000 (BRASIL, 2000), tem como definição de auditoria como um ” processo sistemático, documentado e independente para obter a evidência da auditoria e avaliá-las objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos”. Deve-se lembrar também que a auditoria é uma atividade de coleta de informações para verificar o atendimento aos requisitos especificados, procurando evidências de conformidades, avaliando as necessidades de ações corretivas ou de aperfeiçoamento, não devendo ser confundidas com atividades de supervisão ou inspeção (NBR 9000:2000). Ainda segundo a norma citada acima, a auditoria não tem o objetivo de identificar os culpados pela não conformidade e sim, propondo soluções para que sejam eliminadas. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, através do Decreto Estadual nº 3.266/1998 define e conceitua aditoria como: ...“o exame analítico e pericial prévio, concomitante e subsequêntes das ações e dos serviços de saúde prestados ao Sistema Único de Saúde – SUS – praticados por pessoas físicas ou jurídicas, em conformidade com os critérios técnico-científicos e a legislação de saúde, no âmbito federal e estadual”. Prado (Brasil, 1998, p.49), descreve auditoria como: ... “um exame sistemático e independente dos fatos obtidos através da observação, medição, ensaio ou técnicas apropriadas, para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas”. Caleman (1998) , entrando no mérito da auditoria médica, descreve o conceito de auditoria proposto por Lambeck em 1956 como “avaliação da qualidade da atenção com base na observação direta, registro e história clinica do cliente”. Ramires citado por Costa (1998, p. 44), define que auditoria médica “é a avaliação da qualidade da atenção médica refletida nas histórias clínicas”. Attie ( 2006, p. 27) relata que o termo auditor, em português, provem da palavra inglesa audit que significa examinar, ajustar, corrigir, certificar, tendo se iniciado na Inglaterra e se disseminando por conta dos investimentos liderados por ela nos demais países com empresas inglesas. Segundo ele, a auditoria não é exclusiva do ramo contábil, existindo a mesma nomenclatura em outras atividades que são exercidas com os mesmos objetivos similares. Sua evolução é decorrente da evolução da contabilidade, com o desenvolvimento econômico dos países, das empresas e da expansão das atividades produtoras, gerando uma crescente complexidade na administração dos negócios e das práticas financeiras como uma força motriz para o desenvolvimento da economia de mercado. Attie ( 2006, p. 27) afirma ainda que a evolução da auditoria no Brasil esta relacionada primariamente com a instalação das empresas de origem estrangeiras de auditoria independentes, por conta dos investimentos destas a fim de que se fossem feitas auditorias em seus processos financeiros. As principais influencias para o desenvolvimento da auditoria no Brasil, segundo ele, foram a instalação das filiais e subsidiárias de empresas estrangeiras, o financiamento das empresas brasileiras através de entidades internacionais, bem como seu crescimento e necessidade de descentralização e diversificação das suas atividades econômicas. Outros fatores citados ainda são a evolução dos mercados de capitais, criação de normas de auditorias promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972 e a criação da Comissão de Valores Imobiliários e da Lei das Sociedades Anônimas em 1976. Kurcgant (1971, p. 215) faz um relato da origem da auditoria tendo iníco no ano de 2600 a. C., sendo que somente a partir do século XII d. C. passa a ser denominda auditoria, desenvolvendo-se mais na Inglaterra, sendo usada e desenvolvida primeiramente no âmbito industrial com as grandes empresas privadas da época. Segundo ela, no Brasil, somente nos últimos 50 anos vem sendo explorada e adaptada as nossas realidades, tendo seus primeiros trabalhos na área de saúde datados nos idos de 1960 no Hospital de Ipanema no Rio de Janeiro. Refere ainda que em 1983, foi feita outra experiência no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, que implantou um processo de auditoria de enfermagem, com padrões próprios. A auditoria médica tem sua origem no próprio exercício da pratica médica liberal. Flexner em 1910 e Codman em 1916, citados por Reis (1990, p. 51) fazem referência a possível primeira tentativa de sistematização dos serviços de saúde e a partir daí se tem o início dos trabalhos voltados para a área da saúde. Silva (2008, p. 112 – 127) relatam que a auditoria na área de saúde, surgiu pela primeira vez por um estudo realizado pelo médico George Gray Ward, em 1918, nos Estados Unidos, sendo verificada a qualidade na assistência médica prestada ao paciente por meio de registros em prontuário. Osório S. ( 2002, v 130 nº 2) reforça a tese apresentada acima, onde dizse que a auditoria médica nasceu nos hospitais norte americanos em 1918, tendo iniciado o sistema de acreditação hospitalar pelo Colégio de Cirurgiões, dando enfase ao aperfeiçoamento das histórias clínicas. Relata ainda que no Chile, começou a difundir-se em 1952 com a publicação de artigos e publicações em revistas da antiga “ Beneficencia y del Servicio Nacional de Salud”. Define ainda a auditoria como uma avaliação crítica e periódica da qualidade da atenção médica que os pacientes recebem, tendo como finalidade veirficar se esta sendo dada a melhor assistência médica possível, elevando a sua qualidade do serviço prestado. No Brasil, com o advento do Sistema Único de Saúde, houve a necessidade da criação de um sistema que regulamentasse as normas de auditoria, sendo instituido somente em 27 de julho de 1993, pela Lei 8.689, com o objetivo de nortear e controlar os prestadores de serviços de saúde existentes no país (Remor, 2002, 84 p). Com relação aos tipos de auditoria, Kurcgant (1991, p. 219) descreve a auditoria retospectiva feita após a alta do paciente, utilizando-se o prontuário dele para a avaliação. Descreve ainda a auditoria operacional ou concorrente, que acontece quando o paciente ainda está na unidade sendo atendido. Rocha ( 2005, p. 9) define os tipos de auditoria como auditoria de adequação, também chamada de auditoria de sistema, documentação ou de gestão. Relacionada a verificação de uma documentação de um sistema aos requisitos de uma norma aplicável. O outro tipo de auditoria descrito por ele, é a auditoria de conformidade, conhecida também como auditoria de campo, usada para verificar se o sistema documentado esta implementado corretamente. Segundo o Sistema Nacional de Auditoria (Prado, 1998, p. 8) , os tipos de auditorias descritas são a analítica, realizada a fim de avaliar se os serviços e os sistemas de saúde atendem às normas e padrões definidos previamente e a auditoria operativa que tem a finalidade de verificar se os objetivos foram alcançados dentro dos processos que foram instituidos. Quanto às entidades alvo, segundo Costa ( 2006, p. 9), pode ser classificada em pública e privada. Kurcgant (1991, p. 219) define as formas de intervenção como auditoria interna, realizada por pessoas da própria instituição e auditoria externa, realizada por pessoas que não pertencem a ela. Rocha (2005, p. 8) relata que referente ao objetivo da auditoria, pode ser classificada como auditoria de primeira parte, que é conduzida sob responsabilidade da própria empresa auditada para a análise critica da direção, conhecida tambem como auditoria interna. Auditoria de segunda parte, conduzida por outra organização com vínculo comercial entre elas e auditoria de terceira parte, conduzida por organização independente sem vínculo comercial nenhum sobre a outra, sendo também conhecida como auditoria externa. 2 – OBJETIVOS Identificar através de revisão de literatura, a quantidade de artigos científicos publicados em revistas brasileiras ou não, nos diversos núcleos profissionais que compoem o amplo expectro de atuação na área da saúde, a fim de conhecer como a auditoria pode ser utilizada como um instrumento de melhoria da qualidade da assistência; Conhecer e analisar a quantidade de artigos referentes ao tema e que forneçam subsídios para a melhoria da qualidade do serviço; Avaliar os tipos de auditoria existentes; Divulgar a pesquisa. 3 - JUSTIFICATIVA Diante da vivência e atuação na área de atendimento às urgências, tanto no socorro à vítima, quanto na capacitação e formação de pessoal, ainda como Co-Gerente de Serviço em um Pronto Atendimento municipal de grande porte na cidade de Campinas, verificou-se a necessidade de conhecer e divulgar a literatura disponível sobre Auditoria nos seus diversos seguimentos profissionais relacionados à saúde e como ela poderia melhorar a qualidade da assistência prestada aos pacientes sob os cuidados da equipe multiprofissional, por meio de pesquisa específica, bom como seus conceitos básicos em administração. 4 - QUESTÕES NORTEADORAS 1. O que é auditoria? 2. Quais os processos de auditoria? 3. Como a auditoria pode contribuir no processo de melhoria do atendimento em saude? 5 – METODOLOGIA 5.1. – Desenho do estudo: Trata-se de um estudo bibliográfico, quantitativo com coleta de dados secundários, acerca do tema Auditoria. 5.2. – Local do estudo: Bases de dados disponíveis pela internet, que contem revistas nacionais ou não, indexadas, com busca ativa de exemplares para leitura junto às bibliotecas de universidades públicas e privadas no município de Campinas. 5.3. – Descrição da Coleta de Dados: foram utilizadas publicações divulgadas em periódicos indexados em bases de dados, disponíveis na internet, sendo elas: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde – LILACS, que codifica a literatura em saúde gerada nos países latino-americanos. MEDLINE e Banco de Dados loclizados na Biblioteca da Saúde, na Universidade Federal de Minas Gerais, alimentando a base de dados LILACS. Essas bases de dados permitem o acesso gratuito e a utilização de palavras chaves simples ou na combinação delas para encontrar as informações que se pretende, constituindo-se em suportes para registros catalogados eletronicamente e ou em impressos. 5.4. – Critérios de inclusão e exclusão dos artigos: foram incluídos os artigos com as palavras-chaves Auditoria, Enfermagem e Gerenciamento, em seu título, como descritores. Optou-se pelo período de busca situado entre janeiro de 2000 a dezembro de 2007. Em seguida, feita leitura dos artigos sugestivos para que fossem verificadas as viabilidades de acordo com o trabalho proposto. Foi elaborada uma planilha (que pode ser verificada no Anexo 1) contendo: Nome da revista, número dos exemplares, páginas, ano das publicações, titulo dos artigos sobre o assunto que foram encontrados e autores. 5.5. – Descrição e Análise dos Resultados: As revistas pesquisadas foram dispostas em tabelas e, analisadas de acordo com os objetivos propostos. Os artigos foram revisados a fim de obter informações sobre o desenvolvimento sobre o tema auditoria e da contribuição para melhoria dos serviços a ela destinados. 5.6. – Aspectos éticos da pesquisa: não houve risco ou prejuízo, pois não participaram seres humanos no estudo, tratando-se apenas de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema proposto. Assume-se apenas que são respeitados os direitos autorais e a veracidade das publicações. 6 – RESULTADOS E DISCUSSÃO Constatou-se no decorrer da investigação que a descrição das atividades de auditoria se referem principalmente aos cadernos elaborados pelo Ministério da Saúde, sobre como elaborar os processos de auditoria nos diversos núcleos de atuação em saúde. No lançamento dos descritores no levantamento junto a internet, nos websites especializados como LILACS e BIREME, encontramos 99 textos disponíveis. Ao refinarmos as buscas ficamos somente com 17 referências bibliográficas que correspondiam ao proposto, dentro do tempo estipulado para a pesquisa. Considerando a periodicidade das revistas nacionais e internacionais publicadas foram encontrados um total de 17 referências bibliográficas sobre o assunto, sendo 2 resumos de teses e 1 monografia de conclusão para obtenção de título de especialista e o restante artigos científicos. Do total de 17 textos, somente 5 estavam disponíveis em revistas encontradas em uma biblioteca de uma universidade católica particular no município de Campinas – São Paulo e 3 com textos disponíveis na Internet. Na tabela 1, podemos melhor visualizar essas publicações com relação aos anos em que foram publicadas. Tabela 1 – Distribuição dos artigos sobre auditoria relacionados ao trabalho, segundo o ano de publicação. Campinas, 2008. Número de Ano de Publicação Número de Artigos 2000 2 0 2001 2 0 2002 5 0 2003 3 2 2004 1 0 2005 3 1 2006 0 0 2007 1 0 Teses/Monografias Na Tabela 2, podemos visualizar as referências encontradas nas bases de dados disponíveis gratuitamente pela Internet em revistas indexadas. Tabela 2 – Distribuição dos artigos sobre auditoria, relacionados ao trabalho. Campinas, 2008. Periódico Número Páginas Ano Título Autores Revista Pública de Saúde 3 (34) Ética, Calidad total y auditoría médica: ISSO 9000. La Paz, El Gráfico. 329-336 2000 Auditoria Médica: programa de prénatal em posto de saúde na região Sul do Brasil. 165-171 2000 Propósito de uma auditoría. ?És ética la auditoria de la calidad em salud? Auditoria 1ª parte. MedUNAB 4 (11) 149-152 2001 Salud Bucal 89 42-43 2001 130 (2) 226-229 2002 Mundo Saúde (1995) 26 (2) 271-274 2002 Mundo Saúde (1995) 26 (2) 275-282 2002 206 p. 2002 2-5 2002 31 p. 2003 44-55 2003 153 p. 2003 20-22 2004 Revista Chile Médica del COSSMIL Impressores La Paz - Bolivia Enfermeria 37 (120) [monografia para obtenção de título de especialista]. Brasilia. Escola Nacional de Saúde Pública Gestion Salud 2 (5) [tese de mestrado] São Paulo. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Boletin PROAPSREMEDIAR 2 (15) COSTA, Juvenal Soares Dias da; MADEIRA, Angela C. C. ; LUZ, Rafael M.; BRITO, Marcelo A. P. VEGA, Eduardo O. Cáceres; MORENO, San Juan; MIGUEL, ANGEL. MAYA MEJIA, José Maria TOMASIN, Guido. Auditoria médica: herramienta de gestíon moderna subvalorada Auditoria médica de qualidade Estudo do papel da auditoria de enfermagem para redução dos desperdícios em materiais e medicamentos História Clínica: Auditoria Médica de Calidad Processo de atencion de enfermeria: Herramienta em gestion del cuidado. Planejamento em auditoria. OSÓRIO S., Guido; et al Auditoria Interna em Hospitales Modelos de Gestão de auditoria médica em organizações de saúde do Estado de São Paulo. Auditoria y control de gestion: principales COSIALLS, Delfi Pueyo i ANTONINI, Bruno. MITTEMPERGHE R, Maurício Masci. GALVÃO, Claudia Raffa VEGA, Eduardo O. Cáceres SANCHES, et al DIAS, Maria do Socorro Barreto Centro de Auditoria y Control de Gestion. resultados. Revista Nursing 8 8(4) [tese de Mestrado]. Bahia: Universidade Federal da Bahia; 234-238 2005 234 2005 Mundo Saúde (1995) 29 (2) 161-169 2005 Revista Adm. de Saúde 9 (36) 85-92 2007 Auditoria em Enfermagem: visão das enfermeiras do município de São Paulo. As atividades de auditoria, controle, avaliação e regulação na saúde: significado teórico x significado prático Auditoria no uso de indicadores assistenciais: uma relação mais que necessária para a gestão assistencial na atividade hospitalar. Auditoria de Avaliação da qualidade dos serviços de saúde. SOUZA, Diva A. de; FONSECA, Ariadne Silva. VIANNA, Paula Reis. Ana FONSECA, Ariadne Silva; YAMANAKA, Nilsa Maria Arruda; BARISON, Tania Heloisa A. da Silva; LUZ, Sueli de Fátima da. PAIM, Chennyfer da Rosa Paino; CICONELLI, Rozana Mesquita. Como pode ser constatado, são em sua maioria trabalhos publicados por profissionais de enfermagem , médicos e administradores, retratando uma realidade, mas não podemos deixar de considerar que o tema auditoria é abordado largamente na área de administração e em seus diversos aspectos. Também podemos observar que os estudos sobre auditoria se deram em hospitais, unidades de saúde, tanto em setores privados ou não, descrevendo como segue seu processo, formas e objetivos da auditoria. Dos trabalhos encontrados, 9 são de autores brasileiros, enquanto somente 8 são de publicações estrangeiras, incluindo Bolívia e Chile. A seguir, descrevemos encontrados em revistas anteriormente: suscintamente somente aqueles artigos disponíveis e na internet, conforme citado COSTA et al. (2000), realizou um trabalho de avaliação de um programa de pré-natal entre mulheres gestantes inscritas, na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, no Posto de Saúde da Vila Municipal, no período de 1997 até o primeiro semestre de 1998. Constatou que o instrumento de avaliação utilizado por ela, mostrou-se eficaz, de baixo custo e rápido de ser feito, fornecendo informações importantes para o direcionamento das atividades no serviço. MITTEMPERGHER (2002) descreveu a evolução do processo de auditoria médica e da nova concepção voltada à analise da qualidade do atendimento e dos processos correlatos à àrea de saúde e os desafios que o auditor de contas médicas encontra na realização do seu trabalho. OSÓRIO S. (2002), retrata o trabalho do auditoria médica e seu campo de atuação, enfatizando a impotância e uso como ferramenta de gestão. GALVÃO (2002), estudou como a auditoria de enfermagem pode ser útil para a redução dos desperdícios de materiais e medicamentos, fazendo o levantamento e estudo de campo em duas instituições hospitalares. CACERES (2002), discorre sobre o levantamento da história clínica do doente, a fim de que sejam minimizados os erros no tratamento, melhorando a eficácia dele, através de anotações precisas, consistentes e com o maior número de dados possíveis de serem levantados no momento da consulta. SOUZA e FONSECA (2005), realizaram um estudo com o objetivo de identificar como os enfermeiros enchergam a auditoria, fazendo um levantamento com enfermeiros trabalhadores no ramo específico em hospitais e seguradoras de saúde no município de São Paulo, Brasil. FONSECA et al. (2005), relatam a importância da auditoria de enfermagem e o uso de indicadores assistenciais como um dos métodos de avaliação da qualidade da assistência e enfermagem prestadas aos clientes. 7 – CONCLUSÕES Como vimos foram encontrados poucos trabalhos sobre auditoria na saúde, no período de 2000 até dezembro de 2007. Pudemos observar que no início das pesquisas quando formulamos os conceitos apresentados anteriormente, existiam textos oriundos da área da saúde, muito antes do período proposto na pesquisa. Na sua maioria, os textos são de enfermeiros e médicos, relacionando a importância dos processos de auditoria e a melhoria da qualidade da assistência médica e de enfermagem prestados pelos assistentes. Podemos destacar Kurcgant (1976), Ribeiro (1972), Araújo (1978), Flexner (1940) citado em Reis (1990), Ward (1918) também citado por Kurcgant (1991), dentre outros, que já propunham modelos de instrumentos verificadores da eficácia dos serviços prestados aos clientes, não só com o fator humano e no desperdício de materiais e uso racional dos equipamentos disponíveis. A grande maioria dos autores, refere que a auditoria nos serviços de saúde pode sim contribuir para a melhoria dos serviços, tanto na rede privada quanto na rede pública, existindo ainda uma grande quantidade de manuais sobre auditoria disponíveis nas diversas esferas de atuação que orientam o auditor a fazer um levantamento correto daquilo que lhe é proposto. Com o advento do SUS em 1988, houve a preocupação dos gestores em criar meios para que houvesse um controle efetivo das contas apresentadas aos prestadores de serviços, com intenção de minimizar o índice de fraudes que poderiam ocorrer. 8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTONINI, Bruno. Modelos de gestão de auditoria médica em organizações do Estado de São Paulo, São Paulo, 2003, 153 p. Dissertação de Mestrado. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. AQUINO, Cleber Pinheiro de. In: SILVA, Sandra Honorato da; ORTIZ, Diley Cardoso Franco; SHIMIZU, Helena Eri, TOTH, Márcia. Auditoria em enfermagem: implantação e desenvolvimento em Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Revista Escola de Enfermagem da USP,. São Paulo, 24 (2), p. 199-209, ago. 1990. ARAUJO, Maria Vanda de; SIMÕES, Cleamaria; SILVA, Celina Lima. Auditoria em enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasilia, 31 (4), p. 466-477, out.-dez. 1978. ATTIE, Willian. 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