ALTERAÇÕES NO RELACIONAMENTO FAMILIAR DEVIDO A
CONVIVENCIA COM O ALCOOLISTA1
SILVA, Geórgia Gabriella Carvalho da 2
DIAS, Joana Angélica Andrade 3
SILVA, Doane Martins da 4
RIOS, Marcela Andrade 5
SILVA, Giovanna Carvalho da 6
Introdução: O álcool é uma droga psicotrópica, age no sistema nervoso central
e pode gerar dependência, dessa maneira o seu consumo deve ser limitado1. A
dependência do álcool é um problema que vai interferir na vida do usuário, no
cotidiano familiar e das pessoas próximas a ele2. As relações familiares devido
à presença do álcool se tornam conflituosas, pois os alcoolistas tendem a
serem negligentes em relação às responsabilidades familiares e sentimentos
para com a família3. Neste sentindo o presente estudo tem como objetivo
conhecer as alterações que ocorrem no relacionamento familiar devido à
convivência com o alcoolista. Metodologia Trata-se de uma pesquisa
qualitativa, descritiva e exploratória realizada junto a 11 famílias que possuem,
no mínimo, como um de seus membros uma pessoa alcoolista, cadastradas na
Equipe I da Unidade de Saúde da Família Dr. Aurélio Schiarreta no município
de Jequié/BA. O referido estudo foi submetido à apreciação do CEP/UESB e
aprovado mediante protocolo Nº 153/2010. A técnica utilizada para a coleta de
dados foi a entrevista semi-estruturada, gravada e posteriormente transcrita,
realizadas no período de setembro a outubro de 2010 e constou de uma parte
inicial com questões sociodemográficas e de uma questão norteadora. As
informações provenientes da transcrição das entrevistas foram submetidas à
Análise de Conteúdo de Bardin (2008)4. O corpus foi constituído por onze
1
Pesquisa de campo.
Acadêmica de Enfermagem - UESB. Email:[email protected]
3
Profª Assistente, Mestre/Orientadora – Dept de Saúde – UESB.
4
Enfermeira.
5
Acadêmica de Enfermagem - UESB.
6
Acadêmica de Nutrição –UNIFACS.
2
entrevistas submetidas a várias leituras flutuantes e em seguida a “recortes”
em unidades de análises que foram codificadas e agregadas de acordo com
conteúdos afins. Do agrupamento de tais conteúdos emergiu a categoria
“Relações Familiares Conflituosas”. Resultados: Os participantes do estudo
foram predominantemente do sexo feminino (100%), alfabetizados (81,1%),
casados (36,6%), na faixa etária de 18 - 48 anos (54,5%). Esta categoria revela
quão conflituosas se tornam as relações familiares em decorrência da
convivência com o membro alcoolista, como verificamos nos seguintes relatos:
[...] Ele brigava com minha mãe.../... quebrava as coisas da minha mãe.../...
quebra as coisas dentro de casa.../...o convívio é ruim.../... se ele pegar um
facão ele corta um.../... ele fala de o carro me matar.../... ele fala que eu mereço
uma cambada de tiro na cabeça.../. Conclusão: Os resultados demonstram
que a presença de um membro familiar alcoolista gera conflitos que podem
culminar em diversas situações de violência, dessa forma ressaltamos a
necessidade de um olhar diferenciado sobre esta família de maneira a ajudá-la
a encontrar modos de superação e de enfrentamento no conviver com este
membro que vivencia o alcoolismo.
Descritores: Alcoolismo, Família, Relacionamento familiar.
Referências
1- OLIVEIRA, Bruno Prata. Alcoolismo: vivência familiar de uma doença
social. Porto 2009,142p. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de
Letras da Universidade do Porto.
2- SANTOS, Elizama Cabral Vasconcelos dos; MARTIN, Denise. Cuidadoras
de pacientes alcoolistas no município de Santos, SP, Brasil. Rev. bras.
enferm., Brasília, v. 62, n. 2, Apr. 2009.Disponivel em: http://www.scielo.br
acessado 07/07/10 às 15:00h.
3- MASTER, W. O Impacto do Álcool na Família. Adaptação do texto de Rita
Lambert. 2007. Disponível em: http://alcoologia.net/joomla/index.php. Acessado
em:08/08/10 ás 19:00h.
1
Pesquisa de campo.
Acadêmica de Enfermagem - UESB. Email:[email protected]
3
Profª Assistente, Mestre/Orientadora – Dept de Saúde – UESB.
4
Enfermeira.
5
Acadêmica de Enfermagem - UESB.
6
Acadêmica de Nutrição –UNIFACS.
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