AGRICULTURA FAMILIAR: ANÁLISE DOS INCENTIVOS GOVERNAMENTAIS PARA PEQUENOS PRODUTORES AGRÍCOLAS DO MUNICÍPIO DE PRUDENTÓPOLIS Maria Aparecida Pietrowski, e-mail: [email protected] Universidade Estadual do Centro-Oeste/Setor de Ciências Sociais Aplicadas Palavras chave: agricultura familiar, incentivos governamentais, políticas de financiamento. Resumo: O objetivo é verificar os reflexos que os incentivos governamentais proporcionam aos pequenos produtores agrícolas do município de Prudentópolis. A pesquisa se caracteriza como descritiva, bibliográfica e também de campo, com abordagem quantitativa Introdução A agricultura tem ocupado um papel de destaque na economia brasileira, mas para este setor ocorre muitos riscos, tais como, riscos climáticos, custos de transações elevados, preços voláteis, assimetria de informações (SILVA, 2008). Todos esses riscos fazem com que a agricultura se torne mais frágil em relação aos outros setores da economia do país. O agronegócio também é um dos responsáveis pelo superávit na balança comercial brasileira e ainda segundo Silva (2006, p. 16) “é necessário determinar as relações entre taxas de câmbio, taxa de crescimento do PIB, preços internacionais de commodities, assim como o comportamento da produtividade, com o superávit comercial do agronegócio”. Um dos fatores que contribuem para o superavit são os commodities agrícolas. Um dos problemas enfrentados para esse tipo de investimento, de acordo com Carvalho (2009, p. 12) “são os entraves naturais e tecnológicos, apresenta uma enorme dependência sobre os demais países do mundo e suas respectivas economias em relação ao setor”. No Brasil, o agronegócio é o maior responsável pelo PIB (produto Interno bruto) na geração de riquezas para o país. O conjunto do agronegócio representou em 2003, cerca de 30% do PIB e a agricultura familiar cerca de 10% (GUILHOTO et al, 2006, p.31). O Brasil ainda sofre muito para conseguir fornecedores de crédito devido a longas distâncias, meios de transportes inadequados e infra-estrutura insuficiente, Anais do 3° Salão de Extensão e Cultura da UNICENTR O 20 a 25 de setembro de 2010 o que faz com que isso eleve os custos de avaliação e monitoramento dos empréstimos. Em relação aos insumos agropecuários, adubos e fertilizantes, têm um papel importante para o sucesso do agronegócio brasileiro, uma vez que esse tipo de produto é considerado essencial para que o país consiga vencer os principais pontos de fronteira e continuar no caminho do crescimento. Mas uma das dificuldades enfrentadas está na matéria-prima, pois, segundo Anda (2008, p. 14), “cerca de 60% da matéria-prima para a fabricação dos adubos e fertilizantes em 2007 tiveram origem internacional, ou seja, o Brasil teve o produto importado”. Com base no exposto elaborou-se a seguinte questão-problema: Quais os reflexos que os incentivos governamentais proporcionam aos pequenos produtores agrícolas do município de Prudentópolis? Alguns autores dizem que muitos bancos foram criados por propósitos políticos e não como instituições financeiras viáveis o que consequentemente não trouxe resultados positivos pois acabaram falindo (Meyer 2000; Klein et al 1999). Outro problema enfrentado pelos produtores rurais está nas barreiras comerciais da agricultura. Se não houvesse as barreiras, os produtos exportados ganhariam aumento de preços e aí com isso os produtores rurais seriam beneficiados. Do ponto de vista prático, o estudo pretende auxiliar os pequenos produtores agrícolas. Mostrar através dos dados coletados que os subsídios são realmente viáveis e vantajosos para as suas necessidades. Sob a perspectiva teórica, a presente pesquisa justifica-se pela importância atribuída aos incentivos governamentais aos pequenos produtores agrícolas. Ao receberem os incentivos os produtores terão mais vontade de continuarem trabalhando na agricultura, irão investir mais em tecnologias como no caso da mecanização, e também terão animo para expandir sua produção. Quanto à contribuição social deste trabalho, destaca-se as informações que se apresenta a usuários, administradores e fornecedores, sob a perspectiva dos subsídios governamentais oferecidos aos pequenos produtores agrícolas. Anais do 3° Salão de Extensão e Cultura da UNICENTR O 20 a 25 de setembro de 2010 Materiais e Métodos Esta pesquisa se destaca como descritiva pelo fato de que na concepção de Gil (1999, p.44),a pesquisa descritiva tem como principal objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis. Por sua vez, a pesquisa bibliográfica de acordo com Gil (1999, p. 65), explica que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Segundo Fachin (2002, p. 133), a pesquisa de campo é a que se realiza com o fato social situado em seu contexto natural, ou seja, em seu campo ou hábitat, sem nenhuma alteração imposta pelo pesquisador. A abordagem metodológica quantitativa é caracterizada por Richardson (1999, p. 70): “pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas”. Assim este estudo caracteriza-se como pesquisa descritiva e bibliográfica, que será realizada por meio de pesquisa de campo, com abordagem quantitativa para as questões abertas nas entrevistas através das visitas feitas no local das propriedades. Resultados Ainda não tem resultados obtidos pelo fato de não ter chegado ainda na parte prática, mas espera-se que os objetivos específicos sejam alcançados. Anais do 3° Salão de Extensão e Cultura da UNICENTR O 20 a 25 de setembro de 2010 REFERÊNCIAS BEUREN,Ilse Maria. Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade:Teoria e Prática. In:LONGARAY,André Andrade;RAUPP,Fabiano Maury;SOUSA,Marcos Aurélio Batista de;COLAUTO,Romualdo Douglas;PORTON, Rosimere Alves de Bona.(Col).São Paulo:Atlas,2006. CARVALHO, Leandro Bernardinho de. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção de São Carlos, 2009 da USP. Acesso em 12 de abril de 2010. CAVALCANTI, Izabel Machado. Dissertação de Mestre em Economia da USP, em São Paulo. 2008. Acesso em 12 de abril de 2010. FACHIN, Odíla. Fundamentos de Metodologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. GIL, Antônio Carlos.Métodos e Técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 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