0
UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Carlos Alberto da Silva
Marcelo Mauro Caroba
Ronaldo de Carvalho
Thiago Martins Pavani
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
Comapi Agropecuária Ltda – Fazenda Flórida
Guaiçara – SP
LINS – SP
2008
1
CARLOS ALBERTO DA SILVA
MARCELO MAURO CAROBA
RONALDO DE CARVALHO
THIAGO MARTINS PAVANI
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado a Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium,
sob
a
Orientação
dos
Professores M.Sc. Eduardo Teraoka
Tofoli e Esp. Ana Beatriz Lima.
LINS - SP
2008
2
Silva, Carlos Alberto; Caroba, Marcelo Mauro; Carvalho, Ronaldo;
S579g Pavani, Thiago Martins
Gestão da Qualidade Total / Carlos Alberto da Silva; Marcelo
Mauro Caroba; Ronaldo de Carvalho; Thiago Martins – – Lins,
2008.
74p. il. 31 cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins, SP para Graduação
em Administração, 2008
Orientadores: Eduardo Teraoka Tofoli; Ana Beatriz Lima
1. Gestão da Qualidade Total. 2. GlobalGap. 3. Certificação.
4. Competitividade. I Título.
BRUNO MARTINS PAVANI
CARLOS HENRIQUE
SOARES
DE OLIVEIRA
CDU
658
FREDSON LUCAS LIMA DE SOUZA
3
CARLOS ALBERTO DA SILVA
MARCELO MAURO CAROBA
RONALDO DE CARVALHO
THIAGO MARTINS PAVANI
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Aprovada em: _____/______/______
Banca Examinadora:
Profº Orientador: M.Sc. Eduardo Teraoka Tofoli
Titulação: Mestre em Administração pela Uni-FACEF de Franca - SP
Assinatura:___________________________
1º Prof (a):_______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:___________________________
2º Prof (a):_______________________________________________________
Titulação:_______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:___________________________
4
DEDICATÓRIAS
Carlos Alberto da Silva
Dedico este trabalho a todos os professores que desde o início do curso
tem nos orientado, dedico também aos meus amigos de grupo e de faculdade e
familiares, que tanto me apoiaram nos momentos mais difíceis, com palavras e
atitudes que sempre me encorajou.
Marcelo Mauro Caroba
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado a intuição para
realização deste trabalho, onde posso dizer que foi um grande desafio e fico
muito feliz e satisfeito pelo resultado final. Dedico também a todos os meus
familiares, amigos e companheiros da monografia e sem exceção a todos que
ajudaram direto ou indiretamente para a completa realização desta obra,
Ronaldo de Carvalho
Dedico este trabalho a todos meus familiares que estiveram presentes
em todos os momentos de minha vida, em especial minha mãe e minha
esposa, que sempre me apoiaram em todas minhas idéias e que estiveram ao
meu lado o tempo todo, compartilhando os momentos de alegria e tristeza.
Dedico também aos colegas de faculdade, professores e orientadores, que
transmitiram seus conhecimentos para que pudéssemos concluir com êxito
este trabalho.
5
Thiago Martins Pavani
Dedico este trabalho aos amigos de sala e minha família que esteve
todo o momento do meu lado auxiliando, orientando e ajudando em cada passo
que foi dado por todo este período de aprendizagem. Fica também, meu
obrigado aos professores que tive aula, cada um ao seu estilo, com muita
capacidade e compreensão nos momentos de dúvidas e indecisões nas aulas.
Minha noiva também teve muita participação positiva para este momento,
juntamente com minha filha tão linda e que me impulsionou em todo o meu
esforço para concluir este trabalho.
AGRADECIMENTOS
No final desta jornada não podemos deixar de expressar os nossos
sinceros agradecimentos às pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram
para a concretização de nosso trabalho.
Ao nosso orientador, professor Eduardo Teraoka Tofoli por acreditar
neste trabalho, pelo acompanhamento e diretrizes em todas as suas etapas e
pelo convívio acadêmico durante o período de nossa graduação.
A professora Ana Beatriz Lima, pela sua dedicação, total disponibilidade
e simpatia com que sempre nos recebeu, pelas suas sugestões sempre
pertinentes, pelos seus ensinamentos e pelo seu incondicional apoio;
Aos nossos familiares, pelo apoio, ajuda e motivação para a conclusão
deste trabalho.
A Comapi Agropecuária Ltda e seus funcionários que colaboraram para
que pudéssemos concluir esse trabalho com sucesso, em especial ao Sr Daniel
Furquim Badim Machado, José Roberto Bishofe Filho e ao Sr. Vicente de Paula
administrador da Fazenda Flórida, que foi quem nos acompanhou e
disponibilizou as informações deste trabalho.
6
RESUMO
Com a globalização, a atividade das empresas tem apresentado constante
crescimento. Para a sobrevivência em um mercado tão competitivo, as
empresas precisam inovar, desprender-se de modelos tradicionais de
desenvolvimento e crescimento. As empresas que continuarem em um modelo
de trabalho antigo não conseguirão atuar em um mercado tão oscilante. Assim,
há necessidade de responder cada vez mais rápido as variações ambientais e
atender as exigências do mercado. Para oferecer alguma vantagem
competitiva, as empresas devem ser flexíveis, oferecendo produtos e serviços
inovadores ao mercado, imaginando soluções completamente novas para as
necessidades dos clientes, de maneira que a concorrência não possa imitar.
Para que a empresa consiga se destacar em um ambiente em constante
mudança, a qualidade torna-se essencial à redução de custos, ao aumento da
clientela e a garantia de competitividade. Atualmente, o conceito de qualidade
impera como fator principal para a retenção e fidelização dos clientes. Para os
frigoríficos e os confinamentos, não poderia ser diferente. Para exportar a
carne produzida no Brasil, as exigências dos mercados consumidores em todo
o mundo tem sido cada vez mais forte com relação à qualidade, surgindo a
necessidade de uma padronização na produção em confinamento. Sendo
assim, o padrão europeu de certificação dos produtores, antes conhecido como
EurepGap, passou a difundir suas normas com o intuito de tornar padronizado
de forma global a certificação, hoje conhecido como GLOBALGAP. Apesar
desta certificação ser de forma voluntária, a confiança dos mercados
consumidores fez com que cada vez mais produtores passassem a implantar
as normas a fim de obter a certificação e se fixar entre os exportadores
confiáveis. Com isso, foi realizada uma pesquisa na empresa Comapi,
localizada na cidade de Guaiçara – SP, com o objetivo de verificar a
importância da gestão da qualidade no confinamento como um diferencial
competitivo na busca de um melhor produto final.
Palavras-chave: Gestão
Competitividade.
da
Qualidade
Total.
GlobalGap.
Certificação.
7
ABSTRACT
The Confinement is the system of bovine breeding in which lots of animals are
placed into a restricted area in the paddock, where the food and water are
provided into troughs. It’s properly used to the bovine finishing, which is the
production level that is prior to the animal slaughter, therefore, involves the
carcass finishing which will be comercialized. The quality of the carcass
produced depends on a good performance got in the breed and re-breed. Good
products from the confinement are healthy, strong animals with sturdy bones,
good muscular development (meat quantity) and fat enough to make the meat
tasty and provide a good carcass covering. The confinement is, as a rule,
during the drought period, or the season of meat production. The animals are
comercialized in the top season when they get better prices. This work deals
with several aspects involved in the bovine breeding through a study held in the
confinement of Bertin S/A, Florida Farm, Agropecuary division, located in
Guaiçara city, road Vicinal Guaiçara/ SP300 – Zona Rural. The researches
developed since the beggining of first levels that consists a confinement, a
study can be made about its routine, as well as the evolution of used methods,
where deals with the considered aspects to the stage of acquisition, selection
and preparing of animals to be confined, facilities, training pitches for separation
in paddocks, the rules involve the handling of cattle, acquisition and preparation
of the diet, monitoring of weight gain and cost up to the slaughter. Thus the
paper seeks to deal with the importance of managing the costs in COMAP
Agropecuaria Ltda, proving the efficiency of administrative management to
obtein benefits to the confinement.
Keywords:
Total
Competitiveness.
Quality
Management.
GlobalGap.
Certification.
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo do Diagrama de Causa e Efeito ............................................39
Figura 2: Mapa dos países certificados ............................................................44
Figura 3: Estrutura do Confinamento (Comapi) ................................................52
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Área/ Funcionários/ Funções ...........................................................26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Ralação de países certificados .........................................................45
Tabela 2: Estrutura do Confinamento (Comapi) ................................................51
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EUREPGAP: Euro Retailer Produce Working Group Eurep
SISBOV: Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos
e Bubalinos
UE: União Européia
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................12
CAPÍTULO I - A COMAPI AGROPECUÁRIA LTDA.........................................14
1
HISTÓRICO.............................................................................................14
1.1
Divisões da Comapi.................................................................................14
1.1.1 Confinamento...........................................................................................14
1.1.2 Silvicultura................................................................................................15
1.1.3 Gado de elite............................................................................................15
1.1.4 Cria, recria e engorda..............................................................................15
1.1.5 Hotelaria...................................................................................................16
1.1.6 Armazém..................................................................................................16
1.2
Objetivos Atuais.......................................................................................16
1.2.1 Segurança e Higiene do Alimento ...........................................................17
1.2.2 Proteção do Meio Ambiente.....................................................................18
1.3
Como surgiu o confinamento na fazenda Flórida em Guaiçara - SP.......19
1.3.1 Rotina do Confinamento..........................................................................19
1.3.2 Atual situação do confinamento da Comapi.............................................20
1.3.2.1 Aquisição e seleção dos animais a serem confinados...........................21
1.3.2.2 Recepção dos animais...........................................................................21
1.3.2.3 Manejo dos animais ...............................................................................22
1.3.2.4 Lotação dos piquetes e formação dos lotes da Comapi.........................22
1.3.2.5 Leituras de cocho da Comapi.................................................................22
1.3.2.6 Acompanhamento diário dos ganhos da Comapi ..................................23
1.3.2.7 A fábrica de ração da Comapi................................................................23
1.3.2.8 Mortes de animais da Comapi................................................................24
1.4
Recursos Humanos .................................................................................24
1.4.1 Estrutura Organizacional .........................................................................25
1.5
Certificação da Qualidade .......................................................................26
1.6
Fornecedores de matéria-prima - gado....................................................27
1.7
Preocupação com a qualidade ................................................................28
10
CAPITULO II - GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL NO CONFINAMENTO.....29
2
CONFINAMENTO...................................................................................29
2.1
Vantagens de um confinamento .............................................................29
2.2
O confinamento como deve ser ..............................................................30
2.3
Conceito de Qualidade Total ..................................................................32
2.3.1 Evolução da qualidade ...........................................................................33
2.3.2 Ferramentas do Controle de Qualidade .................................................34
2.3.2.1 Folha de Verificação..............................................................................35
2.3.2.2 Estratificação .........................................................................................36
2.3.2.3 Histograma.............................................................................................36
2.3.2.4 Diagrama de Pareto ..............................................................................37
2.3.2.5 Diagrama de Causa e Efeito .................................................................38
2.3.2.6 Cartas de Controle ................................................................................39
2.3.2.7 Diagrama de Correlação .......................................................................40
2.4
A Certificação GLOBALGAP...................................................................40
2.4.1 Implantação da certificação ....................................................................41
2.4.2 Vantagens da certificação ......................................................................42
2.4.2.1 Redução dos riscos de Segurança Alimentar na Produção Primária
Global ................................................................................................................43
2.4.2.2 Redução do Custo da Conformidade ....................................................43
2.4.2.3 Aumento da integridade dos Esquemas de Garantia da Produção a
nível mundial ao: ...............................................................................................43
2.5
Países com Certificação GLOBALGAP ..................................................44
CAPÍTULO III - A PESQUISA...........................................................................46
3
INTRODUÇÃO........................................................................................46
3.1
Relato do trabalho realizado referente à Gestão da Qualidade Total no
confinamento .....................................................................................................47
3.1.1 O confinamento da Comapi e suas características próprias ..................47
3.1.2 1ª ETAPA – Aquisição e preparo dos bovinos........................................48
3.1.3 2ª ETAPA – Dieta alimentar....................................................................49
3.1.4 3° ETAPA – Manejo dos animais ...........................................................50
3.1.5 Resultado final do confinamento ............................................................53
11
3.1.6 Parecer final do caso ..............................................................................54
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .....................................................................55
CONCLUSÃO ...................................................................................................57
REFERÊNCIAS ................................................................................................59
APÊNDICES .....................................................................................................61
12
INTRODUÇÃO
O tema Gestão da Qualidade Total abordado neste trabalho foi
escolhido devido à verificação da importância a Gestão da Qualidade Total no
confinamento visando o diferencial em seu produto, na empresa Comapi
Agropecuária Ltda. da cidade de Guaiçara – SP.
O objetivo maior do trabalho foi verificar a importância da gestão da
qualidade no confinamento como um diferencial competitivo na busca de um
melhor produto final, e também conhecer as estratégias utilizadas pela Comapi
quanto às questões da qualidade, demonstrar a evolução e as vantagens ao
implantar a certificação GLOBALGAP no processo do confinamento, pesquisar
as ferramentas da qualidade utilizadas pela empresa Comapi e analisar a
atuação da empresa na busca de um produto de maior qualidade.
Este estudo foi desenvolvido a fim de esclarecer o seguinte
questionamento:
A utilização da gestão da qualidade no confinamento gera um diferencial
competitivo e um produto melhor para a empresa?
Como resposta a esta indagação, surgiu a hipótese de que a empresa
que utiliza de forma correta a gestão da qualidade consegue um diferencial
competitivo e conseqüentemente um melhor produto final.
Para a comprovação, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa
Comapi Agropecuária Ltda., cujos métodos e técnicas de pesquisa estão
descritos no decorrer do Capítulo III.
O presente trabalho foi estruturado a seguinte forma:
Capítulo I – A Comapi Agropecuária Ltda. – neste capítulo apresenta-se
a Comapi, divisão agropecuária do Grupo Bertin, seu histórico, suas divisões,
objetivos atuais, rotina do confinamento, atual situação do confinamento, sua
estrutura organizacional, certificação da qualidade, fornecedores de matériaprima e a preocupação com a qualidade.
Capítulo II – Gestão da Qualidade Total no Confinamento – demonstra
quais as vantagens e como deve ser um confinamento, apresenta itens que
demonstram conceito e ferramentas da qualidade e sobre a certificação
GLOBALGAP.
13
Capítulo III – A pesquisa – apresenta o confinamento com suas
características próprias e suas etapas.
E, finalizando, são apresentados a proposta de intervenção e as
conclusões.
14
CAPÍTULO I
A COMAPI AGROPECUÁRIA LTDA.
1
HISTÓRICO
A Comapi, empresa do grupo Bertin atuante no ramo agropecuário, foi
fundada em 1984, pelos sócios Natalino Bertin, Reinaldo Bertin, João Bertin
Filho, Fernando Antonio Bertin, Silmar Bertin e Juracy Frare e é constituída
com capital 100% nacional. Encontra-se sediada na cidade de São Paulo - SP,
Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 2.012. Possui estrutura familiar, com decisões
administrativas
centralizadas
em
colegiado.
Atualmente,
a
Comapi
Agropecuária ocupa posição de destaque na pecuária brasileira.
1.1
Divisões da Comapi
O grupo encontra-se dividido em:
1.1.1 Confinamento
A unidade de negócio Agropecuária Confinamento foi criada justamente
para engordar os animais nos períodos da entressafra onde não se encontram
bois
prontos para abate, este fato
ocorre
pela falta
de chuva
e
conseqüentemente a falta de pasto para os animais engordarem. Para
solucionar a falta de boi gordo neste período, o Grupo Bertin resolveu criar a
unidade de negócios “confinamento”, para preparar os bois para abate no
período de entressafra. No processo de confinamento, os bois ficam confinados
em piquetes onde recebem ração e água de forma que posa atingir o peso
15
desejado em certo período confinado, que é de aproximadamente noventa dias
de cocho.
1.1.2 Silvicultura
A unidade de negócio silvicultura é constituída por 10 fazendas
proporcionando uma área total de 525,79 alqueires, totalizando mais de
2.352.267 (dois milhões e trezentos e cinqüenta e dois mil duzentos e sessenta
e sete) mudas plantadas para atender as necessidades do frigorífico,
fornecendo lenha para as caldeiras, tornando-se auto-suficiente;
1.1.3 Gado de elite
A unidade de negócio Gado Elite atua no melhoramento genético da
raça nelore, com inseminações, aspirações de oócitos, transferência e vendas
de embriões de animais selecionados, têm participação ativa nas maiores
exposições e leilões da raça nelore no cenário nacional. Atualmente, conta com
um plantel de, aproximadamente, 600 matrizes, sendo cerca de 10% doadoras
de embriões. Por ano, estima-se cerca de 1.100 nascimentos de gado Puro de
Origem (P.O.), que são preparados e treinados para exposições e leilões. Esta
unidade contribui fortemente na propagação e divulgação da marca Comapi
nos maiores eventos destinados à raça nelore;
1.1.4 Cria, recria e engorda
Nesta unidade de negócio estão agrupadas várias fazendas espalhadas
por diversos Estados. As fazendas têm como características básicas a cria,
recria, compra e engorda de animais, que serão transportados para
16
confinamentos ou para os frigoríficos do Grupo Bertin. Estas fazendas
funcionam como reguladoras do estoque e da necessidade de produção,
conforme os pedidos dos clientes e variações do mercado;
1.1.5 Hotelaria
A unidade Quality Resort Lins possui toda a infra-estrutura necessária
para atender aos mais exigentes clientes, sendo caracterizada como um resort.
Em 2006, foi assinado contrato de arrendamento com o Grupo Blue Tree
Hotels que, a partir de então, é responsável pela sua gestão. Sua principal
finalidade é hospedar os clientes que participam de negociações e contribui
como um excelente ponto de lazer e turismo na região.
1.1.6 Armazém
As atividades na unidade de negócio Armazém tiveram início em janeiro
de 2002, tendo como principais características à compra, venda, limpeza e
secagem de milho, soja, sorgo entre outros grãos. Sua estrutura é composta
por silos, armazéns e moegas, que juntas totalizam uma capacidade de
estocagem de 47.000 toneladas. O armazém tem a função de atender aos
produtores, consumidores e confinamentos da região no fornecimento de grãos
beneficiados.
1.2
Objetivos Atuais
Com a certificação GLOBALGAP, Sistema de Gestão da Qualidade que
visa as Boas Práticas Agrícolas, abrangendo pontos referentes à segurança e
higiene na produção do alimento; conservação do meio ambiente; segurança e
17
saúde dos trabalhadores, o confinamento passa a ter esses benefícios com
essa implantação da certificação.
No setor agropecuário, nota-se a crescente cobrança dos órgãos
públicos, ONG’s, consumidores e da própria sociedade para que as
propriedades rurais e os processadores de alimentos desenvolvam atividades
ambientalmente corretas e forneçam produtos seguros para o consumo em
diferentes mercados mundiais.
A crescente preocupação do consumidor final em relação à segurança,
qualidade sanitária e condições em que os alimentos são produzidos fazem
com que a Certificação Agropecuária torne-se cada vez mais uma ferramenta
imprescindível para que os produtores rurais, exportadores e processadores
consigam manter seus mercados e acessar novos.
Grandes redes de Supermercado começam a colocar a certificação dos
alimentos como uma exigência para seus fornecedores. Os governos
aumentam as legislações sobre o tema (Ex: Japão, Europa e Estados Unidos).
E para os produtores, a certificação é uma oportunidade de aprimorar o seu
sistema produtivo, enquadrando-se nas novas exigências de mercado e
tornando o seu negócio mais competitivo.
A certificação permite agregar um maior valor ao produto, possibilitando
aos produtores atingirem novos mercados que exigem o cumprimento das
normas, garantindo um melhor preço para o seu produto.
Com base neste panorama a Comapi Agropecuária Ltda investiu na
implantação do Protocolo de Certificação GLOBALGAP (antes conhecido como
EUREPGAP).
1.2.1 Segurança e Higiene do Alimento
A normativa baseia-se nos critérios de Segurança dos Alimentos, que
uma vez que derivam da aplicação dos princípios gerais do HACCP (Análises
de Riscos e Controle de Pontos Críticos). A higiene e segurança alimentar
constituem um componente prioritário do dia-a-dia das mais diversas atividades
das instituições.
18
A normativa estabelece um nível global de critérios de saúde e
segurança social nas fazendas, assim como uma maior sensibilidade e
responsabilidade com respeito a temas sociais.
No entanto, o mesmo não substitui uma auditoria específica sobre a
Responsabilidade Social das Empresas.
1.2.2 Proteção do Meio Ambiente
A normativa consiste em aplicar as Boas Práticas Agrícolas e Pecuárias
para a Proteção do Meio Ambiente, geradas para minimizar o impacto negativo
que têm no Meio Ambiente.
Os produtores, para demonstrar seu compromisso, devem ser capazes
de:
a) Manter a confiança dos consumidores na qualidade e segurança do
alimento.
b) Minimizar o impacto ao Meio Ambiente, conservando a natureza e a vida
silvestre.
c) Reduzir o uso de agrotóxicos.
d) Melhorar a eficiência no uso dos recursos naturais.
e) Assegurar a responsabilidade e atitudes para a segurança e saúde dos
trabalhadores.
Aspectos que compreendem as normas de GLOBALGAP:
a) Aspectos Higiênicos, para evitar a contaminação química, física e
biológica, assegurando a inocuidade dos alimentos.
b) Rastreabilidade, assegurando o seguimento em toda a cadeia alimentar.
c) Técnicas de produção, com o objetivo do uso controlado de agrotóxicos,
para minimizar o impacto dos resíduos nos alimentos, no homem e em
seu ambiente.
d) Aspectos Sociais, enfocando um ambiente de trabalho adequado às
necessidades sanitárias e segurança dos trabalhadores envolvidos na
cadeia.
19
e) Proteção do meio ambiente.
As normas GLOBALGAP respondem às necessidades do consumidor,
que hoje exige:
a) Alimentos seguros, conhecimento de sua origem;
b) Produção com qualidades sanitárias garantidas.
Os itens citados acima são os grandes objetivos do confinamento em
implantar
a
Certificação
GLOBAL-GAP,
obtendo
melhores
resultados,
satisfazendo os clientes, agradando os funcionários e dando mais conforto aos
animais no período de engorda.
1.3
Como surgiu o confinamento na fazenda Flórida em Guaiçara - SP
A unidade de negócio Agropecuária Confinamento teve início em 1999 e
é responsável pelo fornecimento de boi gordo em uma época estratégica do
ano. No período de junho à primeira quinzena de dezembro, o mercado sofre
com a baixa da oferta de boi gordo, a arroba sobe, proporcionando assim um
alto custo na aquisição, podendo-se, assim, contar com um abastecimento de
bois durante esse período. O negócio torna-se menos arriscado e mais
competitivo, gerando menor custo e maior rentabilidade para o negócio.
Segundo a gerente comercial, a empresa mantém ainda outro
estabelecimento para confinamento localizado no município de Aruanã no
Estado de Goiás e no município de Sabino no Estado de São Paulo, gerando
uma capacidade de engorda de 198.000 cabeças.
1.3.1 Rotina do Confinamento
De acordo com o administrador da fazenda, a montagem de um
confinamento envolve vários fatores para que o mesmo tenha um rendimento
20
satisfatório, descartando-se a possibilidade de perda como, por exemplo, na
compra dos animais, a avaliação dos compradores tem como base a estrutura
da carcaça, e que o mesmo tenha no mínimo 400kg o que equivale a 13
arrobas. Quando da chegada ao confinamento, é feita uma pesagem individual
mais a vacinação necessária para combater os parasitas normais do gado de
corte. Em seguida, os animais são levados para seus piquetes de origem,
conforme registrados em sua entrada.
Os tratos são realizados da forma que, primeiramente é feita uma dieta
de adaptação à base de capim ou cana mais bagaço e milho, ou seja, (capim
64% + bagaço 16% e milho 20%). Isso, num prazo de três dias, a contar da
data da entrada.
Quanto aos tratos, em média, são de sete até oito passagens com o
caminhão por dia, baseando-se no consumo de cada piquete sendo que os
principais ingredientes na mistura são: bagaço de cana, milho triturado, soja
peletizada, farelo de algodão e a pré-mistura.
A manutenção, quanto ao processo do confinamento, é vista como ponto
crucial no desempenho do mesmo, isso porque, para que se tenha um
resultado considerado bom há que ser ter precauções, como: averiguação
periódica quanto ao nível de consumo ao dia por animal, lavagem dos
reservatórios de água, que devem estar sempre limpos.
O escritório local é fundamental pelo fato de se ter à mão,
periodicamente, um relatório quanto ao consumo, que é determinado pelo
zootecnista, com a quantidade mínima que cada animal tem de ingerir, o que é
mostrado ao final de cada etapa do acabamento do animal.
1.3.2 Atual situação do confinamento da Comapi
Existem no confinamento, várias etapas de processos a serem seguidas,
conforme o que se descreve abaixo. As etapas para um confinamento de
sucesso precisam ser verificadas e realizadas corretamente, desde o
dimensionamento da estrutura, a preparação de dietas em larga escala, a
compra de animais, de insumos, máquinas e equipamentos, entre outros.
21
1.3.2.1 Aquisição e seleção dos animais a serem confinados
Segundo o comprador de gado, a produção em confinamento é muito
mais cara que a convencional a pasto e o custo por animal dependerá da
resposta destes no processo.
Animais diferentes possuem necessidades fisiológicas diferentes e,
conseqüentemente, velocidades de ganho em peso também diferentes. Dessa
forma, ter-se-á uma melhor produção, se houver a separação desses animais
de forma mais homogênea possível, considerando as diferenças de sexo,
porte, raça, categoria e idade.
1.3.2.2 Recepção dos animais
Segundo o administrador da Comapi, responsável pela realização das
tarefas operacionais, é fundamental que o confinamento tenha uma equipe
muito bem preparada para lidar com o manejo dos animais que desembarcarão
na fazenda, e ainda contar com uma grande estrutura, contendo curral com
brete, balança, apartador, piquetes de espera, tanques com água e piqueteenfermaria, para tratar animais que chegam lesionados das viagens. O
planejamento e preparo para a recepção dos animais na entrada do
confinamento são alguns dos fatores que podem fazer diferença no resultado
final. Animais submetidos ao estresse de viagens perdem peso por
esvaziamento (urina e fezes), perda de água pela respiração e pela
desidratação dos tecidos musculares, e, tanto mais grave será esse
enxugamento, quanto maior a distância percorrida. É interessante desembarcar
os animais ao chegarem e permitir que descansem com bastante água e
alimento fresco. Dessa forma, responderão melhor aos procedimentos e aos
medicamentos. Agindo assim, estar-se-á minimizando o custo da recuperação
e adaptação ao confinamento, mantendo uma mesma base para medição do
peso de entrada de animais de procedências diversas, além de atender às
exigências de bons tratos aos animais.
22
1.3.2.3 Manejo dos animais
De acordo com o administrador, após o descanso e os animais já
recuperados, ocorre o processo de brincagem (aplicação de brincos nas
orelhas dos bois para sistema de rastreamento), pesagem e vermifugação no
brete, alimentando um banco de dados onde serão utilizadas informações na
saída dos animais, como, data de entrada, peso inicial e final, tempo confinado.
O curral tem sua estrutura toda planejada para trabalhar de forma que
não estresse os animais, como iluminação adequada, embarcador em forma de
zig-zag para o animal não ver o final, parafusos protegidos para não ferir os
animais.
1.3.2.4 Lotação dos piquetes e formação dos lotes da Comapi
Segundo o administrador da Comapi, a lotação dos piquetes é, sem
dúvida, mais um dos fatores de influência direta no resultado, sobre os quais se
deve ponderar o tamanho (volume) dos cochos de ração, capacidade dos
bebedouros, intempéries e estações do ano em que se realiza o confinamento
e a categoria dos animais que serão encerrados.
Animais mais jovens possuem capacidade de adaptação melhor que os
mais velhos. O tempo para completar a formação dos lotes não deve
ultrapassar sete dias, a fim de evitar conflitos e distúrbios sociais dentro do
grupo, além do fato de não ser interessante misturar animais não adaptados à
ração aos que já se adaptaram.
1.3.2.5 Leituras de cocho da Comapi
De acordo com o zootecnista da Comapi, na produção de um
confinamento, excluindo-se investimento na aquisição dos animais, a ração
23
representa aproximadamente 85% dos custos dessa operação, merecendo, por
isso, especial atenção por parte do gerente. Em tese, quanto mais ração o
gado consumir, maior será a produção, porém quem determina essa
quantidade de ração é o próprio animal. Induzir os animais a um maior
consumo, administrando a forma de distribuí-la ao longo do dia é o grande
desafio. Tanto a falta quanto o excesso de ração significam prejuízo
operacional. A meta, portanto, é conseguir servir a quantidade que satisfaça os
animais sem, no entanto, haver sobras ou desperdício.
1.3.2.6 Acompanhamento diário dos ganhos da Comapi
Segundo o nutricionista, observar o confinamento diariamente, em
horários variados, é importante para certificar-se de que está tudo bem. Podese utilizar a segunda e terceira leitura de cocho para esse fim e é essencial
estar com um bloco e caneta para anotações e ter em mãos um relatório que
mostre a situação atual dos lotes.
1.3.2.7 A fábrica de ração da Comapi
De acordo com o nutricionista, a fábrica de ração é o coração do
confinamento e deve ser administrada ciente da importância que tem no
processo. A fabricação correta das rações, com as misturas sendo preparadas
segundo as formulações, cumprindo o tempo certo das batidas, com os
ingredientes dentro dos padrões de qualidade estabelecidos, é primordial para
o sucesso do negócio.
A estrutura da fabrica é composta por boxes onde são armazenados
separadamente cada tipo de insumos e ainda conta com um misturador de
ração onde é feita a mistura dos ingredientes e conseqüentemente despejadas
dentro dos caminhões. Este mecanismo é controlado por operadores altamente
capacitados.
24
1.3.2.8 Mortes de animais da Comapi
De acordo com o administrador da Comapi, a morte de um animal
significa um investimento completamente perdido. Normalmente, estas
ocorrências não são em números significativos, embora mereçam sempre uma
especial atenção, para descobrir as causas e permitir um planejamento de
diminuição destas ocorrências.
1.4
Recursos Humanos
No atual estágio tecnológico, as máquinas e equipamentos, quando
operados por pessoas capazes e utilizados com racionalidade e dentro de um
plano estratégico, são eficientes meios que permitem potencializar a
capacidade do negócio para gerar riquezas. Caso contrário, se esse
equipamento for utilizado por pessoas inaptas ou adquirido sem um
planejamento estratégico, passará a ser um meio de potencializar a geração de
prejuízos. O equipamento é o mesmo, a diferença está nas pessoas por trás
dele.
Os funcionários ainda são, em grande parte, responsáveis diretos pelos
resultados de uma empresa, e garimpar no mercado essas pessoas capazes
que se comprometerão em impulsionar o negócio é um grande desafio para o
administrador. Afinal de contas, o seu próprio desempenho estará relacionado
à competência de sua equipe na execução das atividades.
No meio rural brasileiro, notadamente na pecuária, é muito comum ainda
encontrar funcionários com baixa escolaridade, o que não significa serem
pessoas descomprometidas com o sucesso. Uma vez descobertas e
contratadas as pessoas talentosas que comporão a equipe, caberá, então, ao
administrador investir nelas com aprimoramento de conhecimentos técnicos,
sem descuidar do desenvolvimento da competência pessoal, interpessoal e
mantê-las motivadas.
Conforme a Comapi (2008), cabe ao produtor:
25
a) avaliação constante de indivíduos, fora e dentro do confinamento, para a
descoberta de talentos;
b) estabelecer a cultura do confinamento, criando os Procedimentos
Operacionais Padrões - POP, com o detalhamento de cada atividade;
c) treinamento do gerente e da equipe;
d) instrução para o correto uso dos equipamentos;
e) examinar constantemente o desempenho dos funcionários, utilizando
ferramentas para avaliar a equipe;
f) descartar os indivíduos que não corresponderem às expectativas (a
permanência deles poderá prejudicar a equipe, pela tolerância e mau
desempenho);
g) estabelecer um bom programa de estágios e sempre atentar para a
descoberta de talentos.
1.4.1 Estrutura Organizacional
A estrutura organizacional projeta e organiza os relacionamentos dos
níveis hierárquicos e o fluxo das informações essenciais de uma organização,
formada por um agrupamento de pessoas com atividades voltadas a fim
especifico, orientadas por uma estância superior, porém sem necessidade de
delegação formal para atuar sobre o planejamento e gerenciamento dos
recursos a seu alcance.
Um confinamento envolve uma série de atividades e o acompanhamento
e controle constante destas é essencial para o progresso do empreendimento,
e conseguir estabelecer uma rotina de trabalho que possibilite esse
acompanhamento é o grande desafio para o gerente.
Compor uma equipe e delegar tarefas é inerente às atividades de
qualquer gerente e isto significa investir tempo em treinamentos e suporte aos
subordinados, para que o desenvolvimento das tarefas de cada um dentro
dessa estrutura seja realizado com sucesso, desenvolvendo o capital
intelectual e gerando maior motivação dentro do processo, fazendo com que o
objetivo da empresa seja atingido.
26
Toda a estrutura é de responsabilidade do gerente, como desenvolver e
acompanhar as atividades, fazendo com que o processo seja realizado com
eficiência.
Conforme o que foi informado pelo gerente administrativo da Comapi, a
estrutura organizacional encontra-se conforme o quadro 1.
1 FUNCIONÁRIO
ADMINISTRAÇÃO
1 FUNCIONÁRIO
SISTEMA DE GADO
1 FUNCIONÁRIO
RASTREABILIDADE
1 FUNCIONÁRIO
CONTROLE DE INSUMOS
1 FUNCIONÁRIO
BALANÇA/ AUXILIAR ADMINISTRATIVO
PÁ L-50
1 FUNCIONÁRIO
OPERADORES MÁQUINAS
CAMINHÃO TRATO
1 FUNCIONÁRIO
TRATO DOS PIQUETES
PAINEL MISTURADOR
2 FUNCIONÁRIOS
MISTURA RAÇÃO
TRITURADOR MILHO
1 FUNCIONÁRIO
FUBÁ DE MILHO/ LIMPEZA BARRACÃO
NÚCLEO
3 FUNCIONÁRIOS
MISTURA NÚCLEO/ LIMPEZA BARRACÃO
SERVIÇOS GERAIS
2 FUNCIONÁRIOS
DESTOCA CANA/ DESCARGA INSUMOS
MANEJO GADO
10 FUNCIONÁRIOS
CURRAL/ LINHA DOS PIQUETES
LIMPAR COCHOS
2 FUNCIONÁRIOS
LINHA DOS PIQUETES
ADMINISTRATIVO
Fonte: Comapi Agropecuária Ltda, 2008
Quadro 1: Área/ Funcionários/ Funções
1.5
Certificação da Qualidade
Com um mercado mais exigente e competitivo no setor da carne, as
empresas devem buscar na qualidade, um diferencial para atingir os mercados
mais exigentes do mundo.
A preocupação dos consumidores, pelo mundo, é garantir a qualidade
de produtos destinados ao consumo humano, e assim, a missão da GlobalGAP (a sigla GAP quer dizer Good Agricultural Practices, que traduzida para o
27
português significa boas práticas agrícolas) é desenvolver padrões e
procedimentos para a Certificação total de Boas Práticas Agrícolas aceitas
universalmente.
A versão IFA (Integrated Farm Assurance, ou Garantia Integrada da
Fazenda), dirigida à produção pecuária, surgiu no ano 2000.
A Comapi Agropecuária LTDA, estando dentre os maiores confinadores
de gado do Brasil, sempre buscou a Qualidade Total em seus produtos, e não
poderia deixar de ser assim na produção pecuária.
Para atender a clientes com níveis elevados de exigência, a Comapi
procurou a Certificação Eurepgap, hoje denominada Global GAP, entidade que
reúne os maiores varejistas de alimentos da Europa.
Após passar por uma série de auditorias internas que avaliam desde a
entrada do gado, manejo, até o seu transporte final, além de ações que visam
reduzir o impacto ambiental da atividade e proporcionar bem-estar aos
funcionários, a empresa recebeu a Certificação.
Dentre os pontos positivos destacados pela auditoria, destacam-se o
bem-estar animal e o sistema de gerenciamento de informações, onde se inclui
a rastreabilidade, que garante o acompanhamento da vida do gado e um rígido
controle sanitário.
1.6
Fornecedores de matéria-prima - gado
Os fornecedores de matéria prima para abastecer ao confinamento da
Comapi
na
fazenda
Flórida
na
cidade
de
Guaiçara
encontram-se
aproximadamente 95% deles fora do Estado de São Paulo, isso ocorre devido
a instabilidade do mercado, decorrente da invasão de outras agriculturas como
por exemplo a cana de açúcar.
Para se ter uma idéia, um alqueire de cana da um retorno de
aproximadamente R$ 1.200,00 a R$ 1.400,00 ao pecuarista, enquanto que a
mesma área para se confinar gado da um retorno de aproximadamente R$
400,00 a R$ 500,00. Este fator fez com que muitos pecuarista parassem de
criar recriar e engordar animais para cultivar ou arrendar suas propriedades
28
para fornecer cana as varias usinas sucroalcooleiras existentes no Estado de
São Paulo.
Uma estratégia adotada pela Comapi foi adquirir fazendas nos Estados
de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul para comprar e estocar os animais e
conseqüentemente emigrar os mesmos para o confinamento no período de
engorda. Os outros 5% restantes são comprados dentro do Estado de São
Paulo de pecuaristas diversos.
1.7
Preocupação com a qualidade
Os compradores de gado para abastecer o confinamento são
experientes no ramo e muito bem instruídos a realizarem as compras conforme
um padrão de qualidade estabelecido pelos administradores do confinamento.
Em princípio são procurados lotes de animais com um padrão igualado e que
futuramente estes animais darão um acabamento de carcaça desejado. Os
pontos avaliados dos animais são: procedência, carcaça, idade e a estrutura de
forma geral.
Com a experiência, os compradores já conseguem dizer se certos
animais magros conseguiram atingir um ganho de peso esperado, para evitar
prejuízo com o consumo de ração e não ter o retorno esperado sobre esse
animal.
29
CAPITULO II
GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL NO CONFINAMENTO
2
CONFINAMENTO
Confinamento é o sistema de criação de bovinos em que lotes de
animais passam por uma etapa de engorda em piquetes ou currais com área
restrita, e onde os alimentos e água necessários são fornecidos em cochos. É
mais propriamente utilizado para a terminação de bovinos, que é a fase da
produção que imediatamente antecede o abate do animal, ou seja, envolve o
acabamento da carcaça que será comercializada. A qualidade da carcaça
produzida no confinamento é dependente de um bom desempenho obtido na
fase de cria e recria. Bons produtos de confinamento são obtidos a partir de
animais sadios, fortes, com ossatura robusta, bom desenvolvimento muscular
(quantidade de carne) e gordura suficiente para dar sabor à carne e
proporcionar boa cobertura da carcaça. (EMBRAPA..., 2000)
2.1
Vantagens de um confinamento
De acordo com o gerente geral da Comapi, as vantagens de um
confinamento para um pecuarista são de terminar os animais de forma rápida,
agilizar o processo de comercialização e aliviar os pastos, permitindo novas
aquisições de animais, e assim, permitindo um giro mais adequado,
melhorando os índices da propriedade. A atividade de confinamento consegue
proporcionar um animal com melhor acabamento e que atinge os padrões de
exportação da União Européia e demais paises. A vantagem está na
formulação da dieta, uma vez em que este processo consegue agregar peso e
gordura, em um curto período de tempo. Em média, um animal engorda 2,133
kg por dia em regime de confinamento.
30
Sob o aspecto econômico, o confinamento permite o trato de um grande
número de animais com bom ganho de peso, agregando valores com baixo
custo de mão de obra. Outro aspecto importante é o aproveitamento de rações
produzidas na propriedade, normalmente com baixo custo e que se
transformam em arrobas de boi.
2.2
O confinamento como deve ser
Segundo o zootecnista responsável pelo confinamento, as instalações
para o confinamento de bovinos de corte devem ser bastante simples, eficazes
e funcionais, visando, principalmente, às dificuldades ainda existentes no Brasil
para a prática.
Uma vez que grande parte dos custos da engorda em confinamento é
referente à alimentação, é importante que este esteja localizado em área ou
região onde a alimentação esteja disponível com fartura, especialmente
quando o proprietário depende da aquisição de alimentos. A facilidade para
aquisição e venda de animais é outro fator a ser considerado na escolha do
local para o confinamento.
Dentro da propriedade rural, a área para a instalação da engorda
confinada deve ser retirada, evitando áreas vizinhas a rodovias ou com grande
movimentação. Isso evita contaminações, furtos e estresse nos animais.
Fontes de água farta e limpa e de energia elétrica também devem ser
consideradas na escolha do local.
Na confecção do projeto para locação do confinamento, é recomendável
que as instalações sejam planejadas de forma ampla e global. A construção ou
implementação poderá ser feita em módulos ou etapas, mas é interessante
que, desde o início sejam previstas todas as áreas e possíveis ampliações, em
qualquer dos setores. Áreas muito planas e declives em excesso devem ser
evitadas para que não haja complicações em dias de muita chuva, assim como
a proximidade a córregos e rios, que podem ser facilmente contaminados com
dejetos do confinamento, e áreas com ventos canalizados, pois, no caso de
haver vilas ou cidades próximas, seus habitantes poderão ser molestados pelo
31
odor dos animais e das fezes.
O projeto global para o confinamento deve incluir um centro de manejo
dos animais, área para produção e preparo dos alimentos, área para os
piquetes de engorda e instalações de gerência. Na área dos piquetes de
engorda, o projeto deve prever estruturas para coleta de fezes e urina (canais
de drenagem, tanques de sedimentação etc.), para o controle da poluição. Na
área de plantio de alimentos, prever estruturas de conservação do solo e da
água, como curvas de nível e terraços, importantes para o manejo e
conservação do solo.
O centro de manejo destina-se à recepção e preparo dos animais que
entrarão no confinamento. Deve ter curral com brete, balança e apartador;
piquetes de espera e poços com água e piquetes-enfermaria. Servirá ainda
para vacinações, pesagens intermediárias e finais e embarque do gado para
abate.
As áreas de alimentação incluem locais para produção de alimentos
(milho, capineiras, lavouras), armazenamento e conservação (sacaria, fenos,
silos graneleiros e forrageiros), preparo dos alimentos (galpão para misturador,
moedor, picador e balança) e depósito para máquinas e equipamentos
(tratores, carretas).
As instalações de gerência compreendem um escritório e seus
equipamentos, como telefone/ rádio, computador, arquivos, para catalogação
das fichas de controle de compra, venda e produção de insumos e animais,
dados de desempenho dos lotes confinados, consumo de alimentos e
combustíveis, utilização de mão-de-obra e outros.
É de extrema importância também ter uma área destinada para uma
pequena farmácia, contendo as vacinas necessárias, os produtos de rotina no
manejo sanitário dos animais e alguns medicamentos e instrumental
estratégico para combate imediato a alguma ocorrência extraordinária, tais
como intoxicações e empanzinamento. Ressaltando que é extremamente
importante que tudo citado acima esteja sempre muito bem organizado e
identificado.
Cada um dos currais ou piquetes de engorda deve ter área suficiente
para conter o número de cabeças desejado em um lote. O tamanho dos lotes
será ditado pelo número total de cabeças que se planeja confinar, pela
32
facilidade ou dificuldade de se obterem animais homogêneos e determinado
número de animais numa mesma ocasião.
Se o confinador é o próprio fazendeiro, que faz a cria e recria dos
animais, os lotes poderão ter tantas cabeças quantos forem os animais
possíveis de entrar no confinamento num mesmo dia (por exemplo, um lote
com os animais desmamados em fevereiro e outro para os desmamados em
maio; um lote para os animais cruzados, outro para os de raça pura). O
importante é ter em cada curral ou piquete um grupo homogêneo de animais,
pois isso favorece o desempenho, permite o uso de rações mais apropriadas
àquele lote particular, possibilita melhor controle da produção e assim melhor
eficiência do processo. Com base nos dados colhidos sobre cada lote, será
possível aprimorar o processo de planejamento para os anos seguintes.
O zootecnista afirma ainda que os piquetes do confinamento, conduzido
durante a época seca do ano, pode requerer 12 metros quadrados/ cabeça a
15 metros quadrados/ cabeça, sendo recomendado que o piso tenha uma
metragem pavimentada (concreto) próximo ao cocho para que não haja
atolamento dos animais em dias de chuva na hora da alimentação, e o restante
do piquete podendo ser de chão batido com uma declividade mínima de 3%.
Em regiões mais chuvosas e, portanto, mais sujeitas à formação de lama nos
currais (a lama é prejudicial ao desempenho dos animais), a área por cabeça e
a declividade deverão ser maiores (até 50 metros quadrados/ cabeça e 8% de
declividade). Neste caso, ainda deverão ser feitas calçadas, com cascalho ou
concreto, ao longo dos cochos, com 1,8 metros a 3 metros de largura, ou
mesmo telhado sobre os cochos (pé direito com 3 metros).
2.3
Conceito de Qualidade Total
Qualidade Total é uma técnica de administração multidisciplinar formada
por um conjunto de Programas, Ferramentas e Métodos, aplicados no controle
do processo de produção das empresas, para obter bens e serviços pelo
menor custo e melhor qualidade, objetivando atender as exigências e a
satisfação dos clientes. (WIKIPEDIA..., 2008)
33
2.3.1 Evolução da qualidade
A qualidade tem existido desde os tempos em que os chefes tribais, reis
e faraós governavam. Inspetores aceitavam ou rejeitavam os produtos se estes
não cumpriam as especificações governamentais. O movimento da qualidade
tem contribuído de forma marcante até os dias atuais na obtenção das
vantagens competitivas junto às empresas, passando por algumas etapas.
(ADMINISTRADORES..., 2005)
a) 1ª etapa (1900) - CONTROLE DA QUALIDADE PELO OPERADOR Um trabalhador ou um grupo pequeno era responsável pela fabricação
do produto por inteiro, permitindo que cada um controlasse a qualidade
de seu serviço.
b) 2ª etapa (1918) - CONTROLE DA QUALIDADE PELO SUPERVISOR Um supervisor assumia a responsabilidade da qualidade referente ao
trabalho da equipe, dirigindo as ações e executando as tarefas onde
fosse necessário e conveniente em cada caso.
c) 3ª etapa (1937) - CONTROLE DA QUALIDADE POR INSPEÇÃO - Esta
fase surgiu com a finalidade de verificar se os materiais, peças,
componentes, ferramentas e outros estão de acordo com os padrões
estabelecidos. Deste modo seu objetivo é detectar os problemas nas
organizações.
d) 4ª etapa (1960) - CONTROLE ESTATÍSTICO DA QUALIDADE - Esta
etapa ocorreu através do reconhecimento da variabilidade na indústria.
Numa produção sempre ocorre uma variação de matéria-prima,
operários, equipamentos etc. A questão não era distinguir a variação e
sim como separar as variações aceitáveis daquelas que indicassem
problemas. Deste modo surgiu o Controle Estatístico da Qualidade, no
sentido de prevenir e atacar os problemas. Surgiram também as sete
ferramentas
básicas
da
qualidade
na
utilização
da
produção:
Fluxograma, Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Diagrama de
Causa e Efeito, Histograma, Diagrama de Dispersão e Carta de
Controle. Esta etapa permaneceu restrita às áreas de produção e a nível
34
de chão de fábrica, se desenvolveu de forma lenta e é aplicada nas
organizações até os dias de hoje.
e) 5ª etapa (1980) - CONTROLE DA QUALIDADE - A qualidade passou de
um método restrito para um mais amplo, o gerenciamento. Mas ainda
continuou com seu objetivo principal de prevenir e atacar os problemas,
apesar de os instrumentos se expandirem além da estatística, tais como:
quantificação
dos
custos
da
qualidade, controle
da
qualidade,
engenharia da confiabilidade e zero defeitos.
Segundo Campos (2005), a qualidade passa para outra etapa, a Visão
Estratégica Global, com o objetivo da sobrevivência da empresa e
competitividade em termos mundiais para atender as grandes transformações
que vêm ocorrendo no mercado. Hoje muitas organizações estão divulgando a
melhoria da qualidade, como a JUSE (União Japonesa de Cientistas e
Engenheiros), a ASQC (Sociedade Americana para o Controle de Qualidade), a
EOQC (Organização Européia para o Controle da Qualidade), a IAQ (Academia
Internacional para a Qualidade). Diversas universidades fundaram centros para
estudarem a melhoria da qualidade: Universidade de Miami, de Wisconsin, de
Tennessee e a Fordham, e o Centro para Estudo de Engenharia Avançada do
MIT (Ministery of Industry and Trade). Surgiram, assim, muitos consultores
envolvidos em abordagem para a melhoria da qualidade.
2.3.2 Ferramentas do Controle de Qualidade
Estas são utilizadas com a finalidade de definir, mensurar, analisar e
propor soluções para os problemas que interferem no bom desempenho dos
processos de trabalho. As ferramentas de controle da qualidade são técnicas a
serem utilizadas na aplicação da Metodologia de Solução de Problemas. Tem
como finalidade definir, analisar, mensurar e propor soluções para os
problemas que interferem no bom desempenho dos processos de trabalho,
porém deve-se ter cuidado na escolha da ferramenta adequada para analisar e
resolver um determinado problema, pois cada ferramenta tem uma finalidade.
35
As 7 ferramentas da qualidade são: (KUME..., 1995)
a) Folha de Verificação
b) Estratificação
c) Histograma
d) Gráfico de Pareto
e) Diagrama de Causa e Efeito
f) Carta de Controle
g) Diagrama de Correlação
2.3.2.1
Folha de Verificação
As folhas de verificação são tabelas ou planilhas usadas para facilitar a
coleta e análise de dados. O uso de folhas de verificação economiza tempo,
eliminando o trabalho de se desenhar figuras ou escrever números repetitivos.
Além disso, elas evitam comprometer a análise dos dados. É uma das sete
ferramentas da qualidade. (WIKIPEDIA..., 2008)
Estes formulários são usados para padronizar e verificar resultados de
trabalho, ou para verificar e coletar dados.
As folhas de verificação para a coleta e organização de dados são
também chamadas Folhas de dados. Na solução de problemas, as ações
tomadas devem ser baseadas em cima de dados, de forma que o problema
possa ser claramente definido.
Para isso, devem-se incluir nas Folhas de Verificação os seguintes itens.
(CROSBY..., 1994)
a) O objetivo da verificação (por quê?);
b) Os itens a serem verificados (o que?);
c) Os métodos de verificação (como?);
d) A data e a hora das verificações (quando?);
e) A pessoa que faz a verificação (quem?);
f) Os locais e processos das verificações (onde?);
g) Os resultados das verificações;
h) A seqüência da inspeção.
36
2.3.2.2 Estratificação
É o processo de classificar os dados em subgrupos baseados em
características ou categorias. Estratificar é dividir as informações (dados) em
grupos (ou estratos), constituindo-se numa ferramenta para a busca das
causas ou origens de um problema. Os dados devem ser agrupados por
tempo, local, tipo, sintoma ou outros fatores. A estratificação é fundamental
para a construção de uma outra ferramenta da qualidade, o Gráfico de Pareto.
(CROSBY..., 1994)
2.3.2.3 Histograma
É um gráfico de barras que é usado para organizar muitos dados. O eixo
horizontal mostra os valores da característica do efeito (problema), com a
região entre o maior valor e o menor valor, sendo subdividido em vários
espaços. (MARTINS..., 2001)
Um histograma é uma ferramenta de análise e representação de dados
quantitativos, agrupados em classes de freqüência que permite distinguir a
forma, o ponto central e a variação da distribuição, alem de outros dados como
amplitude e simetria na distribuição dos dados.
Os histogramas podem ser classificados de acordo com algumas
características:
a) O “histograma simétrico” ou de “distribuição normal” apresenta uma
freqüência mais alta no centro e que vai diminuindo conforme se
aproxima
das
bordas.
Ele
representa
processos
estáveis
e
padronizados.
b) O “histograma assimétrico” quando apresenta apenas um ponto mais
alto (pico), geralmente, representa uma situação onde a característica
de qualidade possui apenas um limite de especificação e é controlado
durante todo o processo.
37
c) O histograma chamado de “despenhadeiro”, ocorre quando foram
eliminados dados o que corresponde ao “corte” na figura, dando a
aparência de que o histograma está incompleto.
d) O “histograma com dois picos” costuma acontecer quando há uma
mistura de dados diferentes. Por exemplo, a análise de dois tipos de
matérias-primas diferentes.
e) O histograma do tipo “platô” ocorre quando há diversas misturas de
distribuições com médias diferentes.
f) E, o histograma do tipo “ilha isolada” ou “retângulos isolados”,
representa uma situação onde certamente houve alguma anormalidade
no processo decorrente de alguma falha, erro de medição, etc.
O histograma faz parte das ferramentas básicas da qualidade que
podem ser aplicadas em situações menos complexas, quando se faz
necessário o uso das ferramentas gerenciais.
2.3.2.4 Diagrama de Pareto
O diagrama criado pelo economista italiano Vilfredo Pareto, no século
XIX, é uma das sete ferramentas básicas da qualidade e constitui-se num
gráfico que é utilizado para identificar quais os itens ou causas de perdas que
devem ser sanadas, também quais são responsáveis pela maioria das perdas.
O diagrama de Pareto, que teve importantes contribuições de Juran (um
dos importantes teóricos do gerenciamento de qualidade), baseia-se no
princípio de que a maioria das perdas tem poucas causas, ou, como foi dito por
Juran “poucas são vitais, a maioria é trivial”. (FARIA..., 2008)
Através do Diagrama, que pode ser aplicado seguindo-se alguns passos
básicos, é possível ter uma idéia clara da relação entre causas e problemas a
fim de priorizar a ação que trará melhor resultado.
Conforme Faria, as etapas são as seguintes:
a) Determinar o objetivo do diagrama, ou seja, que tipo de perda se quer
investigar;
38
b) Definir o aspecto do tipo de perda, ou seja, como os dados serão
classificados;
c) Em uma tabela, ou folha de verificação, organizar os dados com as
categorias do aspecto que se definiu;
d) Fazer os cálculos de freqüência e agrupar as categorias que ocorrem
com baixa freqüência sob a denominação “outros”, calculando também o
total e a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado;
e) Traçar o diagrama.
O Diagrama de Pareto tem como objetivo identificar quais causas devem
ser “atacadas” primeiro ou que surtirão melhores resultados, no entanto, devem
ser verificadas diversas classificações até a construção do diagrama final e
problemas ou causas muito complexas devem ser estratificadas a fim de
garantir a eficácia do método.
2.3.2.5 Diagrama de Causa e Efeito
O Diagrama de Causa e Efeito ou espinha de peixe é uma técnica
largamente utilizada, que mostra a relação entre um efeito e as possíveis
causas que podem estar contribuindo para que ele ocorra, sendo utilizado para
visualizar, em conjunto, as causas principais e secundárias de um problema.
(SEBRAE..., 2005)
Construído com a aparência de uma espinha de peixe, essa ferramenta
foi aplicada, pela primeira vez, em 1953, no Japão, pelo professor da
Universidade de Tóquio, Kaoru Ishikawa, para sintetizar as opiniões de
engenheiros de uma fábrica quando estes discutem problemas de qualidade.
Investiga os efeitos produzidos por determinadas categorias de causas.
O diagrama é composto por uma linha central com ramificações na parte
superior e inferior. O efeito, ou seja, o problema, é anotado na extremidade
direita da linha central e as diversas categorias de causas de problemas
(material,máquina,medida,mão-de-obra,
método
e
meio
ambiente)
são
anotadas nas extremidades das ramificações que são levemente inclinadas
39
para o lado esquerdo, dando-lhe um aspecto de espinha de peixe, nome pelo
qual é também conhecido.
Fonte: Manual de Ferramentas da Qualidade – SEBRAE (2005)
Figura 1: Modelo do Diagrama de Causa e Efeito
2.3.2.6 Cartas de Controle
A carta de controle é usada para determinar a estabilidade de um
processo e para mantê-lo estável.
Na aplicação, registram-se dados de um determinado período de tempo
numa carta de controle; analisa-se o processo procurando por pontos fora dos
limites de controle ou procurando por tendências; efetuam-se ações no
processo para controlar vários fatores; faz-se pesquisa para verificar se o
processo foi estabilizado após uma atividade de melhoria, e mantém-se o
processo estável.
40
Se a estratificação é feita para solução de problemas enquanto cartas de
controle são utilizadas, essas cartas podem ser eficazes em facilitar as
atividades de solução de problemas. (BARBOSA..., 2007)
2.3.2.7 Diagrama de Correlação
É um Gráfico onde pontos de dois conjuntos de dados que compartilham
de alguma dependência são colocados num gráfico. É um instrumento que
permite saber se os dois conjuntos de dados são correlacionados, saber o grau
da correlação, e encontrar causas que devem ser controladas e melhoradas.
Para descobrir e efetuar melhorias, às vezes é necessário entender a
relação entre dois conjuntos de dados. Por exemplo: (MARTINS..., 2001)
a) Entre causas e efeitos;
b) Entre diferentes causas;
c) Entre diferentes efeitos.
2.4
A Certificação GLOBALGAP
Certificação é um procedimento para alcançar padrões que asseguram a
qualificação de profissionais e a qualidade e a funcionalidade de produtos ou
serviços.
A certificação de uma empresa consiste no reconhecimento formal por
um Organismo de Certificação - entidade externa independente e acreditada de
que essa organização dispõe de um sistema de gestão implementado que
cumpre as normas aplicáveis, dando lugar à emissão de um certificado.
A implementação de um sistema de gestão da qualidade e a sua
posterior
certificação
representa
um
diferencial
para
a
empresa,
proporcionando o reconhecimento e satisfação dos seus clientes, melhoria da
imagem, acesso a novos mercados, redução de custos de funcionamento
através da melhoria do desempenho operacional e uma nova cultura com a
41
sensibilização e motivação dos colaboradores. (PORTAL DA EMPRESA...,
2008)
2.4.1 Implantação da certificação
A Certificação GLOBALGAP está rapidamente se tornando um prérequisito para que os produtores do mundo inteiro possam fornecer produtos
para os mercados europeus: as Normas GLOBALGAP são o mecanismo
encontrado pelas redes varejistas da Europa para assegurar a qualidade dos
produtos agropecuários destinados ao consumo humano. (IGCERT..., 2006)
Os tipos de certificação que a GLOBALGAP oferece são: Individual,
onde a Certificadora autorizada pela GLOBALGAP realiza uma auditoria na
propriedade; e por Grupo de Produtores (associações, cooperativas, etc.) a
Certificadora autorizada pela GLOBALGAP realiza a auditoria do Sistema de
Gestão da Qualidade do Grupo de Produtores e em seguida realiza, por
amostragem, auditorias de certificação nas propriedades. (IGCERT..., 2006)
Os documentos utilizados para fazer as inspeções e auditorias nas
fazendas constituem do “Regulamento Geral”, que especifica todo o processo
de certificação, “Pontos de Controle e Critérios de Cumprimento – PCCC”, que
contém os requisitos que precisam ser cumpridos para obter a certificação e
também as explicações para cada requisito e a “Lista de verificação”, contendo
novamente todos os requisitos que precisam ser cumpridos. (IGCERT..., 2006)
Os produtores que fornecem para varejistas na Comunidade Européia
devem estar cientes das exigências, mas a adoção das Normas GLOBALGAP
é voluntária.
O primeiro passo para certificar a fazenda é obter os documentos
normativos e implementar a Norma conforme Pontos de Controle dos módulos
adequados. No segundo passo deve-se fazer uma avaliação interna para
verificar o cumprimento dos Pontos de Controle e corrigir as nãoconformidades, caso estas sejam encontradas. O último passo consiste em
entrar em contato com o órgão responsável pela certificação e registrar-se na
GLOBALGAP e solicitar a auditoria de certificação. (IGCERT..., 2006)
42
Após a auditoria com base nos Pontos de Controle a serem cumpridos
na propriedade, emite-se um relatório de avaliação com as não conformidades
detectadas e o prazo para as ações corretivas, se necessário. Caso não sejam
detectadas não-conformidades ou as devidas ações corretivas tenham sido
aplicadas, o certificado GLOBALGAP será emitido.
Por exemplo, um produtor de bovinos para abate deve solicitar a
certificação na norma IFA e cumprir os módulos Base de Fazenda, Base de
Animais e Módulo de Bovinos e Ovinos.
Existem 3 níveis de Pontos de Controle: (IGCERT..., 2006)
a) Obrigações Maiores: é obrigatório o cumprimento de 100% dos pontos
que forem aplicáveis;
b) Obrigações Menores: é obrigatório o cumprimento de 90% dos pontos
que forem aplicáveis (95% para Frutas, Verduras e Legumes);
c) Recomendações: Os Pontos “Recomendados” serão inspecionados pelo
órgão responsável pela certificação, mas seu cumprimento não é
obrigatório para obtenção do certificado GLOBALGAP.
O certificado deve ser validado anualmente. Para isto deve ser solicitada
uma auditoria à Certificadora. As auditorias são realizadas de acordo com o
referencial normativo previamente estabelecido pela GLOBALGAP. A equipe
de auditoria procurará evidências do cumprimento dos requisitos normativos
aplicáveis, bem como da capacidade da entidade auditada (fazendas) em
satisfazer os requisitos dos clientes. Todos os produtores ou grupos de
produtores estão sujeitos a auditorias-surpresa. Isto ocorre porque a
GLOBALGAP exige que as Certificadoras realizem anualmente 10% de
auditorias não-anunciadas. Portanto existe a possibilidade da propriedade ser
auditada mais de uma vez ao ano.
2.4.2 Vantagens da certificação
A
GLOBALGAP
produtores:
(EUREPGAP)
oferece
diversos
benefícios
aos
43
2.4.2.1 Redução dos riscos de Segurança Alimentar na Produção Primária
Global
a) Incentivando o desenvolvimento e a adoção de esquemas nacionais e
regionais de garantia da produção (farm assurance schemes);
b) Clara avaliação de riscos baseada nos princípios HACCP, focando o
consumidor e a cadeia alimentar;
c) Plataforma técnica de comunicação para a melhoria contínua e a
transparência de consultas ao longo de toda a cadeia alimentar.
2.4.2.2 Redução do Custo da Conformidade
a) Evitando múltiplas auditorias em explorações com diferentes produtos,
através da realização de uma única auditoria conjunta;
b) Evitando a proliferação de exigências por parte dos compradores uma
vez que os membros GLOBALGAP (EUREPGAP) Retalhistas e
operadores de “Food Service” comprometeram-se no sentido de
privilegiar operadores aprovados pelo GLOBALGAP (EUREPGAP) como
seus fornecedores;
c) Evitando o excesso de carga reguladora através da adoção, pela
indústria, de uma postura pró-ativa;
d) Os produtores escolhem organismos de certificação estritamente
regulados pela GLOBALGAP (EUREPGAP).
2.4.2.3 Aumento da integridade dos Esquemas de Garantia da Produção a
nível mundial ao:
a) Definir e pôr em prática um nível aceitável comum de competência dos
auditores;
44
b) Definir e pôr em prática um nível aceitável comum de transmissão da
informação;
c) Definir e pôr em prática um nível aceitável comum de atuação
relativamente a não conformidades;
d) Harmonizar a interpretação dos critérios de cumprimento.
2.5
Países com Certificação GLOBALGAP
Fonte:globalgap.org
Figura 2: Mapa dos países certificados
45
Argentina
Dominican
Republic
Ecuador
Australia
Egypt
Macedonia
Slovakia
Áustria
Ethiopia
Madagascar
Slovenia
Belarus
France
Malaysia
South Africa
Belgium
Germany
Mali
Spain
Bosnia/Herzegovina Ghana
Malta
Sri Lanka
Brazil
Greece
Martinique
Swaziland
Burkina Faso
Guatemala
Mexico
Sweden
Cameroon
Guinea
Moldova
Switzerland
Canadá
Honduras
Morocco
Tanzania
Chile
Hungary
Namibia
Thailand
China
India
Netherlands
Tunisia
Colombia
IndonesiaIran
New Zealand
Turkey
Costa Rica
Ireland
United Kingdom
Côte d'Ivoire
Israel
Croatia
Italy
Norway
Palestinian
Territories
Panama
Cuba
Jamaica
Peru
Venezuela
Cyprus
Japan
Poland
Vietnam
Czech Republic
Jordan
Portugal
Zambia
Denmark
Kenya
Puerto Rico
Zimbabwe
Albânia
Korea (South)
Romania
Lithuania
Senegal
Fonte:globalgap.org
Tabela 1: Ralação de países certificados
United States
Uruguay
46
CAPÍTULO III
A PESQUISA
3
INTRODUÇÃO
Com o atual desenvolvimento das organizações, uma das grandes
vantagens esta na preocupação com a qualidade, onde atrair e manter clientes
é atualmente, uma tarefa muito difícil.
Com isso, as empresas precisam buscar diferenciais competitivos para
se destacarem perante seus clientes, na tentativa de atraí-los e mantê-los, o
que nos dias de hoje, com a concorrência tornou-se tarefa difícil.
A pesquisa de campo foi realizada no período de fevereiro a outubro de
2008, com o objetivo de verificar a importância da gestão da qualidade no
confinamento como um diferencial competitivo na busca de um melhor produto
final, e também a finalidade de abordar a importância da implantação da
certificação GLOBALGAP na gestão da qualidade no confinamento na
Empresa Comapi Agropecuaria Ltda, Fazenda Flórida, divisão agropecuária,
localizada na cidade de Guaiçara na estrada Vicinal Guaiçara/ SP 300 – Zona
Rural. O assunto pesquisado abordou a gestão da qualidade com ênfase na
padronização de tarefas nos processos diários através da certificação
GLOBALGAP.
Com a realização da pesquisa foi possível foi conhecer as estratégias
utilizadas pela Comapi quanto às questões de qualidade; a evolução e as
vantagens ao implantar a certificação GLOBALGAP no processo do
confinamento; as ferramentas da qualidade utilizadas pela empresa Comapi
Ltda.
Para a realização desta pesquisa foram utilizados os seguintes métodos:
Estudo de caso: Foi realizado estudo de caso na Comapi Agropecuária
Ltda. analisando os aspectos voltados à Qualidade Total. Serão entrevistados
os seguintes profissionais: Coordenador do confinamento, Zootecnista e
Supervisor Geral.
47
Método de observação sistemática: Foram observados, analisados e
acompanhados todos os aspectos que envolvem a Gestão da Qualidade, assim
como suas ferramentas como suporte para o desenvolvimento de Estudo de
Caso.
Método histórico: Foram observados os dados e evolução da história da
Comapi - Divisão Agropecuária referente à Qualidade Total, como suporte para
desenvolvimento do estudo de caso.
Para aplicação dos métodos utilizaram-se das seguintes técnicas:
Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)
Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)
Roteiro do Histórico da empresa Comapi Ltda. (Apêndice C)
Roteiro de entrevista para o Coordenador do Confinamento (Apêndice D)
Roteiro de entrevista para o Supervisor Geral (Apêndice E)
Roteiro de entrevista para o Zootecnista (Apêndice F)
Outros Registros: dados ilustrativos.
As facilidades encontradas para a realização da pesquisa foram: o fácil
acesso aos profissionais da área que auxiliaram no entendimento do assunto,
abertura dos proprietários quanto às informações para uma pesquisa livre e
aprofundada.
3.1
Relato do trabalho realizado referente à Gestão da Qualidade Total no
confinamento
Seguem abaixo, as etapas que fazem parte do trabalho da Gestão da
Qualidade Total no confinamento realizado na empresa Comapi Ltda.
3.1.1 O confinamento da Comapi e suas características próprias
O confinamento de bovinos é caracterizado como sendo um sistema de
produção, em que lotes de animais são agrupados em piquetes ou currais com
área restrita, tendo acesso aos alimentos e água através de cochos e
48
bebedouros. Assim, o confinamento pode ser utilizado estrategicamente para
todas as categorias do rebanho, embora seja mais comumente aplicado à
terminação de bovinos e fornecimento exclusivo ao frigorífico Bertin S/A.
O confinamento utiliza-se do trabalho de engorda de bovinos em época
de entressafra (junho a outubro), período em que não há chuva e,
conseqüentemente, não se consegue obter bovinos terminados para o abate
com o peso adequado, em virtude da falta de boas pastagens.
Assim, a empresa vê o confinamento como uma necessidade para o
abastecimento do frigorífico, procurando reduzir os custos de aquisição do
gado para o abate e não depender de terceiros para o andamento do mesmo.
Os animais que vão para os cochos no confinamento são animais que já
estão semi-prontos para o abate, tendo sua terminação em um período de 90
dias. Para que este ciclo ocorra com eficiência e eficácia, todos os elos da
cadeia produtiva da empresa devem estar inteiramente integrados.
3.1.2 1ª ETAPA – Aquisição e preparo dos bovinos
Quando as atividades do confinamento estão próximas de seu início,
começa o abastecimento do mesmo. No decorrer do ano, os compradores
ficam atentos às boas oportunidades que surgem. Os animais adquiridos,
sejam eles fora da época do confinamento, são alojados em arrendamentos
que a empresa possui, sendo assim, consegue-se atender a capacidade
máxima do confinamento em todas suas etapas.
Esses animais vêm de vários criatórios espalhados pelo Brasil, e em
muitos lotes, quando comprados, têm-se uma média de 10 % de animais que
não atingem as exigências para o confinamento, mas não deixam de ser
comprados
para
não
perder
esses
animais
para
concorrentes,
e
posteriormente, eles são selecionados e recebem um tratamento diferenciado,
para que consigam atingir o padrão exigido de abate que é de 500 Kg, pois o
confinamento trabalha com um ganho de no mínimo 110 Kg no período de 90
dias. Ao chegarem no confinamento, os animais são selecionados em lotes,
sempre priorizando a ordem, idade, raça, e sexo. Após este procedimento, os
49
mesmos são pesados e brincados na orelha direita, com o brinco fornecido
pelo Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e
Bubalinos (SISBOV). São aplicadas as vacinas de vermífugo e carbúnculo e
são soltos em seus respectivos piquetes, lembrando que, quando os bovinos
são adquiridos durante a campanha da vacina aftosa que ocorre no mês de
maio e novembro, os animais têm que vir vacinados.
Durante esse período, os animais passam por análises por meio das
quais se faz uma amostragem do ganho de peso diário dos bovinos de 30 em
30 dias, pegando apenas 10 por cento do lote de forma aleatória, para poder
tirar uma média do peso do restante do lote, pegando apenas 10 por cento.
Assim, evita-se provocar estresse no restante com o manejo, pois é
aconselhável mexer o mínimo possível, pois animal estressado, significa
menos ganho de peso e, conseqüentemente, menor rendimento de carcaça.
O gado entra no confinamento com o peso médio de 380 kg, o
equivalente a 12,9@ de carcaça, e sai para o abate com peso final de 500 kg, o
mesmo que 18@ de carcaça.
Neste ano, a empresa pretende confinar 124.000 cabeças de gado em
seus confinamentos, sendo 100.000 cabeças no município de Aruanã/GO e
24.000 cabeças no confinamento de Guaiçara/SP, no qual a pesquisa foi
realizada.
3.1.3 2ª ETAPA – Dieta alimentar
Esta etapa é de extrema importância, pois qualquer problema, pode
gerar um prejuízo muito grande para empresa. Devido a este fato, são
realizadas anualmente, antes do início do confinamento, reuniões para definir
um cronograma, que será seguido à risca, de acordo com as responsabilidades
de cada um. Nesta etapa, também são definidos os fornecedores de matéria
prima e serviços. Para que a dieta seja definida, são levados em consideração
alguns fatores, bem como peso de entrada de animais, porte, raça e outros.
De acordo com a raça do animal, por exemplo, determina-se uma dieta
especifica, pois o requerimento varia de raça para raça, o tipo de dieta também
50
define a quantidade de trato que será utilizada e a quantidade de vezes que a
mesma será colocada nos cochos, pois uma dieta mais úmida requer um maior
número de tratos por dia, já uma dieta mais seca, requer um menor número de
tratos. Dentro de uma dieta de confinamento, busca-se, principalmente,
consumo de matéria seca, desprezando então a matéria original, a eficiência
da dieta que está sendo colocada, a qual é medida pelo ganho de peso, e pelo
consumo dos animais. Dieta altamente concentrada tem um volume menor, e
dietas menos concentradas têm um consumo maior.
Ao se formular uma dieta, vários fatores são levados em conta, tais
como: proteínas, energia, extra energia, ou seja, energia metabolizada,
proteína da mesma forma, proteína liquida, proteína metabolizada, não levando
em conta mais nutrientes digestivos totais e proteína bruta.
A nutrição dos bovinos é desenvolvida por uma empresa terceirizada, de
grande renome no cenário da pecuária, que tem como objetivo analisar a
eficiência no ganho de peso bem como no seu custo x benefício.
A dieta alimentar dos bois é composta por três fases em sua adaptação:
a) No primeiro dia de confinamento, os animais recebem somente o
volumoso, composto pela cana de açúcar;
b) Do segundo ao sexto dia, passam a alimentar-se de um composto de
cana de açúcar, bagaço de cana, caroço de algodão, milho, polpa
cítrica, mineral, uréia, casca de soja e farelo de algodão;
c) A partir do sétimo dia até completar o ciclo de 90 dias, os animais se
alimentam da dieta acima mencionada, porém em um volume maior.
Em relação à aquisição da matéria-prima, a empresa busca aproveitar
as melhores ofertas e, para isso, conta com uma equipe treinada para realizar
essas
negociações que
são
adquiridas antes
mesmo
do início
do
confinamento, a fim de evitar a escassez do mesmo.
3.1.4 3° ETAPA – Manejo dos animais
Neste ano, o confinamento de bovino teve seu início na primeira
quinzena do mês de maio, isto devido à estratégia de suprir as necessidades
51
do frigorífico já que, no segundo semestre do ano anterior, a oferta de boi foi
menor.
O manejo é a etapa na qual o papel do administrador da fazenda é
fundamental, pois é ele quem irá detectar os problemas que estejam ocorrendo
com os animais no processo de engorda, podendo assim, leva-los até aos
acionistas para, assim, conseguirem juntos solucioná-los.
Na primeira fase do confinamento, chegam em média, 293 animais por
dia, isto durante 45 dias, chegando a um total de 13.185 cabeças e, na
segunda fase, pretende-se confinar cerca de 10.815 cabeças, salientando-se
que todos os animais entram no confinamento cumprindo as exigências
determinadas pela empresa junto ao ministério da agricultura e, principalmente,
as normas de rastreabilidade.
A estrutura do confinamento é composta da seguinte maneira:
LINHAS
A1
A2 à A5
A6 à A8
B1
B2 à B5
B6 à B9
C1
C2 à C5
C6 à C10
D1
D2 à D5
D5 à D11
E1
E2 à E5
METRAGEM
80 x 37
69 x 37
60 x 37
80 x 37
69 x 37
60 x 37
80 x 37
69 x 37
60 x 37
80 x 37
69 x 37
60 x 37
80 x 37
69 x 37
ARMAZENAGEM
320 Cbç
280 Cbç
240 Cbç
320 Cbç
280 Cbç
240 Cbç
320 Cbç
280 Cbç
240 Cbç
320 Cbç
280 Cbç
240 Cbç
320 Cbç
280 Cbç
E5 à E12
60 x 37
240 Cbç
Fonte: Comapi Agropecuária Ltda, 2008
Tabela 2 – Estrutura do Confinamento (Comapi)
O quadro acima representa o tamanho e a capacidade de produção do
confinamento em relação ao espaço onde se confinam os animais, tendo
52
algumas variações entre os piquetes, os maiores podem suportar até 320
animais, enquanto o menor até 240 animais. O confinamento é constituído por
cindo linhas de piquetes, que são chamadas de linha 1, linha 2, linha 3, linha 4,
linha 5 e linha 6, na linha 1, existe uma seqüência de piquetes que vão do A1
até o A8 com espaçamento conforme quadro acima, assim segue até a última
linha, como ilustra a figura abaixo:
Fonte: Comapi Agropecuária Ltda, 2008
Figura 3 – Estrutura do Confinamento (Comapi)
Esses piquetes são estruturados com subdivisões separadas por cercas
de seis fios de arame liso, palanques com espaçamento de dois em dois
metros, com cochos feitos de manilhas de cimento em formato linear onde são
colocadas refeições seis vezes ao dia, em que cada piquete contém uma caixa
de água.
Ao final desta etapa, o gado está pronto para abate, sendo efetuada sua
transferência para o frigorífico.
53
3.1.5 Resultado final do confinamento
Com a idéia da Comapi Ltda. renovar a certificação GLOBALGAP e
assim atender às necessidades do mercado mundial, isto é um grande ponto
positivo para agilizar os processos internos e agregar valor ao nome e produto
produzidos na Comapi Ltda., fazenda Flórida em Guaiçara - SP.
A qualidade sempre foi e será um fator indispensável na produção de
qualquer produto ou serviço, ela aparece constantemente nas etapas de
produção do confinamento da Comapi Ltda. A preocupação por parte dos
responsáveis no resultado do confinamento é muito grande, por isso, é imposto
a toda equipe que o resultado financeiro seja acompanhado da satisfação dos
clientes e qualidade total no produto final.
A certificação é sempre muito rígida e podendo até ser decidida em
pequenos detalhes, com a experiência de já ter passado por ela, a estrutura do
confinamento já segue um padrão de como impor suas atividades e tarefas do
dia a dia obedecendo rigorosamente cada ponto estabelecido pelo check-list,
que é um manual utilizado pelos auditores que serve como parâmetros para o
resultado final, para futuras auditorias facilitando assim a renovação do
certificado GLOBALGAP e habituando todo o quadro de funcionários nos
processos padrões da certificação.
A busca pela qualidade total no confinamento é constante, a Comapi
Ltda. sempre está atualizada com o que á de mais novo em tecnologia, como
os caminhões que fazem os tratos dos animais, misturador de ração, curral,
balanças de pesagem dos animais, leitores da barra de código dos brincos,
informática, escritório e principalmente o bem estar dos animais.
Pode-se destacar também o suporte que é dado aos funcionários em
questão de EPI’S, treinamentos e ferramentas de trabalho, sempre procurando
a motivação dos funcionários e cobrando resultados.
São de extrema importância as ligações de todos os elos do processo de
um confinamento para estarem em perfeita sintonia em seu dia-a-dia, pois, se
um elo apresentar alguma irregularidade, a cadeia toda estará comprometida
em
seu
resultado
final.
Para
que
isso
comprometimento e dedicação de toda a equipe.
ocorra,
é
fundamental
o
54
3.1.6 Parecer final do caso
Analisando-se os processos praticados pela empresa em todas as
etapas, pode-se constar que a Gestão da Qualidade Total no confinamento na
Comapi gira de forma eficiente exclusivamente para atender as necessidades
do frigorífico no período de entressafra, com um menor custo de aquisição dos
bovinos. Isso se deve à eficiência e eficácia da integração da cadeia produtiva
na qual a mesma depende de um bom trabalho do administrador da fazenda
que tem, por sua vez inteirar-se de todos os acontecimentos dentro do
confinamento, participar e se integrar com seus funcionários, determinando o
início de seu papel um ano antes de todo o processo de confinamento,
começando com o alerta aos compradores para a busca de melhores negócios
no mercado, acompanhamento do manejo do gado para evitar perdas e
melhorar o resultado final de rendimento de carcaça, realizar e registrar as
vacinações de todo o rebanho, fazer a alocação de cada um nos piquetes e
acompanhamento
dos
relatórios
das
análises
de
amostragem
do
desenvolvimento do gado.
Esse é o papel do administrador, para que os resultados aconteçam e
para que se possa obter um melhor acompanhamento e possíveis soluções de
eventuais problemas do dia-a-dia que venham surgir, conseguindo, atingir
todos os objetivos antes estabelecidos, demonstrando, assim, que o
planejamento elaborado no início do confinamento, está sendo seguido de
forma eficiente.
Prova desse trabalho bem sucedido foi a conquista da certificação do
confinamento
pela
Food
and
Agricultural
Policy
Research
Institute
(EUREPGAP), hoje denominada GLOBALGAP, um sistema de gestão da
qualidade, com a finalidade de melhorar os padrões dos produtos da indústria
alimentícia, originando de uma iniciativa dos comerciais varejistas e
supermercados europeus em 1997, na Alemanha.
55
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Com a preocupação da empresa em buscar melhores resultados através
da qualidade nos processos, ela ainda poderia utilizar outras formas para a
busca dessa melhoria. Através disso, propomos:
Utilizar o Diagrama de Pareto como ferramenta de qualidade, pois dessa
forma, o confinamento disponibilizaria de grandes vantagens para buscar a
qualidade nos processos, para atribuir melhorias no produto final, com
processos padronizados, buscando informações mais precisas e detalhadas,
como, peso, idade, sexo, raça e origem. Desta forma, pode-se comparar o
gado desde a entrada no confinamento, até sua saída, verificando se os
objetivos esperados de qualidade estão sendo alcançados.
Outra proposta muito útil seria a empresa utilizar o Diagrama de Causa e
Efeitos, por que dessa forma, passaria a ter mais segurança em todos os elos
da cadeia de produção, já que este, da toda atenção neste processo. Uma
falha pode causar um dano enorme ao confinamento, como por exemplo, uma
dieta mal formulada, vacinação errada, manejo incorreto. Esta ferramenta irá
auxiliar a empresa a identificar possíveis causas de alguma anomalia que
possa ocorrer na empresa, ajudando a extinguir essas ameaças, dando um
conforto maior ao administrador.
Outro item de extrema importância que a empresa pode adotar é
fornecer treinamentos aos funcionários e/ ou contratar de forma estratégica
profissionais para dar assistência e implantar algumas ferramentas de controle
de qualidade, a fim de melhorar o resultado final do produto e processo.
Com essas inovações na empresa, o resultado esperado da qualidade
seria facilmente atingido. Citando ainda que, com essas mudanças, o
confinamento terá uma melhor qualidade na mão-de-obra, execução dos tratos,
rendimento de carcaça, melhores controles e avaliações de todos os setores
que envolvem os processos, como por exemplo, a linha de produção de
rações, máquinas e equipamentos, onde a fabricação das dietas tem uma
grande importância, controlando os percentuais de cada insumo que são
misturados para o consumo dos animais, evitando o desperdício e garantindo a
qualidade da ração que é oferecida aos bois, atendendo assim a necessidade
56
do frigorífico, uma vez que este segmento envolve o comprometimento de toda
a cadeia sem falhas nos processos de gestão da qualidade total, não admitindo
erros e, posteriormente evitar-se-ia perda de tempo nos processos de
qualidade, diminuindo-se o desperdício e reduzindo-se os custos para o
confinamento.
57
CONCLUSÃO
A sobrevivência de uma organização só existe em função do cliente.
Mediante essa afirmação, observa-se a importância do cliente e a necessidade
de encantá-lo.
No mundo em constantes transformações, o sucesso ou fracasso de
uma empresa está diretamente ligado à capacidade de entender, atrair e
satisfazer os clientes desenvolvendo um relacionamento duradouro. Manter
clientes satisfeitos é um desafio a qualquer empresa. Ciente de que, a
satisfação não garante o retorno de clientes, é necessário o desenvolvimento
de um relacionamento contínuo entre empresa e cliente, ou seja, oferecer aos
clientes o maior valor agregado às suas necessidades e expectativas, podendo
diferenciar-se da concorrência na qualidade de atendimento.
Diante de todo o desenvolvimento do conteúdo teórico no decorrer deste
trabalho, consideramos que a empresa Comapi se preocupa com a qualidade
de seus produtos e processos. Apesar de não possuir nenhuma ferramenta
específica da qualidade, a empresa busca a mesma de outras formas, como
por exemplo, na elaboração da ração, na rastreabilidade do gado, busca um
menor custo, com um maior benefício, transporte do gado, entre outras. Pois
analisa que a qualidade é uma ferramenta essencial na execução das tarefas e
no resultado final das empresas.
Com a pesquisa, foi possível verificar que com a certificação
GLOBALGAP, o confinamento passa a ter seus controles padronizados com as
outras unidades e passa uma confiança nos procedimentos de todo o ciclo,
desde a entrada dos animais até o embarque para o frigorífico, agregando mais
valor e qualidade no produto acabado do confinamento, que tem como seu
principal objetivo, fornecer um boi com acabamento de acordo com as
exigências do mercado europeu.
A preocupação com a qualidade encontra-se também nos dados obtidos
através dos questionários para o proprietário, gerente e funcionário. Podemos
notar que todos que estão preocupados e envolvidos na empresa buscam de
alguma forma a qualidade em seus produtos e processos, visando o bem estar
do cliente.
58
A empresa possui uma enorme capacidade de adaptar-se às mudanças
do mercado e às necessidades dos clientes, demonstrando um grande
potencial ao desenvolvimento da qualidade, conquistando um diferencial
competitivo em relação às outras organizações.
Com esta pesquisa, cuja dedicação e análise se tornaram tão intensa,
mostra que o objetivo traçado para a pesquisa foi atingido, pois verificamos, de
vários âmbitos, a importância da gestão da qualidade no confinamento como
um diferencial competitivo na busca de um melhor produto final, assim como, a
preocupação da empresa em buscar essa qualidade em seus produtos e
processos.
Esta afirmativa se mostra verdadeira, pois a empresa que utiliza de
forma correta a gestão da qualidade consegue um diferencial competitivo e
conseqüentemente um melhor produto final, confirmando assim a hipótese do
grupo.
A realização deste trabalho possibilitou descobrir a importância da
gestão da qualidade para uma empresa que tem como objetivo criar vantagem
competitiva. Ampliamos nossos conhecimentos com assuntos, pois agora,
sabemos ainda mais sua relevância e aplicabilidade nas empresas.
Claro que este trabalho não esgota o assunto, podendo servir de base
para aprofundamento de outros acadêmicos.
59
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Christiano Ottoni . UFMG, Belo Horizonte, 2007.
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MARTINS, M. Unidos pela qualidade. Banas Qualidade. São Paulo: p 40-50,
Janeiro 2001
PALADINI, E. P. Gestão da Qualidade: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
PINEDA, N. SISBOV: recuperando o passado e pensando no futuro.
BeefPoint.
[s.l.]
22/02/2008.
Disponível
em:
<http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=42989&actA=7&areaID=15&secaoID=
127> Acesso em: 26/02/2008.
QUALIDADE
Total.
Wikipedia.
[s.l.]
Disponível
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_total> Acesso em: 10/03/2008.
em:
SASHKINE, M; KISER, K. J. Gestão da Qualidade Total na Prática: O que é
TQM, como usá-la e como sustentá-la a longo prazo. Rio de Janeiro: Campus,
1994.
TIMOSSI, A. J. Decisão da UE sobre importações de carne bovina do Brasil.
BeefPoint.
[s.l]
01/02/2008.
Disponível
em:
<http://www.beefpoint.com.br/?actA=7&areaID=15&secaoID=127&noticiaID=42
555> Acesso em: 19/02/2008.
61
APÊNDICES
62
APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso
1
INTRODUÇÃO
Será realizada uma pesquisa na Comapi Agropecuária Ltda. com o
objetivo de verificar as ferramentas utilizadas para melhoria da qualidade no
processo de acabamento da carcaça no confinamento.
2
RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO
ESTUDADO
a)
Descrição dos procedimentos das estratégias de qualidade total do
confinamento.
b)
Entrevistas com o Coordenador geral, Supervisor e Zootecnista.
c)
Análise das técnicas e divulgação dos procedimentos que envolve a
qualidade.
3
DISCUSSÃO
Confronto entre a teoria e a prática utilizada pela empresa na questão da
qualidade no confinamento.
4
PARECER
FINAL
SOBRE
O
CASO
E
SUGESTÕES
MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS
SOBRE
63
APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática
1
IDENTIFICAÇÃO
Empresa:......................................................................................................
Localização:.................................................................................................
Atividade econômica:...................................................................................
Porte:............................................................................................................
Data da Fundação:.......................................................................................
Proprietários:................................................................................................
2
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS
1
Histórico da empresa.........................................................................
2
Recursos físicos.................................................................................
3
Vendas...............................................................................................
4
Exportação.........................................................................................
5
Produtos e Serviços...........................................................................
6
Departamento de Qualidade..............................................................
7
Certificação da Qualidade..................................................................
64
APÊNDICE C – Roteiro Histórico da empresa Comapi Ltda.
I
IDENTIFICAÇÃO
Empresa:................................................................................................................
Localização:...........................................................................................................
Atividade econômica:.............................................................................................
Porte:.....................................................................................................................
Data da Fundação:................................................................................................
Proprietários:..........................................................................................................
II
ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA
1
Origem do nome..........................................................................................
2
Fundadores.................................................................................................
3
Evolução das atividades econômicas.........................................................
4
Evolução das instalações ...........................................................................
5
Ações sociais .............................................................................................
6
Qualidade total............................................................................................
65
APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Coordenador Geral
I
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Cargo/ Função/ Profissão:.....................................................................................
Escolaridade:.........................................................................................................
Experiências Profissionais:....................................................................................
Outras Referências:...............................................................................................
Residência/ Local:..................................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
Qual o nível de conhecimento que você obtém dentro do confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
2
Qual o processo para se obter a qualidade total?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
3
Quais as ferramentas utilizadas para a melhoria contínua da qualidade
no confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
4
Como você avalia a implantação da certificação GlobalGap na estrutura
do confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
5
Qual o nível de satisfação dos colaboradores para a realização das
tarefas de rotina do confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
66
6
Existe alguma premiação para motivar os colaboradores a atingirem os
objetivos?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
7
Como são as condições de trabalho oferecidas para os colaboradores do
confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
8
Qual a importância da gestão da qualidade no confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
9
Quais os benefícios a gestão da qualidade pode trazer para a empresa?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
67
APÊNDICE E – Roteiro de entrevista para o Supervisor do Confinamento
I
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Cargo/ Função/ Profissão:...........................................................................
Escolaridade:...............................................................................................
Experiências Profissionais:..........................................................................
Outras Referências:.....................................................................................
Residência/ Local:........................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
Qual a sua ligação com os colaboradores do confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
2
Qual a relação dos colaboradores do confinamento em respeito à
questão ambiental?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
3
Quais as perspectivas de melhoria com a implantação da GlobalGap no
confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
4
A COMAPI oferece algum tipo de premiação para os colaboradores que
são destaque nas atividades?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
5
Como funcionam as divisões hierárquicas do confinamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
68
6
O que o confinamento faz para preservar e manter o meio ambiente?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
7
Quais as exigências do mercado quanto à qualidade do produto?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
69
APÊNDICE F – Roteiro de Entrevista para o Zootecnista
I
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Cargo/ Função/ Profissão:.....................................................................................
Escolaridade:.........................................................................................................
Experiências Profissionais:....................................................................................
Outras Referências:...............................................................................................
Residência/ Local:..................................................................................................
II
PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1
Qual a vantagem de se iniciar um confinamento com o boi castrado? E
qual a vantagem do boi inteiro?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
2
Qual a visão da Comapi Agropecuária Ltda. no mercado da carne
bovina?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
3
Através
de
seus
conhecimentos,
quais
pontos
deveriam
ser
aprofundados no confinamento para melhorar continuadamente a qualidade?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
4
Como você avalia o Brasil no cenário internacional da carne?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
5
Quais os pontos que mais atrapalham o confinamento para se conseguir
um acabamento ideal de carcaça?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
70
6
Por que o confinamento é realizado apenas no segundo semestre?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
71
APÊNDICE G – Fotos do confinamento
Entrada do confinamento
Escritório do confinamento.
72
Maquina carregando a ração para fazer estocagem.
Carregando o misturador.
73
Carregando o caminhão para passar o trato.
Fazendo o trato nos piquetes.
74
Bovinos no cocho.
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Fazenda Flórida Guaiçara – SP