RELATO DE CASO - FALHA NA PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV CYNTHIA LORENZO (CEDAP-BA); FATIMA REJANE PATRICIO (CEDAP-BA); NEIDE WEYLL (CEDAP-BA) INTRODUÇÃO A transmissão vertical é responsável por mais de 90% dos casos de infecção pelo vírus HIV em crianças. A identificação das gestantes soropositivas e seu adequado manejo reduzem os casos de HIV na infância a aproximadamente 1 %, sendo de fundamental importância para erradicação deste flagelo na pediatria. Objetivo: Demonstrar falha na efetividade das medidas preventivas para redução da transmissão vertical do HIV através do relato de caso de uma criança atendida em um centro de referência em DST/HIV/AIDS no Estado da Bahia. RELATO DE CASO EFS, 5 meses, pardo, natural de Salvador e procedente de Lauro de Freitas. Admitido no Serviço em 30/11/10 por exposição ao HIV. Mãe teve sorologia positiva para HIV no sexto mês de gestação e, como havia recebido vacina influenza H1N1, foi orientada a repetir nova sorologia após 60 dias. A sorologia realizada em 11/09/10 foi positiva e o médico informou a mãe por telefone. A paciente evoluiu com hipertensão, sendo submetida a parto cesárea de urgência em 13/09/10, com bolsa íntegra. A mãe recebeu AZT venoso no parto e a criança AZT oral por 6 semanas. A criança não foi amamentada. Ao exame de admissão a criança apresentava quadro de febre prolongada, palidez cutânea, hepatoesplenomegalia e poliadenomegalia. Investigação mostrou CD4 inicial de 167 células (13,7% ). Colhidos nova carga viral e genotipagem e iniciado esquema ARV com Zidovudina +Lamivudina + Lopinavir/r. . Genotipagem mostrou sensibilidade a todos os ARVs e carga viral foi > limite máximo de detecção (1.000.000 de cópias). Atualmente com melhora do quadro e CD4 pós inicio tratamento de 1250 células (25%). CONCLUSÃO Este caso demonstra como a falha em apenas uma das medidas preventivas foi o suficiente para permitir a contaminação da criança, provavelmente intra-útero, já que a mesma teve sintomas clínicos antes dos 2 meses de vida, reforçando a necessidade de diagnóstico precoce e manejo adequado das gestantes durante o pré-natal, além do acompanhamento da criança exposta, já que este paciente só compareceu ao serviço aos 3 meses de vida , sintomático e com CD4 baixo quando a mãe já tinha diagnóstico desde o parto. PALAVRAS-CHAVE: EFETIVIDADE, HIV, CRIANÇA