AS PIRÂMIDES COLORIDAS DE PFISTER Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia - CETEPP HISTÓRICO Max Pfister (1889-1958) – interessava-se por artes, foi arquiteto, bailarino e coreógrafo. Por problemas de saúde afastou-se da dança e fez formação em Psicologia. Como trabalho de conclusão de curso criou as técnicas das pirâmides coloridas para avaliação da personalidade. Impressões subjetivas que as cores produziam nas pessoas. A estrutura da pirâmide facilita o aparecimento de grande variedade de configurações. No Brasil, a primeira publicação foi em 1956. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Cor Elemento natural, simbolismo “universais”. Simbolismos. Ex: Paixão de Cristo – uso da cor violeta ou roxa. Percepção visual: ondas eletromagnéticas; Emoções – definição: sensações subjetivas que ocorrem em resposta a um fator estimulante. As cores como as emoções prestam-se mais a serem sentidas do que compreendidas. APLICAÇÃO Material: Jogos com quadrículos coloridos – 10 cores, 24 tonalidades; 3 cartelas com esquema da pirâmide; Folha de protocolo; Mostruário de cores; APLICAÇÃO Pode ser utilizada com crianças desde os 7 anos até indivíduos idosos. Excluir pessoas com deficiência em distinguir cores (ex. daltônicos). Aplicado de modo individual. Tempo de aplicação estimado em 15 minutos. A PLICAÇÃO Instruções: “Aqui temos uma grande quantidade de papeizinhos com cores e tonalidades diversas (nesse momento, abrir a caixa contendo os quadrículos e despejá-los sobre a mesa, misturando levemente) e o esquema de uma pirâmide (mostrar apenas o primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da pirâmide usando as cores que quiser, pode trocar ou substituir à vontade, até que a pirâmide fique do seu gosto, fique bonita para você. Alguma dúvida? Então pode começar”. APLICAÇÃO Deve-se anotar tudo o que o examinado faz: comentários, atitude, escolha da cor e o lugar em que está colocada no esquema. Cada cor e espaço do esquema tem um código. No caso de trocas, continua-se o registro normalmente, na seqüência, não se deve apagar a cor que foi substituída. Ao terminar a primeira pirâmide, retira-se o trabalho com cuidado de não desmanchá-lo, colocando-o de modo que o sujeito não mais possa vê-lo, e apresenta-se o segundo esquema, dizendo: “Agora gostaria que fizesse outra e depois há mais uma ser feita”. APLICAÇÃO Terminado as 3 pirâmides, mostramos as 3 alinhadas na frente do examinando na ordem que foram feitas, da esquerda para a direita, e perguntamos: Qual delas você acha que ficou mais bonita, de qual você mais gosta? Por quê? De qual delas menos gosta? Aqui no teste, qual a cor preferida? De qual cor do material você menos gostou? Esse inquérito permite apreender impressões e reflexões do sujeito, bem como verificar a coerência de seus comentários e produções. ANÁLISE DOS RESULTADOS Transpor o que foi registrado para as pirâmides impressas na folha de correção. Contagem das cores utilizadas em cada pirâmide para depois transformar tais valores em porcentagens. Classificar o processo de execução, o modo de colocação e o aspecto formal de cada uma das 3 pirâmides. Registrar as variações cromáticas e as variações de matizes para cada pirâmide. Realizar a fórmula cromática. PROCESSO DE EXECUÇÃO E MODO DE COLOCAÇÃO Processo de execução = maneira como a pessoa aborda a tarefa Modo de colocação = o jeito como a pessoa dispões as cores sobre o esquema da pirâmide. Definem boa parte do comportamento durante a prova. Execução metódica ou sistemática: executa as 3 pirâmides usando o mesmo procedimento no que diz respeito ao modo de colocação dos quadrículos sobre o esquema. Atitude = bastante organização, meticulosidade ou mesmo rigidez. P ROCESSO DE EXECUÇÃO Execução ordenada: segue um padrão de colocação mais ou menos constante (organização), mas permite alguma variação (flexibilidade). Execução desordenada: variação constante no processo de elaboração das 3 pirâmides, alterando-se o modo de colaboração para cada pirâmide ou procedendo muitas trocas e alterações no ritmo. Pode refletir uma atitude displicente ou ansiosa. Execução relaxada: modo exageradamente desordenado de executar a tarefa, variando o modo de colocação nas 3 pirâmides. Parece não haver preocupação com bom trabalho. MODO DE COLOCAÇÃO Maneira como o indivíduo dispões os quadrículos no esquema para cada pirâmide. Colocação ascendente: preenche partindo da base em direção ao topo. Compatível com o princípio lógico da construção de um pirâmide. Colocação descendente: preenche partindo do topo para a base. Mais comum em crianças e pode indicar instabilidade e insegurança. Os outros tipos de colocação são identificados, combinando os modos ascendente e descendente. MODO DE COLOCAÇÃO Colocação direta: segue o sentido da esquerda para direita (sentido da escrita). Mais habitual. Colocação inversa: da direita para a esquerda. Pode denotar oposição, negação ou fechamento em si e introversão. Colocação alternada ou em ziguezague: alternam-se direita e esquerda, seguindo a composição de camadas de forma contínua, iniciando-se cada camada pela extremidade onde a anterior terminou. Aparece mais em crianças com dificuldade na orientação espaçotemporal e em adultos com rebaixamento intelectual. Colocação simétrica: MODO DE COLOCAÇÃO preenche os espaços simétricos da pirâmide, por ex: 5a e 5E; 4b e 4c; 1 e 3b. Faz uma pirâmide dentro dela. Busca de equilíbrio, que pode ser decorrente de insegurança e medo da perda do equilíbrio. Colocação diagonal: pouco freqüente, construção de escadas ou camadas tombadas. Colocação em manto: conduz as estruturas em manto. Colocação espacial: esquema que, a priori, parece desordenado para que aos poucos revela uma clara intenção de distribuir as cores em pontos específicos, configurando pirâmides assimétrico-dinâmicas. ASPECTO FORMAL Indica controle racional sobre os afetos e a emoções. Está relacionado ao funcionamento cognitivo e as funções de atenção e concentração. Pode ser classificado em 3 grandes categorias: Tapetes: arranjo de cores nos quais a forma não tem nenhuma participação no produto final. Tapetes TAPETES puros: disposição das cores de modo aleatório, porém harmonioso. O conjunto é agradável, as cores conservam um certo equilíbrio entre si. Menor grau de desenvolvimento emocional (imaturidade) ou intelectual, mas com adaptação emocional às situações cotidianas. Tapetes desequilibrados: disposição das cores é aleatória, mas com aglomerado de tons mais claros e escuros em determinadas áreas, repetições de tons em espaços contíguos, dando uma clara impressão de desequilíbrio. Perturbações emocionais grave, refletindo desequilíbrio e desadaptação ao ambiente. Comum em esquizofrênicos. TAPETES Tapetes furados ou rasgados: uso do branco em uma única áreas do esquema ou em diversas áreas, espalhado ou aglomerado. Idéia de furos. Pode denotar perturbação grave proveniente de dissociações no curso do pensamento. Pacientes esquizofrênicos. Tapetes com início de ordem: tapetes puros com um ou mais tons repetidos em posições simétricas, mas não chegam a caracterizar uma formação simétrica. Melhores possibilidades de adaptação e busca de equilíbrio emocional, embora não suficientemente desenvolvidas. FORMAÇÕES Organizações intermediárias – disposição das cores por camadas. Funcionamento cognitivo e emocional intermediários. Formação em camadas (ou formação estratificada): cada camada é preenchida por uma cor ou tonalidade. Podem se monotonais (um tom), bastante raras. Monocromáticas, uma cor e seus vários tons (degradé). Multicromáticas, quando cada camada é feita de uma cor. As camadas representam um nível não satisfatório de trato com as emoções e manejos defensivo. FORMAÇÕES Formação em camadas (ou formação estratificada): Mais graves monoatonais = inibição e retraimento. Monocromáticas = estilo sensível, mais reprimido na ação. Maior freqüência em adolescentes e crianças, personalidade ainda em formação. Formação simétrica: as cores distribuem-se em pares simétricos, em cada camada. As simetrias são horizontais. Sugerem insegurança, instabilidade interna e busca de equilíbrio mediante comportamento cauteloso e prudente. Maior incidência: TOC e transtorno de pânico. FORMAÇÕES Formação alternada: cores são dispostas alternadamente, uma sim, uma não, em toda a pirâmide, como um tabuleiro de xadrez. Composta por apenas duas cores ou dois tons. Comuns em adolescentes. Presentes em indivíduos com dificuldade de adaptação ao ambiente, conflitos acentuados. ESTRUTURAS Mais sofisticada na forma. Envolve a noção da disposição horizontal das camadas, assim como uma interrelação entre elas, considerando o plano vertical. Níveis intelectuais superiores. Estrutura simétrica: camadas e colunas organizadas a partir da disposição simétrica das cores no plano horizontal e vertical. Capacidade cognitiva mais diferenciada associada a maior equilíbrio emocional e maturidade. ESTRUTURAS Estrutura em escada: cores dispostas na diagonal, alternado-se duas cores ou dois tons. Estados conflitivos atuais que comprometem o equilíbrio, apesar do esforço para aparentar estabilidade. Há sentimento de perda de equilíbrio emocional, esquemas defensivo frágeis. Considerar o modo de colocação, mais preocupante as escadas descendentes. ESTRUTURAS Estruturas em manto: borda externa preenchida por um cor, aspecto de serem recobertas por um manto, e a parte interna preenchida por uma cor ou por uma variedade delas. Podem ser estruturas abertas ou fechadas, dependendo da base inteiramente preenchidas pela mesma cor das laterais ou pelas cores da parte interna. Defesas do tipo fechamento em si, ou repressão e sufocamento dos impulsos, principalmente se o miolo for com cores neutras ou apenas uma cor. A parte interna com várias cores vivas, esforços para contenção diante da turbulência emocional. ESTRUTURAS Estrutura assimétrica dinâmica: distribuição das cores, que parece aleatória, mas num exame cuidadoso revela um alto grau de elaboração e forte intuição espacial e estética. Formação de pelo menos 3 triângulos com vértices de cores repetidas, que se entrelaçam produzindo um efeito de equilíbrio estático. Vivacidade de expressão, produtividade, criatividade e sensibilidade artística. Estrutura em mosaico: semelhante às assimétricas. Diferencia-se pela intenção explicita de representar algo como “um vaso de flor”. TENDÊNCIA E MATIZAÇÃO Quando o aspecto formal é de difícil definição = recurso de indicarmos uma tendência. Ex: estrutura simétrica com tendência à manto ou formação estratificada com tendência à estrutura em escada etc. Ajuda apontar o modo de colocação (colocação simétrica, diagonal, em manto). Matização: uso marcante dos diversos tons de uma cor em uma escala crescente ou decrescente, seja em camadas, mosaicos ou mantos. Adaptação afetiva prudente, tímida e ansiosa. DIVISÃO E CORTE Divisão: emprego de tons claros em uma extremidade e tons mais escuros na outra, dividindo a pirâmide em duas partes, no plano horizontal ou vertical. Raro de ocorrer, representa conflitos resultantes da dificuldade de integração da personalidade – indício de dissociações. Corte ou mutilação: uso do branco ou tons esbranquiçados concentrados numa camada inteira (corte) ou no topo da pirâmide, dando a impressão de uma pirâmide decepada (cortada). Casos graves de esquizofrenia. ANÁLISE DO ASPECTO FORMAL NO CONJUNTO DAS TRÊS PIRÂMIDES As 3 pirâmides podes ter forma distintas. Importante analisar a seqüência. Hipótese = sob a estimulação das cores, algumas pessoas podem sofrer o impacto e demorar para se organizar ou mobilizar defesas eficazes (primeira pirâmide pouco estruturada), mas aos poucos encontram recursos mais amadurecidos (terceira pirâmide mais estruturada). Outras podem conseguir mobilizar inicialmente certas defesas, mas ao aumentarem a familiaridade com a tarefa, relaxam os esquema defensivos e acabam revelando dificuldades ou conflitos não tão aparentes. CORES Cores quentes – vermelho, laranja e amarelo; Cores frias – azul, verde e violeta; Acromáticas – cinza, preta e branca; Marrom é uma cor intermediária. É necessário referências do resultado das cores com os valores médios, dados normativos, tabelas no final do manual. Além do significado das cores, para análise dos resultados é necessário integrar a forma, a fórmula cromática etc. VERDE Cor mais empregada. Quatro tonalidades. Relaciona-se à esfera do contato e dos relacionamentos afetivos e sociais. Cor do insight e da empatia. Necessário avaliar a tonalidade, sendo Vd1 mais clara, presença do branco e o Vd4, mais enegrecida. Excesso – sobrecarga de estimulação, que pode gerar ansiedade e ruptura do equilíbrio interno. Diminuição – pode indicar certa insensibilidade emocional, com retraimento social. O verde costuma estar rebaixado em adolescentes. AZUL Quatro tonalidades. Capacidade de controle e de adaptação. O tom mais forte (Az4), tonalidade mais típica, relaciona-se à introversão, controle e adaptação. Excesso – supressão da expressão dos sentimentos e afetos, supercontrole, compulsividade. Pode ser relacionar a sentimentos de inferioridade, de incapacidade e ambivalência. VERMELHO Quatro tonalidades. Ligado à extroversão, irritabilidade, impulsividade e agressividade. Rebaixamento pode levar a labilidade estrutural, enfraquecimento da possibilidade de descarga emocional, de realização ou de retraimento defensivo como fuga do mundo exterior. AMARELO Duas tonalidades. Cor estimulante, extroversão mais moderada, mais canalizada e mais adaptada ao meio ambiente. Excesso – exagero das manifestações afetivas, mais estilizadas e superficiais, menos espontâneas. Pode significar imaturidade, estrutura pouca sólida e baixa tolerância à frustração, instabilidade, egocentrismo e irritabilidade. Diminuição – dificuldade de canalizar e expressar emoções de maneira adaptada. LARANJA Duas tonalidades. Cor intermediária – vermelho e amarelo. Representa “ambição, anseios de produção e desejo de fazer-se valer pela produtividade”. Excesso – excitabilidade, desejo de domínio, onipotência, redução do senso de autocrítica e arrogância. Rebaixamento – repressões, inibições, influenciabilidade, passividade ou submissão. MARROM Duas tonalidades. Relaciona-se à extroversão, porém vinculada à esfera mais primitiva dos impulsos, com disposição para descargas intensas ou violentas. Energia, ação, dinamismo – conduzindo a destruição ou produtividade. Excesso – aparece em pessoas com dificuldades de adaptação, insegurança, tendência a padrões fixos: neurose obsessivo-compulsiva, respeito excessivo à normas e convenções; fanatismo. Diminuição – falta de energia, menor resistência e baixa produtividade. VIOLETA Três tonalidades. Tensão e ansiedade. Vi1 – ansiedade difusa, medo do desamparo e insegurança. Vi2 – ansiedade excitada, resultado de conflitos, ou uma inquietação que pode à criatividade. Insatisfação, medo e imprevisibilidade. Vi3 – melhor elaboração da ansiedade. Mas,o excesso é comum nos quadros obsessivos. Ausência – negação dos impulsos e da ansiedade. PRETO Negação da cor – repressão ou inibição. Dentro do esperado tem uma função estabilizadora e reguladora dos impulsos que visa à adaptação. Ausência – rebaixamento ou ausência das repressões indispensáveis ao homem socialmente adaptado. BRANCO Anulação ou diluição das cores. Sentido de vazio interior, de fragilidade estrutural e de estabilidade precária. Aumento – perturbações graves, como as psicoses. Vulnerabilidade e ausência de mecanismos de controle, ou mesmo perda de contato com a realidade. O aumento também pode significar apatia, prostração e o negativismo. CINZA Carência afetiva e sentimento de vazio, assim como, ansiedade, insegurança e repressão dos afetos. Aumento – timidez, cautela e restrição nos contatos emocionais. Comum em pessoas oposicionistas e que criam conflitos no ambiente que os cercam. AGRUPAMENTO DE CORES Cores em dupla Az ↑ e Pr ↑: a intoversão do azul com a repressão do preto indicaria bloqueio e extrema dificuldade de elaboração, dificuldade no desenvolvimento emocional. Rigidez, pessimismo, negativismo e falta de energia. Az ↑ e Am ↑: introversão x extroversão. Sinal de imaturidade. Indica disposição neurótica, se aparecerem em pirâmides em camadas, escadas ou ladrilhos – transtorno obsessivo. Az ↑ e Ci ↑: fechamento em si e indisposição para contatos sociais. CORES EM DUPLA Vm ↑ e Vi ↑: excitação e impulsividade. Pode indicar descargas explosivas e imprevisíveis (Vm2 e Vi2). Vm ↑ e Ma ↑: excitação e impulsividade, com relacionamento de caráter mais primitivo, têm um significado de regressão e de descargas abruptas. Vm ↑ e Br ↑: excitabilidade e impulsividade, com estrutura enfraquecida, descontrole das ações e atitudes desorganidas. Vd ↑ e Vd ↑: fragilidade na estrutura da personalidade, descargas de impulsos e impossibilidade de elaboração – psicose. CORES EM DUPLA Vd ↑ e Vi ↑: violeta – ansiedade e o verde – sobrecarga de estímulos internos não elaborados. Combinação compromete o equilíbrio emocional. Vd ↑ e SE ↑: a SE ou síndrome de estímulo (Vm, La e Am). Sobrecarga interna e dificuldade de contenção, inconstância e superficialismo nas relações. Tratamento de desintoxição por consumo de drogas. Vd ↑ e La ↑: sentimentos de culpa acentuados decorrentes de fantasias sexuais, ansiedade persecutória nos transtornos de abuso do álcool. Vd ↓ e Az ↑: estabelecimento de relacionamentos profundos e autênticos, ainda que restritos. CORES EM DUPLA Vd ↓ e Vm ↑: irritabilidade e impulsividade, sem elaboração. La ↓ e Vi ↓: atitude morosa e produtividade rebaixada. La ↑ e Vi ↑: agitação e produtividade ansiosa e excitada, dispersiva e incompleta. Ma ↑ e Br ↑: agitação e inquietação, gerando produtividade ou atividade inconstante e inconsistente. Criadores de caso, queixosos etc. Ma ↑ e Pr ↑: compulsividade, necessidade de seguir rituais e dificuldade de adaptação. CORES EM DUPLA Vm ↑ e Pr ↑: impulsividade x repressão. Conflitos acentuados, sentimentos de insatisfação. Pr ↑ e Ci ↑: debilidade da estrutura da personalidade associada a regressões intensas – atitudes de dissimulação, mentiras e intrigas. Pr ↑ e Am1 ↑: imaturidade, aparece em adolescentes. Ci ↑ e Vm ↑: pessoas irritáveis, com tendência a criar polêmicas e confusões no seu entorno. SÍNDROMES CROMÁTICAS • • • Síndrome de normalidade (Az + Vm + Vd): predominam nas pessoas em geral. A soma tende a ultrapassar 50%. Capacidade de manter a conduta adaptada. Necessário avaliar a porcentagem de cada cor, individualmente. Aumento – grande esforço para manter o equilíbrio e aparentar pseudonormalidade, às vezes a custa de mecanismos constritivo-inibitórios. Síndrome de estímulo (Vm + Am + La): cores mais estimulantes, aumentadas em indivíduos sob efeitos de drogas estimulantes. Capacidade de extroversão e contato afetivo e social. Aumento: egocentrismo e desaptação. Aumento + diminuição da síndrome de normalidade e da síndrome fria: excitabilidade e incontinência afetiva. SÍNDROMES CROMÁTICAS Síndrome fria (Az + Vd + Vi): comportamento antagônico ao das cores quentes. Aumento – quadros patológicos, esquizóides. Síndrome incolor (Pr + Br + Ci): negar, atenuar ou reprimir estímulos. Aumento – fuga de situações afetivas, busca de um equilíbrio frágil. Ausência – pode significar falta de elementos estabilizadores. Síndrome de dinamismo (Vd↑ + Am↑ + Ma↑): Ação-realização-produtividade. Pessoas dinâmicas e realizadoras. Síndrome de excitação afetiva (La↑ + Vd ↑ + VI↑): indivíduos egocêntricos, ansiosos, que não elaboraram as estimulações recebidas. SÍNDROMES CROMÁTICAS Síndrome de labilidade afetiva (Vd↑+ Vm↑+Ma↓): reações impulsivas, instabilidade, insegurança e influenciabilidde. Síndrome de histeria (Vd↑ + Vm↑ + Vi↑): semelhante à síndrome de excitação, mais acentuada, sendo possíveis maior violência e explosividade nas descargas emocionais. Síndrome do conflito interno (Br ↑ + Vm↑ + Ci↑): irritabilidade e impulsividade em pessoas com estrutura enfraquecida. Síndrome de agitação (La ↑ + Vi↑ + Ma↑ + Br): reações irregulares de agitação e tumulto. Síndrome de regulação opressora (Az ↑ + Ci↑+ Pr↑): constricção acentuada e opressão. SÍNDROMES CROMÁTICAS Síndrome enegrecida (Vd4 + Vm4 + Vi3 + Ma2 + Pr): repressões intensas e possível depressão. Síndrome esbranquiçada (Vm1 + Vi1 + Az1 + Br ou Ci): enfraquecimento estrutural, superficialismo afetivo – personalidades esquizóides ou psicóticas. Síndrome de vivacidade (Vm2 + Am2 + La2 + Az2): afetividade viva e vibrante. Síndrome dos contrastes (Az4 + Am1 ou Vm2 + Pr ou Vm4 + Vm2): colocadas lado a lado na pirâmide – presença de conflitos e muita tensão decorrente de anseios contrários. FÓRMULAS CROMÁTICAS Incidência das cores na seqüência das três pirâmides. 4 algarismos: Quantidade de cores utilizadas nas 3 pirâmides (Constância Absoluta – CA) Quantas cores empregadas em 2 pirâmides, não importando quais (Constância Relativa – CR). Quantidade de cores usadas em apenas uma das pirâmides (Variabilidade – V). Quantidade de cores omitidas (Algarismo de ausência – AUS). FÓRMULAS CROMÁTICAS CA : CR : V : AUS 2 : 3 : 1: 4 Essa fórmula demonstra que 2 cores foram utilizadas nas 3 pirâmides, que 3 cores foram empregadas em 2 pirâmides, que 1 cor apareceu em apenas 1 pirâmide e que 4 cores não foram escolhidas. Essa fórmula avalia a amplitude cromática, dada pela soma dos 3 primeiros algarismos. Amplitude cromática – grau de abertura aos estímulos que uma pessoa apresenta. Valor elevado – pessoa receptiva e acessível, mas pode apontar também forte labilidade e instabilidade. FÓRMULAS CROMÁTICAS Aumento de cores omitidas – diminuição da receptividade aos estímulos, constrição e retraimento. Amplitude cromática costuma variar entre 4 e 8, sendo a média entre 6 a 8. Necessário verificar também o grau de constância do uso das cores. 9 categorias distintas. Para correta classificação: quantidade de cores utilizadas (amplitude) e sua maior ou menor constância (grau de estabilidade. TIPOS DE FÓRMULAS Fórmulas amplas e estáveis: 8: 0: 1: 1 – grande amplitude com predomínio do CA. Indicam grande receptividade e tendência à estabilidade nas escolhas, mas pela constância das cores pode sugerir comodismo e indiferenciação. Fórmulas amplas e flexíveis: 4: 3: 2: 1 – apresenta amplitude da anterior mas com mais equilíbrio entre CA e CR. Capacidade de ação e realização de modo mais enérgico e mais direcionado a objetivos. Flexibilidade e maturidade. TIPOS DE FÓRMULAS Fórmulas amplas e instáveis: 2: 2: 5: 1 – amplitude igual aos dois casos anteriores, mas com aumento do algarismos centrais, V > CA. Inconstância nas escolhas – instabilidade, ainda com esforço de adaptação. Fórmulas moderadas e estáveis: 4: 2: 1: 3 – amplitude dentro dos valores médios, predomina o CA. Fórmula mais equilibrada – mais estabilidade, segurança e capacidade de adaptação. TIPOS DE FÓRMULAS Fórmulas moderadas e flexíveis: 0: 3: 3: 4 – amplitude moderada, aumento dos algarismos centrais e rebaixamento de CA. Instabilidade e vulnerabilidade, balanceada por leve restrição à abertura aos estímulos. Moderação de atitudes e controle, com certa inconstância de reações. Fórmulas moderadas e instáveis: 1: 0: 5: 4 – amplitude moderada e predominância do algarismo de variabilidade - V. Instabilidade, menos acentuada do que nos casos em que o algarismo de ausência está mais reduzido. TIPOS DE FÓRMULAS Fórmulas restritas estáveis: 5: 0: 0: 5 – valor significativo do algarismo de ausência, demonstrando restrição e menor abertura aos estímulos. Predomínio do CA – ação bastante limitada e circunscrita, pessoa estável, mas pouco criativa, com tendência a reações estereotipadas. Fórmulas restritas flexíveis: 0: 3: 0: 7 – algarismo de ausência muito elevado, pessoas cautelosas e inibidas, mas com adaptação ao ambiente, desde que longe de situações emocionalmente carregadas. TIPOS DE FÓRMULAS Fórmulas restritas instáveis: 0: 0: 4: 6 – predomínio de Variabiliade–V, sentimento de instabilidade controlado por mecanismos inibitórios que restringem a ação ou mesmo campo de interesse. INTEGRAÇÃO DE CORES E FÓRMULAS Analisar as cores que apresentam constância e as cores que estão ausentes. Facilita a composição do quadro: FORMÚLA CROMÁTICA CA CR V AUS Az Am Ma Pr Vi Vi Br La Ci Vm 2 4 1 3 PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Dados de pesquisa dos autores com 208 sujeitos. As diferenças significativas entre os quadros estão descritas a seguir. Transtorno esquizofrênico: Aumento de tapetes desequilibrados e furados foram caótica ou truncada de organização. Rebaixamento de pirâmides estratificadas multicromáticas. Aumento de vermelho de tonalidade mais clara (Vm1) – impulsos em estruturas enfraquecidas, desagregação da realidade. Constância absoluta da cor marrom – regressão e impulsividade. PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Transtorno do pânico: Aumento das formações simétricas – tentativa de controle excessivo e constante busca de equilíbrio, a fim de superar a instabilidade interna. Elevação significativa da porcentagem do azul – constrição, sufocação ou simples supressão da expressão dos sentimentos e afetos. Transtorno alcoolista: Aumento da freqüência da cor vermelha – voracidade, irritabilidade, agressividade e impulsividade. Constância absoluta da cor violeta acompanhada da constância absoluta de verde e azul – personalidade inquieta e imatura. PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Transtorno depressivo: Pirâmides em formações estratificadas tendendo a estruturas – nível médio de maturidade emocional. Pirâmides cortadas ou decepadas – dificuldades de contato social. Aumento da cor verde – ansiedade elevada. Presença constante da cor violeta – excitação em paralelo à introversão = desejo de alcançar algo que parece inacessível. PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Transtorno obsessivo compulsivo: Aumento da formação simétrica – manutenção do controle sobre os pensamentos e atitudes. Diminuição das estruturas simétricas – menor maturidade afetiva. Aumento da cor marrom – dificuldade de adaptação. Transtorno somatoforme: Aumento da cor branca – falta de contato com o mundo interior. Insegurança, fragilidade e intranqüilidade, sem uma estrutura mental com capacidade de elaboração. Principal característica dos distúrbios psicossomáticos – falta de mentalização.