AS PIRÂMIDES COLORIDAS DE
PFISTER
Centro Editor de Testes e Pesquisas em Psicologia
- CETEPP
HISTÓRICO
 Max Pfister (1889-1958) – interessava-se por
artes, foi arquiteto, bailarino e coreógrafo.
 Por problemas de saúde afastou-se da dança e
fez formação em Psicologia.
 Como trabalho de conclusão de curso criou as
técnicas das pirâmides coloridas para
avaliação da personalidade.
 Impressões subjetivas que as cores produziam
nas pessoas.
A
estrutura
da
pirâmide
facilita
o
aparecimento de grande variedade de
configurações.
 No Brasil, a primeira publicação foi em 1956.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Cor
 Elemento
natural,
simbolismo
“universais”.
 Simbolismos. Ex: Paixão de Cristo – uso
da cor violeta ou roxa.
 Percepção visual: ondas eletromagnéticas;
 Emoções – definição: sensações subjetivas
que ocorrem em resposta a um fator
estimulante.
 As cores como as emoções prestam-se mais
a serem sentidas do que compreendidas.
APLICAÇÃO
 Material:
 Jogos
com quadrículos coloridos – 10
cores, 24 tonalidades;
 3 cartelas com esquema da pirâmide;
 Folha de protocolo;
 Mostruário de cores;
APLICAÇÃO
 Pode
ser utilizada com crianças desde os 7
anos até indivíduos idosos.
 Excluir
pessoas com deficiência em
distinguir cores (ex. daltônicos).
 Aplicado de modo individual.
 Tempo de aplicação estimado em 15
minutos.
A
PLICAÇÃO
 Instruções:

“Aqui temos uma grande quantidade de
papeizinhos com cores e tonalidades
diversas (nesse momento, abrir a caixa
contendo os quadrículos e despejá-los sobre
a mesa, misturando levemente) e o esquema
de uma pirâmide (mostrar apenas o
primeiro cartão). Cobrindo-se os espaços da
pirâmide usando as cores que quiser, pode
trocar ou substituir à vontade, até que a
pirâmide fique do seu gosto, fique bonita
para você. Alguma dúvida? Então pode
começar”.
APLICAÇÃO
 Deve-se anotar tudo o que o examinado faz:
comentários, atitude, escolha da cor e o lugar
em que está colocada no esquema.
 Cada cor e espaço do esquema tem um código.
 No caso de trocas, continua-se o registro
normalmente, na seqüência, não se deve
apagar a cor que foi substituída.
 Ao terminar a primeira pirâmide, retira-se o
trabalho com cuidado de não desmanchá-lo,
colocando-o de modo que o sujeito não mais
possa vê-lo, e apresenta-se o segundo esquema,
dizendo: “Agora gostaria que fizesse outra e
depois há mais uma ser feita”.
APLICAÇÃO
 Terminado as 3 pirâmides, mostramos as 3
alinhadas na frente do examinando na ordem
que foram feitas, da esquerda para a direita,
e perguntamos:
 Qual delas você acha que ficou mais bonita,
de qual você mais gosta? Por quê?
 De qual delas menos gosta?
 Aqui no teste, qual a cor preferida?
 De qual cor do material você menos gostou?
 Esse inquérito permite apreender impressões
e reflexões do sujeito, bem como verificar a
coerência de seus comentários e produções.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
 Transpor
o que foi registrado para as
pirâmides impressas na folha de correção.
 Contagem das cores utilizadas em cada
pirâmide para depois transformar tais
valores em porcentagens.
 Classificar o processo de execução, o modo
de colocação e o aspecto formal de cada
uma das 3 pirâmides.
 Registrar as variações cromáticas e as
variações de matizes para cada pirâmide.
 Realizar a fórmula cromática.
PROCESSO DE EXECUÇÃO E MODO DE
COLOCAÇÃO
Processo de execução = maneira como a pessoa
aborda a tarefa
 Modo de colocação = o jeito como a pessoa
dispões as cores sobre o esquema da pirâmide.
 Definem boa parte do comportamento durante
a prova.
 Execução metódica ou sistemática: executa
as 3 pirâmides usando o mesmo procedimento
no que diz respeito ao modo de colocação dos
quadrículos sobre o esquema. Atitude =
bastante organização, meticulosidade ou
mesmo rigidez.

P
ROCESSO DE EXECUÇÃO
 Execução ordenada: segue
um padrão de
colocação mais ou menos constante (organização),
mas permite alguma variação (flexibilidade).
 Execução desordenada: variação constante no
processo de elaboração das 3 pirâmides,
alterando-se o modo de colaboração para cada
pirâmide ou procedendo muitas trocas e
alterações no ritmo. Pode refletir uma atitude
displicente ou ansiosa.
 Execução relaxada: modo exageradamente
desordenado de executar a tarefa, variando o
modo de colocação nas 3 pirâmides. Parece não
haver preocupação com bom trabalho.
MODO DE COLOCAÇÃO
 Maneira
como o indivíduo dispões os
quadrículos no esquema para cada pirâmide.
 Colocação ascendente: preenche partindo
da base em direção ao topo. Compatível com o
princípio lógico da construção de um
pirâmide.
 Colocação descendente: preenche partindo
do topo para a base. Mais comum em crianças
e pode indicar instabilidade e insegurança.
 Os outros tipos de colocação são identificados,
combinando
os
modos
ascendente
e
descendente.
MODO DE COLOCAÇÃO
Colocação direta: segue o sentido da
esquerda para direita (sentido da escrita). Mais
habitual.
 Colocação
inversa: da direita para a
esquerda. Pode denotar oposição, negação ou
fechamento em si e introversão.
 Colocação alternada ou em ziguezague:
alternam-se direita e esquerda, seguindo a
composição de camadas de forma contínua,
iniciando-se cada camada pela extremidade
onde a anterior terminou. Aparece mais em
crianças com dificuldade na orientação espaçotemporal e em adultos com rebaixamento
intelectual.


Colocação
simétrica:
MODO
DE COLOCAÇÃO
preenche os espaços
simétricos da pirâmide, por ex: 5a e 5E; 4b e 4c; 1
e 3b. Faz uma pirâmide dentro dela. Busca de
equilíbrio, que pode ser decorrente de
insegurança e medo da perda do equilíbrio.
 Colocação
diagonal:
pouco
freqüente,
construção de escadas ou camadas tombadas.
 Colocação em manto: conduz as estruturas em
manto.
 Colocação espacial: esquema que, a priori,
parece desordenado para que aos poucos revela
uma clara intenção de distribuir as cores em
pontos específicos, configurando pirâmides
assimétrico-dinâmicas.
ASPECTO FORMAL
 Indica
controle racional sobre os afetos e a
emoções.
 Está
relacionado ao funcionamento
cognitivo e as funções de atenção e
concentração.
 Pode ser classificado em 3 grandes
categorias:
 Tapetes: arranjo de cores nos quais a
forma não tem nenhuma participação no
produto final.

Tapetes
TAPETES
puros: disposição das cores de modo
aleatório, porém harmonioso. O conjunto é
agradável, as cores conservam um certo
equilíbrio
entre
si.
Menor
grau
de
desenvolvimento emocional (imaturidade) ou
intelectual, mas com adaptação emocional às
situações cotidianas.
 Tapetes desequilibrados: disposição das cores
é aleatória, mas com aglomerado de tons mais
claros e escuros em determinadas áreas,
repetições de tons em espaços contíguos, dando
uma
clara
impressão
de
desequilíbrio.
Perturbações
emocionais
grave,
refletindo
desequilíbrio e desadaptação ao ambiente.
Comum em esquizofrênicos.
TAPETES
 Tapetes furados ou rasgados: uso do branco
em uma única áreas do esquema ou em diversas
áreas, espalhado ou aglomerado. Idéia de furos.
Pode denotar perturbação grave proveniente de
dissociações no curso do pensamento. Pacientes
esquizofrênicos.
 Tapetes com início de ordem: tapetes puros
com um ou mais tons repetidos em posições
simétricas, mas não chegam a caracterizar uma
formação simétrica. Melhores possibilidades de
adaptação e busca de equilíbrio emocional,
embora não suficientemente desenvolvidas.
FORMAÇÕES
Organizações intermediárias – disposição das
cores por camadas.
 Funcionamento
cognitivo
e
emocional
intermediários.
 Formação
em camadas (ou formação
estratificada): cada camada é preenchida por
uma cor ou tonalidade. Podem se monotonais (um
tom), bastante raras. Monocromáticas, uma cor e
seus vários tons (degradé). Multicromáticas,
quando cada camada é feita de uma cor. As
camadas representam um nível não satisfatório
de trato com as emoções e manejos defensivo.

FORMAÇÕES
Formação em camadas (ou formação
estratificada): Mais graves monoatonais =
inibição e retraimento. Monocromáticas = estilo
sensível, mais reprimido na ação. Maior
freqüência
em
adolescentes
e
crianças,
personalidade ainda em formação.
 Formação simétrica: as cores distribuem-se em
pares simétricos, em cada camada. As simetrias
são
horizontais.
Sugerem
insegurança,
instabilidade interna e busca de equilíbrio
mediante comportamento cauteloso e prudente.
Maior incidência: TOC e transtorno de pânico.

FORMAÇÕES

Formação alternada: cores são dispostas
alternadamente, uma sim, uma não, em toda a
pirâmide, como um tabuleiro de xadrez.
Composta por apenas duas cores ou dois tons.
Comuns em adolescentes. Presentes em
indivíduos com dificuldade de adaptação ao
ambiente, conflitos acentuados.
ESTRUTURAS
Mais sofisticada na forma.
 Envolve a noção da disposição horizontal das
camadas, assim como uma interrelação entre
elas, considerando o plano vertical.
 Níveis intelectuais superiores.
 Estrutura
simétrica: camadas e colunas
organizadas a partir da disposição simétrica das
cores no plano horizontal e vertical. Capacidade
cognitiva mais diferenciada associada a maior
equilíbrio emocional e maturidade.

ESTRUTURAS

Estrutura em escada: cores dispostas na
diagonal, alternado-se duas cores ou dois tons.
Estados conflitivos atuais que comprometem o
equilíbrio, apesar do esforço para aparentar
estabilidade. Há sentimento de perda de
equilíbrio emocional, esquemas defensivo frágeis.
Considerar o modo de colocação, mais
preocupante as escadas descendentes.
ESTRUTURAS
Estruturas
em
manto:
borda
externa
preenchida por um cor, aspecto de serem
recobertas por um manto, e a parte interna
preenchida por uma cor ou por uma variedade
delas. Podem ser estruturas abertas ou fechadas,
dependendo da base inteiramente preenchidas
pela mesma cor das laterais ou pelas cores da
parte interna.
 Defesas do tipo fechamento em si, ou repressão e
sufocamento dos impulsos, principalmente se o
miolo for com cores neutras ou apenas uma cor. A
parte interna com várias cores vivas, esforços
para contenção diante da turbulência emocional.

ESTRUTURAS
Estrutura assimétrica dinâmica: distribuição
das cores, que parece aleatória, mas num exame
cuidadoso revela um alto grau de elaboração e
forte intuição espacial e estética. Formação de
pelo menos 3 triângulos com vértices de cores
repetidas, que se entrelaçam produzindo um
efeito de equilíbrio estático. Vivacidade de
expressão,
produtividade,
criatividade
e
sensibilidade artística.
 Estrutura
em mosaico: semelhante às
assimétricas.
Diferencia-se
pela
intenção
explicita de representar algo como “um vaso de
flor”.

TENDÊNCIA E MATIZAÇÃO
Quando o aspecto formal é de difícil definição =
recurso de indicarmos uma tendência.
 Ex: estrutura simétrica com tendência à manto
ou formação estratificada com tendência à
estrutura em escada etc.
 Ajuda apontar o modo de colocação (colocação
simétrica, diagonal, em manto).
 Matização: uso marcante dos diversos tons de
uma cor em uma escala crescente ou decrescente,
seja em camadas, mosaicos ou mantos. Adaptação
afetiva prudente, tímida e ansiosa.

DIVISÃO E CORTE
Divisão: emprego de tons claros em uma
extremidade e tons mais escuros na outra,
dividindo a pirâmide em duas partes, no plano
horizontal ou vertical. Raro de ocorrer,
representa conflitos resultantes da dificuldade de
integração da personalidade – indício de
dissociações.
 Corte ou mutilação: uso do branco ou tons
esbranquiçados concentrados numa camada
inteira (corte) ou no topo da pirâmide, dando a
impressão de uma pirâmide decepada (cortada).
Casos graves de esquizofrenia.

ANÁLISE DO ASPECTO FORMAL NO
CONJUNTO DAS TRÊS PIRÂMIDES
As 3 pirâmides podes ter forma distintas.
Importante analisar a seqüência.
 Hipótese = sob a estimulação das cores, algumas
pessoas podem sofrer o impacto e demorar para
se organizar ou mobilizar defesas eficazes
(primeira pirâmide pouco estruturada), mas aos
poucos encontram recursos mais amadurecidos
(terceira pirâmide mais estruturada).
 Outras podem conseguir mobilizar inicialmente
certas defesas, mas ao aumentarem a
familiaridade com a tarefa, relaxam os esquema
defensivos e acabam revelando dificuldades ou
conflitos não tão aparentes.

CORES
 Cores quentes – vermelho, laranja e amarelo;
 Cores frias – azul, verde e violeta;
 Acromáticas – cinza, preta e branca;
 Marrom é uma cor intermediária.
 É necessário referências do resultado das cores
com os valores médios, dados normativos, tabelas
no final do manual.
 Além do significado das cores, para análise dos
resultados é necessário integrar a forma, a
fórmula cromática etc.
VERDE
Cor mais empregada.
 Quatro tonalidades.
 Relaciona-se
à esfera do contato e dos
relacionamentos afetivos e sociais.
 Cor do insight e da empatia. Necessário avaliar a
tonalidade, sendo Vd1 mais clara, presença do
branco e o Vd4, mais enegrecida.
 Excesso – sobrecarga de estimulação, que pode
gerar ansiedade e ruptura do equilíbrio interno.
 Diminuição – pode indicar certa insensibilidade
emocional, com retraimento social.
O
verde
costuma
estar
rebaixado
em
adolescentes.

AZUL
Quatro tonalidades.
 Capacidade de controle e de adaptação.
 O tom mais forte (Az4), tonalidade mais típica,
relaciona-se à introversão, controle e adaptação.
 Excesso
– supressão da expressão dos
sentimentos
e
afetos,
supercontrole,
compulsividade.
Pode
ser
relacionar
a
sentimentos de inferioridade, de incapacidade e
ambivalência.

VERMELHO
Quatro tonalidades.
 Ligado
à
extroversão,
irritabilidade,
impulsividade e agressividade.
 Rebaixamento pode levar a labilidade estrutural,
enfraquecimento da possibilidade de descarga
emocional, de realização ou de retraimento
defensivo como fuga do mundo exterior.

AMARELO
Duas tonalidades.
 Cor estimulante, extroversão mais moderada,
mais canalizada e mais adaptada ao meio
ambiente.
 Excesso – exagero das manifestações afetivas,
mais
estilizadas
e
superficiais,
menos
espontâneas. Pode significar imaturidade,
estrutura pouca sólida e baixa tolerância à
frustração,
instabilidade,
egocentrismo
e
irritabilidade.
 Diminuição – dificuldade de canalizar e expressar
emoções de maneira adaptada.

LARANJA
Duas tonalidades.
 Cor intermediária – vermelho e amarelo.
 Representa “ambição, anseios de produção e
desejo de fazer-se valer pela produtividade”.
 Excesso – excitabilidade, desejo de domínio,
onipotência, redução do senso de autocrítica e
arrogância.
 Rebaixamento
–
repressões,
inibições,
influenciabilidade, passividade ou submissão.

MARROM
Duas tonalidades.
 Relaciona-se à extroversão, porém vinculada à
esfera mais primitiva dos impulsos, com
disposição para descargas intensas ou violentas.
 Energia,
ação, dinamismo – conduzindo a
destruição ou produtividade.
 Excesso – aparece em pessoas com dificuldades
de adaptação, insegurança, tendência a padrões
fixos: neurose obsessivo-compulsiva, respeito
excessivo à normas e convenções; fanatismo.
 Diminuição – falta de energia, menor resistência
e baixa produtividade.

VIOLETA
Três tonalidades.
 Tensão e ansiedade.
 Vi1 – ansiedade difusa, medo do desamparo e
insegurança.
 Vi2 – ansiedade excitada, resultado de conflitos,
ou uma inquietação que pode à criatividade.
Insatisfação, medo e imprevisibilidade.
 Vi3 – melhor elaboração da ansiedade. Mas,o
excesso é comum nos quadros obsessivos.
 Ausência – negação dos impulsos e da ansiedade.

PRETO
Negação da cor – repressão ou inibição.
 Dentro
do
esperado
tem
uma
função
estabilizadora e reguladora dos impulsos que visa
à adaptação.
 Ausência – rebaixamento ou ausência das
repressões indispensáveis ao homem socialmente
adaptado.

BRANCO
Anulação ou diluição das cores.
 Sentido
de vazio interior, de fragilidade
estrutural e de estabilidade precária.
 Aumento
– perturbações graves, como as
psicoses. Vulnerabilidade e ausência de
mecanismos de controle, ou mesmo perda de
contato com a realidade.
 O aumento também pode significar apatia,
prostração e o negativismo.

CINZA
Carência afetiva e sentimento de vazio, assim
como, ansiedade, insegurança e repressão dos
afetos.
 Aumento – timidez, cautela e restrição nos
contatos emocionais. Comum em pessoas
oposicionistas e que criam conflitos no ambiente
que os cercam.

AGRUPAMENTO DE CORES
Cores em dupla
 Az ↑ e Pr ↑: a intoversão do azul com a repressão
do preto indicaria bloqueio e extrema dificuldade
de elaboração, dificuldade no desenvolvimento
emocional. Rigidez, pessimismo, negativismo e
falta de energia.
 Az ↑ e Am ↑: introversão x extroversão. Sinal de
imaturidade. Indica disposição neurótica, se
aparecerem em pirâmides em camadas, escadas
ou ladrilhos – transtorno obsessivo.
 Az ↑ e Ci ↑: fechamento em si e indisposição para
contatos sociais.

CORES EM DUPLA
Vm ↑ e Vi ↑: excitação e impulsividade. Pode
indicar descargas explosivas e imprevisíveis
(Vm2 e Vi2).
 Vm ↑ e Ma ↑: excitação e impulsividade, com
relacionamento de caráter mais primitivo, têm
um significado de regressão e de descargas
abruptas.
 Vm ↑ e Br ↑: excitabilidade e impulsividade, com
estrutura enfraquecida, descontrole das ações e
atitudes desorganidas.
 Vd ↑ e Vd ↑: fragilidade na estrutura da
personalidade,
descargas
de
impulsos
e
impossibilidade de elaboração – psicose.

CORES EM DUPLA
Vd ↑ e Vi ↑: violeta – ansiedade e o verde –
sobrecarga de estímulos internos não elaborados.
Combinação compromete o equilíbrio emocional.
 Vd ↑ e SE ↑: a SE ou síndrome de estímulo (Vm,
La e Am). Sobrecarga interna e dificuldade de
contenção, inconstância e superficialismo nas
relações. Tratamento de desintoxição por
consumo de drogas.
 Vd ↑ e La ↑: sentimentos de culpa acentuados
decorrentes de fantasias sexuais, ansiedade
persecutória nos transtornos de abuso do álcool.
 Vd ↓ e Az ↑: estabelecimento de relacionamentos
profundos e autênticos, ainda que restritos.

CORES EM DUPLA
Vd ↓ e Vm ↑: irritabilidade e impulsividade, sem
elaboração.
 La ↓ e
Vi ↓: atitude morosa e produtividade
rebaixada.
 La ↑ e Vi ↑: agitação e produtividade ansiosa e
excitada, dispersiva e incompleta.
 Ma ↑ e Br ↑: agitação e inquietação, gerando
produtividade ou atividade inconstante e
inconsistente. Criadores de caso, queixosos etc.
 Ma ↑ e Pr ↑: compulsividade, necessidade de
seguir rituais e dificuldade de adaptação.

CORES EM DUPLA
Vm ↑ e Pr ↑: impulsividade x repressão. Conflitos
acentuados, sentimentos de insatisfação.
 Pr ↑ e Ci ↑: debilidade da estrutura da
personalidade associada a regressões intensas –
atitudes de dissimulação, mentiras e intrigas.
 Pr ↑ e Am1 ↑: imaturidade, aparece em
adolescentes.
 Ci ↑ e Vm ↑: pessoas irritáveis, com tendência a
criar polêmicas e confusões no seu entorno.

SÍNDROMES CROMÁTICAS

•

•
•
Síndrome de normalidade (Az + Vm + Vd):
predominam nas pessoas em geral. A soma tende a
ultrapassar 50%. Capacidade de manter a conduta
adaptada. Necessário avaliar a porcentagem de cada
cor, individualmente.
Aumento – grande esforço para manter o equilíbrio e
aparentar pseudonormalidade, às vezes a custa de
mecanismos constritivo-inibitórios.
Síndrome de estímulo (Vm + Am + La): cores mais
estimulantes, aumentadas em indivíduos sob efeitos
de drogas estimulantes. Capacidade de extroversão e
contato afetivo e social.
Aumento: egocentrismo e desaptação.
Aumento + diminuição da síndrome de normalidade e
da síndrome fria: excitabilidade e incontinência
afetiva.
SÍNDROMES CROMÁTICAS
Síndrome fria (Az + Vd + Vi): comportamento
antagônico ao das cores quentes. Aumento –
quadros patológicos, esquizóides.
 Síndrome incolor (Pr + Br + Ci): negar,
atenuar ou reprimir estímulos. Aumento – fuga
de situações afetivas, busca de um equilíbrio
frágil. Ausência – pode significar falta de
elementos estabilizadores.
 Síndrome de dinamismo (Vd↑ + Am↑ + Ma↑):
Ação-realização-produtividade.
Pessoas
dinâmicas e realizadoras.
 Síndrome de excitação afetiva (La↑ + Vd ↑ +
VI↑): indivíduos egocêntricos, ansiosos, que não
elaboraram as estimulações recebidas.

SÍNDROMES CROMÁTICAS
Síndrome de labilidade afetiva (Vd↑+
Vm↑+Ma↓): reações impulsivas, instabilidade,
insegurança e influenciabilidde.
 Síndrome de histeria (Vd↑ + Vm↑ + Vi↑):
semelhante à síndrome de excitação, mais
acentuada, sendo possíveis maior violência e
explosividade nas descargas emocionais.
 Síndrome do conflito interno (Br ↑ + Vm↑ +
Ci↑): irritabilidade e impulsividade em pessoas
com estrutura enfraquecida.
 Síndrome de agitação (La ↑ + Vi↑ + Ma↑ + Br):
reações irregulares de agitação e tumulto.
 Síndrome de regulação opressora (Az ↑ +
Ci↑+ Pr↑): constricção acentuada e opressão.

SÍNDROMES CROMÁTICAS
Síndrome enegrecida (Vd4 + Vm4 + Vi3 + Ma2
+ Pr): repressões intensas e possível depressão.
 Síndrome esbranquiçada (Vm1 + Vi1 + Az1 +
Br
ou
Ci):
enfraquecimento
estrutural,
superficialismo
afetivo
–
personalidades
esquizóides ou psicóticas.
 Síndrome de vivacidade (Vm2 + Am2 + La2 +
Az2): afetividade viva e vibrante.
 Síndrome dos contrastes (Az4 + Am1 ou Vm2
+ Pr ou Vm4 + Vm2): colocadas lado a lado na
pirâmide – presença de conflitos e muita tensão
decorrente de anseios contrários.

FÓRMULAS CROMÁTICAS
Incidência das cores na seqüência das três
pirâmides.
 4 algarismos:
 Quantidade de cores utilizadas nas 3 pirâmides
(Constância Absoluta – CA)
 Quantas cores empregadas em 2 pirâmides, não
importando quais (Constância Relativa – CR).
 Quantidade de cores usadas em apenas uma das
pirâmides (Variabilidade – V).
 Quantidade de cores omitidas (Algarismo de
ausência – AUS).

FÓRMULAS CROMÁTICAS
CA : CR : V : AUS
2 : 3 : 1: 4
 Essa fórmula demonstra que 2 cores foram
utilizadas nas 3 pirâmides, que 3 cores foram
empregadas em 2 pirâmides, que 1 cor apareceu
em apenas 1 pirâmide e que 4 cores não foram
escolhidas.
 Essa fórmula avalia a amplitude cromática, dada
pela soma dos 3 primeiros algarismos.
 Amplitude cromática – grau de abertura aos
estímulos que uma pessoa apresenta.
 Valor elevado – pessoa receptiva e acessível, mas
pode apontar também forte labilidade e
instabilidade.

FÓRMULAS CROMÁTICAS
Aumento de cores omitidas – diminuição da
receptividade aos estímulos, constrição e
retraimento.
 Amplitude cromática costuma variar entre 4 e 8,
sendo a média entre 6 a 8.
 Necessário verificar também o grau de constância
do uso das cores.
 9 categorias distintas.
 Para correta classificação: quantidade de cores
utilizadas (amplitude) e sua maior ou menor
constância (grau de estabilidade.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas amplas e estáveis:
 8: 0: 1: 1 – grande amplitude com predomínio do
CA.
 Indicam grande receptividade e tendência à
estabilidade nas escolhas, mas pela constância
das
cores
pode
sugerir
comodismo
e
indiferenciação.
 Fórmulas amplas e flexíveis:
 4: 3: 2: 1 – apresenta amplitude da anterior mas
com mais equilíbrio entre CA e CR.
 Capacidade de ação e realização de modo mais
enérgico e mais direcionado a objetivos.
Flexibilidade e maturidade.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas amplas e instáveis:
 2: 2: 5: 1 – amplitude igual aos dois casos
anteriores, mas com aumento do algarismos
centrais, V > CA.
 Inconstância nas escolhas – instabilidade, ainda
com esforço de adaptação.
 Fórmulas moderadas e estáveis:
 4: 2: 1: 3 – amplitude dentro dos valores médios,
predomina o CA.
 Fórmula mais equilibrada – mais estabilidade,
segurança e capacidade de adaptação.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas moderadas e flexíveis:
 0: 3: 3: 4 – amplitude moderada, aumento dos
algarismos centrais e rebaixamento de CA.
 Instabilidade e vulnerabilidade, balanceada por
leve restrição à abertura aos estímulos.
Moderação de atitudes e controle, com certa
inconstância de reações.
 Fórmulas moderadas e instáveis:
 1: 0: 5: 4 – amplitude moderada e predominância
do algarismo de variabilidade - V.
 Instabilidade, menos acentuada do que nos casos
em que o algarismo de ausência está mais
reduzido.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas restritas estáveis:
 5: 0: 0: 5 – valor significativo do algarismo de
ausência, demonstrando restrição e menor
abertura aos estímulos.
 Predomínio do CA – ação bastante limitada e
circunscrita, pessoa estável, mas pouco criativa,
com tendência a reações estereotipadas.
 Fórmulas restritas flexíveis:
 0: 3: 0: 7 – algarismo de ausência muito elevado,
pessoas cautelosas e inibidas, mas com adaptação
ao ambiente, desde que longe de situações
emocionalmente carregadas.

TIPOS DE FÓRMULAS
Fórmulas restritas instáveis:
 0: 0: 4: 6 – predomínio de Variabiliade–V,
sentimento de instabilidade controlado por
mecanismos inibitórios que restringem a ação ou
mesmo campo de interesse.

INTEGRAÇÃO DE CORES E
FÓRMULAS


Analisar as cores que apresentam constância e as cores que
estão ausentes.
Facilita a composição do quadro:
FORMÚLA CROMÁTICA
CA
CR
V
AUS
Az
Am
Ma
Pr
Vi
Vi
Br
La
Ci
Vm
2
4
1
3
PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Dados de pesquisa dos autores com 208 sujeitos.
As diferenças significativas entre os quadros
estão descritas a seguir.
 Transtorno esquizofrênico:
 Aumento de tapetes desequilibrados e furados foram caótica ou truncada de organização.
 Rebaixamento
de pirâmides estratificadas
multicromáticas.
 Aumento de vermelho de tonalidade mais clara
(Vm1) – impulsos em estruturas enfraquecidas,
desagregação da realidade.
 Constância absoluta da cor marrom – regressão e
impulsividade.

PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno do pânico:
 Aumento das formações simétricas – tentativa de
controle excessivo e constante busca de equilíbrio,
a fim de superar a instabilidade interna.
 Elevação significativa da porcentagem do azul –
constrição, sufocação ou simples supressão da
expressão dos sentimentos e afetos.
 Transtorno alcoolista:
 Aumento da freqüência da cor vermelha –
voracidade, irritabilidade, agressividade e
impulsividade.
 Constância absoluta da cor violeta acompanhada
da constância absoluta de verde e azul –
personalidade inquieta e imatura.

PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno depressivo:
 Pirâmides em formações estratificadas tendendo
a estruturas – nível médio de maturidade
emocional.
 Pirâmides cortadas ou decepadas – dificuldades
de contato social.
 Aumento da cor verde – ansiedade elevada.
 Presença constante da cor violeta – excitação em
paralelo à introversão = desejo de alcançar algo
que parece inacessível.

PSICODIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transtorno obsessivo compulsivo:
 Aumento da formação simétrica – manutenção do
controle sobre os pensamentos e atitudes.
 Diminuição das estruturas simétricas – menor
maturidade afetiva.
 Aumento da cor marrom – dificuldade de
adaptação.
 Transtorno somatoforme:
 Aumento da cor branca – falta de contato com o
mundo interior. Insegurança, fragilidade e
intranqüilidade, sem uma estrutura mental com
capacidade de elaboração.
 Principal
característica
dos
distúrbios
psicossomáticos – falta de mentalização.

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As Pirâmides coloridas de pfister