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ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5904 DE 15 DE ABRIL DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
Banca ‘Online’
&
‘TRADERS’
Infografia: Marta Carvalho | [email protected]
Mais de 600 mil portugueses
utilizam ‘mobile banking’
O número de utilizadores deste serviço duplicou entre Abril de 2013 e Fevereiro de 2014.
TEXTOS DE RAQUEL CARVALHO
[email protected]
Cada vez mais pessoas acedem aos serviços bancários através do telemóvel e de
outros equipamentos móveis. De acordo
com o estudo Basef Internet Banking, da
Marktest, 641 mil portugueses com conta bancária que utilizam os serviços de
internet ‘banking’ utilizaram também o
serviço ‘mobile banking’ no quadrimestre móvel de Fevereiro de 2014.
A percentagem de utilizadores deste serviço duplicou entre Abril de 2013 e Fevereiro deste ano, o que tem levado os bancos a investir cada vez mais nas soluções
para este tipo de clientes.
O estudo dá conta de ser o Millenniumbcp o banco com maior percentagem de utilizadores do serviço ‘mobile
banking’ do próprio banco (22,3%), seguido do BES, com 21,6% e do BPI, com
20,3%. A CGD surge em quarto, com
19,9% e o Santander Totta com 18,2%.
Contactados pelo Diário Económico, os
bancos confirmam uma tendência de
crescimento no acesso aos sites por dispositivos móveis, sejam eles ‘android’ ou
‘smartphones’.
Rosa Santa Barbara, responsável para a
banca direta do Millenniumbcp afirma
que no canal ‘mobile’ registou-se “um
crescimento de 65,9% nas transacções
efectuadas”, sendo que “11% do total de
clientes activos usam em exclusivo o canal ‘mobile’”, diz.
Já Pedro Mira Vaz, director do departamento de marketing de inovação e canais do BES, revela que o canal ‘mobile
banking “tem uma penetração de 8%,
tendo superado já os 70 mil clientes activos”. O responsável frisa que o número
de acessos ao site do banco através de te-
O Millenniumbcp é o banco
que tem mais utilizadores
do serviço ‘mobile banking’,
diz a Marktest.
lemóvel atingiu os “40 milhões, o que
representa um crescimento de 12% em
2013, face ao período homólogo”.
Também a Caixa Geral de Depósitos garante ter havido um crescimento do
acesso ao site através de telemóveis. Porém, o banco não dá números exlusivos
do acesso apenas por esse canal. Afirma
apenas que, dos clientes de banca à distância, 13% acedem já via ‘mobile’”-apesar do estudo da Marktest referir
19,9% - e destaca o crescimento do
acesso ao site, também através de computadores ou tablets.
Em 2013, “o Caixadirecta ultrapassou 1,78
milhões de contratos, enquanto o serviço
caixa e-banking manteve a tendência de
crescimento ao nível da evolução dos contratos, mais 8,7%, sendo responsável pela
movimentação de 100 milhões de euros,
em média por dia”, afirma a mesma fonte.
O peso do Internet banking tem crescido
em todos os bancos. No BES a taxa de penetração atingiu os 45% da base de
clientes. E no Millenniumbcp o peso do
‘online’ representou cerca de 40% da
sua actividade no ano passado, havendo
mesmo operações que representam
90%do total do banco. Também no Santander Totta, “existe claramente uma
tendência crescente para a utilização de
canais não presenciais como o NetBanco
e também o ‘mobile’, disse fonte oficial
ao Diário Económico. ■
II Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014
BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’
Canal internet
com mais peso
na banca
A equipa do BES Online, composta por 14 pessoas,
foi fotografada no terraço das suas instalações no Parque das Nações,
em Lisboa. A única equipa ‘online’ que aceitou ser retratada
é liderada por Pedro Mira Vaz, quarto a contar da esquerda.
Tanto clientes particulares como empresas
privilegiam cada vez mais o acesso ‘online’.
Caixa Geral de Depósitos
Caixadirecta para particulares
e ‘e-banking’ para empresas
Sob a designação de banca ‘online’, a Caixa
disponibiliza aos clientes particulares o serviços Caixadirecta e aos clientes empresa o serviço Caixa ‘e-banking’. De acordo com fonte
do banco, “o cliente usa os diferentes canais
de acesso de acordo com a sua necessidade
específica, localização e acesso mais conveniente – através de meios que, em geral, são
da sua propriedade - nomeadamente computador, ‘smartphone’ ou ‘tablet’”.
O acesso ao banco via internet tem crescido
muito e 2013 não foi excepção, diz a mesma
fonte.
Millenniumbcp
Procura pelo canal
internet a subir
No Millenniumbcp o peso do canal internet
em 2013 representou “cerca de 40% da actividade, tendo subido três pontos percentuais
face ao ano anterior”, diz Rosa Santa Bárbara,
responsável para a banca directa do banco.
Existem aliás operações que, no total, representam 90% do total do banco, “o que significa uma adopção quase exclusiva do canal ‘online’”, afirma.
A responsável de um dos maiores bancos portugueses garante que, entre clientes activos
do canal internet e ‘mobile’, “87% usam de
forma exclusiva o canal internet particulares”
e que a base de clientes activos no canal internet é “muito expressiva e bastante consolidada”. Rosa Santa Bárbara revela ainda que
em 2013 o Millenniumbcp registou “um crescimento de 5,2% face a 2012 nas transações
efectuadas neste canal”. No que se refere aos
clientes empresariais, o crescimento no ano
passado, foi de “7,6% face a 2012 nas transações efectuadas neste canal”.
MILLENNIUMBCP
O peso do canal internet na
actividade do Millenniumbcp
em 2013.
40%
BES
No final de 20136, 73% das
operações foram realizadas
através do serviço ‘online’.
73%
Paulo Alexandre Coelho
Está a crescer o peso da actividade ‘online’
nos bancos tradicionais. Os principais bancos
a actuar em Portugal assumem ao Diário Económico que o Internet Banking tem cada vez
mais adeptos e são muitos os clientes que privilegiam este meio. Con heça o peso que a internet já tem nos principais bancos portugueses e as suas estratégias para enfrentar um futuro de desafios.
Santander Totta
Tendência crescente para utilização
de canais não presenciais
“Há clientes que utilizam preferencialmente
o canal internet, em detrimento de outros canais”, revela fonte do Santander Totta, banco
onde também “existe claramente uma tendência crescente para a utilização de canais
não presenciais, como o NetBanco e o Mobile”, diz a mesma fonte.
Neste canal, a maior percentagem de produtos e serviços utilizados “recai essencialmente nas operações bancárias do dia-a-dia, sendo que podemos afirmar que o ‘push’ para a
utilização de serviços mais complexos e menos recorrentes são um desafio”.
Neste banco, tanto os clientes particulares
como os empresariais têm procurado de forma crescente a internet, com maior expressão
nos clientes particulares.
BES
Internet ‘banking’ no BES atinge os 45%
A taxa de penetração dos clientes com actividade no internet ‘banking’ atingiu os 45%
da base de clientes no BES. Segundo Pedro
Mira Vaz, director de marketing de inovação
e canais do banco, tendo em conta a externalização de operações, “no final de 2013
cerca de 73% das operações foram realizadas
através do canal internet, o que representa
um crescimento de 10% face ao período homólogo”, diz, frisando a existência de operações “quase exclusivamente originadas no
canal Internet, como é o caso das ordens de
bolsa”.
De acordo com o responsável, o número de
clientes que utilizam frequentemente o BESnet
– Internet Banking de particulares “atingiu 377
mil no final de 2013, um crescimento de 7%
face ao período homólogo”. Já o número de
acessos foi de 40 milhões, “o que representa
um crescimento de 12% face ao período homólogo, revela Pedro Mira Vaz que, quando aos
clientes empresariais, diz terem atingido os
“63 mil no final de 2013, o que representa um
crescimento de 10% face ao período homólogo”. O número de acessos atingiu “os 20,2 milhões, um crescimento de 34% face a 2012”.
Pedro Mira Vaz diz que o BES dá grande importância a este canal, disponibilizando a
componente de serviço e venda a clientes,
sendo também “já possível o ‘servicing’ através do BESnet em 45 tipologias de serviço diferentes”.O responsável confessa que a internet não cobre todas as necessidades dos
clientes, mas admite haver “muitos clientes
que são ‘internet-first’, ou seja, sempre que
podem usam a internet. Correspondem a cerca de 2/3 dos utilizadores de internet
banking”, explica.
E, se considerarmos apenas as operações
como transferências, pagamentos e carregamentos, o director de marketing de inovação
e canais do BES diz que “os canais directos do
BES (’internet’, ‘mobile’ e ‘tablet’) são o
principal canal, com mais de 50% das operações, excedendo as caixas multibanco)”. ■
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IV Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014
BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’
Paulo Figueiredo
A sede do banco BiG na avenida 24 de Julho, em Lisboa.
Bancos investem mais em tecnologia
Estudo da IDC e IBM Portugal revela tendência para crescerem investimentos em soluções tecnológicas.
À medida que cresce o número de clientes
com interesse em aceder a produtos e serviços
bancários através de novos canais digitais, em
simultâneo com os canais mais tradicionais,
aumenta a pressão para que os bancos desenvolvam estratégias multicanal completas e
integradas.
Num estudo feito em Abril de 2013 pela consultora IDC e pela IBM Portugal junto de várias
instituições bancárias, visando a identificação das principais tendências de evolução dos
bancos, estes reconhecem não estarem bem
preparados para o crescimento exponencial
da informação, para a utilização das redes sociais e para a diminuição da fidelidade dos
clientes. E reconhecem a importância da
adopção de soluções tecnológicas no sentido
de diminuir a lacuna.
No inquérito feito no ano passado, 67% dos
bancos admitiu a intenção de aumentar o investimento no desenvolvimento de soluções
para ‘smartphones’ e tinha planos para aumentar o investimento em aplicações para
‘tablets’. E 58% queria reforçar o investimento em soluções que possibilitem a criação
de uma visão integrada dos seus clientes, assim como em soluções de análises de clientes.
A maioria das instituições acreditava que a
área de ‘mobile banking’ e de internet
‘banking’ seria alvo de melhorias nos 12 meses seguintes, uma vez que ambos os canais
mantém ou ganharam relevância em todos os
aspectos de relacionamento com os clientes e
mesmo na venda de produtos.
Contactados pelo Diário Económico, os bancos assumem vários investimentos nesta
área. O BES, por exemplo, lançou em Outubro
de 2013, a aplicação BEStablet , disponível
para clientes particulares e empresas, e “totalmente concebida para a utilização no
Appleipad e em ‘tablets’ Android”, disse Pedro Mira Vaz, director do departamento de
marketing de inovação e canais do BES, ao
Diário Económico. A aplicação permite criar
novas operações e disponibiliza “um lote
alargado de transacções, que corresponde a
mais de 90% das necessidades quatidianas e
de mobilidade dos clientes”, revela. Em Janeiro o banco lançou ainda o BESoneclick,
com o objectivo de “alargar a oferta do banco
na área das aplicações para ‘smartphone’ com
a App que está enfocada na simplicação depequenas tarefas do dia-a-dia”, refere.
A CGD lançou a aplicação Caixadirecta para o
sistema operativo Windows 8, adaptado a ‘tablet’ e ao computador, bem como para ‘ipho-
Bancos sem falhas
de segurança
A Qualsys, empresa de
segurança electrónica,
analisou recentemente a
segurança geral dos sites
bancários. No estudo,
nenhuma das instituições
testadas apresentaram
falhas de segurança
Heartbleed, que torna inútil
qualquer encriptação que
exista para proteger os
dados dos utilizadores.
Mas a maioria dos bancos
analisados apresenta uma
ou outra área que pode ser
melhorada, como é o caso
do ActivoBank, da CGD, do
BES, do BPI e do Montepio.
O Millenniumbcp foi o que
obteve a melhor nota, ao
contrário do BBVA, com a
pior. O Santander Totta
também teve nota negativa.
ne’ e para o sistema operativo Android, “também com versão ‘smartphone’ e tablet”, explica fonte do banco, que refere a disponibilização de “uma nova versão ‘mobile browser’
para serviço de particulares e empresas”.
No que se refere ao Millenniumbcp, Rosa Santa Bárbara, responsável pela banca directa do
banco, destaca várias inovações tecnológicas
lançadas em 2013, como o serviço de transferências por QR Code, que “permite que os
utilizadores da ‘app’ possam pagar ou receber
dinheiro através de QR Code gerados na aplicação millenniumbcp”, o pagamento de facturas por leitura óptica, a possibilidade de se
aceder ao banco através do sistema operativo
Windows 8 (’tablets’ e PC), e a criação da Milleenium Store, onde os clientes podem aceder
mais facilmente a todas as aplicações.
Já este ano, o banco lançou uma aplicação que
permite constituir poupanças através da ‘app’
Millenniumbcp, um centro multimédia “onde
os clientes podem aceder a tutoriais, notícias
de mercado ou outras informações em formato vídeo”, bem como um site exclusivo para
os accionistas. No Santander Totta, 2013 foi
marcado pelo lançamento das aplicações
‘mobile’ particulares para sistemas IOS e Android. ■
Terça-feira 15 Abril 2014 Diário Económico V
Banco BiG
Depósitos no BiG aumentaram 26%
O incremento dos clientes traduziu-se num crescimento expressivo de depósitos e activos sob supervisão.
2013 foi um ano em que o BiG passou a servir
uma base mais alargada de clientes, tanto
particulares como empresariais. “A base de
clientes tem aumentado consistentemente
desde a sua origem. No ano passado aumentou 15%”, adianta fonte do banco, que explica
que este crescimento se traduziu num aumento expressivo de depósitos (26% para 684
milhões de euros) e activos sob supervisão
(44% para 2,2 mil milhões de euros).
O incremento da procura pelos serviços e
produtos do banco levou o BiG “a reforçar as
ofertas de investimento e poupança e a alargar os pontos físicos de contacto com os
clientes”, assume fonte do banco. Uma das
consequências foi a abertura, em 2013, da 14ª
agência, estando prevista para este ano a
abertura da 15ª, “numa rede que já cobre oito
capitais de distritos nacionais”, revela.
Apesar da abertura de pontos físicos, o banco
BiG é um banco ‘online’ em que “mais de 50%
dos clientes utiliza os meios ‘online’ para aceder aos produtos e serviços do banco. Nos úlPUB
Mais de metade
dos clientes
do BiG utiliza
os meios ‘online’
para aceder
aos produtos
e serviços
do banco.
timos anos o banco tem também assistido a
um aumento considerável na utilização das
plataformas ‘mobile’.
De referir que o ano passado foi “positivo”
para o BiG, que apresentou um lucro líquido
consolidado de 58,6 milhões de euros, mais
82% do que em 2012. Fonte do banco refere
que “o produto bancário ultrapassou os 125
milhões de euros, aumentando 55,7% face a
2012, e a margem financeira cresceu 37% para
25,7 milhões de euros”.
Quanto aos produtos mais procurados, o banco tem sentido que os anos de crise “trouxeram uma disponibilidade menor para os
clientes aplicarem as suas poupanças em produtos de maior risco”. Assim, tem havido
“uma maior procura por produtos como os
depósitos a prazo e as obrigações, em detrimento de um foco que, até então, seria no
mercado accionista”, refere a mesma fonte do
BiG.
Já no que respeita às principais mudanças e
tendências sentidas nos clientes, a mesma
fonte revela ter-se registado “um sentimento
mais positivo”, o que se temtraduzido numa
maior propensão ao risco. Por isso, o início de
2014 tem ficado marcado pelo regresso à procura de activos que possam gerar maiores
rentabilidades. O banco destaca também uma
procura crescente por parte dos clientes em
“equilibrar as carteiras, juntando activos de
risco mais elevado mas mantendo produtos de
capital garantido”.
De frisar que o BiG tem a segurança como
uma das principais linhas de investimento e é
sobretudo nesta área que mais tem implementado soluções inovadoras. O banco garante ter “um sistema de protecção contra
ataques massivos com origem na internet e
protecção activa em tempo real dos equipamentos ligados em rede” e explica que “todas
as plataformas que suportam o ambiente
‘online’ estão preparadas para suportar falhas e serem escaláveis por forma a garantir
elevada qualidade de serviço para utilização
mais intensa”. ■
VI Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014
BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’
Banco Best
Canal ‘mobile’ do Best
cresce 50% em 2013
Canal ‘mobile’ ganha já pesa 15% na actividade
do banco, tendo crescido 50% em 2013.
Neves António
Duas funcionárias da sede
do ActivoBank, no Tagus Park,
em Oeiras, mostram como se acede
ao banco através de um ‘tablet’.
Banco ActivoBank
71% dos clientes acedem ao banco em exclusivo pela
Internet. 27% acede por ‘smartphone’ ou ‘tablet’.
O número de clientes do ActivoBank, do
Grupo Millenniumbcp, tem crescido de
forma constante. Em quatro anos, o
banco viu mais que triplicar o seu número de clientes. Em 2013, o ritmo de
captação de novos clientes continuou a
crescer e, no final do primeiro trimestre
de 2014, número de clientes do banco já
tinha ultrapassado os 60 mil.
Caracterizado por ser um banco online,
o peso deste canal tem aumentado nos
últimos anos, “e já representa, neste
momento, em média, 98%”, informa
Luís Magro, responsável de marketing
O ActivoBank trabalha em
esclusivo com clientes
particulares e tem
apostado em inovações
tecnológicas.
do banco, que realça que 71% dos clientes utilizam exclusivamente os serviços
e produtos do banco, através da Internet”, havendo ainda a possibilidade de
se contactar o banco via telefone.
Além do serviço de Internet ‘banking’,
27% dos clientes já acedem ao Activobank através de ‘smartphone’ ou ‘tablet’, diz Luís Magro, que destaca o facto
do banco ‘online’ ter sido pioneiro no
lançamento de aplicações móveis “quer
na vertente transaccional, quer na vertente de investimentos”.
O ActivoBank tem como lema “a simplicidade e a simplificação”, estando, garante o director de marketing, “patente
na assinatura da marca “Simplifica’: um
banco desenhado ao pormenor para
simplificar a vida das pessoas”.
Para cumprir esta promessa, o ActivoBank tem apostado em serviços e produtos distintivos, dos quais Luís Magro
destaca a emissão de cartões de débito e
crédito na hora e “devidamente personalizados, transferências bancárias
através de QRCodes ou, ainda, mais recentemente, a assinatura da documentação de abertura de conta num ‘tablet’”.
De referir que o ActivoBank, que emprega 144 pessoas, tem clientes com os
mais diversos perfis. Contudo, “a maior
incidência é nos jovens até aos 40 anos
que vivem ou trabalham nas principais
zonas urbanas, adeptos de novas tecnologias e que procuram um banco diferente que possam considerar como um
parceiro do dia-a-dia”, explica.
O banco, que trabalha em exclusivo com
clientes particulares, dá grande atenção
às questões de segurança, considerando-as de “importância primordial”.
Consciente de que o maior enfoque dos
atacantes “é colocado na tentativa de
comprometer os clientes e não o ‘site’ ou
sistemas do banco”, o ActivoBank assume que minimiza estes riscos através
“do trabalho de equipas multi-disciplinares que actuam em todo o ciclo de
vida dos projectos e assegurada pela
monitorização constante dos serviços
bancários por forma a prevenir, detectar e actuar eficientemente sobre as
ameaças que surjam”. ■
Paula Nunes
Clientes triplicaram
nos últimos quatro anos
A equipa do banco Best,
fotografada na semana passada na sua sede.
O Banco Best fechou o ano de 2013 com
um resultado líquido de 10,2 milhões de
euros, “o que representa um aumento de
21% face ao ano anterior”, informa Elisabete Santos, subdirectora de marketing do banco.
Num ano de crescimento sustentado, o
total de activos de clientes sob custódia
cresceu 18%, “ultrapassando os 2,3 mil
milhões de euros”, refere a responsável,
que frisa a posição de liderança do banco
Best “na comercialização de fundos de
investimento estrangeiros no mercado
nacional, com 35% de quota de merca-
O banco Best ultrapassou
os 2,3 milhões de activos
sob gestão no ano passado,
em relação a 2012.
do, de acordo com os últimos dados divulgados pela CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários)”. A responsável destaca ainda o facto do banco ser
líder “na negociação de derivados ‘online’, tendo atingido uma quota de mercado de 34% em Dezembro de 2013”, de
acordo com os mesmos dados da CMVM.
A procura de serviços ‘online’ (via internet e ‘mobile’), “desde as operações do
dia-a-dia aos investimentos, mas também por produtos que vão além dos mais
tradicionais, numa óptica da diversificação das poupanças”, tem sido “forte”. A
procura por produtos alternativos aos
tradicionais depósitos a prazo está, de
facto, a crescer, “dado que as taxas de
juro estão em níveis historicamente muito baixas”. E, por essa razão, os resultados têm sido optimistas, nomeadamente
nos fundos de investimento, cujo valor
actualmente em gestão ultrapassou, no
início deste ano, os mil milhões de euros.
A procura por fundos difere conforme o
perfil do investidor. Os perfis mais conservadores, por exemplo, têm procurado
sobretudo fundos de ‘high yield’ e de
distribuição de rendimentos, e os perfis
com maior apetência para o risco têm
procurado os fundos de acções, devido a
uma maior estabilidade e melhor desempenho dos mercados. Sobre o perfil
de clientes, de realçar também um maior
interesse na diversificação da exposição
dos investimentos, tanto geográfica
como de mercados.
A responsável informa ainda que a crise
levou a um aumento do interesse “por
outras soluções de investimento a nível
internacional, com especial enfoque no
mercado norte-americano, e noutras
classes de activos, “como é o caso das
obrigações, onde têm surgido interessantes oportunidades de investimento”.
Sobre o interesse dos clientes pelo ‘online’, Elisabete Santos reconhece que estes “interagem cada vez mais” através
destes novos canais. O canal ‘mobile’ já
representa 15% no total de acessos ‘online’ ao banco e, só no último ano, cresceu
mais de 50%. “O preço competitivo, rapidez, comodidade e facilidade de acesso
e transparência, tem-se acentuado a
tendência de crescimento da utilização
do canal ‘mobile’”, afirma. ■
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VIII Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014
BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’
‘Traders’ sentem
mais confiança
dos investidores
Investidores estão mais confiantes, informados
e arrojados, assumindo mais riscos.
Onde há procura
e onde está
a oportunidade
>> Na GoBulling,
os produtos mais
procurado são as acções.
A corretora aconselha as
obrigações corporativas
a taxa fixa e as acções
com maior capacidade
de remuneração.
>> Na Fincor, as acções
nacionais também são
bastante prodcuradas,
havendo também muito
interesse pelo mercado
accionista dos Estados
Unidos.
A corretora aconselha
o investimento
nos mercados periféricos
europeus.
>> Na XTB o ouro e o
DAX 30 têm a atenção
dos investidores.
A corretora sugere uma
negociação a curto prazo,
com gestão de risco
assertiva.
>> Na Golden Brokers
há um equilíbrio
entre os produtos.
Quanto a conselhos
de investimentos,
a corretora aconselha
uma diversificação
de produtos e mercados.
O mercado de trading está numa fase
de grande oferta e evolução tecnológica.
mercados e, por consequência, têm maior
percepção de risco. O analista frisa ainda que
“a grande profusão de informação e a velocidade a que fica disponível continua a oferecer
oportunidades aos investidores mais capazes,
mais rápidos e mais autónomos”.
Perfil do investidor português
Para Albino Oliveira, “o comportamento de
muitos investidores ainda revela alguma
aversão ao risco”. Mas à medida que os mercados financeiros continuam a oferecer sinais
de maior confiança, “é natural que a tolerância ao risco aumente”, diz. Para o analista,
existem dois tipos de investidores: os mais
evoluídos e os mais apreensivos.
Na opinião de João Queiroz, o investidor na-
cional “aumentou a capacidade para assumir
risco no plano nacional”, com a maior alteração a ser “estimulada pelas colocações de dívida das empresas do PSI20 e as ofertas públicas de aquisição que se verificaram”. Já
Francisco Horta revela que o investidor português é “aberto à mudança e a novos produtos de investimento” e tem grande interesse
“em negociar activos estrangeiros, como índices accionistas norte-americanos e emergentes”.
Já na visão de Alexandre Mota, o investidor
português e, em particular, da Golden Broker,
é “sofisticado, atento às tendências globais e
tem aumentando a sensibilidade a solições
que lhe permitam gerir melhor o risco da sua
carteira”, frisa. ■
Montagem sobre foto de Chris Ratcliffe / Bloomberg
O mercado de ‘trading’ está bem e recomenda-se, de acordo com o que disseram ao Diário Económico os responsáveis pelas principais corretoras do país.
Alexandre Mota, administrador da Golden
Broker, frisa que actualmente o mercado nacional de ‘trading’ “caracteriza-se por um
aumento da oferta disponível, globalização e
diversificação”. Diz não ter dúvidas de que
“para o consumidor de produtos financeiros
há claramente uma maior fragmentação e
dispersão nas escolhas disponíveis”, e sublinha que a crise não quebrou a confiança. Os
clientes “estão muito menos apreeensivos
desde há um ano a esta parte mas, ao mesmo
tempo, mais conhecedores e ponderados nos
riscos que correm”, ou seja, “mais humildes
na atitude perante o mercado”.
Francisco Horta, director-geral da XTB Portugal, tem a mesma opinião. Além de dizer
que o mercado de ‘trading’ em Portugal temestado “bastante dinâmico nos últimos
anos” devido por exemplo à “evolução constante na tecnologia e ofertas disponibilizadas
aos investidores”, o responsável confirma
haver mais confiança dos investidores, sobretudo desde 2009. Nesse ano, pouco tempo
passado pelo explodir da crise de 2008, “os
investidores particulares sentiram necessidade de ter nas suas mãos a decisão dos seus
investimentos”, explica. Em relação ao Portugal de hoje, Francisco Horta afirma
que“não se pode falar em apreensão, mas sim
numa crescente confiança de todos os investidores”.
A mesma mensagem é passada por Albino
Oliveira, analista da Fincor. O responsável diz
que o mercado de ‘trading’ está “gradualmente a voltar às condições que eram observadas antes da crise financeira de 2008, traduzindo a participação de mais investidores e
o gradual aumento dos volumes de transacção”. A confiança dos investidores nacionais ,
garante, está a crescer, o que se deve ao bom
comportamento dos mercados de acções nos
Estados Unidos e na Europa.
Já João Queiroz, director de negociação da
GoBulling, sublinha que este mercado “está
cada vez mais absorvido pelos canais electrónicos” e “tem tendência para crescer”, já que
os investidores estão “mais auto-orientados
para a execução”. Por outro lado, os investidores estão mais habituados à volatilidade dos
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