PUB ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5904 DE 15 DE ABRIL DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE Banca ‘Online’ & ‘TRADERS’ Infografia: Marta Carvalho | [email protected] Mais de 600 mil portugueses utilizam ‘mobile banking’ O número de utilizadores deste serviço duplicou entre Abril de 2013 e Fevereiro de 2014. TEXTOS DE RAQUEL CARVALHO [email protected] Cada vez mais pessoas acedem aos serviços bancários através do telemóvel e de outros equipamentos móveis. De acordo com o estudo Basef Internet Banking, da Marktest, 641 mil portugueses com conta bancária que utilizam os serviços de internet ‘banking’ utilizaram também o serviço ‘mobile banking’ no quadrimestre móvel de Fevereiro de 2014. A percentagem de utilizadores deste serviço duplicou entre Abril de 2013 e Fevereiro deste ano, o que tem levado os bancos a investir cada vez mais nas soluções para este tipo de clientes. O estudo dá conta de ser o Millenniumbcp o banco com maior percentagem de utilizadores do serviço ‘mobile banking’ do próprio banco (22,3%), seguido do BES, com 21,6% e do BPI, com 20,3%. A CGD surge em quarto, com 19,9% e o Santander Totta com 18,2%. Contactados pelo Diário Económico, os bancos confirmam uma tendência de crescimento no acesso aos sites por dispositivos móveis, sejam eles ‘android’ ou ‘smartphones’. Rosa Santa Barbara, responsável para a banca direta do Millenniumbcp afirma que no canal ‘mobile’ registou-se “um crescimento de 65,9% nas transacções efectuadas”, sendo que “11% do total de clientes activos usam em exclusivo o canal ‘mobile’”, diz. Já Pedro Mira Vaz, director do departamento de marketing de inovação e canais do BES, revela que o canal ‘mobile banking “tem uma penetração de 8%, tendo superado já os 70 mil clientes activos”. O responsável frisa que o número de acessos ao site do banco através de te- O Millenniumbcp é o banco que tem mais utilizadores do serviço ‘mobile banking’, diz a Marktest. lemóvel atingiu os “40 milhões, o que representa um crescimento de 12% em 2013, face ao período homólogo”. Também a Caixa Geral de Depósitos garante ter havido um crescimento do acesso ao site através de telemóveis. Porém, o banco não dá números exlusivos do acesso apenas por esse canal. Afirma apenas que, dos clientes de banca à distância, 13% acedem já via ‘mobile’”-apesar do estudo da Marktest referir 19,9% - e destaca o crescimento do acesso ao site, também através de computadores ou tablets. Em 2013, “o Caixadirecta ultrapassou 1,78 milhões de contratos, enquanto o serviço caixa e-banking manteve a tendência de crescimento ao nível da evolução dos contratos, mais 8,7%, sendo responsável pela movimentação de 100 milhões de euros, em média por dia”, afirma a mesma fonte. O peso do Internet banking tem crescido em todos os bancos. No BES a taxa de penetração atingiu os 45% da base de clientes. E no Millenniumbcp o peso do ‘online’ representou cerca de 40% da sua actividade no ano passado, havendo mesmo operações que representam 90%do total do banco. Também no Santander Totta, “existe claramente uma tendência crescente para a utilização de canais não presenciais como o NetBanco e também o ‘mobile’, disse fonte oficial ao Diário Económico. ■ II Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014 BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’ Canal internet com mais peso na banca A equipa do BES Online, composta por 14 pessoas, foi fotografada no terraço das suas instalações no Parque das Nações, em Lisboa. A única equipa ‘online’ que aceitou ser retratada é liderada por Pedro Mira Vaz, quarto a contar da esquerda. Tanto clientes particulares como empresas privilegiam cada vez mais o acesso ‘online’. Caixa Geral de Depósitos Caixadirecta para particulares e ‘e-banking’ para empresas Sob a designação de banca ‘online’, a Caixa disponibiliza aos clientes particulares o serviços Caixadirecta e aos clientes empresa o serviço Caixa ‘e-banking’. De acordo com fonte do banco, “o cliente usa os diferentes canais de acesso de acordo com a sua necessidade específica, localização e acesso mais conveniente – através de meios que, em geral, são da sua propriedade - nomeadamente computador, ‘smartphone’ ou ‘tablet’”. O acesso ao banco via internet tem crescido muito e 2013 não foi excepção, diz a mesma fonte. Millenniumbcp Procura pelo canal internet a subir No Millenniumbcp o peso do canal internet em 2013 representou “cerca de 40% da actividade, tendo subido três pontos percentuais face ao ano anterior”, diz Rosa Santa Bárbara, responsável para a banca directa do banco. Existem aliás operações que, no total, representam 90% do total do banco, “o que significa uma adopção quase exclusiva do canal ‘online’”, afirma. A responsável de um dos maiores bancos portugueses garante que, entre clientes activos do canal internet e ‘mobile’, “87% usam de forma exclusiva o canal internet particulares” e que a base de clientes activos no canal internet é “muito expressiva e bastante consolidada”. Rosa Santa Bárbara revela ainda que em 2013 o Millenniumbcp registou “um crescimento de 5,2% face a 2012 nas transações efectuadas neste canal”. No que se refere aos clientes empresariais, o crescimento no ano passado, foi de “7,6% face a 2012 nas transações efectuadas neste canal”. MILLENNIUMBCP O peso do canal internet na actividade do Millenniumbcp em 2013. 40% BES No final de 20136, 73% das operações foram realizadas através do serviço ‘online’. 73% Paulo Alexandre Coelho Está a crescer o peso da actividade ‘online’ nos bancos tradicionais. Os principais bancos a actuar em Portugal assumem ao Diário Económico que o Internet Banking tem cada vez mais adeptos e são muitos os clientes que privilegiam este meio. Con heça o peso que a internet já tem nos principais bancos portugueses e as suas estratégias para enfrentar um futuro de desafios. Santander Totta Tendência crescente para utilização de canais não presenciais “Há clientes que utilizam preferencialmente o canal internet, em detrimento de outros canais”, revela fonte do Santander Totta, banco onde também “existe claramente uma tendência crescente para a utilização de canais não presenciais, como o NetBanco e o Mobile”, diz a mesma fonte. Neste canal, a maior percentagem de produtos e serviços utilizados “recai essencialmente nas operações bancárias do dia-a-dia, sendo que podemos afirmar que o ‘push’ para a utilização de serviços mais complexos e menos recorrentes são um desafio”. Neste banco, tanto os clientes particulares como os empresariais têm procurado de forma crescente a internet, com maior expressão nos clientes particulares. BES Internet ‘banking’ no BES atinge os 45% A taxa de penetração dos clientes com actividade no internet ‘banking’ atingiu os 45% da base de clientes no BES. Segundo Pedro Mira Vaz, director de marketing de inovação e canais do banco, tendo em conta a externalização de operações, “no final de 2013 cerca de 73% das operações foram realizadas através do canal internet, o que representa um crescimento de 10% face ao período homólogo”, diz, frisando a existência de operações “quase exclusivamente originadas no canal Internet, como é o caso das ordens de bolsa”. De acordo com o responsável, o número de clientes que utilizam frequentemente o BESnet – Internet Banking de particulares “atingiu 377 mil no final de 2013, um crescimento de 7% face ao período homólogo”. Já o número de acessos foi de 40 milhões, “o que representa um crescimento de 12% face ao período homólogo, revela Pedro Mira Vaz que, quando aos clientes empresariais, diz terem atingido os “63 mil no final de 2013, o que representa um crescimento de 10% face ao período homólogo”. O número de acessos atingiu “os 20,2 milhões, um crescimento de 34% face a 2012”. Pedro Mira Vaz diz que o BES dá grande importância a este canal, disponibilizando a componente de serviço e venda a clientes, sendo também “já possível o ‘servicing’ através do BESnet em 45 tipologias de serviço diferentes”.O responsável confessa que a internet não cobre todas as necessidades dos clientes, mas admite haver “muitos clientes que são ‘internet-first’, ou seja, sempre que podem usam a internet. Correspondem a cerca de 2/3 dos utilizadores de internet banking”, explica. E, se considerarmos apenas as operações como transferências, pagamentos e carregamentos, o director de marketing de inovação e canais do BES diz que “os canais directos do BES (’internet’, ‘mobile’ e ‘tablet’) são o principal canal, com mais de 50% das operações, excedendo as caixas multibanco)”. ■ PUB IV Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014 BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’ Paulo Figueiredo A sede do banco BiG na avenida 24 de Julho, em Lisboa. Bancos investem mais em tecnologia Estudo da IDC e IBM Portugal revela tendência para crescerem investimentos em soluções tecnológicas. À medida que cresce o número de clientes com interesse em aceder a produtos e serviços bancários através de novos canais digitais, em simultâneo com os canais mais tradicionais, aumenta a pressão para que os bancos desenvolvam estratégias multicanal completas e integradas. Num estudo feito em Abril de 2013 pela consultora IDC e pela IBM Portugal junto de várias instituições bancárias, visando a identificação das principais tendências de evolução dos bancos, estes reconhecem não estarem bem preparados para o crescimento exponencial da informação, para a utilização das redes sociais e para a diminuição da fidelidade dos clientes. E reconhecem a importância da adopção de soluções tecnológicas no sentido de diminuir a lacuna. No inquérito feito no ano passado, 67% dos bancos admitiu a intenção de aumentar o investimento no desenvolvimento de soluções para ‘smartphones’ e tinha planos para aumentar o investimento em aplicações para ‘tablets’. E 58% queria reforçar o investimento em soluções que possibilitem a criação de uma visão integrada dos seus clientes, assim como em soluções de análises de clientes. A maioria das instituições acreditava que a área de ‘mobile banking’ e de internet ‘banking’ seria alvo de melhorias nos 12 meses seguintes, uma vez que ambos os canais mantém ou ganharam relevância em todos os aspectos de relacionamento com os clientes e mesmo na venda de produtos. Contactados pelo Diário Económico, os bancos assumem vários investimentos nesta área. O BES, por exemplo, lançou em Outubro de 2013, a aplicação BEStablet , disponível para clientes particulares e empresas, e “totalmente concebida para a utilização no Appleipad e em ‘tablets’ Android”, disse Pedro Mira Vaz, director do departamento de marketing de inovação e canais do BES, ao Diário Económico. A aplicação permite criar novas operações e disponibiliza “um lote alargado de transacções, que corresponde a mais de 90% das necessidades quatidianas e de mobilidade dos clientes”, revela. Em Janeiro o banco lançou ainda o BESoneclick, com o objectivo de “alargar a oferta do banco na área das aplicações para ‘smartphone’ com a App que está enfocada na simplicação depequenas tarefas do dia-a-dia”, refere. A CGD lançou a aplicação Caixadirecta para o sistema operativo Windows 8, adaptado a ‘tablet’ e ao computador, bem como para ‘ipho- Bancos sem falhas de segurança A Qualsys, empresa de segurança electrónica, analisou recentemente a segurança geral dos sites bancários. No estudo, nenhuma das instituições testadas apresentaram falhas de segurança Heartbleed, que torna inútil qualquer encriptação que exista para proteger os dados dos utilizadores. Mas a maioria dos bancos analisados apresenta uma ou outra área que pode ser melhorada, como é o caso do ActivoBank, da CGD, do BES, do BPI e do Montepio. O Millenniumbcp foi o que obteve a melhor nota, ao contrário do BBVA, com a pior. O Santander Totta também teve nota negativa. ne’ e para o sistema operativo Android, “também com versão ‘smartphone’ e tablet”, explica fonte do banco, que refere a disponibilização de “uma nova versão ‘mobile browser’ para serviço de particulares e empresas”. No que se refere ao Millenniumbcp, Rosa Santa Bárbara, responsável pela banca directa do banco, destaca várias inovações tecnológicas lançadas em 2013, como o serviço de transferências por QR Code, que “permite que os utilizadores da ‘app’ possam pagar ou receber dinheiro através de QR Code gerados na aplicação millenniumbcp”, o pagamento de facturas por leitura óptica, a possibilidade de se aceder ao banco através do sistema operativo Windows 8 (’tablets’ e PC), e a criação da Milleenium Store, onde os clientes podem aceder mais facilmente a todas as aplicações. Já este ano, o banco lançou uma aplicação que permite constituir poupanças através da ‘app’ Millenniumbcp, um centro multimédia “onde os clientes podem aceder a tutoriais, notícias de mercado ou outras informações em formato vídeo”, bem como um site exclusivo para os accionistas. No Santander Totta, 2013 foi marcado pelo lançamento das aplicações ‘mobile’ particulares para sistemas IOS e Android. ■ Terça-feira 15 Abril 2014 Diário Económico V Banco BiG Depósitos no BiG aumentaram 26% O incremento dos clientes traduziu-se num crescimento expressivo de depósitos e activos sob supervisão. 2013 foi um ano em que o BiG passou a servir uma base mais alargada de clientes, tanto particulares como empresariais. “A base de clientes tem aumentado consistentemente desde a sua origem. No ano passado aumentou 15%”, adianta fonte do banco, que explica que este crescimento se traduziu num aumento expressivo de depósitos (26% para 684 milhões de euros) e activos sob supervisão (44% para 2,2 mil milhões de euros). O incremento da procura pelos serviços e produtos do banco levou o BiG “a reforçar as ofertas de investimento e poupança e a alargar os pontos físicos de contacto com os clientes”, assume fonte do banco. Uma das consequências foi a abertura, em 2013, da 14ª agência, estando prevista para este ano a abertura da 15ª, “numa rede que já cobre oito capitais de distritos nacionais”, revela. Apesar da abertura de pontos físicos, o banco BiG é um banco ‘online’ em que “mais de 50% dos clientes utiliza os meios ‘online’ para aceder aos produtos e serviços do banco. Nos úlPUB Mais de metade dos clientes do BiG utiliza os meios ‘online’ para aceder aos produtos e serviços do banco. timos anos o banco tem também assistido a um aumento considerável na utilização das plataformas ‘mobile’. De referir que o ano passado foi “positivo” para o BiG, que apresentou um lucro líquido consolidado de 58,6 milhões de euros, mais 82% do que em 2012. Fonte do banco refere que “o produto bancário ultrapassou os 125 milhões de euros, aumentando 55,7% face a 2012, e a margem financeira cresceu 37% para 25,7 milhões de euros”. Quanto aos produtos mais procurados, o banco tem sentido que os anos de crise “trouxeram uma disponibilidade menor para os clientes aplicarem as suas poupanças em produtos de maior risco”. Assim, tem havido “uma maior procura por produtos como os depósitos a prazo e as obrigações, em detrimento de um foco que, até então, seria no mercado accionista”, refere a mesma fonte do BiG. Já no que respeita às principais mudanças e tendências sentidas nos clientes, a mesma fonte revela ter-se registado “um sentimento mais positivo”, o que se temtraduzido numa maior propensão ao risco. Por isso, o início de 2014 tem ficado marcado pelo regresso à procura de activos que possam gerar maiores rentabilidades. O banco destaca também uma procura crescente por parte dos clientes em “equilibrar as carteiras, juntando activos de risco mais elevado mas mantendo produtos de capital garantido”. De frisar que o BiG tem a segurança como uma das principais linhas de investimento e é sobretudo nesta área que mais tem implementado soluções inovadoras. O banco garante ter “um sistema de protecção contra ataques massivos com origem na internet e protecção activa em tempo real dos equipamentos ligados em rede” e explica que “todas as plataformas que suportam o ambiente ‘online’ estão preparadas para suportar falhas e serem escaláveis por forma a garantir elevada qualidade de serviço para utilização mais intensa”. ■ VI Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014 BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’ Banco Best Canal ‘mobile’ do Best cresce 50% em 2013 Canal ‘mobile’ ganha já pesa 15% na actividade do banco, tendo crescido 50% em 2013. Neves António Duas funcionárias da sede do ActivoBank, no Tagus Park, em Oeiras, mostram como se acede ao banco através de um ‘tablet’. Banco ActivoBank 71% dos clientes acedem ao banco em exclusivo pela Internet. 27% acede por ‘smartphone’ ou ‘tablet’. O número de clientes do ActivoBank, do Grupo Millenniumbcp, tem crescido de forma constante. Em quatro anos, o banco viu mais que triplicar o seu número de clientes. Em 2013, o ritmo de captação de novos clientes continuou a crescer e, no final do primeiro trimestre de 2014, número de clientes do banco já tinha ultrapassado os 60 mil. Caracterizado por ser um banco online, o peso deste canal tem aumentado nos últimos anos, “e já representa, neste momento, em média, 98%”, informa Luís Magro, responsável de marketing O ActivoBank trabalha em esclusivo com clientes particulares e tem apostado em inovações tecnológicas. do banco, que realça que 71% dos clientes utilizam exclusivamente os serviços e produtos do banco, através da Internet”, havendo ainda a possibilidade de se contactar o banco via telefone. Além do serviço de Internet ‘banking’, 27% dos clientes já acedem ao Activobank através de ‘smartphone’ ou ‘tablet’, diz Luís Magro, que destaca o facto do banco ‘online’ ter sido pioneiro no lançamento de aplicações móveis “quer na vertente transaccional, quer na vertente de investimentos”. O ActivoBank tem como lema “a simplicidade e a simplificação”, estando, garante o director de marketing, “patente na assinatura da marca “Simplifica’: um banco desenhado ao pormenor para simplificar a vida das pessoas”. Para cumprir esta promessa, o ActivoBank tem apostado em serviços e produtos distintivos, dos quais Luís Magro destaca a emissão de cartões de débito e crédito na hora e “devidamente personalizados, transferências bancárias através de QRCodes ou, ainda, mais recentemente, a assinatura da documentação de abertura de conta num ‘tablet’”. De referir que o ActivoBank, que emprega 144 pessoas, tem clientes com os mais diversos perfis. Contudo, “a maior incidência é nos jovens até aos 40 anos que vivem ou trabalham nas principais zonas urbanas, adeptos de novas tecnologias e que procuram um banco diferente que possam considerar como um parceiro do dia-a-dia”, explica. O banco, que trabalha em exclusivo com clientes particulares, dá grande atenção às questões de segurança, considerando-as de “importância primordial”. Consciente de que o maior enfoque dos atacantes “é colocado na tentativa de comprometer os clientes e não o ‘site’ ou sistemas do banco”, o ActivoBank assume que minimiza estes riscos através “do trabalho de equipas multi-disciplinares que actuam em todo o ciclo de vida dos projectos e assegurada pela monitorização constante dos serviços bancários por forma a prevenir, detectar e actuar eficientemente sobre as ameaças que surjam”. ■ Paula Nunes Clientes triplicaram nos últimos quatro anos A equipa do banco Best, fotografada na semana passada na sua sede. O Banco Best fechou o ano de 2013 com um resultado líquido de 10,2 milhões de euros, “o que representa um aumento de 21% face ao ano anterior”, informa Elisabete Santos, subdirectora de marketing do banco. Num ano de crescimento sustentado, o total de activos de clientes sob custódia cresceu 18%, “ultrapassando os 2,3 mil milhões de euros”, refere a responsável, que frisa a posição de liderança do banco Best “na comercialização de fundos de investimento estrangeiros no mercado nacional, com 35% de quota de merca- O banco Best ultrapassou os 2,3 milhões de activos sob gestão no ano passado, em relação a 2012. do, de acordo com os últimos dados divulgados pela CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários)”. A responsável destaca ainda o facto do banco ser líder “na negociação de derivados ‘online’, tendo atingido uma quota de mercado de 34% em Dezembro de 2013”, de acordo com os mesmos dados da CMVM. A procura de serviços ‘online’ (via internet e ‘mobile’), “desde as operações do dia-a-dia aos investimentos, mas também por produtos que vão além dos mais tradicionais, numa óptica da diversificação das poupanças”, tem sido “forte”. A procura por produtos alternativos aos tradicionais depósitos a prazo está, de facto, a crescer, “dado que as taxas de juro estão em níveis historicamente muito baixas”. E, por essa razão, os resultados têm sido optimistas, nomeadamente nos fundos de investimento, cujo valor actualmente em gestão ultrapassou, no início deste ano, os mil milhões de euros. A procura por fundos difere conforme o perfil do investidor. Os perfis mais conservadores, por exemplo, têm procurado sobretudo fundos de ‘high yield’ e de distribuição de rendimentos, e os perfis com maior apetência para o risco têm procurado os fundos de acções, devido a uma maior estabilidade e melhor desempenho dos mercados. Sobre o perfil de clientes, de realçar também um maior interesse na diversificação da exposição dos investimentos, tanto geográfica como de mercados. A responsável informa ainda que a crise levou a um aumento do interesse “por outras soluções de investimento a nível internacional, com especial enfoque no mercado norte-americano, e noutras classes de activos, “como é o caso das obrigações, onde têm surgido interessantes oportunidades de investimento”. Sobre o interesse dos clientes pelo ‘online’, Elisabete Santos reconhece que estes “interagem cada vez mais” através destes novos canais. O canal ‘mobile’ já representa 15% no total de acessos ‘online’ ao banco e, só no último ano, cresceu mais de 50%. “O preço competitivo, rapidez, comodidade e facilidade de acesso e transparência, tem-se acentuado a tendência de crescimento da utilização do canal ‘mobile’”, afirma. ■ PUB VIII Diário Económico Terça-feira 15 Abril 2014 BANCA ‘ONLINE’ & ‘TRADERS’ ‘Traders’ sentem mais confiança dos investidores Investidores estão mais confiantes, informados e arrojados, assumindo mais riscos. Onde há procura e onde está a oportunidade >> Na GoBulling, os produtos mais procurado são as acções. A corretora aconselha as obrigações corporativas a taxa fixa e as acções com maior capacidade de remuneração. >> Na Fincor, as acções nacionais também são bastante prodcuradas, havendo também muito interesse pelo mercado accionista dos Estados Unidos. A corretora aconselha o investimento nos mercados periféricos europeus. >> Na XTB o ouro e o DAX 30 têm a atenção dos investidores. A corretora sugere uma negociação a curto prazo, com gestão de risco assertiva. >> Na Golden Brokers há um equilíbrio entre os produtos. Quanto a conselhos de investimentos, a corretora aconselha uma diversificação de produtos e mercados. O mercado de trading está numa fase de grande oferta e evolução tecnológica. mercados e, por consequência, têm maior percepção de risco. O analista frisa ainda que “a grande profusão de informação e a velocidade a que fica disponível continua a oferecer oportunidades aos investidores mais capazes, mais rápidos e mais autónomos”. Perfil do investidor português Para Albino Oliveira, “o comportamento de muitos investidores ainda revela alguma aversão ao risco”. Mas à medida que os mercados financeiros continuam a oferecer sinais de maior confiança, “é natural que a tolerância ao risco aumente”, diz. Para o analista, existem dois tipos de investidores: os mais evoluídos e os mais apreensivos. Na opinião de João Queiroz, o investidor na- cional “aumentou a capacidade para assumir risco no plano nacional”, com a maior alteração a ser “estimulada pelas colocações de dívida das empresas do PSI20 e as ofertas públicas de aquisição que se verificaram”. Já Francisco Horta revela que o investidor português é “aberto à mudança e a novos produtos de investimento” e tem grande interesse “em negociar activos estrangeiros, como índices accionistas norte-americanos e emergentes”. Já na visão de Alexandre Mota, o investidor português e, em particular, da Golden Broker, é “sofisticado, atento às tendências globais e tem aumentando a sensibilidade a solições que lhe permitam gerir melhor o risco da sua carteira”, frisa. ■ Montagem sobre foto de Chris Ratcliffe / Bloomberg O mercado de ‘trading’ está bem e recomenda-se, de acordo com o que disseram ao Diário Económico os responsáveis pelas principais corretoras do país. Alexandre Mota, administrador da Golden Broker, frisa que actualmente o mercado nacional de ‘trading’ “caracteriza-se por um aumento da oferta disponível, globalização e diversificação”. Diz não ter dúvidas de que “para o consumidor de produtos financeiros há claramente uma maior fragmentação e dispersão nas escolhas disponíveis”, e sublinha que a crise não quebrou a confiança. Os clientes “estão muito menos apreeensivos desde há um ano a esta parte mas, ao mesmo tempo, mais conhecedores e ponderados nos riscos que correm”, ou seja, “mais humildes na atitude perante o mercado”. Francisco Horta, director-geral da XTB Portugal, tem a mesma opinião. Além de dizer que o mercado de ‘trading’ em Portugal temestado “bastante dinâmico nos últimos anos” devido por exemplo à “evolução constante na tecnologia e ofertas disponibilizadas aos investidores”, o responsável confirma haver mais confiança dos investidores, sobretudo desde 2009. Nesse ano, pouco tempo passado pelo explodir da crise de 2008, “os investidores particulares sentiram necessidade de ter nas suas mãos a decisão dos seus investimentos”, explica. Em relação ao Portugal de hoje, Francisco Horta afirma que“não se pode falar em apreensão, mas sim numa crescente confiança de todos os investidores”. A mesma mensagem é passada por Albino Oliveira, analista da Fincor. O responsável diz que o mercado de ‘trading’ está “gradualmente a voltar às condições que eram observadas antes da crise financeira de 2008, traduzindo a participação de mais investidores e o gradual aumento dos volumes de transacção”. A confiança dos investidores nacionais , garante, está a crescer, o que se deve ao bom comportamento dos mercados de acções nos Estados Unidos e na Europa. Já João Queiroz, director de negociação da GoBulling, sublinha que este mercado “está cada vez mais absorvido pelos canais electrónicos” e “tem tendência para crescer”, já que os investidores estão “mais auto-orientados para a execução”. Por outro lado, os investidores estão mais habituados à volatilidade dos