POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO
IV Congresso Ibero-Americano e VII Congresso Luso-Brasileiro
Porto, Portugal, de 14 a 16 de abril de 2014.
Palavras de Benno Sander
na Sessão de Encerramento do Congresso
Bom, pessoal! Chegamos ao final feliz de mais uma jornada iberoamericana e luso-brasileira. A jornada se inscreve no nosso projeto de
cooperação internacional que juntos sonhamos, e que juntos estamos
construindo no campo da política e da gestão da educação. Foram dias
marcados pela convivência, que certamente ficarão na nossa memória e na
memória de nossas associações. Levamos conosco gratas recordações e novos
projetos de cooperação mútua no nosso campo de pesquisa e ação
educacional.
Falo como coordenador do InterEduc e, como tal, peço licença para
congratular-me pela receptividade da rede internacional de política e
administração
da
educação.
É
um
movimento
novo,
de
natureza
essencialmente voluntária e informal, adaptativa e flexível, interativa e
autogestionária, de adesão individual, de modo a facilitar a participação
livre e fluída dos atores participantes. Mesmo antes da sua consolidação, a
rede já conta com mais de 400 adesões individuais. Durante o Congresso
houve 35 novas adesões ao InterEduc, provenientes da América Latina, de
Portugal, da Espanha e da África. Quero congratular-me pelas sugestões
construtivas que me vem chegando, com propostas de atividades de
cooperação internacional no campo da política e da gestão da educação.
Agradeço,
em particular,
as contribuições
recebidas
de numerosos
participantes durante a realização deste nosso Congresso. Quisera ter feito
uma reunião específica sobre o movimento, mas três dias é pouco tempo
para muitos temas. O certo é que os desafios são enormes. Estaremos em
contato para somar esforços, visando enfrentar os desafios próprios de um
movimento em formação.
1
Como me pediram para falar em primeiro lugar neste ato de
encerramento, sou o primeiro a adiantar-lhes que os dirigentes de nossas
quatro entidades promotoras dos congressos ibero-americanos – atualmente
Guilherme Rego da Silva, Márcia Angela da Silva Aguiar, Santiago Estañan
Vanacloig e quem vos fala – se reuniram nesses dias para, sob a coordenação
de Guilherme, avaliar a realização do IV Congresso Ibero-Americano e para
compartilhar novos sonhos e novas visões de futuro, aos quais os colegas
dirigentes certamente se referirão aqui e depois nas suas bases nacionais e
regionais de atuação.
Na sucessão de nossos eventos, cabe ao outro lado do Atlântico a
preparação do próximo Congresso Ibero-Americano. Uma alternativa que
Márcia e eu consideramos é a realização do Congresso no Rio de Janeiro, em
abril de 2015, junto com a realização bianual do Simpósio Brasileiro da
Anpae. Chegamos mesmo a elaborar um projeto nesse sentido. No entanto,
por causa da efervescência política própria das eleições, no final deste ano,
para a Presidência da República, para Senadores e Deputados Federais e
para governadores estaduais, Márcia e quem vos fala, após ampliar as
consultas, consideramos que este não seria o momento mais apropriado.
Um evento conjunto do Ibero-Americano e do Simpósio Brasileiro da
Anpae, na cidade do Rio de Janeiro, deverá reunir em torno de duas mil
pessoas, com mais de mil trabalhos inscritos. Consideramos que um evento
dessa magnitude e complexidade requer tempo e recursos adicionais, tanto
para organizadores como para participantes. Márcia e quem vos fala
achamos então por bem propor à Comissão Organizadora Internacional a
realização do V Congresso Ibero-Americano em 2016.
Nesse sentido, gostaria de lembrar que nosso colega Guilherme Rego
da Silva, antecipando-se a esta proposta, já havia requerido mais tempo de
preparação para
este
IV Congresso Ibero-Americano,
que estamos
concluindo neste ato. Propôs, no final de Congresso anterior, realizado em
Zaragoza, que necessitava 18 meses de preparação, proposta que, na
ocasião, foi acatada pelos dirigentes das associações promotoras. O mesmo
2
aconteceu na reunião dos presidentes aqui na cidade Porto, que votaram por
unanimidade pela ampliação do tempo de preparação do próximo Congresso
Ibero-Americano de Política e Administração da Educação. Esta é também a
prática de outras entidades internacionais e de grandes associações
nacionais, como a Anpae e a Anped.
Antes de levantarmos voo, quero unir-me aos participantes do
InterEduc para agradecer. Quero agradecer aos nossos generosos anfitriões
portugueses. Muito obrigado, Maria do Rosário Gambôa Lopes de Carvalho,
Presidente do Instituto Politécnico do Porto. Muito obrigado, Paulo Alberto
Pereira, presidente da Escola Superior de Educação. Muito obrigado, Dora
Castro, Luiz Rothes, Fernando Diogo, Irene Figueiredo, Paulo Delgado e
todos os dedicados e eficientes colaboradores da Escola Superior de
Educação, direta ou indiretamente desde nossa reunião preparatória em
abril de 2013.
Congratulo-me com Santiago Estañan e seus colaboradores Josep
Serentill e Juan Salamé; com nossa amiga e presidente anpaeana, Márcia
Angela da Silva Aguiar e com a Comissão Organizadora Nacional da Anpae.
Associo-me aos colegas da Comissão Organizadora Internacional e a todos os
participantes do Congresso para congratular-me, de maneira muito especial,
com o nosso presidente Guilherme Rego da Silva e seus colegas do Fórum
Português de Administração Educacional, pela eficiente e atenta gestão para
organizar o Congresso, em construtiva parceria com a Escola Superior de
Educação do Instituto Politécnico do Porto.
Finalmente, reservei uma palavra especial para congratular-me com
os numerosos conterrâneos brasileiros e colegas latino-americanos. Faço-o
na pessoa do professor Francisco das Chagas Fernandes, Secretário
Executivo Adjunto do Ministério da Educação do Brasil, para quem peço um
aplauso especial. É uma palavra de reconhecimento, professor Chagas, pelo
valioso apoio que recebemos do Ministério da Educação do Brasil para a
realização de nossas atividades. É uma palavra de homenagem pelo seu
trabalho no Ministério da Educação, onde você lidera um construtivo
3
trabalho de interlocução entre o Ministério, os movimentos sociais e as
associações científicas no campo da educação. Uma comprovação empírica de
seu genuíno interesse pelas nossas atividades é a sua participação ativa nos
Simpósios Brasileiros da Anpae e nos quatro Congressos Ibero-Americanos
de Política e Administração da Educação. Congratulamo-nos com você,
professor Chagas, pela sua liderança educacional, pelo seu apoio e, acima de
tudo, pela qualidade da convivência como ser humano abençoado com dotes
muito especiais.
Estamos prontos para partir. Partiremos na certeza de que
voltaremos. Voltaremos para desfrutar da companhia de nossos anfitriões e
das riquezas culturais desta acolhedora e nobre cidade do Porto e de outros
recantos de Portugal. Partiremos levando conosco mais um pouco da vossa
cultura, da generosidade da vossa recepção e, acima de tudo, levando
conosco promessas mútuas de novas amizades e alianças que aqui
plantamos; e de antigas amizades e parcerias que aqui estreitamos. Até o
nosso próximo encontro, no outro lado do Atlântico, ou em qualquer outra
esquina da vida. Muito obrigado.
Porto, Portugal, 16 de abril de 2014.
4
Download

POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO