Determinação de transcritos de haptoglobina e prostasina em neoplasia epitelial de ovário: Identificação de possíveis marcadores precoces de câncer de ovário. Silva, Andréa; Garicochea, Bernado; Costa, Fernanda; Devenz, Gabriela; Alves, Silvana; D’Angelo, Andrea. Hospital São Lucas da PUC - Instituto de Pesquisas Biomédicas/ Laboratório de Biologia Tumoral Muitas vezes o câncer de ovário não é diagnosticado até que a doença tenha atingido um estádio avançado devido à falta de sintomas característicos. Nenhum marcador isolado tem se mostrado sensível ou específico o suficiente para contribuir para o diagnóstico. Vários métodos de rastreamento tem sido explorados para o diagnóstico precoce do câncer de ovário incluindo marcadores tumorais, principalmente o CA 125, e a UTV. Três proteínas foram purificadas e identificada: a transferrina, que teve seus níveis plamáticos diminuídos em pacientes com câncer; a haptoglobina, que teve seus níveis aumentados e a prostasina, que está superexpressa em neoplasia epitelial de ovário. A combinação de dois marcadores com o CA 125 atingiu uma sensibilidade de 94% em contraste com a sensibilidade de 81% do CA 125 isolado. O rastreamento pode melhorar a sobrevida das pacientes, diagnosticando o câncer de ovário em um estádio menos avançado. Sendo assim, objetivo desse estudo é verificar a freqüência de casos de neoplasia epitelial de ovário que apresentam transcritos de haptoglobina e prostasina no sangue periférico e no tecido tumoral ao diagnóstico. Serão coletados 5 ml sangue e 25mg de tecido tumoral de 30 pacientes com diagnóstico de neoplasia epitelial de ovário provenientes dos ambulatórios de ginecologia e oncologia dos hospitais São Lucas da PUCRS e Fêmina. Utilizando tampão de lise serão extraídos os leucócitos do sangue desses pacientes e depois extraído RNA e realizado RT-PCR a fim de transformar RNA em cDNA. Das amostras de tecidos também serão extraídos RNA e realizado RT-PCR. Após, todos os amplicon serão previamente testadas usando como controle de integridade o gene GAPDH (Human Glyceraldhyde-3-Phosphate dehydrogenase), onde serão analisada a presença ou não de cDNA nas amostras, a fim de evitar futuros erros de análise por possível falha na técnica de extração. Essa análise será feita através de utilização de gel de agarose 1% contendo brometo de etídio (10mg/ml) e observado em transluminador ultra-violeta. Serão também coletados 5ml de sangue de 60 mulheres provenientes do ambulatório de ginecologia do HSL-PUCRS com a mesma faixa etária dos casos e que não tinham o diagnóstico de doença maligna. Dessas também serão realizado extração de leucócitos e depois extraídos RNA e realizado RT-PCR e previamente testadas com a técnica descrita anteriormente. Esta amostra permitiria testar 5% de positividade nos controles contra 30% de positividade nos casos para um α 5% e um β 20%, poder 80%. O resultado da verificação da freqüência de casos de neoplasia epitelial de ovário que apresentam transcritos de haptoglobina e prostasina no sangue periférico e no tecido tumoral será realizado através da técnica de “PCR-real time”. A significância estatística será determinada pelo teste de X2 e a força de associação estimada com o uso de razão de chances e seu respectivo intervalo de confiança de 95%. Sendo assim, esperamos que transcritos de haptoglobina e de prostasina possam ser detectados no sangue e no tecido tumoral de pacientes com câncer de ovário enquanto que não o são em pacientes sem a doença.