Perfil dos pacientes submetidos à revascularização do
miocárdio (RM) segundo o risco cirúrgico de acordo com o
EuroScore
Viviane Aparecida Fernandes, Debora Prudencio e Silva, Natalia Friedrich, Luciane Vigo
Unidade de Terapia Intensiva, Hospital TotalCor, São Paulo (SP), Brasil.
Objetivo: Caracterizar os pacientes submetidos à revascularização do miocárdio segundo risco
cirúrgico de acordo com o EuroScore.
Casuística: Estudo retrospectivo, descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa dos dados.
Métodos: Utilizou-se um banco de dados de cirurgia cardíaca de um hospital privado de São
Paulo, do período de janeiro a outubro de 2010. A população estudada deste estudo foi constituída
por pacientes submetidos à RM isolada no período de janeiro a dezembro de 2010. Esses
pacientes foram divididos em três grupos segundo o risco cirúrgico EuroScore.
Resultados: O grupo I apresentava um escore de 0-2, sendo composto de 122 cirurgias; grupo II
com escore de 3-5 com 149 cirurgias e o grupo III com escore acima de 6 com 64 cirurgias. A
maior média de idade observada foi no grupo III com 72,1 anos. Nos três grupos houve
prevalência do sexo masculino. Os pacientes do grupo III apresentaram maior média de
internação em unidade de terapia intensiva e hospitalar, 4,4 e 10,7 dias respectivamente. O grupo
II apresentou maior tempo de circulação extracorpórea e anóxia 85,3 e 64,9 minutos
respectivamente. A probabilidade de óbito segundo o EuroScore foi maior no grupo III com 7,7
pontos, e a ocorrência de óbitos foi similar nos grupos II e III, com quatro em cada. O grupo III
apresentou maior SAPS 3 (Simplified Acute Physiology Score) com 4,5 pontos e maior número de
complicações no pós-operatório, como novo infarto (4,7%), arritmias supraventriculares (23,4%) e
ventriculares (3,1%), insuficiência renal (21,9%), e reabordagem cirúrgica (6,3%).
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1
2
Grupo I
1,4
3
4
5
6
Pontuação Euroscore
Grupo II
1,31
Grupo III
2,8
Esperada pelo Euroscore
9
2,78
Esperado EuroScore
1,2
8
Observada
Oservada
1
0,6
2,7
2,68
Mortalidade
0,81
0,8
6,25
Esperada Euroscore
6
Mortalidade
Mortalidade
7
7,72
5
Observada
4
3
0,4
2
1
0,2
0
0
2,6
Figura 1. Mortalidade esperada pelo Euroscore e observada no Grupo I. São
Paulo 2011
Figura 2. Mortalidade esperada pelo Euroscore e observada no Grupo II. São
Paulo 2011
Figura 3. Mortalidade esperada pelo Euroscore e observada no Grupo III. São
Paulo 2011
Conclusão: O EuroScore é um modelo preditor objetivo de mortalidade operatória para cirurgias
cardíacas. Pacientes com escores de risco moderado ou alto está relacionado à um maior número
de comorbidades e complicações durante a hospitalização.
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