III SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES
15 a 17 de Maio de 2013
Universidade do Estado da Bahia – Campus I
Salvador - BA
CONSTRUINDO CORPORALIDADES: MULHERES BRASILEIRAS NAS
MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS
Damiana Ballerini1
Resumo
Nos processos migratórios internacionais é crescente o interesse pela presença das mulheres como
sujeitos migrantes e, inclusive, observa-se uma feminização das migrações contemporâneas. O
objetivo deste trabalho é visibilizar nos movimentos migratórios, a partir de uma perspectiva de
gênero, as trajetórias de mulheres migrantes brasileiras. Nesse sentido, elas são vistas como sujeitos
protagonistas de seus projetos e não somente como meras acompanhantes, filhas ou mães. Destacase que muitas delas também migram sozinhas. Com base em minha pesquisa com mulheres
brasileiras na Itália e outras investigações sobre brasileiros e brasileiras no exterior, busco traçar um
breve panorama para pensar as migrações a partir das relações de gênero. É importante levar em
conta aspectos de análise que vão além da perspectiva de gênero e se entrelaçam com classe social,
relações étnico-raciais e intergeracionais. Num contexto migratório internacional é imprescindível
problematizar como se constrói a imagem das mulheres brasileiras vinculada à sexualização de seus
corpos. A elaboração dessa imagem atrelada a “um” corpo, visto como símbolo de uma nação, é
importante para pensar a própria constituição de identidades nacionais. Nesse sentido, o que está em
jogo é a construção de corporalidades de mulheres brasileiras como sujeitos migrantes em contextos
de deslocamentos internacionais através da circularidade das migrações.
Palavras-chave: Migrações; gênero; mulheres brasileiras; corporalidade
Para pensar as migrações desde uma perspectiva de gênero
O Brasil já foi visto como um país de imigrantes. Em sua história do final do século XIX até
meados do século XX recebeu um grande contingente de pessoas oriundas da Europa. Esse fluxo
muda a partir da década de 80 do século XX quando passa a se tornar um país emissor de migrantes,
sobretudo, por uma crise econômica nacional e transformaçoes sociais (Masanet e Padilla, 2010).
Estima-se que o número de brasileiros no exterior, segundo o Censo de 2010 do IBGE, seja
de aproximadamente 491.243 brasileiros. Esse número difere do que aponta o Ministério das
Relações Exteriores, que calcula ser em torno de 2,5 milhões de brasileiros no exterior (MRE,
2012), divergindo do total estimado de mais de 3 milhões (Padilla, 2012) e com forte presença
feminina tanto na Espanha (60%) como em Portugal (50%) (Piscitelli, 2008). Segundo o MRE, os
1
Mestra em Estudos de Mulheres e de Gênero (Università degli Studi di Bologna/Universidad de Granada).
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destinos onde há um contingente maior de pessoas brasileiras são: Estados Unidos, Japão, Paraguai,
Portugal, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Suíça, para citar os dez primeiros.
Ao pensar sobre migrações, devemos levar em conta que quando uma pessoa emigra de seu
país a outro, também leva consigo um bocado de experiências anteriores e ao longo do tempo acaba
agregando outras. Um dos elementos mais interessantes desse processo é o aprendizado de uma
nova língua, porém não é somente esse aspecto que deve ser levado em conta. Ao se falar das
motivações para que uma pessoa emigre, podemos ir além do fator econômico ou a fuga da pobreza
de países do “sul” ao “norte” rico (Sassen, 2007), mas há uma multiplicidade de desejos em jogo:
conhecer outra cultura, estudar, ascensão social, relações afetivo-sexuais etc.
No panorama dos deslocamentos migratórios, alguns estudos têm salientado a feminização
das migrações internacionais aumentando o interesse em estudar a presença das mulheres das mais
diversas nacionalidades (Gregorio, 1998; Ramírez, 1998; Sassen, 2007; Corigliano e Greco, 2005;
Assis, 2007; Vianello, 2009) que migram para outros países ou de uma região a outra. Nesse
sentido, é importante ressaltar que desde a perspectiva de gênero, se estabelece a necessidade de
visibilizar as mulheres nos processos migratórios, tratando- as como protogonistas, não sendo mais
somente indivíduos acompanhantes de seus familiares ou como meras vítimas da pobreza.
Deste modo, quando se discutem os processos migratórios de mulheres brasileiras é
importante observar o modo como a identidade nacional está construída e perpassada por relações
de gênero, etnicidade e “raça”. Por tanto, essa nacionalidade é como uma metáfora de uma cultura
nacional ou comunidade imaginada (Anderson, 1989).
No estabelecimento dos Estados-nação, sobretudo os ocidentais, buscou-se a unificação de
diversas pessoas dentro de um mesmo território através de uma língua e tradições comuns, muitas
vezes inventadas pela elite (Hobsbawn, 2011). Portanto, a identidade nacional é um tipo de
identidade cultural (Smith, 1997; Hall, 2002) e, por isso, construída, forjada e em constante
remodelação pela cultura e sociedade.
A partir do pensamento feminista, se faz uma crítica ao controle exercido socialmente sobre
os corpos e a sexualidade das mulheres (Rivera Garretas, 1996). Nesse sentido, a identidade
brasileira foi construída, principalmente, a partir do contato das culturas ameríndias, europeias e
africanas. É importante ressaltar que no processo de colonização ibérica do território brasileiro, o
homem “branco” era visto como dominador das mulheres indígenas, e essas nomeadas como
“oferecidas”, sem pudor diante do conquistador/invasor. Algo semelhante ocorreu com as africanas
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escravizadas, que se consideravam também mulheres de fácil acesso sexual. Por outro lado, as
mulheres “brancas” também sofriam com o poder “patriarcal”, sendo seu corpo objeto de controle.
Deste modo, há uma intenção de construir uma identidade brasileira que relegue as mulheres a um
papel marginalizado e racializando (Wolff, 2004; Rago, 2006), sobretudo, quando se coloca a
categoria mulher brasileira atrelada à figura da “mulata” no cenário internacional.
No contexto das migrações deve-se pensar como uma pessoa constrói sua identidade e como
ela é constantemente reinventada. Ou melhor, como se dá a identificação com uma ou outra
identidade. Nesse sentido, a identidade nacional assim como a identidade sexual não é algo inato ao
sujeito, mas sim construído culturalmente. O posicionamento enquanto sujeitos marca nossa história
social e o modo como nos relacionamos com as demais pessoas:
O ‘eu’ que aqui escreve, por certo, tem também de ser pensado, ele mesmo, como
‘enunciado’. Todos nós escrevemos e falamos desde um lugar e um tempo
particulares, desde uma história e de uma cultura que nos são específicas. O que
dizemos está sempre ‘em contexto’, em posicionamento.2
A questão de posicionar-se é muito importante para a perspectiva feminista e também levar
em conta a transversalidade de gênero, etnicidade, “raça”, classe social, geração e nacionalidade,
quando se faz uma análise das migrações. Não se pode falar da neutralidade de alguém que observa
e narra, pois também quem escreve está falando de um determinado lugar e a partir desse
posicionamento faz a sua pesquisa. Assim como assinala Donna Haraway (1995), não devemos
universalizar uma experiência ou um conhecimento e pensar que pode servir para todo o mundo, e,
sim, situar o conhecimento. É nesse ponto, que as experiências das mulheres brasileiras no exterior
devem ser levadas em conta, a partir da heterogeneidade de seus pertencimentos identitários, já que
não podem ser consideradas como um grupo homogêneo.
Sendo assim, Judith Butler problematiza a categoria ‘mulheres’ representada pelo
feminismo. Tanto o sexo como o gênero são construções discursivas, sendo fundamental criticar a
unidade destas categorias, apesar da importância desse movimento social e político que busca uma
transformação social. Porém,
para a teoria feminista, o desenvolvimento de uma linguagem capaz de representalas completa ou adequadamente pareceu necessário, a fim de promover a
visibilidade política das mulheres. Isso parecia obviamente importante,
considerando a condição cultural difusa na qual a vida das mulheres era mal
2
HALL, Stuart. Identidade cultural e diáspora. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN),
24, 1996, p. 68.
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representada ou simplesmente não representada. [...] O próprio sujeito das
mulheres não é mais compreendido em termos estáveis ou permanentes. 3
Mulheres brasileiras, migrantes internacionais
Há um crescente interesse em estudos sobre migração brasileira no exterior nos últimos
anos, sobretudo, quando se trata da perspectiva de gênero. Neste tópico será construído um breve
panorama sobre as mulheres brasileiras nas migrações internacionais, a partir de pesquisas que
tratam, sobretudo, dos Estados Unidos e de alguns países da Europa. Pode-se notar que em vários
contextos migratórios há uma sexualização da imagem da mulher brasileira, associada a certo
exotismo e a uma feminidade à flor da pele.
Adriana Piscitelli (2009) trata do contexto da indústria do sexo em países no sul da Europa:
Itália e Espanha. As análises de Piscitelli e de outras investigadoras (Souza, 2007; Garcia, 2007)
podem ajudar a compreender melhor o panorama da migração brasileira, tanto no que se refere à
criação de um imaginário (Peña Astorga, 2000) ou uma imagem turística sobre o Brasil (Sá, 2002) e
sobre as mulheres brasileiras no exterior (Zanette, 2006).
O Brasil, envolvido num contexto migratório internacional, está inserido numa
transnacionalizaçao do mercado sexual ligado à globalização (Piscitelli, 2006). Há um aumento da
circulação de pessoas, isto é, da mobilidade de homens “ricos” a países “pobres” em busca de
relações sexuais, majoritariamente com mulheres. Estas são vistas como mais sexualizadas,
envolvidas em uma atmosfera de exotismo. O tipo de turista em questão busca um tipo de
sexualidade “natural” ou “autêntica” e acaba racializando4 características de uma sexualidade mais
intensa ou exótica personificada nas mulheres procedentes de países chamados de “terceiro
mundo”. Nessa conjuntura, algumas brasileiras negociam suas identidades jogando com diferentes
posições de sujeito, e não sendo somente passivas (Piscitelli, 2007), tendo relacionamentos afetivosexuais com seus namorados estrangeiros. Nesse caso, a imagem de mulher sexualizada é colocada
a seu favor, onde “o sex appeal étnico é utilizado como um bem por mulheres que trabalham na
indústria do sexo, que acreditam que é útil para atrair clientes” (Piscitelli, 2008: 271) e também no
mercado matrimonial.
3
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora
Civilização. Brasileira, 2010, p.18.
4
A noção de “raça” no qual o estrangeiro está envolto se manifesta no pensamento local (Fortaleza-CE), quando
se marca a mulher de pele mais escura, acompanhada de estrangeiro, como prostituta e a mulher de pele mais clara
como “interesseira” (PISCITELLI, 2011).
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Dentre as mulheres latino-americanas, as brasileiras, cubanas e colombianas são as mais
afetadas por imagens sexualizadas, sobretudo, pelos traços afrodescendentes. Há um racismo
etnizado (sic) que se intercala com nacionalidade, gênero e sexualidade, suavizado para as mulheres
não percebidas como negras (Piscitelli, 2008).
Por outro lado, em minha pesquisa com mulheres brasileiras na Itália5, pude perceber que a
imagem de uma mulher6 brasileira sexualizada afeta tanto as vistas como afrodescendentes como as
ditas “brancas”, que por muitas vezes pelo seu fenótipo são “confundidas” com as italianas. Nestas
últimas, o marcador da diferença se dá, em um segundo momento, a partir da linguagem, da
oralidade, pois elas relatam: “ao abrir a boca, eu me denuncio”, sendo percebidas como não nativas
pelo seu sotaque brasileiro. Muitas delas, diante de alguns interlocutores italianos acabam negando
a sua nacionalidade brasileira, fazendo um jogo de resistência perante a tentativa de associação de
sua nacionalidade a uma forte sexualização. Entretanto, é interessante o relato a seguir de uma
baiana, que morava na Itália desde o final da década de 90 e, apesar de dominar a língua italiana,
falava de sua dificuldade em entender a associação da mulher brasileira à prostituição: “A minha
dificuldade em ser brasileira é o estereótipo da mulher brasileira no exterior. Porque a mulher
brasileira é puta, entendeu?! Eu acho o que a gente tem de liberdade sexual, que não
necessariamente seja uma...” (Teresa, 35 anos).
No contexto da indústria do sexo há um número relevante de brasileiras envolvidas
(Piscitelli, 2008), porém este universo não está restrito somente à prostituição (classicamente
apontada como intercâmbio sexo-dinheiro), podendo haver contextos onde se entrelaçam relações
entre sexo, interesses, afetos e dinheiro entre clientes e mulheres que trabalham em casas de alterne7
em Portugal (Dolabella, 2012) ou dançarinas eróticas em Nova Iorque (Maia, 2011). Por outro lado,
é importante sinalizar também o casamento ou relacionamentos com homens estrangeiros que pode
ocorrer a partir desse contexto ou não (Silva, 2012; Assunção, 2012; Piscitelli, 2008; Assis, 2011 e
2007).
5
Pesquisa de mestrado na Università degli Studi di Bologna e Universidad de Granada. Na cidade de Bologna,
na Itália, no ano de 2010, foram feitas entrevistas com catorze mulheres brasileiras de vários estados.
6
Menciono “imagem da mulher” no singular, pois no contexto italiano, no senso comum, percebe-se a
construção das mulheres brasileiras dentro de uma categoria homogênea e estereotipada, associando-as a um país
tropical de sexo fácil, carnaval e futebol (Ballerini, 2011).
7
As mulheres, que trabalham nas casas de alterne em Lisboa, não exercem a prostituição no local, apesar fazem
companhia aos clientes, que lhe pagam bebidas. Podendo surgir um relacionamento afetivo-sexual com os namoradosclientes, onde a “ajuda” está relacionada com sexo e dinheiro (Dolabella, 2012), algo semelhante ocorre também no
contexto nova-iorquino com as dançarinas eróticas brasileiras (Maia, 2011).
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No mercado matrimonial transnacional, há uma percepção de que as mulheres brasileiras
migrantes teriam mais possibilidades em estabelecer uniões mistas em relação aos seus
conterrâneos. Muitas dessas brasileiras migram para os Estados Unidos ou países da Europa e um
casamento com um homem, nativo do país de destino, é muito valorizado, inclusive para a
regularização migratória (Assis, 2011; Silva, 2012; Assunção, 2012), superando a separação entre
amor romântico e casamento por interesse.
A migração internacional para um país mais bem posicionado geo-economicamente do que
o Brasil, como os Estados Unidos, pode propiciar mais autonomia para as mulheres brasileiras e
também reestruturar os rearranjos familiares, onde elas buscam relações mais igualitárias com seus
companheiros ou com futuros maridos. A questão da sexualização da mulher brasileira no exterior
pode ser vista como vantajosa, no caso de um casamento com um cidadão nativo, aliando a imagem
de mulher carinhosa, boa mãe, dona de uma feminilidade latente, boa dona de casa (Assis, 2011).
Comumente as mulheres migrantes brasileiras são apontadas como realizando uma atividade
laborativa na área de serviços domésticos ou no mercado do sexo, já os homens brasileiros
realizariam trabalhos mais voltados para o setor da construção civil ou bares e restaurantes (Assis,
2007, 2011; Togni, 2011) perpassadas por questões cristalizadas de gênero, e apesar de muitos não
perceberem uma mobilidade laboral, a migração pode propiciar uma ascensão econômica. Havendo,
por outro lado, também uma inserção no mundo do trabalho como empreendedoras na Espanha
(Cavalcanti, 2006). Nos Estados Unidos a área da limpeza propiciou a muitas faxineiras se tornarem
empresárias e empregarem muitos homens, inclusive alguns de seus maridos ou imigrantes recémchegados. Um trabalho rentável em que muitas delas poderiam se tornar donas do próprio negócio
(Fleischer, 2002).
Algumas considerações
Pode-se dizer que há uma tentativa de construir uma imagem homogênea das mulheres
brasileiras, a partir de estereótipos que fomentam e forjam uma suposta sexualidade explosiva e de
fácil acesso, calcada na figura da “mulata” e no Brasil, como um lugar prazeroso que congrega:
praia, samba e carnaval. Mesmo que haja essa criação, muitas mulheres brasileiras jogam (com
resistência e complacência) com as imagens estereotipadas que insistem em posicionar suas
identidades como essencializadas. Uma das formas de resistência é negar ou retrabalhar a seu favor
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essas imagens hipersexualizadas das mulheres brasileiras, que não levam em conta suas
singularidades e diversidades.
Num contexto migratório internacional, onde há cada vez mais a circulação de pessoas de
uma região a outra, não necessariamente de países do “norte” em direção ao “sul”, as pessoas
migrantes podem se deslocar de um lugar a outro, sem buscar um destino fixo e ao mesmo tempo
vão reconstruindo suas identidades. A partir dessa circularidade é importante pensar que a
construção de uma imagem homogênea e estereotipada das mulheres brasileiras aliada a uma
pobreza e erotização de seus corpos, não leva em conta a diversidade de seus pertencimentos, mas
tal imagem pode ser descontruída e modificada dependendo do lugar em que um sujeito se
posicione.
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