Programa Qualidade Rio 2015 28 ANOS 1 Programa Qualidade Rio 2015 Copyright 2015 Todos os direitos desta edição reservados ao Programa Qualidade Rio - PQR Programa Qualidade Rio - PQR Av. Rio Branco, 110 – 20° andar – Centro - Rio de Janeiro EQUIPE Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro Marco Antonio Vaz Capute Presidente do Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio Julio Cesar Carmo Bueno Subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial Marcelo Carlos Lins Vertis Superintendente de Competitividade Sergio José Teixeira Coordenador Geral Luiz Fernando Bergamini de Sá Coordenador do Prêmio Qualidade Rio Eurico Marchon Neto Coordenadora do Prêmio MPE Brasil Claudia Bianca Santos de Luca Coordenadoras do Subprograma Saúde Adarlette Neira Nelly Azevedo Henriques Assistente do Programa Qualidade Rio Juliane Campêlo da Silva Estagiário Kelvin Nunes 2 Programa Qualidade Rio 2015 ÍNDICE 1 2 2.1 2.2 3 3.1 3.2 3.2.1 3.2.2 3.2.3 3.3 3.4 3.4.1 3.4.2 4 4.1 4.2 5 Prefácio INTRODUÇÃO Dedicatória A GLOBALIZAÇÃO E O MOVIMENTO PELA QUALIDADE NO BRASIL Contextualização A globalização e o movimento pela qualidade no Brasil Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP Movimento Brasil Competitivo – MBC PROGRAMA QUALIDADE RIO – PQR Apresentação Atuação do Programa Qualidade Rio Natureza das ações Desenvolvimento das atividades Legislação pertinente Realizações do PQR junto a Rede QP&C Realizações do PQR no Estado do Rio de Janeiro Subprogramas Setoriais Subprogramas Regionais PRÊMIO QUALIDADE RIO - PQRIO Fundamentos da Excelência Critérios de Excelência PRÊMIO MPE BRASIL – PRÊMIO DE COMPETITIVIDADE PARA AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS pág. pág. 4 6 10 pág. 11 pág. 12 pág. 14 pág 21 pág. pág. pág. pág. pág. pág. pág. pág. 23 25 25 29 29 29 31 33 pág. 34 pág. pág. pág. pág pág 35 44 47 48 75 pág. 90 6 PERSPECTIVAS pág. 98 7 AGRADECIMENTOS Referências Bibliográficas pág. pág. 100 103 3 Programa Qualidade Rio 2015 PREFÁCIO Para comemorar os 28 anos do Programa Qualidade Rio - PQR é importante fazer o registro da história exitosa, marcada por pessoas idealizadoras e realizadoras que incentivaram o desenvolvimento do trabalho de disseminação dos conceitos da qualidade e de gestão no Rio de Janeiro. Esta publicação relata um sonho que se cristalizou ao longo do tempo, mostrando a visão, a determinação, a maturidade e o aprendizado das organizações que entenderam a importância da implantação de uma cultura gerencial no Estado, por meio do Modelo de Excelência da Gestão - MEG®. Relatamos aqui a história desde o aparecimento do movimento pela qualidade total no Brasil; a adesão do Rio de Janeiro de forma pioneira, para ser possível entender o motivo do Programa Qualidade Rio ser reconhecido no Estado e no Brasil, sendo um projeto de gestão de qualidade estratégico para o desenvolvimento das organizações fluminenses e do próprio estado. Descrevemos os fundamentos e critérios de excelência considerados o que de mais avançado existe na metodologia contemporânea da classe mundial em gestão. Homenageamos também pessoas comprometidas em ser agentes de transformação na forma de ser, pensar e agir, produzindo as verdadeiras mudanças. Desejamos boa leitura e votos de que seja mantida viva a vontade de continuar na caminhada para a realização do sonho de um Estado mais forte. Luiz Fernando Bergamini de Sá Coordenador Geral do Programa Qualidade Rio – PQR 4 Programa Qualidade Rio 2015 “A história se faz com a vontade dos homens e daqueles que os lideram” Cristovan Buarque “Um sonho que se sonha só é apenas um sonho, mas um sonho que se sonha junto é a realidade”. Raul Seixas 5 Programa Qualidade Rio 2015 INTRODUÇÃO Em 1987, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decretou a LEI Nº 1260, de 16 de dezembro daquele ano, e o governador Wellington Moreira Franco, eleito para o quadriênio 87-91 a sancionou. Com ela foi criada a Secretaria de Ciência e Tecnologia - SECTEC e o Governador convidou para dirigi-la, um dos mais respeitados homens públicos do Brasil, reconhecido como um dos responsáveis pelo desenvolvimento científico e tecnológico ocorrido na esfera federal nas décadas de 60 e 70, o Dr. José Pelúcio Ferreira. A partir de então, pode-se afirmar que teve início a organização e o funcionamento de um verdadeiro sistema dedicado ao desenvolvimento científico e tecnológico. De imediato, passaram a integrar a SECTEC, a Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ, o Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro - CECIERJ e o Instituto de Pesos e Medidas - IPEM. Ainda em 1987, com o apoio de todos os partidos políticos, a Assembleia Legislativa aprovou, através de Lei, a proposta da SECTEC de reformulação da FAPERJ, dando-lhe condições de atuar efetivamente na promoção do desenvolvimento científico e tecnológico do Estado. Passaram a ser finalidades específicas da Fundação: a promoção e o financiamento de programas e projetos de pesquisa e de criação e modernização de infraestrutura para a pesquisa em instituições públicas e privadas localizadas no Estado do Rio de Janeiro, bem como de intercâmbio e formação de pesquisadores no País e no exterior. Além disso, a FAPERJ deveria manter um cadastro de unidades de pesquisa localizadas no Estado do Rio de Janeiro, como também dos projetos por elas desenvolvidos e de seus pesquisadores; promover e apoiar a divulgação dos resultados de pesquisas; e assessorar o Governo do Estado na formulação de sua política de desenvolvimento científico e tecnológico. 6 Programa Qualidade Rio 2015 Todas as atribuições anteriores da antiga FAPERJ, julgadas incompatíveis com suas finalidades foram transferidas para outros órgãos. O Governo do Estado que iniciava a sua gestão em 1987, encontrou o BD-Rio em liquidação judicial. Com isto o Estado do Rio de Janeiro deixara de contar com um dos principais instrumentos de viabilização de políticas de desenvolvimento calcados no avanço tecnológico, operando com recursos próprios, federais e de agências internacionais. Avaliadas as diferentes opções possíveis, e após consulta e concordância do Banco Central, decidiu o Governo pela criação de uma empresa pública que, mesmo com capital inicial relativamente pequeno, fosse capaz de mobilizar recursos de outras fontes, nacionais e do exterior, e aplicá-los segundo a política de desenvolvimento do Estado. Com este propósito o Governador, ao aprovar proposta da SECTEC, encaminhou mensagem à Assembleia Legislativa que, transformada em Lei em 1988, autorizou a criação da Empresa Fluminense de Tecnologia - FLUTEC. A mesma lei de criação da FLUTEC reestruturou o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico - FATEC, atribuindo àquela empresa a gestão técnica e financeira do mesmo. Pela gestão do Fundo, a FLUTEC passou a receber uma taxa de administração que, com o aumento das operações ao longo dos anos, tornaria a empresa autossuficiente em recursos financeiros para sua sustentação. A referida taxa era composta de duas parcelas, 1% ao ano sobre o valor patrimonial médio do FATEC, mais 2% ao ano sobre o saldo devedor corrigido dos financiamentos concedidos com recursos do Fundo. De acordo com o seu Estatuto, a FLUTEC foi autorizada a conceder empréstimos, realizar outras operações financeiras, administrar recursos colocados à sua disposição por entidades públicas e privados, conceder aval ou fiança, participar minoritariamente do capital de outras sociedades, formar convênios e 7 Programa Qualidade Rio 2015 contratos com entidades nacionais e estrangeiras, públicas ou privadas, podendo, também, receber doações e administrar outros fundos instituídos pelo Estado, cuja gestão lhe fosse expressamente atribuída. Quanto ao FATEC, seu regulamento previa como receitas suas: a) recursos constantes do orçamento geral do Estado, especialmente a ela destinado; b) recursos oriundos de financiamentos e repasses de linhas de crédito para investimentos em tecnologia; c) receitas ou produtos das operações realizadas com seus recursos; d) auxílios, subvenções e contribuições de pessoas e entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras; e) outros recursos que lhe fossem expressamente atribuídos, inclusive aqueles provenientes de convênios e contratos. Atendendo às peculiaridades do Estado, a FLUTEC estabeleceu-se não somente como um “banco de investimento em tecnologia”, mas, principalmente, como uma “agência promotora de desenvolvimento tecnológico” dotada de recursos e de instrumentos para agir, também, como um banco. Assim é que, após negociação com a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, a REDE DE TECNOLOGIA transferiu-se para as instalações da FLUTEC que, além de dar-lhe, efetivamente, dimensão estadual, passou a fornecer-lhe os meios para funcionar. Em contrapartida, a FLUTEC não constituiu um quadro próprio de pessoal técnico para a análise e acompanhamento de projetos, preferindo valer-se da REDE para tais fins. Em 1987, sob a liderança da SECTEC, foi criado o PROGRAMA QUALIDADE RIO, propondo-se um conjunto de ações a serem desenvolvidas de forma integrada por entidades públicas e privadas, visando ao aprimoramento da 8 Programa Qualidade Rio 2015 qualidade e ao aumento da produtividade de indústrias do Estado. Faz-se necessário esse preâmbulo dada a importância desse ato, pois essa iniciativa regional tinha por finalidade unir todo um esforço tecnológico e de busca de recursos de financiamento para fomentar e incentivar a inserção dos conceitos de qualidade e produtividade na indústria fluminense. Em paralelo, muitos colaboradores que deram estatura e solidificação ao Programa Qualidade Rio, embasando iniciativas em pesquisas, foram Bolsistas da FAPERJ. A operacionalização do PROGRAMA ficou sendo de responsabilidade de uma Secretaria Executiva que foi, inicialmente, instalada na SECTEC. No segundo trimestre de 1989, a responsabilidade pela sustentação e operação da Secretaria Executiva foi transferida para a FLUTEC, que teve como papel fundamental ser a primeira mantenedora do PROGRAMA QUALIDADE RIO, com o apoio de diversas outras entidades. Estamos, portanto neste exercício de 2015, podendo comemorar 28 anos de atividades ininterruptas desse movimento da qualidade e produtividade, fazendo história, porquanto somos precursores no Rio de Janeiro, de um movimento que teve enorme impulso e impacto no país a partir de 1990: o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP, como veremos mais adiante. 9 Programa Qualidade Rio 2015 DEDICATÓRIA Esse resumo de atividades que ousamos chamar de livro é dedicado a tantos quantos vivenciaram a época aqui referenciada, ou seja, não só aos que tem seus nomes aqui especialmente registrados, mas também aos que anonimamente contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de nossa sociedade, onde quer que estejam e qualquer que seja a função que exerçam. 10 Programa Qualidade Rio 2015 A GLOBALIZAÇÃO EO MOVIMENTO PELA QUALIDADE NO BRASIL 11 Programa Qualidade Rio 1. 2015 CONTEXTUALIZAÇÃO Na busca de alternativas para o aumento da competitividade internacional, os países mais desenvolvidos vêm se mobilizando para aprimorar os modelos de gestão de empresas, tanto no setor público, quanto na iniciativa privada. O que ainda se constata é um movimento intenso voltado para a melhoria da qualidade, aumento da produtividade e da competitividade; desenvolvimento, aprimora- mento e absorção de novas tecnologias dos produtos e serviços ofertados, e pessoas sendo estimuladas a buscar inovações. No que se refere à qualidade e produtividade, trava-se uma verdadeira guerra silenciosa e imperceptível, no dia-a-dia das empresas, em busca de métodos que possam garantir produtos e serviços com qualidade, preços e prazos que atendam às necessidades e expectativas de seus clientes e sejam compatíveis com os mercados interno e externo. Há mais de trinta anos o Brasil vem participando desse esforço de melhoria da qualidade e aumento da produtividade e competitividade quando, a partir de 1990, contamos com a implementação do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade - PBQP. Foi um programa de mobilização de toda a sociedade, com a participação de centenas de organizações representativas dos empresários, trabalhadores, consumidores, meio acadêmico e governos, com inúmeros projetos e iniciativas. O PBQP transformou-se no ano 2001, no Movimento Brasil Competitivo – MBC. Nos primeiros movimentos no início da década de 80, a qualidade veio nos Círculos de Controle da Qualidade – CCQs, tendo aqui sido criada a Associação Fluminense dos Círculos de Controle da Qualidade – AFCCQ. Iniciava posteriormente no Estado do Rio de Janeiro, por volta de 1987, uma ação 12 Programa Qualidade Rio 2015 regional voltada para o incentivo e fomento à inserção dos conceitos de qualidade e produtividade na indústria. Esta ação designava-se "Qualidade Rio" e tinha como principal instituição mantenedora a Empresa Fluminense de Tecnologia, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, com apoio de diversas entidades. O programa previa um conjunto de ações, a serem desenvolvidas de forma integrada por organizações públicas e privadas, visando o aprimoramento da qualidade e o aumento da produtividade e da competitividade das indústrias localizadas no Estado do Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro ainda estão presentes vários centros de pesquisa e desenvolvimento, universidades e escolas técnicas, atuando em diversas áreas de conhecimento e reunindo uma das maiores concentrações de mestres e doutores da área tecnológica. Além disso, o Estado conta com a presença, no município de Duque de Caxias, do INMETRO, detentor dos padrões primários metrológicos(1), organismos de certificação e laboratórios de ensaio e calibração. Acreditou-se que todos esses fatores poderiam ser potencializados, articulando-se as diversas partes interessadas em torno do Programa Qualidade Rio. O Programa é resultado do trabalho de um grupo, formado por representantes de várias instituições e pretendendo mobilizar toda a sociedade de forma que a proposta de desenvolvimento socioeconômico seja desdobrada em diversas ações executadas de forma descentralizadas. Algumas dessas ações são voltadas para a conscientização e motivação dos dirigentes de empresas, trabalhadores, consumidores e para o desenvolvimento das pessoas envolvidas, além de seus colaboradores. A articulação institucional do Estado com a indústria e as instituições tecnológicas, assim como o engajamento de toda a sociedade na busca dos 13 Programa Qualidade Rio 2015 objetivos do Programa, constituem os principais instrumentos para o seu sucesso. A operacionalização do Programa baseia-se em uma orientação única para projetos de abrangência geral e setorial, envolvendo, inclusive, a administração pública. O Programa teve no seu início, grande suporte através de projetos de pesquisa, até que se erguesse, e hoje sustentabilidade é obtida com Acordo de Cooperação Técnica com a SEDEIS. 2. A GLOBALIZAÇÃO E O MOVIMENTO PELA QUALIDADE NO BRASIL No Brasil, os primeiros movimentos pela Qualidade e Produtividade surgiram na indústria, no fim da década de 50. A política de substituição das importações forçou as empresas, em especial as estatais, a abordarem a questão da qualidade com seus fornecedores. Buscava-se garantir, fundamentalmente, a continuidade operacional e a segurança dos equipamentos, dos funcionários e da sociedade. A substituição das importações fortaleceu o papel do Estado na formulação da política industrial, principalmente pela concessão de subsídios às exportações e pela fixação de tarifas de proteção a vários produtos nacionais. Com o objetivo de proteger o mercado interno, foi construída uma estrutura industrial diversificada e integrada. A partir do início da década de 70, algumas nações começaram a dar mais atenção ao fenômeno da globalização, que tornaria possível um mundo sem fronteiras econômicas, isto é, os produtos poderiam ser produzidos em qualquer parte do mundo e vendidos em qualquer lugar. Porém, essa tendência mundial não repercutiu de forma significativa, nos países como o Brasil, que adotaram políticas de proteção de mercado. 14 Programa Qualidade Rio 2015 A indústria brasileira, embora não tenha desenvolvido capacidade inovadora própria, cresceu graças às estratégias adotadas de proteção, promoção e regulação. Em 1980, alcançou-se alto grau de integração intersetorial e de diversificação da produção. Os complexos químicos e metalmecânico (inclusive bens de capital, bens de consumo duráveis e o setor automobilístico) foram responsáveis por 58,8% do produto total da indústria. No fim da década de 70, a política de substituição das importações começou apresentar problemas, decorrentes do atraso tecnológico do parque industrial nacional. Os problemas estruturais que se refletiam em níveis baixos de produtividade e custos elevados de produção, dificultavam a entrada de produtos brasileiros no mercado internacional. A capacitação tecnológica insuficiente das empresas para desenvolver novos processos e produtos; a ausência de um padrão nítido de especialização da estrutura industrial brasileira e a baixa integração com o mercado internacional afetaram negativamente a competitividade do parque industrial do País. Enquanto isso, o mundo experimentava uma revolução tecnológica e gerencial visível, que ocupava com frequência espaços na mídia. A maneira de se administrar um negócio passava a incluir a aplicação dos conceitos da gestão pela qualidade total, isto é, o uso intensivo de técnicas estatísticas, o envolvimento efetivo da força de trabalho e a certificação de pessoal, sistemas, processos, produtos e serviços. Como consequência das mudanças, observou-se uma intensificação da competição entre empresas e países a partir do fim da década de 80. Num ambiente muito dinâmico, os níveis de competitividade passaram a ser rapidamente superados. Tornou-se crucial a busca incessante pela melhoria 15 Programa Qualidade Rio 2015 contínua da Qualidade e Produtividade. As empresas brasileiras precisaram, assim, buscar as condições necessárias para a competitividade. A estratégia de desenvolvimento adotada em busca da capacitação tecnológica e da gestão empresarial inovadora baseou-se na aplicação de práticas voltadas para a Qualidade e a Produtividade. Lançado em 1986, o Programa da Qualidade e Produtividade - ProQP foi um programa criado pelo Governo Federal com o objetivo de promover a qualidade, aumentar a produtividade, reduzir custos e incrementar a competitividade de produtos e serviços brasileiros. Convocando todos os segmentos da sociedade para um esforço conjunto em prol da melhoria da qualidade, o ProQP visava aumentar o mercado da indústria nacional e, com isso, gerar crescimento econômico e abrir novos postos de trabalho. O ProQP tinha uma estrutura matricial constituída de quatro Subprogramas Gerais. A década de 80 se caracterizou por índices inflacionários elevados, que deterioraram a distribuição de renda e fragilizaram financeiramente o Estado. Mascarado pela inflação, o ganho alcançado com investimentos em produtividade não era imediatamente percebido. Por isso, os empresários preferiram fazer aplicações financeiras para minimizar o impacto da crise, o que inibia o investimento em capacitação tecnológica. Adotando estratégias defensivas, as empresas diminuíam a utilização da capacitação produtiva instalada, reduzindo custos e aumentando as parcelas de capital valorizadas no mercado financeiro. O progresso técnico não era visto, então, como uma prioridade. A utilização de tais estratégias defensivas resultou na queda dos níveis de qualidade e produtividade e, consequentemente, acentuou a fragilidade da indústria brasileira. 16 Programa Qualidade Rio 2015 O ProQP, concebido e implementado em contexto macroeconômico desfavorável, não foi capaz de atingir todos os seus objetivos. No fim da década de 80, as dificuldades do cenário conduziram, então, à formulação de uma nova estratégia que, alinhada a políticas sólidas e bem articulada, pudesse reduzir o atraso tecnológico e inserir o País no contexto internacional de competitividade e globalização. A partir do fim de 1989, a mobilização dos países europeus para a adoção de normas internacionais de gestão de sistemas da qualidade começou a repercutir mais concretamente no Brasil. Esse movimento, fortalecido pela importância das exportações das empresas brasileiras para o mercado europeu, foi também influenciado pela ação das empresas de consultoria que vislumbravam um mercado emergente para suas atividades. Em 1990, foi lançada a Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE). Seu propósito era aumentar a eficiência da produção e da comercialização de bens e de serviços, bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. A sensibilização mais forte ocorreu nas empresas que já possuíam sistemas da qualidade baseados em requisitos de normas, implantados por exigência dos órgãos do governo, ou das empresas estatais interessadas em garantir a qualidade de seus empreendimentos. Fornecedoras do governo e das grandes estatais, essas empresas tinham de atender a especificações e requisitos de naturezas diversas, que eram impostos por exigências contratuais. Deviam, também, submeter-se frequentemente a programas de auditoria, em geral executadas pelos próprios clientes. Além disso, cada contratante, usando seu poder de compra, exigia conformidade com suas 17 Programa Qualidade Rio 2015 normas específicas, não aceitando sistemas qualificados por outro órgão do governo ou empresa estatal. Em 1990, quando foi criado o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, era insignificante o número de empresas brasileiras com sistemas da qualidade certificados, visto que os grandes compradores no mercado nacional não aceitavam explicitamente as certificações de terceira parte, preferindo utilizar estrutura própria para qualificação de seus fornecedores. Um dos primeiros grandes desafios do PBQP foi reverter essa situação, incentivando as certificações de sistemas da qualidade por organismos independentes, que fossem reconhecidas e aceitas sem restrições. Sendo o PBQP um programa conduzido pelo Governo Federal, e tendo em conta que a resistência na aceitação da certificação de terceira parte estava localizada fundamentalmente em grandes empresas de economia mista, ocorreram esforços significativos dos gestores do Programa para o reconhecimento e aceitação deste tipo de certificação. Além disso, outras ações desenvolvidas no âmbito do PBQP contribuíram de forma importante para adoção das Normas ISO 9000 no Brasil, tanto para situações contratuais, como nas não contratuais. Destacam-se entre elas a criação do Comitê Brasileiro da Qualidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT/CB-25, a reformulação do modelo de elaboração de normas pela ABNT, o modelo de credenciamento de laboratórios, o fortalecimento e consolidação das Redes Brasileiras de Laboratórios de Ensaios e Calibração (RBLE e RBG) e, sobretudo, o modelo concebido para o Sistema Brasileiro de Certificação (SBC). A partir de 1990, seguindo uma tendência mundial, por mais de dois 18 Programa Qualidade Rio 2015 anos um grupo de estudos constituído por especialistas em gestão da qualidade, provenientes da indústria, de empresas de consultoria, de associações e do meio acadêmico dedicou-se, de forma voluntária, à criação de uma premiação nacional no Brasil, utilizando a experiência do Japão, dos Estados Unidos e de outros países, inclusive europeus. Essa premiação estava em sintonia com o Subprograma I da 1ª Fase do PBQP, que preconizava a instituição de prêmios destinados ao reconhecimento das contribuições em prol da qualidade e produtividade. Em 06 de maio de 1991, com o objetivo de incentivar os melhores modelos de gestão da qualidade, o Comitê Nacional da Qualidade e Produtividade do PBQP criou o Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ, estruturado como um prêmio anual de reconhecimento de empresas estabelecidas no Brasil que se distinguem em relação à qualidade e à gestão. A Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ (hoje Fundação Nacional da Qualidade – FNQ), criada com o objetivo de operacionalizar o Prêmio Nacional da Qualidade, entregou a 1ª edição do Prêmio em questão no dia 12 de novembro de 1992, na categoria indústria, em solenidade que contou com a presença do Ministro de Estado da Indústria, do Comércio e do Turismo e do Ministro da Ciência e Tecnologia. Pode-se dizer que a Gestão da Qualidade nasceu de duas abordagens: A preocupação com defeitos e falhas de componentes (área militar, nuclear, aeronáutica, petroquímica, elétrica etc.): controle de processo através de métodos estatísticos e Sistemas de Garantia da Qualidade; 19 Programa Qualidade Rio 2015 O foco na satisfação do cliente (preço, prazo de entrega e desempenho): modelos sistêmicos, programas motivacionais, gestão pela qualidade total e prêmios de excelência. Apesar de ainda existirem empresas que aplicam somente o controle de processo, gradualmente vem ocorrendo a migração dessas empresas para os Sistemas de Gestão da Qualidade que estabelecem requisitos específicos para o controle de processo. Pode-se dizer que existiam no Brasil duas correntes de gestão da qualidade: Gestão pela Qualidade Total e Sistemas de Gestão e Garantia da Qualidade. Inicialmente, as duas correntes seguiram caminhos paralelos. A partir de 1991 as duas correntes começaram a convergir, primeiramente, com a criação dos Prêmios pela Excelência da Qualidade, como, por exemplo, a Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade - FPNQ e com o aperfeiçoamento da Norma NBR ISO 9001, que foi revisada para incorporar os princípios de gestão pela qualidade total e dos prêmios pela excelência da qualidade, além dos conceitos de gestão de processo, de gestão sistêmica, de foco no cliente, de parceria com fornecedores e de melhoria contínua do sistema. No Brasil não houve uma revolução, mas uma evolução lenta, consciente e segura quanto à importância da qualidade. Até a década de 80, a qualidade era uma questão técnica e, portanto, restrita aos técnicos. A partir de então, a qualidade ganhou uma importância vital e estratégica para a sobrevivência e perenidade das empresas, passando a ser responsabilidade de toda a administração. 20 Programa Qualidade Rio 2015 2.1 Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP No fim da década de 80, alguns esforços vinham sendo empreendidos na área da qualidade e produtividade no Brasil por alguns setores. Entretanto, a preocupação com esses temas ainda não tinha atingido todos os segmentos da economia. O desperdício alcançava níveis inaceitáveis para um país que sofria carências sociais dramáticas, num quadro de escassez de recursos financeiros. As estimativas indicavam perdas que alcançavam até 40 % do produto industrial, encarecendo nessa mesma proporção o preço final dos bens e serviços. Considerando-se a participação do produto industrial na formação do PIB, o desperdício alcançava valores da ordem de US$ 50 bilhões / ano. Tal situação vinha contribuindo para restringir o desenvolvimento industrial e para a frustração de legítimas aspirações da população brasileira por emprego, renda, segurança, educação e saúde. Enquanto isso, a principal causa do êxito econômico do Japão e potências emergentes do sudeste da Ásia era atribuída ao valor conferido à qualidade e produtividade. As experiências bem-sucedidas desses países apontavam o Governo como condutor do processo de retomada do desenvolvimento e fomentador de ações por parte das empresas. A modernização industrial requeria a adoção de novos métodos de gerenciamento da produção e de gestão tecnológica na empresa, bem como a capacidade de incorporação de novas tecnologias de produto e de processo na atividade produtiva. Os grandes desafios estavam, portanto, na busca da racionalização, da modernização e da competitividade, para as quais eram indispensáveis a Qualidade e a Produtividade. 21 Programa Qualidade Rio 2015 Qualidade e Produtividade passaram a representar uma nova filosofia de gestão empresarial, capaz de conduzir todos os segmentos da empresa a uma postura pró-qualidade e produtividade, por meio do compromisso de dirigentes e empregados, em todas as fases do processo produtivo. Tal postura asseguraria produtos e serviços com desempenho, disponibilidade e preço adequados e totalmente orientados para as aspirações do mercado. A competição internacional em bases tecnológicas eliminou as tradicionais vantagens comparativas baseadas no uso de fatores de produção abundantes e baratos. Tal contexto estimulou o Governo a propor à sociedade o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, um dos mecanismos previstos nas Diretrizes Gerais da Política Industrial e de Comércio Exterior - PICE, com o objetivo de estabelecer um conjunto ordenado de ações indutoras da modernização industrial e tecnológica, contribuindo para a retomada de desenvolvimento econômico e social. O PBQP tinha como filosofia o engajamento de toda a sociedade para a consecução de seus objetivos. Partindo desse princípio, os Termos de Referência do Programa foram elaborados conjuntamente por técnicos do Governo Federal, de Governos Estaduais e de entidades privadas que representam os segmentos empresariais, os consultores especializados e a comunidade acadêmica. A partir do lançamento do PBQP, pelo Decreto Nº 99.675, de 7 de novembro de 1990, os temas "qualidade" e "produtividade" passaram a fazer parte da agenda nacional. Em seu lançamento, foram mobilizados 21 setores industriais. Pelo Decreto Nº 99.676, instituído na mesma data, ficou estabelecido que o ano de 1991 fosse o Ano Nacional da Qualidade e Produtividade. No detalhamento do Programa, em sua fase de formulação e implantação, participaram cerca de 50 entidades privadas que representavam 22 Programa Qualidade Rio 2015 setores empresariais, consultores especializados, comunidade acadêmica e entidades de classe, juntamente com órgãos governamentais. No realinhamento do PBQP, realizado em fevereiro de 2000, além das Metas Mobilizadoras que vieram substituir os Subprogramas das fases anteriores, foi introduzido o conceito de Subprogramas Estruturantes. Os Subprogramas Estruturantes desenvolvem, ao nível estadual e municipal, projetos alinhados às Metas Mobilizadoras, promovendo ações de grande importância econômica e social e buscando a melhoria da qualidade de vida nos estados e municípios. Entre esses Subprogramas, um foi sugerido pelo Programa Qualidade Rio e hoje representa um forte movimento pela integração dos Programas Estaduais, que é o Fórum dos Programas Estaduais da Qualidade, Produtividade e Competitividade – FORUM (hoje denominada REDE QPC). O objetivo é o de apoiar o fortalecimento e o intercâmbio entre os Programas já existentes e o incentivo à criação de novos, além de funcionar como agente de apoio e mobilização. 2.2 Movimento Brasil Competitivo - MBC Em novembro de 2001 foi criado o Movimento Brasil Competitivo – MBC que trabalha para tornar o Brasil referência em competitividade, inovação e modernização da gestão, reconhecido como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP, congregando as funções do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade – IBQP e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP. Na verdade nesse momento o Inmetro se desliga do braço público federal do PBQP, sendo as suas atividades transferidas para o MBC. O MBC é voltado ao estímulo e ao fomento do desenvolvimento da sociedade brasileira. Tem como objetivo principal viabilizar projetos que usam o 23 Programa Qualidade Rio 2015 aumento da competitividade das organizações e da qualidade de vida da população. O MBC Órgão deliberativo com função de estabelecer o direcionamento político-estratégico do MBC, composto de 11 membros titulares, com seus respectivos suplentes, sendo 5 representantes e 5 suplentes pertencentes a entidades civis privadas que participam como entidades associadas mantenedoras do MBC; 4 representantes da Administração Pública Federal e 4 suplentes, indicados pelos Titulares da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; 1 representante da Fundação Nacional da Qualidade e 1 suplente, indicados pelo dirigente máximo da referida entidade; e 1 representante da Sociedade Civil com notória contribuição para o desenvolvimento do País, com especial ênfase no aprimoramento da Gestão Pública e 1 suplente com o mesmo perfil. "Ter um setor público mais produtivo e empresas qualificadas é tornar o país competitivo e, portanto, sendo o país mais competitivo, mais e mais empresas serão competitivas e vice-versa. É um processo bidirecional que, como resultado final, leva a uma melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e que, no final, também é um fator de competitividade." Presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo (MBC) Elcio Anibal de Lucca 24 Programa Qualidade Rio 2015 3. PROGRAMA QUALIDADE RIO – PQR 3.1 Apresentação Como registramos no início deste trabalho, o Programa Qualidade Rio foi criado em 1987, quando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decretou a Lei nº 1260, de 16 de dezembro. O Programa, no entanto, foi aperfeiçoado pelo Decreto nº 22.259, de 06 de junho de 1996, integrando ainda a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro SECTEC. Pelo Decreto nº 25.246, de 12 de abril de 1999, o Programa foi transferido para a então recém-criada Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo - SEINPE. O Decreto nº 40.486, de 01 de janeiro de 2007, vincula o Programa à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro – SEDEIS. E o decreto 40.768 de 15 de maio de 2007 cria quatro vice-presidências no seu Conselho Consultivo. A estrutura do Programa é composta, atualmente, pelo Conselho Consultivo, (cujo presidente é o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro – SEDEIS), quatro Vice-Presidências, duas representando o segmento público: Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG e Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio de Janeiro – CEDAE, e duas representando o segmento privado do Estado: Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro - FECOMERCIO e Associação Comercial do Rio de Janeiro - ACRJ, de notória experiência na Qualidade. Além de uma Coordenação Geral; Coordenações dos Subprogramas Setoriais; Subprogramas Regionais; Prêmio Qualidade Rio e Prêmio Top 25 Programa Qualidade Rio 2015 Empresarial, que a partir de 2010 recebeu a denominação Prêmio MPE Brasil com a agregação do nome de cada Estado – prêmio esse de competitividade para as micro e pequenas empresas, em âmbito nacional). O Programa tem como Política da Qualidade: “Apoiar e reconhecer os esforços de aprimoramento na tecnologia de gestão das organizações fluminenses, por meio da constante melhoria dos nossos processos”. Sua Missão: “Promover o desenvolvimento socioeconômico, o fortalecimento da cidadania e a melhoria da qualidade e produtividade dos bens e serviços produzidos no Estado do Rio de Janeiro”; e sua Visão: “Ser reconhecido como elemento indutor da melhoria da qualidade de vida da população fluminense e como referência da excelência alcançada pelas organizações públicas e privadas no Estado do Rio de Janeiro”. O referencial do modelo de gestão adotado pelo Programa é apresentado no documento elaborado pela Fundação Nacional da Qualidade denominado “Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência”, em particular o “Rumo à Excelência”. Tais critérios consistem em modelos sistêmicos da gestão organizacional. São construídos sobre uma base de conceitos fundamentais essenciais à obtenção da excelência do desempenho. O Modelo de Excelência da Gestão - MEG®, de onde derivam esses critérios, em função de sua flexibilidade e simplicidade de linguagem e, principalmente, por não prescrever ferramentas e práticas de gestão específicas, pode e deve ser empregado na avaliação, no diagnóstico e no desenvolvimento do sistema de gestão de qualquer tipo de organização ou modelo de negócio, seja do setor público ou privado, com ou sem finalidade de lucro, seja de porte pequeno, médio ou grande. 26 Programa Qualidade Rio 2015 Utilizando os Critérios Rumo à Excelência como referência, uma organização pode realizar uma auto-avaliação e obter um diagnóstico da gestão organizacional. A utilização dos critérios proporciona também a oportunidade de candidatura em premiações internas, setoriais e regionais. A metodologia é transmitida em sala de aula, não requerendo elevada capacidade intelectual, e sim, apenas interesse no desenvolvimento pessoal e profissional. A FNQ disponibiliza um conjunto de publicações sobre gestão para download gratuito no seu site: http://www.fnq.org.br O PQR promove projetos, palestras, cursos, seminários e outros eventos com o objetivo de cumprir sua missão de disseminar os conceitos de gestão junto às organizações fluminenses. TTEEM MÁ ÁTTIIC CA ASS D DO OSS PPR RO OJJEETTO OSS Competitividade e Produtividade Seminários em Busca da Excelência – SEBE e de Boas Práticas Planos e Programas de Capacitação para empresas Capacitação e Treinamento Estudos e Projetos em Qualidade, Produtividade e Inovação Modelo de Excelência da Gestão - MEG® 27 Programa Qualidade Rio 2015 Nossos Cursos Introdução ao Modelo de Excelência da Gestão® Formação de Examinadores Elaboração do Relatório de Gestão Dentre as suas atividades, a de premiação desperta um especial interesse das organizações em geral, sendo importante tanto para as que buscam o reconhecimento no caminho para excelência da gestão, como para os consumidores e clientes, por terem disponibilidade de conhecer organizações com esse cunho gerencial, a excelência da gestão de suas fornecedoras. As ações do PQR são descentralizadas a partir de sua coordenação geral, sediada no município do Rio de Janeiro. A atuação se dá por meio dos Subprogramas Setoriais ou Regionais; Prêmio Qualidade Rio - PQRIO e Prêmio MPE Brasil, que serão apresentados mais adiante. Para informações www.mbc.org.br/mbc/rj . 28 atualizadas sobre o PQR, acesse Programa Qualidade Rio 2015 3.2 ATUAÇÃO DO PROGRAMA QUALIDADE RIO 3.2.1 Natureza das ações O Programa Qualidade Rio, como uma ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, segue a Constituição Federal que estabelece os princípios básicos da administração pública, princípios que estão consubstanciados em doze princípios de observância permanente para o bom administrador: legalidade, moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, motivação e supremacia do interesse público. Paralelamente, a natureza das ações do Programa Qualidade Rio, tanto na área pública como privada, se caracteriza pelo alinhamento com a política estadual de desenvolvimento econômico. Muitas das ações do Programa Qualidade Rio contam com o apoio de voluntários. A construção de um relacionamento baseado em respeito e confiança mútuos pressupõe comportamento ético e transparência, que são as bases do voluntariado. O exercício da cidadania, aí inserido o voluntariado, pressupõe o apoio a ações de interesse social e pode incluir a participação no desenvolvimento nacional, regional ou setorial. 3.2.2 Desenvolvimento das atividades Para o desenvolvimento das atividades o Programa Qualidade Rio conta com o suporte da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro - SEDEIS, em especial sob os seguintes aspectos: 29 Programa Qualidade Rio 2015 alocação de mão de obra; infraestrutura física para a Coordenação consistindo na instalação do escritório, assim como todo material e equipamentos para seu funcionamento. A SEDEIS ancora o Programa Qualidade Rio que mantém parceria com as seguintes organizações, reconhecidas pela excelência da gestão: CAIXA; CREA RJ; Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN; FIOCRUZ; Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro - FAPERJ; Fundação Nacional da Qualidade; FURNAS; Gerdau Cosigua; HEMORIO; INMETRO; Movimento Brasil Competitivo; PETROBRAS; RJ; 30 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE- Programa Qualidade Rio 2015 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO; UFRJ, UERJ, UFF, UFRRJ; União Brasileira para a Qualidade no Estado do Rio de Janeiro – UBQ-RJ. 3.2.3 LEGISLAÇÃO PERTINENTE Em 1987: Criação da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECTEC, pela Lei 1260/87, de 16/12/1987, e a ela subordinado, o Programa Qualidade Rio – PQR. Em 1996: Resolução SECTEC n° 015 – D.O.E. de 20/08/1996 – estabelece o Regulamento do Programa Qualidade Rio – PQR e designa os membros do seu Conselho da Qualidade e Produtividade. Decreto n° 22.259 – D.O.E. de 07/06/1996 – Autoriza a operacionalização do Programa Qualidade Rio – PQR, no âmbito da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. Em 1999: Decreto n° 25.246 – D.O.E. de 13/04/1999 – Transfere o Programa Qualidade Rio – PQR da da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia para a Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo. 31 Programa Qualidade Rio 2015 Em 2000: Decreto n° 26.045 – D.O.E. de 13/03/2000 – Institui o “Dia da Qualidade” no Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências. Decreto n° 26.046 – D.O.E. de 13/03/2000 – Institui o o Programa Gestão da Qualidade da Administração Pública (PGQAP-RJ) e dá outras providências. Em 2003: Decreto n° 32.621 – D.O.E. de 01/01/2003 – Estabelece a estrutura do poder executivo e dá outras providências. 16) Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e do Petróleo. 16.3) Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio. Em 2007: Decreto n° 40.486 – D.O.E. de 01/01/2007 – Estabelece a estrutura do poder executivo e dá outras providências. 7) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços – SEDEIS. 7.7) Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio. Em 2007: Decreto n° 40.768 – D.O.E. de 15/05/2007 – Dá nova redação ao Decreto n° 25.246/1999: §1° - O Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio terá 4 32 Programa Qualidade Rio 2015 (quatro) Vice-Presidentes: (2 do setor público e 2 do setor privado) com mandato de 2 (dois) anos. Resolução SEDEIS n° 011 – D.O.E. de Representantes do 15/05/2007 – Designa membros do Conselho do PQR na qualidade de Vice-Presidentes:Setor Público Estadual: SERGIO RUY BARBOSA GUERRA MARTINS WAGNER GRANJA VICTER Representantes dos empresários: OLAVO MONTEIRO DE CARVALHO ORLANDO SANTOS DINIZ Em 2008: Decreto n° 41.183 – D.O.E. de 19/02/2008 – Modifica o Decreto n° 25.246/1999, alterado pelo Decreto n° 40.768/2007: Art. 5° - ... fica assegurada a concessão de patrocínio público para o conhecimento de experiências em outros estados ou países, relacionadas com as atribuições de seus órgãos ou entidades. Resolução SEDEIS n° 042 – D.O.E. de 27/08/2008 – Dispõe sobre critérios e condições para o exercício do direito previsto no Decreto n° 41.183/2008. 3.3 Realizações do PQR junto à REDE QP&C A REDE QP&C no Brasil consiste em um conjunto de organizações e instituições com foco para a promoção de ações voltadas para a área da 33 Programa Qualidade Rio 2015 qualidade, produtividade e competitividade. Muitas destas ações estão sendo capitaneadas pelo Movimento Brasil Competitivo - MBC, sucessor do PBQP. A REDE é constituída pela representação formal dos Programas Estaduais e Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade; da Fundação Nacional da Qualidade - FNQ e do Movimento Brasil Competitivo - MBC. O Programa Qualidade Rio, a partir de 2006 sedia o núcleo do GESPÚBLICA no Estado e é membro atuante do MBC desde a sua criação, assim como da citada REDE. Seu representante presidiu a REDE no período de 2004 a 2006. Além disso, sua equipe é convidada por programas estaduais a participar de ações de desenvolvimento e implementação de novos Programas, como, Amazonas, Goiás, Pará e Paraná. O Programa participou do MBC enquanto existia, no Conselho das Partes Interessadas e nos Comitês Educação e Administração Pública. Possui portanto, posição de liderança nacional como no Núcleo Técnico da FNQ, após das suas respectivas implantações. 3.4 Realizações do PQR no Estado do Rio de Janeiro O PQR visa mobilizar os diversos setores econômico-sociais em torno da ideia de que, ao aprimorar a gestão das suas respectivas organizações, sejam elas públicas, privadas ou do terceiro setor, aumenta a qualidade do produto e, consequentemente melhora continuamente a qualidade, a produtividade e a competitividade da própria organização, do município envolvido e do Estado do Rio de Janeiro. Busca conscientizar as organizações e a sociedade para a adoção de um modelo de gestão que eleve o desempenho e a competitividade das mesmas. Os Subprogramas Setoriais e Regionais consolidam uma matriz 34 Programa Qualidade Rio 2015 descentralizada de fundamental importância para implantar a melhoria da gestão para todo o Estado. A certificação do PQR pela Norma Internacional NBR ISO 9001:2000 no período de 2005 a 2012, lhe confere posição de destaque perante os demais 17 programas estaduais de qualidade, produtividade e competitividade no país. Os resultados de sucesso alcançados pelo Programa podem ser constatados nos itens seguintes. 3.4.1 Subprogramas Setoriais Compreendem o incentivo ao desenvolvimento e a modernização em diversos setores das atividades socioeconômicas, através da melhoria da qualidade e do aumento da produtividade das organizações inseridas nos mesmos. O objetivo é estimular o contínuo aperfeiçoamento da gestão das organizações do setor - com uma linguagem adaptada ao mesmo - envolvendo todas as partes interessadas na melhoria do desempenho deste setor. No Workshop de Planejamento Estratégico do Programa Qualidade Rio, realizado em junho / 1999, onde compareceram representantes de cerca de 50 organizações fluminenses, foram definidas prioridades para o Programa no período de 1999 a 2002. Entre elas, os setores que deveriam receber atuação decidida e diferenciada, os quais vêm sendo confirmados nas revisões do planejamento estratégico, acontecidas até o momento, ou seja, referentes aos períodos 2003/2005, 2006/2007 e 2008/2009, mas continuamos a elaborar planos desde então: Administração Pública; Educação; 35 Programa Qualidade Rio 2015 Saúde. Paralelamente, três grandes temas foram definidos como elementos obrigatórios a serem necessariamente contemplados em todos os setores priorizados pelo Programa Qualidade Rio: Conservação e/ou recuperação do meio ambiente; Geração de oportunidades de trabalho; Cidadania. Subprograma Setorial Administração Pública Na busca de modelos de gestão que contemplem, de forma mais efetiva e eficaz, as novas e crescentes demandas da sociedade brasileira, a Secretaria de Gestão Pública – SEGEP, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, revitaliza, em 2014, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização – GESPÚBLICA, com a finalidade de fortalecer a gestão pública, tendo como premissa o Modelo de Excelência em Gestão Pública - MEGP. A estratégia para a implantação de um modelo referencial de gestão pública é desenvolver ações de apoio técnico aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, a fim de mobilizar, preparar e motivar para a atuação em prol da inovação e da melhoria da gestão. Dentre as medidas adotadas para a implementação da estratégia, destacamos o desenvolvimento de uma das ferramentas do GESPÚBLICA - o Sistema Eletrônico de Autoavaliação da Gestão. O Sistema possibilita uma avaliação da gestão prescritiva, por meio da identificação e análise das práticas de gestão adotadas e dos resultados da organização. A avaliação dos resultados permite um rápido diagnóstico, bem como a implantação de melhorias na governança que venham a promover o alcance dos melhores resultados 36 Programa Qualidade Rio 2015 institucionais. Uma Gestão Pública participativa e democrática induz a resultados mais positivos, levando-se em conta que o processo de formação das normas administrativas e os mecanismos de ação e controle estarão sempre mais adequados e ajustados à realidade social. O Programa GESPÚBLICA vem a ser um poderoso instrumento de cidadania, pois renova seu compromisso de engajamento e valorização das pessoas por meio de estratégias de mobilização da Administração Pública, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos e para o aumento da competitividade do País. O Núcleo Estadual Rio de Janeiro do Programa Nacional de Gestão Pública - GESPÚBLICA está ancorado na SEDEIS, que assumiu a sua coordenação em junho / 2006, por meio do Programa Qualidade Rio. Atualmente é um dos Núcleos que obtém os melhores resultados entre os Núcleos Estaduais do Brasil, possuindo 63 organizações e/ou entidades adesas. O Subprograma Setorial Administração Pública se integra no GESPÚBLICA, devido as suas ações atingirem organizações públicas estaduais. Este Núcleo desenvolve a coordenação executiva do Programa no Estado do Rio de Janeiro, tendo como organização âncora a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. E dirigido pelo Comitê Gestor que é composto pelo Coordenador Executivo, por uma Secretaria Executiva e por três coordenações: de Avaliação Continuada da Gestão, por meio da FIOCRUZ, de Desburocratização e Simplificação de Processos, do HEMORIO, e Pesquisa de Satisfação - IPPS / Carta de Serviço ao Cidadão e pela Caixa Econômica Federal. 37 Programa Qualidade Rio 2015 Subprograma Setorial Educação A atuação do Subprograma Setorial Educação que funcionou até 2009, mas por motivos alheios à nossa vontade, foi descontinuado após ter a nosso ver, cumprido sua missão se apresentou como um modelo consolidado de sucesso. Ele se constituiu de 25 membros voluntários, com reconhecimento e credibilidade na sua área de atuação profissional, preocupados com o desempenho e os resultados da educação, todos acreditando que o caminho a ser seguido passa pela melhoria da gestão organizacional, representantes das organizações constantes do Quadro 1, a seguir. 38 Programa Qualidade Rio 2015 ORGANIZAÇÕES REPRESENTADAS NO SUBPROGRAMA EDUCAÇÃO Centro Educacional Miraflores – Rio de Janeiro CIEP 291 Dom Martinho Schlude Pinheiral CORREIOS/Centro de Educação Corporativa no Rio de Janeiro Escola Estadual Hervalina Diniz Pires – Duque de Caxias Colégio Estadual Iracema Leite Nader - Barra Mansa Escola Municipal Carlos Magno Legentil de Mattos- Maricá Escola Estadual Hervalina Diniz Pires - Duque de Caxias Escola Municipal Bataillard Petrópolis FURNAS Centrais Elétricas Escola Municipal São Judas Tadeu - Petrópolis Fundação de Apoio ao Ensino Técnico no Estado do Rio de Janeiro - FAETEC Progredir Projetos Educacionais INMETRO PETROBRAS Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro/Subsecretaria de Gestão SERPRO Sistema FIRJAN Secretaria Municipal de Educação de Itaguaí Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro SINEPE-RIO VBM & MLCB Consultoria e Estudos União dos Professores Públicos no Estado do Rio de Janeiro (UPPE) Universidade Federal Fluminense (UFF)/LABCEO Escola Municipal Carlos Magno Legentil de Mattos- Maricá Colégio Estadual Iracema Leite Nader - Barra Mansa CIEP 415 Miguel de Cervantes - Itaboraí Provedor de Talentos Quadro1: Organizações no Subprograma de Educação 39 Programa Qualidade Rio 2015 Subprograma Setorial Saúde O Subprograma Saúde tem como missão integrar organizações públicas e privadas da área de saúde do estado do Rio de Janeiro visando promover ações integradas e sistematizadas de melhoria contínua da gestão dos serviços prestados à população. Coordenado pelo HEMORIO, reúnem desde 2003 bimestralmente com as seguintes organizações: FIOCRUZ, Diretoria de Planejamento Estratégico, Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Secretaria de Estado de Saúde / Assessoria da Qualidade, Secretaria de Defesa Civil, Marinha. Criado em junho de 2007, O Programa de Excelência em Gestão – PEG na Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro - SES tem por objetivo qualificar a gestão das unidades de saúde ligadas à Secretaria utilizando modelos mundialmente reconhecidos que constituem a base dos programas de Melhoria Continua da Gestão. Essas ferramentas/metodologias alinhadas possibilitam a implantação de uma cultura de visando à desburocratização dos processos de trabalho e a humanização do atendimento. Com a missão de “Oferecer subsídios para a melhoria da gestão visando atender as necessidades da Saúde do Estado do Rio de Janeiro” a Assessoria da Qualidade da SES é a área responsável pelas ações do PEG. Nos últimos cinco anos diversas Unidades de saúde e áreas do nível central da SES vêm implementando seus Programas de Qualidade passando por avaliações externas conduzidas pelo Prêmio Qualidade Rio e por programas de Acreditação Internacional, possibilitando entre outros aspectos a melhoria nas práticas de gestão, aprendizado organizacional, mudança da cultura e satisfação dos usuários. 40 Programa Qualidade Rio 2015 Resultados Alcançados SUBPROGRAMA INDICADORES DE RESULTADOS SETORIAL ALCANÇADOS ATÉ 2014 a) Cursos ministrados: - 75 de Autoavaliação e Melhoria da Gestão; - 21 de Guia de Simplificação; e - 15 de Carta de Serviços. Administração Pública/GESPÚBLICA b) 33 Palestras de Sensibilização para organizações da Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Secretaria de Estado de Saúde, Hospitais Municipais, Prefeituras, entre outras. c) 10 Seminários de Gestão Públicas d) 5 Cerimônias de reconhecimentos às organizações pela implementação do MEGP. 41 Programa Qualidade Rio 2015 - Envolvimento de 56 organizações do setor educação no processo do Prêmio Qualidade Rio nos ciclos 1999 a 2007, com 55 reconhecidas. No processo do Prêmio Top Empresarial nos ciclos 2001 a 2007 foram 95 finalistas do setor educação. - Os sete seminários “Gestão para a Qualidade na Educação” (2000 a 2006) contaram, no total, com um público de 1610 profissionais da educação, especialmente gestores, de todo Estado do Rio de Janeiro. - Os quatro Seminários “Gestão para a Qualidade na Educação Educação em Pinheiral, Petrópolis, Itaboraí e Maricá” (2007), contaram, no total, com um público de 500 profissionais da área da educação destes municípios fluminenses. - Representante do PQR no Comitê Temático Educação do Movimento Brasil Competitivo (a partir jul./03). - Representante do PQR no Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, onde nos últimos 5 ciclos, as 4 representantes fluminenses eram vinculadas ao Subprograma Educação e ficaram entre as 6 primeiras colocadas ao nível nacional. - Reuniões do Subprograma: 8. Saúde - Seminário sobre boas práticas: um, com um público de 140 profissionais da saúde. 42 Programa Qualidade Rio 2015 Nos últimos 05 ciclos destacamos o aumento no nível de reconhecimento das Unidades da SES em relação ao total de participações no PQRio em cada ciclo, caracterizando a melhoria nas suas práticas de gestão. OBS.: Os Subprogramas Educação e Saúde atuam em setores notadamente carentes em gestão, em toda região fluminense. Da forma como estão atualmente estruturados, são vetores de mudança do cenário atual. Em especial, o de Educação já possui uma rede de organizações educacionais públicas municipais e estaduais, como também privadas, formada a partir dos seminários, palestras e demais eventos realizados, cujas altas direções se comunicam entre elas, em prol da melhoria da gestão de suas respectivas instituições. 43 Programa Qualidade Rio 2015 3.4.2 Subprogramas Regionais Compreendem a formação e acompanhamento dos Qualis Regionais - Qualis, que significam um desdobramento regional do Programa, com estrutura e forma de funcionamento semelhante a da Secretaria Executiva, mas respeitando as especificidades, necessidades e vocação de cada região. A formação dos Qualis se dá num primeiro momento através da sensibilização de grupos e empresas que já possuam programas de qualidade implantados, que funcionem como alavancas e âncoras do processo permanente de divulgação e expansão dos conceitos de qualidade, produtividade e competitividade. Apresentam-se a seguir os Qualis que atuaram no Estado do Rio de Janeiro: 44 Programa Qualidade Rio 2015 Ao longo do tempo, a experiência mostrou que, dada a existência majoritária de micro e pequenas empresas em todos os municípios do Rio de Janeiro, haveria maior necessidade de abrangê-los com o Prêmio Prêmio MPE Brasil, dada a pouca concentração de empresas de porte médio e grande, alvo principal do Prêmio Qualidade Rio – PQRio. Daí a diminuição da atuação dos Qualis-Regionais, hoje restrito a três que preponderaram. Apresenta-se a seguir a situação em 2007 dos Subprogramas Regionais (Qualis). Destaca-se a dinâmica atuação do Quali Bacia de Campos, o esforço das empresas âncoras em solidificar o Quali Agulhas Negras, assim como o interesse de organizações na região de Niterói em desenvolver o Quali Leste. 45 Programa Qualidade Rio 4 46 2015 Programa Qualidade Rio 2015 4. Prêmio Qualidade Rio – PQRio MISSÃO Promover o desenvolvimento socioeconômico, o fortalecimento da cidadania e a melhoria da qualidade e produtividade dos bens e serviços produzidos no Estado do Rio de Janeiro. Consoante essa missão do Programa, o PQRio se propõe a induzir à melhoria do desempenho organizacional das instituições públicas, privadas e do terceiro setor sediadas no Estado do Rio de Janeiro, oportunizando o reconhecimento à aquelas que demonstram esforços efetivos direcionados à excelência do seu modelo de gestão. O MEG® consiste numa metodologia para diagnosticar o estágio atual de desenvolvimento da gestão, permitindo estabelecer planos de melhoria contínua do desempenho organizacional, de acordo com o “Rumo à Excelência: Critérios para a avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional”, da Fundação Nacional da Qualidade. O grau máximo passível de obtenção nesta premiação, para as práticas e resultados organizacionais, que caracteriza um estágio intermediário rumo à excelência da gestão, é de 500 pontos. Esse instrumento contempla 8 Critérios de Avaliação que são subdivididos em Itens. Fiel à filosofia de simplificação, cada item apresenta marcadores de avaliação, que englobam um ou mais requisitos que o sistema 47 Programa Qualidade Rio 2015 de gestão da organização deve cumprir. Os requisitos contidos nos marcadores de avaliação foram selecionados nos Critérios de Excelência (usados no Prêmio Nacional da Qualidade), escolhendo-se aqueles que são mais relevantes ou prioritários no processo de desenvolvimento gradual de um sistema de gestão para a organização, visando à melhoria do desempenho. A escolha dos requisitos visa também assegurar uma transição adequada deste nível para o estado da arte, representado pelos 1000 pontos ou Critérios dos Excelência. 4.1 Fundamentos da Excelência O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) está alicerçado sobre um conjunto de conceitos fundamentais descritos na publicação “Conceitos Fundamentais da Excelência em Gestão”, disponível para download gratuito no Portal da FNQ. Nesta publicação também estão descritos o contexto social, tecnológico e econômico em que as organizações podem se encontrar. Os Fundamentos da Excelência expressam conceitos reconhecidos internacionalmente e que se traduzam em práticas ou fatores de desempenho encontrados em organizações líderes, de Classe Mundial, que buscam constantemente se aperfeiçoar e se adaptar às mudanças globais. Os fundamentos em que se baseiam os critérios Rumo à Excelência são: 48 Pensamento Sistêmico; Aprendizado Organizacional; Cultura e Inovação; Liderança e Constância de Propósitos; Orientação por Processos e Informações; Visão de Futuro; Programa Qualidade Rio Geração de Valor; Valorização das Pessoas; Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado Desenvolvimento de Parcerias; Responsabilidade Social. 2015 A seguir são apresentados os conceitos de cada fundamento e como são colocados em prática. Pensamento Sistêmico Relações internas e externas Geração de Valor Aprendizado inovação Visão de futuro 49 Programa Qualidade Rio 2015 ENTENDIMENTO DAS RELAÇÕES DE INTERDEPENDÊNCIA ENTRE OS DIVERSOS COMPONENTES DE UMA ORGANIZAÇÃO, BEM COMO ENTRE A ORGANIZAÇÃO E O AMBIENTE EXTERNO. Como este conceito é colocado em prática: As organizações são constituídas por uma complexa combinação de recursos humanos e organizacionais, cujo desempenho pode-lhes afetar, positiva ou negativamente, em seu conjunto. Como sistemas vivos, as organizações precisam aprender a valorizar suas redes formais com clientes, parceiros e fornecedores, bem como as redes que emergem espontaneamente entre seus integrantes e estes com o ambiente externo. As redes informais de relacionamentos que as pessoas estabelecem dentro das organizações são fundamentais para o cumprimento de suas tarefas e para a disseminação de informações, agregando-lhes valor, mediante o compartilhamento dos conteúdos e contextos dos conhecimentos necessários à decisão. A gestão de redes não se resume à utilização de ferramentas de tecnologia de informação para armazenar e compartilhar informações e conhecimentos. É necessário criar um ambiente propício para a disseminação de conhecimentos e experiências que inclua as redes informais. O Pensamento Sistêmico é mais facilmente demonstrado e compreendido pelas pessoas de uma organização quando esta adota um modelo de gestão e o dissemina de forma monitoramento por meio de auto-avaliações sucessivas. 50 transparente, com Programa Qualidade Rio 2015 Aprendizado Organizacional Fonte: Adaptado crossan et al 1999 51 Programa Qualidade Rio 2015 BUSCA E ALCANCE DE UM NOVO PATAMAR DE CONHECIMENTO PARA A ORGANIZAÇÃO POR MEIO DA PERCEPÇÃO, REFLEXÃO, AVALIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE EXPERIÊNCIAS. . Como este conceito é colocado em prática: O aprendizado organizacional deve estar internalizado na cultura da organização, tornando-se parte do trabalho diário em todos os níveis e em quaisquer de suas atividades. Preservar o conhecimento que a organização tem de si própria, de sua gestão e processos é fator básico para sua evolução. A organização deve buscar o conhecimento compartilhado e o aprendizado coletivo. A gestão do conhecimento, apoiada na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, valoriza e perpetua o capital intelectual. O aprendizado organizacional incentiva a experimentação, utiliza o erro como instrumento pedagógico, dissemina suas melhores práticas, compartilha informação e conhecimento, desenvolve soluções e implementa melhorias e inovações de forma sustentada. 52 Programa Qualidade Rio 2015 Cultura de Inovação Fonte: A biblia da inovação - Fernando Trías de Bes, Philip Kotler 53 Programa Qualidade Rio 2015 PROMOÇÃO DE UM AMBIENTE FAVORÁVEL À CRIATIVIDADE, EXPERIMENTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS IDÉIAS QUE POSSAM GERAR UM DIFERENCIAL COMPETITIVO PARA A ORGANIZAÇÃO. . Como este conceito é colocado em prática: Para permanecer competitiva a organização precisa gerar continuamente ideias originais e incorporá-las a seus processos, produtos, serviços e relacionamentos. É importante gerar uma cultura que incentive o desejo de fazer as coisas de maneira diferente, a capacidade de entender de forma simples questões complexas, a propensão ao risco e à tolerância ao erro bem intencionado. A promoção da cultura de inovação deve considerar mecanismos que incentivem a geração de ideias, tanto de forma espontânea como induzida, com relação a temas de interesse estratégico. A capacidade de interação com o ambiente externo, assim como as redes de relacionamentos formais e informais, são também fatores essenciais para a criatividade. A inovação não se reduz à criação de produtos, serviços, processos ou tecnologias que rompem com a maneira convencional de fazer as coisas, mas considera também mudanças que podem ter impactos abrangentes e duradouros na organização. 54 Programa Qualidade Rio 2015 Liderança e Constância de Propósitos Qualquer pessoa pode ser líder, independente do grau de instrução ou cargo que exerce. Ser líder é ter atitude, é apresentar ideias, é fazer diferente, é ser inovador. Fundação Nacional da Qualidade 55 Programa Qualidade Rio 2015 ATUAÇÃO DE FORMA ABERTA, DEMOCRÁTICA, INSPIRADORA E MOTIVADORA DAS PESSOAS, VISANDO AO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA EXCELÊNCIA, À PROMOÇÃO DE RELAÇÕES DE QUALIDADE E À PROTEÇÃO DOS INTERESSES DAS PARTES INTERESSADAS. . Como este conceito é colocado em prática: Os líderes devem atuar como mentores; precisam ter visão sistêmica e abrangente, ultrapassando as fronteiras da organização e as restrições do curto prazo; comportamento ético e habilidade de negociação; liderando pelo exemplo. Nas redes formais, o líder deve estar apto a lidar com negociação, coordenação, supervisão e cobrança das atividades acordadas. Nas redes informais, entretanto, incumbe ao líder promover o conhecimento e os valores da organização como guia para as decisões e atividades das pessoas envolvidas. Desenvolver habilidades para gerenciar a operação de redes é um requisito para o desempenho adequado da liderança. A participação pessoal, ativa e continuada dos líderes cria clareza e unidade de propósito na organização. Seu papel inclui a criação de um ambiente propício à inovação e aperfeiçoamento constantes, ao aprendizado organizacional, ao desenvolvimento da capacidade da organização de se antecipar e se adaptar com agilidade às mudanças no seu ecossistema. 56 Programa Qualidade Rio 2015 A construção de um relacionamento baseado no respeito e na confiança mútua pressupõe comportamento ético e transparente. Esses princípios se aplicam a todos os aspectos do relacionamento com clientes, fornecedores, acionistas ou proprietários, órgãos do governo, sindicatos ou outras partes interessadas, e deve ser a base de um sistema de governança eficaz. A ação da liderança deve conduzir ao estabelecimento e manutenção de relações de qualidade com todas as partes interessadas, de forma a obter seu comprometimento para concretizar a visão da organização. O levantamento e o mapeamento dos riscos buscam minimizar a probabilidade de eventos adversos aos objetivos estratégicos, ampliando assim as chances de sucesso. Desenvolver as competências do líder nesta área é requisito fundamental para a governança da organização. 57 Programa Qualidade Rio 2015 Orientação por Processos e Informações COMPREENSÃO E SEGMENTAÇÃO DO CONJUNTO DAS ATIVIDADES E PROCESSOS DA ORGANIZAÇÃO QUE AGREGUEM VALOR PARA AS PARTES INTERESSADAS, SENDO QUE A TOMADA DE DECISÕES E EXECUÇÃO DE AÇÕES DEVE TER COMO BASE A MEDIÇÃO E ANÁLISE DO DESEMPENHO, LEVANDO-SE EM CONSIDERAÇÃO AS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS, ALÉM DE INCLUIR OS RISCOS IDENTIFICADOS. . 58 Programa Qualidade Rio 2015 Como este conceito é colocado em prática: O funcionamento de uma organização está baseado em um conjunto de atividades transformadoras inter-relacionadas. Assim, para agregar valor ao negócio, é fundamental mapear e padronizar as atividades em processos e conhecer as necessidades e expectativas das partes interessadas. A satisfação das partes interessadas é alcançada pela tradução de suas necessidades e expectativas em requisitos para os produtos e serviços e seu desdobramento para cada processo na cadeia de valor. Isto permite planejar e executar melhor as atividades, pela definição adequada de responsabilidades; uso dos recursos de modo mais eficiente; realização da prevenção e solução de problemas; eliminação de atividades redundantes; a fim de aumentar a produtividade. Quando o domínio dos processos é pleno, há previsibilidade dos resultados, o que serve de base para a implementação de inovação e melhorias. A tomada de decisão, em todos os níveis da organização, deve se apoiar na análise de fatos, dados e informações dos ambientes interno e externo, abrangendo todas as partes interessadas. As medições devem refletir as necessidades e estratégias da organização e fornecer informações confiáveis sobre processos e resultados. Para dar eficácia ao processo de tomada de decisões, a organização deve dispor de sistemas estruturados de informação adequados às suas atividades e desenvolver formas de obtenção e uso sistemático de informações comparativas. 59 Programa Qualidade Rio 2015 Visão de Futuro COMPREENSÃO DOS FATORES QUE AFETAM A ORGANIZAÇÃO, SEU ECOSSISTEMA E O AMBIENTE EXTERNO NO CURTO E NO LONGO PRAZO, VISANDO À SUA PERENIZAÇÃO. . 60 Programa Qualidade Rio 2015 Como este conceito é colocado em prática: A organização com visão de futuro pensa, planeja e aprende estrategicamente, obtendo resultados sustentáveis e de alto desempenho em suas atividades no presente e no futuro. O planejamento deve estar voltado para o sucesso no longo prazo e para os resultados no presente, sem comprometer o futuro em função de ganhos no curto prazo. Antecipar-se com agilidade e pró-atividade, além de adaptar-se às novas tendências do ambiente externo, às novas necessidades e expectativas das partes interessadas, aos desenvolvimentos tecnológicos, aos requisitos legais, às mudanças estratégicas dos concorrentes e às necessidades da sociedade é essencial ao sucesso de uma organização. 61 Programa Qualidade Rio 2015 Geração de Valor ALCANCE DE RESULTADOS CONSISTENTES, ASSEGURANDO A PERENIDADE DA ORGANIZAÇÃO PELO AUMENTO DE VALOR TANGÍVEL E INTANGÍVEL DE FORMA SUSTENTADA PARA TODAS AS PARTES INTERESSADAS. . 62 Programa Qualidade Rio 2015 Como este conceito é colocado em prática: Gerar valor para todas as partes interessadas visa aprimorar relações de qualidade e assegurar o desenvolvimento da organização. A organização que age desta forma enfatiza o acompanhamento dos resultados em relação às metas, a comparação destes com referenciais pertinentes e o monitoramento da satisfação de todas as partes interessadas, obtendo sucesso de forma sustentada e adicionando valor para todas elas. A geração de valor depende cada vez mais dos ativos intangíveis, que atualmente representam a maior parte do valor das organizações. Além disso, o conhecimento tácito oriundo do trabalho em redes formais e informais também deve ser considerado. 63 Programa Qualidade Rio 2015 Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado 64 Programa Qualidade Rio 2015 Fonte: Aaker 1996 65 Programa Qualidade Rio 2015 CONHECIMENTO E ENTENDIMENTO DO CLIENTE E DO MERCADO, VISANDO À CRIAÇÃO DE VALOR DE FORMA SUSTENTADA PARA O CLIENTE E, CONSEQÜENTEMENTE, GERANDO MAIOR COMPETITIVIDADE NOS MERCADOS. Como este conceito é colocado em prática: A organização com foco no cliente, além de conhecer suas necessidades atuais e antecipar-se às expectativas, assim como às dos clientes e mercados potenciais, busca estabelecer relações duradouras e de qualidade. Quando essas necessidades estão claras para toda a organização e não somente para as áreas diretamente envolvidas com os clientes, é possível desenvolver e oferecer produtos ou serviços diferenciados que irão satisfazer os clientes dos mercados atuais ou, mesmo, atingir novos segmentos. Desta forma, a organização deve estar atenta ao seu relacionamento com os clientes e a todas as características e atributos do produto ou serviço, pois são eles que adicionam valor aos mesmos, intensificam sua satisfação, determinam suas preferências e os tornam fiéis à marca, ao produto ou à organização. Organizações focadas no cliente também buscam identificar as características e atributos que diferenciam seu produto ou serviço daquele oferecido pela concorrência. O foco no mercado mantém a organização 66 Programa Qualidade Rio 2015 atenta às mudanças que ocorrem à sua volta, principalmente quanto aos concorrentes e à movimentação dos clientes em relação a novas demandas e necessidades. A promoção da satisfação do cliente e a conquista de sua fidelidade por meio do estabelecimento de relações duradouras e a diferenciação em relação à concorrência são, portanto, fatores fundamentais para o aumento da competitividade da organização, configurando- se como uma questão estratégica. 67 Programa Qualidade Rio 2015 Desenvolvimento de Parcerias Desenvolvimento de parcerias com clientes Desenvolvimento de alianças estratégicas com fornecedores DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM CONJUNTO COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES, A PARTIR DA PLENA UTILIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS DE CADA UMA, OBJETIVANDO BENEFÍCIOS PARA AMBAS AS PARTES. 68 Programa Qualidade Rio 2015 Como este conceito é colocado em prática: As organizações modernas reconhecem que no mundo de hoje – de mudanças constantes e aumento da demanda – o sucesso pode depender das parcerias que elas desenvolvem. Essas organizações procuram desenvolver maior interação, relacionamento e atividades compartilhadas com outras organizações, de modo a permitir a entrega de valor agregado a suas partes interessadas por meio da otimização das suas competências essenciais. Essas parcerias podem ser com clientes, fornecedores, organizações de cunho social, ou mesmo com competidores, e são baseadas em benefícios mútuos claramente identificados. O trabalho conjunto dos parceiros, apoiado nas competências, conhecimento e recursos comuns, assim como o relacionamento baseado em confiança mútua, respeito e abertura, facilitam o alcance dos objetivos. As parcerias são usualmente estabelecidas para atingir um objetivo estratégico ou entrega de um produto ou serviço. Desta forma, são formalizadas por um determinado período que envolve a negociação e o claro entendimento das funções de cada parte, bem como os benefícios decorrentes para ambas as partes. 69 Programa Qualidade Rio 2015 Valorização das Pessoas “O ativo mais importante das organizações são seus colaboradores”. ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES COM AS PESSOAS, CRIANDO CONDIÇÕES PARA QUE ELAS SE REALIZEM PROFISSIONALMENTE E HUMANAMENTE, MAXIMIZANDO SEU DESEMPENHO POR MEIO DO COMPROMETIMENTO, DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E ESPAÇO PARA EMPREENDER. . Como este conceito é colocado em prática: O sucesso das organizações depende cada vez mais das oportunidades de aprendizado das pessoas que as integram e de um ambiente favorável ao desenvolvimento de suas potencialidades. Valorizar pessoas significa assegurar seu desenvolvimento, bem-estar e satisfação, criando práticas mais flexíveis e produtivas para atrair e reter talentos, bem como um clima organizacional participativo e agradável, que propicie um alto desempenho pessoal e organizacional. Criar uma cultura flexível e estimulante ao conhecimento, disseminar os valores e crenças da organização e assegurar um fluxo 70 Programa Qualidade Rio 2015 aberto e contínuo de informações são fundamentais para que as pessoas se automotivem e atuem com autonomia. Para assegurar a motivação e comprometimento das pessoas mais talentosas, incumbidas de criar e disseminar o conhecimento dentro e fora da organização, é necessário darlhes livre acesso às suas redes internas e externas de relacionamentos. “Valorizar pessoas é sem dúvida a capacidade dos líderes saber conviver com as diversidades de conhecimentos e especialidades e as adversidades construídas ao longo destas relações profissionais e inter-pessoais carregadas de subjetividades no ambiente de trabalho.” Leidismar Fernandes Nalasco Consultora do GESPÚBLICA 71 Programa Qualidade Rio 2015 Responsabilidade Social 72 Programa Qualidade Rio 2015 ATUAÇÃO QUE SE DEFINE PELA RELAÇÃO ÉTICA E TRANSPARENTE DA ORGANIZAÇÃO COM TODOS OS PÚBLICOS COM OS QUAIS SE RELACIONA, ESTANDO VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE, PRESERVANDO RECURSOS AMBIENTAIS E CULTURAIS PARA GERAÇÕES FUTURAS; RESPEITANDO A DIVERSIDADE E PROMOVENDO A REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS COMO PARTE INTEGRANTE DA ESTRATÉGIA DA ORGANIZAÇÃO. Como este conceito é colocado em prática: A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da sociedade como parte integrante do ecossistema da organização, com necessidades e expectativas que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas. Trata-se do exercício constante da consciência moral e cívica da organização, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade. O respeito à individualidade, ao sentimento coletivo e à liberdade de associação, assim como a adoção de políticas não discriminatórias e de proteção das minorias são regras básicas nas relações da organização com as pessoas. A organização deve buscar o desenvolvimento sustentável; identificar os impactos na sociedade que possam decorrer de suas instalações, processos, produtos e serviços e executar ações preventivas para eliminar ou minimizar esses impactos em todo o ciclo de vida das instalações, produtos e serviços. 73 Programa Qualidade Rio 2015 Adicionalmente, busca preservar os ecossistemas naturais, conservar os recursos não renováveis e racionalizar o uso dos recursos renováveis. Além do atendimento e da superação dos requisitos legais e regulamentares associados a seus produtos, serviços, processos e instalações. O exercício da cidadania pressupõe o apoio a ações de interesse social e pode incluir: a educação e a assistência comunitária; a promoção da cultura, do esporte e do lazer, e a participação no desenvolvimento nacional, regional ou setorial. A liderança na cidadania implica influenciar outras organizações, públicas ou privadas, a se tornarem parceiras nestes propósitos e, também, estimular as pessoas a se engajarem em atividades sociais. 74 Programa Qualidade Rio 2015 4.2 Apresentam-se a seguir os Critérios de Excelência e itens do Rumo a Excelência: Critério 1 - LIDERANÇA Este critério aborda os processos gerenciais relativos à orientação filosófica da organização e controle externo sobre sua direção; ao engajamento, pelas lideranças, das pessoas e partes interessadas na sua causa e ao controle de resultados pela direção. 75 Programa Qualidade Rio 2015 Questões para serem refletidas: Como é exercida a liderança (interação, tomadas de decisão/comunicação/divulgação e prestação de contas às partes interessadas); Definição: Visão, Missão, valores, princípios organizacionais, código de conduta, e sua comunicação às partes interessadas; Identificação dos riscos empresariais; Identificação, avaliação e desenvolvimento de líderes; Base para as informações comparativas e definição das práticas dos padrões de trabalho; A implementação das decisões decorrentes da análise do desempenho, e Composição da força de trabalho (cargo / função e competências). 76 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 2 – ESTRATÉGIAS E PLANOS Este critério aborda os processos gerenciais relativos à concepção e a execução das estratégias, inclusive aqueles referentes ao estabelecimento de metas e a definição e acompanhamento dos planos necessários para êxito das estratégias. 77 Programa Qualidade Rio 2015 Questões para serem refletidas: Análise dos ambientes interno e externo; Formulação e revisão das estratégias; Definição dos indicadores: Clientes e Mercados; Finanças; Pessoas; Fornecedores; Produtos; Processos relativos ao produto (operacionais/organizacionais); Sociedade; Processos de apoio; Avaliação dos concorrência, fatores incertos fornecimento, e clientes, não controláveis relativos mercado-alvo, a: legislação, economia, infraestrutura da sociedade, meio ambiente e tecnologia; Estabelecimento das metas de curto e longo prazos, e Alocação dos recursos para os planos de ação e comunicação com a força de trabalho e partes interessadas 78 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 3 - CLIENTES Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento de informações de clientes e mercado e à comunicação com o mercado e clientes atuais e potenciais. Questões para serem refletidas: Este Critério avalia como a organização segmenta o mercado e como identifica e trata as necessidades e expectativas dos clientes e dos mercados; divulga seus produtos e marcas; e estreita seu relacionamento com os clientes, e ainda, como a organização avalia a satisfação e insatisfação dos clientes. 79 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 4 - SOCIEDADE Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e tratamento das demandas da sociedade e do meio ambiente e ao desenvolvimento social das comunidades mais influenciadas pela organização. Questões para serem refletidas: Este Critério avalia o cumprimento da Responsabilidade socioambiental pela organização, destacando o desenvolvimento social, incluindo a realização ou apoio a projetos sociais ou voltados para o desenvolvimento nacional, regional, local ou setorial. Discute os conceitos de: Desenvolvimento sustentável; Projetos sociais e Comunidades vizinhas. 80 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 5 – INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento da demanda por informações e ao desenvolvimento dos ativos intagíveis geradores de diferenciais competitivos, especialmente os de conhecimento. Questões para serem refletidas: Identificação da necessidade de informações; Definição do sistema de informações sua segurança; Confidencialidade dos dados e sua integridade; Infraestrutura para disponibilização das informações; Identificação dos Ativos Intangíveis e sua proteção, e Compartilhamento e retenção dos conhecimentos. 81 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 6 – PESSOAS Este critério aborda os processos gerenciais relativos à configuração de equipes de alto desempenho, ao desenvolvimento de competências das pessoas e à manutenção do seu bem-estar. Questões para serem refletidas: Elaboração e implementação da participação das pessoas e processos; Identificação das necessidades de capacitação, e Diferenciação de capacitação e desenvolvimento. 82 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 7 – PROCESSOS Este critério aborda os processos gerenciais relativos aos processos principais do negócio e processos de apoio, tratando separadamente os relativos a fornecedores e os econômicos-financeiros. Questões para serem refletidas: Requisitos aplicáveis a produtos e processos principais e de apoio; Qualificação e seleção de fornecedores; Sustentabilidade econômica; Avaliação dos investimentos necessários e controle orçamentário, e Liquidez / EBITDA(*). (*)Sigla em inglês para "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização". (Em português: Lajida). 83 Programa Qualidade Rio 2015 Critério 8 – RESULTADOS Este critério aborda os resultados da organização na forma de séries históricas e acxompanhados pertinentes, para avaliar p nível alcançado. 84 de referenciais comparativoc Programa Qualidade Rio 2015 Critérios de Excelência X Fundamentos O sucesso dessa premiação pode ser constatado pelos resultados alcançados nos seus diversos ciclos, apresentados no quadro a seguir, cujo resumo é: Período de 1999 a 2014 Nº de organizações capacitadas Nº de organizações candidatas Nº de organizações premiadas Nº de examinadores capacitados 4.203 3.893 1.382 9.147 85 Programa Qualidade Rio 86 1999 Candidatas Privadas 6 Candidatas Públicas 11 18 Privadas Premiadas 8 Públicas Premiadas 10 2000 12 2001 25 37 15 22 2002 13 30 43 15 28 2003 14 23 37 17 20 2004 8 31 39 10 29 12 69 81 13 68 2005 12 99 111 12 99 2006 15 107 122 15 107 2007 12 70 82 12 70 2008 9 132 141 9 132 2009 6 199 161 5 156 2010 10 163 164 7 157 2011 5 154 160 5 155 2012 6 58 58 5 53 2013 6 49 61 6 55 2014 4 79 67 4 63 Premiadas 2015 Programa Qualidade Rio 2015 Examinadores Capacitados Voluntários na Banca Organizações Participantes Organizações Candidatas 1999 481 80 201 26 2000 522 110 161 44 2001 622 179 158 62 2002 537 250 223 58 2003 580 265 215 53 2004 591 308 203 113 2005 877 317 240 143 2006 769 340 260 139 2007 1255 233 300 101 2008 884 140 340 161 2009 451 207 374 205 2010 566 198 400 173 2011 222 192 380 159 2012 173 118 260 62 2013 157 195 68 55 2014 460 118 110 83 Quadro 6: Resultados alcançados pelo PQRio 87 Programa Qualidade Rio 2015 Observa-se a adesão significativa do serviço público no Prêmio Qualidade Rio, em especial de organizações estaduais, como decorrência do Programa ser considerado estratégico para o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Desta forma, o PQR passa a atuar no âmbito do Governo Estadual como o vetor impulsionador da melhoria da gestão das instituições a ele vinculadas. Destaca-se a importância que é dada por profissionais de diversas áreas à aquisição do conhecimento em gestão, assim como o seu interesse em vivenciar a experiência de avaliar uma organização pelos Critérios da Excelência. Isto é assinalado pelo elevado número de participantes nos cursos de capacitação de avaliadores e na fase seguinte que consiste na formação da banca de avaliadores, cuja missão é a avaliação da gestão das organizações inscritas na premiação. Ressalta-se que a atuação dos avaliadores é de forma voluntária. Cumpre mencionar a organização da cerimônia anual de reconhecimento do Prêmio Qualidade Rio, de reconhecido sucesso, realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em dezembro, que tem sempre recebido um público de cerca de 2.500 pessoas, lotando suas dependências. 88 Programa Qualidade Rio 2015 89 Programa Qualidade Rio 5. 2015 Prêmio MPE Brasil - antigo Prêmio TOP Empresarial (PTE) O Prêmio Top Empresarial cresceu. Agora ele se chama MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresa Foi criado pela Rede de Cooperação Brasil+ e é um reconhecimento concedido anualmente às micro e pequenas empresas que se destacam em suas categorias, cuja atuação sirva de referência no esforço de mobilização para a melhoria da competitividade em seu segmento. As micro e pequenas empresas representam a maioria das organizações do País e são as maiores empregadoras. Cerca de dois terços do PIB nacional são produzidos pelas micro e pequenas empresas, responsáveis, além disso, por gerar quase 75% dos empregos no Brasil. Portanto, elas são um fator crítico para a sociedade brasileira como um todo. Também são agentes determinantes na prática da cidadania, da preservação do meio ambiente e devem ter relacionamentos exemplares com suas partes interessadas e com a comunidade. O objetivo é promover o reconhecimento às iniciativas, ações e atividades das micro e pequenas empresas sediadas no Estado do Rio de Janeiro, quanto ao desenvolvimento e à aplicação de novas tecnologias e métodos de gestão, que tenham resultado em ganhos de qualidade, produtividade e rentabilidade, com consequente geração de efeitos positivos tanto na sua empresa quanto na comunidade. Consiste numa metodologia para diagnosticar o estágio atual no desenvolvimento da gestão, permitindo estabelecer planos de melhoria 90 Programa Qualidade Rio 2015 contínua do desempenho organizacional, com base no “Rumo à Excelência: Critérios para a avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional” da Fundação nacional da Qualidade. O sistema de avaliação engloba aspectos de toda a gestão e resultados da empresa, estruturados sob oito critérios: Liderança, Estratégia e Planos, Cliente, Sociedade, Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados, sob a forma de um instrumento adequado às características das micro e pequenas empresas e alinhados com os critérios utilizados pelo Prêmio Qualidade Rio. A empresa também é avaliada pelo lado do empreendedorismo, em uma das seguintes categorias setoriais: Agronegócio, Comércio, Serviços de Educação, Indústria, Serviços de Saúde, Serviços de Tecnologia da Informação, Serviços de Turismo e Serviços não especificados. Além disso, a empresa também será avaliada através do Prêmio Especial Destaque de Boas Práticas de Responsabilidade Social e ao Destaque de Inovação. O grau máximo passível de obtenção nesta premiação, para as práticas e resultados organizacionais, que caracteriza um estágio inicial rumo à excelência é de 100 pontos. Em suma, é a chance que o empresário tem de ver todo o seu trabalho reconhecido e ter o merecido destaque no meio empresarial e na sua comunidade. O empresário que tem um perfil empreendedor e que esteja sempre procurando aprimorar o seu negócio, buscando novidades, inovações e tudo que possa aumentar ainda mais a sua produtividade, tem toda a chance de ser premiado. 91 Programa Qualidade Rio 2015 O Prêmio representa o início da jornada da organização na busca da excelência, que poderá ter continuidade através do Prêmio Qualidade Rio e do Prêmio Nacional da Qualidade. O MPE Brasil baseia-se em um questionário de autoavaliação de acordo com o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), adotado por inúmeras empresas, incluindo as já reconhecidas como “classe mundial” e as que estão caminhando nessa direção. A adoção do MEG faz com que a empresa obtenha: melhorias em processos e produtos; foco em resultados; aumento da produtividade e, consequentemente, de sua competitividade; aumento da credibilidade da empresa e o reconhecimento público; maior flexibilidade frente às mudanças; melhores condições de atingir e manter um melhor desempenho; identificação de pontos fortes e oportunidades para melhoria; permite um diagnóstico objetivo e a medição do grau de maturidade da gestão; promoção de cooperação interna e; maior compartilhamento de informações. 92 Programa Qualidade Rio 2015 O Questionário de Autoavaliação permite um diagnóstico objetivo e a medição do grau de maturidade da gestão com base no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG). A sobrevivência e o sucesso de uma empresa estão diretamente relacionados à sua capacidade de atender às necessidades e às expectativas dos CLIENTES, e à atuação de forma responsável na SOCIEDADE e nas comunidades com as quais interage. De posse dessas informações, a LIDERANÇA formula as ESTRATÉGIAS e estabelece os PLANOS de ação e metas para conquistar os resultados desejados. Os planos e as metas são comunicados aos colaboradores e acompanhados. As PESSOAS (colaboradores que trabalham na empresa) devem estar capacitadas e atuando em um ambiente adequado para que os PROCESSOS sejam executados conforme o planejado, com o controle de custos, investimentos e riscos. É importante, ainda, aperfeiçoar o relacionamento com os fornecedores, a fim de que as necessidades dos clientes sejam entendidas por aqueles que fornecerão os insumos necessários para a execução dos processos. Na empresa, de acordo com o MEG, são realizados procedimentos para conferir e controlar o que está sendo colocado em prática. Para efetivar a etapa do Controle, são medidos os RESULTADOS em relação à situação econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas, sociedade, processos principais do negócio e processos de apoio e fornecedores. 93 Programa Qualidade Rio Esses resultados, em forma de 2015 INFORMAÇÕES e CONHECIMENTOS, retornam a toda à empresa, para que esta aprenda com os acertos e erros cometidos, e inicie novamente o planejamento, recomeçando o ciclo. O MEG tem como base os 11 Fundamentos da excelência em Gestão, que são conceitos reconhecidos mundialmente, encontrados em empresas que já atingiram patamares de excelência ou que caminham nessa direção. Cabe destacar que esses fundamentos são aplicáveis a qualquer empresa, uma vez que tratam, de forma genérica, dos mais modernos conceitos de gestão. São eles resumidamente: FUNDAMENTO CONCEITO Pensamento Sistêmico Entendimento das relações de interdependência entre os diversos componentes de uma empresa, bem como entre a empresa e o ambiente externo. Aprendizado Organizacional Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento Cultura de Inovação Promoção de um ambiente favorável à criatividade, Liderança e Constância de Propósitos Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e 94 para a empresa. experimentação e implementação de novas ideias. motivadora das pessoas. Programa Qualidade Rio Orientação por Processos e Informações 2015 Compreensão e segmentação do conjunto de atividades e processos da empresa, sendo que a tomada de decisões e a execução de ações devem levar em consideração as informações disponíveis. Visão de Futuro Compreensão dos fatores que afetam a empresa, visando à sua perenização. Geração de Valor Alcance de resultados consistentes, assegurando a perenidade da empresa. Valorização das Pessoas Estabelecimento de relações com as pessoas, criando condições para que elas se realizem pessoal e profissionalmente. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado, Desenvolvimento de Parcerias Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras visando à criação de valor, de forma sustentada para o cliente e maior competitividade. empresas, com o objetivo de obter benefícios para ambas as partes. Responsabilidade Social Atuação que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os seus públicos de relacionamento, voltada ao desenvolvimento sustentável da sociedade. 95 Programa Qualidade Rio 2015 O sucesso dessa premiação pode ser constatado pelos resultados alcançados nos seus diversos ciclos, apresentados no quadro a seguir. Municípios Inscritos Municípios com candidatura Força de Trabalho % Retorno de Questionários 2001 39 18 493 22% 2002 61 41 1.231 30% 2003 75 63 2.035 38% 2004 92 66 14.676 32% 2005 92 40 6.740 20% 2006 92 61 19.253 50% 2007 92 66 5.528 47% 2008 92 77 71.457 23% 2009 92 68 80.746 16% 2010 92 69 80.500 13% 2011 72 72 85.000 100% 2012 64 64 82.500 61% 2013 65 57 81.950 71% 2014 87 64 92.300 51% TOTAL - - 624.409 41% Quadro 6 resultados alcançados pelo MPE 96 Programa Qualidade Rio 2015 Voluntários Voluntários Voluntários capacitados Capacitados Atuantes X atuantes 2001 22 18 82% 2002 20 17 85% 2003 32 30 94% 2004 22 20 91% 2005 22 20 91% 2006 28 26 93% 2007 29 18 62% 2008 32 20 63% 2009 36 29 81% 2010 27 26 96% 2011 40 31 78% 2012 52 31 60% 2013 47 29 62% 2014 62 31 50% TOTAL 471 346 73% Quadro 7: Resultados alcançados pelo MPE Prêmio MPE Brasil, a partir do ciclo de 2004 passou a contar com a participação de empresas de todos os 92 municípios fluminenses. O salto observado no número de inscrições e participantes a partir do ciclo 2003 foi devido à forte parceria do PQR e SEBRAE-RJ, para que houvesse o envolvimento das suas agências regionais na disseminação do processo de premiação, tendo em vista a importância de incentivar a melhoria de gestão nas micro e pequenas empresas situadas no estado fluminense. 97 Programa Qualidade Rio 7. Tendo PERSPECTIVAS a SEDEIS o papel fundamental desenvolvimento econômico do Estado, incumbiu atividades que 2015 de o PQR promover o de exercer contribuam para a melhoria da gestão das organizações sediadas no território fluminense e, consequentemente, da qualidade dos bens e serviços produzidos. A extensão das suas atividades no âmbito do governo estadual tende a aumentar a partir da conscientização da alta direção dos diversos órgãos governamentais sobre a importância da melhoria da gestão em suas instituições. Este objetivo vem ao encontro do ofício datado e enviado em fevereiro de 2005 pela então Governadora Rosinha Garotinho a todos os órgãos da Administração Estadual, quando alertava a todos sobre a necessidade da inserção da gestão pública estadual em elevados patamares de desempenho e os incentivava para uma efetiva participação no PQRio pois o “Programa Qualidade Rio é por nós considerado estratégico”, consubstanciado na Lei 4736 de 29/03/2003 e publicada no D.O.R.J. em 30/03/2003, art.5º, parágrafo 3º - Do Direito e Qualidade dos Serviços Oferecidos pelo Estado. Também é de se assinalar o Decreto nº 41.183, de 18 de fevereiro de 2008, assinado pelo Governador do Estado, Sergio Cabral, para a área pública relacionada ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, aos vencedores do Prêmio Qualidade Rio, para a categoria ouro, fica assegurada a concessão de patrocínio público para conhecimento de experiências, em outros Estados ou países, relacionadas com as atribuições de seus órgãos ou entidades. 98 Programa Qualidade Rio 2015 Paralelamente, ações conduzidas pelo Programa e apoiadas pela SEDEIS, junto a instituições como FECOMÉRCIO, FIRJAN, SEBRAE-RJ, assim como PETROBRAS, FURNAS podem mostrar sua utilidade às organizações privadas e públicas solução dos problemas de gestão de seus afiliados e de seus fornecedores. Desta forma, o PQR com sua competência técnica instalada pode desenvolver e apresentar a seus clientes uma série de cursos, assim como orientações para autoavaliações, que atendam diretamente às suas necessidades em gestão, Melhorar continuamente o sistema de produção e serviços; Instituir o treinamento profissional do pessoal; Capacitar a liderança; Promover maior interação entre os departamentos; Estabelecer e cumprir metas factíveis; Promover o reconhecimento do trabalho bem realizado; Instituir programas de educação e reciclagem em novos métodos de trabalho; Criar planos de ação: agir no sentido de concretizar a transformação desejada; Assegurar a sustentabilidade socioambiental e econômica. 99 Programa Qualidade Rio 2015 AGRADECIMENTOS Iniciamos os agradecimentos pelos Avaliadores do Prêmio Qualidade Rio – PQRio, voluntários que deram grandeza e brilho a essa história. Dezenas de milhares de profissionais participaram de eventos do PQR nesses vinte e oito anos, emprestaram talento e tempo para que organizações evoluíssem e melhorassem a gestão, que de outra forma custariam muito mais e levariam mais tempo. Nesse caso, anonimatos não significam demérito, mas é um reconhecimento sincero que cada qual merece, e não é preciso que sejam convencidos de que exercem e continuam exercendo valioso e relevante papel para a sociedade com seus serviços. Esses agradecimentos são extensivos às dezenas de milhares de pessoas que abrilhantaram com suas presenças os inúmeros eventos, em particular as solenidades de entregas do Prêmio Nacional da Gestão Pública; do Prêmio MPE Brasil e do Prêmio Qualidade Rio. O segundo agradecimento é dirigido, agora sim, a pessoas que de alguma forma contribuíam do lado de dentro do balcão, para a manutenção e irradiação do movimento, aglutinando esforços e articulando com pessoas e organizações para o bem final da população fluminense e dos turistas que nos visitam. São eles por ordem alfabética: 100 Adelino Sathler Filho Basílio Vasconcellos Dagnino Cláudio Mahler Programa Qualidade Rio Eloi Fernandes & Fernandes George Gerdau Johannpeter Joana D´Arc da Silva Julio Cesar Carmo Bueno Lucimar Targa Luiz Fernando do Monte Pinto Mara Telles Salles Marcos de Abreu Basto Lima Margarida Lima Roberta Aquino de Mendonça Rogério Fernandes Stella Regina Reis da Costa Wagner Granja Victer 2015 101 Programa Qualidade Rio 2015 Este relato só foi possível com a ativa participação das seguintes organizações, cujas lideranças sempre entusiasmaram os dirigentes das diversas organizações “a beber dessa fonte”: FURNAS, ABNT –CB 25, SEBRAE-RJ; Sistema FIRJAN; Petrobras; Gerdau / Cosigua; ; Inmetro; a CAIXA Econômica Federal, ao Exército, a Marinha do Brasil e o próprio Governo do Estado,; Movimento Brasil Competitivo; Fundação Nacional da Qualidade e a União Brasileira para a Qualidade Seccional Rio de Janeiro UBQ-RJ, parcerias permanentes para a infraestrutura necessária à obtenção dos resultados tangíveis e intangíveis do Programa Qualidade Rio. 102 Programa Qualidade Rio 2015 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALGARTE, Waldir F. e Telma Quintanilha – A História da Qualidade e o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP Documento Rumo à Excelência – Fundação Nacional da Qualidade – FNQ http://www.rj.gov.br/web/sedeis/exibeconteudo?article-id=312641 http://www.mbc.org.br/mbc/rj/index.php?option=com_content&tas k=view&id=81&Itemid=171 FICHA TÉCNICA Fonte Maiandra GD 10,5, 11, 13 e 13 16,5 X 21,7 Diagramação e digitação: Claudia Bianca Santos de Luca COLABORADORES Claudia Bianca Santos de Luca Eurico Marchon Neto Juliane Campêlo da Silva Luiz Fernando Bergamini de Sá 103