Programa Qualidade Rio
2015
28 ANOS
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Programa Qualidade Rio
2015
Copyright 2015
Todos os direitos desta edição reservados ao Programa Qualidade Rio - PQR
Programa Qualidade Rio - PQR
Av. Rio Branco, 110 – 20° andar – Centro - Rio de Janeiro
EQUIPE
Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e
Serviços do Rio de Janeiro
Marco Antonio Vaz Capute
Presidente do Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio
Julio Cesar Carmo Bueno
Subsecretário de Estado de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial
Marcelo Carlos Lins Vertis
Superintendente de Competitividade
Sergio José Teixeira
Coordenador Geral
Luiz Fernando Bergamini de Sá
Coordenador do Prêmio Qualidade Rio
Eurico Marchon Neto
Coordenadora do Prêmio MPE Brasil
Claudia Bianca Santos de Luca
Coordenadoras do Subprograma Saúde
Adarlette Neira
Nelly Azevedo Henriques
Assistente do Programa Qualidade Rio
Juliane Campêlo da Silva
Estagiário
Kelvin Nunes
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2015
ÍNDICE
1
2
2.1
2.2
3
3.1
3.2
3.2.1
3.2.2
3.2.3
3.3
3.4
3.4.1
3.4.2
4
4.1
4.2
5
Prefácio
INTRODUÇÃO
Dedicatória
A GLOBALIZAÇÃO E O MOVIMENTO PELA
QUALIDADE NO BRASIL
Contextualização
A globalização e o movimento pela qualidade
no Brasil
Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade – PBQP
Movimento Brasil Competitivo – MBC
PROGRAMA QUALIDADE RIO – PQR
Apresentação
Atuação do Programa Qualidade Rio
Natureza das ações
Desenvolvimento das atividades
Legislação pertinente
Realizações do PQR junto a Rede QP&C
Realizações do PQR no Estado do Rio de
Janeiro
Subprogramas Setoriais
Subprogramas Regionais
PRÊMIO QUALIDADE RIO - PQRIO
Fundamentos da Excelência
Critérios de Excelência
PRÊMIO MPE BRASIL – PRÊMIO DE
COMPETITIVIDADE PARA AS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS
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6
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75
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PERSPECTIVAS
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98
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AGRADECIMENTOS
Referências Bibliográficas
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pág.
100
103
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PREFÁCIO
Para comemorar os 28 anos do Programa Qualidade Rio - PQR é
importante fazer o registro da história exitosa, marcada por pessoas idealizadoras
e realizadoras que incentivaram o desenvolvimento do trabalho de disseminação
dos conceitos da qualidade e de gestão no Rio de Janeiro.
Esta publicação relata um sonho que se cristalizou ao longo do tempo,
mostrando a visão, a determinação, a maturidade e o aprendizado das
organizações que entenderam a importância da implantação de uma cultura
gerencial no Estado, por meio do Modelo de Excelência da Gestão - MEG®.
Relatamos aqui a história desde o aparecimento do movimento pela
qualidade total no Brasil; a adesão do Rio de Janeiro de forma pioneira, para ser
possível entender o motivo do Programa Qualidade Rio ser reconhecido no
Estado e no Brasil, sendo um projeto de gestão de qualidade estratégico para o
desenvolvimento das organizações fluminenses e do próprio estado.
Descrevemos os fundamentos e critérios de excelência considerados o que
de mais avançado existe na metodologia contemporânea da classe mundial em
gestão.
Homenageamos também pessoas comprometidas em ser agentes de
transformação na forma de ser, pensar e agir, produzindo as verdadeiras
mudanças.
Desejamos boa leitura e votos de que seja mantida viva a vontade de
continuar na caminhada para a realização do sonho de um Estado mais forte.
Luiz Fernando Bergamini de Sá
Coordenador Geral do Programa Qualidade Rio – PQR
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“A história se faz com a vontade dos homens e
daqueles que os lideram”
Cristovan Buarque
“Um sonho que se sonha só é apenas um sonho,
mas um sonho que se sonha junto é a realidade”.
Raul Seixas
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INTRODUÇÃO
Em 1987, a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decretou a
LEI Nº 1260, de 16 de dezembro daquele ano, e o governador Wellington
Moreira Franco, eleito para o quadriênio 87-91 a sancionou. Com ela foi criada a
Secretaria de Ciência e Tecnologia - SECTEC e o Governador convidou para
dirigi-la, um dos mais respeitados homens públicos do Brasil, reconhecido como
um dos responsáveis pelo desenvolvimento científico e tecnológico ocorrido na
esfera federal nas décadas de 60 e 70, o Dr. José Pelúcio Ferreira. A partir de
então, pode-se afirmar que teve início a organização e o funcionamento de um
verdadeiro sistema dedicado ao desenvolvimento científico e tecnológico.
De imediato, passaram a integrar a SECTEC, a Fundação de Amparo e
Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro - FAPERJ, o Centro de Ciências do Estado
do Rio de Janeiro - CECIERJ e o Instituto de Pesos e Medidas - IPEM.
Ainda em 1987, com o apoio de todos os partidos políticos, a Assembleia
Legislativa aprovou, através de Lei, a proposta da SECTEC de reformulação da
FAPERJ, dando-lhe condições de atuar efetivamente na promoção do
desenvolvimento científico e tecnológico do Estado.
Passaram a ser finalidades específicas da Fundação: a promoção e o
financiamento de programas e projetos de pesquisa e de criação e modernização
de infraestrutura para a pesquisa em instituições públicas e privadas localizadas no
Estado do Rio de Janeiro, bem como de intercâmbio e formação de
pesquisadores no País e no exterior. Além disso, a FAPERJ deveria manter um
cadastro de unidades de pesquisa localizadas no Estado do Rio de Janeiro, como
também dos projetos por elas desenvolvidos e de seus pesquisadores; promover e
apoiar a divulgação dos resultados de pesquisas; e assessorar o Governo do
Estado na formulação de sua política de desenvolvimento científico e tecnológico.
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Programa Qualidade Rio
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Todas as atribuições anteriores da antiga FAPERJ, julgadas incompatíveis com suas
finalidades foram transferidas para outros órgãos.
O Governo do Estado que iniciava a sua gestão em 1987, encontrou o
BD-Rio em liquidação judicial. Com isto o Estado do Rio de Janeiro deixara de
contar com um dos principais instrumentos de viabilização de políticas de
desenvolvimento calcados no avanço tecnológico, operando com recursos
próprios, federais e de agências internacionais. Avaliadas as diferentes opções
possíveis, e após consulta e concordância do Banco Central, decidiu o Governo
pela criação de uma empresa pública que, mesmo com capital inicial
relativamente pequeno, fosse capaz de mobilizar recursos de outras fontes,
nacionais e do exterior, e aplicá-los segundo a política de desenvolvimento do
Estado. Com este propósito o Governador, ao aprovar proposta da SECTEC,
encaminhou mensagem à Assembleia Legislativa que, transformada em Lei em
1988, autorizou a criação da Empresa Fluminense de Tecnologia - FLUTEC.
A mesma lei de criação da FLUTEC reestruturou o Fundo de Apoio ao
Desenvolvimento Tecnológico - FATEC, atribuindo àquela empresa a gestão
técnica e financeira do mesmo.
Pela gestão do Fundo, a FLUTEC passou a
receber uma taxa de administração que, com o aumento das operações ao longo
dos anos, tornaria a empresa autossuficiente em recursos financeiros para sua
sustentação. A referida taxa era composta de duas parcelas, 1% ao ano sobre o
valor patrimonial médio do FATEC, mais 2% ao ano sobre o saldo devedor
corrigido dos financiamentos concedidos com recursos do Fundo.
De acordo com o seu Estatuto, a FLUTEC foi autorizada a conceder
empréstimos, realizar outras operações financeiras, administrar recursos colocados
à sua disposição por entidades públicas e privados, conceder aval ou fiança,
participar minoritariamente do capital de outras sociedades, formar convênios e
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contratos com entidades nacionais e estrangeiras, públicas ou privadas, podendo,
também, receber doações e administrar outros fundos instituídos pelo Estado,
cuja gestão lhe fosse expressamente atribuída.
Quanto ao FATEC, seu regulamento previa como receitas suas:
a) recursos constantes do orçamento geral do Estado, especialmente a ela
destinado;
b) recursos oriundos de financiamentos e repasses de linhas de crédito
para investimentos em tecnologia;
c) receitas ou produtos das operações realizadas com seus recursos;
d) auxílios, subvenções e contribuições de pessoas e entidades públicas ou
privadas, nacionais ou estrangeiras;
e) outros recursos que lhe fossem expressamente atribuídos, inclusive
aqueles provenientes de convênios e contratos.
Atendendo às peculiaridades do Estado, a FLUTEC estabeleceu-se não
somente como um “banco de investimento em tecnologia”, mas, principalmente,
como uma “agência promotora de desenvolvimento tecnológico” dotada de
recursos e de instrumentos para agir, também, como um banco. Assim é que,
após negociação com a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, a REDE DE
TECNOLOGIA transferiu-se para as instalações da FLUTEC que, além de dar-lhe,
efetivamente, dimensão estadual, passou a fornecer-lhe os meios para funcionar.
Em contrapartida, a FLUTEC não constituiu um quadro próprio de pessoal
técnico para a análise e acompanhamento de projetos, preferindo valer-se da
REDE para tais fins.
Em 1987, sob a liderança da SECTEC, foi criado o PROGRAMA
QUALIDADE RIO, propondo-se um conjunto de ações a serem desenvolvidas de
forma integrada por entidades públicas e privadas, visando ao aprimoramento da
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qualidade e ao aumento da produtividade de indústrias do Estado.
Faz-se necessário esse preâmbulo dada a importância desse ato, pois essa
iniciativa regional tinha por finalidade unir todo um esforço tecnológico e de
busca de recursos de financiamento para fomentar e incentivar a inserção dos
conceitos de qualidade e produtividade na indústria fluminense. Em paralelo,
muitos colaboradores que deram estatura e solidificação ao Programa Qualidade
Rio, embasando iniciativas em pesquisas, foram Bolsistas da FAPERJ.
A operacionalização do PROGRAMA ficou sendo de responsabilidade de
uma Secretaria Executiva que foi, inicialmente, instalada na SECTEC. No segundo
trimestre de 1989, a responsabilidade pela sustentação e operação da Secretaria
Executiva foi transferida para a FLUTEC, que teve como papel fundamental ser a
primeira mantenedora do PROGRAMA QUALIDADE RIO, com o apoio de
diversas outras entidades.
Estamos, portanto neste exercício de 2015, podendo comemorar 28 anos
de atividades ininterruptas desse movimento da qualidade e produtividade,
fazendo história, porquanto somos precursores no Rio de Janeiro, de um
movimento que teve enorme impulso e impacto no país a partir de 1990: o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade – PBQP, como veremos mais
adiante.
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DEDICATÓRIA
Esse resumo de atividades que ousamos chamar de livro é dedicado a tantos
quantos vivenciaram a época aqui referenciada, ou seja, não só aos que tem seus
nomes aqui especialmente registrados, mas também aos que anonimamente
contribuíram e contribuem para o desenvolvimento de nossa sociedade, onde
quer que estejam e qualquer que seja a função que exerçam.
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A GLOBALIZAÇÃO
EO
MOVIMENTO
PELA QUALIDADE
NO BRASIL
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Programa Qualidade Rio
1.
2015
CONTEXTUALIZAÇÃO
Na
busca
de
alternativas
para
o
aumento da
competitividade
internacional, os países mais desenvolvidos vêm se mobilizando para aprimorar
os modelos de gestão de empresas, tanto no setor público, quanto na iniciativa
privada. O que ainda se constata é um movimento intenso voltado para a
melhoria da qualidade, aumento da produtividade e da competitividade;
desenvolvimento, aprimora- mento e absorção de novas tecnologias dos
produtos e serviços ofertados, e pessoas sendo estimuladas a buscar inovações.
No que se refere à qualidade e produtividade, trava-se uma verdadeira
guerra silenciosa e imperceptível, no dia-a-dia das empresas, em busca de
métodos que possam garantir produtos e serviços com qualidade, preços e prazos
que atendam às necessidades e expectativas de seus clientes e sejam compatíveis
com os mercados interno e externo.
Há mais de trinta anos o Brasil vem participando desse esforço de
melhoria da qualidade e aumento da produtividade e competitividade quando, a
partir de 1990, contamos com a implementação do Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade - PBQP. Foi um programa de mobilização de toda a
sociedade, com a participação de centenas de organizações representativas dos
empresários, trabalhadores, consumidores, meio acadêmico e governos, com
inúmeros projetos e iniciativas. O PBQP transformou-se no ano 2001, no
Movimento Brasil Competitivo – MBC.
Nos primeiros movimentos no início da década de 80, a qualidade veio
nos Círculos de Controle da Qualidade – CCQs, tendo aqui sido criada a
Associação Fluminense dos Círculos de Controle da Qualidade – AFCCQ. Iniciava
posteriormente no Estado do Rio de Janeiro, por volta de 1987, uma ação
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Programa Qualidade Rio
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regional voltada para o incentivo e fomento à inserção dos conceitos de
qualidade e produtividade na indústria. Esta ação designava-se "Qualidade Rio" e
tinha como principal instituição mantenedora a Empresa Fluminense de
Tecnologia, vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, com apoio
de diversas entidades.
O programa previa um conjunto de ações, a serem desenvolvidas de
forma integrada por organizações públicas e privadas, visando o aprimoramento
da qualidade e o aumento da produtividade e da competitividade das indústrias
localizadas no Estado do Rio de Janeiro.
No Rio de Janeiro ainda estão presentes vários centros de pesquisa e
desenvolvimento, universidades e escolas técnicas, atuando em diversas áreas de
conhecimento e reunindo uma das maiores concentrações de mestres e doutores
da área tecnológica. Além disso, o Estado conta com a presença, no município de
Duque de Caxias, do INMETRO, detentor dos padrões primários metrológicos(1),
organismos de certificação e laboratórios de ensaio e calibração.
Acreditou-se que todos esses fatores poderiam ser potencializados,
articulando-se as diversas partes interessadas em torno do Programa Qualidade
Rio. O Programa é resultado do trabalho de um grupo, formado por
representantes de várias instituições e pretendendo mobilizar toda a sociedade de
forma que a proposta de desenvolvimento socioeconômico seja desdobrada em
diversas ações executadas de forma descentralizadas. Algumas dessas ações são
voltadas para a conscientização e motivação dos dirigentes de empresas,
trabalhadores, consumidores e para o desenvolvimento das pessoas envolvidas,
além de seus colaboradores.
A articulação institucional do Estado com a indústria e as instituições
tecnológicas, assim como o engajamento de toda a sociedade na busca dos
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Programa Qualidade Rio
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objetivos do Programa, constituem os principais instrumentos para o seu sucesso.
A operacionalização do Programa baseia-se em uma orientação única
para projetos de abrangência geral e setorial, envolvendo, inclusive, a
administração pública. O Programa teve no seu início, grande suporte através de
projetos de pesquisa, até que se erguesse, e hoje sustentabilidade é obtida com
Acordo de Cooperação Técnica com a SEDEIS.
2.
A
GLOBALIZAÇÃO
E
O
MOVIMENTO
PELA
QUALIDADE NO BRASIL
No Brasil, os primeiros movimentos pela Qualidade e Produtividade
surgiram na indústria, no fim da década de 50. A política de substituição das
importações forçou as empresas, em especial as estatais, a abordarem a questão
da qualidade com seus fornecedores. Buscava-se garantir, fundamentalmente, a
continuidade operacional e a segurança dos equipamentos, dos funcionários e da
sociedade.
A substituição das importações fortaleceu o papel do Estado na
formulação da política industrial, principalmente pela concessão de subsídios às
exportações e pela fixação de tarifas de proteção a vários produtos nacionais.
Com o objetivo de proteger o mercado interno, foi construída uma estrutura
industrial diversificada e integrada.
A partir do início da década de 70, algumas nações começaram a dar mais
atenção ao fenômeno da globalização, que tornaria possível um mundo sem
fronteiras econômicas, isto é, os produtos poderiam ser produzidos em qualquer
parte do mundo e vendidos em qualquer lugar. Porém, essa tendência mundial
não repercutiu de forma significativa, nos países como o Brasil, que adotaram
políticas de proteção de mercado.
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A indústria brasileira, embora não tenha desenvolvido capacidade
inovadora própria, cresceu graças às estratégias adotadas de proteção,
promoção e regulação. Em 1980, alcançou-se alto grau de integração
intersetorial e de diversificação da produção. Os complexos químicos e metalmecânico (inclusive bens de capital, bens de consumo duráveis e o setor
automobilístico) foram responsáveis por 58,8% do produto total da indústria.
No fim da década de 70, a política de substituição das importações
começou apresentar problemas, decorrentes do atraso tecnológico do parque
industrial nacional. Os problemas estruturais que se refletiam em níveis baixos de
produtividade e custos elevados de produção, dificultavam a entrada de produtos
brasileiros no mercado internacional. A capacitação tecnológica insuficiente das
empresas para desenvolver novos processos e produtos; a ausência de um padrão
nítido de especialização da estrutura industrial brasileira e a baixa integração com
o mercado internacional afetaram negativamente a competitividade do parque
industrial do País.
Enquanto isso, o mundo experimentava uma revolução tecnológica e
gerencial visível, que ocupava com frequência espaços na mídia. A maneira de se
administrar um negócio passava a incluir a aplicação dos conceitos da gestão pela
qualidade total, isto é, o uso intensivo de técnicas estatísticas, o envolvimento
efetivo da força de trabalho e a certificação de pessoal, sistemas, processos,
produtos e serviços. Como consequência das mudanças, observou-se uma
intensificação da competição entre empresas e países a partir do fim da década de
80.
Num ambiente muito dinâmico, os níveis de competitividade passaram a
ser rapidamente superados. Tornou-se crucial a busca incessante pela melhoria
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Programa Qualidade Rio
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contínua da Qualidade e Produtividade. As empresas brasileiras precisaram, assim,
buscar as condições necessárias para a competitividade. A estratégia de
desenvolvimento adotada em busca da capacitação tecnológica e da gestão
empresarial inovadora baseou-se na aplicação de práticas voltadas para a
Qualidade e a Produtividade.
Lançado em 1986, o Programa da Qualidade e Produtividade - ProQP foi
um programa criado pelo Governo Federal com o objetivo de promover a
qualidade,
aumentar
a
produtividade,
reduzir
custos
e
incrementar
a
competitividade de produtos e serviços brasileiros. Convocando todos os
segmentos da sociedade para um esforço conjunto em prol da melhoria da
qualidade, o ProQP visava aumentar o mercado da indústria nacional e, com
isso, gerar crescimento econômico e abrir novos postos de trabalho. O ProQP
tinha uma estrutura matricial constituída de quatro Subprogramas Gerais.
A década de 80 se caracterizou por índices inflacionários elevados, que
deterioraram a distribuição de renda e fragilizaram financeiramente o Estado.
Mascarado pela inflação, o ganho alcançado com investimentos em
produtividade não era imediatamente percebido. Por isso, os empresários
preferiram fazer aplicações financeiras para minimizar o impacto da crise, o
que inibia o investimento em capacitação tecnológica. Adotando estratégias
defensivas, as empresas diminuíam a utilização da capacitação produtiva
instalada, reduzindo custos e aumentando as parcelas de capital valorizadas no
mercado financeiro. O progresso técnico não era visto, então, como uma
prioridade. A utilização de tais estratégias defensivas resultou na queda dos níveis
de qualidade e produtividade e, consequentemente, acentuou a fragilidade da
indústria brasileira.
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Programa Qualidade Rio
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O ProQP, concebido e implementado em contexto macroeconômico
desfavorável, não foi capaz de atingir todos os seus objetivos. No fim da década
de 80, as dificuldades do cenário conduziram, então, à formulação de uma nova
estratégia que, alinhada a políticas sólidas e bem articulada, pudesse reduzir o
atraso tecnológico e inserir o País no contexto internacional de competitividade e
globalização.
A partir do fim de 1989, a mobilização dos países europeus para a adoção
de normas internacionais de gestão de sistemas da qualidade começou a
repercutir mais concretamente no Brasil. Esse movimento, fortalecido pela
importância das exportações das empresas brasileiras para o mercado
europeu, foi também influenciado pela ação das empresas de consultoria que
vislumbravam um mercado emergente para suas atividades.
Em 1990, foi lançada a Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE).
Seu propósito era aumentar a eficiência da produção e da comercialização de
bens e de serviços, bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida da
população brasileira.
A sensibilização mais forte ocorreu nas empresas que já possuíam sistemas
da qualidade baseados em requisitos de normas, implantados por exigência dos
órgãos do governo, ou das empresas estatais interessadas em garantir a qualidade
de seus empreendimentos.
Fornecedoras do governo e das grandes estatais, essas empresas tinham de
atender a especificações e requisitos de naturezas diversas, que eram impostos por
exigências
contratuais.
Deviam,
também,
submeter-se
frequentemente
a
programas de auditoria, em geral executadas pelos próprios clientes. Além disso,
cada contratante, usando seu poder de compra, exigia conformidade com suas
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Programa Qualidade Rio
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normas específicas, não aceitando sistemas qualificados por outro órgão do
governo ou empresa estatal.
Em 1990, quando foi criado o Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade - PBQP, era insignificante o número de empresas brasileiras com
sistemas da qualidade certificados, visto que os grandes compradores no mercado
nacional não aceitavam explicitamente as certificações de terceira parte,
preferindo utilizar estrutura própria para qualificação de seus fornecedores.
Um dos primeiros grandes desafios do PBQP foi reverter essa situação,
incentivando as certificações de sistemas da qualidade por organismos
independentes, que fossem reconhecidas e aceitas sem restrições. Sendo o PBQP
um programa conduzido pelo Governo Federal, e tendo em conta que a
resistência na aceitação da certificação de terceira parte estava localizada
fundamentalmente em grandes empresas de economia mista, ocorreram esforços
significativos dos gestores do Programa para o reconhecimento e aceitação deste
tipo de certificação.
Além disso, outras ações desenvolvidas no âmbito do PBQP
contribuíram de forma importante para adoção das Normas ISO 9000 no
Brasil, tanto para situações contratuais, como nas não contratuais.
Destacam-se entre elas a criação do Comitê Brasileiro da Qualidade da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT/CB-25, a reformulação do
modelo de elaboração de normas pela ABNT, o modelo de credenciamento
de laboratórios, o fortalecimento e consolidação das Redes Brasileiras de
Laboratórios de Ensaios e Calibração (RBLE e RBG) e, sobretudo, o modelo
concebido para o Sistema Brasileiro de Certificação (SBC).
A partir de 1990, seguindo uma tendência mundial, por mais de dois
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Programa Qualidade Rio
2015
anos um grupo de estudos constituído por especialistas em gestão da
qualidade, provenientes da indústria, de empresas de consultoria, de
associações e do meio acadêmico dedicou-se, de forma voluntária, à criação
de uma premiação nacional no Brasil, utilizando a experiência do Japão, dos
Estados Unidos e de outros países, inclusive europeus.
Essa premiação estava em sintonia com o Subprograma I da 1ª Fase do
PBQP,
que
preconizava
a
instituição
de
prêmios
destinados
ao
reconhecimento das contribuições em prol da qualidade e produtividade.
Em 06 de maio de 1991, com o objetivo de incentivar os melhores
modelos de gestão da qualidade, o Comitê Nacional da Qualidade e
Produtividade do PBQP criou o Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ,
estruturado como um prêmio anual de reconhecimento de empresas
estabelecidas no Brasil que se distinguem em relação à qualidade e à gestão.
A Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade – FPNQ (hoje
Fundação Nacional da Qualidade – FNQ), criada com o objetivo de
operacionalizar o Prêmio Nacional da Qualidade, entregou a 1ª edição do
Prêmio em questão no dia 12 de novembro de 1992, na categoria indústria,
em solenidade que contou com a presença do Ministro de Estado da
Indústria, do Comércio e do Turismo e do Ministro da Ciência e Tecnologia.
Pode-se dizer que a Gestão da Qualidade nasceu de duas abordagens:

A preocupação com defeitos e falhas de componentes (área
militar, nuclear, aeronáutica, petroquímica, elétrica etc.): controle de
processo através de métodos estatísticos e Sistemas de Garantia da
Qualidade;
19
Programa Qualidade Rio

2015
O foco na satisfação do cliente (preço, prazo de entrega e
desempenho): modelos sistêmicos, programas motivacionais, gestão
pela qualidade total e prêmios de excelência.
Apesar de ainda existirem empresas que aplicam somente o controle
de processo, gradualmente vem ocorrendo a migração dessas empresas para
os Sistemas de Gestão da Qualidade que estabelecem requisitos específicos
para o controle de processo.
Pode-se dizer que existiam no Brasil duas correntes de gestão da
qualidade: Gestão pela Qualidade Total e Sistemas de Gestão e Garantia da
Qualidade. Inicialmente, as duas correntes seguiram caminhos paralelos. A
partir de 1991 as duas correntes começaram a convergir, primeiramente, com
a criação dos Prêmios pela Excelência da Qualidade, como, por exemplo, a
Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade - FPNQ e com o
aperfeiçoamento da Norma NBR ISO 9001, que foi revisada para incorporar
os princípios de gestão pela qualidade total e dos prêmios pela excelência da
qualidade, além dos conceitos de gestão de processo, de gestão sistêmica, de
foco no cliente, de parceria com fornecedores e de melhoria contínua do
sistema.
No Brasil não houve uma revolução, mas uma evolução lenta, consciente
e segura quanto à importância da qualidade. Até a década de 80, a qualidade era
uma questão técnica e, portanto, restrita aos técnicos. A partir de então, a
qualidade ganhou uma importância vital e estratégica para a sobrevivência e
perenidade das empresas, passando a ser responsabilidade de toda a
administração.
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Programa Qualidade Rio
2015
2.1 Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP
No fim da década de 80, alguns esforços vinham sendo empreendidos na
área da qualidade e produtividade no Brasil por alguns setores. Entretanto, a
preocupação com esses temas ainda não tinha atingido todos os segmentos da
economia.
O desperdício alcançava níveis inaceitáveis para um país que sofria
carências sociais dramáticas, num quadro de escassez de recursos financeiros. As
estimativas indicavam perdas que alcançavam até 40 % do produto industrial,
encarecendo nessa mesma proporção o preço final dos bens e serviços.
Considerando-se a participação do produto industrial na formação do PIB, o
desperdício alcançava valores da ordem de US$ 50 bilhões / ano. Tal situação
vinha contribuindo para restringir o desenvolvimento industrial e para a
frustração de legítimas aspirações da população brasileira por emprego, renda,
segurança, educação e saúde.
Enquanto isso, a principal causa do êxito econômico do Japão e potências
emergentes do sudeste da Ásia era atribuída ao valor conferido à qualidade e
produtividade. As experiências bem-sucedidas desses países apontavam o
Governo como condutor do processo de retomada do desenvolvimento e
fomentador de ações por parte das empresas.
A modernização industrial requeria a adoção de novos métodos de
gerenciamento da produção e de gestão tecnológica na empresa, bem como a
capacidade de incorporação de novas tecnologias de produto e de processo na
atividade produtiva. Os grandes desafios estavam, portanto, na busca da
racionalização, da modernização e da competitividade, para as quais eram
indispensáveis a Qualidade e a Produtividade.
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Programa Qualidade Rio
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Qualidade e Produtividade passaram a representar uma nova filosofia de
gestão empresarial, capaz de conduzir todos os segmentos da empresa a uma
postura pró-qualidade e produtividade, por meio do compromisso de dirigentes e
empregados, em todas as fases do processo produtivo. Tal postura
asseguraria produtos e serviços com desempenho, disponibilidade e preço
adequados e totalmente orientados para as aspirações do mercado.
A competição internacional em bases tecnológicas eliminou as tradicionais
vantagens comparativas baseadas no uso de fatores de produção abundantes e
baratos. Tal contexto estimulou o Governo a propor à sociedade o Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, um dos mecanismos previstos
nas Diretrizes Gerais da Política Industrial e de Comércio Exterior - PICE, com o
objetivo de estabelecer um conjunto ordenado de ações indutoras da
modernização industrial e tecnológica, contribuindo para a retomada de
desenvolvimento econômico e social.
O PBQP tinha como filosofia o engajamento de toda a sociedade para a
consecução de seus objetivos. Partindo desse princípio, os Termos de Referência
do Programa foram elaborados conjuntamente por técnicos do Governo Federal,
de Governos Estaduais e de entidades privadas que representam os segmentos
empresariais, os consultores especializados e a comunidade acadêmica.
A partir do lançamento do PBQP, pelo Decreto Nº 99.675, de 7 de
novembro de 1990, os temas "qualidade" e "produtividade" passaram a fazer
parte da agenda nacional. Em seu lançamento, foram mobilizados 21 setores
industriais. Pelo Decreto Nº 99.676, instituído na mesma data, ficou estabelecido
que o ano de 1991 fosse o Ano Nacional da Qualidade e Produtividade.
No detalhamento do Programa, em sua fase de formulação e
implantação, participaram cerca de 50 entidades privadas que representavam
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Programa Qualidade Rio
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setores empresariais, consultores especializados, comunidade acadêmica e
entidades de classe, juntamente com órgãos governamentais.
No realinhamento do PBQP, realizado em fevereiro de 2000, além das
Metas Mobilizadoras que vieram substituir os Subprogramas das fases anteriores,
foi introduzido o conceito de Subprogramas Estruturantes. Os Subprogramas
Estruturantes desenvolvem, ao nível estadual e municipal, projetos alinhados às
Metas Mobilizadoras, promovendo ações de grande importância econômica e
social e buscando a melhoria da qualidade de vida nos estados e municípios.
Entre esses Subprogramas, um foi sugerido pelo Programa Qualidade Rio
e hoje representa um forte movimento pela integração dos Programas Estaduais,
que é o Fórum dos Programas Estaduais da Qualidade, Produtividade e
Competitividade – FORUM (hoje denominada REDE QPC). O objetivo é o de
apoiar o fortalecimento e o intercâmbio entre os Programas já existentes e o
incentivo à criação de novos, além de funcionar como agente de apoio e
mobilização.
2.2 Movimento Brasil Competitivo - MBC
Em novembro de 2001 foi criado o Movimento Brasil Competitivo –
MBC que trabalha para tornar o Brasil referência em competitividade, inovação e
modernização da gestão, reconhecido como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público – OSCIP, congregando as funções do Instituto Brasileiro de
Qualidade e Produtividade – IBQP e do Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade – PBQP. Na verdade nesse momento o Inmetro se desliga do
braço público federal do PBQP, sendo as suas atividades transferidas para o MBC.
O MBC é voltado ao estímulo e ao fomento do desenvolvimento da
sociedade brasileira. Tem como objetivo principal viabilizar projetos que usam o
23
Programa Qualidade Rio
2015
aumento da competitividade das organizações e da qualidade de vida da
população.
O MBC Órgão deliberativo com função de estabelecer o direcionamento
político-estratégico do MBC, composto de 11 membros titulares, com seus
respectivos suplentes, sendo 5 representantes e 5 suplentes pertencentes a
entidades civis privadas que participam como entidades associadas mantenedoras
do MBC; 4 representantes da Administração Pública Federal e 4 suplentes,
indicados pelos Titulares da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério
da Ciência e Tecnologia, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e
do
Ministério
do
Desenvolvimento,
Indústria
e
Comércio
Exterior;
1
representante da Fundação Nacional da Qualidade e 1 suplente, indicados pelo
dirigente máximo da referida entidade; e 1 representante da Sociedade Civil com
notória contribuição para o desenvolvimento do País, com especial ênfase no
aprimoramento da Gestão Pública e 1 suplente com o mesmo perfil.
"Ter um setor público mais produtivo e empresas qualificadas é
tornar o país competitivo e, portanto, sendo o país mais
competitivo, mais e mais empresas serão competitivas e vice-versa. É
um processo bidirecional que, como resultado final, leva a uma
melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e que, no final, também
é um fator de competitividade."
Presidente do Conselho Superior do Movimento Brasil Competitivo
(MBC) Elcio Anibal de Lucca
24
Programa Qualidade Rio
2015
3. PROGRAMA QUALIDADE RIO – PQR
3.1
Apresentação
Como registramos no início deste trabalho, o Programa Qualidade Rio foi
criado em 1987, quando a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
decretou a Lei nº 1260, de 16 de dezembro. O Programa, no entanto, foi
aperfeiçoado pelo Decreto nº 22.259, de 06 de junho de 1996, integrando ainda
a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro SECTEC. Pelo Decreto nº 25.246, de 12 de abril de 1999, o Programa foi
transferido para a então recém-criada Secretaria de Estado de Energia, da
Indústria Naval e do Petróleo - SEINPE. O Decreto nº 40.486, de 01 de janeiro de
2007, vincula o Programa à Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro – SEDEIS. E o decreto
40.768 de 15 de maio de 2007 cria quatro vice-presidências no seu Conselho
Consultivo.
A estrutura do Programa é composta, atualmente, pelo Conselho
Consultivo, (cujo presidente é o Secretário de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro – SEDEIS), quatro
Vice-Presidências, duas representando o segmento público: Secretaria de Estado
de Planejamento e Gestão - SEPLAG e Companhia Estadual de Água e Esgoto do
Rio de Janeiro – CEDAE, e duas representando o segmento privado do Estado:
Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro - FECOMERCIO e
Associação Comercial do Rio de Janeiro - ACRJ, de notória experiência na
Qualidade. Além de uma Coordenação Geral; Coordenações dos Subprogramas
Setoriais; Subprogramas Regionais; Prêmio Qualidade Rio e Prêmio Top
25
Programa Qualidade Rio
2015
Empresarial, que a partir de 2010 recebeu a denominação Prêmio MPE Brasil com
a agregação do nome de cada Estado – prêmio esse de competitividade para as
micro e pequenas empresas, em âmbito nacional).
O Programa tem como Política da Qualidade: “Apoiar e reconhecer os
esforços de aprimoramento na tecnologia de gestão das organizações fluminenses,
por meio da constante melhoria dos nossos processos”. Sua Missão: “Promover o
desenvolvimento socioeconômico, o fortalecimento da cidadania e a melhoria da
qualidade e produtividade dos bens e serviços produzidos no Estado do Rio de
Janeiro”; e sua Visão: “Ser reconhecido como elemento indutor da melhoria da
qualidade de vida da população fluminense e como referência da excelência
alcançada pelas organizações públicas e privadas no Estado do Rio de Janeiro”.
O referencial do modelo de gestão adotado pelo Programa é apresentado
no documento elaborado pela Fundação Nacional da Qualidade denominado
“Critérios Compromisso com a Excelência e Rumo à Excelência”, em particular o
“Rumo à Excelência”. Tais critérios consistem em modelos sistêmicos da gestão
organizacional. São construídos sobre uma base de conceitos fundamentais
essenciais à obtenção da excelência do desempenho.
O Modelo de Excelência da Gestão - MEG®, de onde derivam esses
critérios, em função de sua flexibilidade e simplicidade de linguagem e,
principalmente, por não prescrever ferramentas e práticas de gestão específicas,
pode e deve ser empregado na avaliação, no diagnóstico e no desenvolvimento
do sistema de gestão de qualquer tipo de organização ou modelo de negócio,
seja do setor público ou privado, com ou sem finalidade de lucro, seja de porte
pequeno, médio ou grande.
26
Programa Qualidade Rio
2015
Utilizando os Critérios Rumo à Excelência como referência, uma
organização pode realizar uma auto-avaliação e obter um diagnóstico da gestão
organizacional. A utilização dos critérios proporciona também a oportunidade
de candidatura em premiações internas, setoriais e regionais.
A metodologia é transmitida em sala de aula, não requerendo elevada
capacidade intelectual, e sim, apenas interesse no desenvolvimento pessoal e
profissional.
A FNQ disponibiliza um conjunto de publicações sobre gestão para
download gratuito no seu site: http://www.fnq.org.br
O PQR promove projetos, palestras, cursos, seminários e outros eventos
com o objetivo de cumprir sua missão de disseminar os conceitos de gestão junto
às organizações fluminenses.
TTEEM
MÁ
ÁTTIIC
CA
ASS D
DO
OSS PPR
RO
OJJEETTO
OSS
Competitividade e
Produtividade
Seminários em Busca
da Excelência – SEBE e
de Boas Práticas
Planos e Programas
de Capacitação para
empresas
Capacitação e
Treinamento
Estudos e Projetos em
Qualidade,
Produtividade e
Inovação
Modelo de Excelência
da Gestão - MEG®
27
Programa Qualidade Rio
2015
Nossos Cursos
Introdução ao
Modelo de
Excelência da
Gestão®
Formação de
Examinadores
Elaboração do
Relatório de
Gestão
Dentre as suas atividades, a de premiação desperta um especial interesse
das organizações em geral, sendo importante tanto para as que buscam o
reconhecimento no caminho para excelência da gestão, como para os
consumidores e clientes, por terem disponibilidade de conhecer organizações com
esse cunho gerencial, a excelência da gestão de suas fornecedoras.
As ações do PQR são descentralizadas a partir de sua coordenação geral,
sediada no município do Rio de Janeiro. A atuação se dá por meio dos
Subprogramas Setoriais ou Regionais; Prêmio Qualidade Rio - PQRIO e Prêmio
MPE Brasil, que serão apresentados mais adiante.
Para
informações
www.mbc.org.br/mbc/rj .
28
atualizadas
sobre
o
PQR,
acesse
Programa Qualidade Rio
2015
3.2 ATUAÇÃO DO PROGRAMA QUALIDADE RIO
3.2.1
Natureza das ações
O Programa Qualidade Rio, como uma ação do Governo do Estado do
Rio de Janeiro, segue a Constituição Federal que estabelece os princípios básicos
da administração pública, princípios que estão consubstanciados em doze
princípios de observância permanente para o bom administrador: legalidade,
moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade,
proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, motivação e
supremacia do interesse público.
Paralelamente, a natureza das ações do Programa Qualidade Rio, tanto
na área pública como privada, se caracteriza pelo alinhamento com a política
estadual de desenvolvimento econômico.
Muitas das ações do Programa Qualidade Rio contam com o apoio de
voluntários. A construção de um relacionamento baseado em respeito e confiança
mútuos pressupõe comportamento ético e transparência, que são as bases do
voluntariado. O exercício da cidadania, aí inserido o voluntariado, pressupõe o
apoio a ações de interesse social e pode incluir a participação no
desenvolvimento nacional, regional ou setorial.
3.2.2 Desenvolvimento das atividades
Para o desenvolvimento das atividades o Programa Qualidade Rio conta
com o suporte da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia,
Indústria e Serviços do Rio de Janeiro - SEDEIS, em especial sob os seguintes
aspectos:
29
Programa Qualidade Rio
2015

alocação de mão de obra;

infraestrutura física para a Coordenação consistindo na instalação do
escritório, assim como todo material e equipamentos para seu funcionamento.
A SEDEIS ancora o Programa Qualidade Rio que mantém parceria com as
seguintes organizações, reconhecidas pela excelência da gestão:
 CAIXA;
 CREA RJ;

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – FIRJAN;
 FIOCRUZ;

Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de
Janeiro - FAPERJ;

Fundação Nacional da Qualidade;
 FURNAS;

Gerdau Cosigua;
 HEMORIO;
 INMETRO;

Movimento Brasil Competitivo;
 PETROBRAS;

RJ;
30
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-
Programa Qualidade Rio
2015
 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO;
 UFRJ, UERJ, UFF, UFRRJ;

União Brasileira para a Qualidade no Estado do Rio de Janeiro –
UBQ-RJ.
3.2.3 LEGISLAÇÃO PERTINENTE
Em 1987:
Criação da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia – SECTEC,
pela Lei 1260/87, de 16/12/1987, e a ela subordinado, o Programa
Qualidade Rio – PQR.
Em 1996:
Resolução SECTEC n° 015 – D.O.E. de 20/08/1996 – estabelece o
Regulamento do Programa Qualidade Rio – PQR e designa os membros
do seu Conselho da Qualidade e Produtividade.
Decreto n° 22.259 – D.O.E. de 07/06/1996 – Autoriza a
operacionalização do Programa Qualidade Rio – PQR, no âmbito da
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.
Em 1999:
Decreto n° 25.246 – D.O.E. de 13/04/1999 – Transfere o
Programa Qualidade Rio – PQR da da Secretaria de Estado de Ciência e
Tecnologia para a Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e
do Petróleo.
31
Programa Qualidade Rio
2015
Em 2000:
Decreto n° 26.045 – D.O.E. de 13/03/2000 – Institui o “Dia da
Qualidade” no Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.
Decreto n° 26.046 – D.O.E. de 13/03/2000 – Institui o o
Programa Gestão da Qualidade da Administração Pública (PGQAP-RJ) e
dá outras providências.
Em 2003:
Decreto n° 32.621 – D.O.E. de 01/01/2003 – Estabelece a estrutura
do poder executivo e dá outras providências.
16) Secretaria de Estado de Energia, da Indústria Naval e do
Petróleo.
16.3) Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio.
Em 2007:
Decreto n° 40.486 – D.O.E. de 01/01/2007 – Estabelece a
estrutura do poder executivo e dá outras providências.
7) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia,
Indústria e Serviços – SEDEIS.
7.7) Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio.
Em 2007:
Decreto n° 40.768 – D.O.E. de 15/05/2007 – Dá nova redação ao
Decreto n° 25.246/1999:
§1° - O Conselho Consultivo do Programa Qualidade Rio terá 4
32
Programa Qualidade Rio
2015
(quatro) Vice-Presidentes: (2 do setor público e 2 do setor privado) com
mandato de 2 (dois) anos.
Resolução SEDEIS n° 011 – D.O.E. de Representantes do
15/05/2007 – Designa membros do Conselho do PQR na qualidade de
Vice-Presidentes:Setor Público Estadual:

SERGIO RUY BARBOSA GUERRA MARTINS

WAGNER GRANJA VICTER
Representantes dos empresários:

OLAVO MONTEIRO DE CARVALHO

ORLANDO SANTOS DINIZ
Em 2008:
Decreto n° 41.183 – D.O.E. de 19/02/2008 – Modifica o Decreto
n° 25.246/1999, alterado pelo Decreto n° 40.768/2007:
Art. 5° - ... fica assegurada a concessão de patrocínio público para
o conhecimento de experiências em outros estados ou países, relacionadas
com as atribuições de seus órgãos ou entidades.
Resolução SEDEIS n° 042 – D.O.E. de 27/08/2008 – Dispõe sobre
critérios e condições para o exercício do direito previsto no Decreto n°
41.183/2008.
3.3
Realizações do PQR junto à REDE QP&C
A REDE QP&C no Brasil consiste em um conjunto de organizações e
instituições com foco para a promoção de ações voltadas para a área da
33
Programa Qualidade Rio
2015
qualidade, produtividade e competitividade. Muitas destas ações estão sendo
capitaneadas pelo Movimento Brasil Competitivo - MBC, sucessor do PBQP.
A REDE é constituída pela representação formal dos Programas Estaduais e
Setoriais de Qualidade, Produtividade e Competitividade; da Fundação Nacional
da Qualidade - FNQ e do Movimento Brasil Competitivo - MBC.
O Programa Qualidade Rio, a partir de 2006 sedia o núcleo do
GESPÚBLICA no Estado e é membro atuante do MBC desde a sua criação, assim
como da citada REDE. Seu representante presidiu a REDE no período de 2004 a
2006. Além disso, sua equipe é convidada por programas estaduais a participar
de ações de desenvolvimento e implementação de novos Programas, como,
Amazonas, Goiás, Pará e Paraná. O Programa participou do MBC enquanto
existia, no Conselho das Partes Interessadas e nos Comitês Educação e
Administração Pública. Possui portanto, posição de liderança nacional como no
Núcleo Técnico da FNQ, após das suas respectivas implantações.
3.4
Realizações do PQR no Estado do Rio de Janeiro
O PQR visa mobilizar os diversos setores econômico-sociais em torno da
ideia de que, ao aprimorar a gestão das suas respectivas organizações, sejam elas
públicas, privadas ou do terceiro setor, aumenta a qualidade do produto e,
consequentemente melhora continuamente a qualidade, a produtividade e a
competitividade da própria organização, do município envolvido e do Estado do
Rio de Janeiro. Busca conscientizar as organizações e a sociedade para a adoção
de um modelo de gestão que eleve o desempenho e a competitividade das
mesmas.
Os Subprogramas Setoriais e Regionais consolidam uma matriz
34
Programa Qualidade Rio
2015
descentralizada de fundamental importância para implantar a melhoria da gestão
para todo o Estado.
A certificação do PQR pela Norma Internacional NBR ISO 9001:2000 no
período de 2005 a 2012, lhe confere posição de destaque perante os demais 17
programas estaduais de qualidade, produtividade e competitividade no país.
Os resultados de sucesso alcançados pelo Programa podem ser
constatados nos itens seguintes.
3.4.1
Subprogramas Setoriais
Compreendem o incentivo ao desenvolvimento e a modernização em
diversos setores das atividades socioeconômicas, através da melhoria da
qualidade e do aumento da produtividade das organizações inseridas nos
mesmos. O objetivo é estimular o contínuo aperfeiçoamento da gestão das
organizações do setor - com uma linguagem adaptada ao mesmo - envolvendo
todas as partes interessadas na melhoria do desempenho deste setor.
No Workshop de Planejamento Estratégico do Programa Qualidade Rio,
realizado em junho / 1999, onde compareceram representantes de cerca de 50
organizações fluminenses, foram definidas prioridades para o Programa no
período de 1999 a 2002. Entre elas, os setores que deveriam receber atuação
decidida e diferenciada, os quais vêm sendo confirmados nas revisões do
planejamento estratégico, acontecidas até o momento, ou seja, referentes aos
períodos 2003/2005, 2006/2007 e 2008/2009, mas continuamos a elaborar
planos desde então:

Administração Pública;

Educação;
35
Programa Qualidade Rio

2015
Saúde.
Paralelamente, três grandes temas foram definidos como elementos
obrigatórios a serem necessariamente contemplados em todos os setores
priorizados pelo Programa Qualidade Rio:

Conservação e/ou recuperação do meio ambiente;

Geração de oportunidades de trabalho;

Cidadania.
Subprograma Setorial Administração Pública
Na busca de modelos de gestão que contemplem, de forma mais efetiva e
eficaz, as novas e crescentes demandas da sociedade brasileira, a Secretaria de
Gestão Pública – SEGEP, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
revitaliza, em 2014, o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização
– GESPÚBLICA, com a finalidade de fortalecer a gestão pública, tendo como
premissa o Modelo de Excelência em Gestão Pública - MEGP. A estratégia para a
implantação de um modelo referencial de gestão pública é desenvolver ações de
apoio técnico aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, a fim de
mobilizar, preparar e motivar para a atuação em prol da inovação e da melhoria
da gestão.
Dentre as medidas adotadas para a implementação da estratégia,
destacamos o desenvolvimento de uma das ferramentas do GESPÚBLICA - o
Sistema Eletrônico de Autoavaliação da Gestão. O Sistema possibilita uma
avaliação da gestão prescritiva, por meio da identificação e análise das práticas de
gestão adotadas e dos resultados da organização. A avaliação dos resultados
permite um rápido diagnóstico, bem como a implantação de melhorias na
governança que venham a promover o alcance dos melhores resultados
36
Programa Qualidade Rio
2015
institucionais.
Uma Gestão Pública participativa e democrática induz a resultados mais
positivos, levando-se em conta que o processo de formação das normas
administrativas e os mecanismos de ação e controle estarão sempre mais
adequados e ajustados à realidade social.
O Programa GESPÚBLICA vem a ser um poderoso instrumento de
cidadania, pois renova seu compromisso de engajamento e valorização das
pessoas por meio de estratégias de mobilização da Administração Pública,
contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos
cidadãos e para o aumento da competitividade do País.
O Núcleo Estadual Rio de Janeiro do Programa Nacional de Gestão
Pública - GESPÚBLICA está ancorado na SEDEIS, que assumiu a sua coordenação
em junho / 2006, por meio do Programa Qualidade Rio. Atualmente é um dos
Núcleos que obtém os melhores resultados entre os Núcleos Estaduais do Brasil,
possuindo 63 organizações e/ou entidades adesas. O Subprograma Setorial
Administração Pública se integra no GESPÚBLICA, devido as suas ações atingirem
organizações públicas estaduais.
Este Núcleo desenvolve a coordenação executiva do Programa no Estado
do Rio de Janeiro, tendo como organização âncora a Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. E dirigido pelo
Comitê Gestor que é composto pelo Coordenador Executivo, por uma Secretaria
Executiva e por três coordenações: de Avaliação Continuada da Gestão, por meio
da FIOCRUZ, de Desburocratização e Simplificação de Processos, do HEMORIO,
e Pesquisa de Satisfação - IPPS / Carta de Serviço ao Cidadão e pela Caixa
Econômica Federal.
37
Programa Qualidade Rio
2015
Subprograma Setorial Educação
A atuação do Subprograma Setorial Educação que funcionou até 2009,
mas por motivos alheios à nossa vontade, foi descontinuado após ter a nosso ver,
cumprido sua missão se apresentou como um modelo consolidado de sucesso. Ele
se constituiu de 25 membros voluntários, com reconhecimento e credibilidade na
sua área de atuação profissional, preocupados com o desempenho e os resultados
da educação, todos acreditando que o caminho a ser seguido passa pela melhoria
da gestão organizacional, representantes das organizações constantes do Quadro
1, a seguir.
38
Programa Qualidade Rio
2015
ORGANIZAÇÕES REPRESENTADAS NO SUBPROGRAMA EDUCAÇÃO
Centro Educacional Miraflores
– Rio de Janeiro
CIEP 291 Dom
Martinho Schlude Pinheiral
CORREIOS/Centro de
Educação Corporativa
no Rio de Janeiro
Escola Estadual Hervalina
Diniz Pires – Duque de
Caxias
Colégio Estadual Iracema Leite
Nader - Barra Mansa
Escola Municipal Carlos
Magno Legentil de
Mattos- Maricá
Escola Estadual Hervalina
Diniz Pires - Duque de
Caxias
Escola Municipal Bataillard Petrópolis
FURNAS Centrais
Elétricas
Escola Municipal São Judas
Tadeu - Petrópolis
Fundação de Apoio ao Ensino
Técnico no Estado do Rio de
Janeiro - FAETEC
Progredir Projetos
Educacionais
INMETRO
PETROBRAS
Secretaria de Estado de
Educação do Rio de
Janeiro/Subsecretaria
de Gestão
SERPRO
Sistema FIRJAN
Secretaria Municipal de
Educação de Itaguaí
Sindicato dos Estabelecimentos
de Ensino do Rio de Janeiro SINEPE-RIO
VBM & MLCB
Consultoria e Estudos
União dos Professores
Públicos no Estado do Rio
de Janeiro (UPPE)
Universidade Federal
Fluminense (UFF)/LABCEO
Escola Municipal Carlos
Magno Legentil de
Mattos- Maricá
Colégio Estadual Iracema Leite
Nader - Barra Mansa
CIEP 415 Miguel de
Cervantes - Itaboraí
Provedor de Talentos
Quadro1: Organizações no Subprograma de Educação
39
Programa Qualidade Rio
2015
Subprograma Setorial Saúde
O Subprograma Saúde tem como missão integrar organizações públicas e
privadas da área de saúde do estado do Rio de Janeiro visando promover ações
integradas e sistematizadas de melhoria contínua da gestão dos serviços prestados
à população. Coordenado pelo HEMORIO, reúnem desde 2003 bimestralmente
com as seguintes organizações: FIOCRUZ, Diretoria de Planejamento Estratégico,
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Secretaria de Estado de Saúde /
Assessoria da Qualidade, Secretaria de Defesa Civil, Marinha.
Criado em junho de 2007, O Programa de Excelência em Gestão – PEG
na Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro - SES tem por objetivo
qualificar a gestão das unidades de saúde ligadas à Secretaria utilizando modelos
mundialmente reconhecidos que constituem a base dos programas de Melhoria
Continua da Gestão. Essas ferramentas/metodologias alinhadas possibilitam a
implantação de uma cultura de visando à desburocratização dos processos de
trabalho e a humanização do atendimento.
Com a missão de “Oferecer subsídios para a melhoria da gestão visando
atender as necessidades da Saúde do Estado do Rio de Janeiro” a Assessoria da
Qualidade da SES é a área responsável pelas ações do PEG.
Nos últimos cinco anos diversas Unidades de saúde e áreas do nível
central da SES vêm implementando seus Programas de Qualidade passando por
avaliações externas conduzidas pelo Prêmio Qualidade Rio e por programas de
Acreditação Internacional, possibilitando entre outros aspectos a melhoria nas
práticas de gestão, aprendizado organizacional, mudança da cultura e satisfação
dos usuários.
40
Programa Qualidade Rio
2015
Resultados Alcançados
SUBPROGRAMA
INDICADORES DE RESULTADOS
SETORIAL
ALCANÇADOS ATÉ 2014
a) Cursos ministrados:
- 75 de Autoavaliação e Melhoria da Gestão;
- 21 de Guia de Simplificação; e
- 15 de Carta de Serviços.
Administração
Pública/GESPÚBLICA
b) 33 Palestras de Sensibilização para organizações da
Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar, Secretaria de Estado de
Saúde, Hospitais Municipais, Prefeituras, entre outras.
c) 10 Seminários de Gestão Públicas
d) 5 Cerimônias de reconhecimentos às organizações
pela implementação do MEGP.
41
Programa Qualidade Rio
2015
- Envolvimento de 56 organizações do setor educação
no processo do Prêmio Qualidade Rio nos ciclos 1999 a 2007,
com 55 reconhecidas. No processo do Prêmio Top Empresarial
nos ciclos 2001 a 2007 foram 95 finalistas do setor educação.
- Os sete seminários “Gestão para a Qualidade na
Educação” (2000 a 2006) contaram, no total, com um público
de 1610 profissionais da educação, especialmente gestores, de
todo Estado do Rio de Janeiro.
- Os quatro Seminários “Gestão para a Qualidade na
Educação
Educação em Pinheiral, Petrópolis, Itaboraí e Maricá” (2007),
contaram, no total, com um público de 500 profissionais da
área da educação destes municípios fluminenses.
- Representante do PQR no Comitê Temático Educação
do Movimento Brasil Competitivo (a partir jul./03).
- Representante do PQR no Prêmio Nacional de
Referência em Gestão Escolar no âmbito do Estado do Rio de
Janeiro, onde nos últimos 5 ciclos, as 4 representantes
fluminenses eram vinculadas ao Subprograma Educação e
ficaram entre as 6 primeiras colocadas ao nível nacional.
- Reuniões do Subprograma: 8.
Saúde
- Seminário sobre boas práticas: um, com um público de
140 profissionais da saúde.
42
Programa Qualidade Rio
2015
Nos últimos 05 ciclos destacamos o aumento no nível de reconhecimento
das Unidades da SES em relação ao total de participações no PQRio em
cada ciclo, caracterizando a melhoria nas suas práticas de gestão.
OBS.: Os Subprogramas Educação e Saúde atuam em setores notadamente
carentes em gestão, em toda região fluminense. Da forma como estão atualmente
estruturados, são vetores de mudança do cenário atual. Em especial, o de
Educação já possui uma rede de organizações educacionais públicas municipais e
estaduais, como também privadas, formada a partir dos seminários,
palestras e demais eventos realizados, cujas altas direções se comunicam entre
elas, em prol da melhoria da gestão de suas respectivas instituições.
43
Programa Qualidade Rio
2015
3.4.2 Subprogramas Regionais
Compreendem a formação e acompanhamento dos Qualis Regionais
- Qualis, que significam um desdobramento regional do Programa, com
estrutura e forma de funcionamento semelhante a da Secretaria Executiva,
mas respeitando as especificidades, necessidades e vocação de cada região. A
formação dos Qualis se dá num primeiro momento através da sensibilização
de grupos e empresas que já possuam programas de qualidade implantados,
que funcionem como alavancas e âncoras do processo permanente de
divulgação e expansão dos conceitos de qualidade, produtividade e
competitividade.
Apresentam-se a seguir os Qualis que atuaram no Estado do Rio de
Janeiro:
44
Programa Qualidade Rio
2015
Ao longo do tempo, a experiência mostrou que, dada a existência
majoritária de micro e pequenas empresas em todos os municípios do Rio de
Janeiro, haveria maior necessidade de abrangê-los com o Prêmio Prêmio
MPE Brasil, dada a pouca concentração de empresas de porte médio e
grande, alvo principal do Prêmio Qualidade Rio – PQRio. Daí a diminuição
da atuação dos Qualis-Regionais, hoje restrito a três que preponderaram.
Apresenta-se a seguir a situação em 2007 dos Subprogramas Regionais
(Qualis).
Destaca-se a dinâmica atuação do Quali Bacia de Campos, o esforço
das empresas âncoras em solidificar o Quali Agulhas Negras, assim como o
interesse de organizações na região de Niterói em desenvolver o Quali Leste.
45
Programa Qualidade Rio
4
46
2015
Programa Qualidade Rio
2015
4. Prêmio Qualidade Rio – PQRio
MISSÃO
Promover o desenvolvimento socioeconômico, o
fortalecimento da cidadania e a melhoria da qualidade e
produtividade dos bens e serviços produzidos no Estado
do Rio de Janeiro.
Consoante essa missão do Programa, o PQRio se propõe a induzir à
melhoria do desempenho organizacional das instituições públicas, privadas e
do terceiro setor sediadas no Estado do Rio de Janeiro, oportunizando o
reconhecimento à aquelas que demonstram esforços efetivos direcionados à
excelência do seu modelo de gestão.
O MEG® consiste numa metodologia para diagnosticar o estágio atual
de desenvolvimento da gestão, permitindo estabelecer planos de melhoria
contínua do desempenho organizacional, de acordo com o “Rumo à
Excelência: Critérios para a avaliação do desempenho e diagnóstico
organizacional”, da Fundação Nacional da Qualidade. O grau máximo
passível de obtenção nesta premiação, para as práticas e resultados
organizacionais, que caracteriza um estágio intermediário rumo à excelência
da gestão, é de 500 pontos.
Esse instrumento contempla 8 Critérios de Avaliação que são
subdivididos em Itens. Fiel à filosofia de simplificação, cada item apresenta
marcadores de avaliação, que englobam um ou mais requisitos que o sistema
47
Programa Qualidade Rio
2015
de gestão da organização deve cumprir. Os requisitos contidos nos
marcadores de avaliação foram selecionados nos Critérios de Excelência
(usados no Prêmio Nacional da Qualidade), escolhendo-se aqueles que são
mais relevantes ou prioritários no processo de desenvolvimento gradual de
um sistema de gestão para a organização, visando à melhoria do
desempenho. A escolha dos requisitos visa também assegurar uma transição
adequada deste nível para o estado da arte, representado pelos 1000 pontos
ou Critérios dos Excelência.
4.1 Fundamentos da Excelência
O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) está alicerçado sobre um
conjunto de conceitos fundamentais descritos na publicação “Conceitos
Fundamentais da Excelência em Gestão”, disponível para download gratuito
no Portal da FNQ. Nesta publicação também estão descritos o contexto
social, tecnológico e econômico em que as organizações podem se encontrar.
Os Fundamentos da Excelência expressam conceitos reconhecidos
internacionalmente e que se traduzam em práticas ou fatores de desempenho
encontrados em organizações líderes, de Classe Mundial, que buscam
constantemente se aperfeiçoar e se adaptar às mudanças globais. Os
fundamentos em que se baseiam os critérios Rumo à Excelência são:
48

Pensamento Sistêmico;

Aprendizado Organizacional;

Cultura e Inovação;

Liderança e Constância de Propósitos;

Orientação por Processos e Informações;

Visão de Futuro;
Programa Qualidade Rio

Geração de Valor;

Valorização das Pessoas;

Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado

Desenvolvimento de Parcerias;

Responsabilidade Social.
2015
A seguir são apresentados os conceitos de cada fundamento e como são
colocados em prática.
Pensamento Sistêmico
Relações internas
e externas
Geração de
Valor
Aprendizado
inovação
Visão de
futuro
49
Programa Qualidade Rio
2015
ENTENDIMENTO DAS RELAÇÕES DE
INTERDEPENDÊNCIA
ENTRE OS DIVERSOS COMPONENTES DE UMA
ORGANIZAÇÃO,
BEM COMO ENTRE A ORGANIZAÇÃO E O AMBIENTE
EXTERNO.
Como este conceito é colocado em prática:
As organizações são constituídas por uma complexa combinação de
recursos humanos e organizacionais, cujo desempenho pode-lhes afetar,
positiva ou negativamente, em seu conjunto. Como sistemas vivos, as
organizações precisam aprender a valorizar suas redes formais com clientes,
parceiros
e
fornecedores,
bem
como
as
redes
que
emergem
espontaneamente entre seus integrantes e estes com o ambiente externo. As
redes informais de relacionamentos que as pessoas estabelecem dentro das
organizações são fundamentais para o cumprimento de suas tarefas e para a
disseminação
de
informações,
agregando-lhes
valor,
mediante
o
compartilhamento dos conteúdos e contextos dos conhecimentos necessários
à decisão. A gestão de redes não se resume à utilização de ferramentas de
tecnologia de informação para armazenar e compartilhar informações e
conhecimentos. É necessário criar um ambiente propício para a disseminação
de conhecimentos e experiências que inclua as redes informais.
O
Pensamento Sistêmico
é mais
facilmente demonstrado
e
compreendido pelas pessoas de uma organização quando esta adota um
modelo
de
gestão
e
o
dissemina
de
forma
monitoramento por meio de auto-avaliações sucessivas.
50
transparente,
com
Programa Qualidade Rio
2015
Aprendizado Organizacional
Fonte: Adaptado crossan et al 1999
51
Programa Qualidade Rio
2015
BUSCA E ALCANCE DE UM NOVO PATAMAR DE
CONHECIMENTO
PARA A ORGANIZAÇÃO POR MEIO DA PERCEPÇÃO,
REFLEXÃO,
AVALIAÇÃO E COMPARTILHAMENTO DE
EXPERIÊNCIAS.
.
Como este conceito é colocado em prática:
O aprendizado organizacional deve estar internalizado na cultura da
organização, tornando-se parte do trabalho diário em todos os níveis e em
quaisquer de suas atividades. Preservar o conhecimento que a organização
tem de si própria, de sua gestão e processos é fator básico para sua evolução.
A organização deve buscar o conhecimento compartilhado e o
aprendizado coletivo. A gestão do conhecimento, apoiada na geração,
codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, valoriza e
perpetua o capital intelectual. O aprendizado organizacional incentiva a
experimentação, utiliza o erro como instrumento pedagógico, dissemina suas
melhores práticas, compartilha informação e conhecimento, desenvolve
soluções e implementa melhorias e inovações de forma sustentada.
52
Programa Qualidade Rio
2015
Cultura de Inovação
Fonte: A biblia da inovação - Fernando Trías de Bes, Philip Kotler
53
Programa Qualidade Rio
2015
PROMOÇÃO DE UM AMBIENTE FAVORÁVEL À
CRIATIVIDADE,
EXPERIMENTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE
NOVAS IDÉIAS QUE POSSAM
GERAR UM DIFERENCIAL COMPETITIVO PARA A
ORGANIZAÇÃO.
.
Como este conceito é colocado em prática:
Para
permanecer
competitiva
a
organização
precisa
gerar
continuamente ideias originais e incorporá-las a seus processos, produtos,
serviços e relacionamentos.
É importante gerar uma cultura que incentive o desejo de fazer as
coisas de maneira diferente, a capacidade de entender de forma simples
questões complexas, a propensão ao risco e à tolerância ao erro bem
intencionado. A promoção da cultura de inovação deve considerar
mecanismos que incentivem a geração de ideias, tanto de forma espontânea
como induzida, com relação a temas de interesse estratégico. A capacidade
de interação com o ambiente externo, assim como as redes de
relacionamentos formais e informais, são também fatores essenciais para a
criatividade. A inovação não se reduz à criação de produtos, serviços,
processos ou tecnologias que rompem com a maneira convencional de fazer
as coisas, mas considera também mudanças que podem ter impactos
abrangentes e duradouros na organização.
54
Programa Qualidade Rio
2015
Liderança e Constância de Propósitos
Qualquer pessoa pode ser líder, independente do grau de instrução ou
cargo que exerce. Ser líder é ter atitude, é apresentar ideias, é fazer
diferente, é ser inovador.
Fundação Nacional da Qualidade
55
Programa Qualidade Rio
2015
ATUAÇÃO DE FORMA ABERTA, DEMOCRÁTICA,
INSPIRADORA E MOTIVADORA DAS PESSOAS, VISANDO AO
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA EXCELÊNCIA, À
PROMOÇÃO DE RELAÇÕES DE QUALIDADE E À PROTEÇÃO
DOS INTERESSES DAS PARTES INTERESSADAS.
.
Como este conceito é colocado em prática:
Os líderes devem atuar como mentores; precisam ter visão sistêmica
e abrangente, ultrapassando as fronteiras da organização e as restrições do
curto prazo; comportamento ético e habilidade de negociação; liderando
pelo exemplo. Nas redes formais, o líder deve estar apto a lidar com
negociação, coordenação, supervisão e cobrança das atividades acordadas.
Nas redes informais, entretanto, incumbe ao líder promover o conhecimento
e os valores da organização como guia para as decisões e atividades das
pessoas envolvidas. Desenvolver habilidades para gerenciar a operação de
redes é um requisito para o desempenho adequado da liderança. A
participação pessoal, ativa e continuada dos líderes cria clareza e unidade de
propósito na organização. Seu papel inclui a criação de um ambiente
propício à inovação e aperfeiçoamento constantes, ao aprendizado
organizacional, ao desenvolvimento da capacidade da organização de se
antecipar e se adaptar com agilidade às mudanças no seu ecossistema.
56
Programa Qualidade Rio
2015
A construção de um relacionamento baseado no respeito e na
confiança mútua pressupõe comportamento ético e transparente. Esses
princípios se aplicam a todos os aspectos do relacionamento com clientes,
fornecedores, acionistas ou proprietários, órgãos do governo, sindicatos ou
outras partes interessadas, e deve ser a base de um sistema de governança
eficaz.
A ação da liderança deve conduzir ao estabelecimento e manutenção
de relações de qualidade com todas as partes interessadas, de forma a obter
seu comprometimento para concretizar a visão da organização. O
levantamento e o mapeamento dos riscos buscam minimizar a probabilidade
de eventos adversos aos objetivos estratégicos, ampliando assim as chances
de sucesso. Desenvolver as competências do líder nesta área é requisito
fundamental para a governança da organização.
57
Programa Qualidade Rio
2015
Orientação por Processos e Informações
COMPREENSÃO E SEGMENTAÇÃO DO CONJUNTO DAS
ATIVIDADES E PROCESSOS DA ORGANIZAÇÃO QUE AGREGUEM
VALOR PARA AS PARTES INTERESSADAS, SENDO QUE A TOMADA DE
DECISÕES E EXECUÇÃO DE AÇÕES DEVE TER COMO BASE A
MEDIÇÃO E ANÁLISE DO DESEMPENHO, LEVANDO-SE EM
CONSIDERAÇÃO AS INFORMAÇÕES DISPONÍVEIS, ALÉM DE INCLUIR
OS RISCOS IDENTIFICADOS.
.
58
Programa Qualidade Rio
2015
Como este conceito é colocado em prática:
O funcionamento de uma organização está baseado em um conjunto
de atividades transformadoras inter-relacionadas. Assim, para agregar valor
ao negócio, é fundamental mapear e padronizar as atividades em processos e
conhecer as necessidades e expectativas das partes interessadas. A satisfação
das partes interessadas é alcançada pela tradução de suas necessidades e
expectativas em requisitos para os produtos e serviços e seu desdobramento
para cada processo na cadeia de valor. Isto permite planejar e executar
melhor as atividades, pela definição adequada de responsabilidades; uso dos
recursos de modo mais eficiente; realização da prevenção e solução de
problemas; eliminação de atividades redundantes; a fim de aumentar a
produtividade.
Quando o domínio dos processos é pleno, há previsibilidade dos
resultados, o que serve de base para a implementação de inovação e
melhorias. A tomada de decisão, em todos os níveis da organização, deve se
apoiar na análise de fatos, dados e informações dos ambientes interno e
externo, abrangendo todas as partes interessadas. As medições devem refletir
as necessidades e estratégias da organização e fornecer informações
confiáveis sobre processos e resultados.
Para dar eficácia ao processo de tomada de decisões, a organização
deve dispor de sistemas estruturados de informação adequados às suas
atividades e desenvolver formas de obtenção e uso sistemático de
informações comparativas.
59
Programa Qualidade Rio
2015
Visão de Futuro
COMPREENSÃO DOS FATORES QUE
AFETAM A ORGANIZAÇÃO, SEU ECOSSISTEMA
E O AMBIENTE EXTERNO NO CURTO E NO
LONGO PRAZO, VISANDO À SUA
PERENIZAÇÃO.
.
60
Programa Qualidade Rio
2015
Como este conceito é colocado em prática:
A organização com visão de futuro pensa, planeja e aprende
estrategicamente, obtendo resultados sustentáveis e de alto desempenho em
suas atividades no presente e no futuro. O planejamento deve estar voltado
para o sucesso no longo prazo e para os resultados no presente, sem
comprometer o futuro em função de ganhos no curto prazo. Antecipar-se
com agilidade e pró-atividade, além de adaptar-se às novas tendências do
ambiente externo, às novas necessidades e expectativas das partes
interessadas, aos desenvolvimentos tecnológicos, aos requisitos legais, às
mudanças estratégicas dos concorrentes e às necessidades da sociedade é
essencial ao sucesso de uma organização.
61
Programa Qualidade Rio
2015
Geração de Valor
ALCANCE DE RESULTADOS
CONSISTENTES, ASSEGURANDO A PERENIDADE
DA ORGANIZAÇÃO PELO AUMENTO DE VALOR
TANGÍVEL E INTANGÍVEL DE FORMA
SUSTENTADA PARA TODAS AS PARTES
INTERESSADAS.
.
62
Programa Qualidade Rio
2015
Como este conceito é colocado em prática:
Gerar valor para todas as partes interessadas visa aprimorar relações
de qualidade e assegurar o desenvolvimento da organização. A organização
que age desta forma enfatiza o acompanhamento dos resultados em relação
às
metas, a
comparação
destes
com
referenciais
pertinentes e o
monitoramento da satisfação de todas as partes interessadas, obtendo
sucesso de forma sustentada e adicionando valor para todas elas.
A geração de valor depende cada vez mais dos ativos intangíveis, que
atualmente representam a maior parte do valor das organizações. Além
disso, o conhecimento tácito oriundo do trabalho em redes formais e
informais também deve ser considerado.
63
Programa Qualidade Rio
2015
Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado
64
Programa Qualidade Rio
2015
Fonte: Aaker 1996
65
Programa Qualidade Rio
2015
CONHECIMENTO E ENTENDIMENTO DO
CLIENTE E DO MERCADO, VISANDO À CRIAÇÃO
DE VALOR DE FORMA SUSTENTADA PARA O
CLIENTE E, CONSEQÜENTEMENTE, GERANDO
MAIOR COMPETITIVIDADE NOS MERCADOS.
Como este conceito é colocado em prática:
A organização com foco no cliente, além de conhecer suas
necessidades atuais e antecipar-se às expectativas, assim como às dos clientes
e mercados potenciais, busca estabelecer relações duradouras e de qualidade.
Quando essas necessidades estão claras para toda a organização e não
somente para as áreas diretamente envolvidas com os clientes, é possível
desenvolver e oferecer produtos ou serviços diferenciados que irão satisfazer
os clientes dos mercados atuais ou, mesmo, atingir novos segmentos.
Desta forma, a organização deve estar atenta ao seu relacionamento
com os clientes e a todas as características e atributos do produto ou serviço,
pois são eles que adicionam valor aos mesmos, intensificam sua satisfação,
determinam suas preferências e os tornam fiéis à marca, ao produto ou à
organização.
Organizações focadas no cliente também buscam identificar as
características e atributos que diferenciam seu produto ou serviço daquele
oferecido pela concorrência. O foco no mercado mantém a organização
66
Programa Qualidade Rio
2015
atenta às mudanças que ocorrem à sua volta, principalmente quanto aos
concorrentes e à movimentação dos clientes em relação a novas demandas e
necessidades.
A promoção da satisfação do cliente e a conquista de sua fidelidade
por meio do estabelecimento de relações duradouras e a diferenciação em
relação à concorrência são, portanto, fatores fundamentais para o aumento
da competitividade da organização, configurando- se como uma questão
estratégica.
67
Programa Qualidade Rio
2015
Desenvolvimento
de Parcerias
Desenvolvimento de parcerias com clientes
Desenvolvimento de alianças estratégicas com fornecedores
DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES EM CONJUNTO
COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES, A PARTIR DA PLENA
UTILIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS DE CADA UMA,
OBJETIVANDO BENEFÍCIOS PARA AMBAS AS PARTES.
68
Programa Qualidade Rio
2015
Como este conceito é colocado em prática:
As organizações modernas reconhecem que no mundo de hoje – de
mudanças constantes e aumento da demanda – o sucesso pode depender das
parcerias que elas desenvolvem. Essas organizações procuram desenvolver
maior interação, relacionamento e atividades compartilhadas com outras
organizações, de modo a permitir a entrega de valor agregado a suas partes
interessadas por meio da otimização das suas competências essenciais.
Essas parcerias podem ser com clientes, fornecedores, organizações de
cunho social, ou mesmo com competidores, e são baseadas em benefícios
mútuos claramente identificados.
O trabalho conjunto dos parceiros, apoiado nas competências,
conhecimento e recursos comuns, assim como o relacionamento baseado em
confiança mútua, respeito e abertura, facilitam o alcance dos objetivos. As
parcerias são usualmente estabelecidas para atingir um objetivo estratégico
ou entrega de um produto ou serviço. Desta forma, são formalizadas por um
determinado período que envolve a negociação e o claro entendimento das
funções de cada parte, bem como os benefícios decorrentes para ambas as
partes.
69
Programa Qualidade Rio
2015
Valorização das Pessoas
“O ativo mais importante das organizações são seus
colaboradores”.
ESTABELECIMENTO DE RELAÇÕES
COM AS PESSOAS, CRIANDO CONDIÇÕES
PARA QUE ELAS SE REALIZEM
PROFISSIONALMENTE E HUMANAMENTE,
MAXIMIZANDO SEU DESEMPENHO POR
MEIO DO COMPROMETIMENTO,
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E
ESPAÇO PARA EMPREENDER.
.
Como este conceito é colocado em prática:
O
sucesso
das
organizações
depende
cada
vez
mais
das
oportunidades de aprendizado das pessoas que as integram e de um
ambiente favorável ao desenvolvimento de suas potencialidades. Valorizar
pessoas significa assegurar seu desenvolvimento, bem-estar e satisfação,
criando práticas mais flexíveis e produtivas para atrair e reter talentos, bem
como um clima organizacional participativo e agradável, que propicie um
alto desempenho pessoal e organizacional.
Criar uma cultura flexível e estimulante ao conhecimento, disseminar
os valores e crenças da organização e assegurar um fluxo
70
Programa Qualidade Rio
2015
aberto e contínuo de informações são fundamentais para que as pessoas se
automotivem e atuem com autonomia. Para assegurar a motivação e
comprometimento das pessoas mais talentosas, incumbidas de criar e
disseminar o conhecimento dentro e fora da organização, é necessário darlhes livre acesso às suas redes internas e externas de relacionamentos.
“Valorizar pessoas é sem dúvida a capacidade dos líderes saber conviver
com as diversidades de conhecimentos e especialidades e as adversidades
construídas ao longo destas relações profissionais e inter-pessoais
carregadas de subjetividades no ambiente de trabalho.”
Leidismar Fernandes Nalasco
Consultora do GESPÚBLICA
71
Programa Qualidade Rio
2015
Responsabilidade Social
72
Programa Qualidade Rio
2015
ATUAÇÃO QUE SE DEFINE PELA RELAÇÃO ÉTICA E TRANSPARENTE
DA ORGANIZAÇÃO COM TODOS OS PÚBLICOS COM OS QUAIS SE
RELACIONA, ESTANDO VOLTADA PARA O DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL DA SOCIEDADE, PRESERVANDO RECURSOS AMBIENTAIS E
CULTURAIS PARA GERAÇÕES FUTURAS; RESPEITANDO A DIVERSIDADE
E PROMOVENDO A REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIAIS COMO
PARTE INTEGRANTE DA ESTRATÉGIA DA ORGANIZAÇÃO.
Como este conceito é colocado em prática:
A responsabilidade social pressupõe o reconhecimento da sociedade
como parte integrante do ecossistema da organização, com necessidades e
expectativas que precisam ser identificadas, compreendidas e atendidas.
Trata-se do exercício constante da consciência moral e cívica da organização,
advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da
sociedade.
O respeito à individualidade, ao sentimento coletivo e à liberdade de
associação, assim como a adoção de políticas não discriminatórias e de
proteção das minorias são regras básicas nas relações da organização com as
pessoas. A organização deve
buscar o desenvolvimento sustentável;
identificar os impactos na sociedade que possam decorrer de suas instalações,
processos, produtos e serviços e executar ações preventivas para eliminar ou
minimizar esses impactos em todo o ciclo de vida das instalações, produtos e
serviços.
73
Programa Qualidade Rio
2015
Adicionalmente, busca preservar os ecossistemas naturais, conservar
os recursos não renováveis e racionalizar o uso dos recursos renováveis.
Além do atendimento e da superação dos requisitos legais e regulamentares
associados a seus produtos, serviços, processos e instalações.
O exercício da cidadania pressupõe o apoio a ações de interesse
social e pode incluir: a educação e a assistência comunitária; a promoção da
cultura, do esporte e do lazer, e a participação no desenvolvimento
nacional, regional ou setorial. A liderança na cidadania implica influenciar
outras organizações, públicas ou privadas, a se tornarem parceiras nestes
propósitos e, também, estimular as pessoas a se engajarem em atividades
sociais.
74
Programa Qualidade Rio
2015
4.2 Apresentam-se a seguir os Critérios de Excelência e itens
do Rumo a Excelência:
Critério 1 - LIDERANÇA
Este critério aborda os processos gerenciais relativos à orientação
filosófica da organização e controle externo sobre sua direção; ao
engajamento, pelas lideranças, das pessoas e partes interessadas na sua causa
e ao controle de resultados pela direção.
75
Programa Qualidade Rio
2015
Questões para serem refletidas:
 Como
é
exercida
a
liderança
(interação,
tomadas
de
decisão/comunicação/divulgação e prestação de contas às partes
interessadas);
 Definição: Visão, Missão, valores, princípios organizacionais, código de
conduta, e sua comunicação às partes interessadas;
 Identificação dos riscos empresariais;
 Identificação, avaliação e desenvolvimento de líderes;
 Base para as informações comparativas e definição das práticas dos
padrões de trabalho;
 A implementação das decisões decorrentes da análise do desempenho, e
 Composição da força de trabalho (cargo / função e competências).
76
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 2 – ESTRATÉGIAS E PLANOS
Este critério aborda os processos gerenciais relativos à concepção
e
a
execução
das
estratégias,
inclusive
aqueles
referentes
ao
estabelecimento de metas e a definição e acompanhamento dos planos
necessários para êxito das estratégias.
77
Programa Qualidade Rio
2015
Questões para serem refletidas:
 Análise dos ambientes interno e externo;
 Formulação e revisão das estratégias;
 Definição dos indicadores: Clientes e Mercados; Finanças; Pessoas;
Fornecedores;
Produtos;
Processos
relativos
ao
produto
(operacionais/organizacionais); Sociedade; Processos de apoio;
 Avaliação
dos
concorrência,
fatores
incertos
fornecimento,
e
clientes,
não
controláveis
relativos
mercado-alvo,
a:
legislação,
economia, infraestrutura da sociedade, meio ambiente e tecnologia;
 Estabelecimento das metas de curto e longo prazos, e
 Alocação dos recursos para os planos de ação e comunicação com a força
de trabalho e partes interessadas
78
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 3 - CLIENTES
Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento
de informações de clientes e mercado e à comunicação com o mercado e
clientes atuais e potenciais.
Questões para serem refletidas:
Este Critério avalia como a organização segmenta o mercado e como
identifica e trata as necessidades e expectativas dos clientes e dos mercados;
divulga seus produtos e marcas; e estreita seu relacionamento com os
clientes, e ainda, como a organização avalia a satisfação e insatisfação dos
clientes.
79
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 4 - SOCIEDADE
Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao respeito e
tratamento das demandas da sociedade e do meio ambiente e ao
desenvolvimento
social
das
comunidades
mais
influenciadas
pela
organização.
Questões para serem refletidas:
Este Critério avalia o cumprimento da Responsabilidade
socioambiental pela organização, destacando o desenvolvimento social,
incluindo a realização ou apoio a projetos sociais ou voltados para o
desenvolvimento nacional, regional, local ou setorial. Discute os conceitos
de: Desenvolvimento sustentável; Projetos sociais e Comunidades vizinhas.
80
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 5 – INFORMAÇÕES E CONHECIMENTO
Este critério aborda os processos gerenciais relativos ao tratamento
da demanda por informações e ao desenvolvimento dos ativos intagíveis
geradores de diferenciais competitivos, especialmente os de conhecimento.
Questões para serem refletidas:
 Identificação da necessidade de informações;
 Definição do sistema de informações sua segurança;
 Confidencialidade dos dados e sua integridade;
 Infraestrutura para disponibilização das informações;
 Identificação dos Ativos Intangíveis e sua proteção, e
 Compartilhamento e retenção dos conhecimentos.
81
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 6 – PESSOAS
Este
critério
aborda
os
processos
gerenciais
relativos
à
configuração de equipes de alto desempenho, ao desenvolvimento de
competências das pessoas e à manutenção do seu bem-estar.
Questões para serem refletidas:
 Elaboração e implementação da participação das pessoas e processos;
 Identificação das necessidades de capacitação, e
 Diferenciação de capacitação e desenvolvimento.
82
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 7 – PROCESSOS
Este critério aborda os processos gerenciais relativos aos
processos principais do negócio e processos de apoio, tratando
separadamente os relativos a fornecedores e os econômicos-financeiros.
Questões para serem refletidas:
 Requisitos aplicáveis a produtos e processos principais e de apoio;
 Qualificação e seleção de fornecedores;
 Sustentabilidade econômica;
 Avaliação dos investimentos necessários e controle orçamentário, e
 Liquidez / EBITDA(*). (*)Sigla em inglês para "Lucros antes de juros,
impostos, depreciação e amortização". (Em português: Lajida).
83
Programa Qualidade Rio
2015
Critério 8 – RESULTADOS
Este critério aborda os resultados da organização na forma de
séries
históricas
e
acxompanhados
pertinentes, para avaliar p nível alcançado.
84
de
referenciais
comparativoc
Programa Qualidade Rio
2015
Critérios de Excelência X Fundamentos
O sucesso dessa premiação pode ser constatado pelos resultados
alcançados nos seus diversos ciclos, apresentados no quadro a seguir, cujo
resumo é:
Período de 1999 a 2014
Nº de organizações capacitadas
Nº de organizações candidatas
Nº de organizações premiadas
Nº de examinadores capacitados
4.203
3.893
1.382
9.147
85
Programa Qualidade Rio
86
1999
Candidatas
Privadas
6
Candidatas
Públicas
11
18
Privadas
Premiadas
8
Públicas
Premiadas
10
2000
12
2001
25
37
15
22
2002
13
30
43
15
28
2003
14
23
37
17
20
2004
8
31
39
10
29
12
69
81
13
68
2005
12
99
111
12
99
2006
15
107
122
15
107
2007
12
70
82
12
70
2008
9
132
141
9
132
2009
6
199
161
5
156
2010
10
163
164
7
157
2011
5
154
160
5
155
2012
6
58
58
5
53
2013
6
49
61
6
55
2014
4
79
67
4
63
Premiadas
2015
Programa Qualidade Rio
2015
Examinadores
Capacitados
Voluntários na
Banca
Organizações
Participantes
Organizações
Candidatas
1999
481
80
201
26
2000
522
110
161
44
2001
622
179
158
62
2002
537
250
223
58
2003
580
265
215
53
2004
591
308
203
113
2005
877
317
240
143
2006
769
340
260
139
2007
1255
233
300
101
2008
884
140
340
161
2009
451
207
374
205
2010
566
198
400
173
2011
222
192
380
159
2012
173
118
260
62
2013
157
195
68
55
2014
460
118
110
83
Quadro 6: Resultados alcançados pelo PQRio
87
Programa Qualidade Rio
2015
Observa-se a adesão significativa do serviço público no Prêmio
Qualidade Rio, em especial de organizações estaduais, como decorrência do
Programa ser considerado estratégico para o Governo do Estado do Rio de
Janeiro. Desta forma, o PQR passa a atuar no âmbito do Governo Estadual
como o vetor impulsionador da melhoria da gestão das instituições a ele
vinculadas.
Destaca-se a importância que é dada por profissionais de diversas
áreas à aquisição do conhecimento em gestão, assim como o seu interesse
em vivenciar a experiência de avaliar uma organização pelos Critérios da
Excelência. Isto é assinalado pelo elevado número de participantes nos
cursos de capacitação de avaliadores e na fase seguinte que consiste na
formação da banca de avaliadores, cuja missão é a avaliação da gestão das
organizações inscritas na premiação. Ressalta-se que a atuação dos
avaliadores é de forma voluntária.
Cumpre
mencionar
a
organização
da
cerimônia
anual
de
reconhecimento do Prêmio Qualidade Rio, de reconhecido sucesso, realizada
no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em dezembro, que tem sempre
recebido um público de cerca de 2.500 pessoas, lotando suas dependências.
88
Programa Qualidade Rio
2015
89
Programa Qualidade Rio
5.
2015
Prêmio MPE Brasil - antigo Prêmio TOP Empresarial (PTE)
O Prêmio Top Empresarial cresceu. Agora ele se chama MPE Brasil –
Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresa
Foi criado pela Rede de Cooperação Brasil+ e é um reconhecimento
concedido anualmente às micro e pequenas empresas que se destacam em
suas categorias, cuja atuação sirva de referência no esforço de mobilização
para a melhoria da competitividade em seu segmento.
As micro e pequenas empresas representam a maioria das
organizações do País e são as maiores empregadoras. Cerca de dois terços do
PIB nacional são produzidos pelas micro e pequenas empresas, responsáveis,
além disso, por gerar quase 75% dos empregos no Brasil. Portanto, elas são
um fator crítico para a sociedade brasileira como um todo. Também são
agentes determinantes na prática da cidadania, da preservação do meio
ambiente e devem ter relacionamentos exemplares com suas partes
interessadas e com a comunidade.
O objetivo é promover o reconhecimento às iniciativas, ações e
atividades das micro e pequenas empresas sediadas no Estado do Rio de
Janeiro, quanto ao desenvolvimento e à aplicação de novas tecnologias e
métodos de gestão, que tenham resultado em ganhos de qualidade,
produtividade e rentabilidade, com consequente geração de efeitos positivos
tanto na sua empresa quanto na comunidade.
Consiste numa metodologia para diagnosticar o estágio atual no
desenvolvimento da gestão, permitindo estabelecer planos de melhoria
90
Programa Qualidade Rio
2015
contínua do desempenho organizacional, com base no “Rumo à Excelência:
Critérios para a avaliação do desempenho e diagnóstico organizacional” da
Fundação nacional da Qualidade.
O sistema de avaliação engloba aspectos de toda a gestão e
resultados da empresa, estruturados sob oito critérios: Liderança, Estratégia e
Planos, Cliente, Sociedade, Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos e
Resultados, sob a forma de um instrumento adequado às características das
micro e pequenas empresas e alinhados com os critérios utilizados pelo
Prêmio Qualidade Rio. A empresa também é avaliada pelo lado do
empreendedorismo, em uma das seguintes categorias setoriais: Agronegócio,
Comércio, Serviços de Educação, Indústria, Serviços de Saúde, Serviços de
Tecnologia da Informação, Serviços de Turismo e Serviços não especificados.
Além disso, a empresa também será avaliada através do Prêmio Especial
Destaque de Boas Práticas de Responsabilidade Social e ao Destaque de
Inovação.
O grau máximo passível de obtenção nesta premiação, para as
práticas e resultados organizacionais, que caracteriza um estágio inicial rumo
à excelência é de 100 pontos.
Em suma, é a chance que o empresário tem de ver todo o seu
trabalho reconhecido e ter o merecido destaque no meio empresarial e na
sua comunidade. O empresário que tem um perfil empreendedor e que
esteja sempre procurando aprimorar o seu negócio, buscando novidades,
inovações e tudo que possa aumentar ainda mais a sua produtividade, tem
toda a chance de ser premiado.
91
Programa Qualidade Rio
2015
O Prêmio representa o início da jornada da organização na busca da
excelência, que poderá ter continuidade através do Prêmio Qualidade Rio e
do Prêmio Nacional da Qualidade.
O MPE Brasil baseia-se em um questionário de autoavaliação de
acordo com o Modelo de Excelência da Gestão® (MEG) da Fundação
Nacional da Qualidade (FNQ), adotado por inúmeras empresas, incluindo as
já reconhecidas como “classe mundial” e as que estão caminhando nessa
direção.
A adoção do MEG faz com que a empresa obtenha:
 melhorias em processos e produtos;
 foco em resultados;
 aumento
da
produtividade
e,
consequentemente,
de
sua
competitividade; aumento da credibilidade da empresa e o
reconhecimento público;
 maior flexibilidade frente às mudanças;
 melhores condições de atingir e manter um melhor desempenho;
 identificação de pontos fortes e oportunidades para melhoria;
 permite um diagnóstico objetivo e a medição do grau de maturidade
da gestão;
 promoção de cooperação interna e;
 maior compartilhamento de informações.
92
Programa Qualidade Rio
2015
O Questionário de Autoavaliação permite um diagnóstico objetivo e a
medição do grau de maturidade da gestão com base no Modelo de
Excelência da Gestão® (MEG).
A sobrevivência e o sucesso de uma empresa estão diretamente relacionados
à sua capacidade de atender às necessidades e às expectativas dos CLIENTES,
e à atuação de forma responsável na SOCIEDADE e nas comunidades com as
quais interage.
De posse dessas informações, a LIDERANÇA formula as ESTRATÉGIAS e
estabelece os PLANOS de ação e metas para conquistar os resultados
desejados. Os planos e as metas são comunicados aos colaboradores e
acompanhados.
As PESSOAS (colaboradores que trabalham na empresa) devem estar
capacitadas e atuando em um ambiente adequado para que os PROCESSOS
sejam executados conforme o planejado, com o controle de custos,
investimentos e riscos. É importante, ainda, aperfeiçoar o relacionamento
com os fornecedores, a fim de que as necessidades dos clientes sejam
entendidas por aqueles que fornecerão os insumos necessários para a
execução dos processos.
Na empresa, de acordo com o MEG, são realizados procedimentos
para conferir e controlar o que está sendo colocado em prática. Para efetivar
a etapa do Controle, são medidos os RESULTADOS em relação à situação
econômico-financeira, clientes e mercado, pessoas, sociedade, processos
principais do negócio e processos de apoio e fornecedores.
93
Programa Qualidade Rio
Esses
resultados,
em
forma
de
2015
INFORMAÇÕES
e
CONHECIMENTOS, retornam a toda à empresa, para que esta aprenda com
os acertos e erros cometidos, e inicie novamente o planejamento,
recomeçando o ciclo. O MEG tem como base os 11 Fundamentos da
excelência em Gestão, que são conceitos reconhecidos mundialmente,
encontrados em empresas que já atingiram patamares de excelência ou que
caminham nessa direção. Cabe destacar que esses fundamentos são aplicáveis
a qualquer empresa, uma vez que tratam, de forma genérica, dos mais
modernos conceitos de gestão.
São eles resumidamente:
FUNDAMENTO
CONCEITO
Pensamento
Sistêmico
Entendimento das relações de interdependência entre os
diversos componentes de uma empresa, bem como entre a
empresa e o ambiente externo.
Aprendizado
Organizacional
Busca e alcance de um novo patamar de conhecimento
Cultura de
Inovação
Promoção de um ambiente favorável à criatividade,
Liderança e
Constância de
Propósitos
Atuação de forma aberta, democrática, inspiradora e
94
para a empresa.
experimentação e implementação de novas ideias.
motivadora das pessoas.
Programa Qualidade Rio
Orientação por
Processos e
Informações
2015
Compreensão e segmentação do conjunto de atividades e
processos da empresa, sendo que a tomada de decisões e a
execução de ações devem levar em consideração as
informações disponíveis.
Visão de Futuro
Compreensão dos fatores que afetam a empresa, visando à
sua perenização.
Geração de Valor
Alcance de resultados consistentes, assegurando a
perenidade da empresa.
Valorização das
Pessoas
Estabelecimento de relações com as pessoas, criando
condições para que elas se realizem pessoal e
profissionalmente.
Conhecimento
sobre o Cliente e
o Mercado
Conhecimento e entendimento do cliente e do mercado,
Desenvolvimento
de Parcerias
Desenvolvimento de atividades em conjunto com outras
visando à criação de valor, de forma sustentada para o
cliente e maior competitividade.
empresas, com o objetivo de obter benefícios para ambas
as partes.
Responsabilidade
Social
Atuação que se define pela relação ética e transparente da
empresa com todos os seus públicos de relacionamento,
voltada ao desenvolvimento sustentável da sociedade.
95
Programa Qualidade Rio
2015
O sucesso dessa premiação pode ser constatado pelos resultados
alcançados nos seus diversos ciclos, apresentados no quadro a seguir.
Municípios
Inscritos
Municípios
com
candidatura
Força de
Trabalho
% Retorno
de
Questionários
2001
39
18
493
22%
2002
61
41
1.231
30%
2003
75
63
2.035
38%
2004
92
66
14.676
32%
2005
92
40
6.740
20%
2006
92
61
19.253
50%
2007
92
66
5.528
47%
2008
92
77
71.457
23%
2009
92
68
80.746
16%
2010
92
69
80.500
13%
2011
72
72
85.000
100%
2012
64
64
82.500
61%
2013
65
57
81.950
71%
2014
87
64
92.300
51%
TOTAL
-
-
624.409
41%
Quadro 6 resultados alcançados pelo MPE
96
Programa Qualidade Rio
2015
Voluntários Voluntários Voluntários capacitados
Capacitados Atuantes
X atuantes
2001
22
18
82%
2002
20
17
85%
2003
32
30
94%
2004
22
20
91%
2005
22
20
91%
2006
28
26
93%
2007
29
18
62%
2008
32
20
63%
2009
36
29
81%
2010
27
26
96%
2011
40
31
78%
2012
52
31
60%
2013
47
29
62%
2014
62
31
50%
TOTAL
471
346
73%
Quadro 7: Resultados alcançados pelo MPE
Prêmio MPE Brasil, a partir do ciclo de 2004 passou a contar com a
participação de empresas de todos os 92 municípios fluminenses. O salto
observado no número de inscrições e participantes a partir do ciclo 2003 foi
devido à forte parceria do PQR e SEBRAE-RJ, para que houvesse o
envolvimento das suas agências regionais na disseminação do processo de
premiação, tendo em vista a importância de incentivar a melhoria de gestão
nas micro e pequenas empresas situadas no estado fluminense.
97
Programa Qualidade Rio
7.
Tendo
PERSPECTIVAS
a
SEDEIS
o
papel
fundamental
desenvolvimento econômico do Estado, incumbiu
atividades que
2015
de
o PQR
promover
o
de exercer
contribuam para a melhoria da gestão das organizações
sediadas no território fluminense e, consequentemente, da qualidade dos
bens e serviços produzidos.
A extensão das suas atividades no âmbito do governo estadual tende
a aumentar a partir da conscientização da alta direção dos diversos órgãos
governamentais sobre a importância da melhoria da gestão em suas
instituições. Este objetivo vem ao encontro do ofício datado e enviado em
fevereiro de 2005 pela então Governadora Rosinha Garotinho a todos os
órgãos da Administração Estadual, quando alertava a todos sobre a
necessidade da inserção da gestão pública estadual em elevados patamares
de desempenho e os incentivava para uma efetiva participação no PQRio
pois o “Programa Qualidade Rio é por nós considerado estratégico”,
consubstanciado na Lei 4736 de 29/03/2003 e publicada no D.O.R.J. em
30/03/2003, art.5º, parágrafo 3º - Do
Direito e Qualidade dos Serviços Oferecidos pelo Estado. Também é de se
assinalar o Decreto nº 41.183, de 18 de fevereiro de 2008, assinado pelo
Governador do Estado, Sergio Cabral, para a área pública relacionada ao
Governo do Estado do Rio de Janeiro, aos vencedores do Prêmio Qualidade
Rio, para a categoria ouro, fica assegurada a concessão de patrocínio público
para conhecimento de experiências, em outros Estados ou países,
relacionadas com as atribuições de seus órgãos ou entidades.
98
Programa Qualidade Rio
2015
Paralelamente, ações conduzidas pelo Programa e apoiadas pela
SEDEIS, junto a instituições como FECOMÉRCIO, FIRJAN, SEBRAE-RJ, assim
como PETROBRAS, FURNAS podem mostrar sua utilidade às organizações
privadas e públicas solução dos problemas de gestão de seus afiliados e de
seus fornecedores.
Desta forma, o PQR com sua competência técnica instalada pode
desenvolver e apresentar a seus clientes uma série de cursos, assim como
orientações para autoavaliações, que atendam diretamente às suas
necessidades em gestão, Melhorar continuamente o sistema de produção e
serviços;

Instituir o treinamento profissional do pessoal;

Capacitar a liderança;

Promover maior interação entre os departamentos;

Estabelecer e cumprir metas factíveis;

Promover o reconhecimento do trabalho bem realizado;

Instituir programas de educação e reciclagem em novos métodos
de trabalho;

Criar planos de ação: agir no sentido de concretizar a
transformação desejada;

Assegurar a sustentabilidade socioambiental e econômica.
99
Programa Qualidade Rio
2015
AGRADECIMENTOS
Iniciamos os agradecimentos pelos Avaliadores do Prêmio Qualidade
Rio – PQRio, voluntários que deram grandeza e brilho a essa história.
Dezenas de milhares de profissionais participaram de eventos do PQR nesses
vinte e oito anos, emprestaram talento e tempo para que organizações
evoluíssem e melhorassem a gestão, que de outra forma custariam muito
mais e levariam mais tempo. Nesse caso, anonimatos não significam
demérito, mas é um reconhecimento sincero que cada qual merece, e não é
preciso que sejam convencidos de que exercem e continuam exercendo
valioso e relevante papel para a sociedade com seus serviços. Esses
agradecimentos são extensivos às dezenas de milhares de pessoas que
abrilhantaram com suas presenças os inúmeros eventos, em particular as
solenidades de entregas do Prêmio Nacional da Gestão Pública; do Prêmio
MPE Brasil e do Prêmio Qualidade Rio.
O segundo agradecimento é dirigido, agora sim, a pessoas que de
alguma forma contribuíam do lado de dentro do balcão, para a manutenção
e irradiação do movimento, aglutinando esforços e articulando com pessoas
e organizações para o bem final da população fluminense e dos turistas que
nos visitam.
São eles por ordem alfabética:
100

Adelino Sathler Filho

Basílio Vasconcellos Dagnino

Cláudio Mahler
Programa Qualidade Rio

Eloi Fernandes & Fernandes

George Gerdau Johannpeter

Joana D´Arc da Silva

Julio Cesar Carmo Bueno

Lucimar Targa

Luiz Fernando do Monte Pinto

Mara Telles Salles

Marcos de Abreu Basto Lima

Margarida Lima

Roberta Aquino de Mendonça

Rogério Fernandes

Stella Regina Reis da Costa

Wagner Granja Victer
2015
101
Programa Qualidade Rio
2015
Este relato só foi possível com a ativa participação das seguintes
organizações, cujas lideranças sempre entusiasmaram os dirigentes das
diversas organizações “a beber dessa fonte”: FURNAS, ABNT –CB 25,
SEBRAE-RJ; Sistema FIRJAN; Petrobras; Gerdau / Cosigua; ; Inmetro; a
CAIXA Econômica Federal, ao Exército, a Marinha do Brasil e o próprio
Governo do Estado,; Movimento Brasil Competitivo; Fundação Nacional da
Qualidade e a União Brasileira para a Qualidade Seccional Rio de Janeiro
UBQ-RJ, parcerias permanentes para a infraestrutura necessária à obtenção
dos resultados tangíveis e intangíveis do Programa Qualidade Rio.
102
Programa Qualidade Rio
2015
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 ALGARTE, Waldir F. e Telma Quintanilha – A História da Qualidade
e o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP
 Documento Rumo à Excelência – Fundação Nacional da Qualidade –
FNQ
 http://www.rj.gov.br/web/sedeis/exibeconteudo?article-id=312641
 http://www.mbc.org.br/mbc/rj/index.php?option=com_content&tas
k=view&id=81&Itemid=171
FICHA TÉCNICA
Fonte Maiandra GD 10,5, 11, 13 e 13
16,5 X 21,7
Diagramação e digitação:
Claudia Bianca Santos de Luca
COLABORADORES
Claudia Bianca Santos de Luca
Eurico Marchon Neto
Juliane Campêlo da Silva
Luiz Fernando Bergamini de Sá
103
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Programa Qualidade Rio - 28 anos