Caderno de Idéias CI0632 – dezembro, 2006 A QUESTÃO DA INSERÇÃO DE FORNECEDORES NAS GRANDES CADEIAS DE SUPRIMENTOS BRASILEIRAS Paulo Tarso Vilela de Resende Professor de Logística e Supply Chain da FDC Guilherme Dayrell Mendonça Assistente de Pesquisa de Logística ������������������������������� e Supply Chain������� da FDC Centro Alfa – Campus Aloysio Faria Av. Princesa Diana, 760 – Alphaville Lagoa dos Ingleses 34000-000 – Nova Lima, MG – Brasil Tel.: 55 31 3589-7465 Fax: 55 31 3589-7402 e-mail: [email protected] – www.fdc.org.br Caderno de Idéias CI0632 – Ano 6 - n° 32 – dezembro 2006 Assessora editorial Teresa Goulart - editora (MG 1716/JP) Supervisão editorial José Ricardo Ozólio Capa Ismael Dias Campos Projeto gráfico (edição final) Célula de Edição de Documentos Revisão Célula de Edição de Documentos Impressão Célula de Edição de Documentos Redação Célula de Editoração Fundação Dom Cabral Tel. (31) 3589-7465 [email protected] Este artigo foi elaborado pelo(s) autor(es). Seu conteúdo é de total responsabilidade do(s) autor(es), não tendo a Fundação Dom Cabral qualquer responsabilidade sobre opiniões nele expressas. A publicação deste artigo no Caderno de Idéias FDC foi realizada com autorização dos autores. Para baixar a versão digital desta e de outras publicações de temas relacionados à gestão empresarial, acesse a Sala do Conhecimento da Fundação Dom Cabral através do link http://www.fdc.org. br/pt/sala_conhecimento A reprodução deste e dos demais Cadernos de Idéias da Fundação Dom Cabral é livre, desde que devidamente citadas as fontes. Para mais informações, favor contatar Teresa Goulart, pelo e-mail: [email protected]. SUMÁRIO 1. Introdução.....................................................................................................................7 2. Revisão bibliográfica....................................................................................................8 3. Metodologia de pesquisa............................................................................................11 3.1 Desenho da pesquisa: tipologia e concepção.......................................................11 3.2 Práticas adotadas na seleção de fornecedores......................................................11 3.3 Manutenção da base de fornecimento.................................................................12 3.4 O processo de seleção de fornecedores.................................................................13 3.5 A questão da seleção de fornecedores locais........................................................14 4. Discussão dos resultados e conclusão........................................................................17 Referências......................................................................................................................18 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras Resumo Os modelos estratégicos de seleção de fornecedores estão sendo crescentemente utilizados pelas empresas com o objetivo de aumentar a eficiência na estruturação de suas respectivas cadeias de suprimentos. Neste trabalho, busca-se avaliar e identificar o atual estágio de adoção de práticas de seleção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras. Investigam-se duas dimensões principais: as práticas adotadas na seleção de fornecedores e os critérios utilizados para a ocorrência de seleção preferencial por fornecedores locais. Aspectos como a estratégia de manutenção da base de fornecimento, a análise do processo de seleção e a importância estratégica de cada critério utilizado na seleção de fornecedores locais são abordados ao longo dessas duas dimensões de análise. Por fim, discutem-se os principais resultados e apontam-se caminhos a serem trilhados, a fim de se fortalecer o processo de inserção de fornecedores, preferencialmente os locais, nas grandes cadeias de fornecimento brasileiras. Caderno de Idéias dezembro, 2006 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras 1. Introdução O gerenciamento das cadeias de suprimento tem se destacado no mundo atual como uma ferramenta importante na otimização dos fluxos de materiais e produtos, com uma associação direta com a sustentabilidade de patamares competitivos ideais. Obviamente, o gerenciamento estratégico das cadeias de suprimento tem que passar pela seleção e inserção de fornecedores no contexto da otimização dos fluxos. Dentro do objetivo de otimização dos processos de suprimento na atividade produtiva, o relacionamento com os fornecedores é apontado como elemento fundamental. Com o propósito de se comprovar a importância estratégica do relacionamento com fornecedores, questionários de pesquisa foram enviados com amostra resultante de 149 empresas com atuação no Brasil, e de representantes de diversos setores, entre eles Química e Petroquímica (11%), Siderurgia e Metalurgia (11%), Alimentos, Bebidas e Fumo (9%), Automotivo(9%), Papel e Celulose (5%), Eletroeletrônico(4%), Farmacêutica e Cosméticos(3%); Plásticos e Borrachas (3%), Mecânica(3%) e Confecções e Têxteis(1%), assim como Serviços Diversos (7,3%), Telecomunicações (6,7%), Serviços de Transporte (4,7%), Comércio Varejista (2,6%), Tecnologia e Computação (2,6%), Atacado e Comércio Exterior (2%) e Serviços Públicos (2%). Do total de respostas, 48,8% representam empresas com faturamento superior a 500 milhões de dólares anuais. Desse percentual, mais da metade (24,8%) é formada por organizações que faturam acima de 1 bilhão de dólares ao ano. Além disso, das empresas com faturamento inferior a 500 milhões de dólares, mais de 60,0% apresentam faturamento entre 100 e 500 milhões de dólares anuais. Ou seja, com base nos padrões brasileiros de faturamento, tem-se uma significativa amostra do grupo das 1000 maiores empresas instaladas no Brasil. A grande parcela das empresas pesquisadas tem como principal mercado o Nacional, com 86,2% de porcentagem válida de resposta. Empresas que têm como atividade principal a exportação de seus produtos respondem por somente 13,8% da amostragem Dessa forma, o relacionamento com os fornecedores, em sua maioria, visa ao atendimento do mercado interno nacional. Ao longo do artigo, investigam-se duas dimensões principais: as práticas adotadas na seleção de fornecedores e os critérios utilizados para a ocorrência de seleção preferencial por fornecedores locais. Aspectos como a estratégia de manutenção da base de fornecimento, a análise do processo de seleção e a importância estratégica de cada critério utilizado na seleção de fornecedores locais são abordados ao longo dessas duas dimensões de análise. Esses elementos são de fundamental importância no entendimento do surgimento, evolução e manutenção das supply chains em países em desenvolvimento como o Brasil. Por fim, discutem-se os principais resultados e apontam-se caminhos a serem trilhados, a fim de se fortalecer o processo de inserção de fornecedores, preferencialmente os locais, nas grandes cadeias de fornecimento brasileiras. A partir daí, o desenvolvimento local ou regional sustentável tornar-se-á mais factível de ser realizado através da geração de divisas e empregos para a localidade em que as empresas estão instaladas. Além disso, os processos de aprendizado e inovação presentes nesse tipo de relação em rede são crescentemente reconhecidos como fundamentais para a competitividade e sucesso de empresas, regiões e nações (CASSIOLATO ��������������� et al. 2002). ������ Apresenta-se, inicialmente, uma breve revisão teórica dos conceitos a serem tratados ao longo de todo o trabalho, objetivandose contextualizar melhor as discussões de inserção de fornecedores nas cadeias de suprimentos. Caderno de Idéias dezembro, 2006 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras 2. Revisão Bibliográfica Gould (2003) enfatiza que os fornecedores desempenham um papel não só tático como também estratégico. As organizações executoras dessas tarefas não devem ser consideradas subcontratadas, mas parceiras estratégicas na cadeia de valor. Na literatura, a realização de parcerias estratégicas com os fornecedores tem tido grande importância. Impactos no conjunto da lucratividade, redução de posse, de custos de aquisição, aumento de qualidade e aumento mais rápido da fatia de mercado são tidos como elementos positivos dessa nova relação com os fornecedores (MANSIO, 2004). Alguns autores, considerando as práticas dos retailers, apresentam um grupo de fatores que devem considerar na avaliação de linhas alternativas de suprimentos: adequação de mercadorias, de preços e de termos de venda, data de entrega, política de distribuição, assistência promocional, confiabilidade (DAVIDSON, DOODY apud BERENS, 2004). Esses autores, entretanto, faltam ao não especificar qual deve ser a importância relativa de cada critério. Assim, com base na literatura de compras industrial e na sistemática de avaliação desenvolvida por Ronald Gist, Berens (2004) identifica a prática1 de atribuição de pesos, de forma subjetiva às características buscadas nos fornecedores. Com base nisto, este autor propõe uma matriz de avaliação dos fornecedores, na qual se determinam os critérios de decisão, que são classificados e ponderados através de uma comparação pareada. São determinados também os possíveis fornecedores e comparados dois a dois com base nos critérios e depois classificam-se os fornecedores com base em pontuação atribuída através das comparações. Essa metodologia proposta por Berens (2004) é classificada por Vokurka et al (1996) como método de ponderação linear. Esses mesmos autores identificam outras metodologias (VOKURKA et al, 1996: 111, tradução nossa): dezembro, 2006 Caderno de Idéias •Metodologia taxa de custo (cost-ratio): Consiste na avaliação do fornecedor utilizando-se de métodos e padrões de análise de custo. Os custos internos associados com qualidade, entrega e serviço são convertidos em uma taxa de custo que expressa os custos como uma porcentagem do valor total de compra. •Método da categorização: Envolve a classificação da performance ou da performance esperada de cada fornecedor em áreas específicas definidas por uma lista de variáveis de performance relevantes. Os autores ressaltam que nessa metodologia falta uma definição clara da importância relativa de cada critério. Gould (2003), por sua vez, aponta um modelo estruturado de terceirização estratégica (strategic sourcing). De acordo com esse modelo, as seguintes etapas comporiam o processo estratégico de terceirização: •Planejamento: Consiste na determinação pela empresa de suas necessidades de negócios e identificação dos tipos de serviços logísticos necessários. •Análise da base de fornecedores: São identificados os melhores provedores para os serviços necessários. Essa análise permite ao time de terceirização ganhar conhecimento sólido das capacidades atuais e potenciais dos provedores de serviços, como também sobre quaisquer desenvolvimentos na comunidade de negócios dos prestadores de serviços. •Identificação de fornecedores potenciais: Após a elaboração de uma lista de base, selecionam-se os fornecedores potenciais, de forma a serem incluídos apenas os melhores e em número administrável. Um pedido de mais informação (RFI – Request for Information) pode ser enviado aos possíveis fornecedores. A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras •Realização de proposta: Faz-se uma lista final com base nos que responderam à etapa anterior e nos qualificados. Elaborase um pedido de proposta (request for proposal), que deve incluir a necessidade de serviço no tempo, detalhes do programa, requerimentos de qualidade e de serviços e quaisquer outros requerimentos, como também sugestões de alternativas de serviços. •Desenvolvimento de contrato e negociação •Acompanhamento da relação com os fornecedores: O autor ressalta serem quatro as chaves nesse acompanhamento: agendamento de revisões operacionais regulares; estabelecimento e manutenção de métricas de performance; formalização de processos, procedimento; envolvimento dos fornecedores no planejamento. Não deve ser desconsiderado, dessa forma, o papel central que as novas tecnologias de informação desempenham na administração estratégica da cadeia de suprimentos e, no caso, na seleção de fornecedores. Heather (2001) afirma que, na identificação de fornecedores, processos baseados em papéis e trabalhointensivo estão dando lugar à automatização desses processos, ou ao denominado e-sourcing. Assim, a terceirização estratégica consiste no processo de utilização de tecnologias baseadas na web para apoiar a identificação, avaliação e negociação com grupos ótimos de parceiros comerciais em uma cadeia de suprimentos. Ainda de acordo com Heather (2001), esse processo teria como resultado fundamental a redução de custos. Com base nos recursos da tecnologia da informação, Vokurka et al (1996) propõem um sistema especializado que, de acordo com eles, simula o comportamento de especialistas que resolvem problemas do mundo real dentro de uma área do conhecimento. Observa-se que, mesmo sendo computadorizado, o modelo dispõe de etapas semelhantes aos modelos anteriormente apresentados, fundamentandose em critérios2 de seleção preestabelecidos que são introduzidos no sistema. Em estudo sobre as práticas das empresas na administração estratégica da cadeia de suprimentos, Basnet et al (2004), além de classificarem a importância de atividades relacionadas a esse tipo de administração, como também de fatores importantes na regionalização e globalização, classificaram a importância média atribuída aos aspectos de adequação dos fornecedores. Apesar de não serem, propriamente, aspectos de seleção dos fornecedores, eles indicam as características necessárias dos fornecedores para um bom relacionamento com a firma. O estudo, de maneira geral, identifica que, na relação com os fornecedores, além da maior importância do compartilhamento de todos os requisitos de compra da firma compradora, busca-se que o fornecedor esteja apto para a adoção de medidas corretivas, que haja garantia de qualidade do produto fornecido e controle dos processos (documentação, relatórios, fiscalizações, testes e programas, geralmente relacionados à qualidade). Tracey et al (1995), em estudo sobre as mudanças que ocorreram nas práticas de compras das empresas, levantaram os critérios que têm sido utilizados pelas empresas para seleção de fornecedores. Eles identificaram que a seleção de fornecedores é um processo de decisão baseado em múltiplos critérios e que o custo de produto, apesar de ainda se manter um critério importante, não é tido como o critério mais importante para muitas firmas. De forma geral, qualidade e performance de produto são tidos como substancialmente mais importantes do que o custo. Confiabilidade de entrega – ou o grau de capacidade de o fornecedor entregar no prazo – também foi tido como mais importante do que o custo de produto. Por fim, a disponibilidade de produto é tida como tão importante quanto o custo. Tracey et al (1995) inferem que as Caderno de Idéias dezembro, 2006 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras mudanças na seleção de fornecedores refletem a ênfase que se tem dado à qualidade nos últimos anos, como também reforçam que os fornecedores têm cada vez mais sido vistos como parceiros estratégicos. Dessa forma, a competição acirrada na negociação e relações adversas foram substituídas por contratos de longo prazo e fontes de suprimento únicas. Por outro lado, considerando o tamanho das empresas, Pearson et al (1995) analisaram empresas de grande e pequeno portes na indústria eletrônica, para examinar a relevância relativa de um número de fatores considerados na seleção de fornecedores. Abegglen e Stalk Jr. ������� (1985, apud PEARSON et al, 1995) reforçam a ênfase que tem sido dada à redução da base de consumidores e à busca de relações de longo prazo, concluindo que a seleção e a avaliação de fornecedores têm-se tornado cada vez mais crítica. Dickson (1966, apud PEARSON et al, 1995), por sua vez, achou que, independentemente do tipo de negócio, além do preço baixo,qualidade, entrega no prazo e histórico de performance do fornecedor são os fatores críticos na seleção de fornecedores. Dempsey (1978, apud PEARSON et al, 1995) apóia parcialmente os achados de Dickson. Esse autor, examinando indústrias do setor eletrônico, identificou que os três principais critérios de seleção de fornecedores de bem de capital eram capacidade de entrega, capacidade técnica e qualidade. Também, examinando outro tipo de indústria eletrônica, verificou que os critérios mais importantes eram capacidade de entrega, qualidade e preço. Isso mostra que a importância atribuída a fatores de seleção de fornecedores varia de acordo com o tipo de compra realizada. Voltando ao estudo de Pearson et al (1995), a qualidade foi apontada como fator mais importante tanto para a grande quanto para a pequena empresa no setor eletrônico. Custo foi o segundo critério mais importante, observando-se uma grande diferença entre a importância dos custos com outros fatores 10 dezembro, 2006 Caderno de Idéias classificados subseqüentemente. De acordo com os autores, surpreendentemente, localização e proximidade foram avaliadas como pouco importantes (sendo isto não condizente com a ênfase atual no JIT). Houve poucas diferenças entre as pequenas e grandes empresas em termos de critérios de seleção. As empresas grandes dão mais ênfase à capacidade de inovação tecnológica do fornecedor (devido ao interesse de envolvê-los no desenvolvimento de produtos). Considerando a análise empírica, as seguintes constatações são identificadas na literatura. Goffin et al (1997), estudando quatro empresas no Reino Unido, mostraram que as empresas estudadas baseavam a seleção de fornecedores em critérios tradicionais como preço, qualidade e em critérios que acreditavam ser importantes para o seu negócio. Nesse estudo, a empresa Electro complementa os critérios tradicionais com uma avaliação de como os fornecedores podem ser capazes de reduzir custos e o quão eficientemente eles poderão se comunicar com a empresa. A empresa Packo considera como essenciais a capacidade técnica e a obtenção de ISO 9000. Já a empresa Lubco analisa fatores como segurança, acompanhamentos ambientais e financeiros, assim como a capacidade inovadora e de agregação de valor ao negócio. Ainda com base em análises empíricas, em estudo sobre a política de inserção de fornecedores locais pelo Grupo Fiat do Brasil (LEMOS et al, 2000), observa-se como fator para seleção o forte incentivo fiscal estadual. Esse fator de assistência do governo também foi apontado por Motwani et al (2000) em seu estudo sobre práticas internacionais de compra de empresas americanas e indianas3. Observa-se, entretanto, que a Fiat preteriu os fornecedores mineiros em favor dos fornecedores italianos com os quais ela tinha um relacionamento de longo prazo; também a empresa, introduzindo o sistema JIT, tinha como proximidade geográfica um fator essencial (LEMOS et al, 2000). Outra questão importante a ser notada é a identificação no A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras estudo de fracos mecanismos de transferência de tecnologia, assim como limitada capacidade de inovação. A concentração de P&D nas matrizes fez com que as subsidiárias ficassem limitadas em sua capacidade de inovação. Essas e seus fornecedores recebem apenas o novo design com todas as especificações para produção (LEMOS et al, 2000). Seguindo uma linha de relacionamento semelhante com fornecedores, a Embraer desenvolveu o programa de expansão da sua cadeia produtiva que se denomina PEIAB – Programa de Expansão da Indústria Aeronáutica Brasileira. Sua função mobilizadora de esforços centra-se nas seguintes ações: i) estímulo aos parceiros estrangeiros a instalar capacidade industrial no Brasil, por meio de implantação de unidades próprias ou em associação com empresas locais; ii) estímulo aos parceiros externos a contratar partes de seus pacotes industriais com empresas brasileiras que já lhe atendem, mediante oferecimento dos serviços dessas indústrias; iii) desenvolvimento junto às autoridades federais, estaduais e municipais de estímulos à criação de capacidade tecnológica não disponível no país. Dessa forma, a Embraer destaca-se como o núcleo produtivo e tecnológico da indústria aeronáutica da região de São José dos Campos, sendo responsável por cerca de 80% a 90% da receita das mais de 50 micros, pequenas e médias empresas que estão atreladas a sua demanda. Dessa maneira, a eficiência vai depender intensamente das alianças firmadas ao longo da cadeia de suprimentos. Naturalmente, existem macrotendências corporativas extremamente específicas que caracterizam cada modelo de aliança ou de colaboração em cada setor da economia. No entanto, alguns pontos parecem fazer parte de todos os movimentos de criação de alianças, aqui chamados movimentos colaborativos, quais sejam: confiança, compatibilidade de sistemas, cultura para mudanças, flexibilidade e comprometimentos de longo prazo. Esses aspectos constituem a essência dos movimentos colaborativos, sendo eles os fortalecedores dos elos nas cadeias de suprimento. De uma forma resumida, são os aspectos considerados pelos clientes na formação colaborativa do seu grupo estratégico de fornecedores no Brasil que constituem a essência deste trabalho. 3. Metodologia de pesquisa 3.1 Desenho da pesquisa: tipologia e concepção A pesquisa descritiva quantitativa do tipo survey foi concebida por possibilitar: 1. a descrição de facetas quantificáveis do universo em estudo; 2. o emprego de técnicas padronizadas de coleta de dados primários − originados com a finalidade de comprovar a premissa; 3. o exame de relações entre as variáveis; 4. a generalização de resultados da amostra para o conjunto típico; 5. a recomendação de cursos de ação (GIL, 1996, MALHOTRA, 2001). O instrumento de sondagem empregado foi o questionário padronizado, formulado com questões fechadas acompanhadas de escala semântica de notas de desempenho ou graus de percepção. Além disso, utilizaram-se também questões abertas em que os dados foram tratados a fim de se identificarem grupos ou tendências de respostas. Tendo em vista a metodologia utilizada, os fundamentos teóricos e a amostra descrita, passa-se a seguir para uma análise das práticas adotadas na seleção de fornecedores no Brasil. 3.2 Práticas adotadas na seleção de fornecedores O processo de seleção de fornecedores adotado pode ser melhor compreendido quando contextualizado com aspectos gerais da gestão da cadeia de suprimentos de cada empresa. Como exemplo, um sistema de Caderno de Idéias dezembro, 2006 11 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras produção enxuto requer que haja uma maior sintonia entre fornecedores e clientes a fim de se evitarem falhas de suprimentos danosas ao fluxo produtivo. Assim, em função da necessidade de redução de custos que incorrem a partir da estruturação da colaboração entre os atores da cadeia de suprimentos, temse como objetivo inicial reduzir a base de fornecimento mantendo-se somente aqueles considerados como estratégicos. De forma análoga, os critérios utilizados na seleção dos fornecedores estarão profundamente ligados com índices de desempenho desejados na área de qualidade, nível de serviço prestado e capacidade produtiva. preços de compra devido a um maior número de fornecedores concorrentes. Entretanto, nesses casos, estabelece-se uma relação de curto prazo que quase sempre dificulta a formação de parcerias igualmente vantajosas para os atores envolvidos. A grande maioria da amostra na FIG. 1 já dispõe ou está em processo de formação de uma base restrita de fornecedores – ao todo são 75,5%. As práticas de manutenção de um grande número de fornecedores representam uma pequena porcentagem do universo empresarial pesquisado com somente 23% de representatividade. Esta seção trata de duas interfaces diferentes de gestão da cadeia de suprimentos diretamente relacionadas com os critérios utilizados na seleção de fornecedores: • Política de manutenção da base de fornecedores: Objetiva identificar a estratégia predominante na manutenção e estruturação do banco de fornecimento. • Processo de seleção de fornecedores: Objetiva definir quais são as práticas mais presentes no processo de seleção de fornecedores. A partir dessas duas interfaces de análise estratégica, os critérios expostos na segunda parte deste artigo poderão ser melhores compreendidos. Discute-se, inicialmente, a política adotada para a manutenção da base de fornecimento no tópico a seguir. 3.3 Manutenção da base de fornecimento Geralmente, a manutenção de uma base de fornecimento mais ampla é condicionada à tentativa da empresa de diminuir as incertezas de disponibilidade dos produtos. Além disso, garante a possibilidade de um poder maior de barganha na negociação dos 12 dezembro, 2006 Caderno de Idéias Figura 1 – Prática da empresa quanto à base de fornecedores Há, portanto, dentro desse enfoque, a tendência das empresas brasileiras de formarem um banco de fornecedores menor, porém mais seletivo. A formação de parcerias de desenvolvimento ou capacitação dos fornecedores, a partir daí, torna-se-ia mais factível de ser realizada. Além disso, a seleção de fornecedores estaria em sua maioria restrita ao direcionamento estratégico de redução da base de fornecimento. Ou seja, provavelmente haverá um maior rigor de avaliação técnica para que a empresa fornecedora seja mantida como parceira. Por outro lado, para que a estratégia de formação do banco de fornecimento seja bem-sucedida, é necessário ter sido planejado um processo de seleção formalizado e bem estruturado. Discute-se essa questão a seguir. A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras 3.4 O processo de seleção de fornecedores Com base no modelo de terceirização estratégica (strategic sourcing) proposto por Gould (2003), questionou-se quais procedimentos do mesmo estariam mais presentes no processo de seleção de fornecedores no Brasil. A TAB. 1 sumariza os resultados obtidos: Percebe-se, em primeiro lugar, uma clara preferência (76,39 dos respondentes) pela realização de um planejamento que indique as necessidades e, conseqüentemente, a base de fornecimento necessária para a satisfação das mesmas. Entende-se que, entre outros objetivos, essa fase é de fundamental importância para o alcance do alinhamento dos objetivos estratégicos da empresa com suas operações de suprimento. Como segundo item classificado, deu-se ênfase à questão do desenvolvimento de negociações e de contratos citada por aproximadamente 70% dos respondentes. A simples presença da negociação e da elaboração de contratos no processo de seleção de fornecedores não deve ser analisado sem que se tenha noção do contexto de resposta total. Ao se fazer isso, torna-se evidente uma inversão seqüencial no Brasil do modelo proposto por Gould (2003). Somente 49,31% das empresas realiza a etapa de request for information, que consiste no detalhamento informativo da base potencial de fornecimento até então selecionada. Além disso, pouco mais de 43 % utilizam o request for proposal, o qual se constitui um pedido de proposta que deve incluir a necessidade de serviço no tempo, detalhes do programa, requerimentos de qualidade e de serviços, entre outros elementos. Naturalmente, surge o seguinte questionamento: Como desenvolver contratos e negociações sendo que as etapas referentes à comunicação (request for information e request for proposal) com os fornecedores potenciais é notoriamente menos praticada? Certamente, tem-se aí um cenário propício para o surgimento de relações puramente transacionais de pouco caráter colaborativo. Ou seja, as negociações que gerarão os contratos de serviços parecem estar sendo realizadas de forma limitada diante da ausência de informações previamente obtidas provenientes dos potenciais fornecedores ou vice-versa. A partir daí, passa a existir um unilateralismo decisório, que restringe a construção de um relacionamento de parceria que priorize a igualdade entre as partes (cliente - fornecedor) envolvidas no processo. Por fim, devido à menor incidência do procedimento request for information, no qual ocorre a filtragem da base de fornecedores previamente analisadas, chega-se à conclusão de que o processo de negociação para a redução da base de fornecedores pode estar sendo feito com um número excessivo de potenciais empresas fornecedoras. Em outras palavras, cria-se um contexto de negociação de intensa concorrência com base normalmente em critérios como custo de transação (preço), o que vai contra os princípios modernos de formação de parcerias nas cadeias de suprimentos. Todavia, como forma de se evitar que conclusões precipitadas nesse sentido fossem feitas, analisou-se separadamente, por fim, a última etapa de seleção proposta TABELA 1 – Procedimentos utilizados na seleção de fornecedores Procedimentos utilizados na seleção de fornecedores Planejamento: necessidades e identificação dos fornecimentos necessários Desenvolvimento de contrato e negociação Análise da base de fornecedores Request for information Request for proposal Base % de respondentes 76,39 70,14 66,67 49,31 43,06 144 Caderno de Idéias dezembro, 2006 13 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras no modelo de Gould (2003): a realização de acompanhamento dos fornecedores após a sua contratação. A TAB. 2 a seguir expõe os resultados obtidos. TABELA 2 – Realização de acompanhamento dos fornecedores Acompanhamento de fornecedores nº de respondentes % % Válido Sim 113 75,84 77,40 Incipiente 29 19,46 19,86 Não 4 2,68 2,74 Total 146 97,99 100,00 3 2,01 149 100,00 Sem informação Total O resultado de 77% das empresas realizando o acompanhamento dos fornecedores opõese inicialmente à conclusão de que não há interesses de desenvolvimento da rede de fornecimento de forma colaborativa. Porém, como pode ser visto na TAB. 3, uma análise mais aprofundada dos procedimentos presentes nesse acompanhamento confirma a tendência de se construírem relacionamentos mais voltados para o controle do processo ao invés da possibilitação de desenvolvimento da colaboração entre os atores da cadeia de suprimentos. Somente 35% dos respondentes envolvem os fornecedores no processo de planejamento de ações na cadeia de suprimentos. Ou seja, dá-se mais ênfase ao controle da base de fornecimento em relação a práticas que eventualmente contribuíssem para um TABELA 3 – Procedimentos no acompanhamento de fornecedores Procedimentos presentes no acompanhamento dos fornecedores % citações % de respondentes Estabelecimento e manutenção de métricas de performance 30,00 69,40 Formalização de processos e procedimentos 29,68 68,66 Agendamento de revisões operacionais regulares 25,16 58,21 Envolvimento dos fornecedores no planejamento 15,16 35,07 100,00 134 Total 14 dezembro, 2006 Caderno de Idéias desenvolvimento sustentável da base de fornecimento. Pode-se concluir, dessa forma, que o planejamento citado por 76,39% das empresas na TAB. 1 é feito provavelmente somente por elas. Assim, os critérios de seleção utilizados para a estruturação da base de fornecimento estariam sendo definidos em função de somente uma das partes envolvidas na relação de transação. Deve-se, portanto, investigar na segunda e última seção principal do trabalho, até que ponto o processo utilizado de seleção de fornecedores está influindo no estabelecimento dos critérios de seleção no âmbito local, principalmente. 3.5 A questão da seleção de fornecedores locais Inicialmente, pediu-se que fosse citado, em uma questão aberta, três fatores determinantes para que a empresa selecionasse fornecedores locais em detrimento de outros. Após um processo de reclassificação das respostas obtidas em categorias específicas, formou-se a TAB. 4 a seguir: TABELA 4 – Fatores determinantes para a seleção de fornecedores locais Dimensão % de respondentes Custos gerais 44,3 Atendimento e facilidade de acompanhamento 37,6 Atendimento de prazos / qualidade 32,9 Capacidade Logística 24,2 Desenvolver o mercado local 21,5 Flexibilidade 20,8 Confiabilidade e comprometimento 7,4 Outros 26,2 Total Base 149 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras Em primeiro lugar, pode-se observar a importância dada aos custos decorrentes da prestação de serviços propostos pelo fornecedor (i.e. custos logísticos, preço de venda, entre outros elementos citados). Assim, o caráter puramente transacional tende a prevalecer diante de uma análise fortemente baseada na avaliação de um item não alinhado ao projeto de desenvolvimento da cadeia de suprimentos. Em segundo lugar, têm-se classificado itens relacionados à facilidade de se realizar um acompanhamento do desempenho do fornecedor e à capacidade de atendimento das necessidades requeridas pela empresa contratante. De forma semelhante, o terceiro e quarto critérios mais considerados são a questão do cumprimento dos prazos, exigências de qualidades acordadas inicialmente e atual capacidade logística do fornecedor. Pode-se dizer que não há, entre os elementos citados anteriormente, indícios de características que favoreçam a instalação de um modelo colaborativo entre clientes e fornecedores locais. São todos itens puramente de controle operacional, atendimento e competitividade de preço. A necessidade de controle foi uma das questões colocadas e identificadas com mais ênfase no processo de seleção analisado anteriormente. Como forma de se comprovarem tais observações, os critérios menos considerados consistem de qualidade essenciais para o desenvolvimento de parcerias na cadeia de suprimentos. Entre eles, virtudes ligadas a flexibilidade, vontade de desenvolvimento local, confiabilidade e comprometimento entre os atores são valores fundamentais para que um ambiente de confiança seja criado. A flexibilidade é essencial para o aumento da competitividade e atendimento conjunto da demanda dos clientes. A confiabilidade e ao comprometimento, por sua vez, são a base para a construção da confiança. Em outras palavras, o desenvolvimento local é prejudicado profundamente. É prudente se dizer que a questão dos critérios está diretamente ligada à forma como o processo de seleção é administrado nas empresas. Deve-se, como forma de se inverter tal situação, investir tempo e recursos nas etapas condizentes com a comunicação multilateral com os fornecedores, encontrando-se um maior balanço entre as necessidades do cliente e as necessidades de desenvolvimento do fornecedor. Somente a partir daí, haverá possibilidades para que haja a inserção dos fornecedores e seu conseqüente desenvolvimento. Caso contrário, caso se mantenham os procedimentos fortemente baseados no controle de transação dos itens comercializados e os critérios de seleção continuem sendo os mesmos, há pouca chance de os fornecedores locais serem incluídos nas grandes cadeias de suprimentos. Não obstante, deve-se trabalhar também no sentido de manter aqueles que já se encontram alocados ou os quais serão inseridos eventualmente na cadeia de suprimentos. A TAB. 5 a seguir detalhou quais fatores são determinantes para a exclusão de fornecedores locais da cadeia produtiva. TABELA 5 – Fatores determinantes para exclusão de fornecedores locais Dimensão % de respondentes Qualidade 47,7 Preço 35,6 Prazo/entrega 30,2 Ética/ Cumprimento do contrato 20,1 Capacidade técnica / produtiva / flexibilidade 18,8 Confiabilidade / comprometimento 14,1 Solidez financeira 8,1 Desempenho 8,1 Atendimento 6,7 Outros 16,8 Total Base 149 Caderno de Idéias dezembro, 2006 15 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras Tem-se na TAB. 5 a confirmação de que valores imediatistas continuam sendo determinantes no processo de manutenção da cadeia de suprimentos. Cabe, entretanto, a seguinte pergunta: Como cobrar dos fornecedores locais qualidade (47,7% ), preço competitivo (35,6%) e capacidade de entrega no prazo (30,2%) se não há movimentos de desenvolvimento dos mesmos? Inicialmente, pelo menos na teoria, eles não têm condições de competir com fornecedores internacionais, já que não dispõem de tecnologia inovadora e 16 dezembro, 2006 Caderno de Idéias de processos de produção de classe mundial. Novamente, questões como confiabilidade e comprometimento foram novamente pouco consideradas, somente com 14,1% das citações totais. Tem-se, portanto, no Brasil, um cenário pouco propício para o desenvolvimento local. Todavia, as conclusões propostas por esse trabalho são de grande utilidade para reversão da situação identificada. Discute-se isto a seguir. A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras 4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO Com o propósito de se comprovar a importância estratégica do relacionamento com fornecedores através de uma análise sobre a formação do banco de fornecimento, 149 empresas presentes no Brasil foram investigadas. Os resultados apresentaram pontos de extrema importância na criação, estruturação e desenvolvimento / manutenção de relações de desenvolvimento da cadeia de suprimentos com fornecedores locais. Ao se analisarem os resultados obtidos, chegase à principal conclusão do trabalho: o processo de seleção utilizado atualmente no Brasil influi diretamente na escolha dos critérios de seleção dos fornecedores locais. Ou seja, os procedimentos utilizados na estruturação do banco de fornecimento das empresas não favorecem a inserção de fornecedores locais. logístico, além da existência de critérios fortemente baseados nesses elementos, tornase-ão menos importantes inicialmente. O cenário passará a ser mais favorável para as empresas locais, que terão mais tempo e condições para competir com empresas internacionais que têm mais tradição no mercado. O governo brasileiro poderá ser de grande utilidade na formação desses encadeamentos entre empresas e fornecedores locais, ajudando no desenvolvimento das qualidades tão requeridas no mercado moderno. Deve-se agir tanto na reestruturação dos processos de fornecedores locais quanto no processo de seleção de fornecedores pelas empresas maiores. Provavelmente, somente assim haverá o tão desejado desenvolvimento local no Brasil. Para que o desenvolvimento local seja gerado pelas empresas responsáveis pelas grandes cadeias de suprimentos brasileiras, é necessário que haja mais comunicação entre os agentes envolvidos no processo de negociação dos contratos. É necessário, também, que o processo comunicativo e de análise mútua dos parceiros seja feito anteriormente à etapa de desenvolvimento de contratos, segundo defende Gould (2003). Ter-se-á, assim, um cenário mais propício para o surgimento de relações de parceria em que os interesses de ambas as partes são atendidos ou desenvolvidos. Abarcando diretamente a necessidade de atuação do governo para a promoção da integração da cadeia de suprimentos, a UNCTAD (2005) promove a ação do governo no sentido de formar encadeamentos / ligações, os quais proporcionariam um maior efeito positivo da atuação das empresas transnacionais. A criação de um número maior e mais forte de encadeamento das empresas transnacionais com os fornecedores locais levaria a um aumento dos efeitos do investimento estrangeiro direto, sendo também apontado que, quanto mais forte a relação da empresa com seus fornecedores, maior a chance de que ela mantenha as operações no país. A partir daí, os critérios mais utilizados na seleção de fornecedores estarão ligados a valores como capacidade de comunicação, comprometimento, confiabilidade, o que pode até mesmo eliminar etapas ligadas à criação de contratos. Como conseqüência, será mais fácil a inserção de fornecedores locais nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras, as quais se encontram em constante redução da base de fornecimento. A preocupação com procedimentos na seleção que garantam o controle de qualidade e financeiro do processo Para o Brasil, isso representa um grande potencial, uma vez que aqui se instalou um grande número de empresas transnacionais, as quais já implementaram ligações com fornecedores locais. Essas ligações poderiam ser ainda mais aprofundadas, principalmente em termos de intensidade tecnológica. A partir da criação de modelos (processos e critérios) de seleção de fornecedores voltados para o desenvolvimento dos mesmos, o desenvolvimento local torna-se-á mais factível de ser realizado. Caderno de Idéias dezembro, 2006 17 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras Referências BASNET, Chuda; CORNER, Jim; WISNER, Joel; TAM, Keah-Choo. Supply chain management: practice and performance In: New Zealand. Las Vegas: Universidade de Nevada. Disponível em: www.mngt.waikato. ac.nz/depts/ mnss/JIM/ResearchPapers/ SCMinNZ.pdf. Acesso em: 25/06/2004 BERENS, John. A decision matrix approach to supplier selection. Supplier Selection. vol. 47, n. 4, 1971-72. P. 47-52. CASSIOLATO, José E.; SZAPIRO, Marina H.S.; LASTRES, Helena M.M. Local system of innovation under strain: the impacts of structural change in the telecommunications cluster of Campinas, Brazil. International Journal of Technology Management; 2002, vol. 24 Issue 7/8, p. 680. GIL, Antônio C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996. GOFFIN, Keith et al. Managing suppliers: when fewer can mean more. International Journal of Physical Distribution & Logistics Management. vol. 27, n. 7, 1997, p.422-436. GOULD, Stephen. How to source logistics services strategically. Supply chain management review: 2003. 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NOTAS Berens identifica especificamente a sistemática de avaliação desenvolvida por Ronald Gist, similar ao da literatura de compra industrial, no sentido de classificação dos fornecedores. 1 Os autores buscam na literatura os critérios de seleção. Os identificados são os de Dickson (1966, apud VOKURKA et al, 1996) e Ellram (1987, apud VOKURKA et al, 1996). 2 É interessante notar que novos critérios surgem quando se desloca a análise para a atuação de multinacionais e a escolha de fornecedores em mercados internacionais. 3 Títulos Publicados Títulos Publicados Para acesso à lista completa, favor contatar: Tel.: (31) 3589-7465; fax: (31) 3589-7402; e-mail: [email protected] 2006 CI0632 A questão da inserção de fornecedores nas grandes cadeias de suprimentos brasileiras Paulo Tarso Vilela de Resende, Guilherme Dayrell Mendonça. Dezembro, 2006. CI0631 Do valor à lealdade: escalas para medir níveis de lealdade e os seus antecedetes. Áurea Ribeiro, Íris Castro. Dezembro, 2006. CI0630 Contemporaneidade e novas formas de relação sujeito-trabalho-organização: o que nos tem a dizer a psicanálise? Anderson de Souza Sant’anna, Ricardo Augusto Alves de Carvalho, Sônia Teresa Diegues Fonseca. Dezembro, 2006. CI0629 O conhecimento e o desejo humano de saber sobre o conhecimento – Notas para um debate. Maria Lucia Dourado, Ricardo Augusto Alves de Carvalho. Dezembro, 2006. CI0628 Entrega de valor como elemento estratégico para obter um melhor posicionamento de negócio. Luis Augusto Lobão Mendes. Dezembro, 2006. CI0627 Confiança como ativo intangível. Marco Tulio F. Zanini. Dezembro, 2006. CI0626 CPFR – uma técnica colaborativa aplicada ao contexto corporativo brasileiro. Paulo Tarso Vilela de Resende, Guilherme Dayrell Mendonça. Dezembro, 2006. CI0625 Avaliação dos resultados da Lei de Informática no Pólo industrial de Manaus. Léo F. C. Bruno, Júlio C. de Souza. Dezembro, 2006. CI0624 Ampliando os benefícios da RSE: uma proposta para aumentar a competitividade brasileira através de práticas responsáveis. Cláudio Bruzzi Boechat, Rafael Augusto Tello Oliveira, Luana Dapieve, Luisa Valentim. Dezembro, 2006. CI0623 FDC e Jardim Canadá – Uma experiência comunitária inovadora. Afonso Otávio Cozzi, João Carlos Firpe Penna. Dezembro, 2006. CI0622 A criação de um processo interno de gestão de crises e contingências. Paulo César Coelho Ferreira. Dezembro, 2006. CI0621 Is the financial area following the strategies of corporations? José Antônio de Sousa Neto. December, 2006. CI0620 Preparing responsible entrepreneurs for today and tomorrow – EFMD. Carlos Arruda, Afonso Otávio Cozzi. December, 2006. CI0619 EVA e o Modelo Fleuriet: O uso de instrumentos de otimização em árvores de criação de valor. Ronaldo Diláscio, José Antônio de Sousa Neto, Virgínia Izabel de Oliveira. Dezembro, 2006. CI0618 The price of stack of companies active in Bovespa – Foodstuff. José Antônio de Sousa Neto, Pedro Bernardes de Melo. Dezembro, 2006. CI0617 Trabalhos enriquecidos, trabalhadores empobrecidos? Marco Antônio de Paula Faria, Anderson de Souza Sant’Anna. Novembro, 2006. CI0616 O Conselho de Administração em empresas familiares: avaliação da adesão ao Código de Melhores Práticas do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. José Antônio de Sousa Neto, Juliana Araújo Gomes, Henrique Cordeiro Martins. Novembro, 2006. CI0615 O Brasil na competitividade mundial: análise do WEF Global Competitiveness Report 2006-2007. Carlos Arruda, Rafael Tello, Marina Araújo. Novembro, 2006. I21 Caderno de Idéias CI0614 Representações sobre carreira, atividade docente e competências: um estudo com mestrandos em administração. Anderson de Souza Sant’Anna, Christiane de Miranda e Silva Correira, Marcia Crespo Ferreira, Maria Regina de Carvalho Teixeira Oliveira, Zélia Miranda Kilimnik. Outubro, 2006. CI0613 Analysis of outsourcing processes in large brazilian supply chains. Paulo Tarso Vilela Resende, Guilherme Dayrell Mendonça. Outubro, 2006. CI0612 Gestão financeira de valor em empresas brasileiras e em suas cadeias produtivas. José Antonio de Sousa Neto, Virgínia Izabel de Oliveira. Outubro, 2006. CI0611 Múltiplos vínculos, múltiplas identidades? Um estudo de caso. Afonso Otávio Cozzi, Alceu Morais de Queiroz, Maria Elizabeth Rezende Fernandes. Outubro, 2006. CI0610 How transnational companies are going collaborative in Brazil: a study about the development of local suppliers. Paulo Tarso Vilela Resende, Guilherme Dayrell Mendonça. Setembro, 2006. CI0609 O modelo da consistência da atitude. Paulo César Coelho Ferreira, Enitz Monteiro de Castro. Setembro, 2006. CI0608 O Brasil na competitividade mundial: análise do World Competitiveness Yearbook 2006. Carlos Arruda, Rafael Tello, Marina Araújo. Setembro, 2006. CI0607 Option of switching an investment project into an agribusiness project. Danilo Sampaio Gonçalves, Haroldo Guimarães Brasil, José Antônio de Sousa Neto. Agosto, 2006. CI0606 Ritual de passagem – a educação de lideranças para a sustentabilidade. Raimundo Soares Filho. Julho, 2006. CI0605 Collaborative practices in major brazilian supply chains. Guilherme Dayrell Mendonça, Luna Flores Viana, Paulo Tarso Vilela Resende. Junho, 2006. CI0604 Liderança inovadora: integrando marketing, manufatura e pesquisa e desenvolvimento. Léo F. C. Bruno. Maio, 2006. CI0524 Bases da educação em sustentabilidade em uma escola de negócios. Cláudio Bruzzi Boechat, Maria Raquel Grassi. Dezembro, 2005. CI0523 Perfil empreendedor dos gestores de empresas incubadas: um estudo de caso. Léo F. C. Bruno, Luciana Oliveira do Valle. Dezembro, 2005. CI0522 Os Benefícios provenientes de uma aliança em rede no modelo de co-opetição podem ser mensurados? O caso Star Alliance. Giuseppe Maria Russo, Paulo César Motta. Dezembro, 2005. CI0521 Alavancagem de valor em eficiência energética: a experiência do canal de relacionamentos da Cemig. Paulo Tarso Vilela de Resende, Lilian Maria Campolina Moraes. Novembro, 2005. CI0520 CI0519 Knowledge creation through inter-organisational collaboration: the role of shared practice, interdependence and power balance. Anna Goussevskaia. Outubro, 2005. CI0518 Inovação interativa: capital social, knowledge sharing, routines e formação de redes interorganizacionais. Anna Goussevskaia, Rosiléia Milagres, Ana Luiza Lara de Araújo, Rafael Tello. Outubro, 2005. CI0517 Retorno financeiro dos investimentos em marketing: uma aplicação do modelo ROQ. Áurea Helena Puga Ribeiro, Ricardo Teixeira da Veiga, Daniela Vilaça Souza, Aline Favaro Reis, Marcelo Nacif Rocha. Outubro, 2005. CI0516 Modernidade organizacional em gestão de pessoas como base para a incorporação de modelo de gestão por competências. José Henrique Motta de Castro, Zélia Miranda Kilimnik, Anderson de Souza Sant’anna. Outubro, 2005. 22 II22 Títulos Publicados CI0515 CI0514 The Global Competitiveness Report 2005-2006. World Economic Forum (WEF). Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara. Outubro, 2005. CI0513 Estratégias de formação de ambientes colaborativos com fornecedores no gerenciamento das cadeias de suprimento no Brasil. Paulo Tarso Vilela de Resende, Guilherme Dayrell Mendonça, Bernardo Bellavinha Araújo. Outubro, 2005. CI0512 Aplicação de ferramenta de medição de capital intelectual em uma empresa industrial. Simone Maria Libânio Rocha e Silva, Carlos Arruda. Outubro, 2005. CI0511 Fórum de Aprendizagem: capturando o conhecimento tácito. Maria Lúcia Goulart Dourado, Maria das Graças Pinho Tavares. Setembro, 2005. CI0510 As medidas de rentabilidade dos modelos de gestão de valor e a taxa interna de retorno da empresa: uma análise comparativa. Haroldo Moura Vale Mota. Setembro, 2005. CI0509 Backward linkages in the Brazilian automotive industry: the interaction between government policies and multinational strategies and organizations – working paper. Roberto Gonzalez Duarte, Aldemir Drummond. Setembro, 2005. CI0508 Competitividade na cadeia produtiva. Guilherme Dornas. Agosto, 2005. CI0507 Personal values and leadership effectiveness. Léo F. C. Bruno, Eduardo G. E. Lay. Agosto, 2005. CI0506 World competitiveness yearbook 2005: análise dos indicadores de competitividade produzidos pelo IMD. Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara, Ana Luiza Lara. Equipe do Núcleo de Competitividade. Agosto, 2005. CI0505 The development of technological capabilities in immature countries through collaborative innovation networks – the Brazilian Genolyptus case. Rafael Tello, Ana Luiza Lara de Araújo, Rosiléia Milagres, Anna Goussevskaia. Equipe de Inovação. Julho, 2005. CI0504 Inversion in the volume of aggregate value (VAV) within intermodal transportation systems. Paulo Resende. Célula de Logística. Abril, 2005. CI0503 Innovation at international companies in Brazil – a study of the foundry industry. Virgínia Izabel de Oliveira, José Antônio Sousa Neto. Célula de Finanças. Abril, 2005. CI0502 Gestão financeira e gestão de valor em grandes empresas brasileiras – uma investigação empírica. Virgínia Izabel de Oliveira, José Antônio Sousa Neto. Célula de Finanças. Abril, 2005. CI0501 The Global Competitiveness Report 2004 – 2005. World Economic Forum (WEF). Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara, Ana Luiza Lara. Equipe de Competitividade da FDC. Janeiro, 2005. 2004 CI0420 Profissionais mais competentes, políticas e práticas de gestão mais avançadas? Anderson de Souza Sant’anna; Zélia Miranda Kilimnik; Isolda Veloso de Castilho. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0419 Executive retention in cross-border acquisitions: a knowledge-based view. Betania Tanure; Roberto Duarte. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0418 A visão de 513 dirigentes das maiores empresas brasileiras sobre a gestão dos múltiplos vínculos contratuais. Beth Fernandes; Antonio Carvalho Neto. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. 23 III 23 Caderno de Idéias CI0417 Economic Value Added (EVA) e Cash Value Added (CVA): uma análise comparativa. Haroldo Moura Vale Mota; Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Outubro, 2004. CI0416 Sistemas e tecnologias da informação na otimização de cadeias de suprimentos – um caso na indústria de cimentos. Marcelo Rodrigues; Paulo Resende. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0415 Logística integrada e tecnologias da informação no supply chain management – um caso na indústria cimenteira. Marcelo Rodrigues; Paulo Resende. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0414 Embedding knowledge in a new manufacturing plant. Paulo Prochno. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0413 Estudo logístico da rede portuária brasileira: portas para a competitividade. Paulo Resende. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0412 Carreiras em transformação: um estudo de trajetórias, âncoras e metáforas de carreira em associação a representações de competências profissionais. Zélia Miranda Kilimnik; Isolda Veloso de Castilho; Anderson de Souza Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0411 Universidades corporativas: do sonho da implantação ao desafio da gestão – um estudo de caso. Alceu Morais de Queiroz; Roberto Costa Fachin; Anderson Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0410 Dimensões da internacionalização. Linda Goulart. Núcleo Serasa de Inovação. Julho, 2004. CI0409 A criatividade e a inovação como fator de criação de valor e vantagem competitiva. O modelo pipeline da empresa para a criatividade e inovação. Marcos Augusto Boro. Núcleo de Competitividade. Julho, 2004. CI0408 Desenvolvendo a capacidade empreendedora de uma organização. Afonso Otávio Cozzi; Carlos Arruda. Núcleo de Empreendedorismo. Julho, 2004. CI0407 Retenção de executivos em aquisições transnacionais: a relação entre conhecimento e criação de valor. Betania Tanure; Roberto Duarte. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Julho, 2004. CI0406 Project finance theory and project control. José Antônio Sousa Neto; Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Julho, 2004. CI0405 O valor da arte e a arte do valor. Michel Fleuriet. Célula de Finanças. Julho, 2004. CI0404 Voluntariado empresarial: uma ferramenta para o desenvolvimento de competências humanas. Ana Lúcia Moreira; Carlos Antônio Mattiuz; Sônia Custódio de Souza. Abril, 2004. CI0403 Concepção da estratégia e o processo de sensemaking: explorando tendências e integrando conceitos. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Gabriel Guimarães Henrique. Célula de Marketing. Abril, 2004. CI0402 Proposta de um modelo de monitoração ambiental. Luiz Cláudio Junqueira Henrique. Célula de Marketing. Abril, 2004. CI0401 Como a alta gerência pode (e deve) contribuir para projetos de sucesso. Lúcio J. Diniz. Janeiro, 2004. 2003 CI0327 Aquisições. Um perfil das operações no Brasil. Betania Tanure; Vera L. Cançado. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0326 Free trade and transportation infrastructure in Brazil: towards an integrated approach. Paulo Resende; Joaquim J. M. Guilhoto; Geoffrey J. D. Hewings. Célula de Logística. Dezembro, 2003. 24 24 IV 24 Títulos Publicados CI0325 Commitment, cooperation and interdependence as distinctive elements of the relationship marketing between suppliers and carmakers: the case study of the Brazilian automotive industry. Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi; Áurea Helena Puga Ribeiro. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0324 Levels of customer loyalty and its antecedents – a proposal for an integrative model and its operational measures. Áurea Helena Puga Ribeiro; Ricardo Teixeira Veiga; Luis Antônio Godinho. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0323 A organização orientada para relacionamentos. Áurea Helena Puga Ribeiro; Celso Cláudio Hildebrand e Grisi; José Edson Lara. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0322 Estratégia de marketing em serviços financeiros business to business: operacionalizando o atributo “entrega” como fator crítico de diferenciação e fonte de vantagem competitiva. Luiz Carlos dos Santos; Áurea Helena P. Ribeiro; Reynaldo Diniz. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0321 Marketing de relacionamento interno nas organizações. Áurea Helena Puga Ribeiro; Iêda Lima Pereira. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0320 Alliances as a tool for effective innovation. Carlos Arruda; Linda Goulart. Núcleo de Inovação e Empreendedorismo. Dezembro, 2003. CI0319 E-commerce, evolução ou revolução no varejo? Áurea Ribeiro. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0318 Database Marketing: a ferramenta básica para o marketing individualizado e interativo. Áurea Helena Puga Ribeiro. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0317 Análise psicométrica de escalas em pesquisas em Administração: procedimentos e resultados de validação de medidas de modernidade organizacional, competências individuais e satisfação no trabalho. Anderson de Souza Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0316 Atração e retenção de jovens profissionais com potencial de desenvolvimento em empresas de pequeno e médio portes. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira; Amyra Moyzes Sarsur; Carlos Arruda. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0315 Super-homens, superempresas? Anderson de Souza Sant’anna; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Zélia Miranda Kilimnik. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Novembro, 2003. CI0314 Onde estão os talentos? Onde está a gestão de recursos humanos? Amyra Moyses Sarsur; Rosangela Rezende Pedrosa; Anderson de Souza Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2003. CI0313 Estará a crescente demanda por novas competências sendo devidamente sustentada por uma modernidade de políticas e práticas de gestão? Zélia Miranda Kilimnik; Anderson de Souza Sant’anna; Talita Ribeiro da Luz. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2003. CI0312 Crescimento vigoroso: necessários realinhamentos nas cadeias produtivas. José Paschoal Rossetti. Célula de Estratégia. Outubro, 2003. CI0311 Emerging global players: Evidences from the internationalization processes of Brazilian firms. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2003. CI0310 Explaining outcomes in competition among foreign multinationals in a focal host market. Aldemir Drummond; Subramanian Rangan. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0309 Alianças como instrumento de renovação eficaz. Carlos Arruda; Linda Goulart. Núcleo de Empreendedorismo e Inovação. Setembro, 2003. V Caderno de Idéias CI0308 Estratégia e finanças corporativas: um teste empírico sobre elos de ligação. Michel Alfredo Abras. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0307 Finanças corporativas e estratégia empresarial: turbulência do ambiente, alavancagem financeira e performance da firma no ambiente de negócios brasileiros. Michel Alfredo Abras. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0306 Innovation and entrepreneurship in a Brazilian SME network. Linda Goulart; Afonso Otávio Cozzi; Carlos Arruda. Centro de Empreendedorismo e Inovação. Setembro, 2003. CI0305 Construção do conhecimento em estratégia e em competitividade: uma síntese. Mauro Calixta Tavares; Luís Alexandre Simpson do Amaral. Célula de Marketing. Agosto, 2003. CI0304 Institutional design of Brazilian regulatory agencies: evidence of the national petroleum agency. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2003. CI0303 CI0302 Understanding the cross-cultural dimension in mergers and acquisitions. Betania Tanure; Suzana Braga Rodrigues. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2003. CI0301 Supply chain perspectives given the status of technological and logistics systems in Brazil. Paulo Resende; Eduardo Gazolla. Célula de Logística. Agosto, 2003. 2002 CI0227 Aplicação prática do Construto de Kohli-Jaworski para avaliação do grau de orientação de uma empresa para o mercado. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0226 Valor de marca e extensões: a perspectiva do consumidor. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0225 Regulação e federação: a (não) formação de uma agência mineira reguladora de serviços públicos concedidos. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira; Frederico Gonzaga Jayme Jr. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2002. CI0224 Global Players Research: investigation on the internationalization processes of companies in Brazil. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0223 Intensidade competitiva, performance financeira e sustentabilidade: uma análise longitudinal do desempenho econômico-financeiro das 500 maiores e melhores empresas do Brasil, no período 1990-1999. Álvaro Bruno Cyrino; Guilherme Costa Vale Dornas. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0222 Influence of the accumulation of knowledge in the strategies for entering international markets: a study of major Brazilian companies. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0221 Estrutura e estratégia: Chandler revisitado. Fátima Ferreira Roquete; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0220 Estratégias de internacionalização: um estudo comparativo de casos de empresas do setor siderúrgico. Júnia Cerceau; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0219 Vantagens e desvantagens em relacionamentos cooperativos: o caso UsiminasFiat. Antônio Batista da Silva Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2002. VI Títulos Publicados CI0218 Influência da acumulação de conhecimento nas estratégias de entrada em mercados internacionais: um estudo nas maiores empresas brasileiras. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de M. Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2002. CI0217 A organização orientada para aprendizagem em relacionamentos cooperativos. Áurea Helena Puga Ribeiro; Celso Cláudio Hildebrand e Grisi. Célula de Marketing. Outubro, 2002. CI0216 Entrepreneurial projects: applying project management to executive development programs. Lúcio José Diniz. Outubro, 2002. CI0215 Inovação em empreendimentos internacionais. Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Outubro, 2002. CI0214 Institucionalização da transição do Estado interventor para o Estado regulador: um estudo sobre a formação das agências reguladoras federais de infra-estrutura brasileiras. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira; Allan Claudius Queiroz Barbosa. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2002. CI0213 Empregabilidade estratégica: como as organizações transformam guerreiros vencedores em sujeitos fragmentados. Amyra M. Sarsur; Ronaldo André Rodrigues da Silva. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2002. CI0212 Repensando as relações de trabalho: novos desafios frente aos múltiplos vínculos de trabalho. Amyra M. Sarsur; Vera L. Cançado; Maria Elizabeth R. Fernandes; Ruth S. Steuer. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0211 Percurso semântico do tema empregabilidade: um estudo de caso em uma empresa de telefonia. Amyra M. Sarsur; Alexandre de P. Carrieri. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0210 ¿Sería posible una arqueología de las organizaciones? Las perspectivas de aplicación en las ciencias empresariales. Amyra M. Sarsur; Ronaldo A. Rodrigues Silva. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0209 Determinantes de longevidade das empresas familiares. Alden G. Lank. Núcleo de Empresa Familiar. Agosto, 2002. CI0208 Competências individuais requeridas, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: uma análise de organizações mineiras sob a ótica de profissionais da área de administração. Anderson de Souza Sant’anna; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Zélia Miranda Kilimnik. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0207 Práticas e desafios da gestão frente à nova arquitetura organizacional: reflexões teóricas. Amyra M. Sarsur; Maria Elizabeth R. Fernandes; Ruth S. Steuer; Vera L. Cançado. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0206 Managerial decision-making: an Anglo-Brazilian comparison. Carlos Arruda; David J. Hickson. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0205 A inserção competitiva do Brasil em 2002. Fabiana Santos; Carlos Arruda. Núcleo de Competitividade. Maio, 2002. CI0204 Managing culture as a competitive resource in the globalization era: from Weber to Hofstede. Betania Tanure; Nice Braga. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0203 E-business and third party logistics. Garland Chow. Célula de Logística – Parceria Internacional. Maio, 2002. CI0202 Orientação para o cliente: modismo ou estratégia? Luiz Cláudio J. Henrique. Célula de Marketing. Janeiro, 2002. CI0201 Segmentação: o que antecede à estratégia de mercado-alvo. Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Janeiro, 2002. VII Caderno de Idéias 2001 CI0109 Tendências nos mercados financeiros. Juliano Lima Pinheiro. Célula de Finanças. Setembro, 2001. CI0108 EVA® – The Economic Value Added and Brazil’s reality: is the WACC calculation reasonable for our industries? Guilherme Dornas. Célula de Finanças. Agosto, 2001. CI0107 Transferência de conhecimento e best practices em redes corporativas globais. Moacir de M. Oliveira Júnior; Phillip S. Sommer; Fabiano Colombini. Célula de Estratégia. Agosto, 2001. CI0106 Estratégias corporativas de reposicionamento na cadeia de valor. Paulo Resende. Célula de Logística. Agosto, 2001. CI0105 Repensando a empregabilidade, a empresabilidade e a “nova” gestão de recursos humanos: um estudo junto a organizações e profissões em Minas Gerais. Amyra Moyzes Sarsur. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0104 A dimensão humana nos processos de demissão. Amyra Moyzes Sarsur; Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0103 Desafios na gestão de pessoas em ambientes com diferentes tipos de vínculos de trabalho. Georgina Alves Vieira da Silva; Maria Elizabeth Rezende Fernandes; Ruth S. Steuer; Vera L. Cançado. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0102 Compartilhando conhecimento em empresas multinacionais de serviços profissionais: um estudo exploratório na indústria de propaganda. Moacir de M. Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Agosto, 2001. CI0101 Equilíbrio gravitacional entre a logística integrada e o processo de clusterização. Paulo Resende. Célula de Logística. Agosto, 2001. VIII