1 Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 Curso de Educação Física – N. 11, JUL/DEZ 2011 SÍNDROME METABÓLICA E SUA PREVENÇÃO Renata Montagnana1 Marcelo Ricardo Cabral Dias2 RESUMO Algumas patologias estão diretamente relacionadas a eventos cardíacos. Doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes são potenciais fatores de risco cardiovascular e a união destas doenças caracteriza uma patologia conhecida como síndrome metabólica. A atividade física pode ser considerada um fator relevante no combate e prevenção, e ainda, quando associada a hábitos alimentares e estilo de vida saudável diminuir os riscos de morte. Logo, mudanças no estilo de vida baseadas na implementação da atividade física regular e uma dieta balanceada são atitudes a serem tomadas no tratamento da obesidade e doenças relacionadas à síndrome metabólica. O presente estudo teve como principal objetivo identificar, através de uma revisão de literatura, os benefícios da atividade física para portadores de síndrome metabólica. Foram levantados dados sobre obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia, e ainda, a relação da atividade física na síndrome metabólica. Os dados encontrados na literatura não abordam sobre a síndrome metabólica de forma abrangente, pois grande parte dos estudos abordados apresenta fatores de risco associados à síndrome metabólica de forma isolada. Esta revisão mostrou a importância da prática de atividade física regular para portadores de síndrome metabólica, evidenciando que ocorre uma diminuição da gordura corporal, uma diminuição da pressão arterial em repouso, uma diminuição dos níveis de glicemia e a melhora no perfil lipídico, devido ao aumento do HDL - colesterol. Palavras-chaves: Atividade física. Diabetes mellitus. Dislipidemia. Hipertensão arterial. Obesidade. ABSTRACT Some diseases are directly related to cardiac events. Diseases such as obesity, hypertension and diabetes are potential risk factors for cardiovascular diseases and the union of these diseases features a pathology known as metabolic syndrome. Physical activity can be considered a relevant factor in combating and prevention of metabolic syndrome, and, when combined with diet and lifestyle reduces the risk of death. Thus, changes in lifestyle based on the implementation of regular physical activity and a balanced diet are attitudes to be taken in the treating of obesity and diseases related to metabolic syndrome. This study aimed to identify, through a literature review, the benefits of physical activity for patients with 1 Graduada em Educação Física –FMG - [email protected] 2 Mestre em Ciência da Motricidade Humana - Docente da Faculdade Metodista Granbery - [email protected] 2 metabolic syndrome. The data were collected on obesity, hypertension, diabetes mellitus and dyslipidemia, and also the relationship of physical activity on metabolic syndrome. The data in the literature do not address on the metabolic syndrome in a comprehensive way, because most of the studies shows the risk factors associated with metabolic syndrome in isolation. This review showed the importance of regular physical activity for patients with metabolic syndrome, suggesting that it occurs a decrease in body fat, a decrease in resting blood pressure, a decrease of glucose levels and improved lipid profile, due to the increase HDL – cholesterol. Keywords: Physical activity. Diabetes mellitus. Dyslipidemia. Hypertension. Obesity. 1 Introdução Algumas patologias estão diretamente relacionadas a eventos cardíacos. Doenças como obesidade, hipertensão arterial e diabetes são potenciais fatores de risco cardiovascular. A união destas doenças caracteriza uma patologia conhecida como síndrome metabólica. A síndrome metabólica pode ser caracterizada como uma alteração metabólica que encerra em si uma multiplicidade de fatores patológicos (SANTOS et al., 2005). Mesmo a síndrome metabólica sendo a mais comum anormalidade metabólica, existe alguns desencontros em relação à sua definição. Isso acontece, pois não há uma descrição internacional definitiva (PONTES e SOUSA, 2007). Guimarães e Guimarães (2006) e Braga et al. (2008) definem a síndrome metabólica como um transtorno representado por um conjunto de fatores de risco de doença cardiovascular. Brandão et al. (2005) caracterizam como um conjunto de fatores de risco, representado pela hipertensão arterial, obesidade, aumento dos triglicérides, diminuição do HDL e diabetes tipo 2. De uma forma diferenciada, Pontes e Sousa (2007) apontam que a síndrome metabólica pode ser denominada como síndrome de resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome pluri-metabólica. Parece que ainda não existe um consenso na definição da síndrome metabólica. Segundo a I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) alguns fatores de risco estão associados à alimentação e à inatividade física e a maioria tem grande impacto no aparecimento da síndrome metabólica. De acordo com os critérios do National Cholesterol Education Program (2001) citado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005), a tabela 1 apresenta os componentes da síndrome metabólica. Tabela 1: Componentes relacionados a Síndrome Metabólica. Componentes Obesidade abdominal por meio de circunferência abdominal Níveis 3 Homens > 102 cm Mulheres > 88 cm Triglicerídeos ≥ 150 mg/dL HDL Colesterol Homens < 40 mg/dL Mulheres < 50 mg/dL Pressão arterial (PAS e PAD) ≥ 130 mmHg ou ≥ 85 mmHg Glicemia de jejum ≥ 110 mg/dL HDL: High-Density Lipoprotein, sigla em inglês que significa a lipoproteína de alta densidade indicando o colesterol ruim; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica (NATIONAL CHOLESTEROL EDUCATION PROGRAM, 2001 apud SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005). A atividade física pode ser considerada um fator relevante no combate e prevenção de eventos patológicos. Tal prática associada a hábitos alimentares e estilo de vida saudável pode diminuir os riscos de morte. Para Mercuri e Arrechea (2001), a prática regular de atividade física contribui para diminuir o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A atividade física promove uma melhora do perfil lipídico, uma contribuição para a normalização arterial, uma diminuição da freqüência cardíaca de repouso e durante o exercício, além de alterações comportamentais que favorecem o cuidado com a qualidade de vida. Logo, mudanças no estilo de vida baseadas em implementação de atividade física regular e uma dieta balanceada são atitudes a serem tomadas no tratamento da obesidade e doenças relacionadas à síndrome metabólica (KAVEY et al., 2003 apud BRANDÃO et al., 2005). Doenças como hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, e dislipidemias podem ser vistos de forma isolada para as complicações cardiovasculares, desta forma, este estudo elucida as variáveis que envolvem a síndrome metabólica e tem o objetivo de identificar através de uma revisão de literatura, os benefícios da atividade física para portadores de tal patologia. 2 Obesidade A obesidade é considerada a epidemia do século XXI. Ela vem crescendo de forma acentuada nos últimos anos, o que pode ser considerado um alto fator de risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares (RÖSSNER, 2002 apud SANTOS, 2005). McArdle et al. (1998) caracterizam a obesidade como um acúmulo excessivo de gordura corporal representado por um processo a longo prazo, desde a infância até a vida adulta. Silva e Malina (2003) apontam a contribuição da obesidade na diminuição da expectativa de vida da população. 4 Com o crescimento da obesidade, podem surgir doenças potencialmente perigosas ao sistema cardiovascular. Ferreira (2006) afirma que a obesidade está relacionada ao diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial e dislipidemia, sendo estas patologias clássicos fatores de risco para o coração. A manifestação da obesidade e doenças associadas se caracteriza como a síndrome metabólica. Para Ramos et al. (2006), o aumento do peso corporal é um dos principais fatores responsáveis pelo surgimento da síndrome metabólica. A principal causa da obesidade reside no excesso de comida, porém existem outros fatores relacionados, como, influências genéticas, sociais, ambientais ou até mesmo raciais. A obesidade deve ser encarada como uma doença crônica que causa múltiplos riscos para a saúde (MCARDLE et al., 1998). Monteiro et al. (1995) apud Sartorelli e Franco (2003) apontam que a desnutrição diminuiu consideravelmente nas últimas décadas em adultos e crianças e houve uma evolução na prevalência da obesidade em homens e mulheres. O estilo de vida moderno pode ser fator contribuinte para o aumento da gordura corporal. Atualmente, a maioria das pessoas adota hábitos e estilos de vida fisicamente pouco ativos, pois as facilidades da tecnologia podem levar a certas comodidades. Teixeira et al. (2006) mostram que a condição da vida urbana faz da obesidade e das doenças cardiovasculares um problema da modernidade. Para Matsudo et al. (2002), a inatividade física tem apresentando grande prevalência entre os fatores de risco para morbi-mortalidade cardiovascular. Estes autores ainda apontam para o alto custo econômico que o sedentarismo emprega tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Pessoas obesas, com risco cardiovascular, geram um maior custo para a saúde pública. Além da atividade física, os hábitos alimentares afetam o crescimento da obesidade. Sabe-se que uma dieta balanceada, que atenda à demanda energética nutricional, é fator indispensável para a manutenção e equilíbrio do peso corporal. Francischi et al. (2001) afirmam que a alimentação é fator principal na prevenção e tratamento da obesidade. Uma dieta com o balanço energético positivo, ou seja, quando o valor calórico ingerido é superior ao gasto, é um fator contribuinte para o desenvolvimento da obesidade, pois promove um aumento nos estoques de energia (PEREIRA et al., 2003). O balanço energético positivo pode estar relacionado a antecedentes históricos. Ferreira (2006) afirma que, com base na história da humanidade, armazenar gordura era uma situação necessária para a sobrevivência, pois indivíduos que possuíam uma maior reserva energética lidavam melhor com a escassez de alimentos e respondiam melhor às infecções. Assim, faz-se necessário a implementação da atividade física diária e uma menor ingestão de alimentos com alto valor calórico. As estratégias de manipulação dietética geralmente 5 englobam modificações no total energético ingerido ou na composição dietética (FRANCISCHI et al., 2001). Ainda é apontada a importância do cuidado com as dietas de alta restrição energética. O ACSM (2007) afirma que dietas que restringem severamente o consumo energético e jejuns prolongados são indesejáveis e potencialmente perigosas para a saúde, pois resultam em perdas de nutrientes e tecidos isentos de gordura, ocorrendo uma mínima redução de massa adiposa. A manifestação da obesidade vem acarretando um aumento da síndrome metabólica. Para Ramos et al. (2006), o aumento do peso corporal é um dos principais fatores responsáveis pelo surgimento desta doença. Esta incidência acontece, principalmente, em portadores da obesidade central. A elevação do peso corporal acima do ideal é um dos principais fatores que predispõe ao surgimento da síndrome metabólica, principalmente em indivíduos que apresentam a obesidade central (PONTES e SOUSA, 2007). Para Lerario et al. (2002), a localização abdominal da gordura, que indica uma obesidade central, se mostra associada a distúrbios metabólicos e risco cardiovascular. Depósitos viscerais de triglicerídeos contribuem para elevar a glicemia, a insulinemia e a resistência insulínica (KISSEBAH et al.,1982, KROTKIEWSK et al., 1983 apud LERARIO et al., 2002). O acúmulo de gordura na região central (obesidade andróide) oferece maior risco à saúde, quando comparado ao padrão ginóide de obesidade (CASTANHEIRA et al., 2003). A inclusão da atividade física é um recurso bastante eficaz no controle e prevenção da obesidade. Um estudo de Lee (1999) citado por Matsudo (2002) aponta que obesos moderadamente ativos apresentam um risco menor de morte que aqueles que sejam inativos. Estes achados corroboram com a afirmação de Palma (2000) que mostra que o sedentarismo aparece como potencial fator de risco para o desenvolvimento da obesidade. Nahas (2001) apud Santos e Coelho (2003) preconiza que a atividade física tem o papel de manter o gasto energético acima da ingesta alimentar para que a gordura corporal seja reduzida. Logo, a atividade física deve ser considerada um importante mecanismo de prevenção e tratamento da obesidade. 2 Hipertensão arterial A hipertensão arterial pode ser considerada uma patologia do sistema cardiovascular, que implica em um perigoso dano ao coração e ao cérebro. De acordo com Wilmore e Costill (2001), a pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos 6 sanguíneos e é expressa através de dois valores: pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). A PAS pode ser classificada como o valor mais alto e que representa a maior pressão no interior da artéria e a PAD corresponde ao valor mais baixo e representa a diástole ventricular do coração. Amado e Arruda (2004) citam que a hipertensão arterial apresenta fatores de risco relevantes para complicações cardiovasculares. Estudos demonstram que a hipertensão arterial é uma das mais importantes causas de morbi-mortalidade universal (SEMENCIW et al., 1988; BURT et al., 1995; apud ANDRADE et al., 2002). Logo, a hipertensão arterial pode acarretar sérios danos, como lesão nos vasos sanguíneos dos olhos, coração, rins e cérebro (PESSUTO e CARVALHO, 1998; MONTEIRO et al., 2005). De acordo com Toscano (2004), grande parte da população adulta com hipertensão não sabe que é hipertensa. Por isso, a hipertensão também é chamada de doença silenciosa, e muitos dos que sabem, não estão sendo adequadamente tratados. Esta doença é um dos principais agravos à saúde no Brasil, pois eleva o custo médico-social, principalmente pelas suas complicações, como as doenças cérebro-vascular, arterial coronariana, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2004). Alguns parâmetros de classificação da pressão arterial são normatizados. Tabela 2: Tabela de Classificação da Pressão Arterial para Adultos. Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) <120 e <80 Pré Hipertensão 120-139 ou 80-89 Hipertensão no Estágio 1 140-159 ou 90-99 Hipertensão no Estágio 2 > 160 ou >100 Normal PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica (ACSM, 2007). Alguns fatores se associam ao surgimento da hipertensão arterial, sendo eles: idade, sexo, histórico familiar raça, obesidade, estresse, vida sedentária, tabaco, anticoncepcionais, além de uma alimentação rica em sódio e gorduras, sendo alguns deles modificáveis e outros não. O ACSM (2003) aponta que a prevalência de hipertensão aumenta com a idade e é maior em homens que em mulheres. Porém, a obesidade está cada vez mais relacionada no desenvolvimento da doença, que independe da idade do indivíduo. Para Ferreira e Zanella (2000), o ganho de peso que normalmente ocorre com o passar dos anos pode representar um 7 dos mecanismos de elevação da pressão arterial, entretanto mesmo em indivíduos jovens, existe a relação da adiposidade com os níveis pressóricos. A prevalência de obesidade entre indivíduos hipertensos é maior que em normotensos (FERREIRA e ZANELLA, 2000; GALVÃO e KOHLMANN JUNIOR, 2002). Estas afirmações corroboram com os estudos de Santos (2005), quando se estudou a relação da obesidade no desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Para o controle da obesidade e da hipertensão arterial é considerado importante a implementação da atividade física regular. Estudos demonstram que a prática regular de exercícios físicos aeróbicos é recomendada como parte do tratamento nãomedicamentoso da doença (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2002 apud FORJAZ et al., 2003). A prática regular de atividade física pode ser considerada como fator indispensável na prevenção da hipertensão arterial. Além desta medida, é importante que ocorra uma diminuição do peso corporal, uma dieta balanceada, uma diminuição na ingestão de sódio, um aumento na ingestão de potássio, uma diminuição no consumo de álcool, abandono do tabagismo e atividades que possam diminuir o estresse (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2004 3 Diabetes mellitus O Diabetes Mellitus é um dos principais problemas de saúde mundial, tanto em número de pessoas afetadas, como de incapacitação e de mortalidade prematura, bem como dos custos envolvidos no seu tratamento (SILVA e LIMA, 2002). Gill (1991) apud Bazotte et al. (2005) conceitua como uma patologia associada à deficiência parcial ou total de insulina e que pode levar à alterações patológicas nos rins, olhos, nervos periféricos, coração e vasos sanguíneos. Logo, o diabetes mellitus se caracteriza por uma elevada taxa de glicose sanguínea, o que decorre de uma falta ou uma incapacidade da insulina em exercer suas funções (VANCINI e LIRA, 2004). O diabetes mellitus pode se manifestar de formas diferenciadas. Existem considerações distintas sobre os tipos de manifestação da doença. Uma das principais diferenças entre os tipos de diabetes mellitus é na produção de insulina. O diabetes tipo I é causado pela destruição das células-beta produtoras de insulina no pâncreas e o diabetes tipo 2 é causado pela deficiência na produção de insulina, através das células-beta, com um defeito em sua secreção (POWERS e HOWLEY, 2000; ACSM, 2007). 8 Powers e Howley (2000) apontam que indivíduos diabéticos tipo I não produzem insulina suficiente, por isso, são dependentes de insulina exógena (injetada), já os diabéticos tipo 2 não são insulino-dependentes, porém, alguns diabéticos tipo 2 podem necessitar de insulina injetável ou de medicação oral para estimular o pâncreas a produzir insulina adicional. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum e responde de forma mais eficaz ao tratamento com dieta e exercício físico. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2008). O diabetes mellitus tipo 2 está associado a fatores genéticos e ambientais. (DEFRONZO et al., 1992 apud REIS e VELHO, 2002). A tabela 3 aponta as principais diferenças entre os dois tipos de diabetes mellitus. Tabela 3: Principais diferenças entre os diabéticos Tipos I e II Características Tipo I Tipo II Juvenil Adulto Proporção de todos os diabéticos 10% 90% Idade de início < 20 > 40 Rápido Lento Incomum Comum Sempre Comum, mas nem sempre Nenhuma ou muito pouca Pouca Comum Rara Normal/magro Geralmente obeso Outro nome Desenvolvimento da doença Histórico familiar Necessidade de insulina Insulina pancreática Cetoacidose Gordura corporal Fonte: Berg (1986) e Cantu (1982) apud Powers e Howley (2000). Os principais sintomas do diabetes tipo 2 são infecções, alteração visual, dificuldade na cicatrização de feridas, formigamento nos pés e furunculose (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2008). No que diz respeito a síndrome metabólica, o diabetes mellitus está potencialmente relacionado à obesidade. Blackburn (2002) apud Silveira (2003) aponta que, aproximadamente, 80% dos indivíduos com diabetes tipo 2 têm sobrepeso ou são obesos. Silveira (2003) afirma que a adiposidade central está mais freqüentemente associada à resistência à insulina. Esta associação acontece devido ao fato de que o aumento do tecido gorduroso acarreta uma resistência à insulina, desta forma, o tratamento básico dos diabéticos tipo 2 inclui dieta e atividade física para reduzir o peso corporal e, assim, auxiliar no controle da glicemia (POWERS e HOWLEY, 2002). 9 Para Mercuri e Arrechea (2001), a atividade física é um importante fator no tratamento do diabetes mellitus, pois melhora a qualidade de vida dos portadores desta patologia. Peyrot e Rubin (1994) apud Silva e Lima (2002) afirmam que o exercício físico reduz os níveis de glicemia em diabéticos. Um estudo de Helmrich et al. (1991) apud Mercuri e Arrechea (2001) mostra que o risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2 aumenta com o aumento do IMC (índice de massa corporal) e, quando é aumentada a intensidade ou duração da atividade, esse risco diminui, principalmente em indivíduos com risco elevado de diabetes. A tabela 4 apresenta os principais benefícios da atividade física para portadores do diabetes mellitus. Tabela 4: Benefícios da atividade física para portadores de diabetes mellitus. Aumento do consumo da glicose Aumento da resposta dos tecidos à insulina Diminuição dos triglicerídeos Aumento da concentração de HDL-colesterol Diminuição da concentração de LDL-colesterol Diminuição da pressão arterial Aumento do gasto energético e redução do peso corporal Diminuição da massa de gordura Preservação e aumento da massa muscular Sensação de bem estar e melhora da qualidade de vida Fonte: MERCURI e ARRECHEA (2001). Diante desta importância da atividade física regular, faz-se necessário medidas educacionais para o controle da doença, e o abandono do sedentarismo é uma delas. Para Cazarini et al. (2002), com a educação dos portadores de diabetes é possível conseguir reduções importantes das complicações advindas da doença e conseqüente melhoria da qualidade de vida. Muitos são os benefícios da atividade física para portadores do diabetes tipo 2, porém é necessário cuidados e precauções na prescrição dos exercícios. A atividade física deve ser prescrita de forma individual, para que se evitem os riscos e para que se otimizem os resultados de sua prática (MERCURI e ARRECHEA, 2001). De acordo com estas autoras, deve-se levar em consideração o tipo de atividade, sua duração, freqüência e intensidade, pois, a prescrição dependerá da idade, do controle metabólico, da duração do diabetes e das complicações próprias da doença. 10 Mercuri e Arrechea (2001) sugerem que sejam realizadas atividades aeróbicas, que envolvam grandes grupos musculares que possam ser mantidas por um tempo prolongado. Tais autoras apontam para a importância que deve ser dada ao tempo dispendido na atividade, tendo em vista que os exercícios contínuos não devem ultrapassar 60 minutos para a mesma atividade, para que não aumente o risco de ocorrer hipoglicemia. A freqüência semanal também é um fator que deve ser levado em consideração. Uma freqüência inferior a 2 vezes por semana não fornece efeitos significativos ao nível metabólico e cardiovascular. Estudos envolvendo o tema diabetes mellitus enfocam a importância do papel da atividade física regular no controle da doença, porém é necessário que o próprio diabético tome consciência deste fato. Kirk et al. (2003) apud Vancini e Lira (2004) afirmam que 60 a 80% das pessoas com diabetes não seguem as prescrições mínimas para a manutenção da saúde. A atividade física, a dieta e o uso de medicação são freqüentemente indicados no tratamento do diabetes mellitus tipo 2, porém alguns indivíduos são incapazes de manter uma atividade física regular e um bom controle alimentar, dificultando assim o tratamento. (VANCINI e LIRA, 2004). 4 Dislipidemia Entre as patologias associadas à síndrome metabólica está uma doença conhecida como dislipidemia. Arcanjo et al. (2005) afirmam que a dislipidemia é caracterizada por altos níveis de LDL-colesterol e baixos níveis de HDL-colesterol, estando associada a um maior risco cardiovascular. Eizerik e Manfroi (2008) definem a dislipidemia como uma disfunção crônica do metabolismo dos lipídeos. A tabela 5 apresenta os valores de referência. Tabela 5: Valores de referência dos lipídeos para indivíduos maiores de 20 anos de idade. Lipídeos Colesterol Total LDL - colesterol Valores Categoria < 200 Ótimo 200-239 Limítrofe ≥ 240 Alto < 100 Ótimo 100-129 Desejável 130-159 Limítrofe 11 160-189 Alto ≥ 190 Muito Alto < 40 Baixo > 60 Alto < 150 Ótimo 150-200 Limítrofe 201-499 Alto ≥500 Muito Alto HDL - colesterol Triglicérides Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia (2001). As dislipidemias podem ser classificadas em primárias ou secundárias. As dislipidemias primárias ou de origem genética estão relacionadas a fatores neuroendócrinos e distúrbios metabólicos e as dislipidemias secundárias são causadas por outras doenças, como: hipotireoidismo, diabetes mellitus, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, obesidade, alcoolismo e o uso indiscriminado de medicamentos do tipo diuréticos, betabloqueadores, corticosteróides e anabolizantes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2001; DÂMASO, 2001 apud CAMBRI et al., 2006). As dislipidemias desencadeiam alterações nas concentrações das lipoproteínas plasmáticas, favorecendo o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes e doenças cardiovasculares. As alterações lipídicas mais freqüentes são: hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, redução das concentrações da lipoproteína de alta densidade (HDL) e aumento das concentrações da lipoproteína de baixa densidade (LDL), as quais podem ocorrer de forma isolada ou combinada (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2001). O aumento do LDL e do colesterol total está relacionado ao risco de doenças cardiovasculares, ao contrário do HDL, que atua como um fator de proteção para estas doenças (WILLIAMS, 1996; SIERVOGEL et al., 1998; BEMBEN, 2000; KRAUSS, 2004 apud CAMBRI et al., 2006). O aumento do sedentarismo e os hábitos alimentares ricos em gorduras estão relacionados à obesidade e podem ser fatores contribuintes para o aumento da prevalência da dislipidemia (ANDRADE et al., 2004 apud ARCANJO et al., 2005). Para Lessa et al. (1997), a prevalência de dislipidemia depende de hábitos dietéticos culturais ou adquiridos e do estilo de vida da população. Indivíduos com sobrepeso e obesidade, freqüentemente, apresentam elevações leves a moderadas dos níveis séricos de triglicérides e níveis mais baixos de HDL-colesterol, porém, os níveis de LDL-colesterol podem ou não estar aumentados (SOCIEDADE BRASILEIRA 12 DE CARDIOLOGIA, 2002). De acordo com Shephered et al. (1995) apud Souza et al. (2003), a diminuição nos níveis de colesterol proporciona uma redução no risco de eventos coronarianos. Logo, a prática regular da atividade física é um fator contribuinte no controle da dislipidemia. Corroborando, Matsudo et al. (2005) diz que a prática regular de atividade física aumenta o HDL-colesterol, diminui os triglicérides (TG) e o LDL-colesterol. Apesar de a dislipidemia ser um dos fatores presentes na caracterização da síndrome metabólica, é independente do sexo, idade, história de tabagismo, hipertensão arterial e diabetes mellitus. (PYORALA, 1997, apud BATISTA e RODRIGUES, 2004). 5 Benefícios da atividade física em portadores da Síndrome Metabólica A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2005) aponta que existem certas dificuldades em relação à abordagem terapêutica de indivíduos que apresentam várias comorbidades, porém as primeiras e mais importantes medidas são aquelas relacionadas ao estilo de vida do indivíduo. Sendo a síndrome metabólica uma patologia que está relacionada a um conjunto de fatores de risco é bastante relevante a relação entre atividade física e controle da doença. Pode-se caracterizar o tipo de atividade física como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética e resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985 apud GLANER, 2002). Estudos apontam que a inatividade física e um baixo nível de condicionamento físico são considerados fatores de risco para mortalidade prematura (BLAIR et al, 1996 apud CIOLAC e GUIMARÃES, 2004). Tendo em vista a obesidade como um dos componentes da síndrome metabólica, faz-se necessária a implementação de programas de controle energético com ajuda de um programa de atividade física. Logo, a atividade física regular exerce grande influência no tratamento da obesidade. Os benefícios podem ser adquiridos como conseqüência de alterações na composição corporal (DESPRÉS e LAMARCHE, 1994; DESPRÉS et al., 1991 apud FRANCISCHI et al., 2001). No que se diz respeito à hipertensão arterial, a inclusão da atividade física e a mudança de alguns hábitos mostram-se como um recurso bastante eficaz no seu controle e prevenção. O efeito do exercício físico sobre a pressão arterial de grau leve a moderado é especialmente importante devido ao fato de que o indivíduo hipertenso pode diminuir a dosagem dos seus medicamentos anti-hipertensivos ou até ter sua pressão controlada sem a adoção de medidas farmacológicas (RONDON e Brun, 2003, FUCHS et al., 1993 apud MONTEIRO e SOBRAL 13 FILHO, 2004). Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2002), os indivíduos hipertensos devem iniciar a prática regular de exercícios físicos depois de serem submetidos a uma prévia avaliação clínica. De acordo com Monteiro e Sobral Filho (2004), o exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas nos sistemas corporais, principalmente no sistema cardiovascular. Os mecanismos que norteiam a queda pressórica pós-treinamento físico estão relacionados a fatores hemodinâmicos, humorais e neurais (NEGRÃO et al., 2001). Estudos apontam que o exercício físico de baixa intensidade diminui a pressão arterial porque provoca diminuição no débito cardíaco, o que pode ser explicado pela diminuição da freqüência cardíaca de repouso e diminuição do tônus simpático no coração (TEIXEIRA, 2000; NEGRÃO et al, 2001; NEGRÃO e RONDON, 2001 apud MONTEIRO e SOBRAL FILHO, 2004). A atividade física tem uma grande influência no controle, também, do diabetes mellitus. Desde o século XVIII, os médicos reconheceram a utilidade terapêutica do exercício físico no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (ROLLO, 1789 apud ANGELIS et al., 2006). Estudos apontam que o exercício físico reduz os níveis de glicemia em diabéticos (ABE et al., 1993, SELAM et al., 1992 apud SILVA e LIMA, 2002). Segundo Angelis et al. (2006), o exercício físico está relacionado a uma melhora na ação insulínica, especialmente no músculo esquelético. Além dos benefícios citados, Mercuri e Arrechea (2001) apontam o aumento do consumo de glicose pelos músculos em atividade física como combustível energético. Assim, a atividade contribui para o controle da glicemia. No que diz respeito ao diabetes tipo 2, as autoras afirmam que o exercício é uma das indicações mais apropriadas para corrigir a resistência à insulina e controlar a glicemia, principalmente, se estiver associado à obesidade. Assim, a prática regular de exercícios diminui o peso, a pressão arterial e a resistência à insulina, que favorece o controle glicêmico e promove a sensação de bem estar. (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 1996; HORTON, 1988 apud SILVA, 1996). A dislipidemia é outro fator de risco da síndrome metabólica. A prática de atividade física é um fator essencial na prevenção e tratamento da dislipidemia. Os exercícios físicos podem contribuir para melhorias do perfil lipídico auxiliando na redução da massa corporal, pois para cada quilo de massa corporal perdida ocorre uma redução de 1% nos níveis de colesterol total e LDL-colesterol, uma diminuição de cerca de 5 a 10% dos níveis de triglicérides e um aumento de 1 a 2% nas concentrações de HDL-colesterol (CAMBRI et al., 2006). Estudos apontam que indivíduos que praticam atividade física apresentam maiores níveis de HDL e menores níveis de LDL em comparação aos indivíduos sedentários. Este fato 14 independe do gênero, biótipo e dieta (DURSTINE e HASKELL, 1994; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2003 apud CARLET et al.,2006). Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2006), os indivíduos portadores de síndrome metabólica devem ser estimulados à prática do exercício físico, sendo que os maiores benefícios ocorrem quando indivíduos sedentários incorporam um nível de atividade física moderado a intenso. 6 Conclusão A literatura aponta a atividade física e as mudanças no estilo de vida como principais fatores de prevenção e tratamento da síndrome metabólica, porém, a maioria dos estudos ainda não aborda diretamente sobre a síndrome metabólica. Grande parte das publicações apresenta os fatores de risco associados à síndrome metabólica de forma isolada. A síndrome metabólica é caracterizada pela obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus e dislipidemia. De todos os fatores de risco que caracterizam a síndrome metabólica, parece que a obesidade pode ser considerada o fator mais grave, devido ao fato de que indivíduos obesos são mais propensos a desenvolver doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 e dislipidemia. A prática regular de atividade física se apresenta como tratamento não medicamentoso indispensável aos portadores da síndrome metabólica. No entanto, a prescrição dos exercícios deve ser bem planejada e orientada. Esta revisão mostrou a importância geral da prática de atividade física regular para portadores de síndrome metabólica, evidenciando a diminuição da gordura corporal e da pressão arterial em repouso, uma diminuição dos níveis de glicemia e a melhora no perfil lipídico, devido ao aumento do HDL-colesterol. Diante das evidências, a realização de mais estudos, incluindo pesquisas com portadores de síndrome metabólica, é de grande importância para o enriquecimento da literatura científica. Mais estudos, que envolvam portadores da síndrome metabólica, são necessários relacionando as variáveis do treinamento para a sua prescrição. 15 REFERÊNCIAS AMERICAN COLLEGE OF SPORTS OF MEDICINE. Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição. 7ª.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. AMADO, Tânia Campos Fell; ARRUDA, Ilma Kruze Grande. Hipertensão arterial no idoso e fatores de risco associados. Rev. Bras. Nutr. Clin., v.19, n.2, p.94-99, 2004. ANDRADE, Jadelson; VILAS-BOAS, Fábio; CHAGAS, Hildenizia; ANDRADE, Marianna. Aspectos Epidemiológicos da aderência ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Arq. Bras. Cardiol., v.79, n.4, p.375-379, 2002. ANGELIS, Kátia; PUREZA, Demilto; FLORES, Lucinar; RODRIGUES, Bruno; MELO, Karla; SCHAAN, Beatriz; IRIGOYEN, Maria. Efeitos fisiológicos do treinamento físico em pacientes portadores de diabetes tipo I. Arq. Bras. Endocrinol. Metab., v.50, n.6, p.10051013, 2006. 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