A civilização grega tem grande importância na formação cultural e política do Ocidente. Os gregos foram os primeiros a falar em DEMOCRACIA, o “governo do povo”. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA Concentrou-se ao sul da Península Balcânica, nas ilhas do Mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. O relevo montanhoso e o conseqüente isolamento das localidades facilitaram a organização de cidades-Estado autônomas, característica marcante da Grécia Antiga. A partir do século VIII a.C. estabeleceram colônias gregas em diversos pontos da orla do Mar Mediterrâneo, especialmente no sul da Itália, na região conhecida como Magna Grécia. Pré-Homérico Durante o período de formação da civilização grega observamos a chegada de diferentes povos à região da Península balcânica, do Mar Egeu e no litoral da Ásia Menor. Contando com uma geografia acidentada e poucas terras férteis disponíveis, os povos que habitavam essa região dedicavam-se principalmente ao comércio e à colonização de outras regiões próximas do Mar Tirreno e Adriático. Imigração indo-européia Pré Cretenses: Vindos da Ilha de Creta formavam uma civilização comercial que exerceu o domínio sobre a Grécia Continental. Possuíam uma sociedade matriarcal governada pelo Rei Minos. Aqueus: Vindos do Norte da Península Balcânica, invadiram e dominaram os cretenses. Dórios: Originários da mesma região dos aqueus, expulsaram os Jônios e Eólios da Grécia para as ilhas do Egeu e o litoral da Ásia menor. (Primeira Diáspora Grega) Os Dórios trouxeram a decadência para a Grécia, provocaram um colapso comercial e cultural, o que quase levou ao desaparecimento da escrita nessa região. Formação da cultura creto-micênica. Primeira Diáspora grega =invasão dórica PERÍODO HOMÉRICO Fontes: Ilíada (Guerra de Tróia) e Odisséia (retorno de Ulisses ao reino de Ítaca). Poemas atribuídos ao poeta Homero. Os refugiados da primeira diáspora grega fundaram pequenas unidades auto-suficientes baseadas no coletivismo – os genos, ou comunidades gentílicas. Essas unidades eram compostas de membros de uma mesma família, sob a chefia do pater. Por volta do ano 800 a.C., as disputas por terras cultiváveis e o crescimento populacional acabaram com o sistema gentílico. Alguns paters se apropriaram das melhores terras, originando a propriedade privada, e muitas outras famílias se dispersaram para o sul da Itália e para outras regiões, ocasionando a segunda diáspora grega. A desintegração dos genos provocou a formação das pólis e a colonização da região correspondente ao sul da Itália e à ilha da Sicília,área denominada Magna Grécia. Com as mudanças foram reforçadas as diferenças sociais. Cidades-Estados ou PÓLIS Cada cidade-Estado grega era um centro político, social e religioso autônomo, com uma classe dominante, deuses e um sistema de vida próprios. ATENAS Conhecida como a cidade exemplar da Grécia Antiga, por sua cultura e prosperidade econômica, Atenas, se desenvolveu na Ática, região cercada de montanhas. Por causa da falta de terras férteis, os atenienses voltaram-se para a pesca, a navegação e o comércio marítimo. SOCIEDADE DE ATENAS Eupátridas (grandes proprietários terra) 2. Georgóis (pequenos proprietários) 3. Demiurgos (comerciantes) 4. Thetas (camponeses sem terra) 5. Thecnays (thetas que viviam artesanato) 6. Metecos (estrangeiros) e escravos. 1. de do POLÍTICA EM ATENAS 1. 2. 3. 4. 5. Eclésia (assembléia popular que aprovava as medidas da Bulé) Bulé (ou Conselho dos 400 que elaboravam as leis a serem votadas pela assembléia popular) Arcontado (exerciam a justiça e administração) Estrategos (cuidavam do exército) Helieu (tribunal de justiça popular) LEGISLADORES DE ATENAS Drácon: redigiu as leis – até então orais -, dificultando sua manipulação pelos eupátridas. Sólon: Aboliu a escravidão por dívidas, libertou os devedores da prisão e determinou a devolução de terras confiscadas pelos credores eupátridas. Também dividiu a sociedade de forma censitária em quatro classes sociais e instituiu o princípio da eunomia (igualdade perante a lei). Criou órgãos legislativos; a Bulé (ou Conselho dos 400), que preparava leis, e a Eclésia (Assembléia Popular), que as votava. TIRANOS DE ATENAS Pisístrato: estabeleceu a tirania. Procurou amenizar as diferenças sociais, patrocinando várias obras públicas, gerando emprego a thetas e georgóis descontentes. Hiparco e Hípias: filhos de Pisístrato, não deram seguimento as reformas. Clístenes: Foi neste contexto que ocorreu uma grande revolta liderada por Clístenes, que instituiu a democracia na cidade . DEMOCRACIA ATENIENSE A democracia ateniense era formada com a participação de cidadãos atenienses (adultos, filhos de pai e mãe ateniense) que correspondiam a uma minoria, pois eram excluídos os estrangeiros, escravos e mulheres. ESPARTA Representou os valores de austeridade, espírito cívico, submissão total do indivíduo ao Estado. Sociedade conservadora, patriarcal, aristocrática, guerreira e eugênica (não se admite defeitos físicos nos cidadãos). SOCIEDADE ESPARTANA 1. Espartanos: principal grupo social e elite militar. 2. Periecos: eram pequenos proprietários que se dedicavam ao artesanato e ao comércio em pequena escala. 3. Hilotas: Servos de propriedade do Estado, sem direito políticos. POLÍTICA EM Esparta 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Sistema Oligárquico. O governo era Diarquia (dois Reis). A Assembléia (Ápela) era formada por espartanos com mais de 30 anos. A Ápela era responsável pela eleição da Gerúsia e do eforato. A gerúsia, formada por 28 espartanos com mais de 60 anos, tinha atribuições legislativas e judiciárias. Os cinco éforos tinham funções executivas. Os Reis tinham funções religiosas e militares PERÍODO CLÁSSICO Esse período foi marcado por violentas lutas dos gregos contra os povos invasores (persas) e entre si. Foi considerado o apogeu da antiga civilização grega, concentrando suas maiores realizações culturais. A primeira das grandes guerras de gregos contra persas ficou conhecida como Guerras Médicas.(por causa dos Medos que habitavam o Império Persa). Guerras Médicas Gregos X Persas. Causas: imperialismo persa (expansão persa na Ásia Menor). Batalha em Maratona: vitória grega. Desfiladeiro de Termópilas: o exército espartano comandado por Leônidas é derrotado por Xerxes. Batalha Naval de Salamina: os persas são derrotados. Batalha de Platéia: Xerxes é derrotado. Paz de Címon ou Calias: os persas se comprometiam a abandonar o mar Egeu. CONFEDERAÇÃO DE DELOS GUERRA DO PELOPONESO A hegemonia ateniense, com a expansão de sua influência política, foi combatida por Esparta, que não desejava que o império de Atenas colocasse em risco as alianças de Esparta com outras cidades. A formação da Liga do Peloponeso inseriu-se nesse contexto. Foram 28 anos de lutas, que terminaram com a derrota ateniense. A supremacia espartana teve curta duração, sendo seguida pelo predomínio de Tebas e por um período de perturbações generalizadas. As principais cidades gregas estavam esgotadas por décadas de guerra. Eram alvos fáceis para um inimigo exterior: a Macedônia. PERÍODO HELENÍSTICO Período caracterizado pela invasão da Grécia pelos macedônios comandados por Filipe II (Batalha de Queronéia). A política expansionista iniciada por Filipe II teve continuidade com seu filho e sucessor Alexandre Magno, que consolidou a dominação da Grécia e conquistou a Pérsia, o Egito e a Mesopotâmia. Alexandre respeitou as instituições políticas e religiosas dos povos vencidos e promoveu casamentos entre seus oficiais e jovens das populações locais; ele próprio desposou uma princesa persa. A fusão dos valores gregos com as tradições das várias regiões asiáticas conquistadas deu origem a uma nova manifestação cultural, o helenismo. HELENISMO Fusão dos elementos gregos com as culturas locais. Recebeu este nome pois os gregos chamavam a si mesmos de helenos Revisão Cultura Grega Religião, Filosofia e Artes. O pensamento grego tinha por base a razão e, por isso, supervalorizava o homem (antropocentrismo). RELIGIÃO (Deuses Gregos) A religião grega era politeísta e antropomórfica. SEMIDEUSES Hércules: Um dos mais populares heróis da Grécia Antiga, que realizou proezas de grande perigo, os chamados doze trabalhos de Hércules,entre eles a morte da Hidra, a captura de Cérbero e a libertação de Prometeu. TESEU: QUE MATOU O Minotauro do palácio de Creta, libertando Atenas. ÉDIPO: o decifrador dos segredos da esfinge, que subjugava Tebas. Leia a letra da canção “Mulheres de Atenas” de Chico Buarque de Holanda e Augusto Boal (1976) em seguida. A letra retrata da sociedade ateniense, assim como alguns episódios e personagens da mitologia grega. Mulheres de Atenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas Quando amadas se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram, Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas Cadenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Guardam-se pros maridos, poder e força de Atenas Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar, violentos Carícias plenas, obscenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar o carinho De outras falenas Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas Helenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito nem qualidade Têm medo apenas Não têm sonhos, só têm presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas Morenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas Serenas Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos, Orgulho e raça de Atenas Trabalho elaborado pelos alunos: Ana Cláudia da Silva n° 02 Jéssica Martins Moraes n° 13 William Vieira Zmiyewski n° 28 do 2°B do colégio Rui Barbosa, tendo como tema a civilização grega. Bibliografia Livro: “Nova História Integrada” Ensino médio vol. Único. Autores: João Paulo Mesquita Hidalgo Ferreira Luiz Estevam de Oliveira Fernandes http://images.google.com.br/imghp?ptBR:official&hl=pt-BR&tab=wi