Um Pequeno Manual
sobre Género para
Emergências
Ou
Simplesmente Senso
Comum
Departamento de Emergências da Oxfam GB
Porque é que nos preocupamos com Género
Notas cautelares
Usar uma abordagem de género significa...
Avaliação da situação
Métodos participativos
Planificação
Água e saneamento em particular
Implementação
Monitoria
Avaliação
Avaliar propósitos de projectos
Alimentação para posterior pensamento
Conclusão
Referências
1. Porque é que nos preocupamos com género

Relações bem equilibradas entre homens e mulheres são essenciais para o
desenvolvimento económico e humano.

O insucesso na melhoria da situação económica e social da mulher, que constitui
uma grande disparidade entre a maioria dos pobres no mundo, impossibilita o
desenvolvimento sustentável.

A Oxfam acredita que a igualdade é efectivamente mais abordada mudando as
relações desiguais entre homens e mulheres ao invés da mudança da situação da
mulher isoladamente.

A resposta urgente é sempre conduzida com objectivo da igualdade de género em
mente a longo prazo.
2. Notas cautelares e Hipóteses

O homem, por si próprio, não é responsável pela inequidade orgânica; a culpa e a
defensiva são desnecessárias e inúteis.

O condicionamento de séculos não será desfeito lendo um livro ou participando
no workshop. Será um longo trajecto.

Os homens mais inteligentes estão tão frustrados e confusos quanto as mulheres
que décadas de trabalho e activismo ainda não despertaram para igualdade para as
mulheres.

O sistema também causa problemas para homens, mas porque estes são pouco
óbvios que as mulheres e são facilmente ignorados por ambos sexos.
3. Usar uma abordagem de género significa:
Diferenciar os grupos alvo. Abordagens diferenciadas de género são essenciais
em TODAS as intervenções de objectivos relacionados com grupos alvo. Sempre que
uma resposta é associada e ou direccionada a um grupo alvo particular, ela terá impactos
diferentes em homens e mulheres.
O uso de termos genéricos como “famílias urbanas” e “população deslocada” pode
obscurecer as necessidades das mulheres e de outros grupos marginalizados. “Pessoas” e
“população” devem sempre significar “mulheres & homens” como uma lembrança de
que é necessária informação diferente. Deve-se fazer esforço para mostrar as diferenças
dentro destes (classe social, idade, etnicidade, etc.) uma vez que o género é uma variável
que tem diferente aplicabilidade para diferentes grupos.
Usar uma abordagem participativa através de ciclo de
resposta. A participação das necessidades do beneficiário e a concepção do projecto
são importantes desde a resposta inicial da programação a longo prazo. As abordagens
participativas são, muitas vezes, mais bem sucedidas ao lidar e reconhecer as diferenças
entre a população em questão, criando benefícios sustentáveis para vários grupos. O
apoio e envolvimento inadequados para mulheres e outros grupos em desvantagem tende
a piorar a sua situação económica e posição social.
Ligando intervenções de curto e longo prazo. Programas de
emergência e de redução da pobreza devem influenciar, também, os níveis da sociedade
que determinam as estruturas sociais e que contribuem para a contínua desigualdade.
Todas as intervenções devem considerar o impacto a longo prazo, em geral o acesso aos
recursos e benefícios dos grupos mais pobres.
Trabalhar com os homens para avançar com os
objectivos das mulheres. Continuar a sensibilizar e envolver os homens
(co-trabalhadores bem como beneficiários!) no apoio a uma participação cada vez maior
e de tomada de decisão para as mulheres, entender os benefícios das abordagens da
igualdade de género e do desenvolvimento humano equilibrado.
4. Avaliação da situação, recolha de informação no
terreno
Procure sempre informação tanto de mulheres como de homens; as suas opiniões e
prioridades irão diferir.
Entreviste sempre mulheres e homens em separado; as respostas
significativamente mais cuidadas e significativas em grupos sexuais isolados.
são
Sempre que possível, as mulheres devem ser entrevistadas por outras mulheres; mais uma
vez, este facto tem um maior impacto na qualidade da resposta.
Certifique-se que obtém as opiniões de representantes reconhecidas de mulheres, cujas
ideias não sejam as mesmas que as dos líderes locais oficiais ( predominantemente
homens).
Simples orientações de avaliação para
dimensão do género1
1. Mesmo se houver pouco tempo para realizar investigação em grande
escala, evite assumir que as necessidades de todos são as mesmas.
2. Reconheça que as mulheres podem ser relativamente mais “invisíveis” e
que, em tempos de crise, pode estar mais confinadas às suas casas do que o
normal. Pode ser necessário um determinado esforço para procurar pelos
seus pontos de vista e opiniões separadas das dos homens.
3. Procure informações a partir de uma variedade de pessoas: tanto mulheres
como homens, pessoas comuns, bem como líderes comunitários, indivíduos
bem como grupos organizados.
4. Use métodos de pesquisa simples e flexíveis que não exigem habilidades
avançadas ou equipamentos especiais; identifique um pequeno, mas gerível,
número de indicadores - chave, tendo em mente que pode ser necessário que
se incluam indicadores de género específicos.
5. Identifique o modo como homens e mulheres estão a sobreviver através
dos seus próprios esforços e tente apoiá-los ao invés de impor uma visão de
um estranho sobre o que está a acontecer.
6. Identifique um pequeno número de famílias particularmente vulneráveis
para monitorar através de entrevistas regulares profundas.
7. Por mais estranho que seja, explore as prioridades que as pessoas
afectadas identificam por si próprias. Reconheça que as necessidades
psicológicas, sociais e culturais e a informação podem ser muito importantes
na garantia da sobrevivência assim como no preenchimento dos requisitos
físicos de alimentação e abrigo.
Uma análise minuciosa da situação cria a base para todas as análises
subsequentes e passo da planificação. Se não se fizer distinção a este nível
1
G. Templer, Gender and Emergencies, http//ourworld.compuserve.com/homepages/guytempler, overview,
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entre grupos alvos relevantes, será muito mais difícil e custoso para conduzir
os passos futuros ao longo das linhas específicas de género.
As questões e considerações descritas na rápida avaliação das listas de
verificação devem ser o mais específicas de género possível; identifique
sempre com quem está a falar. Se necessário separe posteriormente homens
e mulheres em sub-grupos para levar em consideração outras variáveis e
descreva mais precisamente os impactos situacionais.
Detalhes das práticas sociais, culturais e pessoais como as exigidas nos
instrumentos e nas listas de verificação de avaliação da saúde pública podem
ser melhor obtidas usando métodos de apreciação participativos.
5. Métodos Participativos
O objectivo primário da avaliação participativa e instrumentos de
planificação (PRA, POP, etc) é de fortalecer a habilidade de tomada de
decisão de grupos que estão em desvantagem socialmente.
Mesmo as avaliações mais urgentes requerem a conversa com as pessoas
afectadas. O pouco tempo extra e o cuidado metodológico dado para garantir
que mulheres, homens e sub-grupos relevantes tenham oportunidade de fazer
parte tem um grande impacto sobre a exactidão e resposta dos benefícios.
Métodos participativos orais dão as pessoas analfabetas (uma grande
proporção de quem é mulher) a oportunidade para estarem
significativamente envolvidas no estabelecimento de prioridades e esboço de
intervenções.
O tempo limitado e a mobilidade geográfica disponível para as mulheres
deve ser sempre levada em consideração quando de pede a participação de
mulheres. A sua carga de trabalho, responsabilidades domésticas e com
crianças fazem com as mulheres sejam menos capazes de estar presentes e
participar nos encontros; devem-se encontrar formas de tornar possível a
inclusão.
Os métodos participativos exigem:
 Uma atitude pessoal positiva em consultas externas
 Habilidades para comunicação extremamente boas
 Prontidão para levar a sério os afectados, tratá-los como competentes,
parceiros responsáveis
 Prontidão para aprender com eles
 Inclusão de mulheres como facilitadoras desde que elas achem muito
mais simples estabelecer contacto com mulheres
 Como um pré-requisito, uma compreensão profunda das condições
sociais e económicas actuais*.
* As condições sociais predominantes devem ser levadas em consideração
ao longo das linhas específicas de género, reconhecendo as diferenças em :
 Divisão do trabalho e da carga de trabalho
 Fontes de rendimento
 Compromisso na participação & contribuição
 Acesso para/controle sobre os recursos físicos (terra, capital,
empréstimos, mão-de-obra, etc.)
 Acesso aos outros recursos (educação, informação, serviços de
consulta)
 Mobilidade
 Formas de organização e participação em instituições e direcções
formais & informais
Estas diferenças criam a base para as diferentes percepções de homens &
mulheres sobre necessidades e prioridades de curto e longo prazo.
Cada fase de análise e planificação deve ser conduzida separadamente com
homens e mulheres e nalguns casos com vários grupos de idade para
identificar as várias formas em que se percebe o problema. Quando se
trabalha com grupos separados, é essencial apresentar os resultados de cada
grupo para os outros discutirem as várias visões e alcançarem consenso em
relação às concepções e prioridades.
A avaliação participativa e os instrumentos de planificação não devem ser
como uma estrutura rígida, mas como uma orientação e ajuda na direcção.
Boa planificação faz parte de um processo adaptável possivelmente um
pouco longo, mas garantindo participação activa genuína e flexibilidade na
resposta à nova informação, percepção e constante aprendizagem.
6. Planificação
Na avaliação e desenho do programa, não é bom ter um membro da uma
equipa para lidar com o “aspecto da mulher” de maneira isolada. Este facto
resulta no acréscimo das componentes insustentáveis das mulheres de forma
alargada.
“Orientação de grupo alvo” e “género” devem ser incluídos nos termos de
referência para planificadores, integrados e ligado de forma sistemática. A
análise do grupo alvo (género) não pode esboçada independentemente
daqueles responsáveis por aspectos mais técnicos da estratégia do projecto.
As questões a elaborar e propósitos e objectivos clarificados devem ser
específicos de género.
Os conselheiros devem garantir, desde o início, que o pessoal e parceiros
locais percebam porquê o exame de aspectos específicos de género,
indicadores e impactos é essencial.
Quando se estabelece um objectivo, devem existir indicadores com os quais
se pode medir o seu progresso, sucesso ou insucesso.
Diferenciar objectivos e indicadores por género é a única forma de
garantir que existe uma ligação provisória para registar impactos
específicos do projecto sobre género e desta forma facilitar condução do
projecto.
Os objectivos e seus indicadores são desenhados para resultados, propósito
do projecto e metas gerais e actividades individuais do projecto. Eles devem
ser:
Precisos em relação a :





Grupos alvo (quem?)
Localização
Qualidade(o quê? como?)
Tempo
Quantidade
Realístico: a situação a ser alcançada que é provavelmente exequível.
Verificável com recursos disponíveis e com pouco trabalho possível.
Expressivo: especificar os principais objectivos aos vários níveis de
planificação independentemente de um qualquer um. Os indicadores a um
nível de planificação podem pertencer a objectivos somente a esse nível.
Os indicadores qualitativos são tão importantes quanto os quantitativos: não
somente quantas mulheres membros do comité de gestão de água, mas que
postos elas ocupam e se têm a mesma autoridade para tomada de decisão
assim como os seus homólogos masculinos.
Questões chave
Com base nas seguintes perguntas você pode determinar como geriu de
forma a abrigar uma abordagem de género dentro da estratégia do projecto.
 Os homens e as mulheres beneficiam-se da mesma maneira?
 Os homens e as mulheres estão activamente envolvidos no desenho do
projecto, tomada de decisão? Quais são os seus papéis específicos?
 Os indicadores estão formulados ao longo das linhas específicas de
género de forma que os vários impactos do projecto possam ser
determinados em homens e mulheres?
 Os resultados e as actividades formulados ao longo das linhas
específicas de género foram relevantes?
 As actividades foram planificadas de forma a resolver os
constrangimentos existentes a participação das mulheres?
 Os homens e as mulheres estão satisfeitos porque a segurança e
protecção são adequadamente abordadas?
 Foram dados passos para garantir que um número apropriado de
pessoal feminino do projecto faça parte e se beneficie?
 Onde os membros femininos do grupo alvo não podem ser abordados
pelo trabalhadores masculino, existem planos para empregar peritos
femininos?
 Se os trabalhadores existentes não está adequadamente formado para
aconselhar e apoiar grupos alvo femininos, foi planificada formação
para abordar este facto?
7. Água e saneamento em particular
As seguintes questões de género devem ser consideradas no desenho do
projecto: 2
1. O grupo de usuários: normalmente, as facilidades de água serão usadas
primariamente pelas mulheres. As responsabilidades domésticas e cuidados
das crianças pelas mulheres irão dificultar que elas caminhem longas
distâncias. Idealmente, as mulheres deviam ser consultadas e envolvidas nas
decisões sobre a instalação de fontanárias e das facilidades de saneamento e
sobre o estabelecimento de regimes de manutenção para elas.
2. Questões de segurança e privacidade: o assédio sexual às vezes
aumenta nas fronteiras do campo e a localização das facilidades de água,
saneamento & lavandaria deviam garantir que os riscos de as mulheres
usarem-nas não aumenta. Onde as facilidades de água são restritas deve-se
envidar esforços para manter estas durante o dia, a não ser que as mulheres
prefiram o contrário.
3. Necessidades práticas das mulheres: não subestime as necessidades
menstruais na planificação do saneamento; Este facto precisa de ser
discutido de forma sensível entre mulheres e os seus pedidos levados em
conta no desenho do fornecimento. Este facto pode implicar a garantia de
privacidade, roupa extra, papel ou toalhas.
4. Manutenção das facilidades: quando as facilidades são construídas às
pressas, pensa-se pouco em manutenção a longo prazo. Os planos de
manutenção devem-se estabelecer em consulta com as mulheres
especialmente onde os recursos do doador tem tendência a diminuir ao longo
do tempo. Se se considerar a realocação de fundos, investigue o impacto de
várias opções de preço em famílias pobres & chefiadas por mulheres
envolvendo-as nas decisões.
2
G. Templer, Gender and Emergencies, http//ourworld.compuserve.com/homepages/guytempler, health,
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8. Implementação
As questões de género na implementação do programa são primariamente
sobre quem faz o quê e como elas fazem.
 O número de mulheres na equipa de resposta é proporcional ao
número de mulheres na população afectada?
 As mulheres são vistas a trabalhar em papeis não tradicionais? Se não,
está-se a envidar esforços para formar mulheres nestes trabalhos?
 Que esforços estão a ser envidados para maximizar o emprego & a
formação de mulheres afectadas por desastres e mulheres locais não
afectadas directamente pelos desastres?
 As pessoas reconhecem e entendem os efeitos de marcas de
comportamento de género?
 A competência das mulheres é reconhecida?
 Questões de segurança e protecção estão a ser consideradas?
 Os homens e mulheres (beneficiários e staff) estão a ser informados
sobre o progresso e decisões?
9. Monitoria
Monitoria significa observação sistemática e documentação
implementação do projecto com base no plano pré-determinado.
da
Monitoria & Avaliação são as vezes conduzidas como um passo para
conduzir o plano de resposta, garantir a melhoria e aprendizagem contínuas.
A participação dos grupos alvo é crucial.
Na revisão dos programas diferencia sempre os resultados e impactos por
género. (Este facto não será possível se não se usar uma redacção correcta
no desenho do programa.) Termos genéricos para resultados como “aumento
de fornecimento de alimentos para camponeses e suas famílias”, irá
significar pouco sobre quem beneficia deste aumento e se actualmente irá
aumentar a situação e qualidade de vida de todos os membros da família.
Questões chave para avaliar a orientação de género durante a revisão do
progresso do projecto:
 A diferenciação de género foi especificamente abrigada na estratégia
do projecto?
 Que acomodações foram feitas para garantir a participação de
mulheres?
 A planificação e implementação do projecto foi baseada na análise da
situação onde homens e mulheres de vários contextos sociais e idades
foram capazes de dizer uma palavra e apresentar as suas próprias
visões?
 Até que ponto o projecto foi examinado para impactos específicos de
género e desenhado ao longo destas linhas (ex: Na análise do quadro
lógico)
 Até que ponto os impactos específicos de género (intencional ou sem
intenção) foram observados durante a implementação e que passos se
algum foi/será dado para corrigir ou compensar estes?
10. Avaliação
Avaliação significa avaliação interna da informação recolhida durante a
monitoria para determinar se o actual curso do projecto vai de acordo com o
plano e seus objectivos ou não.
Uma avaliação útil fornece Comentários sobre a qualidade e extensão em
que os homens e as mulheres influenciaram o desenho do projecto. Os
grupos alvo não deveriam ter sido somente uma fonte de informação mas, o
seu feedback (retro alimentação) podia ter influenciado demonstrativamente
a direcção e modelação da resposta.
A avaliação deve descrever o quanto o processo tem ajudado homens e
mulheres beneficiários a avaliar e conjugar as suas próprias actividades.
Os impactos específicos de género planificados e não planificados devem ser
levados em conta. Considere como as questões de género na resposta podem
ter afectado,











A situação alimentar
Emprego
Rendimento
Carga de trabalho
Saúde
Acesso para e controle de recursos
Capacidade organizacional
Participação na tomada de decisão
Auto-confiança
Mobilidade
Estatuto social
Na avaliação, como em outras fases, é importante para as mulheres serem
capazes de falar com mulheres; é necessário ter um número suficiente de
mulheres no quadro de pessoal do projecto. Como em outras consultas, as
avaliações precisam de planificação extra para preencher as agendas das
mulheres.
11. Avaliação das propostas do projecto
Uma exibição da proposta inicial deve ser para conformidade com políticas,
incluindo género. Somente se for positiva deverá ser seguida pela avaliação
do conceito do projecto.
As questões chave que a proposta deve responder e clarificar inclui,
Metas & Objectivos
 Estabeleceu-se o equilíbrio de género?
 Se o outcomes inclui termos como
“sustentabilidade”, como são definidos?
“empoderamento”
ou
Planificação
 Que situação a proposta pretende melhorar? A quem irá beneficiar?
 Quem é afectado por esta situação? Só homens? Mulheres e homens?
Só mulheres? Os jovens são particularmente afectados?
 Que sub-grupos homogéneos existem (em termos de rendimento,
idade, acesso a recursos?)
 Tanto os homens como as mulheres foram questionados sobre como
eles vêm o problema e as suas opiniões são aparentes?
 Que potencial os vários sub-grupos tem para agir?
 O grupo alvo está descrito com precisão e inutilizado em detalhe?
 Considerou-se os papeis múltiplos das mulheres?
 Que arranjos são feitos para acomodá-los?
 Os objectivos, principais resultados e actividades estão planificados
em linha com os interesses e necessidades dos homens e mulheres?
 Que evidência existe para mostrar que tanto homens como mulheres
irão participar activamente?
 Como é que o projecto alimenta a capacidade dos homens e mulheres
para agirem/tomar decisões sobre as questões que os afectam?
 Como é que projecto promove o conhecimento de & capacidade para
negociar os seus direitos?
 Como é que projecto alimenta a capacidade dos homens e mulheres
para manter os resultados do projecto além da intervenção?
 Como é que as oportunidades actuais são para/barreiras para mudar a
integração no plano?
Avaliação
 Os indicadores consideram papeis sociais /género?
 Como é que os impactos específicos de género serão medidos?
Determine os impactos prováveis de género da proposta.
As seguintes categorias podem ser úteis:
(a) O projecto só se dirige às mulheres;
(b) As mulheres serão claramente envolvidas no desenho do programa e
se beneficiarão disso;
(c) A informação sobre mulheres é inadequada; ou
(d) Estes são riscos para mulheres pois, os seus interesses e necessidades
são insuficientemente consideradas no desenho do projecto e as
mulheres podem não se beneficiar disso;
(e) As mulheres não se beneficiam o suficiente. Os impactos negativos
sobre as mulheres são prováveis de ultrapassar quaisquer medidas
compensatórias;
(f) Os grupos alvo e os impactos específicos de género no ambiente
imediato não podem ser quantificados directamente. 3
As propostas na categoria “c” podem ser melhoradas oferecendo
aconselhamento no desenho, ajudando a conduzir grupos alvo diferenciados
por género e análise da situação. Será necessário tempo suficiente e perícia
para fazer isto como deve ser e a primeira fase da emergência pode não ser o
tempo mais apropriado para tal formação.
A informação sobre as agências de parceiros propostas deve responder:
 A agência está apta para implementar o projecto como desenhado?
 A agência está apta para adoptar procedimentos específicos de
género?
 Qual é a atitude da agência em relação às abordagens de género?
 Haverá resistência ao envolvimento activo de mulheres?
 Eles têm habilidades necessárias neste campo?
3
J. Oterhaus, W. Salzer, Gender Differentiation throughout the Project Cycle, Deutsche Gesellschaft fur
Technische Zusammenarbeit, 1995
24. Alimentação para posterior
pensamento
As áreas comuns de equívocos que afectaram o sucesso das intervenções
técnicas incluem:
 Ganha pão. A ideia de que as mulheres sãp primariamente
responsáveis pela casa e os homens pela produção e alimentação da
família. Nos países mais desenvolvidos as mulheres tem uma maior
responsabilidade pelas necessidades materias da família, as vezes
contribuindo mais do que os seus maridos. Este facto é especialmente
verdade in classes pobres.
 Chefes de família. Em muitos países, mais do que 30% das
famílias são dirigidas por mulheres. Em situações de deslocação, as
vezes mais de 80% da população que se desloca é composta por
mulheres e crianças.
 Trabalho. Estudos sobre a carga de trabalho mostram que as
mulheres pobres trabalham mais do que os homens e que as suas horas
de trabalho são fisicamente árduas, de trabalho repetitivo como
carretar água, procurar lenha, pilar milho ou lavar roupa. Em adição
ao trabalho de geração de rendimento, os homens de todo o mundo
são o pilar da casa cuidando das crianças, cuidando dos doentes e dos
idosos. A sua mobilidade e o montante de tempo de descanso
disponível é significativamente mais limitado que dos homens.
 Acesso a Ajuda. O acesso de homens e mulheres para e control
sobre recursos impotantes tais como terra, capital, formação e
informação difere. O acesso limitado – tempo, grau de instrução,
mobilidade – de mulheres e grupos pobres exclui-os actualmente dos
programas de alívio à pobreza a não ser que dá-se atenção especial a
isso. Iniciativas direccionadas para homens e iniciativas
preconceituosas em relação aos homens tem em muitos casos alargado
a abertura entre homens e mulheres.
24. Conclusão
Muitos factores contribuem para a persistência da iniquidade de género.
Alguns destes são profundamente impregnados e subtis como as tendências
de homens e mulheres para comunicar e agir de certas maneiras e, os lugares
da sociedade de relativo valor nestes comportamentos. De importância
particular no local de trabalho estão os estilos e maneirismos que
interpretamos como indicativos de “competência”, comportamentos mais
exibidos por homens do que por mulheres.
Tanto nos nossos trabalho como locais de trabalho, também precisamos de
ser mais inteligentes e cientes das questões de género por forma a perceber
como a iniquidade social é perpetuada.
Reconhecer e responder as diferenças de género é um passo importante na
melhoria da qualidade da ajuda na emergência. Fazer isto exige exercício de
consciência de um pouco de senso comum.
Referências
Deutsche Geselleschsaut fur Technische Zusammenarbeit, Gender-aware
approaches to relief and rehabilitation: guidelines, 1996
GADU/Emergencies Unit (Oxfam), Working Guidelines for Gender and
Emergencies, 1991
D. Clifton et al, “The Sphere Project: Humanitarian Charter and Minimum
Standards In Disaster Response – A Gender Review”, 1999
M. Legum, “Systems of Gender Relations”, Paper for UCT Conference on
Systems Thinking (undated)
J. Osterhaus, W. Salzer, Gender Differentiation throughout the Project
Cycle, Deutsche Geselleschsaut fur Technische Zusammenarbeit, 1995
A.Parker et al, Gender Relations Analysis, A Guide for Trainers, Save the
Children, 1995
G.
Templer,
Gender
and
Emergencies,
http//ourworld.compuserve.com/homepages/guytempler
UNHCR, People Oriented Planning at Work: Using POP to Improve
UNHCR Programming, 1994
B. Walker, “Disaster Relief: the Gender perspective” Oxfam, 1993
B. Walker, “Gender & Emergencies” Oxfam, 1994
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