Governo do Estado do Rio Grande do Norte
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Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – PROPEG
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FORMULÁRIO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA - PIBIC
TÍTULO DO PROJETO
Efeito do extrato bruto extraído de s de Myracrodruon urundeuva no metabolismo de
ratos normais, obesos ou com diabetes induzida.
COORDENADOR
Francisco Barros Barbosa
Co-ORIENTADOR
(Opcional)
ORIENTANDO
1) Thiago Fernandes Martins
2) Luadja Zaydan de Souza Lima
3) Jucimara Soares da Silva
4) Ana Cláudia da Silva Melo
5) Raabe Mikal Honorato
RENOVAÇÃO DE
PROJETO *
SIM
✘
NÃO
1. RESUMO DO PROJETO (até 2000 caracteres com espaço)
O objetivo deste projeto é estudar os efeitos do extrato bruto das cascas de Myracrodruon urundeuva . no
metabolismo de ratos. A efetivação do estudo se justifica pela carência de estudos sistematizados sobre flora do
bioma caatinga e pela necessidade de validação do conhecimento popular sobre a ação das plantas medicinais. A
busca constante de novas formulações para o controle do diabetes é também justificativa para o estudo. Os dados
produzidos neste projeto visão também suprir de informações projetos mais específicos com relação aos
constituintes da planta e seu possível efeito hipoglicêmico em animais. Para a realização deste projeto serão
utilizados ratos Wistar albinos normais; com hiperglicemia induzida por obesidade experimental ou com diabetes
induzida por aloxano, submetidos ao tratados com o extrato bruto da Myracrodruon urundeuva. Nestes animais
serão avaliados, os níveis plasmática de glicose, ácidos graxos livres, colesterol e albumina. A interpretação dos
dados obtidos nos indicará a linha mais adequada a se seguir posteriormente.
2. INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA (até 7000 caracteres com espaço)
Em nível de senso comum, muitas plantas são tidas como potentes instrumentos para a cura de
diversas doenças que acometem o homem ou outros animais. Conhecidas popularmente como “plantas
medicinais” elas têm se constituído de uma fonte terapêutica importante para a população de um modo
geral, especialmente para aquelas que vivem isoladas e com difícil acesso à rede pública de saúde.
A massificação do uso dos recursos fitoterápicos ocorrida em todo o mundo tem exigido que a
pesquisa científica assuma papel decisivo na validação do conhecimento do senso comum . Assim sendo,
estudos realizados em diferentes centros de pesquisa do mundo têm identificado e isolado em muitas
espécies, componentes químicos que possuem potentes elementos que agem contra fungos, bactérias,
insetos, moluscos, células tumorais, etc. e na fisiologia de diferentes sistemas de vertebrados. (SHANEMCWHORTER, L, 2005; JUNG et al, 2006; NAIK,1991).
Nos últimos anos a flora que compõe a caatinga brasileira tem recebido atenção especial em
função da grande variedade de espécies nativas existentes e, por conseqüência, das possibilidades de
isolamento de compostos com novas potencialidades terapêuticas.
Nesta linha, este estudo se propõe a avaliar o possível efeito da Myracrodruon urundeuva no
metabolismo dos carboidratos de ratos normais ou com diabetes induzida. O número crescente do diabetes
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em todas as faixas populacionais de nosso país justifica por si só a realização desse e de outros estudos
que busquem a descoberta de novos componentes que apresentem ação efetiva no controle do
metabolismo dos carboidratos e na homeostasia glicídica destes indivíduos. A aroeira de campo
(Myracrodruon urundeuva ALLEMÃO) como é comumente conhecida no Brasil, pertence ao gênero
Myracrodruon da família Anacardiaceae. É uma planta de ampla distribuição geográfica adaptada a vários
biomas com cerrado, florestas pluviais e caatinga (Andrade, 2000). Os extratos hidroalcoólico e aquoso da
entrecasca desta planta mostram atividade antiinflamatória, analgésica, cicatrizante e antiulcerativa. Na
medicina popular nordestina á ainda indicada no tratamento de bronquite, tuberculose pulmonar, gastrite e
diabetes (Lorenze H, 1992; Matos,FJA 2000).
Os constituintes químicos da Myracrodruon urundeuva revelam alta concentração de extrativos
fenólicos o que indica que a planta é rica em metabólitos secundários (GLASBY, 1991) e, portanto explica
sua resistência à degradação química e biológica. Como alguns destes metabólitos secundários têm, em
outras plantas, mostrado ação hipoglicemiante, resolvemos investigar se o extrato bruto da Myracrodruon
urundeuva também apresenta tal efeito, como preconiza o senso comum. A idéia é avaliar se essa planta
tem potencial terapêutico para o tratamento de alguma das formas do diabetes.
Assim pretende-se avaliar o efeito do extrato bruto desta planta no metabolismo de animais
normais e de animais dos modelos experimentais de diabetes tipo I e tipo II que desenvolvemos no
laboratório.
Como se sabe, no diabetes tipo I as células beta do pâncreas (produtoras de insulina) são destruídas
por um processo autoimune. (ASHCROFT, et al,1992). Conseqüentemente, a insulina não é mais produzida
e não é liberada no sangue para promover o transporte da glicose para as células. Por essa razão, a lesão
das células beta do pâncreas representa uma falha de componente “efetor” desse sistema de controle. Se a
insulina não puder ser liberada em resposta a um aumento da glicemia após uma refeição rica em
carboidratos, a glicose não pode ser transportada para o interior das células do organismo e o resultado
final é a hiperglicemia e o diabetes, com repercussões sistêmicas variadas e baixa qualidade de vida.
(ASHCROFT, et al,1992; POWERS HOWLEY, 2000). No diabetes tipo II as células B pancreática do
indivíduo podem apresentar defeitos na capacidade de síntese e/ou de secreção de insulina ou ainda na
capacidade de ação deste hormônio em nível periférico. O resultado é uma alteração no metabolismo dos
carboidratos, lipídios e proteínas induzindo o indivíduo a uma reduzida tolerância à glicose com picos de
hiperglicemia característicos.
É também objetivo deste estudo avaliar se a planta em questão tem efeitos tóxicos que
possam trazer riscos ao seu consumo (em forma de chás, decoctos, infusões) e se ela tem potencial para se
constituir em uma alternativa de tratamento para os indivíduos que sofrem de alguma forma de
descontrole da homeostasia glicídica.
* Em caso de renovação de projeto, o coordenador deverá explicitar as razões para tal, justificando com os
dados preliminares.
3. OBJETIVOS (até 2200 caracteres com espaço)
Geral:
Este projeto tem como objetivo geral estudar o efeito do extrato bruto da entrecasca da planta
Myracrodruon urundeuva no metabolismo da glicose de ratos normais; com hiperglicemia induzida por
obesidade experimental (modelo de diabetes tipo II) ou com diabetes induzida por aloxano (modelo de
diabetes tipo I). Paralelamente pretende-se avaliar se o extrato da referida planta apresenta toxicidade
quando administrada oralmente.
Específicos:
* Estudar as mudanças comportamentais dos animais submetidos aos tratamentos descritos neste projeto.
* Determinar os níveis plasmáticos das enzimas alanina amino transferase e aspartato amino transferase
nos ratos normais, após a administração oral de extrato aquoso saturado da Myracrodruon urundeuva ;
*Avaliar o efeito da administração oral do extrato bruto da planta na glicemia de jejum dos animais dos
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três modelos experimentais nas diferentes etapas deste estudo;
* Avaliar a resposta glicêmica dos animais dos modelos descritos a uma sobrecarga exógena de glicose,
após o tratamento proposto.
* Determinar o perfil lipídico de jejum (ácidos graxos livres, triglicérides e colesterol) destes animais, após
a administração oral do extrato nas diferentes etapas do projeto.
Determinar os níveis plasmáticos de proteínas totais e de albumina após a administração do extrato
4. METODOLOGIA (até 4000 caracteres com espaço)
Material vegetal e seu extrato bruto:
Será utilizado cacas do caule da Myracrodruon urundeuva para a produção do extrato. A entrecasca
será separada picotada e a ela adicionada etanol a 70% na proporção de 200g pó litro de etanol. O material
permaneceu embebido por seis dias com agitações regulares a cada 4 horas. A mistura será então filtrada,
a parte sólida desprezada e a parte solúvel liofilizada para obtenção do extrato final. O pó obtido foi então
re-suspendido em água e administrado aos animais testes na concentração de 15mg/kg de peso do animal.
Preparo dos animais:
Serão utilizados ratos Wistar albinos entre com 90 dias de idade. Os animais serão divididos em grupos de 8 animais conforme a seguinte descrição: 1) animais normais (NA); 2) Animais normais tratados
(ANT); 3) Animais com hiperglicemia induzida por obesidade experimental (ADO); 4)Animais Animais
com hiperglicemia induzida por obesidade experimental tratados(ADOT); 5) Animais diabéticos induzidos por aloxano (ADA); Animais diabéticos induzidos por aloxano tratados (ADAT)
Indução da Obesidade:
A obesidade e a conseqüente hiperglicemia será induzida pela injeção diária de (4 mg/kg de peso)
glutamato monossódico via intradérmica na região cervical, nos primeiros cinco dias de vida dos animais.
Indução do diabetes: O diabetes será obtido pela administração de aloxano em dose única de 150 mg:kg
peso do animal (SWANSTON-FLATT, 1989)
Os tratamentos:
Caracterizada a hiperglicemia induzida pela obesidade ou pela administração do aloxano (avaliações
através de dosagem de glicose de jejum) os animais dos três grupos tratados receberão uma dose diária
(durante 4 semanas) de 150 mg por kg de peso do animal. Os animais dos outros três grupos (controles)
receberão procedimento idêntico utilizando-se de solução de cloreto de sódia a 0,9%.
Os testes experimentais: Os testes experimentais consistirão na avaliação de jejum dos níveis plasmáticos
de glicose, ácidos graxos livres, colesterol e albumina e das enzimas alanina amino transferase e aspartato
amino transferase e da resposta intravenosa a uma sobrcarga exógena de glicose (ivGTT), em todos os
animais dos grupos instituídos. O plasma para estas dosagens serão obtidos de amostras de sangue
coletadas no último dia de cada uma das 4 semanas do tratamento com o extrato. As referidas coletas
serão feitas com os animais em jejum, 3 e 6 horas após da administração do extrato. Para a realização do
ivGTT será implantada um cânula de látex na veia jugular dos animais anestesiados. Por esta cânula será
administrada uma 1g de glicose por kg de peso do animal e 4 amostras de sangue serão coletadas em
intervalos regulares de 15 minutos. Essas avaliações ocorrerão no final das quatro semanas do tratamento.
As dosagens bioquímicas:
Todas as dosagem bioquímicas (Trinder,1969) serão feitas utilizando-se de Kits produzidos para
avaliação destes metabólitos em humanos com a concentração determinada por espectrofotometria.
Avaliação da Toxicidade do extrato
Para a avaliação da toxicidade, uma fração do pó obtido do Extrato da Myracrodruon urundeuva será
dissolvida de forma a alcançarmos a maior concentração possível em função da capacidade máxima de
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dissolução desse preparado em água e então administrada oralmente aos animais. Será avaliado a resposta
em relação ao comportamento dos animais, como salivação, freqüência respiratória, miose, piloereção,
agitação motora sem perda da preensão das patas, tremores e convulsões, lacrimejamento contorções
abdominais e mortes. Serão também feitas avaliações sorológicas das enzimas alanina aminino transferase
(ALT) e da Aspartato amino transferase, cuja elevações são indicativos de hepatotoxicidade. A
determinação da concentração destas enzimas será feita utilizando-se KITS específicos e as leituras
procedidas em espectrofotômetro.
5. RESULTADOS E APLICAÇÕES ESPERADAS (até 4000 caracteres com espaço)
Com base o perfil cromatográfico da planta espera-se que o extrato bruto extraído da casca da planta
tenha boa capacidade de regular a glicemia em animais hiperglicêmico, uma vez que alguns desses
componentes extraído de outras plantas do gênero já tiveram efeitos comprovados. Concretizadas nossas
observações, frações do extrato com esses componentes podem ser obtidos e testados isoladamente (em
projetos posteriores) para ter seu efeito comprovado.
Por outro lado, se o extrato da planta não se caracterizar como tóxico, ensaios poderão ser feitos
envolvendo grupos de pessoas especialmente relacionadas para este fim para que se possa orientar o uso
seguro deste fitoterápico. Além disto, a avaliação do potencial hipoglicêmico de plantas nativas da
caatinga poderá contribuir para o entendimento da capacidade fitoterápica de nossa flora e se constituir no
ponto de partida para outras investigações envolvendo o problema em questão.
Espera-se também que os resultados obtidos com o estudo possam contribuir para a segurança do
uso da planta no controle do diabetes mellitus.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (até 3000 caracteres com espaço)
ASHCROFT FM and ASHCROFT SJH. Mechanism of insulin secretion. In ASHCROFT FM,
ASHCROFT SJH. Insulin: Molecular Biology to Pathology. Oxford University Press, New york, 1992
GLASBY, J.S. 1991. Dictionary of plants: containing scondary metabolites. Taylor & Francis, London.
488p.
LORENZI H, , Arvores brasileiras: manual de identificacão e cultivo de plantas arboreas nativas do
Brasil. Editora Plantarum Ltda, Nova Odessa, 352p 1992.
MATOS, F.J.A. Plantas medicinais. 2. ed. Fortaleza: UFC, 2000.
POWERS, S.K. e HOWLEY, E.T. Fisiologia do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento e
Desempenho. 3ª edição. Brasil: Mande, 2000. p.18
SWANSTON-FLATT SK, DAY C, FLATT PR, GOULD BJ, BAILEY CJ. Glycaemic effects of
traditional European plant tratments for diabetes. Studies in normal and streptozotocin diabetic mice.
Diabetes Res. 10 (2): 69-73, 1989.
NAIK, S. R., J. M. BARBOSA FILHO, et al. Probable mechanism of hypoglycemic activity of bassic
acid, a natural product isolated from Bumelia sartorum. J Ethnopharmacol, v.33, n.1-2, May-Jun, p.37-44.
1991
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SHANE-MCWHORTER, L. Botanical dietary supplements and the treatment of diabetes: what is the
evidence? Curr Diab Rep, v.5, n.5, Oct, p.391-8. 2005
JUNG, M., M. PARK, et al. Antidiabetic agents from medicinal plants. Curr Med Chem, v.13, n.10,
p.1203-18. 2006
TRINDER, P. Determination of blood glucose using an oxidase-peroxidase system with a noncarcinogenic chromogen. J Clin Pathol, v.22, n.2, Mar, p.158-61. 1969
7. ORÇAMENTO
RUBRICAS/DISCRIMINAÇÃO
Material de Consumo
Kit para dosagem de glicose
Kit para dosagem de albumina
Kit para dosage de ácidos graxos livres
Kit para dosagem de colesterol
Kit enzimático Alanina amino transferase
Kit enzimático Alanina amino transferase
01 Pipeta automática com volume variável
Quantidad
e
3
2
2
2
1
1
1
Valor Individual
R$
35,00
60,00
150,00
90,00
45,00
56,00
700,00
Total de Material de Consumo
Serviço de Terceiros Pessoa Física
Quantidade Valor Unitário R$
Valor Total R$
105,00
120,00
300,00
180,00
45,00
56,00
700,00
1506,00
Valor Total R$
Total de Serviço de Terceiros Pessoa Física
Serviço de Terceiros Pessoa Jurídica
Quantidade Valor Unitário R$
Valor Total R$
Total de Serviço de Terceiros Pessoa Jurídica
Passagens/Trecho
Quantidade Valor Unitário R$
Valor Total R$
5
Passagens – Total
Diárias
Quantidade Valor Unitário R$
Valor Total R$
Diárias - Total
Bolsa de iniciação científica
Quantidad
e
Valor Unitário R$
Valor Total R$
Bolsa de Iniciação Científica - Total
VALOR TOTAL DO PROJETO
1506,00
8. TERMO DE COMPROMISSO DO SOLICITANTE
Declaro, para fins de direito, conhecer as normas gerais fixadas pelo presente edital, pelo CNPq e pela UERN para
a concessão de Bolsas de Iniciação Científica.
Mossoró, 25 de maio de 2009.
Assinatura do(a) Coordenador(a)
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Em nível de senso comum, muitas plantas são tidas como