Título: MATEMÁTICA PARA ALÉM DO SENSO COMUM Área Temática: Formação de Professores Autora: LUCI T. MARCHIORI DOS SANTOS BERNARDI (1) Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina - Pós-Graduação em Educação do Centro de Ciências da Educação A Matemática é um conhecimento historicamente construído pela humanidade, uma ciência viva que faz parte da vida do homem, de suas relações na sociedade, contribuindo na sua legitimação quanto cidadão. Tendo por base os Parâmetros Curriculares Nacionais, “A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural” (p.24). Não é apenas um conjunto de regras, fórmulas e problemas que oportunizam ao estudante um treinamento da capacidade de pensar lógica e corretamente, ou acessar ao mundo científico e aos saberes pré-fixados. O conhecimento matemático emerge da história da ação humana, e tem sido trabalhado desde a sua existência. Em algum momento da história a matemática tem início com o homem fazendo associações e ações. Seu desenvolvimento se deu por diferentes caminhos de diversos povos, e, já nas culturas primitivas, fazendo uso da oralidade primária (2), nossos antepassados compartilhavam algumas idéias matemática. Ao longo do tempo, sempre houve preocupação com a fundamentação e com a herança desse conhecimento, que foi construído com a contribuição de todos os povos. Essa construção não se deu de forma linear e logicamente organizada, mas em movimentos de idas e vindas, pois há muitas vias que ligam a matemática ao mundo físico e as questões sociais. É uma ciência que se faz presente tanto no dia a dia de cada indivíduo como na solução de problemas científicos de relevância, sendo suporte para o desenvolvimento das civilizações. Não se concebe dissociar a matemática de qualquer área de conhecimento ou de qualquer relação social. Porém, mesmo com esse estreitamento de relações, tanto de cunho científico como social, o conhecimento não se faz realmente presente no [LB1] Comentário: 2 cotidiano da sociedade, na verdade, o acesso ao conhecimento é difícil e o desempenho dos alunos nessa área é insatisfatório, revelado pelas altas taxas de retenção, ao longo dos anos. Na Antigüidade, o saber matemático era um saber de poder, reservado a uma minoria iluminada de autoridades intelectuais. Na atualidade, apesar de toda a caminhada histórica, continua existindo essa relação de poder, financiada pelo professor , pois apenas uma minoria privilegiada consegue apropriar-se desse conhecimento, como se isso não fosse de direito de todos, fazendo dessa ciência um mecanismo para garantir a segregação social. É senso comum que a Matemática é difícil e inacessível para a maioria, uma forma de estar justificando os índices de reprovação com os quais a escola se depara. Assim, parece um problema intrínseco, aceitável e sem solução, um fardo a ser carregado através dos tempos pelo estudante, do qual ninguém se livra senão renegando a escola. Interessante também, a normalidade com que esse paradigma se perpetua com a evolução da sociedade, como uma verdade posta e indiscutível. Através dos tempos, todos os estudantes estão condenados a lutar com a matemática. Essa relação do aluno com o saber inatingível é o que alimenta e garante o status conquistado pelo professor de matemática nas escolas: só ele sabe o que ninguém consegue aprender... daí o poder! Questiona-se então, por que esse saber é inatingível. Como os professores estão trabalhando com o conhecimento e o ensino da matemática? Como é a relação aluno-professor-conteúdo? Enfim, qual a realidade do Ensino da Matemática em nossas escolas? Minhas leituras e vivências como professora 1°, 2° e 3° graus, também a condição de professora orientadora de estágios de conclusão de curso na Licenciatura em Matemática, me oportunizam a conhecer um pouco a problemática dessas relações, alinhavando alguns contrastes que caracterizam a realidade do ensino da matemática e apontam alguns caminhos para o novo devir. Da Transmissão da Verdade à Construção de Processos 3 Parece que hoje, “aprender” matemática se resume em acumular os conhecimentos e as informações que o professor e a sociedade consideram indispensável, pois da forma como esse processo é usualmente desenvolvido, o saber é concebido como algo pronto e acabado, havendo um tratamento ahistórico e estático, onde o aluno se apropria do entendimento de suas relações, recebe passivamente informações, não participa de sua construção, mas busca estar próximo da verdade científica. Se concebe o conhecimento como um bem passível de acumulação, do qual se toma posse. Mas, se aprender é só isso, afinal, para que se “ensina” matemática? FASHENH (1992) coloca que, em países em desenvolvimento como o Brasil, os objetivos principais do ensino da matemática deveriam ser duvidar, perguntar, descobrir, ver alternativas e construir novas perspectivas e convicções; descobrir novos ‘fatos’ acerca da própria pessoa, sociedade, cultura. Os conteúdos escolares não podem mais serem vistos como um fim em si mesmos, mas como meios que oportunizam aos alunos transformações, como processos dinâmicos. A dinâmica do processo se sobrepõe as formas tradicionais de conceber o conhecimento, pois nela participam sujeitos ativos, construtores e reconstrutores desse conhecimento. Os alunos aprendem a aprender. Ao contrário disso, a nossa realidade desnuda processos de decomposição e explicação: o professor é um grande explicador de partes/coisas que ele julga compor o todo; de coisas ele, logicamente, pensa conhecer. O aluno se limita a adquirir informações que o professor disponibiliza. Na prática do professor de matemática da escola tradicional tecnicista, os conceitos, as fórmulas e a própria história da matemática representam o objetivo final, o fim único para o qual se volta toda a atividade educacional: o significado das coisas matemáticas, que estão guardados em pequenas gavetas. Quando o professor acredita que está ensinando esses conceitos, que existe transmissão de informações, ele próprio está renegando seu papel social e pode ser dispensado: enquanto não ver conteúdos como processos, não se legitima como educador. 4 “Educar é fazer emergir vivências do processo de conhecimento. O “produto” da educação deve levar o nome de experiências de aprendizagem (...), e não simplesmente aquisição de conhecimentos supostamente já prontos e disponíveis para o ensino concebido como simples transmissão”.(ASSMANN, 1998, p.48) Dentro dessa concepção de transmissão, o professor ensina, e com certeza ensina bem, mas, infelizmente, nem sempre o aluno consegue aprender bem. Por lógica, pode-se concluir que o problema está então, no aluno, ou no máximo, na forma de comunicação. Remodelam-se as estratégias, algum material, talvez um pouco a estrutura, permanece o teatro e ninguém se preocupa efetivamente com o pano de fundo. Do Ensino em Cadeia à Rede de Significações Por conta da prática tradicional que encontramos, os conteúdos ficam marcados pela uma série de significados sem significância nenhuma. É como se os conceitos e a história fossem o ponto de chegada, a meta final, sendo o aluno incapaz de avançar e efetivamente produzir. É como se o saber fosse um produto a ser adquirido, e o caminho para isso uma corda de nós, cada nó um pré-requisito para se ter esse saber: nossa caminhada se resume em desatar cada nó, paulatinamente, um de cada vez, na ordem, formando cadeias cartesianas. A escola hoje se encontra presa numa cadeia cartesiana, engessada num sistema hierárquico e fragmentado, sem perceber a interdependência de suas partes. Na verdade, não se vê mais o todo. “De fato, internamente e no planejamento curricular, a forma de organização linear é amplamente predominante na organização do trabalho escolar, comprometendo-se muitas vezes desnecessariamente com uma fixação relativamente arbitrária de pré-requisitos e com uma seriação excessivamente rígida, que responde em grande parte pelos números inaceitáveis associados à repetência e à evasão escolares” (MACHADO, 1995, p.188). 5 É como se pudéssemos analisar cada coisas em separado, cada parte isoladamente (como sólidos blocos de um edifício) para entendê-las, mas na verdade, as propriedades das partes só podem ser entendidas dentro de um contexto do todo. Para contrapor-se a essa idéia de cadeia, de encadeamento linear, lógico e hierarquizado, fazemos uso da idéia de conhecimento como rede: um modo reticular de organizar as significações. A velha metáfora do conhecimento como um edifício deverá ser substituída pela da rede, onde se enfatiza mais as relações do que as entidades isoladas, relações essas intrinsecamente dinâmicas e integradas, desprovidas de hierarquia. Devemos voltar nossa atenção para a exploração do terreno epistemológico onde deverá ser plantada a semente da concepção do conhecimento como uma rede de significados em um espaço de representações, uma teia de relações cuja construção não se inicia na escola, e que se agrega, possivelmente, a uma proto-rede inata (MACHADO, 1995). Pensar no ensino da matemática como rede, um conjunto de nós ligados por conexões, de forma dinâmica, em constante movimento, formando uma vasta e intrincada rede de comunicação, é estar deslocando as atenções do objeto e sujeito, para as relações/mediações; significa se opor a visão mecanicista da matemática e destituir a pedagogia diretiva que o tecnicismo semeou. Da Pedagogia Diretiva à Relacional A idéia do conhecimento como rede de significações se contrapõe ao modelo pedagógico que se tem reproduzido ao longo dos anos, essencialmente centrado no professor, determinado pelo mecanicismo, repetição, cópia; sua grande marca é a renúncia ao direito de pensar do aluno. Segundo Becker (1994), “o professor considera que seu aluno é tabula rasa não somente quando ele nasceu como ser humano, mas frente a cada novo conteúdo estocado na sua grade curricular.(...) o sujeito é determinado pelo mundo do objeto ou meio físico social. Quem representa este mundo, na sala 6 de aula, é, por excelência, o professor. No seu imaginário, ele, e somente ele, pode produzir algum novo conhecimento no aluno”. Quando se trabalha o ensino na perspectiva da pedagogia diretiva (3), o que se pode esperar é que no final do ano, do mês ou do capítulo, o aluno devolva todo aquele conhecimento que “consumiu”. Prima-se por uma total ausência de erros, é melhor o aluno que erra menos, que devolve o conhecimento da mesma forma que recebeu, que consiga manter-se dentro de um quadro de reprodução da ideologia do autoritarismo e da morte da crítica. Ora, a construção do conhecimento se faz a partir do confronto e da reflexão, não do consenso ou da verdade imposta. Segundo PEARCE (1996, p.181): “Em vez de aspirar a episteme ( o conhecimento das coisas verdadeiras) temos que aspirar a fronesis, que significa aproximadamente, uma sabedoria sobre como funcionam as coisas do mundo. É algo mais do que conhecimento artesanal de como se faz algo; implica uma inteligência reflexiva ( ou uma reflexão inteligente) que sabe quando é necessário fazer algo de forma mais elaborada e quando não, quando é necessário empregar uma técnica ou não”. Cada vez mais, conhecer significa “conhecer o significado”, o que se constrói individual e socialmente, através de relações. Tratar o conhecimento como algo que se acumula e se toma posse é primar por uma educação domesticadora responsável pela produção de indivíduos subservientes e sem criatividade, mas úteis para uma sociedade de desigualdade como a nossa, que prima por indivíduos que não sejam sujeitos, apenas objetos; que não questionem e não reclamem, apenas cumpram tarefas. Que coletividade formará então, um grupo de indivíduos-objetos, que renunciaram até mesmo ao direito de pensar? Que atitudes e habilidades esperamos deles? Conseguirá esse grupo construir uma sociedade autorganizada? Da Tábula Rasa à Inteligência Coletiva “(..) Em uma época que carece de perspectivas, assumo um risco de propor um norte, uma direção, algo como uma utopia. Essa visão de futuro organiza-se em torno de dois eixos complementares: o da renovação do laço 7 social por intermédio do conhecimento e o da inteligência coletiva (4) propriamente dita” ( LÉVY, 1998, p.26). Lévy conceitua a “engenharia do laço social” como a arte de suscitar coletivos inteligentes e valorizar ao máximo a diversidade das qualidades humanas. Quando o professor, na sua prática, trata o aluno como uma tabula rasa, pressupõe que ele não tem saber nenhum, ou seja, ele desvaloriza ao máximo a diversidade das qualidades de seu aluno. Não valorizar o saber de cada indivíduo permite ao professor uma prática inflexível: considerar seus alunos como objetos iguais, sem história, sem conhecimento. Para se construir uma sociedade autorganizada, há necessidade de valorizar todos os saberes, fazendo uma opção pelo desprezo zero, pois ninguém sabe tudo e todos sabem alguma coisa, todo o saber está na humanidade. É imprescindível também , que se estude o papel das novas tecnologias da informação, pois são vitais na constituição das culturas e das inteligências dos grupos. O grande desafio do professor será redefinir o seu papel: deixar de ser o centro do conhecimento e assumir uma postura de animador e mediador nos processos de ensino e aprendizagem. Está ele consciente das transformações necessárias? É ele conseqüente de sua prática atual? Se dá conta de que ele finge que ensina e o aluno finge que aprende? O que devemos acrescentar, é que nós todos fingimos que não vemos nada disso... ou vemos? Será uma cegueira de segunda ordem, conforme coloca Foerster (1996), onde a gente não vê que não vê? E se vê ou percebe, então por que o professor age assim? Teoricamente, essa prática tradicional está ultrapassada e muitos professores estão dizendo não a essa pedagogia diretiva. Novas bandeiras estão sendo erguidas, decretando a morte desse teatro de prática docente. Está se buscando a construção do saber com seu aluno, tentando desmontar esse modelo pedagógico arcaico. Um Novo Caminho para o Professor 8 Muitos esforços vêm sendo empreendidos para viabilizar essas mudanças. Surgem grupos de estudos e reflexões, criam-se projetos educativos, universidades formadoras repensam seus cursos, instituições envolvidas com educação buscam produzir materiais de apoio para esses professores. Diferentes variáveis que interferem no processo estão colocadas em discussão, envolvendo questões filosóficas, psicológicas, epistemológicas, sociais, políticas e culturais. “A expectativa, portanto, é de que, a partir da metáfora do conhecimento como uma rede, um amplo espectro de ações docentes possa ser redesenhado (...) O nó górdio da questão, no entanto, ainda reside na articulação de uma compreensão mais profunda dos processos cognitivos com formas compatíveis de organização do trabalho pedagógico, o que conduziria a uma ultrapassagem do mero acordo no discurso” ( MACHADO, 1995, P.32). Isso tem dado origem a uma nova fala, um novo olhar sobre o ensino e aprendizagem. No entanto, na prática, a situação não é modificada. Mesmo esses educadores tendo reconstruído lucidamente seu modelo pedagógico e apresentarem um discurso voltado para a construção do conhecimento, essa teoria não consegue atingir sua ação docente, ou seja, a sua prática docente opõe-se ao seu próprio ideário, não ultrapassa o acordo no discurso. Nos deparamos novamente com o pressuposto da indissociabilidade entre teoria e prática (5). COSTA coloca que o conhecimento não é contemplação, nem adequação, é criação da realidade, portanto, não se pode forçar uma realidade para enquadra-se a um modelo. Ainda: “O que se pode afirmar, seguramente, é que alguns pesquisadores, apesar de utilizarem uma linguagem afinada com posicionamentos teóricos de vertente crítica, revelam uma conduta nitidamente positivista, que é de tentar encaixar a realidade em um modelo. Nessa perspectiva, a verdade subjaz ao modelo e não decorre da interação do sujeito com determinado contexto.(...) Constata-se o uso (e o abuso) de jargões teóricos e freqüentemente não se supera o senso comum no uso dos conceitos” (1994, P.17). Essa dicotomia se verifica nos cursos de formação de professores, onde até mesmo os docentes que trabalham com os pressupostos pedagógicos, defendem uma teoria, tentam transmiti-los, ficando satisfeitos com a 9 apropriação demonstrada pelos alunos em provas e discussões, sem verificar que a prática deles continua conservadora, conforme os modelos que tiveram ao longo da vida escolar. Por que mesmo conhecendo, discutindo e se apropriando de novos pressupostos teóricos, o professor não modifica sua prática docente? Se ele consegue fazer a crítica ao modelo pedagógico, o que impede a crítica a sua concepção epistemológica, para então desmontar sua prática conservadora? Em Busca da Profissionalização O Curso de Licenciatura em Matemática (6), além de seus projetos de pesquisa e extensão, busca também essa melhoria no ensino, com avaliações permanentes do curso, dos processos pedagógicos, seus programas e serviços. Constata-se então, uma dicotomia entre a teoria pedagógica e a ação docente efetiva, tanto dos professores universitários como de seus egressos: ao mesmo tempo que se fala de interacionismo-construtivismo, se revela uma prática autoritária e conservadora. Essa dicotomia representa um grande contraponto para a melhoria desejada, um paradigma a ser desestruturado, rompido. Nós, profissionais de educação, também formadores de novos profissionais da educação, precisamos discutir todo esse processo e superarmos a nossa prática conservadora, quebrar o paradigma sobre o qual estamos sentados quando pensamos nossa prática pedagógica; sobre a qual temos olhado a educação. Precisamos assumir a tarefa de Educadores. O objetivo da pesquisa proposta é compreender porque o professor não consegue essa transformação, se permite essa indissociabilidade entre a teoria e a prática, o que lhe engessa dentro de uma praxis que se contrapõe a teoria, sendo a atividade teórica parte da praxis e esta é constitutiva da teoria. O foco do trabalho será a formação do professor e o estudo dos processos de construção de seu ideário teórico. Que projeto podemos construir com os alunos e professores de nosso curso para que se avance na congeminação do discurso e da ação docente? Acreditamos que formar efetivamente Educadores seja um dos caminhos para trabalhar a Matemática para Além do Senso Comum. 10 Notas (1) Professora do Departamento de Ciências Exatas da Universidade do Oeste de Santa Catarina/ Chapecó SC. (2) “A oralidade primária remete ao papel da palavra antes que uma sociedade tenha adotado a escrita”, em Pierre LÉVY, As Tecnologias da Inteligência, . (3) Fernando BECKER representa a relação ensino/aprendizagem escolar em três diferentes formas: Pedagogia Diretiva: centrada no professor; Pedagogia Não-diretiva: centrada no aluno e Pedagogia Relacional: centrada na relação. (4) É uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Pierre LËVY, A Inteligência Coletiva. (5) Mariza C. V. COSTA coloca essa noção como um referencial teórico vigoroso para que avancemos na resolução de graves problemas educacionais que nos afligem; e o referencial teórico de um pesquisador demarca sua via de aporte a realidade. (6) Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC – Campus Chapecó Referências bibliográficas ASSMANN, Hugo.Reencantar a educação: Rumo à sociedade aprendente. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. BECKER, Fernando. A epistemologia do professor.: o cotidiano da escola. 6.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : Matemática: ensino de quinta a oitava séria. Brasília: MEC, 1998. CADERNOS METODOLÓGICOS: Diretrizes de Metodologia Científica. Hilda B. Dmitruk Ortiz (Org.), 2.ed. Chapecó: Grifos, 1997. COSTA, Marisa C. Vorraber. Pesquisa em educação: concepções da ciência, paradigmas teóricos e produção de conhecimento. In: Cadernos de pesquisa. São Paulo, n.90, p.15-20, ago. 1994. FASHEH, Munir. Matemática, cultura e poder. In: Zetetiké. Campinas: UNICAMP-FE CEMPEM, 1998, v.6, n.9, p 9-30. FOERSTER, Heinz von. Visão e conhecimento: disfunção de segunda ordem. In: SCHNITMAN, Dora F. (Org.).Novos paradigmas, cultura e subjetividade. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p172-187. LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 1998. LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Ed 34, 1998. 11 MACHADO, Nilson José. Epistemologia e didática. São Paulo: Cortez, 1995. MORAES, MARIA C .Marcondes de. Os “pós-ismos” e outras aquarelas ideológicas. In: Perspectiva. Florianópolis, UFSC/CED, n. 24, p. 45-59. PEARCE, W. Barnett. Novos modelos e metáforas comunicacionais: a passagem da teoria à prática, do objetivismo ao construcionismo social e da representação à reflexidade. In: SCHNITMAN, paradigmas, cultura e subjetividade. Porto p172-187. Dora F. (Org.).Novos Alegre: Artes Médicas, 1996,