03/12/2015
Programa do Leite: falta de recursos e risco de redução em 2016 preocupam cooperativa de produtores
Programa do Leite: falta de recursos e
risco de redução em 2016 preocupam
cooperativa de produtores
Postado em 03/12/2015 às 10:59 em Notícias › Diego Barros
Presidente da CPLA fala em “desastre” e diz que vai lutar pela manutenção do
programa, que promove inclusão produtiva e gera renda no campo
Por Diego Barros
Fornecedores do Programa do Leite são
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Programa do Leite: falta de recursos e risco de redução em 2016 preocupam cooperativa de produtores
agricultores familiares, muitos deles do Sertão
(Foto: Diego Barros)
A possibilidade de haver redução de recursos do governo federal para o Programa do Leite em 2016,
o que pode provocar a redução na quantidade de leite comprada aos agricultores familiares, que
atualmente chega a 80 mil litros por dia, preocupa a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas
(CPLA), que é a maior fornecedora do programa.
Após a publicação pelo Minuto Sertão de matéria sobre esse assunto, na última terça­feira (1°), o
presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, manteve contato com a reportagem para dizer que, se
realmente houver a redução nos recursos repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS) a partir de maio do próximo ano, poderá haver “um desastre muito grande”
para a economia e para os cerca de quatro mil agricultores familiares que fornecem leite ao
programa, muitos deles situados em pequenas propriedades no Sertão de Alagoas.
Segundo Monteiro, a entidade vai se unir e buscar apoio para que os recursos sejam mantidos. “O
Programa do Leite não é despesa, é investimento. É um programa que realmente promove inclusão
produtiva no campo. Sabemos que o governo do Estado, através do secretário Álvaro Vasconcelos
e do governador Renan Filho, tem dado total apoio a ele. Mas temos que unir forças para manter o
programa”, analisou o presidente da CPLA.
Sem o programa, emendou Monteiro, o agricultor ficaria órfão. De acordo com ele, o produtor que
vende o leite ao Programa do Leite recebe R$ 1,14 por cada litro. Já quem vende para a iniciativa
privada recebe entre R$ 0,70 e R$ 0,80 por cada litro.
Mas a situação poderia ser pior, tendo em vista que o programa oficial, cujos recursos são 80% do
MDS e 20% do governo do Estado, através do Fecoep, ajuda a segurar o preço do produto no
mercado. “Sem o programa, a iniciativa privada pagaria muito menos aos agricultores, e isso geraria
uma crise muito grande, principalmente agora que estamos passando por uma crise econômica e por
uma seca que já se prolonga há alguns anos”, pontuou Aldemar Monteiro.
Na matéria veiculada pelo Minuto Sertão na última terça­feira (1°), o secretário de Estado da
Agricultura, Álvaro Vasconcelos, disse que governo federal não garantiu os recursos para o
Programa do Leite nos meses de novembro e dezembro deste ano. Por isso, segundo ele, o governo
do Estado está arcando sozinho com o valor integral, que soma cerca de R$ 8,8 milhões.
Ainda segundo ele, a partir de janeiro a missão será tentar liberar os recursos até abril, que em tese
já estão garantidos pelo MDS dentro do convênio. “De abril em diante, vamos firmar um aditivo do
convênio para conseguir a liberação de recursos de maio até dezembro de 2016. Nesse aditivo,
poderá haver mudança no quantitativo de leite. Teremos que adequar a quantidade de leite comprada
aos agricultores à disponibilidade de recursos”, pontuou o secretário.
Ainda assim, segundo ele, se a redução de recursos já sinalizada pelo governo federal puder ser
coberta pelo Estado, isso será feito. “O que não pode é o Estado arcar com 100% dos recursos”,
disse o gestor da Seagri. Porém, se isso não ocorrer, menos leite será comprado aos agricultores
familiares que fazem parte do programa e, como consequência, menos leite será distribuído às
famílias beneficiárias.
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