Segundo o World Economic Forum, Brasil precisa
melhorar a macroeconomia
A constatação faz parte do Relatório de Competitividade Global 2004-2005, cujos índices
do Brasil, atualmente na 57ª colocação, foram comentados na manhã desta terça, dia 23,
na abertura do II Congresso Internacional Brasil Competitivo, em São Paulo (SP)
Conforme dados do Relatório de Competitividade Global 2004-2005, organizado pelo
World Economic Forum, a estabilidade macroeconômica brasileira é um dos pontos fracos
do país, devido à alta taxa de inflação, elevado déficit governamental e expectativas de
recessão relativamente altas. Nesse índice, o Brasil ocupa a 97ª posição, entre os 104 países
estudados. Os números da pesquisa foram apresentados na abertura do II Congresso
Internacional Brasil Competitivo, promovido pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC)
nesta terça -feira, dia 23, em São Paulo (SP). O desperdício nos gastos governamentais foi
outro aspecto identificado pelo World Economic Forum como a melhorar, pois há a
percepção, segundo a pesquisa, de que o dinheiro dos contribuintes não é bem empregado.
Os destaques positivos são a 17ª colocação em transferência de tecnologia, devido à alta
prevalência de licenciamento para tecnologia estrangeira, e o uso da Internet e das
tecnologias da comunicação para o crescimento.
A economista enfatizou que a competitividade não se resume ao espaço ocupado por um
país nos mercados externos. “Assim, o ganho de um país significa perdas para outro. Para o
World Economic Forum esse conceito significa o conjunto de instituições e políticas
econômicas que apóiam a prosperidade econômica”, explicou.
Jennifer divulgou também as alterações para o relatório do próximo ano. Atualmente, a
pesquisa envolve dois índices, de crescimento e de negócios, que contém sub-índices que
juntam dados públicos oficiais e de uma pesquisa realizada com os principais empresários
do país. Mas para 2005 será promovido apenas um indicador, baseado em doze
fundamentos, que abordam desde o Produto Interno Bruto do país até índices de
criminalidade. Os países serão classificados em três estágios: requisitos básicos, eficiência
e inovação. No novo estudo, o Brasil ocuparia a 49ª colocação.
“O relatório não é uma copa do mundo da competitividade”, diz presidente eleito do
Cons elho Superior do MBC
Para o ex-presidente da Xerox do Brasil e presidente eleito do Conselho Superior do MBC,
Carlos Salles, os índices do World Economic Forum refletem o que os próprios brasileiros
pensam sobre o país. Segundo Salles, ainda há muita confusão na análise realizada sobre o
índice. “As pessoas ainda não compreenderam que esse relatório não é uma copa do mundo
da competitividade. O estudo é uma ferramenta para auxiliar os países a identificar pontos
em que podem melhorar”, apontou.
O vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e diretor da Odebrecht
S.A., José de Freitas Mascarenhas, apontou o investimento de impostos em infra-estrutura e
a realização de concessões para o setor privado como forma de aumentar a competitividade
brasileira. Entretanto, ele se mostra preocupado com o andamento de propostas como o das
Parceria Público-Privadas (PPP). “Há um ano estamos discutindo esse projeto e cada vez
mais vai ficando restrito. Quando sair, será algo muito limitado”, disse.
Já o presidente do Conselho Curador da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade
(FPNQ) e presidente da Serasa, Elcio Anibal de Lucca, anunciou a assinatura de um projeto
com o Sebrae para a difusão nos estados dos critérios e práticas de excelência da FP NQ.
Além deles, participaram do painel o presidente do Conselho da Caloi, Edson Vaz Musa; o
diretor de Gestão de Qualidade e Gestão Ambiental da Siemens, Wagner Giovanini; o
Secretário de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Carlos Gastaldoni; e o coordenador da Rede Brasil de Tecnologia do
Ministério da Ciência e Tecnologia, Marcelo Lopes.
Segundo Baily, juros altos e informalidade afetam a competitividade brasileira
“A instabilidade macroeconômica é fatal para o crescimento do país. Taxas de juros
excessivamente altas afastam investimentos, aumentam taxas de desemprego e afetam o
desenvolvimento de todo o ambiente econômico”, afirmou o Senior Academic da
McKinsey Global Institute e presidente, entre 1999 e 2001, do Conselho de Estado para
Economia dos Estados Unidos, Martin Nail Baily. Segundo ele, é preciso evitar que os
aumentos, como o realizado pelo Copom na última semana, prossigam, para que não se
entre em um ciclo vicioso. “Aumentando os juros, é mais um peso nas despesas das
organizações, fazendo crescer a informalidade. Como há número maior de empresas que
não cumprem suas responsabilidades, cai a arrecadação e o governo aumenta mais a
cobrança”, definiu. Baily acredita que companhias produtivas não investem e nem geram
mais postos de trabalho ao sentir -se em desvantagem frente à concorrência desleal.
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São Paulo, 23 de novembro de 2004
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