EM DIA 7 Saúde suplementar Médicos se mobilizam por direitos /LGHUDQoDVGHWRGRRSDtVGHÀQLUDP HVWUDWpJLDVSDUDREWHUPHOKRUHVVDOiULRV HPXGDQoDVQRVSODQRVGHVD~GH L utar pela valorização do trabalho médico e pela melhoria da prestação dos serviços oferecidos pelas operadoras e planos de saúde aos seus clientes. Esses foram os principais temas tratados em reunião realizada em Brasília, em 22 de janeiro, com a participação de mais de 70 representantes de conselhos de medicina, sindicatos médicos e associações de especialidades. O grupo, convocado pela recém-criada Comissão de Saúde Suplementar do Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Comissão de Defesa e Consolidação da CBHPM, abraçou também o desafio de pressionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a assumir a integralidade de seu papel de reguladora do setor. Os participantes do encontro, que aconteceu na sede do CFM, decidiram reativar as comissões estaduais de defesa da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Também foram apresentadas outras propostas, que serão sistematizadas e encaminhadas na próxima reunião da comissão, prevista para 10 de fevereiro. Uma importante posição adotada é a de manifestação conjunta da categoria, por meio de suas entidades de representação nacionais, junto ao governo federal com respeito à sucessão na Presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A preocupação é evitar a indicação de diretores com Responsabilidade: o CFM quer diretoria isenta na ANS e atenção ao pleito dos médicos conflitos de interesse em relação à área a ser regulamentada e fiscalizada. *OEJGFSFOÉB – Para o representante da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Márcio Bichara, a indiferença com que a ANS trata os médicos chegou a um ponto crítico. Segundo ele, com sua postura, a Agência tem se mostrado incapaz de formular e regular as atividades da área de saúde suplementar em relação aos prestadores. Para os participantes, a Agência defende apenas os interesses dos empresários da saú- de e trata com indiferença os pleitos dos médicos. De acordo com dados da Associação Médica Brasileira (AMB), nos últimos 10 anos o índice de reajustes acumulados nas mensalidades dos planos chegou a 131,19%, enquanto a inflação no período ficou em 89,18%. No entanto, no caso dos médicos, o repasse médio situou-se em torno de 60%. No encontro, os participantes ajudaram a traçar um diagnóstico nacional do problema ao apresentar dados regionais. As informações serão úteis na definição de estratégias coordenadas pelas entidades médicas nacionais – CFM, AMB e Fenam. O objetivo maior é a união de forças. O representante da AMB, Florisvaldo Meinão, lembrou, inclusive, que as operadoras têm interesse em resolver as questões de forma pontual, regional, pois sabem que esse tipo de ação desarticula o movimento médico. A articulação das forças seria o caminho para enfrentar o lobby dos empresários. Rol de procedimentos da ANS Comissão sai em defesa de pacientes Para conselheiro, o aumento foi tímido O Conselho Federal de Medicina (CFM) cobra mais firmeza da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no que se refere à proteção do sigilo dos pacientes. Para o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, tem ocorrido ausência de ação do órgão regulador com respeito ao tema, por omissões em situações conflituosas. Para Tibiriçá, a ANS insiste em induzir – por intermédio das guias de atendimento da Troca de Informações em Saúde Suplementar (Tiss) – o médico a quebrar o sigilo com relação às informações prestadas pelos pacientes. Em seu entender, isso fere o direito à intimidade e à vida privada, bem como a garantia do sigilo médico. “Isso é ilegal. É muito grave existir esse tipo de comportamento num órgão governamental”. O assunto está na pauta de prioridades da recém-criada Comissão de Saúde Suplementar do CFM, que tem Tibiriçá como coordenador. Para o 2º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriçá Miranda, foi tímido o avanço obtido com a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de ampliar o rol de procedimentos dos planos e seguradoras. E estima que os 57 procedimentos incluídos na lista em janeiro representam apenas 10% dos serviços e procedimentos que poderiam ser incorporados. A partir de agora, o rol das operadoras contempla novos exames laboratoriais e intervenções cirúrgicas, além do direito a número maior de consultas em algumas especialidades, MEDICINA CONSELHO FEDERAL Dez./2009 MEDICINA CONSELHO FEDERAL /2010 JORNAL MEDICINA - JAN. /2010 -- Jan antes acessíveis apenas a participantes de convênios mais caros. O cálculo teve por base a diferença entre o total de procedimentos reconhecidos pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e o número de itens inclusos no rol das operadoras de planos de saúde. A primeira possui 4.150 procedimentos, enquanto a segunda, 3.650 – já contando com os 57 anunciados em janeiro. O aumento do rol das operadoras implica em um processo de negociação que envolve diretamente as entidades médicas. Dessa vez, elas propuseram a inclusão de 300 procedimentos, mas só receberam sinal verde para 57, além de outros 13 odontológicos. O coordenador da Comissão de Implementação da CBHPM, Amilcar Martins Giron, aponta que vários procedimentos importantes foram excluídos, como o exame de pesquisa de vírus causador da dengue, por exemplo. Cerca de 25% dos brasileiros estão cobertos por algum tipo de plano de saúde. Em grandes regiões metropolitanas, como o Rio de Janeiro e São Paulo, esse índice se aproxima dos 50%.