LUTAS RELIGIOSAS NO BRASIL. Marcilene Lúcia da Silva; Cláudio Hiro Arasawa (orientador) – Ciências Humanas. [email protected] Palavras-chave: universo simbólico; intolerância religiosa; ideologia cristã; preconceito. Esta pesquisa analisará os conflitos religiosos no Brasil a partir da década de 80 do século XX, em que há um atrito evidente entre o neopentecostalismo e as religiões afro-brasileiras. Analisando as obras: “Orixás, caboclos e guias: deuses ou demônios? de Edir Macedo, “Espiritismo: a magia do engano” de Romildo Ribeiro Soares, e os vinte e um artigos do Informativo “Fala Egbé”, pretendemos relacionar a influência a cerca da construção desse combate no imaginário e na significação do universo simbólico em ambos os campos religiosos, enfatizaremos que o elo de proximidade das religiões em questão que é o universo mítico. No fim da década de 70 e no início da década de 80 no século XX no Brasil houve a fundação das igrejas de dois membros dissidentes da Igreja de Nova Vida, Edir Macedo e Romildo Ribeiro Soares, fundaram suas próprias igrejas e formaram importantes lideres do neopentecotalismo e tornaram-se famosos propagando a evangelização em relação ás religiões afro-brasileira. As Igrejas Neopentecostais tiveram grande aumento de números de suas sedes nessas ultimas três décadas e a base estrutural ideológica de conversão é a vitoria de Deus sobre o “demônio” das religiões afro-brasileiras, efetuando crítica severa a umbanda e o candomblé, caracterizando esses rituais como referências ao diabo e feitiçaria. A visão das igrejas neopentecostais não nega o universo mítico existente nas religiosas afro-brasileiras, demonizam o panteão afro, caracterizando que o púlpito de suas igrejas tem como missão a evangelização e conversão dos fieis desse segmento. Entretanto se apropria desse mesmo universo que possui grande apelo mágico para afirmar a salvação através da libertação do Sangue do Jesus, demonstrado através do ritual de descarrego e na conversão dos fieis. No Brasil no século XX, em que há a separação do Estado e da Igreja, é promovida a diversidade religiosa entre a população e a liberdade de culto, permanecendo presente entre as religiosidades a intolerância. Sendo as religiões afro-brasileiras as consideradas mais discriminadas e com maior índice de preconceito e incredulidade, passando a ser combatida por outros segmentos religiosos. A partir deste pressuposto, partimos da hipótese de que o universo mítico dessas religiões tem por objetivo um caráter similar no espaço do imaginário da população. De todo modo, este é um trabalho sobre as funções e significados do universo simbólico desse conflito entre as religiosidades brasileiras. Projeto elaborado com o apoio do Programa Institucional de Iniciação Científica da Universidade Guarulhos – PIBIC – Voluntário (Rodada I - 10.). 1