ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE ITATIAIA - RJ VERSÃO PRELIMINAR OUTUBRO/2012 I GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Sérgio Cabral Filho Governador Luis Fernando Pezão Vice-Governador SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA) Carlos Minc Secretário Luiz Firmino Martins Pereira Subsecretário Executivo INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) Marilene Ramos Presidente Denise Marçal Rambaldi Vice-Presidente DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT) Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM) Carlos Alberto Fonteles de Souza Diretor DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP) André Ilha Diretor DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Ana Cristina Henney Diretora DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM) Luiz Manoel de Figueiredo Jordão Diretor DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI) José Marcos Soares Reis Diretor II SUPERVISÃO E FISCALIZAÇÃO Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA Victor Zveibil Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA Lorena Costa Procópio Engenheira Sanitarista Marcio de Azevedo Beranger Engenheiro Sanitarista III PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITATIAIA CNPJ 32.504.052/0001-91 Praça Mariana Rocha Leão, 20, Centro CEP: 27580-000 ● Itatiaia/RJ ● Tel.: (24) 3352 6777 Luiz Carlos Ferreira Bastos Prefeito Municipal Gilda Molica Vice-Prefeita Municipal Rui Saldanha - Secretaria de Planejamento Suplente: José Renato Carapeços - Secretaria Municipal de Planejamento Alberto Victor Fusco - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos Suplente: Edson Miranda de Souza - Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos Domingos Andrade Baumgratz - Secretaria Municipal de Meio Ambiente Suplente: Marta Helena Rosa Reis - Secretaria Municipal de Meio Ambiente Ricardo Vieira Grijó - Secretaria Municipal de Saúde Suplente: Andrade da Costa - Secretaria Municipal de Saú IV CONSULTORA CONTRATADA SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571 Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro CEP 80.250-210 - Curitiba (PR) Tel.: (41) 3233-9519 Website: www.serenco.com.br ● E-mail: [email protected] EQUIPE TÉCNICA Eng.º Sênior: Jefferson Renato Teixeira Ribeiro Coordenador e Responsável técnico Eng.º Sênior: Paulo Roberto Wielewski Especialista em Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário Eng.ª Plena: Caroline Surian Ribeiro Profissional Pleno Especialista em Meio Ambiente Tecnólogo Pleno: Bruno Passos de Abreu Profissional Pleno Especialista em Meio Ambiente Eng.º Marcos Moisés Weigert Profissional Pleno Eng.º Gustavo José Sartori Passos Profissional Júnior Advogado Pleno: Fabiano Elias Soares Profissional Pleno V LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização do Município no Estado do Rio de Janeiro ....................................................... 26 Figura 2 - Regiões de Governo e Microrregiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro, com destaque para a localização de Itatiaia. ................................................................................................ 26 Figura 3 - Setores Censitários e Densidade Demográfica (2.010) ...................................................... 33 Figura 4 - Distribuição da população por faixa etária e sexo em 2.010 ............................................... 34 Figura 5 - Distribuição do PIB de Itatiaia entre os setores de agropecuária, indústria e serviços ...... 35 Figura 6 - Evolução das Exportações e Importações .......................................................................... 39 Figura 7 - Gráfico da Frota Veicular ..................................................................................................... 46 Figura 8 - Áreas de Atuação das Empresas de Fornecimento de Energia Elétrica ............................ 47 Figura 9 - Gráfico da Distribuição do Quadro de Docentes ................................................................. 52 Figura 10 - Gráfico do Número de Óbitos Infantis em Crianças Menores de um ano ......................... 64 Figura 11 - Gráfico do Número de Óbitos Proporcional ao Grupo de Causas .................................... 66 Figura 12 - Mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro ........................................ 75 Figura 13 - Sub-bacias Hidrográficas ................................................................................................... 77 Figura 14 - Hidrografia ......................................................................................................................... 79 Figura 15 - Dados Climatológicos ........................................................................................................ 80 Figura 16 - Uso e Cobertura do Solo ................................................................................................... 84 Figura 17 - Captação Campo Belo ..................................................................................................... 120 Figura 18 - Bacia da Captação Campo Belo ...................................................................................... 121 Figura 19 - Adutora de Água Tratada ................................................................................................ 122 Figura 20 - Captação Cazunga .......................................................................................................... 124 Figura 21 - Tratamento da Água Bruta .............................................................................................. 124 Figura 22 - Bacia da Captação Cazunga ........................................................................................... 125 Figura 23 - RAP Cazunga (Desativado) ............................................................................................. 126 Figura 24 - Adutora de Água Tratada ................................................................................................ 126 Figura 25 - Captação Palmital ............................................................................................................ 131 Figura 26 - Bacia da Captação Palmital ............................................................................................. 131 Figura 27 - Tratamento da Água Bruta .............................................................................................. 132 Figura 28 - RAP Formigueiro ............................................................................................................. 133 Figura 29 - Captação Fazenda da Serra ............................................................................................ 134 Figura 30 - Bacia da Captação Fazenda da Serra............................................................................. 135 Figura 31 - RAP Vale dos Reis .......................................................................................................... 136 Figura 32 - Captação Jambeiro .......................................................................................................... 137 Figura 33 - RAP Jambeiro .................................................................................................................. 138 Figura 34 - Estação Desativada ......................................................................................................... 139 Figura 35 - Sistema FF....................................................................................................................... 140 Figura 36 - Sistema Anibal ................................................................................................................. 141 VI Figura 37 - Captação Maringá............................................................................................................ 144 Figura 38 - Reservatório Maringá....................................................................................................... 146 Figura 39 - Captação Maromba ......................................................................................................... 149 Figura 40 - Bacia da Captação Maromba .......................................................................................... 150 Figura 41 - Captação Vale do Pavão (Área Rural) ............................................................................ 153 Figura 42 - Pontos de Amostragem de Água Tratada (NCU) ............................................................ 155 Figura 43 - Pontos de Amostragem de Água Tratada (Penedo) ....................................................... 156 Figura 44 - Rio Santo Antonio ............................................................................................................ 177 Figura 45 - Perfil do Rio Santo Antonio .............................................................................................. 178 Figura 46 - Bacia do Rio Santo Antonio no NCU ............................................................................... 179 Figura 47 - Divisão da Bacia do Rio Santo Antonio ........................................................................... 180 Figura 48 - Bacia do Rio Santo Antonio (Trechos 3 e 4) ................................................................... 180 Figura 49 - Bacia do Rio Ribeirão das Pedras em Penedo ............................................................... 182 Figura 50 - Rio Ribeirão das Pedras .................................................................................................. 183 Figura 51 - Perfil do Rio Ribeirão das Pedras .................................................................................... 184 Figura 52 - Extravasor Condomínio Nova Penedo ............................................................................ 185 Figura 53 - Detalhes Extravasor Condomínio Nova Penedo ............................................................. 186 Figura 54 - Inundação Bairro Centro (2.005) ..................................................................................... 190 Figura 55 - Inundação Bairro Campo Alegre (2.010) ......................................................................... 191 Figura 56 - Inundação Bairro Nova Conquista (2.010) ...................................................................... 192 Figura 57 - Inundação Bairro Vila Odete (2.010) ............................................................................... 193 Figura 58 - Disposição Irregular dos Resíduos Sólidos ..................................................................... 216 Figura 59 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta ............................................................. 219 Figura 60 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta ............................................................. 220 Figura 61 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta ............................................................. 221 Figura 62 - Separação dos Resíduos Recicláveis ............................................................................. 223 Figura 63 - Localização Vazadouro Antigo ........................................................................................ 226 Figura 64 - Vazadouro Antigo (2.002) ................................................................................................ 227 Figura 65 - Vazadouro Antigo (2.010) ................................................................................................ 227 Figura 66 - Fotos Vazadouro Antigo .................................................................................................. 228 Figura 67 - Fotos Vazadouro Antigo .................................................................................................. 228 Figura 68 - Fotos Vazadouro Central ................................................................................................. 229 Figura 69 - Fotos Vazadouro Central ................................................................................................. 229 Figura 70 - Fotos Vazadouro Central (2.002) .................................................................................... 230 Figura 71 - Fotos Vazadouro Central (2.003) .................................................................................... 231 Figura 72 - Fotos Vazadouro Central (2.010) .................................................................................... 231 Figura 73 - Placa do Aterro Controlado ............................................................................................. 232 VII Figura 74 - Gráfico da Quantidade de Resíduos dispostos por Itatiaia no Aterro, no primeiro semestre de 2.011 ............................................................................................................................................... 234 Figura 75 - Fotos do Aterro Controlado ............................................................................................. 235 Figura 76 - Balança do Aterro Controlado ......................................................................................... 236 Figura 77 - Acesso ao Aterro ............................................................................................................. 236 Figura 78 - Acesso ao Aterro ............................................................................................................. 237 Figura 79 - Queima do Gás Metano ................................................................................................... 237 Figura 80 - Sede da Associação dos Catadores do Aterro ................................................................ 238 Figura 81 - Disposição Irregular de Resíduos .................................................................................... 240 Figura 82 - Transporte dos Resíduos de Saúde ................................................................................ 247 Figura 83 - Gestão RSS ..................................................................................................................... 249 Figura 84 - Disposição RSS ............................................................................................................... 251 Figura 85 - Situação dos Consórcios ................................................................................................. 255 Figura 86 - Estimativa de Geração de Resíduos ............................................................................... 256 Figura 87 - Pacto Pelo Saneamento .................................................................................................. 260 Figura 88 - Projetos de Melhorias sanitárias para os Bairros Village e Jardim Martinelli .................. 267 Figura 89 - Layout Proposto pela ANA para o SAA ........................................................................... 269 Figura 90 - Mapa de Alerta ................................................................................................................. 335 Figura 91 - Centro de Triagem ........................................................................................................... 348 Figura 92 - Pontos de Entrega Voluntária .......................................................................................... 350 Figura 93 - Redução de Perdas ......................................................................................................... 366 VIII LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Evolução Populacional ......................................................................................................... 31 Tabela 2 - População conforme Divisão Territorial ............................................................................... 32 Tabela 3 - Principais produtos exportados por Itatiaia no ano de 2.007............................................... 40 Tabela 4 - Dados da produção agrícola municipal temporária ............................................................. 40 Tabela 5 - Dados de silvicultura ............................................................................................................ 41 Tabela 6 - Evolução Agrícola, segundo os tipos de Produtos Cultivados ............................................ 41 Tabela 7 - Produção Pecuária............................................................................................................... 42 Tabela 8 - Evolução da Pecuária .......................................................................................................... 42 Tabela 9 - Potencial de Consumo ......................................................................................................... 43 Tabela 10 - Distribuição da Prestação de Serviço de Energia Elétrica ................................................ 47 Tabela 11 - Número de unidades de Saúde por tipo de prestador, de acordo com a categoria do estabelecimento .................................................................................................................................... 50 Tabela 12 - Número de estabelecimento de ensino ............................................................................. 51 Tabela 13 - Panorama Geral do Serviço de Abastecimento de Água .................................................. 56 Tabela 14 - Dados SNIS - Serviço de Abastecimento de Água ............................................................ 58 Tabela 15 - Dados SNIS - Serviço de Esgotamento Sanitário ............................................................. 61 Tabela 16 - Proporção de Moradores por Tipo de Destino de Lixo (%) ............................................... 62 Tabela 17 - Porcentagem de Mortalidade Proporcional por Faixa Etária ............................................. 65 Tabela 18 - Outros Indicadores de Mortalidade .................................................................................... 66 Tabela 19 - Número de Casos confirmados por agravo em Residentes .............................................. 68 Tabela 20 - Dados referentes aos internamentos por especialidade ................................................... 69 Tabela 21 - Distribuição percentual das internações por Grupos de Causas e Faixas etárias ............ 70 Tabela 22 - IDH Itatiaia ......................................................................................................................... 73 Tabela 23 - Posição no ranking Nacional de IDH ................................................................................. 73 Tabela 24 - PIB...................................................................................................................................... 74 Tabela 25 - Evolução Populacional ....................................................................................................... 90 Tabela 26 - Taxa de Urbanização ......................................................................................................... 90 Tabela 27 - Projeção Populacional - Município de Itatiaia .................................................................. 108 Tabela 28 - Projeção Populacional - Núcleo Central Urbano ............................................................. 109 Tabela 29 - Projeção Populacional - Penedo ...................................................................................... 110 Tabela 30 - Projeção Populacional - Maringá ..................................................................................... 111 Tabela 31 - Projeção Populacional - Maromba ................................................................................... 112 Tabela 32 - Projeção Populacional - Granja Itaúna e Parque Nacional ............................................. 113 Tabela 33 - Locais de Amostragem (NCU e Penedo)......................................................................... 157 Tabela 34 - Dados Fluviométricos....................................................................................................... 162 Tabela 35 - Vazão Outorgável ............................................................................................................ 162 Tabela 36 - Populações Urbanas e Taxas de Crescimento ............................................................... 168 IX Tabela 37 - Vazões ............................................................................................................................. 169 Tabela 38 - Populações Urbanas e Taxas de Crescimento ............................................................... 172 Tabela 39 - Vazões ............................................................................................................................. 172 Tabela 40 - Principais Pontos Críticos ................................................................................................ 189 Tabela 41 - Valores Contrato 08/2.010 ............................................................................................... 213 Tabela 42 - Valores Contrato 09/2.010 ............................................................................................... 214 Tabela 43 - Valores Contrato 10/2.010 ............................................................................................... 214 Tabela 44 - Valores Contrato 11/2.010 ............................................................................................... 215 Tabela 45 - Programação de Coleta (frequência e equipamentos) .................................................... 218 Tabela 46 - Frequência de Coleta dos RSS ....................................................................................... 247 Tabela 47 - Cobertura dos Serviços ................................................................................................... 281 Tabela 48 - Ampliação da Produção de Água .................................................................................... 283 Tabela 49 - Ampliação da Reservação ............................................................................................... 285 Tabela 50 - Cobertura dos Serviços ................................................................................................... 288 Tabela 51 - Ampliação da Produção de Água .................................................................................... 290 Tabela 52 - Ampliação da Reservação ............................................................................................... 292 Tabela 53 - Cobertura dos Serviços (Maringá) ................................................................................... 295 Tabela 54 - Cobertura dos Serviços (Maromba) ................................................................................. 296 Tabela 55 - Ampliação da Produção de Água (Maringá) .................................................................... 298 Tabela 56 - Ampliação da Produção de Água (Maromba) .................................................................. 299 Tabela 57 - Ampliação da Reservação (Maringá)............................................................................... 300 Tabela 58 - Ampliação da Reservação (Maromba) ............................................................................ 301 Tabela 59 - Cobertura dos Serviços ................................................................................................... 305 Tabela 60 - Ampliação da Produção de Água .................................................................................... 307 Tabela 61 - Ampliação da Reservação ............................................................................................... 308 Tabela 62 - Cobertura Mínima ............................................................................................................ 316 Tabela 63 - Cobertura Mínima ............................................................................................................ 320 Tabela 64 - Cobertura Mínima ............................................................................................................ 324 Tabela 65 - Síntese das Metas (Parte 1) ............................................................................................ 361 Tabela 66 - Síntese das Metas (Parte 2) ............................................................................................ 362 Tabela 67 - Plano de Contingência (Serviço de Abastecimento de Água) ......................................... 394 Tabela 68 - Plano de Contingência (Serviço de Esgotamento Sanitário) ........................................... 395 Tabela 69 - Plano de Contingência (Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais) .. 396 Tabela 70 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Parte 1) ................................................................................................................................................ 397 Tabela 71 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Parte 2) ................................................................................................................................................ 398 X Tabela 72 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Parte 3) ................................................................................................................................................ 399 Tabela 73 - Informações Operacionais para o Cálculo dos Indicadores ............................................ 403 Tabela 74 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA ............................ 406 Tabela 75 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA (continuação) ..... 407 Tabela 76 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA (continuação) ..... 408 Tabela 77 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SES ............................ 409 Tabela 78 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SES (continuação) ..... 410 Tabela 79 - Relação dos Indicadores sugeridos para Drenagem Urbana .......................................... 411 Tabela 80 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos ..... 412 Tabela 81 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 413 Tabela 82 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 414 Tabela 83 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 415 Tabela 84 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 416 Tabela 85 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 417 Tabela 86 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 418 Tabela 87 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 419 Tabela 88 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) ....................................................................................................................................... 420 Tabela 89 - Relação dos Indicadores Transversais de Avaliação ...................................................... 421 Tabela 90 - Estrutura Tarifária de Resende (RJ) ................................................................................ 424 Tabela 91 - Histograma de Consumo de Resende (RJ) ..................................................................... 425 Tabela 92 - Histograma Adotado ........................................................................................................ 426 Tabela 93 - Receita de Água no ano de 2014 .................................................................................... 427 Tabela 94 - Investimento no SAA........................................................................................................ 428 Tabela 95 - Investimento no SES........................................................................................................ 430 Tabela 96 - Dimensionamento Pessoal .............................................................................................. 431 Tabela 97 - Sustentabilidade (Cenário A) ........................................................................................... 436 Tabela 98 - Sustentabilidade (Cenário B) ........................................................................................... 437 Tabela 99 - Sustentabilidade (Cenário C) ........................................................................................... 438 XI SUMÁRIO GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................... XV APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................ XVI 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 17 2. DESCRIÇÃO SUCINTA DO MUNICÍPIO ................................................................................. 25 2.1 CARACTERÍSTICAS ................................................................................................................ 25 3. INDICADORES SANITÁRIOS E EPIDEMIOLÓGICOS ........................................................... 53 3.1 INDICADORES SANITÁRIOS.................................................................................................. 54 3.2 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS ..................................................................................... 63 3.3 MORBIDADE ............................................................................................................................ 67 4. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS ................................................................................... 72 4.1 RENDIMENTO FAMILIAR PER CAPITA ................................................................................. 72 4.2 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) ............................................................... 72 4.3 PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) PER CAPITA ................................................................. 74 5. REGIÃO HIDROGRÁFICA ....................................................................................................... 75 5.1 BACIAS HIDROGRÁFICAS ..................................................................................................... 76 5.2 HIDROGRAFIA ........................................................................................................................ 77 6. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS UNIDADES TERRITORIAIS ............................................. 80 6.1 CLIMA....................................................................................................................................... 80 6.2 RELEVO ................................................................................................................................... 81 6.3 VEGETAÇÃO E FAUNA .......................................................................................................... 81 6.4 USO E COBERTURA DO SOLO ............................................................................................. 83 6.5 ZONEAMENTO ........................................................................................................................ 84 7. ESTUDO DEMOGRÁFICO ...................................................................................................... 90 8. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO ......................................................... 114 8.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL ................................................................................................. 115 8.2 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................... 119 8.3 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................... 163 8.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ............................................................................................................................................ 175 8.4.1 Núcleo Central Urbano ...................................................................................................... 175 8.4.2 Penedo ............................................................................................................................... 182 8.4.3 Maringá e Maromba ........................................................................................................... 186 8.4.4 Estrutura Institucional ........................................................................................................ 187 XII 8.5 CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA e MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................................................................. 204 9. RELAÇÃO DE PROGRAMAS, PROJETOS E ESTUDOS .................................................... 259 9.1 PROGRAMAS ........................................................................................................................ 259 9.2 PROJETOS ............................................................................................................................ 264 9.3 ESTUDOS .............................................................................................................................. 268 10. OBTENÇÃO DO ICMS ECOLÓGICO .................................................................................... 270 11. METAS GERAIS, QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS ....................................................... 272 11.1 SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................................................................ 272 11.2 SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO........................................................................ 309 11.3 SERVIÇO DE DRENAGEM URBANA e MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ......................... 325 11.4 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA e MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ..................... 341 11.5 Síntese do Plano de Metas .................................................................................................... 361 12. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS .......................................................................................................................................... 363 12.1 Serviço de Abastecimento de Água ....................................................................................... 363 12.2 Serviço de Esgotamento Sanitário ......................................................................................... 369 12.3 Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais ................................................ 375 12.4 Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos ............................................... 384 13. PLANO DE CONTINGÊNCIA................................................................................................. 391 14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO .................................................... 400 14.1 Serviço de Abastecimento de Água ....................................................................................... 406 14.2 Serviço de Esgotamento Sanitário ......................................................................................... 409 14.3 Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais ................................................ 411 14.4 Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos ............................................... 412 14.5 Indicadores Transversais ....................................................................................................... 421 15. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ....................................................... 422 15.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO............................................................................................. 422 15.2 PREMISSAS UTILIZADAS NA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ............................... 423 15.3 CENÁRIO PROJETADO E CONSIDERAÇÕES .................................................................... 433 15.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS SIMULAÇÕES ELABORADAS .......................................... 434 15.5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................................ 435 16. PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL .............................................................................. 439 16.1 Fotos ....................................................................................................................................... 442 XIII 16.2 Atas ........................................................................................................................................ 447 16.3 Publicações ............................................................................................................................ 448 17. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 449 XIV GLOSSÁRIO SEA - SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE PMI - PREFEITURA MUNICIPAL DE ITATIAIA PMSB - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO RH - REGIÃO HIDROGRÁFICA IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA SNIS - SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE O SANEAMENTO IDH - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO PIB - PRODUTO INTERNO BRUTO SISNAMA - SISTEMA NACIONAL DO MEIO SNVS - SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA SUASA - SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA SINMETRO - SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE INDUSTRIAL TCE - TRIBUNAL DE CONTAS IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL APP - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ARP - ÁREAS DE REFLORESTAMENTO E PRESERVAÇÃO APM - ÁREAS DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS ICMBIO - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE XV APRESENTAÇÃO O presente relatório compreende a VERSÃO PRELIMINAR dos Estudos e Projetos para Consecução do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro, ABRANGENDO os Serviços de Abastecimento de Água, de Esgotamento Sanitário, a Drenagem e o Manejo das Águas Pluviais e a Limpeza Urbana e o Manejo dos Resíduos Sólidos. Este foi elaborado conforme previsto no Edital e Anexos da Carta Convite CV n.º 07/2.011 do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e ao CONTRATO n.º 26/2.011 firmado no dia 23 de maio de 2.011 entre o INEA e a empresa SERENCO. XVI 1. INTRODUÇÃO O Plano de Saneamento é um instrumento de responsabilidade municipal e objetiva a formulação de um roteiro bem estruturado e participativo, que oriente a atuação do poder público, seja como prestador direto dos serviços ou na delegação a terceiros, de forma a propiciar maior eficiência e eficácia no atendimento à população com os serviços de saneamento básico, buscando a sua universalização. Desta maneira, a elaboração do Plano de Saneamento possibilita ações municipais na direção da universalização do atendimento. Os Planos de Saneamento partem da premissa de que o patrimônio ambiental do município é o bem maior da coletividade, devendo haver a necessária compatibilidade entre a proteção ambiental, o desenvolvimento econômico e a melhoria das condições sociais e culturais da sociedade local. Neste sentido, trata-se de uma visão de desenvolvimento sustentável, lema e objetivo que devem nortear o planejamento e a gestão municipal e urbana do município ou região. Os Planos de Saneamento definem o planejamento da prestação dos serviços, em cada dimensão do desenvolvimento sustentável: aspectos técnicos; ambientais; físico-territoriais; urbanísticos; econômicos; socioculturais e político-institucionais. O escopo do planejamento extrapola questões de natureza técnica, relacionadas exclusivamente à infraestrutura dos serviços e se propõe a definir um plano de gestão. Assim, considera aspectos relacionados à modalidade institucional de prestação do serviço, o relacionamento com o usuário, o controle operacional, o controle da qualidade, entre outros. Pelo Decreto n.º 7.217/2.010, todos os municípios brasileiros deverão ter o Plano de Saneamento concluído até 31 de dezembro de 2.013. O não cumprimento do prazo poderá acarretar consequências desfavoráveis, como a restrição para obtenção de recursos federais para investimentos no setor. 17 A composição básica dos Planos de Saneamento, conforme exigibilidade legal (Lei Federal n.º 11.445 de 05 de janeiro de 2.007, artigo 19, incisos I, II, III, IV e V), deve estar fundamentada nos seguintes itens: Diagnóstico; Objetivos e metas; Programas, projetos e ações necessárias; Ações para contingências ou emergências; Métodos de avaliação de eficiência. Para tanto, as seguintes diretrizes devem ser observadas: 1.º - a definição objetiva do significado de serviço adequado de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem urbana e manejo dás águas pluviais e de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos (que, nessa condição, resulta na formulação de requisitos de qualidade e desempenho a serem atendidos); 2.º - o diagnóstico dos serviços atuais em face de tais requisitos; 3.º - a identificação das desconformidades entre o estado atual e aquele que deveria vigorar caso os mesmos fossem cumpridos; 4.º - as proposições de medidas de desenvolvimento, melhoria e expansão que levem ao seu cumprimento; 5.º - o estudo econômico-financeiro e político-institucional de viabilização de tais medidas; 6.º - as escolhas das modalidades institucionais mais adequadas para a prestação dos serviços; 7.º - a implementação de um marco regulatório para essa prestação e do correspondente sistema de regulação; e 8.º - a elaboração de documentos técnicos, jurídicos, administrativos e financeiros necessários à realização das mudanças institucionais a serem implantadas. 18 A gestão dos serviços de saneamento deve estar adequada a Lei Federal n.º 11.445/07 e ao Decreto Federal n.º 7.217 de 21 de junho de 2.010, os quais remeteram aos titulares dos serviços (municípios) efetivas participações nos processos decisórios gerando uma “descentralização da responsabilidade” sobre a política de saneamento básico no país. Esta descentralização é tida como o meio mais rápido e eficiente de alcançar a universalização dos serviços de saneamento. Cabe ao Titular planejar os serviços de saneamento básico, estipulando a forma de operação, regulação, fiscalização e gestão. O Plano de Saneamento destaca-se pela maneira pela qual todos os titulares dos serviços da federação deverão cumprir sua obrigação de prestação de serviços públicos de saneamento conforme designa a Constituição Federal em seu Artigo 175: “A prestação dos serviços de saneamento pode ser realizada diretamente pelo Poder Público ou sob-regime de concessão ou permissão a outra entidade, a qual poderá ser uma entidade governamental, uma empresa privada ou uma entidade mista governamental / privada”. A Lei Federal n.º 8.987 de 13 de fevereiro de 1.995 “dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, previsto no Art. 175 da Constituição Federal”, disciplinando as matérias constantes dos Incisos I a IV do Parágrafo único do Art. 175 somente no regime de concessão ou permissão, não podendo, portanto, ser confundida totalmente com a lei mencionada no Art. 175, já que esta deverá disciplinar a prestação de serviços públicos, tanto no caso da prestação direta pelo Poder Público, como no caso das concessões e permissões. Dessa forma, a disciplina da prestação de serviços públicos diretamente pelo Poder Público ainda não se acha formalizada por uma lei. Isso não impede que as exigências constantes da Lei Federal n.º 8.987/95 também se apliquem quando a prestação do serviço público for feita diretamente pelo Poder Público, ou seja, este não está livre de compromissos regulamentares, pelo simples fato de ser Poder Público. Não é razoável supor que os preceitos da Lei Federal n.º 19 8.987/95 quanto a direitos dos usuários, política tarifária e serviço adequado somente obriguem a empresas concessionárias (públicas e privadas) ou permissionárias. Também não é lógico supor que os rigores dos preceitos sejam qualitativa ou quantitativamente distintos, conforme o caso. Por tais razões, assume-se que, qualquer que seja a concepção institucional da prestação dos serviços de água e esgotos de Itatiaia, o prestador dos serviços estará obrigado a atender as exigências que caracterizam sua prestação. Nesse sentido, os preceitos da Lei Federal n.º 8.987/95 passam a constituir disciplina legal a ser observada no Plano de Saneamento. Tal disciplina interessa especialmente no tocante ao Sistema de Regulação da Prestação dos Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário em função da participação dos usuários através da cobrança das tarifas. Caso o processo decisório referente às alternativas institucionais apresentadas no Estudo de Sustentabilidade, indique a opção por alguma forma de parceria público/privada, a Lei Federal n.º 8.987/95 aplicar-se-á integralmente. Caso contrário, a mesma será utilizada onde e quando cabível, considerando a prestação do serviço pelo Poder Público, de acordo com a modalidade institucional selecionada. Neste caso, deverá ser estabelecido algum instrumento de compromisso entre a entidade de prestação dos serviços e o Prefeito Municipal, desempenhando papel semelhante àquele representado pelo contrato de parceria nos casos em que alguma forma de parceria público/privada seja a modalidade escolhida. Assim, para possíveis prestadores privados prevê-se a figura do Contrato de Concessão e para prestadores públicos externo caberá a institucionalização de um Contrato Programa e para prestador público interno caberá à institucionalização de um Contrato de Gestão, todos desempenhando o papel de instrumento de disciplina referente à prestação dos serviços e, nessa condição, regendo as relações entre o titular dos serviços, ou seja, a Prefeitura Municipal e o seu prestador. 20 Cabe destacar que a premissa de que, qualquer que seja a personalidade jurídica do prestador de serviços, o mesmo estará igualmente obrigado quanto às exigências que caracterizam sua prestação, constitui importantíssima e salutar inovação na prestação de serviços de saneamento básico no Brasil. O que ocorre tradicionalmente é que, quando a prestação de tais serviços é realizada por entidade pública, simplesmente não há regulação, a qualidade da prestação dos serviços fica inteiramente a critério da entidade prestadora e o conceito de “serviço adequado” não é explicitado, muito menos expresso de forma objetiva que facilite sua verificação. Os poucos serviços de saneamento básico prestados por empresas concessionárias estão sujeitos, é claro, à fiscalização do poder concedente, fiscalização esta que, embora constitua uma espécie de regulação, padece de alguns inconvenientes considerados graves, tais como: a) falta de uma boa caracterização do que seja “serviço adequado”; b) inexistência da participação dos usuários; c) inexistência de auditoria independente. Em realidade, a prestação do serviço público raramente considera o contexto político-institucional maior, tal como caracterizado pela Lei Federal n.º 8.987/95, por meio das relações de direitos e deveres entre os agentes relevantes, a saber: a) Direitos e obrigações dos Usuários: Receber serviço adequado; Receber da Prefeitura Municipal e da Prestadora, informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos; Obter e utilizar o serviço, observadas as normas das entidades responsáveis pelos serviços; Levar ao conhecimento da Prefeitura Municipal e da Prestadora as irregularidades de que tenham conhecimento, referentes ao serviço prestado; 21 Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela Prestadora na prestação do serviço; Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos através dos quais lhes são prestados os serviços. b) Encargos da Prefeitura Municipal: Regulamentar o serviço e fiscalizar permanentemente a sua prestação; Aplicar as penalidades regulamentares e contratuais; Intervir na prestação do serviço, nos casos e condições previstos em lei; Extinguir a concessão, nos casos previstos na Lei Federal n.º 8.987, de 13 de Fevereiro de 1.995 e na forma prevista no Contrato de Concessão ou segundo mecanismo equivalente quando a prestação do serviço for pública; Homologar reajustes e proceder à revisão das tarifas na forma da Lei Federal n.º 8.987, de 13 de Fevereiro de 1.995, das normas pertinentes e do Contrato de Concessão ou de Programa e de Gestão; Cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares do serviço e as cláusulas contratuais da prestação do serviço; Zelar pela boa qualidade do serviço, receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos usuários; Declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço ou obra pública, promovendo as desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes à Prestadora, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; Declarar de necessidade ou utilidade pública, para fins de instituição de servidão administrativa, os bens necessários à execução de serviço ou obra pública, promovendo-a diretamente ou mediante outorga de poderes à Prestadora, caso em que será desta a responsabilidade pelas indenizações cabíveis; Estimular a melhoria da qualidade, produtividade, preservação do meio ambiente e conservação de recursos naturais, culturais, econômicos e tecnológicos; 22 Incentivar a competitividade; Estimular a formação de associações de usuários para defesa de interesses relativos ao serviço. c) Encargos da Prestadora: Prestar serviço adequado, na forma prevista na Lei Federal n.º 8.987, de 13 de Fevereiro de 1.995, nas normas técnicas aplicáveis e no Contrato de Concessão, Programa ou de Gestão; Manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à prestação do serviço; Prestar contas da gestão do serviço à Prefeitura Municipal e aos usuários, nos termos definidos no Contrato de Concessão, Programa ou de Gestão; Cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da prestação do serviço; Permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus registros contábeis; Promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pela Prefeitura Municipal, conforme previsto no Contrato de Concessão, Programa ou de Gestão; Zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como segurá-los adequadamente; Captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação do serviço. No tocante aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, na mesma linha das exigências da Lei Federal n.º 8.987/95, independente do tipo de prestador, este deve atender ao Decreto Federal n.º 5.440 de 4 de maio de 2.005, que estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água e serviços de abastecimento e institui mecanismos e procedimentos para a divulgação de informações sobre a qualidade da água distribuída. 23 A não obediência ao Decreto Federal n.º 5.440/05 implica em infrações as Leis Federais n.º 8.078, de 11 de setembro de 1.990, e n.º 6.437, de 20 de agosto de 1.977, de proteção ao consumidor e legislação sanitária federal. Em relação aos resíduos sólidos, a Lei Federal n.º 12.305, de 02 de agosto de 2.010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os resíduos perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do disposto na referida Lei, o Marco Regulatório do Saneamento Básico (Lei Federal n.º 11.445, de 5 de janeiro de 2.007), a Lei Federal n.º 9.974, de 6 de junho de 2.000, a Lei Federal n.º 9.966, de 28 de abril de 2.000, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO). A Lei Federal n.º 9.974/2.000 dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. A Lei Federal n.º 9.966/2.000 dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. 24 2. DESCRIÇÃO SUCINTA DO MUNICÍPIO 2.1 2.1.1 CARACTERÍSTICAS Localização O município de Itatiaia se localiza na divisa dos Estados de Rio de Janeiro e Minas Gerais, na Serra da Mantiqueira, na mesorregião do Médio Paraíba e microrregião Vale do Paraíba Fluminense. Itatiaia está a uma distância de 174 km da capital Rio de Janeiro (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2.010). Itatiaia apresenta uma área territorial de aproximadamente 245 km2, o que corresponde a 0,5148 % do Estado, 0,0243 % da Região, 0,0026 % de todo o território brasileiro e 3,9% da região do Médio Paraíba (Fonte: IBGE, 2.010). Os municípios limítrofes são Bocaina de Minas (MG) e Resende (RJ) (Wikipédia, 2.011). A altitude máxima verificada é de 2.291 metros (perto do Pico das Agulhas Negras, que faz parte do Parque Nacional do Itatiaia) e possui as seguintes coordenadas geográficas (Wikipédia, 2.011): 22° 29 ′ 29″ de Latitude Sul; 43° 33 ′ 33″ de Longitude Oeste. As Figuras a seguir demonstram a localização do município no estado do Rio de Janeiro e as Regiões de Governo e Microrregiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro, respectivamente. 25 Figura 1 - Localização do Município no Estado do Rio de Janeiro Fonte: Wikipédia 2.011 Figura 2 - Regiões de Governo e Microrregiões Geográficas do Estado do Rio de Janeiro, com destaque para a localização de Itatiaia. Fonte: Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro – Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro - TCE (2.008) (Adaptado). 26 2.1.2 Divisão Territorial O município Itatiaia é divido em seis núcleos urbanos denominados: Núcleo Central Urbano, Penedo, Maringá, Maromba, Granja Itaúna (Vila Benfica) e Parque Nacional. Esta divisão territorial foi definida no Plano Diretor do município, elaborado de março a outubro de 1.998 pela Prefeitura de Itatiaia com a assessoria do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). 2.1.2.1 Núcleo Central Urbano De acordo com o Plano Diretor do Município de Itatiaia (1.998), Art.12, “O núcleo central urbano de Itatiaia é destinado ao exercício de funções econômicas e sociais diversificadas, de interesse local e regional, devendo abrigar atividades de serviços, indústrias de baixo grau de impacto ambiental, atividades culturais, recreativas e de lazer (...)”. Os seguintes bairros são encontrados no núcleo central urbano: Belos Prados, Campo Alegre, Centro, Country Club, Lugano, Jardim Paineiras, Vila Residencial de Furnas, Vila Flórida, Bairro Nova Conquista, Vila Maia, Vila Odete e Vila Paraíso, Vila Esperança, Vila Magnólia, Vila Martins, Vila Carolina, Passeio Niterói, Casal Garcia, Itatiaia, Jardim Itatiaia, Vila Pinheiro e Fazenda Aleluia. 2.1.2.2 Penedo O Art. 13 do mesmo documento especifica que “o núcleo de Penedo é destinado primordialmente ao exercício das funções econômicas e sociais, complementares e compatíveis, ligadas ao turismo, ao veraneio, ao descanso (...)”. O núcleo de Penedo se localiza próximo ao Parque Nacional do Itatiaia e faz divisa com o distrito de Visconde de Mauá, pertencente ao município de Resende. A fundação deste foi realizada por imigrantes Finlandeses no ano de 1.929. Considerada a principal colônia finlandesa do Brasil, a região de Penedo apresenta 27 uma arquitetura marcante composta de residências e edifícios comerciais e uma forte cultura local. Até os dias atuais a incorporação de Penedo ao município de Itatiaia é contestada por grupos separatistas locais que desejam o retorno de Penedo para Resende, sua antiga cidade. As riquezas naturais com generosa fauna e bela topografia presentes em Penedo, somadas às tranquilas pousadas e clima ameno existentes na região fazem do turismo a base econômica local. 2.1.2.3 Maringá e Maromba Os núcleos de Maringá e Maromba, segundo o Art. 14 do Plano Diretor do Município de Itatiaia (1.998) “são destinados ao exercício de funções econômicas e sociais, complementares e compatíveis, de apoio ao turismo ecológico, ao turismo rural, ao veraneio, à prática desportiva vinculada ao meio natural (...)”. Localizadas ao norte do município, Maringá surgiu à margem direita do Rio Preto no município de Bocaina de Minas, Minas Gerais, se estendendo para a margem direita do Rio Preto, abrangendo o território de Itatiaia. Maromba teve sua formação na cabeceira do Rio Preto, com crescimento verificado ao longo do único acesso a Rodovia RJ-151 (Fonte: Plano Diretor do Município de Itatiaia – 1.998). A região sobre a qual estão Maringá e Maromba faz parte da Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, criada pelo Governo Federal por Decreto n.º 91.304 de 1.985. O local está inserido no macro zoneamento da Bacia do Rio Paraíba do Sul, o qual engloba a sub-bacia do Rio Preto. O Decreto Federal n.º 87.561 de 1.992 prevê para a região os usos de Áreas de Preservação Permanente (APP), Áreas de Reflorestamento e Preservação (ARP) e Áreas de Proteção de Mananciais (APM) (Fonte: Plano Diretor do Município de Itatiaia – 1.998). 28 2.1.2.4 Granja Itaúna (Vila Benfica) Já o núcleo da Granja Itaúna (Vila Benfica), conforme o Art. 15 do Plano Diretor do Município de Itatiaia (1.998) “é destinado exclusivamente à residência unifamiliar, ao serviço de hospedagem em pousadas e a chácaras e sítios de recreio.”. 2.1.2.5 Parque Nacional Grande parte do território do município é abrangido pelo Parque Nacional de Itatiaia, mas de acordo com os setores censitários do IBGE de 2.010, esta área possui somente 614 habitantes. O Parque foi fundado em 14 de junho de 1.937, sendo a primeira área do país a se tornar oficialmente uma unidade de conservação. Possui uma área de aproximadamente 30.000 hectares. Apresenta montanhas com quase 3.000 metros de altitude e mantém uma fauna e flora bastante diversificadas devido à altitude e ao clima variado. É administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A rodovia que dá acesso ao interior do parque é a BR-485. O Parque ocupa parte dos municípios de Itatiaia e Resende, no Rio de Janeiro; e Itamonte, Alagoa e Bocaina, em Minas. Nos períodos de secas, que vai de maio a agosto, é o mais indicado para escalar os picos, apesar das baixas temperaturas. Durante o verão, as chuvas são constantes e deixam as pedras escorregadias, sendo recomendada a circulação apenas na parte baixa do parque. Suas atrações turísticas reforçam a economia da região. Na sequencia é apresentado o mapa da divisão territorial do município, onde é possível localizar os principais núcleos urbanos (Núcleo Central Urbano, Penedo, Maringá e Maromba). 29 INSERIR MAPA 01 30 2.1.3 Demografia De acordo com o Censo realizado pelo IBGE em 2.010 o município contou com uma população de 28.852 habitantes, sendo deste total, 50,6% mulheres e 49,4% homens e densidade de aproximadamente 128 hab./km². A população em área urbana corresponde a 96,5% e em área rural 3,5%. A Tabela a seguir demonstra a evolução populacional do município de Itatiaia. Tabela 1 - Evolução Populacional ANO 1980 1991 2000 2010 População População Taxa de Total Urbana Urbanização (hab.) (hab.) (%) 12.294 16.073 24.739 28.783 8.630 9.831 11.728 27.813 70,2 61,2 47,4 96,6 Método Censo Censo Censo Censo Fonte: IBGE (2.010) Esta tabela demonstra um aumento expressivo na população urbana de Itatiaia entre os anos de 2.000 e 2.010. Este aumento expressivo é devido à locomoção da população rural para os centros urbanos. Esta locomoção pode ser justificada pela modernização na agropecuária substituindo a mão-de-obra por máquinas e meios mais eficazes e o aproveitamento desta para outros setores como o turismo (Fonte: UFRJ - Departamento de Geografia, Comportamento rural no contexto Urbano Industrial). De acordo com a Sinopse do Censo de 2.010 o município de Itatiaia conta com 62 setores censitários. Ao considerar a divisão territorial, apresentadas anteriormente, sobrepostas aos setores censitários, definiu-se a população residente e o número de domicílios para cada região no ano de 2.010, expostos na Tabela a seguir. 31 Tabela 2 - População conforme Divisão Territorial UNIDADE TERRITORIAL NÚCLEO CENTRAL URBANO PENEDO MARINGÁ MAROMBÁ GRANJA ITAÚNA PARQUE NACIONAL TOTAL DOMICÍIOS POPULAÇÃO Urbana POPULAÇÃO PARTICULARES TOTAL % URBANA (*) E COLETIVOS 21.013 7.627 96,63% 20.305 6.173 443 415 125 2.980 269 245 69 96,63% 96,63% 96,63% 96,63% 5.965 428 401 121 614 510 96,63% 593 28.783 11.700 27.813 (*) Foi considerada a taxa de urbanização do Censo de 2.010 para todas as unidades territoriais Estes valores por região serão de fundamental importância para o Plano de Saneamento do município, pois a partir destes se fará o planejamento das metas, em função da população de cada uma destas regiões. Além da população residente, deve-se destacar que o município de Itatiaia atrai turistas durante o ano todo somando uma significativa população flutuante (pessoas que visitam esporadicamente o município, como hóspedes de hotéis, campings, aluguéis de imóveis e proprietários que não vivem no município, mas acabam “residindo” por um determinado período, como feriados e férias). Esta população flutuante será objeto de análise mais detalhada por motivo dos estudos populacionais, que nortearão o planejamento/dimensionamento das demandas. A Figura a seguir ilustra a divisão dos setores censitários e a densidade demográfica do município de Itatiaia. 32 Figura 3 - Setores Censitários e Densidade Demográfica (2.010) Fonte: IBGE, Censo 2.010 33 Na figura a seguir é apresentado o gráfico da distribuição da população segundo a faixa etária e sexo apresentadas pelo IBGE no censo realizado em 2.010 por este Instituto. Figura 4 - Distribuição da população por faixa etária e sexo em 2.010 Fonte: IBGE, Censo 2.010 . 34 2.1.4 Caracterização Socioeconômica No município de Itatiaia a economia está concentrada principalmente nas áreas da indústria e do turismo. Na figura a seguir é apresentado o Gráfico dos valores, em reais, do PIB do município segundo dados do IBGE (2.010). Figura 5 - Distribuição do PIB de Itatiaia entre os setores de agropecuária, indústria e serviços Fonte: IBGE (2.010) Nota-se neste gráfico que o município de Itatiaia apresenta sua economia voltada fortemente para os setores de prestação de serviços (Turismo) e indústria. A agropecuária, extração de recursos minerais, comércio atacadista e instituições financeiras não apresentam importância significativa na economia da cidade. 35 O município de Itatiaia apresenta expressivas diferenças socioeconômicas entre a área urbana do Núcleo Central Urbano, dos núcleos de Penedo, Maringá e Maromba. A seguir estão descritas as principais atividades econômicas de cada região deste município. 2.1.4.1 Núcleo Central Urbano No Núcleo Central Urbano a principal Atividade Econômica é a industrial, tendo como destaque as empresas Xerox do Brasil Ltda., montadora de máquinas, equipamentos e aparelhos de sistemas eletrônicos, e a Pneumáticos Michelin Ltda., fábrica de pneus e câmaras-de-ar, recauchutagem de pneus, ambas localizadas às margens da Rodovia Presidente Dutra. Há também outros estabelecimentos de grande porte como a IMI – Indústrias Mecânicas Itatiaia Ltda. e a Furnas Centrais Elétricas. Destaca-se também o Centro de Distribuição da Procter & Gamble, que foi inaugurado em 29 de junho de 2.010, com a presença do Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do vice-governador, Luiz Fernando de Souza Pezão. Este foi construído segundo normas de sustentabilidade e, dele, os produtos da empresa são direcionados para todo o país. A multinacional tem em seu portfólio marcas como Wella, Duracell, Oral-B, Pantene, Ariel, Pampers, entre outras. Faturando cerca de R$ 1 bilhão no Estado do Rio, a empresa pretende passar de R$ 1,5 bilhão por ano com novos investimentos. Em 2.011 iniciou-se a implantação da Hyundai na área industrial do núcleo central urbano, que fabricará máquinas pesadas e um centro de distribuição do grupo. Os investimentos previstos são de 150 milhões de dólares e gerarão 1.500 vagas de emprego até 2.015. 36 2.1.4.2 Núcleo de Penedo Penedo tem como atividade econômica principal o turismo, verificado desde a fundação da região, realizada por famílias de imigrantes finlandeses. O turismo é fundamentado nos recursos naturais e tranquilidade da região. Dentre as atrações de Penedo estão inclusas a visitação nas quedas d’água do Rio das Pedras, a Três Cachoeiras, a Cachoeira de Deus, a Cachoeira das Três Bacias e as trilhas no Maciço do Itatiaia (Fonte: Plano Diretor de Itatiaia, 1.998). O núcleo de Penedo também pode ser apontado como centro de lazer noturno regional, com diversos restaurantes. Pela inúmera quantidade de pousadas e hotéis de ótima qualidade, o Núcleo de Penedo serve de dormitório para as pessoas que trabalham nos municípios limítrofes, principalmente Resende. 2.1.4.3 Núcleos de Maringá e Maromba As regiões de Maringá e Maromba apresentam assim como o núcleo de Penedo a economia baseada fortemente no turismo em virtude das riquezas naturais e pelos atrativos do clima de montanha característicos do local. Maringá e Maromba apresentam estabelecimentos de hospedagem como hotéis e pousadas, com expressiva demanda para gastronomia e para produtos agrícolas da região, identificados como naturais, caseiros e tradicionais (Fonte: Plano Diretor de Itatiaia, 1.998). Conforme especifica o Plano Diretor de Itatiaia (1.998), “os atrativos da região são as cachoeiras, as trilhas ecológicas, os rios, as piscinas naturais e o alpinismo, além de passeios em caminhões militares, aluguel de cavalos e charretes, pescaria e eventos gastronômicos. Entre as cachoeiras destacam-se a Cachoeira do Escorrega, no Rio Preto, em Maromba,(...); a Cachoeira Véu da Noiva, no Córrego da Maromba,(...); a Cachoeira das Cruzes, no Rio das Cruzes, no Vale das Cruzes,(...); a Cachoeira do Marimbondo, no Vale do Marimbondo, a maior da região. Outras atrações são o Mirante do Posto da Maromba, na RJ-151, e o Poção da Maromba, no Rio Preto. 37 Maringá/ Maromba é ainda propício à prática de diversos esportes: mountain bike, caminhadas, voo livre, canoagem, trilhas de rapel e cross country.” A criação de trutas, surgida nos anos 90, produtos artesanais, como licores, queijos, pães, geleias e chocolates, além da tecelagem e criação de abelhas para cultivo de mel, consistem em outra importante atividade econômica local. A produção rural apresenta fraca expressão econômica, voltada ao abastecimento de hotéis, pousadas e restaurantes ou a venda de produtos aos visitantes, veranistas e turistas. Os postos de trabalho em Maringá e Maromba estão fortemente ligados ao turismo, sendo superiores às atividades relacionadas ao setor primário (Fonte: Plano Diretor de Itatiaia, 1.998). 2.1.4.4 Setor Industrial A Região do Médio Paraíba Fluminense é constituída de 12 municípios, incluindo a cidade de Itatiaia (Figura 2). Esta região, que abrange uma área de 6.200 km², o que representa 14,2% do estado do Rio de Janeiro, é considerada a terceira maior entre as oito existentes no estado. O Médio Paraíba Fluminense possui características predominantemente industriais, com base tipológica centrada no segmento Metal mecânico. Encontra-se nesta região grandes empresas nacionais, podendo-se citar dentre as principais a CSN, Volkswagen, PSA Peugeot Citroën, Votorantin Metais, Saint Gobain, Metalúrgica Barra do Piraí, entre outras (Fonte: SEBRAE, 2.011). Na cidade de Itatiaia, destacam-se a Xerox do Brasil, a Pneumáticos Michelin Ltda., a IMI - Indústrias Mecânicas Itatiaia Ltda., a Furnas Centrais Elétricas, a Procter & Gamble (P&G) e a implantação da Hyundai. 38 2.1.4.5 Comércio Exterior no Município No ano de 2.007 o município de Itatiaia apresentou uma movimentação de US$ 134.753.339 relacionados às exportações, enquanto as importações totalizaram US$ 90.970.499. Do total de exportações realizadas em 2.007, 96,3% eram compostas por bens intermediários e 3,7% de bens de capitais. As importações do município do mesmo ano contabilizaram 82,1% de bens de capital, 16,6% de bens intermediários, 1,2% de bens de consumo e 0,1% de combustíveis e lubrificantes (Fonte: TCE, 2.008). A figura a seguir apresenta o gráfico da evolução das exportações de Itatiaia. 160.000 Em US$1.000 FOB 140.000 120.000 100.000 80.000 Exportação 60.000 Importação 40.000 20.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Figura 6 - Evolução das Exportações e Importações Fonte: Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro/TCE (2.008). Os principais países compradores dos produtos produzido em Itatiaia são França, Estados Unidos, Holanda, Argentina, México, Canadá, Colômbia, Japão, Venezuela e Hong Kong. A Tabela a seguir lista os principais produtos exportados por Itatiaia em 2.007. 39 Tabela 3 - Principais produtos exportados por Itatiaia no ano de 2.007 Descrição Valor em US$ FOB % Pneus novos para automóveis de passageiros Obras de fios de ferro ou aço Cordas e cabos de fios de aço revestidos Acessórios para apar. fotoc. eletrostático Outros pneus novos para ônibus ou caminhões Pneus novos para motocicletas Cordas e cabos de ferro e aço para uso elétrico Outras partes/acessórios para fotocópia Outras partes/acessórios para impressoras Fios de alta tensão 109.369.283 12.027.821 5.597.972 4.278.940 1.238.718 716.287 350.254 298.895 185.313 151.982 81,49 8,96 4,17 3,19 0,92 0,53 0,26 0,22 0,14 0,11 Fonte: Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro/TCE (2.008). 2.1.4.6 Setor Agropecuário Dentre os principais produtos agrícolas do município de Itatiaia, pode-se citar: canade-açúcar, feijão, mandioca e milho. Nas Tabelas a seguir estão expostos dados do IBGE (2.009), referentes a produção agrícola temporária municipal e silvicultura da cidade. Tabela 4 - Dados da produção agrícola municipal temporária Lavoura Temporária Valores Cana-deaçúcar Feijão Mandioca Milho Quantidade produzida (t) 430 8 140 70 Valor da produção (mil reais) 30 8 70 39 Área plantada (ha) 30 9 10 25 Área colhida (ha) 8 9 10 25 Rendimento médio (Kg/ha) 53.750 888 14.000 2.800 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2.009. 40 Tabela 5 - Dados de silvicultura Produtos da Silvicultura Valores Carvão Vegetal Lenha Quantidade produzida 25 toneladas 1.000 m Valor da produção (mil reais) 88 60 Madeira em tora 3 300 m 3 45 Fonte: IBGE, Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura 2.009 O desenvolvimento agrícola no município de Itatiaia segundo os tipos de produtos cultivados entre os anos de 2.002 a 2.006, de acordo com dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), realizada pelo IBGE, está descrito na Tabela a seguir. Tabela 6 - Evolução Agrícola, segundo os tipos de Produtos Cultivados Cultura (em toneladas) Cana-de-açúcar Feijão (em grão) Mandioca Milho (em grão) Banana 2002 480 5 110 180 75 2003 480 5 110 180 75 Ano 2004 516 8 140 98 2005 516 8 140 98 2006 430 8 140 76 Fonte: Pesquisa da Pecuária Municipal (IBGE). Extraído de Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro/TCE (2.008). A produção pecuária Itatiaia, segundo os tipos de rebanhos, de acordo com dados do IBGE (2.009) está contida na Tabela a seguir. 41 Tabela 7 - Produção Pecuária Rebanho Bovinos Eqüinos Asininos Muares Suínos Caprinos Galinhas Vacas ordenhadas Cabeças 5.000 450 20 50 460 70 500 300 Leite de vaca Ovos de galinha Mel de abelha 700 mil Litros 3 mil Dúzias 4.000 mil kg Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2.009. A evolução da pecuária segundo o efetivo dos rebanhos contabilizados por cabeça no município de Itatiaia, de acordo com dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), realizada pelo IBGE, está expressa na Tabela a seguir. Tabela 8 - Evolução da Pecuária Efetivo dos Rebanhos (cabeças) Ano Tipo de rebanho 2002 2003 2004 Bovinos 3.842 3.600 3.450 Eqüinos 450 500 550 Asininos 25 25 23 Muares 52 50 50 Suínos 132 155 140 Caprinos 35 70 48 Galinhas 190 280 210 Coelhos 40 - 2005 4.000 620 20 50 190 40 250 - 2006 4.000 600 20 50 250 40 300 - Fonte: Pesquisa da Pecuária Municipal (IBGE). Extraído de Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro/TCE (2.008). 42 2.1.4.7 Setor Comercial e de Serviços O setor de serviços é a principal base econômica de Itatiaia e inclui o comércio local, turismo, serviços da administração pública e outros tipos de prestação de serviços. 2.1.4.7.1. Potencial de Consumo O potencial de consumo de Itatiaia segundo as classes econômicas e o número de domicílios urbanos está apresentado na Tabela a seguir. Tabela 9 - Potencial de Consumo Classes Econômicas* Número de Domicílios Urbanos Porcentagem A1 38 0,34 A2 400 3,54 B1 1.074 9,52 B2 2.495 22,11 C1 3.124 27,69 C2 2.330 20,65 D 1.723 15,27 E 100 0,89 Total 11.284 100 *Classes Econômicas (Renda Familiar Média Mensal): A1: 14.400,00; A2: 8.100,00; B1: 4.600,00: B2: 2.300,00; C1: 1.400,00; C2: 950,00; D: 600,00; E: 400,00; Fonte: IPC/TARGET – 2.010. Extraído de Informações Socioeconômicas do município de Itatiaia. SEBRAE/RJ (2.010). Como citado anteriormente, Itatiaia tem um grande potencial turístico, apresentando significativo número de visitações durante o ano, tornando o turismo sua principal atividade econômica local, em virtude das riquezas naturais e clima de montanha da região. Dentre os segmentos de turismo que se destacam, pode-se citar o ecoturismo e turismo gastronômico. Outras atividades econômicas de destaque são a criação de trutas e fabricação de produtos artesanais, tais como licores, queijos, pães, geleias e chocolates. A produção agrícola local é considerada pouco 43 expressiva, sendo voltada somente para o abastecimento de hotéis, pousadas e restaurantes ou venda para visitantes. 2.1.4.7.2. Transportes A rodovia Presidente Dutra consiste na principal via de acesso ao município, por meio da qual se atinge Resende a leste e a oeste. A BR-485 faz ligação com o Parque Nacional de Itatiaia e através da RJ-163 se chega a Penedo e Visconde de Mauá. A RJ-115 acessa Maringá e Maromba. O mapa a seguir demonstra as principais rodovias que cruzam o município. 44 Inserir mapa rodovias (A3) 45 Em relação à infraestrutura de transporte, o município de Itatiaia apresenta um terminal rodoviário com área total de 1.000 m2, o qual é atendido por 4 (quatro) linhas de ônibus intermunicipais e 1 (uma) linha interestadual. A figura a seguir apresenta o Gráfico da a distribuição da frota veicular do município, segundo dados do IBGE. Automóveis Caminhões Caminhões Caminhões-trator Caminhonetes Micro--ônibus Motocicletas Motonetas Ônibus Figura 7 - Gráfico da Frota Veicular Fonte: www.ibge.gov.br/cidades 2.1.4.7.3. Energia Elétrica O fornecimento de energia elétrica no município de Itatiaia é realizado por duas empresas: AMPLA Energias e Serviços S/A e CERES (Cooperativa de Eletrificação Rural de Resende Ltda.) A Tabela a seguir ilustra a distribuição de energia elétrica conforme o número de ligações para cada uma das duas empresas prestadoras do serviço para a região. 46 Tabela 10 - Distribuição da Prestação de Serviço de Energia Elétrica Empresas AMPLA CERES Residências 6.843 1.449 Ligações Elétricas em 2003* Rural Indústria e Comércio Públicas 102 76 826 3 291 17 Porcentagem 81,7 18,3 Fonte: Prefeitura Municipal de Itatiaia – PMI (2.005). Extraído de Rocha (2.005). *Outras informações e dados mais recentes relacionados à distribuição de energia elétrica no município não foram disponibilizados pela AMPLA e CERES. A AMPLA consiste na empresa que fornece a maior parcela de energia à cidade de Itatiaia. Sediada no município de Niterói, a AMPLA atende 66 municípios do Estado do Rio de Janeiro, com uma área de concessão de 32.188 km2, o que representa 73% do território estadual. A Figura a seguir ilustra o mapa do território do Estado do Rio de Janeiro, as maiores empresas de fornecimento de energia que atendem o Estado e as respectivas áreas de abrangência. Figura 8 - Áreas de Atuação das Empresas de Fornecimento de Energia Elétrica Fonte: Relatório de combate a furtos - AMPLA (2.010). 47 A CERES foi criada em 30 de agosto de 1.968 por um grupo de fazendeiros com o objetivo de proporcionar acesso à energia elétrica a suas propriedades. Atualmente a empresa se apresenta bastante consolidada e atua em sete localidades da região de Itatiaia, Resende e pequenos trechos dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, assim denominadas: Penedo, Serrinha, Capelinha, Rio Preto, Riachuelo, Boca do Leão e Ponte dos Arcos. 2.1.4.7.4. Saúde Os municípios podem apresentar dois tipos de controle na área da saúde, que correspondem a Gestão Plena da Atenção Básica ou Gestão Plena do Sistema Municipal. Na primeira forma, de maneira geral, o município possui a responsabilidade de gerir e executar a assistência ambulatorial básica, as ações básicas de vigilância sanitária, de epidemiologia e controle de doenças; gerir todas as unidades ambulatoriais estatais (municipal/estadual/federal) ou privadas; autorizar internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais especializados; operar o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS; controlar e avaliar a assistência básica (Fonte: TCE, 2.008). Por outro lado, os municípios que possuem a Gestão Plena do Sistema Municipal, são responsáveis por gerir e executar de todas as ações e serviços de saúde no município; gerenciar todas as unidades ambulatoriais, hospitalares e de serviços de saúde estatais ou privadas; administrar a oferta de procedimentos de alto custo e complexidade; executar as ações básicas, de média e de alta complexidade de vigilância sanitária, de epidemiologia e de controle de doenças; controlar, avaliar e auditar os serviços no município; e operar o Sistema de Informações Hospitalares e o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (Fonte: TCE, 2.008). 48 No Estado do Rio de Janeiro, verifica-se a predominância de municípios que apresentam Gestão Plena da Atenção Básica para a rede ambulatorial e a Gestão Plena Estadual para sua rede hospitalar, o que ocorre quando ainda não estão aptos para assumir a gestão de seu sistema hospitalar. As cidades Duque de Caxias, Niterói e a capital possuem excepcionalmente Gestão Plena do Sistema Municipal e algumas unidades de saúde geridas pelo Estado. Dos noventa e dois municípios do Estado do Rio de Janeiro, treze contam apenas com a Gestão Plena da Atenção Básica, cinquenta e nove localidades se enquadram na Gestão Plena Estadual e vinte cidades apresentam Gestão Plena do Sistema Municipal. Itatiaia, conforme a maioria dos municípios do Estado apresenta um sistema de saúde que possui Gestão Plena Estadual. A Tabela a seguir demonstra dados referentes ao número de unidades de saúde por tipo de prestador, de acordo com a categoria do estabelecimento, referentes ao município de Itatiaia, conforme levantamento de 2.009 do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). 49 Tabela 11 - Número de unidades de Saúde por tipo de prestador, de acordo com a categoria do estabelecimento Tipo de estabelecimento Central de Regulação de Serviços de Saúde Centro de Atenção Hemoterápica e ou Hematológica Público Privado Total 0 0 0 0 0 0 Centro de Atenção Psicossocial 1 Centro de Apoio a Saúde da Família 0 0 0 Centro de Parto Normal 0 0 0 Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde Clinica Especializada/Ambulatório Especializado 4 3 3* 7 Consultório Isolado 8 0 8 Cooperativa Farmácia Medic Excepcional e Prog Farmácia Popular 0 0 0 0 0 0 Hospital Dia 0 0 0 Hospital Especializado 1* Hospital Geral 1 0 1 Laboratório Central de Saúde Pública - LACEN 0 0 0 Policlínica 0 2 2 Posto de Saúde 0 0 0 Posto de Saúde da Família - PSF 0 0 2* Pronto Socorro Especializado 0 0 0 Pronto Socorro Geral 0 0 0 Secretaria de Saúde Unid Mista - atend 24h: atenção básica, intern/urg 1 0 0 0 1 0 Unidade de Saúde Mista 1* Unidade de Atenção à Saúde Indígena Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 0 0 0 2 0 2 Unidade de Vigilância em Saúde 0 0 0 Vigilância Sanitária VISA 1* Unidade Móvel Fluvial Unidade Móvel Pré Hospitalar Urgência/Emergência 0 0 0 0 0 0 Unidade Móvel Terrestre 0 0 0 Laboratório de Análises Clínicas 0 2 2 Total 14 9 31 * Estabelecimentos os quais não foram informados as quantidades nas categorias público e privado. Fonte: CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (2.009). 50 No ano de 2.009, a cidade contava com 164 médicos, 43 cirurgiões dentistas, 28 enfermeiros, 16 fisioterapeutas, 2 fonoaudiólogos, 4 nutricionistas, 4 farmacêuticos, 4 assistentes sociais, 12 psicólogos e 58 auxiliares de enfermagem e 44 técnicos de enfermagem (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES). 2.1.4.7.5. Educação Segundo dados extraídos do censo de 2.010, o município de Itatiaia possui 5% de sua população não alfabetizada. Os dados do Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2.009 referentes ao número de estabelecimentos de ensino do Município de Itatiaia estão apresentados na Tabela a seguir. Tabela 12 - Número de estabelecimento de ensino Escola Estadual Federal Municipal Privada Total Pública Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Pré-escolar 1 0 12 2 15 1 0 0 1 2 0 0 10 2 12 Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2.009. No ano de 2.009, segundo dados do INEP, foram registradas no município 4.268 matrículas no ensino fundamental, sendo deste total 5,5% em escolas de ensino público estadual, 84,4% em escolas de ensino público municipal e 9,7% em escolas de ensino particular. As matrículas relacionadas ao ensino médio totalizaram 475, sendo 88,6% em redes de ensino público estadual e 11,4% em redes de ensino privado. No ensino préescolar as matrículas contabilizaram o total de 754, sendo deste total 89,9% em instituições de caráter municipal e 10,1% em escolas de ensino pré-escolar privado. 51 A distribuição do quadro de docentes do município por série está exposta no gráfico a seguir. 32 57 Fundamental Pré-escola Médio 227 Figura 9 - Gráfico da Distribuição do Quadro de Docentes Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP - Censo Educacional 2.009. 2 52 3. INDICADORES SANITÁRIOS e EPIDEMIOLÓGICOS Indicadores são estabelecidos com o objetivo de sinalizar como se encontra um estado em relação a algum aspecto ou a condição de uma variável, comparando as diferenças observadas no tempo e no espaço. Estes podem ser empregados para avaliar políticas públicas ou para comunicar ideias entre os responsáveis pela tomada de decisões e o público em geral. De forma direta e simples, os indicadores são utilizados também como abstrações simplificadas de modelos. Os indicadores são tão variados quanto os fenômenos, processos e fatos que eles monitoram. Estes provêm de diferentes fontes e têm três funções básicas – quantificação, simplificação da informação e comunicação – contribuindo, deste modo, para a percepção dos progressos alcançados e para despertar a consciência da população (Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Perfil dos Municípios Brasileiros – 2.002). Os indicadores sanitários aplicáveis às condições de saneamento básico são decorrentes diretamente das questões socioeconômicas, advinda principalmente das condições de saneamento básico disponível e aplicada em determinada região. Em países onde ainda persistem grandes desigualdades sociais e regionais, tais como o Brasil, observa-se que o perfil de causas de morte, peculiar às sociedades mais avançadas, com predominância nas faixas etárias mais elevadas, coexiste com um padrão em que as causas de morte por doenças infecciosas e parasitárias continuam a ter um peso relativo importante em determinadas áreas do espaço nacional, embora em processo de redução (Fonte: Pesquisa de Informações Básicas Municipais- Perfil dos Municípios Brasileiros – 2.002). Na linha das variáveis ambientais, alguns estudos foram realizados e os indicadores se mostraram fortemente relacionadas com a sobrevivência das crianças. A água contaminada seria a porta de entrada dos agentes infecciosos no organismo. Tanto 53 a qualidade como a quantidade da água consumida pela família são importantes determinantes da exposição às enfermidades. Um exemplo são as doenças diarreicas, uma consequência comum da inadequada disponibilidade de água. 3.1 INDICADORES SANITÁRIOS Atualmente as questões sanitárias não podem ser visualizadas independentemente das questões epidemiológicas, ambientais e socioeconômicas, sendo necessária, principalmente, a integração e análise conjunta dessas questões. A utilização de indicadores sanitários passa a ser uma combinação dos demais indicadores, sendo o conjunto destes considerado como condição importante para avaliação e desempenho das questões sanitárias, as quais estão ligadas diretamente ao saneamento, possibilitando a tomada de decisões e maior detalhamento das condições ambientais e epidemiológicas (envolvendo indiretamente as condições socioeconômicas), com as ações e informações relativas à prestação dos serviços, nos aspectos da cobertura e da qualidade do atendimento. Os indicadores sanitários procuram denotar o estado do meio ambiente e as tensões nele instaladas, bem como a distância em que estes se encontram de condições favoráveis ao desenvolvimento sustentável. A seguir estão caracterizados sucintamente os principais indicadores sanitários aplicáveis diretamente às questões que envolvem o Saneamento Básico. 3.1.1 Índice de Abastecimento de Água Potável O índice de abastecimento de água potável expressa à parcela da população abrangida adequadamente pelo abastecimento de água. O acesso à água tratada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e higiene. Trata-se de um indicador importante para a caracterização básica da qualidade de vida da população, quanto ao acompanhamento das políticas públicas de saneamento 54 básico e ambiental. Quando associado a outras informações ambientais e socioeconômicas, que incluem outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, torna-se um indicador universal de desenvolvimento sustentável. O abastecimento de água do município de Itatiaia é realizado pela PMI - Prefeitura Municipal de Itatiaia, sendo o prestador de abrangência local. A captação de água para abastecimento do núcleo central urbano de Itatiaia ocorre por meio de dois pontos, sendo um localizado no rio Cazunga e outro no rio Campo Belo. Na região de Penedo, a captação Palmital abastece a região central e o restante desta região é atendida pelas captações Fazenda da Serra, Jambeiro, FF e Aníbal. Em Maringá e Maromba, o abastecimento de água é realizado por canalizações a partir de nascentes construídas pelos próprios moradores da região, no entanto, nas épocas de seca a população enfrenta problemas de escassez de água. Na Tabela a seguir, encontra-se uma descrição de todos os pontos de captação de água do município de Itatiaia. 55 Tabela 13 - Panorama Geral do Serviço de Abastecimento de Água Captação Campo Belo Cazunga Jambeiro Fazenda da Serra Palmital Maringá Maromba Vale do Pavão FF Aníbal Manancial Rio Campo Belo Ribeirão Cazunga Córrego do Sertão Ribeirão Bonito Rio Palmital Rio Preto Rio Monjolo Rio Pavão Ribeirão das Pedras Rio dos Eucaliptos Endereço Estrada Usina Velha S/N Estrada Vila Flórida S/N Bairro Country Club Bairro África Estrada Fazenda de Serra S/N Rua L, S/N Bairro Village Estrada Mauá Maromba Km 6 Maringá Maromba Não informado Não informado Não informado Localização Captação 22°27'54,57''S 44°36'13,00''O 22°28'59,79''S 44°36'33,84''O 22°26'27,27''S 44°32'22,03''O 22°27'01,02''S 44°33'51,48''O 22°25'33,81''S 44°32'51,50''O 4 captações** 22°19'92,90''S 44°36'06,00''O Não informado Não informado Não informado Altitude da Captação 669 m 542 m 432 m 543 m 628 m Não informado 1282 m Não informado Não informado Não informado Classificação do Manancial* Classe I Não informado Não informado Não informado Classe I Não informado Não informado Não informado Classe I Não informado Bairros Abastecidos Sede do Município Vila Flórida e parte da Vila Esperança Jambeiro e parte da África Fazenda da Serra, Jardim Martinelli e Marechal Jardim Vale do Ermitão, África e centro de Penedo Maringá Maromba Vale do Pavão Ruas FF e GG Village Cazunga 3 Volume: 60 m Altitude: 542 m Jambeiro Volume: 180 m3 Altitude: 504 m Vale dos Reis Volume: 60 m3 Altitude: 412 m Formigueiro Volume: 140 m3 Altitude: 532 m Volume 15 m³ (3 x 5 m³) Não EXISTE Não EXISTE FF (desativado) Volume: 15 m3 Não Possui Cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio - não existe ETA Cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio - não existe ETA Cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio - não existe ETA Cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio - não existe ETA Não existe ETA nesta captação e não é feito nenhum tipo de tratamento Não existe ETA nesta captação e não é feito nenhum tipo de tratamento Não existe ETA nesta captação e não é feito nenhum tipo de tratamento Não existe ETA nesta captação e não está sendo feito cloração Não existe ETA nesta captação e não é feito nenhum tipo de tratamento Morro do Cruzeiro 750 m3/444 m Reservatórios Vila Pinheiro - 750 m3/461 m (desativado) Vila Esperança 60 m3 (subterrâneo) e 12 m3 (tipo taça) Altitude: 436 m Tratamento Cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio - não existe ETA *Segundo CONAMA 357/05; **Localização das Captações: 1) 22°19’50,54’’S 44°34’54,35’’O; 2) 22°19’50,50’’S 44°34’56,08’’O; 3) 22°19’49,88’’S 44°34’55,80’’O; 4) 22°19’48,89’’S 44°34’54,54’’O. Fonte: Prefeitura Municipal de Itatiaia 56 Vale destacar que no ponto de captação Campo Belo, a vazão da captação à rede de distribuição é de 105 L/s, com adutoras nos diâmetros de 150 e 200 mm. Na captação de Jambeiro ocorre adução por recalque e vazão média de 8,1 m3/h (Fonte: PMI-2.011). Segundo a PMI, os locais de captação de água não são protegidos, havendo livre acesso de pessoas e animais nestes pontos. Além disto, a prefeitura não tem a posse e domínio das áreas nas quais estão localizados os pontos de captação de água do município e reconhece a necessidade de desapropriação das áreas no entorno das captações para que com o domínio e posse das mesmas, possa ser requerida junto ao órgão competente a licença ambiental para posterior implantação dos projetos de Estações de Tratamento de Água. A Tabela a seguir demonstra alguns dados relevantes levantados pela Coleta do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental (SNIS) extraídos do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos (2.010) referentes ao abastecimento e tratamento de água da cidade de Itatiaia. 57 Tabela 14 - Dados SNIS - Serviço de Abastecimento de Água Parâmetro População Urbana Atendida Água [habitante] Valor encontrado 27.813 População Rural Atendida Água [habitante] 970 Índice de Atendimento Total de Água [percentual] 100,0 Quantidade de ligações ativas de água [ligação] 8.277 Quantidade de economias ativas de água [ligação] 8.277 Volume de água produzido [1.000 m³/ano] Volume de água consumido [1.000 m³/ano] Volume de água tratada em ETA [1.000 m³/ano] Volume de água tratado por simples desinfecção [1.000 m³/ano] Volume de água fluoretada [1.000 m³/ano] Extensão da rede de água [km] 5.100 2.524 0 5.100 0 100 Fonte: Sistema Nacional de Saneamento Ambiental - SNIS (Coleta-2.010). Faz-se necessário ressaltar que em Itatiaia embora ocorra um elevado índice de atendimento total, a água fornecida não passa por tratamento prévio em Estação de Tratamento (simples desinfecção) e fluoretação. De acordo com a PMI, a cidade não possui Estações de Tratamento e desta forma não trata a água consumida pelo município. Segundo a PMI, não há informações sobre a localização exata e mapeamento integral das redes de distribuição de água. Tem-se que a malha de distribuição de água possui diversos pontos mal conservados, com vazamentos e impregnação com resíduos, depositados ao longo dos anos, fatores que contribuem com o índice de perdas na distribuição, o qual apresenta valor de aproximadamente 50%. 58 Conforme a PMI, no município de Itatiaia não há registros de estudos hidrológicos nas regiões das captações de água, os quais estabeleçam parâmetros de disponibilidade hídrica, vazão e dimensionamento das estruturas hidráulicas, fundamentais para a implementação de Estações de Tratamento de Água, previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico. 3.1.2 Índice de Coleta de Esgoto O índice de coleta de esgoto expressa a relação entre o contingente populacional atendido por sistema de esgotamento sanitário e o conjunto da população residente. A coleta de esgoto compreende um indicador muito importante para a caracterização básica da qualidade de vida da população residente em um território e também para o acompanhamento das políticas públicas de saneamento básico e ambiental. A ausência ou deficiência dos serviços de esgotamento sanitário é fundamental para avaliar as condições de saúde, pois o acesso adequado a este sistema de saneamento é essencial para o controle e a redução de doenças. Associado a outras informações ambientais e socioeconômicas, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, este índice consiste em um bom indicador universal de desenvolvimento sustentável. No município de Itatiaia a Prefeitura Municipal de Itatiaia (PMI) é a responsável pela coleta e tratamento das águas residuárias produzidas, sendo o prestador de abrangência local (SNIS - Coleta, 2.010). Segundo esta, apenas em alguns trechos da rede de esgotamento sanitário do núcleo central de Itatiaia são do tipo separador absoluto. As demais ligações de esgoto são realizadas em galerias de água pluvial, verificando-se também o lançamento de esgotos in natura em diversos pontos de corpos hídricos da cidade. Toda a rede leva os efluentes domésticos ao destino final por gravidade. 59 Segundo a PMI, a rede de esgoto não é capaz de coletar o volume total de águas residuárias domésticas geradas no município, desta forma, são comuns a presença de fossas sépticas em residências de vários bairros da cidade. O sistema de fossa séptica ou sumidouro é observado em diversos locais da cidade, sendo utilizado por domicílios e instalações hoteleiras localizadas próximas aos rios da região, no entanto, estes sistemas se encontram em sua maioria subdimensionados ou não apresentam manutenção adequada, o que provoca danos aos sistemas hídricos e também ao lençol freático. 3.1.3 Índice de Tratamento de Esgotos Como complemento à coleta do esgoto sanitário, faz-se necessário também o tratamento deste efluente gerado, o qual é utilizado como um indicador conjuntamente com a coleta de esgoto. O tratamento visa principalmente à proteção ao meio ambiente, uma vez que o esgoto sofre processo de remoção de uma série de componentes prejudiciais ao equilíbrio dos corpos receptores antes de sua disposição final. O tratamento do esgoto coletado é condição essencial para a preservação da qualidade da água dos corpos d’água receptores e para a proteção da população e das atividades que envolvem outros usos destas águas, como, por exemplo, abastecimento humano, irrigação, aquicultura e recreação. Uma combinação de processos físicos, químicos e biológicos é responsável pelo tratamento dos esgotos sanitários, os quais reduzem a carga orgânica do esgoto antes do seu lançamento em nos ecossistemas hídricos. Na Tabela a seguir estão expostos dados da Coleta do Sistema Nacional de Saneamento Ambiental (SNIS) extraídos do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos (2.010) referentes ao tratamento de esgotos sanitários da cidade de Itatiaia. 60 Tabela 15 - Dados SNIS - Serviço de Esgotamento Sanitário Parâmetro População urbana atendida com esgotamento sanitário [habitante] População rural atendida com esgotamento sanitário [habitante] Valor encontrado Volume de esgoto coletado [1.000 m³/ano] Volume de esgoto tratado [1.000 m³/ano] Quantidade de ligações totais de esgoto [ligação] Quantidade de economias residenciais ativas de esgoto [ligação] Extensão da rede de esgoto [km] 1.985 0 18.771 0 4.979 4.979 63 Fonte: Sistema Nacional de Saneamento Ambiental – SNIS (Coleta 2.010). Nota-se que a extensão da rede coletora de esgoto (mista e separadora) apresenta pouco mais da metade da extensão da rede de abastecimento de água, sendo que esta corresponde a 100 km. Deve-se salientar a inexistência de tratamento das águas residuárias domésticas em Itatiaia, segundo os dados do SNIS (Coleta – 2.010). Nas visitas realizadas em 2.011 pela equipe técnica da SERENCO, verificou-se a existência de quatro estações de tratamento de esgoto, duas localizadas no Núcleo Central Urbano (ETE Xerox e ETE Condomínio Particular Casal Garcia - em implantação), uma em Maringá e outra em Maromba. Estas duas últimas em fase de pré-operação. Os reflexos das deficiências sanitárias de Itatiaia podem ser notados, tendo-se como exemplo diversos trechos de rios do núcleo de Penedo, os quais apresentam águas com sinais visíveis de poluição. A região de Penedo faz parte do Parque Municipal Ecológico de Itatiaia e, durante todo o ano, recebe milhares de turistas, atraídos pelas trilhas, os picos, as cachoeiras e o clima de montanha. 61 A falta de tratamento do esgoto gerado no município pode ser evidenciada pelo número de casos de diarreia nos índices epidemiológicos anteriormente apresentados. 3.1.4 Índice de Coleta de Lixo O Índice de Coleta de Lixo expressa a parcela da população atendida pelos serviços de coleta de resíduos domésticos em um determinado território. Informações sobre a relação entre a quantidade de lixo produzido e quantidade de lixo coletado são de extrema relevância, fornecendo um indicador que pode ser associado tanto à saúde da população exposta quanto à proteção do ambiente, pois resíduos não coletados e dispostos em locais inadequados acarretam a proliferação de vetores de doenças e podem contaminar, principalmente, o solo e os recursos hídricos. Na Tabela a seguir estão apresentadas as proporções de moradores por tipo de destino de lixo da área urbana do Município de Itatiaia paro os anos de 1.991 e 2.000. Tabela 16 - Proporção de Moradores por Tipo de Destino de Lixo (%) Coleta de lixo Coletado Queimado (na propriedade) Enterrado (na propriedade) Jogado Outro destino Total 1991 90,1 7,7 0,8 1,3 0,2 100 2000 97,0 2,2 0,2 0,4 0,3 100 Fonte: IBGE/ Censos Demográficos. O município de Itatiaia apresenta um elevado índice de coleta de lixo. Os resíduos sólidos produzidos pelo município têm como destino final um aterro controlado localizado no município de Resende - RJ. 62 3.2 INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS Indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos das ações de saneamento - ou da sua insuficiência - na saúde humana e constituem, portanto, ferramentas fundamentais para a vigilância ambiental em saúde e para orientar programas e planos de alocação de recursos em saneamento ambiental. Algumas populações são particularmente sensíveis às diversas patologias. As crianças de até um ano de idade são susceptíveis a diversas doenças, inclusive aquelas causadas por fatores ambientais. Os idosos sofrem as consequências de exposições ao longo da vida a uma série de fatores químicos, exposições profissionais, entre outros. Além disto, esta faixa etária da sociedade é também mais suscetível uma série de doenças (respiratórias, fraturas, acidentes e outras), em virtude de uma diminuição da resistência orgânica natural. A seguir, são explicitados sucintamente os principais indicadores epidemiológicos relacionados com saneamento básico. 3.2.1 MORTALIDADE A mortalidade consiste em uma variável de indiscutível importância para a saúde pública, porém com limitações na confiabilidade e na validade dos dados obtidos, tanto nas estatísticas oficiais quanto nos inquéritos domiciliares. A taxa de mortalidade indica o risco de morte através da frequência de óbitos de menores de um ano de idade na população de nascidos vivos. Este indicador utiliza informações sobre o número de óbitos de crianças menores de um ano de idade, em um determinado ano, e o conjunto de nascidos vivos, relativos há um mesmo ano civil. 63 A taxa de mortalidade infantil consiste em um indicador importante das condições de vida e de saúde de uma localidade, região, ou país, assim como de desigualdades entre localidades. Pode também contribuir contribuir para uma avaliação da disponibilidade e acesso aos serviços e recursos relacionados à saúde, especialmente ao pré-natal pré e seu acompanhamento. Por estar estreitamente relacionada relacionad à renda familiar, ao tamanho da família, à educação das mães, à nutrição nut e à disponibilidade bilidade de saneamento básico, considera-se se a taxa de mortalidade infantil como um importante indicador para o desenvolvimento sustentável, pois a redução da mortalidade infantil consiste em um dos importantes e universais objetivos do desenvolvimento desenvolvimento sustentável. O número de óbitos infantis, compreendendo crianças menores que um ano, ocorridos em Itatiaia entre os anos de 2.006 2 e 2.010 010 está apresentado apresentad no Gráfico a seguir. Número Absoluto 7 6 5 4 3 2 1 0 2006 2007 2008 2009 2010 Ano Figura 10 - Gráfico do Número de Óbitos Infantis em Crianças Menores de um ano Fonte: SIM - Sistemas de Informação de Mortalidade. 64 A Tabela a seguir demonstra a porcentagem de óbitos ocorridos em Itatiaia por faixa etária, segundo grupo de causas. Tabela 17 - Porcentagem de Mortalidade Proporcional por Faixa Etária Grupo de Causas Menor 1 1a4 16,7 33,3 - - - Neoplasias (tumores) - - - - Doenças do aparelho circulatório - - - Doenças do aparelho respiratório - 33,3 Algumas afec originadas no período perinatal 16,7 Causas externas de morbidade e mortalidade Algumas doenças infecciosas e parasitárias Demais causas definidas Total 50 a 64 65 e mais 60 e mais 3,3 - 1,1 0,9 2,2 25,0 10,0 22,9 11,2 14,3 13,8 - - 13,3 43,8 38,2 38,4 32,6 - - - - 8,3 11,2 10,7 8,3 - - - - - - - - 0,6 - 33,3 - - 75,0 43,3 4,2 5,6 4,5 13,3 66,7 - - 100 - 30,0 20,8 32,6 31,3 29,3 100 100 100 100 5a9 100 10 a 14 100 15 a 19 100 20 a 49 100 100 Total 100 Fonte: DATASUS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 2.009. Nota-se na Tabela e no Gráfico a seguir que as principais causas de morte de município de Itatiaia, com exceção às demais causas definidas, correspondem a doenças do aparelho circulatório, neoplasias e causas externas. As doenças infecciosas e parasitárias, em geral relacionadas a carências de infraestrutura sanitária, acometem no município de Itatiaia, em maior parcela, em crianças na faixa etária entre 1 a 4 anos. 65 2,2 Algumas doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias (tumores) 13,8 29,3 Doenças do aparelho circulatório Doenças do aparelho respiratório 32,6 13,3 Algumas afec originadas no período perinatal 8,3 Causas externas de morbidade e mortalidade 0,6 Figura 11 - Gráfico do Número de Óbitos Proporcional ao Grupo de Causas Fonte: DATASUS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 2.009. 2 Na Tabela a seguir,, estão apresentados outros indicadores de mortalidade do município entre os anos de 2.002 2 e 2.008. Tabela abela 18 - Outros Indicadores de Mortalidade Outros Indicadores de Mortalidade 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Total de óbitos 152 166 165 182 144 167 194 Nº de óbitos por 1.000 habitantes 5,7 6,1 5,8 6,0 4,6 5,2 5,6 % óbitos por causas mal definidas 4,6 2,4 3,6 3,8 6,3 2,4 6,7 Total de óbitos infantis 3 12 4 2 4 6 6 Nº de óbitos infantis por causas mal definidas 2 0 0 1 0 0 0 % de óbitos infantis no total de óbitos * 2,0 7,2 2,4 1,1 2,8 3,6 3,1 % de óbitos infantis por causas mal definidas 66,7 0,0 0,0 50,0 0,0 0,0 0,0 Mortalidade infantil por 1.000 nascidosnascidos vivos ** 6,6 27,5 12,2 5,3 12,0 16,7 16,0 Fonte: DATASUS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 2.009. 2 * Coeficiente de mortalidade infantil proporcional. proporcional ** Considerando-se se apenas os óbitos os e nascimentos coletados pelo SIM/SINASC. 66 3.3 MORBIDADE Em epidemiologia, morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação ao número de habitantes não doentes, em um local em dado momento. Define-se a morbidade como o comportamento das doenças e dos agravos à saúde em uma população. A taxa de morbidade se refere aos indivíduos de um determinado território (país, estado, município, distrito municipal, bairro) que adoeceram em virtude da mesma doença em um dado intervalo do tempo. A Tabela a seguir demonstra o número de casos confirmados por agravo em residentes de Itatiaia entre os anos de 2.006 e 2.010. 67 Tabela 19 - Número de Casos confirmados por agravo em Residentes Agravo 2006 Número de Casos 2007 2008 2009 2010 Acidentes de Animais Peçonhentos 1,4% 1,73% 22 4 7 Atendimento Anti-Rábico Candidíase 0 0 6,43% 0 76 0 42 4 45 12 Condiloma Acuminado (Verrugas Anogenitais) 0 0,76% 3 8 6 Dengue 0 5,8% 7 1 4 Diarreia e Gastroenterite de origem infecciosa presumível 84,3% 76,6% 1.076 1.067 726 Escabiose (sarna) 0 0 0 55 62 Doenças Sexualmente Transmissíveis 3,3% 0,14% 6 7 6 Hanseníase 0,5% Hepatite Viral Herpes Genital Herpes Zoster (zona) 0,12% 1% 0 0,24% 0 0 0 0,41% 0,21% 0,34% 0 0 0 0 0 3 0 2 0 2 1 0 0 1 0 4 8 1 0 3 2 3 0 2 11 4 2 4 6 6,5% 3,94% 72 10 0 Síndrome do Corrimento Uretral Síndrome de Úlcera Genital (excluindo herpes genital) 0,12% 0 0 0 0 0 0,07% 5 5 0 Tétano Acidental Tricomoniase 0 0 0,32% 2,2% 0,07% 0 0,46% 3,04% 0 0 6 38 1.319 0 2 8 105 1.337 0 8 7 106 1.021 Meningite Sífilis em Adultos Sífilis Congênita Sífilis em Gestantes Síndrome do Corrimento Cervical em mulheres Tuberculose Varicela Total Fonte: Sinan – Vigilância Epidemiológica. Nota-se nesta tabela que a diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível apresentam o maior número de casos dentre os principais agravos registrados no município de Itatiaia. Segundo Costa (2.002), a morbimortalidade por doenças diarreicas (cólera, diarreia, gastroenterite de origem infecciosa presumível, e outras doenças diarreicas de origem infecciosa presumível), estado nutricional, nematoides 68 intestinais, infecção dos olhos e infecção da pele consistem nos principiais indicadores da área da saúde para avaliar a eficiência e também melhorias dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. A Tabela a seguir demonstra alguns dados relacionados à distribuição dos casos de internamento por especialidade ocorridos no ano de 2.009 no Município de Itatiaia, segundo o Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS. Tabela 20 - Dados referentes aos internamentos por especialidade Especialidade Clínica Cirúrgica Clínica Obstetrícia Clínica Médica Clínica Pediátrica Fora do Domicílio Total Ano de 2009 1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre 1º Semestre 2º Semestre Número de Internações 214 241 144 185 84 63 67 66 166 191 675 746 Fonte: Setor de Faturamento, Secretária Municipal de Saúde, PMI. Na Tabela a seguir está contida a distribuição percentual das internações por grupos de causas faixas etárias da mesma cidade. 69 Tabela 21 - Distribuição percentual das internações por Grupos de Causas e Faixas etárias Grupo de causas Menor 1 1 a 4 5a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 49 50 a 64 65 e mais 60 e mais Total Algumas doenças infecciosas e parasitárias 1,3 3,1 8,2 0,0 4,2 2,0 2,6 1,3 1,7 2,4 Neoplasias (tumores) 0,0 0,0 0,0 0,0 1,4 3,4 3,0 1,3 2,1 2,4 Doenças sangue órgãos hemat e transt imunitár 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0 1,2 1,3 1,9 1,7 1,1 Doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 1,3 4,7 0,0 0,0 2,1 3,6 8,7 8,9 10,9 4,6 Transtornos mentais e comportamentais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 0,9 0,6 0,4 2,1 Doenças do sistema nervoso 0,0 7,8 2,0 5,6 0,0 1,1 2,2 1,9 2,1 1,6 Doenças do olho e anexos 0,0 1,6 0,0 0,0 0,0 0,2 1,3 4,5 3,8 0,9 Doenças do ouvido e da apófise mastóide 2,7 0,0 2,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,3 Doenças do aparelho circulatório 2,7 0,0 0,0 2,8 0,0 6,1 28,3 15,9 21,8 9,4 Doenças do aparelho respiratório 54,7 43,8 22,4 8,3 3,5 3,4 10,9 17,8 13,0 11,7 Doenças do aparelho digestivo 2,7 12,5 20,4 19,4 4,2 5,9 6,5 12,7 10,5 7,6 Doenças da pele e do tecido subcutâneo 5,3 7,8 18,4 13,9 4,9 13,1 15,2 12,7 13,8 12,1 Doenças sist osteomuscular e tec conjuntivo 1,3 0,0 4,1 13,9 0,7 3,7 2,2 3,8 2,9 3,1 Doenças do aparelho geniturinário 2,7 1,6 4,1 8,3 0,0 5,1 5,2 7,0 6,3 4,6 Gravidez parto e puerpério 0,0 0,0 0,0 2,8 61,8 30,8 0,0 0,0 0,0 20,6 Algumas afec originadas no período perinatal 17,3 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,0 Malf cong deformid e anomalias cromossômicas 1,3 3,1 0,0 0,0 1,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 Sint sinais e achad anorm ex clín e laborat 5,3 7,8 6,1 5,6 4,9 2,6 2,2 2,5 2,9 3,4 Lesões enven e alg out conseq causas externas 0,0 3,1 10,2 16,7 10,4 10,6 8,3 6,4 5,9 8,9 Causas externas de morbidade e mortalidade 1,3 1,6 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 Contatos com serviços de saúde 0,0 0,0 0,0 2,8 0,7 2,5 1,3 0,6 0,4 1,6 Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Fonte: Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do SUS, 2.009. 70 Cabe destacar nesta tabela que dentre os principais motivos de internamento estão causas relacionadas à gravidez, as doenças do aparelho respiratório, circulatório e digestivo e lesões por envenenamento e outras consequências. 71 4. INDICADORES SOCIOECONÔMICOS 4.1 RENDIMENTO FAMILIAR PER CAPITA A distribuição de recursos materiais entre as famílias, indicada pela renda familiar per capita, consiste em um importante indicador da distribuição de rendimentos na sociedade. A quantificação da população cuja renda se situa abaixo de um determinado patamar tem grande importância para o desenvolvimento sustentável, na medida em que a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades são objetivos nacionais e universais. 4.2 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) consiste em uma medida comparativa de pobreza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores para as diversas regiões, podendo ser aplicadas entre países, estados e municípios. Este indicador pode ser entendido como uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente bem-estar infantil. A Tabela a seguir demonstra índices de desenvolvimento humano dos anos de 1.991 e 2.000 para o Município de Itatiaia, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2.000). 72 Tabela 22 - IDH Itatiaia IDH IDHM IDHM-renda IDHM-longevidade IDHM-educação Ano 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000 Itatiaia 0,749 0,800 0,688 0,723 0,755 0,783 0,805 0,895 Fonte: PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2.000). A Tabela a seguir revela a posição no ranking em relação a todos os municípios brasileiros, considerando o valor de IDH do ano de 2.000, para a capital, Rio de Janeiro, Itatiaia e alguns municípios próximos. Tabela 23 - Posição no ranking Nacional de IDH Município - RJ Posição Ranking IDH (1991 - 2000)* Rio de Janeiro Volta Redonda Resende Barra Mansa Itatiaia Pinheiral Quatis Barra do Piraí Valença Porto Real Rio Claro 60 305 396 446 562 651 784 1.023 1.167 2.082 2.256 *Em relação ao IDH do ano de 2.000. Fonte: PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (2.000). 73 4.3 PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) PER CAPITA O Produto Interno Bruto per capita (PIB) indica o nível médio de renda da população em um país ou território. A variação do PIB consiste em uma medida do ritmo do crescimento econômico de determinada região, sendo o crescimento da produção de bens e serviços uma informação básica do comportamento de uma economia. A análise da sua variação ao longo do tempo faz revelações do desempenho de determinada economia. Habitualmente, o PIB per capita é utilizado como indicador-síntese do nível de desenvolvimento de um país, região ou município, no entanto, este indicador observado isoladamente é insuficiente para expressar o grau de bem-estar da população, especialmente em circunstâncias nas quais estejam ocorrendo forte desigualdade na distribuição da renda. A Tabela a seguir ilustra o PIB a preços correntes e o PIB per capita da cidade de Itatiaia entre os anos de 2.003 e 2.007. Tabela 24 - PIB Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios Produto Interno Bruto (PIB) 2003 2004 2005 2006 2007 A preços correntes (R$ 1000) Per capita (R$) A preços correntes (R$ 1000) Per capita (R$) A preços correntes (R$ 1000) Per capita (R$) A preços correntes (R$ 1000) Per capita (R$) A preços correntes (R$ 1000) Per capita (R$) Brasil 1.699.947 694 9.498 1.941.498 358 10.692 2.147.239 292 11.658 2 2.369.483 546 12.687 2.661.344 525 14.465 Rio de Janeiro 188.014 960 12.514 222.945 041 14.664 247.017 528 16.057 275.327 129 17.693 296.767 784 19.245 Itatiaia 371.111 13.157 762.659 26.132 582.954 19.324 553.813 17.782 503.926 16.159 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 74 5. REGIÃO HIDROGRÁFICA No que se refere à área territorial do município de Itatiaia, esta situa-se na Região Hidrográfica III (RH III) do Estado do Rio de Janeiro, denominada Médio Paraíba do Sul. A Figura a seguir ilustra o mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro. Figura 12 - Mapa das Regiões Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro Fonte: Instituto Estadual do Ambiente - INEA Estão inseridos na RH III os municípios de Itatiaia, Resende, Porto Real, Quatis, Barra Mansa, Volta Redonda, Pinheiral, Valença, Rio das Flores e Comendador Levy Gasparian e parcialmente as cidades de rio Claro, Piraí, Barra do Piraí, Vassouras, Miguel Pereira, Paty do Alferes, Paraíba do Sul, Três Rios e Mendes. 75 O Rio Paraíba do Sul, considerado um dos principais corpos receptores naturais da RH III, apresenta 1.137 km de extensão e nasce do encontro dos Rios Paraibuna e Paraitinga, na Serra da Bocaina, entre os municípios de Mogi das Cruzes e Jacareí, no Estado de São Paulo. Na cidade de Itatiaia apresenta seu médio curso, penetrando em território fluminense, encaixado num vale até as proximidades de São Fidélis, percorrendo, em seguida, a Baixada dos Goytacazes, indo desembocar no oceano após formar um amplo delta em Atafona e São João da Barra (RJ). Este corpo d’água serve de abastecimento de água potável para cerca de 12 milhões de pessoas, sendo considerado uma importante fonte de captação de água para o consumo. O rio Paraíba do Sul se beneficia de altos índices pluviométricos em suas cabeceiras e apresenta o volume de suas águas incrementado por alguns tributários, cujas nascentes também estão em áreas de grande pluviosidade. Na margem esquerda do rio Paraíba do Sul, encontra-se se os rios Paraibuna, Pomba e Muriaé, conferindo-lhe maior volume d'água. Pela margem direita, destacam-se os Rios Piraí, Secretário, Piabanha, Paquequer e Dois Rios, este último formado pela junção do Negro e do Grande. Além da importância do Rio Paraíba do Sul no fornecimento de água para diversas cidades, este corpo hídrico também desempenha na Bacia do Paraíba do Sul um relevante papel na produção de energia hidrelétrica no Estado. Encontram-se ao longo deste os Complexos de Lajes, Ilha dos Pombos e Santa Branca (SP). 5.1 BACIAS HIDROGRÁFICAS Nos limites territoriais do município estão presentes três sub-bacias, denominadas Bacia do Rio Preto, ao norte, Bacia do Médio Vale Superior do Paraíba, ao sul, e Bacia do Médio do Vale do Paraíba na porção central do município. 76 Figura 13 - Sub-bacias Hidrográficas Fonte: www.ana.gov.br (Adaptado). 5.2 HIDROGRAFIA O município de Itatiaia é delimitado ao norte pelo Rio Preto e ao Sul pelo Rio Paraíba do Sul, na região do Reservatório da UHE Funil. Além destes, os principais rios inseridos no território de Itatiaia são o Ribeirão da Água Branca, rio Bonito, Ribeirão das Pedras, Córrego da Cazunga e rio Campo Belo. O Córrego da Cazunga e rio Campo Belo correspondem aos mananciais de abastecimento de água da região do núcleo central urbano de Itatiaia. O rio Campo Belo, apresenta como principais afluentes o rio das Flores, o Córrego Simon e o rio Bonito. Este rio drena uma área de 90 km2 e ao longo do percurso deste rio estão presentes diversas cachoeiras. No Maciço de Itatiaia nascem todos os rios, ribeirões, riachos e córregos da região que compõem os afluentes da margem esquerda do rio Paraíba do Sul, com 77 destaque para os rios Campo Belo e o Córrego Santo Antônio (Fonte: Plano Diretor de Itatiaia, 1.998). O Ribeirão das Pedras, na região oeste do município, corta todo o Vale do Penedo, nasce no Pico das Agulhas Negras e tem sua foz no rio Paraíba do Sul em Resende. Este corpo d’água é bastante utilizado pela rede hoteleira local para abastecimento de duchas de sauna e para piscinas naturais de água corrente. Além disto, o rio Ribeirão das Pedras serve como manancial para o abastecimento de água do núcleo de Penedo, juntamente com os rios Palmital (captação Palmital), Ribeirão Bonito (captação Fazenda da Serra), Córrego do Sertão (Captação Jambeiro) e rio dos Eucaliptos (captação Aníbal). O rio Preto corresponde à divisa natural entre os estados de Rio de Janeiro e Minas Gerais. Este corpo d’água apresenta uma extensão de 200 km e possui sua nascente no Pico das Agulhas Negras e desemboca no rio Paraibuna. Ao longo do seu percurso é observada vegetação abundante junto às margens, além de praias, corredeiras, piscinas naturais, ilhas, ilhotas e quedas d’água que formam inúmeras cachoeiras. Este rio é navegável apenas em alguns trechos por pequenas embarcações, sendo comum a práticas de esportes como canoagem e bóia-cross nos períodos de cheia, que correspondem aos meses de fevereiro e março. A Figura a seguir demonstra o município de Itatiaia e a hidrografia principal local. 78 Figura 14 - Hidrografia Fonte: Mapa da Hidrografia de Resende. Fundação CIDE – 2.001 (Adaptado). 79 6. CARACTERIZAÇÃO ARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS UNIDADES TERRITORIAIS 6.1 CLIMA Fatores orográficos correspondem aos principais determinantes do clima da região de Itatiaia (Fonte: SILVA, 2.005). 2 ). O regime de precipitações na região se subdivide em duas estações características, sendo verificado um predomínio de chuvas ch no verão, com máximas nos meses de dezembro e janeiro e períodos de seca no Temperatura (°C) inverno, com mínimas entre os meses de junho a agosto. agosto 30 600 25 500 20 400 15 300 10 200 5 100 0 Precipitação (mm) Temp. Mín. (°C) Temp. Máx. (°C) 0 1 2 3 4 5 6 7 Mês 8 9 10 11 12 Figura 15 - Dados Climatológicos Fonte: http://jornaldotempo.uol.com.br/climatologia.html/Itatiaia-RJ/. http://jornaldotempo.uol.com.br/climatologia.html/Itatiaia As condições climáticas da região que compreende o município de Itatiaia, segundo os padrões de classificação de Köppen, correspondem a dois tipos, sendo o primeiro denominado Cwb, mesotérmico mesotérmico com verões brandos e estação chuvosa no verão, o qual ocorre nas parcelas mais elevadas das montanhas, em altitudes acima de 1.600 metros. Nas regiões baixas e encostas de montanhas predomina o clima Tipo Cpb, mesotérmico com verão bando e com ausência de de estação seca (Fonte: SILVA, 2.005). 80 A temperatura média anual varia entre 15 °C e 27 °C , podendo chegar a 5 graus Celsius no inverno (Wikipédia, 2.011). 6.2 RELEVO A topografia da região de Itatiaia, segundo informações contidas no Plano Diretor do município (1.998), apresenta grandes variações nas altitudes do relevo, o que provoca grandes diferenças na formação dos solos, clima, fauna e flora. O núcleo central urbano de Itatiaia se situa sobre uma planície com leves colinas de topos ligeiramente achatados com cotas máximas de 560 metros. Na região do Maciço do Itatiaia, que consiste em uma escarpa da Serra da Mantiqueira, encontram-se pontos culminantes com altitudes médias de 2.500 metros, sendo o mais alto localizado no Pico das Agulhas Negras, que possui 2.787 metros, sendo o ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro. 6.3 VEGETAÇÃO E FAUNA A formação florestal de Itatiaia, de maneira geral, é constituída de Mata Atlântica, que consiste em uma floresta tropical úmida com plantas de folhas largas e perenes que pouco se alteram durante as estações do ano (Fonte: SILVA, 2.005). Verificamse no município duas grandes formações vegetais denominadas Floresta Pluvial Baixo-Montana, que ocorre em altitudes entre 300 e 800 metros, e Floresta Pluvial Montana, em áreas com altitudes maiores que 800 metros (Fonte: ROCHA, 2.005). Neste último tipo de formação vegetal, observa-se a exuberância da Mata Atlântica, com predomínio de vegetação arbórea e dosséis com altura aproximada de 20 metros, presentes sobre substrato rochoso alcalino e solos litólicos ou cambissolos (Fonte: ROCHA, 2.005; SILVA, 2.005). De acordo com dados dispostos no Estudo Socioeconômico dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro/TCE (2.008), Itatiaia, em 1.994, apresentava sua área distribuída da seguinte maneira: 42% de floresta ombrófila densa, 11% de vegetação 81 secundária, 34% de pastagens e 6% de afloramento rochoso e campos de altitude. No ano de 2.001, notou-se uma redução de formações florestais para 40% do território municipal e crescimento de afloramento rochoso e campos de altitude de 6 para 11%. A vegetação secundária sofreu redução para 5% e aumento de campo/pastagem para 36% da área de Itatiaia. Em contrapartida, houve crescimento da área com ocupação urbana de 1,9 em 1.994 para 4,7% no ano de 2.001. A fauna de Itatiaia apresenta riqueza e exuberância, sendo que o Parque Nacional de Itatiaia (PNI) elemento de grande importância na preservação de espécies de animais, especialmente aves. O PNI abriga 294 espécies de aves e 67 espécies de mamíferos, incluindo espécies que estão ameaçadas de extinção (Fonte: ROCHA, 2.005). No entanto, a fauna existente no município está bastante reduzida devido ao contínuo processo de agressões ocorrido ao longo de décadas. 6.3.1 Parque Nacional de Itatiaia e Pico das Agulhas Negras O município de Itatiaia apresenta duas importantes reservas florestais denominadas Parque Nacional e Pico das Agulhas Negras. O território que compreende o Parque Nacional do Itatiaia ocupa uma área correspondente a 30 mil hectares, coberta na sua maioria de matas primitivas com montanhas e picos com altitude variando de 600 a 2.787 metros. A reserva do Parque Nacional de Itatiaia abrange os municípios de Itatiaia e Resende localizados no Estado do Rio de Janeiro e as cidades de Itamonte, Alagoa e Bocaina, pertencentes ao Estado de Minas do Estado de Minas Gerais (Fonte: TCE, 2.008). A criação do Parque Nacional de Itatiaia ocorreu em 1.937, pelo então presidente Getúlio Vargas (Wikipédia, 2.011). Nos anos houve importante crescimento do turismo na região, o qual foi fortalecido nas décadas de 70 e 80 em virtude da crise leiteira. A região de Visconde de Mauá, localizada entre Resende e Itatiaia, tornouse um polo de turismo, com a presença de diversas pousadas, pensões e chalés 82 entre outros (TCE, 2.008). Atualmente o local é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O Pico das Agulhas Negras que faz divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, localiza-se na cidade de Resende e está inserido no interior do Parque Nacional de Itatiaia, na Serra da Mantiqueira. Este pico possui aproximadamente 2.791 metros de altitude, sendo considerado o ponto culminante do estado do Rio de Janeiro e a oitava montanha mais alta do Brasil. No Pico das Agulhas Negras nasce o rio Preto, que possui 200 km de extensão e faz a divisa natural dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. A flora da região do Pico das Agulhas Negras apresenta plantas de florestas tropicais e temperadas, como a conífera denominada Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná ou pinheiro-nacional). Acima dos dois mil metros de altitude, a paisagem é convertida de florestas para campos de altitude, vegetação típica de regiões de latitudes médio-altas. (Wikipédia, 2.011). 6.4 USO E COBERTURA DO SOLO A Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro – CIDE criou o IQM – Verde II, um estudo que compara as áreas cobertas pelos remanescentes da cobertura vegetal com as ocupadas pelos diversos tipos de uso do solo, gerando, desta forma, o Índice de Qualidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal (IQUS). O monitoramento dos diferentes ambientes fitoecológicos pode servir de guia para o estabelecimento de políticas públicas confiáveis (TCE, 2.008). A Figura a seguir foi gerada pelo programa do IQM - Verde II e apresenta os tipos de uso do solo no território municipal de Itatiaia Os traços marcados em vermelho correspondem aos corredores ecológicos sugeridos pelo estudo. 83 Figura 16 - Uso e Cobertura do Solo Fonte: Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro – CIDE, extraído de TCE (2.008). Esta figura permite notar que a região norte de município de Itatiaia é compreendida de Florestas de terras baixas e encostas, campos de altitude e afloramentos rochosos. Nas demais parcelas do solo da cidade predominam campos e pastagens com pequena porção urbana. 6.5 ZONEAMENTO Itatiaia apresenta zoneamento dividido conforme as seguintes regiões do município: Núcleo Central Urbano, Penedo e arredores, Maringá e Maromba e Granja de Itaúna. 84 O zoneamento se encontra segmentado nas seguintes áreas: 1. Áreas Urbanas Especiais: 1.1. Áreas de Interesse Ambiental (UIA) 1.2. Unidades de Proteção do Ambiente Histórico e Cultural (UPAHC) 1.3. Áreas de Interesse Social 1.4. Áreas de Interesse Urbanístico 1.5. Eixos Viários de Interesse Turístico e Paisagístico 1.6. Áreas Urbanas Parceladas e Não Parceladas: I. Área Residencial I (AR I): uso residencial unifamiliar com presença de sítios de recreio; II. Área Residencial II (AR II): uso predominantemente residencial de baixa densidade; III. Área Residencial III (AR III): uso predominantemente residencial de média densidade; IV. Área Residencial IV (AR IV): uso predominantemente residencial unifamiliar, de alta densidade; V. Área Residencial V (AR V): uso predominantemente residencial de média densidade (lotes populares); VI. Centro de Comércio e Serviços I (CCS I): uso misto, residencial, comercial e de serviços local; VII. Centro de Comércio e Serviços II (CCS II): uso predominantemente comercial, de serviços e institucional, com presença significativa de atividades administrativas, técnicas e profissionais. 2. Área de Indústrias e Atividades Especiais (AIAE) Uso exclusivamente industrial, de comércio atacadista e de serviços, em estabelecimentos de grande porte. 3. Área de Expansão Urbana Uso destinado ao crescimento ocupacional urbano. 85 Inserir mapa zoneamento – Núcleo Central Urbano (A3) 86 Inserir mapa zoneamento – Penedo (A3) 87 Inserir mapa zoneamento – Maringá e Maromba (A3) 88 Inserir mapa zoneamento – Granja Itauna (A3) 89 7. ESTUDO DEMOGRÁFICO DADOS DOS CENSOS OFICIAIS Os dados censitários do município de Itatiaia a partir do ano 1.980 estão representados no quadro a seguir. Tabela 25 - Evolução Populacional Taxa de Crescimento Populacional ANO População Total 1980 12.294 1991 16.073 2,47% Censo 24.739 4,91% Censo 28.783 1,53% Censo 2000 2010 Método Censo Fonte: IBGE Analisando-se o quadro, verificou-se que a taxa de crescimento populacional, segundo os dados censitários, foi significativamente menor no período de 2.000 a 2.010, comparada aos demais períodos. Na última década foi observada uma taxa de crescimento populacional de 1,53% considerando a população total residente no município. Através das informações do IBGE também se observa que atualmente o município é predominantemente urbano (aproximadamente 97% da população da região reside na área urbana). Pode-se notar um significativo crescimento na taxa de urbanização do município na última década, como demonstrado no quadro abaixo. Tabela 26 - Taxa de Urbanização ANO População Total Taxa de Crescimento Populacional Taxa de Urbanização (%) População Urbana 2000 24.739 4,91% 47,4 11.728 28.783 1,53% 96,63 27.813 2010 Fonte: IBGE 90 Pelo quadro, verificou-se o acentuado crescimento da taxa de urbanização, entre 2.000 e 2.010. Provavelmente esta ocorrência deve-se ao fato que regiões anteriormente consideradas no Censo de 2.000 como Rurais passaram a ser caracterizadas como Urbanas no ano de 2.010. Entretanto, para efeitos de análise de crescimento considerou-se todo o município de Itatiaia entre 2.000 e 2.010. Estimativa de Crescimento Nos estudos de projeção da população para a cidade de Itatiaia foram utilizados métodos analíticos para estimar as populações residentes ao longo do horizonte de alcance dos estudos, isto é, 30 anos (Ano 2.042 - término do período de estudo). Foram estudados cinco tipos de métodos para definição do crescimento populacional, citados abaixo, além da comparação com as cidades vizinhas: Progressão Aritmética; Progressão Geométrica; Ajuste Linear; Curva de Potência; Equação Exponencial; Comparação entre cidades vizinhas. 91 Critérios Matemáticos Progressão Aritmética Os dados foram ajustados da seguinte forma: P = P0 + q Onde: P = População no ano t PO = População no ano anterior q = Taxa de crescimento anual No quadro a seguir mostrado estão definidas as taxas de crescimento ocorridas para 80-91, 80-96, 80-00, 80-10, 91-96, 91-00, 91-10, 96-00, 96-10 e 00-10 em habitantes/ano. Na tabela e gráfico a seguir está evidenciada a tendência de crescimento para cada caso. 92 93 Progressão Geométrica Neste critério o crescimento populacional obedece à relação: P = P0 ⋅ [(1 + q ) / 100 ] (t − t0 ) onde: P = População no ano t PO = População no ano to q = Taxa de crescimento anual t = Ano final tO = Ano inicial Os resultados são reproduzidos no quadro a seguir, de onde se obtém os valores das taxas anuais em porcentagem para os períodos 80-91, 80-96, 80-00, 80-10, 91-96, 91-00, 91-10, 96-00, 96-10 e 00-10. Na tabela e gráfico a seguir está evidenciada a tendência de crescimento para cada caso. 94 95 Ajuste Linear Os dados existentes (1.980, 1.991, 1.996, 2.000 e 2.010) foram ajustados de forma a se obter o seguinte gráfico: Do gráfico obteve a seguinte equação: = int [649,13*(t- tO)+10.207] onde: t = Ano final tO = Ano inicial Os resultados são apresentados no quadro e gráfico a seguir. 96 97 Curva de Potência Procurou-se ajustar os dados existentes (1.980, 1.991, 1.996, 2.000 e 2.010) a um gráfico do tipo: Do gráfico obteve a seguinte equação: = int [4.104,3 *(t- tO )^0,5837] onde: t = Ano final tO = Ano inicial Com este procedimento resulta o quadro e o gráfico a seguir. 98 99 Equação exponencial Os dados existentes (1.980, 1.991, 1.996, 2.000 e 2.010) foram ajustados de forma a se obter o seguinte gráfico: . Do gráfico obteve a seguinte equação: = int[12656 * e(0,0292*t − t 0 ) ] onde: e = 2,71828182845904 t = Ano final tO = Ano inicial Com este procedimento resulta o quadro e o gráfico a seguir. 100 101 Visualização de Todas as Curvas Estudadas O quadro a seguir apresenta um comparativo das curvas estudadas, no qual são evidenciados os períodos de análise e as taxas de crescimento resultantes. Este quadro consiste em um resumo comparativo das curvas selecionadas, com a população projetada a partir do ano de 2.012 e período de projeção de 30 anos, sendo a população base 2.010 conforme censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para as projeções aritmética e geométrica foi adotado o período de 2.000 a 2.010 para determinação da taxa de crescimento populacional segundo estes modelos, as quais estão mais compatíveis com a realidade de crescimento populacional regional e estadual, já que configuram uma caracterização mais recente do município. 102 103 Comparativo Resende/Itatiaia Considerou-se válida a ideia de realizar um comparativo entre os municípios de Itatiaia e Resende, já que estes são municípios vizinhos e este fator pode possuir interferência significativa na população residente em Itatiaia. Esta condição é justificada, pois uma tendência que pode ser observada nestes municípios é de que muitas pessoas moram em Resende e trabalham em Itatiaia. Desta forma, apesar de possuir um atrativo industrial, Itatiaia pode não ter crescimentos populacionais expressivos, ou seja, além dos que já tem ocorrido devido à proximidade da localidade com municípios de maior porte como Resende, que é o grande polo industrial e populacional da região, e esta tendência observada, das pessoas morarem em maiores cidades e trabalharem onde se encontram os polos industriais deve continuar ocorrendo. Para realizar um comparativo de como foi o crescimento populacional em Resende, observou-se o crescimento que ocorreu à época em que o município de Resende tinha população próxima a que hoje tem Itatiaia, uma vez que é muito mais fácil uma cidade de pequeno porte ter um crescimento elevado do que uma cidade grande ter um crescimento expressivo. A tendência mostra que pelas limitações urbanas, em média há a redução nos índices de crescimento com o decorrer dos anos. 104 A taxa de crescimento populacional média anual entre os anos de 1.980 e 2.010 equivale a 3.89% no município de Resende. No município de Itatiaia esta taxa equivale a 2.88%. (F/P)^(1/n)-1= taxa anual (28.783/12.294)^(1/30)-1 = 0.02876 Considerações e Conclusões Dentre os estudos analisados, optou-se pela adoção do crescimento geométrico, que é o mais representativo. Da forma natural, sem variações de cenários ou condições especiais a tendência é a ocorrência do crescimento geométrico com taxas decrescentes. Determinada a população residente por região, necessitou-se estimar a população flutuante de cada região. 105 Foram usados três parâmetros para esta determinação: População Flutuante em função da quantidade de hotéis e pousadas (conforme relação da Prefeitura) e uma média da capacidade máxima de cada hotel/pousada; População Flutuante de Permanência Parcial, que seriam pessoas que utilizam somente restaurantes, bares, etc.; e População Flutuante de Domicílios, que seriam pessoas que utilizam suas residências somente em fins de semana, férias, etc. Utilizando-se estes parâmetros, a população flutuante de cada região é a seguinte: Sendo assim, a população total e urbana de 2.010 de cada região será a seguinte para o prosseguimento dos estudos: Para efeito de cálculo, como não possuímos informações específicas do percentual urbano por região, sendo que o IBGE informou somente o índice para o município de Itatiaia, optou-se por utilizar o mesmo dado oficial para todas as regiões. 106 Para o Núcleo Central Urbano, Granja Itaúna (Benfica) e Parque Nacional adotou-se neste estudo a aplicação inicialmente da taxa geométrica de 1,53% ao ano, que ocorreu no período de 2.000 a 2.010, a qual foi reduzida gradativamente para 1,48% ao ano no final do período em estudo. Em função de Penedo, Maringá e Maromba serem potenciais áreas de crescimento, foi considerada uma taxa diferenciada de crescimento anual de 2% ao ano até o final do período estudado. Com a adoção das condições apresentadas, para o município de Itatiaia temos inicialmente uma taxa de 1,75%, a qual foi praticamente mantida, passando para 1,74% em 2.017 até o final do período em estudo. A seguir são apresentados os quadros da Evolução Populacional para o município de Itatiaia e posteriormente para cada região separadamente. 107 Tabela 27 - Projeção Populacional - Município de Itatiaia 108 Tabela 28 - Projeção Populacional - Núcleo Central Urbano 109 Tabela 29 - Projeção Populacional - Penedo 110 Tabela 30 - Projeção Populacional - Maringá 111 Tabela 31 - Projeção Populacional - Maromba 112 Tabela 32 - Projeção Populacional - Granja Itaúna e Parque Nacional 113 8. DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO Esta etapa foi fundamentada em visitas técnicas, informações oficiais recebidas da Prefeitura Municipal de Itatiaia e Secretaria do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, sobre os serviços e estudos e/ou projetos existentes. A Prefeitura Municipal de Itatiaia é responsável pelos serviços de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem Pluvial Urbana e pelo Manejo dos Resíduos Sólidos (Terceirizado para a empresa Locanty). De acordo com o Decreto Municipal n.º 1599 (em anexo) de 11 de Janeiro de 2.008, os serviços de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos Domiciliares, que estavam sob o gerenciamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, passaram a ser novamente de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. De acordo com o Memorando n.º 124/2.011 da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, a manutenção e as novas ligações de rede de água potável, esgoto sanitário e águas pluviais são realizadas por funcionários da própria secretaria, com periodicidade que varia conforme as solicitações pontuais, divididos em 02 (duas) equipes: NÚCLEO CENTRAL URBANO ÁGUA: 01 encarregado, 01 profissional e 02 ajudantes; ESGOTO SANITÁRIO e ÁGUAS PLUVIAIS: 01 encarregado, 03 profissionais e 03 ajudantes. PENEDO, MARINGÁ e MAROMBA A manutenção e ligações Administrações Regionais. 114 são realizadas pelas Na sequencia será apresentado, primeiramente, uma Caracterização Geral dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário, para posteriormente, apresentar o diagnóstico completo dos serviços, para cada região do município, conforme Divisão Territorial apresentada no item 2.1.2 deste relatório. 8.1 8.1.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL Serviço de Abastecimento De Água A descrição do serviço de abastecimento de água de Itatiaia será apresentada conforme os núcleos do município, assim denominados: Núcleo Central Urbano, Penedo, Maringá, Maromba e Granja Itaúna (Vila Benfica). De maneira geral, tem-se que todos os mananciais de captação de água que atendem a região são de superfície, com localização em mata fechada, observandose, portanto, a presença de mata ciliar em bom estado de preservação, sem a ocorrência de atividades humanas, tais como a prática de agropecuária, agricultura, extração de areia, entre outros. Considera-se pouco provável a existência de descartes significativos de efluentes domésticos e/ou industriais próximos aos mananciais do município de Itatiaia, pois estes se localizam em regiões de mata fechada e de difícil acesso. No entanto, existe a possibilidade da ocorrência de lançamentos de efluentes domésticos em pontos isolados, eventualmente provenientes de residências, pousadas ou hotéis instalados em regiões de mata. Os sistemas de adução apresentam vazamentos em diversos pontos, o que reflete necessidades de melhorias e manutenção da infraestrutura existente. O abastecimento de água em Itatiaia não conta com Estações Elevatórias e Estações de Tratamento de Água (ETAs), sendo o único tratamento da água captada, realizado por desinfecção com pastilhas de hipoclorito de cálcio, e ainda não 115 contempla todos os pontos de captação de água. Os reservatórios apresentam capacidades de armazenamento variáveis de 15 m³ a 750 m³, verificando-se em alguns subsistemas a inexistência desses ou a ocorrência de reservatórios desativados por falta de manutenção. 8.1.2 Serviço de Esgotamento Sanitário O serviço de esgotamento sanitário do município de Itatiaia, quando existente, apresenta-se composto por fossas sépticas (rudimentares), verificadas em alguns bairros, residências e instalações hoteleiras, e por redes coletoras de esgoto, presentes no Núcleo Central Urbano, Maringá e Maromba. Quanto ao tratamento dos esgotos, há uma estação de tratamento de esgoto, localizada em área pertencente à empresa XEROX, que tem possibilidade de atender parte do Núcleo Central Urbano. Há outras três estações de tratamento que se encontram em fase de conclusão ou estão em estagio de pré-operação, atendendo parcialmente regiões do Núcleo Central Urbano (condomínio particular), Maringá e Maromba. Em Penedo e Granja Itaúna (Vila Benfica) não há estações de tratamento em operação, sendo o único tratamento do esgoto gerado nestas regiões realizado por fossas sépticas. No Núcleo Central Urbano, os efluentes domésticos gerados são despejados sem tratamento adequado em cinco pontos de lançamento no rio Paraíba do Sul, conduzidas basicamente pelo Rio Santo Antonio. As regiões de Maringá/Maromba e Penedo lançam efluentes gerados nos Rios Preto e das Pedras, respectivamente, sendo o esgoto gerado nas regiões de Maringá/Maromba parcialmente tratado pelas estações de tratamento existente (implantada em Maringá em 2.011 pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)/Secretaria de Estado de Obras (SEOBRAS) com recursos FECAM como contrapartida ao asfaltamento da rodovia desde a Fazendinha até Maringá) e, em Penedo, o esgoto gerado é lançado no Rio das Pedras sem tratamento algum ou por fossas sépticas individuais. 116 Não há controle operacional, supervisão e aquisição de dados de todas as atividades componentes do serviço de esgotamento sanitário do município de Itatiaia, observando-se necessidades de ações de planejamento para este serviço, além de realizações de melhorias, por meio de reformas, ampliações, atividades de controle e monitoramento entre outros. Anteriormente à descrição individualizada dos serviços de esgotamento sanitário dos núcleos Central Urbano, Penedo, Maringá, Maromba e Granja Itaúna (Vila Benfica), será realizada uma exposição geral destes: A - No Núcleo Central Urbano, Penedo e Granja Itaúna, não existem registros da localização exata das redes de esgoto, dados que são fundamentais para a construção, reforma e ampliação do serviço de esgotamento sanitário; B - O município não dispõe de Plano Diretor de Esgotamento Sanitário; C - A coleta de águas pluviais e esgoto no Núcleo Central Urbano é realizada basicamente pelo sistema unitário, com exceção de 20% da rede que recebe apenas esgoto, a qual já foi implantada no modelo separador absoluto; D - O esgoto gerado no Núcleo Central Urbano é lançado em cinco pontos da margem do Rio Paraíba do Sul, conforme localização abaixo: Ponto 1 – 22° 30’ 18,00” S e 44° 33’ 49,00” O com vazão de 28 m3/h (outorgado pela ANA) Ponto 2 - 22° 29’ 59,00” S e 44° 33’ 14,00” O com vazão de 21 m3/h (outorgado pela ANA) Ponto 3 - 22° 31’ 07,00” S e 44° 34’ 37,00” O com vazão de 4,5 m3/h (outorgado pela ANA) Ponto 4 - 22° 29’ 36,00” S e 44° 33’ 10,00” O com vazão de 171 m3/h (outorgado pela ANA) 117 Ponto 5 - 22° 28’ 4,37” S e 44° 29’ 16,68” O (sem outorga) E - Não há no Núcleo Central Urbano rede de esgoto capaz de absorver todo o esgotamento sanitário gerado, em alguns bairros as casas são servidas por fossa séptica (sem regulamentação municipal exigindo isto). F - Penedo não possui rede coletora e estação de tratamento de esgoto, sendo que significativo volume de águas residuárias geradas é lançado in natura nos rios e córregos da região. A maioria dos hotéis, pousadas e restaurantes possui sistema de fossa séptica, mas não há controle da funcionalidade destas, o que acaba corroborando com a contaminação do lençol freático. G - Maringá e Maromba possuem seu sistema de esgotamento sanitário em término de implantação. Em pouco tempo ambas as regiões possuirão redes coletoras, estações elevatórias e Estação de Tratamento de Esgoto. A companhia Águas das Agulhas Negras (Resende - RJ) está operando estes sistemas em fase de emergência, mas o Contrato terminou em junho de 2.012. H - A área rural do Vale do Pavão, como as outras áreas, não possui rede coletora e estação de tratamento de esgoto. Todo o esgoto produzido é lançado in natura nos rios e córregos da região ou tratado por meio da utilização de fossas sépticas sem quaisquer medidas de controle de funcionalidade e eficiência destes dispositivos. A seguir estão descritos os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Núcleo Central Urbano, Penedo, Maringá, Maromba, Granja Itaúna (Vila Benfica) e as Áreas Rurais. 118 8.2 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 8.2.1 Núcleo Central Urbano e Granja Itaúna (Vila Benfica) Os Núcleos Central Urbano e Granja Itaúna (Vila Benfica) do município de Itatiaia são atendidos por 02 sistemas produtores: Campo Belo (PRINCIPAL) Cazunga O sistema produtor Campo Belo atende a Sede do município e a Granja Itaúna, e o sistema Cazunga atende os bairros Vila Florida e parte da Vila Esperança. O sistema de abastecimento de água do Núcleo Central Urbano conta com uma rede de distribuição de água com tubulações de diâmetros variáveis de 50, 100, 150, 200, 250 e 280 mm, com uma extensão total de aproximadamente 20,2 km. 8.2.1.1 CAMPO BELO (PRINCIPAL) • Manancial: Rio Campo Belo • Bairros abastecidos: Sede do Município • Área da Bacia: 44,2 km2 Captação • Localização geográfica: 22o27’54,57”S 44o36’13,00”O • Altitude = 669 m. • Endereço: Estrada Usina Velha S/N • Proprietário da Área: Ampla 119 • Classificação do manancial segundo CONAMA 357/05: Classe l. Conforme resultados de ensaios de qualidade de água realizados pela Secretaria do Meio Ambiente. Figura 17 - Captação Campo Belo 120 Figura 18 - Bacia da Captação Campo Belo Estação de Tratamento - ETA • Não existe Estação de Tratamento de Água para o sistema Campo Belo. É feita apenas a desinfecção simples da água através de cloração com pastilhas de Hipoclorito de Cálcio. A cloração é feita de modo contínuo e a reposição das pastilhas é realizada de acordo com o consumo. A Vazão da captação à rede de distribuição é de 105 L/s com adutoras de 100 mm (FD), 150 mm (PVC) e 200 mm (PEAD) de diâmetro. 121 Figura 19 - Adutora de Água Tratada Reservatórios • Vila Pinheiro (DESATIVADO) • Localização geográfica: 22°27'54,57"S 44°36'13,00"O • • Altitude = 461 m • Capacidade = 750 m³ • Apoiado Morro do Cruzeiro • Localização geográfica: 22°29'55,50"S 44°34'03,58"O • Altitude = 444 m 122 • • Capacidade = 750 m³ • Apoiado Vila Esperança (DESATIVADO) • Localização geográfica: 22°30'5,87"S 44°35'0,48"O • Altitude = 436 m • Capacidade =60 m³ e 12 m³ • Apoiado e Elevado Rede de Distribuição (secundária) As tubulações da rede de distribuição das regiões atendidas pelo Sistema Campo Belo são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm. Estas formam a rede secundária alimentada pelas adutoras e subadutoras que fazem distribuição em marcha. 8.2.1.2 CAZUNGA • Manancial: Ribeirão Cazunga • Bairros abastecidos: Vila Florida e parte da Vila Esperança • Área da bacia: 4,4 km2 Captação • Localização geográfica: 22°28’59,79”S 44°36’33,84”O • Altitude: 542 m 123 • Endereço: Estrada Vila Flórida, S/N – Bairro Vila Flórida • Proprietário da Área: Sônia Alves Diniz Estação de Tratamento - ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Cazunga. É feita somente a cloração da água distribuída através de pastilhas de hipoclorito de Cálcio. Figura 20 - Captação Cazunga Figura 21 - Tratamento da Água Bruta 124 Figura 22 - Bacia da Captação Cazunga Reservatórios • Cazunga (DESATIVADO) • Localização geográfica: 22°30'5,87"S 44°35'0,48"O • Altitude = 532 m • Capacidade = 60 m³ • Apoiado 125 Figura 23 - RAP Cazunga (Desativado) Rede de Distribuição Rede de distribuição primária Possui duas linhas de PVC que saem da Captação, sendo uma de 50 mm e outra de 100 mm. Figura 24 - Adutora de Água Tratada 126 Rede de distribuição secundária As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Cazunga são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm. 8.2.1.3 Conclusão Núcleo Central Urbano De maneira geral, têm-se as seguintes conclusões e recomendações: Pela Norma Brasileira de Abastecimento de Água todo manancial superficial deve ter ao menos uma filtração como tratamento. A) As unidades existentes estão em estado precário, exigindo intervenções em praticamente todo o sistema, tais como captações adequadas, estações de tratamento de água, adutoras, reequacionamento piezométrico com novas redes e reservatórios e ligações domiciliares com hidrometração e cavaletes padronizados; B) Há a necessidade de implantação de Estações de Tratamento de Água no mínimo com filtração, para o atendimento das condições legais estabelecidas para a qualidade da água produzida e distribuída (Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, Decreto 5.440/05 e Leis Federais 8.987/95 e 11.445/07); C) Recomenda-se a implantação de setorização de abastecimento, com reservação adequada e controle piezométrico da distribuição de água. D) Recomenda-se a implantação de micro medidores (hidrômetros), para evitar o desperdício de água e propiciar arrecadação adequada. E) No processo de tratamento vigente, devem ser implantadas unidades de fluoretação, conforme recomenda a legislação. 127 Em relação ao serviço de abastecimento de água do Núcleo Central Urbano e Granja Itaúna, recomenda-se incluir o atendimento ao Distrito Industrial, de maneira a permitir recursos adicionais proporcionados por tarifas industriais, com vistas a melhorar aspectos de sustentabilidade econômica na prestação dos serviços. Além disto, recomenda-se também a utilização de apenas um sistema produtor, que corresponde ao sistema Campo Belo, e a desativação do sistema Cazunga, de forma a proporcionar melhores condições da prestação dos serviços em regime de eficiência. Na sequencia é apresentado o desenho dos Sistemas que atendem o Núcleo Central Urbano do município de Itatiaia, com a localização das principais unidades. 128 INSERIR MAPA 02 129 8.2.2 Penedo O serviço de abastecimento de água do núcleo de Penedo conta com uma rede de distribuição que apresenta extensão total aproximada de 15 km, com diâmetros variáveis de 75, 100, 180 e 200 mm. A área de Penedo é atendida por 05 sistemas produtores: Palmital (PRINCIPAL) Fazenda da Serra Jambeiro FF (Particular) Aníbal (Particular) A seguir são apresentadas características de cada um destes sistemas. 8.2.2.1 Sistema Produtor Palmital (Principal) • Manancial: Rio Palmital • Bairros abastecidos: Vale do Ermitão, África e centro de Penedo • Área da bacia: 3,3 km2 Captação • Localização geográfica: 22o25’33,81”S 44º32’51,50”O • Altitude: 628 m • Endereço: Rua L, S/N – Bairro Vilage • Proprietário da Área: Antônio Carlos Borges Camanha • Classificação do manancial segundo CONAMA 357/05: Classe l 130 Figura 25 - Captação Palmital Figura 26 - Bacia da Captação Palmital 131 Estação de Tratamento - ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Palmital. É feita somente a cloração da água distribuída através de pastilhas de hipoclorito de Cálcio. Figura 27 - Tratamento da Água Bruta Reservatórios • Formigueiro • Localização geográfica: 22°26'57,59"S 44°31'45,14"O • Altitude = 465 m 132 • Capacidade = 140 m³ • Apoiado Figura 28 - RAP Formigueiro Rede de Distribuição (secundária) As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Palmital são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm. 8.2.2.2 Sistema Produtor Fazenda Da Serra • Manancial: Ribeirão Bonito • Bairros abastecidos: Fazenda da Serra, Jardim Martinelli e Marechal Jardim • Área da bacia: 6,7 km2 Captação • Localização geográfica: 22º27’01,02”S 44º33’24,48”O 133 • Altitude: 543 m • Endereço: Estrada Fazenda da Serra, S/N • Proprietário da Área: Armando Luiz de Paiva Chaves Figura 29 - Captação Fazenda da Serra 134 Figura 30 - Bacia da Captação Fazenda da Serra Estação de Tratamento - ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Fazenda da Serra. Neste não é feito nenhum tipo de tratamento na água captada, nem cloração. Reservatório • Vale dos Reis • Localização geográfica: 22°27'20,40"S 44°29'37,35"O • Altitude = 412 m • Capacidade = 60 m³ • Apoiado 135 Figura 31 - RAP Vale dos Reis Obs.: O filtro que aparece na foto encontra-se desativado. Rede de Distribuição Rede de distribuição primária Existe uma adutora em ferro fundido de 200 mm de diâmetro, que inicia na captação Fazenda da Serra e auxilia no abastecimento do bairro Jardim Martineli (localizado em Penedo). A partir desta adutora, há duas ramificações de 75 mm cada, que iniciam na caixa localizada na Av. Tramujas Mader e abastecem os bairros Marechal Jardim (parte) e a entrada de Penedo (Portal). Esta adutora principal, de 200 mm, ainda abastece o reservatório apoiado RAP Vale dos Reis. Todo o abastecimento é realizado por gravidade. Rede de distribuição secundária As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Fazenda da Serra são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm. A rede de distribuição secundária que inicia no reservatório apoiado Vale dos Reis abastece os bairros Vale dos Reis, Jardim das Rosas e parte do Marechal Jardim. 136 8.2.2.3 Sistema Produtor Jambeiro • Manancial: Córrego do Sertão • Bairros abastecidos: Jambeiro e parte do África. Captação • Localização geográfica: 22º26’27,27”S 44º32’22,03”O • Altitude: 432 m • Endereço: Bairro Jambeiro • Proprietário da Área: Cláudio Barcelos Cotrim • Adução por recalque (Q media de 8,1 m³/h) Figura 32 - Captação Jambeiro 137 Estação de Tratamento - ETA Não existe Estação de Tratamento no sistema Jambeiro. Atualmente neste sistema é feita somente a cloração da água distribuída com pastilhas de hipoclorito de Cálcio. Reservatório • Jambeiro • Localização geográfica: 22°26'26,2"S 44°32'14,3"O • Altitude = 504 m • Capacidade =180 m³ • Apoiado Figura 33 - RAP Jambeiro 138 ANTIGAMENTE, na mesma área do RAP Jambeiro, funcionava uma estação de tratamento de água (FILTRO LENTO), mas hoje esta encontra-se desativada. Figura 34 - Estação Desativada 139 8.2.2.4 Sistema Produtor FF • Manancial: Ribeirão das pedras • Bairros abastecidos: Ruas FF e GG • Reservatório: FF com volume de 15 m³ (Desativado) • Classificação do manancial segundo CONAMA 357/05: Classe l • Tratamento: Não existe ETA nesta captação, no momento não está sendo feita a cloração e não está sendo utilizado o reservatório por falta de manutenção. Figura 35 - Sistema FF 8.2.2.5 Sistema Produtor Anibal (Particular) • Manancial: Rio dos Eucaliptos. • Bairros abastecidos: Village. • Reservatório: Não possui • Não existe ETA nesta captação e no momento não está sendo feita a coloração. 140 Figura 36 - Sistema Anibal 141 8.2.2.6 Conclusão Penedo De maneira geral, têm-se as seguintes conclusões e recomendações: Pela Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2.011, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, todo manancial superficial deve ter ao menos uma filtração como tratamento. A) As unidades existentes estão em estado precário, exigindo intervenções em praticamente todo o sistema, tais como captações adequadas, estações de tratamento de água, adutoras, reequacionamento piezométrico com novas redes e reservatórios e ligações domiciliares com hidrometração e cavaletes padronizados; B) Há a necessidade de implantação de Estações de Tratamento de Água no mínimo com filtração, para o atendimento das condições legais estabelecidas para a qualidade da água produzida e distribuída (Portaria n.º 2.914 do Ministério da Saúde, Decreto 5.440/05 e Leis Federais 8.987/95 e 11.445/07); C) Recomenda-se a implantação de setorização de abastecimento, com reservação adequada e controle piezométrico da distribuição de água. D) Recomenda-se a implantação de micro medidores (hidrômetros), para evitar o desperdício de água e propiciar arrecadação adequada. E) No processo de tratamento vigente devem ser implantadas unidades de fluoretação, conforme recomenda a legislação. Em Penedo, sugere-se a desativação dos subsistemas menores e a adoção, para efeitos operacionais, de poucos sistemas produtores, sendo o mais adequado o sistema Fazenda da Serra. Para o caso da necessidade de mais um sistema produtor, recomenda-se o sistema Palmital, em razão das cotas altas em que as unidades desse se encontram. Esse fato proporciona reduções nos custos de energia para atender as regiões mais elevadas da área urbana. 142 INSERIR MAPA 03 143 8.2.3 Maringá A área de Maringá é atendida por 01 sistema produtor: Captação Manancial Rio Preto Localização geográfica: 22°19'50,54"S 44°34'54,35"O Endereço: Estrada Mauá Maromba Km 6 – Bairro Maringá Proprietário da Área: Nilson Nunes Dos Santos Figura 37 - Captação Maringá 144 Estação de Tratamento – ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Maringá. Atualmente neste sistema não é feito nenhum tipo de tratamento na água captada, nem cloração. Reservatórios • Maringá • Localização geográfica: 22°19'49,89"S 44°34'54,54"O • Capacidade =15 m³ • Duas Caixas d´água com Capacidade de 5 m³ cada • Reservatório apoiado com capacidade de 5 m³. 145 Figura 38 - Reservatório Maringá Rede de Distribuição (secundária) As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Maringá são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm, com extensão de aproximadamente 2,9 km. 8.2.3.1 Conclusão Maringá De maneira geral, têm-se as seguintes conclusões e recomendações: Pela Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2.011, do Ministério da Saúde, todo manancial superficial deve ter ao menos uma filtração como tratamento. A) As unidades existentes estão em estado precário, exigindo intervenções em praticamente todo o sistema, tais como captações adequadas, estações de tratamento de água, adutoras, reequacionamento piezométrico com novas 146 redes e reservatórios e ligações domiciliares com hidrometração e cavaletes padronizados; B) Há a necessidade de implantação de Estações de Tratamento de Água no mínimo com filtração, para o atendimento das condições legais estabelecidas para a qualidade da água produzida e distribuída (Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, Decreto 5.440/05 e Leis Federais 8.987/95 e 11.445/07); C) Recomenda-se a implantação de setorização de abastecimento, com reservação adequada e controle piezométrico da distribuição de água. D) Recomenda-se a implantação de micro medidores (hidrômetros), para evitar o desperdício de água e propiciar arrecadação adequada. E) No processo de tratamento vigente, devem ser implantadas unidades de fluoretação, conforme recomenda a legislação. Para as regiões de Maringá, Maromba e Vale do Pavão (Área Rural), pode-se utilizar um único sistema produtor, o que proporciona menores custos operacionais e melhor garantia e acompanhamento da qualidade da água produzida. Em virtude da distância do Vale do Pavão em relação às outras duas regiões, sugere-se a implantação de um polo de tratamento simplificado com filtração, desinfecção e fluoretação. 147 INSERIR MAPA 04 148 8.2.4 Maromba A área de Maromba também é atendida somente por 01 sistema produtor: Captação Manancial: Rio Monjolo Localização geográfica: 22º 19’ 92,9” S 44º 36’ 06,0” Altitude: 1282 m Endereço: Bairro Maromba Proprietário da Área: Helena Maria Bulher Não é realizado nenhum tipo de tratamento Área da bacia: 1,4 km2 Figura 39 - Captação Maromba 149 Figura 40 - Bacia da Captação Maromba Estação de Tratamento – ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Maromba. Atualmente neste sistema não é feito nenhum tipo de tratamento na água captada, nem cloração. Reservatórios • Atualmente não existem reservatórios implantados no sistema Maromba. Rede de Distribuição (secundária) As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Maromba são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm, com extensão aproximada de 1,5 km. 150 8.2.4.1 Conclusão Maromba De maneira geral, têm-se as seguintes conclusões e recomendações: Pela Portaria n.º 2.914, de 12 de dezembro de 2.011, do Ministério da Saúde, todo manancial superficial deve ter ao menos uma filtração como tratamento. A) As unidades existentes estão em estado precário, exigindo intervenções em praticamente todo o sistema, tais como captações adequadas, estações de tratamento de água, adutoras, reequacionamento piezométrico com novas redes e reservatórios e ligações domiciliares com hidrometração e cavaletes padronizados; B) Há a necessidade de implantação de Estações de Tratamento de Água no mínimo com filtração, para o atendimento das condições legais estabelecidas para a qualidade da água produzida e distribuída (Portaria 2.914 do Ministério da Saúde, Decreto 5.440/05 e Leis Federais 8.987/95 e 11.445/07); C) Recomenda-se a implantação de setorização de abastecimento, com reservação adequada e controle piezométrico da distribuição de água. D) Recomenda-se a implantação de micro medidores (hidrômetros), para evitar o desperdício de água e propiciar arrecadação adequada. E) No processo de tratamento vigente, devem ser implantadas unidades de fluoretação, conforme recomenda a legislação. Conforme foi mencionado, no caso da descrição de Maringá, pode-se utilizar um único sistema produtor para a região. 151 INSERIR MAPA 05 152 8.2.5 Áreas Rurais Captação Manancial: Rio Pavão. Bairros abastecidos: Vale do Pavão Figura 41 - Captação Vale do Pavão (Área Rural) 153 Estação de Tratamento - ETA • Não existe Estação de Tratamento no sistema Vale do Pavão. Atualmente neste sistema não é feito nenhum tipo de tratamento na água captada, nem cloração. Reservatórios • Atualmente não existem reservatórios implantados no sistema Vale do Pavão. Rede de Distribuição (secundária) As redes de distribuição dos bairros atendidos pelo Sistema Vale do Pavão são em PVC e possuem diâmetros de 50 mm. 8.2.6 Monitoramento da Qualidade da Água Diversos pontos estratégicos da rede hidrográfica que compreende o município de Itatiaia são monitorados continuamente pela Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal. Os locais que passam por monitoramento podem ser divididos em três frentes de avaliação: • Água utilizada para consumo humano em quatro escolas de Maromba; • Pontos para análise de balneabilidade dos rios de Itatiaia, denominados: Bem Fica, Balneário, Paredão, Três Cachoeiras, Cachoeira de Deus e Três Bacias; e • Locais próximos aos mananciais utilizados para captação de água. Os relatórios das análises realizadas nas escolas de Maromba e locais próximos às captações de água ocorrem com frequência semanal, enquanto as análises nos locais para análise de balneabilidade são feitas bimestralmente. Os parâmetros de qualidade da água avaliados são: pH, Cor, Turbidez, Coliformes Totais e Coliformes Termotolerantes, Oxigênio Dissolvido (OD), Temperatura e Cloro Residual Livre (CRL), sendo este último parâmetro não realizado para a avaliação de balneabilidade. Os resultados das análises encontram-se em anexo. 154 Os locais amostrados próximos das captações são: Campo Belo, Fonte V. Maia e Vila Flórida na região do Núcleo Central Urbano, além de Fazenda da Serra, Jambeiro e Palmital na região de Penedo. No Núcleo Central Urbano e na região de Penedo existem ao todo 19 e 7 pontos de amostragem de água tratada, respectivamente, localizados na rede de distribuição. A maioria dos pontos está representada nas figuras abaixo. Figura 42 - Pontos de Amostragem de Água Tratada (NCU) Fonte: Google, 2.011. 155 Figura 43 - Pontos de Amostragem de Água Tratada (Penedo) Fonte: Google, 2.011. Na tabela apresentada na sequencia estão listados todos os pontos de amostragem de água dos Núcleos Central Urbano e Penedo. 156 Tabela 33 - Locais de Amostragem (NCU e Penedo) Região: CENTRAL URBANO Pontos Endereço Vila Esperança P.I.08 Juliana Campos Neves (Final) Jardim Itatiaia P.I.17 Hospital Municipal Jardim Itatiaia P.I.18 Rua 39 Vila Esperança (final) P.I.28 Juliana Campos Neves Linha Velha Norte P.I.01 Otacílio J.da Silva Jardim Paineiras P.I.03 Valdemar Bernardes – Maçonaria Vila Pinheiro P.I.14 Rua Cabiúna Vila Maia P.I.15 Fonte Vila Maia Campo Alegre P.I.13 Roberto Cotrim/João Maurício M Costa Vila Odete P.I.05 Osmar Amorim/13 de Maio-(creche) Vila Flórida (Início) P.I.22 Rua das Acácias – final Vila Magnólia P.I.07 Bom Jesus do Santana V. Martins P.I.11 José Martins de Oliveira V. Paraíso P.I.38 Alcino Bernardes V. Carolina P.I.24 Feliciano Bernardes V. Maia P.I.06 Associação de moradores Belos Prados P.I.02 Lúcio Bernardes Centro P.I.19 Praça Mariana Rocha Leão Vila Esperança P.I.30 Juliana Campos Neves (Posto de Saúde) Região: PENEDO Pontos Endereço Vale do Ermitão P.P.02 Pousada Terra Nova (Est. Vale do Ermitão) Jambeiro P.P.38 Rua José Ferreira (Final) Jardim das Rosas P.P.45 Entrada do Condomínio Formigueiro (180) P.P.20 Av. das Mangueiras – Palhoça Penedo (180) Final P.P.55 Av. das mangueiras (Haras) Marechal Jardim P.P.60 Antes do Bar Jambeiro (Início) P.P.39 Inicio Fonte: Prefeitura Municipal de Itatiaia – PMI. A Prefeitura não dispõe de informações de pontos de amostragem de água nas regiões de Maringá, Maromba e nas áreas rurais. 157 Os resultados das análises de balneabilidade dos rios do município de Itatiaia (laudos em anexo), referentes aos meses de Janeiro, Março, Maio e Setembro do ano de 2.011 indicam valores similares de pH, turbidez, temperatura e OD para todos os pontos de amostragens. Os pontos de amostragens Paredão e Três Cachoeiras apresentaram os maiores valores das análises de coliformes termotolerantes juntamente com os menores valores de OD, o que indica maior grau de poluição nestes locais em relação aos demais pontos avaliados. Laudos de análises de amostragens realizadas entre outubro de 2.010 e outubro de 2.011, indicam resultados de pH dentro dos valores limítrofes estabelecidos, exceto para o ponto localizado na Fonte Vila Maia que apresentou pH abaixo de 6 em todas as amostragens (A água da fonte Vila Maia é obtida de fonte natural de origem subterrânea e se enquadra na resolução 25/76 e 54 de 15/06/2.000 do Ministério da Saúde. Os resultados das análises realizadas entre os meses de outubro de 2.010 a outubro de 2.011, demonstram que os pontos de amostragens Vila Flórida (PI22), V. Esperança (PI08), Fazenda da Serra (Marechal Jardim PP06) e Campo Belo (Belos Prados PI02) correspondem aos locais que apresentam qualidade da água insatisfatória quanto ao nível de potabilidade, pois, de maneira geral, os parâmetros avaliados nas amostragens feitas, situaram-se acima do valor máximo permitido (VMP) conforme especificações da Portaria n.° 2.914 ,de 12 de dezembro de 2.011. (laudos em anexo). O histórico de análises entre outubro de 2.010 e 2.011 permite notar que entre os meses de novembro a fevereiro pode-se verificar mais pontos de amostragens com parâmetros acima do VMP, além dos quatro pontos já citados. Este fato pode ser relacionado ao período em que Itatiaia recebe um maior número de turistas. Mesmo não sendo suficientes para caracterizar a qualidade da água fornecida, as análises em amostras de água potável utilizada para consumo humano em escolas 158 de Maromba, realizadas nos dias 09 e 23 agosto de 2.011 e 29 de setembro de 2.011 revelam valores de pH dentro da faixa limite estabelecida pela Portaria n.° 2.914 de 12 de dezembro de 2.011, a qual recomenda no Art. 39 , 1° parágrafo, que o pH para águas de distribuição deve ser mantido entre 6,0 e 9,5. Os resultados obtidos das análises de cor e turbidez ficaram abaixo do valor máximo permitido (VMP), segundo a mesma resolução, que correspondem a 15 (unidade Hazen) e 5 UT (unidade de turbidez), respectivamente. A presença de coliformes totais ocorreu em todas as amostras avaliadas, enquanto os coliformes termotolerantes não foram identificados nas três datas de amostragens, com exceção no laudo da Creche Antônia S. de Paiva. Tirando os efeitos das características da rede de distribuição que possam alterar a qualidade da água, tais como pontos baixos com concentração de sólidos sedimentados, tubulações de ferro fundido que possam agregar cor à água, a qualidade água distribuída é a mesma da qualidade da água bruta, recebendo apenas cloração. 8.2.7 Disponibilidade Hídrica É necessário o conhecimento da capacidade de água outorgável que cada manancial escolhido poderá fornecer. A portaria SERLA n° 567 de 7 de maio de 2.007 estab elece critérios gerais e procedimentos técnicos e administrativos para cadastro, requerimento e emissão de outorga de direito de uso de recursos hídricos de domínio do Estado do Rio de Janeiro. O artigo 18 da portaria n° 567 estabelece que a vazão máxima outorgável, corresponde a 50% da Q7,10 do curso de água junto à seção de interesse. Também estabelece que o cálculo da vazão de referência (Q7,10), deve ser feita a partir de estudos de regionalização disponíveis, contemplando a análise estatística de séries históricas de vazão do curso d’água, quando existirem. 159 Em análise preliminar verificou-se que a vazão de referência projetada de cada um dos pontos de captação serão tais: Campo Belo = 180 L/s Fazenda da Serra e Palmital = 87 L/s Rio Monjolo = 20 L/s Rio Preto = 15 L/s No entanto, devido à ausência de dados de medição nessas bacias, verifica-se a necessidade de refinamento dessas análises quando da elaboração e licenciamento dos projetos. O manancial Fazenda da Serra, por exemplo, apresenta vazões mínimas aparentemente superiores a calculada. 8.2.7.1 Cálculo da Vazão Mínima e da Vazão Outorgável Para calcular a vazão outorgável, se deve verificar a vazão mínima ou crítica de cada um dos mananciais escolhidos para a captação de água. A vazão mínima é calculada através de dados históricos de postos fluviométricos do curso d’água analisado. Dois métodos têm sido adotados para a determinação dessa vazão, a Q90 e a Q7,10. Usualmente o valor da Q7,10 é mais restritiva e é utilizada em diversas legislações ambientais de proteção da qualidade de corpos d’água , bem como em estudos de abastecimento de água e outorga pelo uso da água. A Q7,10 pode ser entendida como o valor que pode se repetir, probabilisticamente, a cada 10 anos (período de retorno de 10 anos), compreendendo a menor média obtida em 7 dias consecutivos. Para sua obtenção, basta possuir a série histórica do posto fluviométrico. Devido à baixa quantidade de postos fluviométricos espalhados pelo Brasil, é difícil existir um posto próximo da região estudada ou quando existe, possuem poucos dados ou eles não são confiáveis para a análise. Quando tal situação ocorre, 160 permite-se a regionalização das vazões, por meio do qual as informações de estações fluviométricas existentes e associadas a bacias de drenagem com características semelhantes à da área estudada são adimensionalizadas e analisadas em seu conjunto, para que, em seguida, possam ser espacializadas e, finalmente empregadas para se estimar as vazões características em locais não medidos (Naghettini, 2.004). Com isso, utiliza-se o conceito de descarga específica (L/s.km²). Conhecida a área de drenagem da região de estudo, e adotando-se um valor de descarga específica (advinda dos estudos de regionalização), o produto de ambos conduz a vazão do curso d’água. Através de um trabalho patrocinado pelo governo de Minas Gerais, pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), além de outras instituições, denominado Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais – ZEE, o volume 3 que contem a componente de hidrologia, demonstra um amplo estudo sobre a coleta de dados de postos fluviométricos da região e seus respectivos valores da vazão crítica Q7,10 (http://www.redeapasul.com.br/publicacoes/publicacoes_zee.html). Na página 178, pode ser visualizada uma tabela, reproduzida parcialmente abaixo, contendo informações sobre a da Estação Fluviométrica Visconde de Mauá. 161 Tabela 34 - Dados Fluviométricos Essa estação está localizada a apenas 5 km em linha reta da cidade de Maromba. Através desse trabalho, pode-se encontrar o valor da descarga específica de 11,26 L/s.km² para a estação Visconde de Mauá e regionalizar para as bacias de drenagem dos mananciais do presente relatório as quais possuem características semelhantes. O quadro abaixo mostra para cada manancial do estudo os valores da Q7,10, e da vazão outorgável cujo critério estabelecido pela portaria SERLA n° 567 é que a vazão máxima outorgável corresponde a 50% da Q7,10 do curso de água junto à seção de interesse. Tabela 35 - Vazão Outorgável Cidade Manancial Área (km²) Q7,10 (l/s) Q outorgável (l/s) Itatiaia Campo Belo 44,2 497,8 248,9 Penedo Fazenda da Serra 6,7 75,5 37,7 Penedo Palmital 3,3 37,2 18,6 Maromba Monjolo 1,4 15,8 7,9 Maromba Rio Preto 25,6 288,3 144,2 162 As estações fluviométricas Resende, Itatiaia e Queluz estão localizadas próximas ao Rio Paraíba do Sul, com isso suas bacias de drenagem não possuem as características de serra iguais as dos mananciais propostos. Por isso, foi utilizada apenas a estação Visconde de Mauá para regionalizar as vazões dos mananciais. 8.3 CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 8.3.1 Núcleo Central Urbano e Granja Itaúna (Vila Benfica) Na área central da cidade, onde existe maior densidade populacional, não há tratamento para os esgotos coletados. Nesta região, o sistema atual se lifmita a transportar os esgotos até o corpo receptor mais próximo (rios ou córregos) de modo que não existe atualmente nenhuma elevatória em operação. O sistema de coleta é formado por muitas redes “mistas”, que nada mais são do que redes pluviais transportando os esgotos até os rios e córregos. A rede coletora de esgotos (rede mista) do núcleo central conta com uma extensão aproximada de 63 km (SNIS – 2.010), mas como não existe um cadastro adequado esta informação não pode ser validada. Atualmente, segundo informações repassadas pela Prefeitura Municipal, aproximadamente 20% das redes do Núcleo Central Urbano que recebem as contribuições de esgoto foram implantadas em modelo separador absoluto, que de qualquer forma limita-se a transportar os esgotos e lançá-los “in-natura” no Rio Paraíba do Sul e seus afluentes. Está em fase de implantação uma Estação de Tratamento de Esgoto que atenderá a população residente do Condomínio particular Casal Garcia e segundo a empresa Faceambiental, que foi responsável pelo projeto, os parâmetros de dimensionamento foram os seguintes: Número de lotes: 320 unidades 163 Taxa de ocupação: 5 habitantes/unidade Número de habitantes: 1600 hab. Consumo de água per capita: 200 l/hab/dia Vazão máxima: 19,20 m³/h Sistema proposto: RAFA (reator anaeróbio de fluxo ascendente) seguido de RSB (reator sequencial em batelada, lodos ativados por batelada). Tratamento secundário. Existe também neste núcleo uma Estação de Tratamento de Esgotos particular, localizada em área pertencente à empresa XEROX. Houve uma visita ao local para verificar a possibilidade da implantação de uma estação que possa atender toda ou parte da região (Núcleo Central Urbano) em conjunto com esta unidade, a qual está impedida de servir a XEROX em função do seu posicionamento em relação às margens do rio Paraíba do Sul, que é da ordem de 30 m, entretanto, pode servir para o caso de sistema público. 8.3.1.1 Conclusão Núcleo Central Urbano Apesar de ocorrer á coleta dos esgotos por rede mista, foram constatados pontos bem definidos dos lançamentos destes esgotos nos córregos. Recomenda-se assim o aproveitamento das redes existentes com a construção de um sistema de transporte dos esgotos, composto de elevatórias, interceptores e emissários, até duas estações de tratamento, uma com localização a margem do rio Paraíba e outra na Vila Florida. Esta poderia ser uma primeira medida para coletar os esgotos gerados e tratá-los, minimizando os impactos ambientais em curto prazo. Sequencialmente, e gradativamente, as redes mistas seriam substituídas por redes separadoras. Este processo proporcionaria melhores condições de sustentabilidade econômica com a redução de investimentos iniciais. 164 INSERIR MAPA 06 165 8.3.2 Penedo Penedo é um importante ponto turístico do Estado do Rio de Janeiro, no entanto, não possui rede coletora e estação de tratamento de esgoto, sendo que significativo volume de águas residuárias geradas é lançado in natura nos rios e córregos da região. A maioria dos hotéis, pousadas e restaurantes possui sistema de fossa séptica, mas não há controle de funcionalidade destes, o que acaba contribuindo com a contaminação do lençol freático. 8.3.2.1 Conclusão Penedo Sugere-se a curto e médio prazos a adoção de um sistema de coleta e tratamento que atenda a área mais adensada (área central, bairros Martinelli e Vale dos Reis). Para outras regiões, onde a implantação de rede de esgoto fique tecnicamente e financeiramente inviável, podem ser mantidas e ampliadas às soluções individuais. Recomenda-se, portanto, que a Prefeitura Municipal de Itatiaia esteja apta a acompanhar e fiscalizar a implantação e a operação dessas unidades. 8.3.3 Maringá Maringá conta com um sistema em término de implantação, com ETE já operando, sendo a obra financiada com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano - FECAM. A Estação de Tratamento dos Esgotos é do tipo RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) + BAS (Biofiltro Aerado submerso) com capacidade de tratar efluentes gerados por até 5.940 habitantes. 166 8.3.3.1 Descritivo do Sistema Proposto As informações apresentadas a seguir foram retiradas do relatório final desenvolvido pela ENGESAN Engenharia & Saneamento S/C Ltda, elaborado em outubro de 2.008, referente ao Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário de Maringá. O projeto optou por conceber duas bacias de esgotamento, com um coletor tronco ao longo da estrada que liga as duas localidades, Maromba e Visconde de Mauá. Os esgotos produzidos ao norte da área são recolhidos em uma estação elevatória (EE1) e recalcados para o PV 8 localizado na Estrada Mauá-Maromba que, por gravidade chega à Vila de Maringá, desenvolvendo-se até o seu ponto mais baixo. Este ponto reúne a maior parcela da contribuição local e, através de uma segunda estação elevatória (EE-2), recalca os esgotos para o PV 1 também situado na Estrada Mauá-Maromba, a jusante da vila de Maringá, de onde partirá o trecho final do coletor tronco, indo, por gravidade, até a Estação de Tratamento. O estudo do crescimento populacional apresentado no projeto da ENGESAN teve por base o número de habitantes apresentados pelos setores censitários de IBGE, para o ano de 2.000. Em face da falta de dados demográficos históricos da localidade em questão, o projeto da ENGESAN apresentou hipóteses de crescimento populacional, baseadas nas taxas de crescimento verificadas nos municípios de Resende e Itatiaia, no período compreendido entre os censos de 1.970 e 2.000, conforme apresentado na tabela abaixo. 167 Tabela 36 - Populações Urbanas e Taxas de Crescimento Fonte: Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário da Vila de Maringá (ENGESAN) O projeto da ENGESAN também considerou ainda a população flutuante, expressiva nas épocas de férias e feriados prolongados, tendo como parâmetros de demanda as seguintes condições: • Taxas de crescimento declinantes, variando de 2 a 3 % ao ano, por quinquênio, no período entre 2.000 e 2.025, seguindo a tendência natural de saturação de localidades com estas características; e • População flutuante = 3,0 vezes a população fixa. • Consumo "per capita" de água = 200 l/hab.dia; • Coeficiente de retorno = 0,8; • Coeficiente do dia de maior demanda (K1) = 1,2; • Coeficiente da hora de maior consumo (K2) = 1,5; • Comprimento total da rede: 2.484 m; • Vazão de infiltração = 0,5 l/s por km de rede; • Índice de atendimento = 100% da população urbana. 168 Tabela 37 - Vazões Fonte: Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário da Vila de Maringá (ENGESAN) 8.3.3.2 Conclusão Maringá Foi elaborado um comparativo da população atendida, utilizando os valores apresentados pela empresa ENGESAN e os valores apresentados neste Plano, chegando-se à seguinte conclusão: Os parâmetros utilizados pela ENGESAN (taxa de crescimento anual e população flutuante) foram maiores que os apresentados neste Plano: Final de plano (2.033) da ENGESAN = 5.940 habitantes; Final de plano (2.041) da SERENCO = 5.815 habitantes. Sendo assim, esse sistema não necessitará de ampliações futuras, somente o atendimento ao crescimento vegetativo. Nas próximas revisões deste Plano Municipal sugere-se uma verificação das capacidades do sistema implantado no confronto com as novas demandas decorrentes dos crescimentos populacionais (fixo + flutuante), bem como da área territorial da cobertura deste. Na sequencia é apresentado o desenho do sistema de esgotamento sanitário de Maringá, conforme configuração do Projeto da empresa ENGESAN. 169 INSERIR MAPA 07 170 8.3.4 Maromba Maromba conta com um sistema em término de implantação, com ETE já operando, sendo a obra financiada com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano - FECAM. A Estação de Tratamento dos Esgotos é do tipo RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) + BAS (Biofiltro Aerado submerso) com capacidade de tratar efluentes gerados por até 3.780 habitantes. 8.3.4.1 Descritivo do Sistema Proposto O estudo do crescimento populacional apresentado no projeto da ENGESAN teve por base o número de habitantes apresentados pelos setores censitários de IBGE, para o ano de 2.000, tendo como parâmetros os mesmos já apostos no caso de Maringá. No caso da população flutuante, expressiva nas épocas de férias e feriados prolongados, foram previstas as seguintes condições: • Taxas de crescimento declinantes, variando de 2,5% a 1,5% ao ano, por quinquênio, no período entre 2.008 e 2.033, seguindo a tendência natural de saturação de localidades com estas características; e • População flutuante = 3,0 vezes a população fixa. • População de 2.172 habitantes, considerada para o ano de 2.008, adotando-se a população de 2.005 e um crescimento de 2,75% ao ano no período 2.005/2.008. Daí em diante, até o horizonte de projeto (2.033), com taxas declinantes. A seguir apresenta-se tabela com a projeção populacional prevista ao longo do horizonte de planejamento considerado. 171 Tabela 38 - Populações Urbanas e Taxas de Crescimento Fonte: Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário da Vila de Maringá (ENGESAN) A partir da adoção dessas populações e dos parâmetros, abaixo relacionados, o projeto da ENGESAN determinou as vazões de contribuição, apresentadas na tabela a seguir, que serviram para o dimensionamento do projeto. Consumo "per capita" de água = 200 l/hab.dia; Coeficiente de retorno = 0,8; Coeficiente da hora de maior demanda (K1) = 1,2; Coeficiente da hora de maior consumo (K2) = 1,5; Vazão de infiltração = 0,5 l/s por km de rede; Índice de atendimento = 100% da população urbana; Comprimento total da rede: 816 m. Tabela 39 - Vazões Fonte: Projeto Executivo do Sistema de Esgoto Sanitário da Vila de Maringá (ENGESAN) Foram diagnosticadas diferenças de valores populacionais apresentados nos projetos elaborados pela ENGESAN, tanto para a localidade de Maringá como para Maromba, comparados com dados censitários oficiais apresentados pelo IBGE. 172 Neste relatório, optou-se pela adoção dos valores oficiais apresentados pelo IBGE, como pode ser observado no estudo populacional apresentado no item 7. 8.3.4.2 Conclusão Maromba Foi elaborado um comparativo da população atendida, utilizando os valores apresentados pela empresa ENGESAN e os valores apresentados neste Plano, chegando-se à seguinte conclusão: Os parâmetros utilizados pela ENGESAN (taxa de crescimento anual e população flutuante) foram maiores que os apresentados neste Plano: Final de plano (2.033) da ENGESAN = 3.780 habitantes; Final de plano (2.041) da SERENCO = 3.008 habitantes. Sendo assim, este sistema não necessitará de ampliações futuras, somente o atendimento ao crescimento vegetativo. Nas próximas revisões deste Plano Municipal sugere-se uma verificação das capacidades do sistema implantado no confronto com as novas demandas decorrentes dos crescimentos populacionais (fixo + flutuante), bem como da área territorial da cobertura deste. Na sequencia é apresentado o desenho do sistema de esgotamento sanitário de Maromba, conforme configuração do Projeto da empresa ENGESAN. 173 INSERIR MAPA 08 174 8.3.5 Áreas Rurais A área rural do Vale do Pavão, como as outras áreas, não possuem rede coletora e estação de tratamento de esgoto, desta forma, o volume de águas residuárias domésticas produzido é lançado in natura nos rios e córregos da região ou eventualmente tratado por meio da utilização de fossas sépticas. Parte dos usuários apresentam sistemas de fossas sépticas, no entanto, não se verifica medidas de controle de funcionalidade e eficiência desses dispositivos de tratamento, o que acaba corroborando com a contaminação do lençol freático. Futuramente, devido às características da localidade, sugere-se a implantação e manutenção de sistemas do tipo fossas sépticas, seguidas de filtros, pois a ocupação esparsa, com baixa densidade ocupacional, torna a implantação de um sistema coletivo inviável financeiramente. 8.4 CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS No aspecto de drenagem urbana no município de Itatiaia são quatro os principais cursos d’água que recebem as contribuições pluviais: no Núcleo Central Urbano, o Rio Santo Antônio e o Rio Paraíba do Sul, em Penedo o Ribeirão das Pedras e em Maringá/Maromba o Rio Preto. 8.4.1 Núcleo Central Urbano O Rio Santo Antônio no Núcleo Central Urbano é o principal curso d’água, cuja bacia atinge entre 70 e 80% da área urbana. Este curso d’água tem como particularidades um trecho inicial de aproximadamente 5 km com grande desnível, superior a 600 m, o que dá uma declividade média de 12% e um segundo trecho de baixa declividade junto à área urbana até a foz no Rio Paraíba. 175 As figuras a seguir apresentam o desenvolvimento do Rio Santo Antônio na região do Núcleo Central Urbano e o perfil deste no percurso demarcado, demonstrando parcialmente as particularidades descritas, visto que este tem uma declividade maior no seu início, além do que foi representado. 176 Figura 44 - Rio Santo Antonio 177 Figura 45 - Perfil do Rio Santo Antonio 178 Este fato faz com que as precipitações que ocorrem no primeiro trecho cheguem muito rapidamente no segundo, ou seja, gerando um baixo tempo de concentração em toda a bacia, ocasionando picos de vazão e extravasamentos. A Figura a seguir apresenta a disposição da bacia do Rio Santo Antônio no Núcleo Central Urbano, sendo esta bacia de aproximadamente 20 km2, caracterizada por: • Trecho inicial de alta declividade (1); • Trecho final com baixa declividade sujeito a inundações (2); • Trecho de drenagem da região do Núcleo Central entre o Parque (3) e a Dutra; • Trecho de drenagem da região central entre a Dutra e o divisor de bacia do rio Paraíba do Sul (4). Figura 46 - Bacia do Rio Santo Antonio no NCU 179 Figura 47 - Divisão da Bacia do Rio Santo Antonio Figura 48 - Bacia do Rio Santo Antonio (Trechos 3 e 4) Fonte: Google, 2.011. 180 Destes trechos o que pede mais atenção é o Trecho 2, que necessita ser estudado e caracterizado ao nível de ocupação e condições hidráulicas, como dimensões da calha principal e equacionamento das seções de controle (pontes, passagens entre edificações, lançamento final e etc). Como não há caracterização da ocupação das margens deste curso d’água, recomenda-se que o Plano Diretor Urbano, atualmente em início de elaboração da revisão, apresente propostas para este tema. Nos demais trechos 1, 3 e 4, o escoamento praticamente está condicionado à microdrenagem, sendo o trecho 3 muito bem irrigado por pequenos cursos d’água, proporcionando uma micro-drenagem simplificada com o uso de pequenos diâmetros. O Rio Paraíba do Sul recebe as contribuições de rede de galerias localizadas entre o trecho 4 do Rio Santo Antônio e as margens do próprio rio Paraíba do Sul. Estas galerias fazem a coleta também de parte dos esgotos conforme cadastro aproximado destas tubulações apresentado no descritivo do sistema de esgotos. 181 8.4.2 Penedo Em Penedo a área urbana desenvolve-se na bacia do Ribeirão das Pedras. Na região central de Penedo a bacia de contribuição é de aproximadamente 14 km2. Figura 49 - Bacia do Rio Ribeirão das Pedras em Penedo 182 Figura 50 - Rio Ribeirão das Pedras 183 Figura 51 - Perfil do Rio Ribeirão das Pedras 184 Este ribeirão é um curso de bastante declividade nas regiões de cabeceira e de razoável declividade na área mais adensada. Apesar da ocorrência de inundações em Penedo, o Ribeirão das Pedras está integrado à ocupação, com intervenções bem próximas ou até acima do curso d’água. Esta é uma característica da região, cujos atrativos turísticos induzem a uma aproximação com os cursos d’água. Recomenda-se que o Plano Diretor Urbano defina as metas para estas ocupações ao longo das margens destes cursos d’água. No bairro do Formigueiro foi implantado, em 2.011, pelo Condomínio Nova Penedo, um extravasor que permite desviar parte da vazão deste rio, formando um escoamento duplo, reduzindo os impactos das cheias na região. Figura 52 - Extravasor Condomínio Nova Penedo 185 Figura 53 - Detalhes Extravasor Condomínio Nova Penedo 8.4.3 Maringá e Maromba Da mesma forma que Penedo, em Maringá e Maromba a ocupação junto às margens dos cursos d’água é irregular, principalmente no Rio Preto. Nestas regiões as unidades residenciais já estão consolidadas, restando propor a nível de planejamento urbano, limites para a ocupação considerando que atualmente já 186 existe uma convivência com os regimes de escoamento do rio e seus ocupantes marginais. 8.4.4 Estrutura Institucional Segundo a Prefeitura Municipal, a manutenção do sistema das redes de águas pluviais está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, empregando o mesmo corpo funcional e recursos operacionais que são utilizados nos serviços relacionados a esgoto. Podemos estimar que 80% da rede está sendo operada na modalidade de rede “mista” (contemplando águas pluviais e esgoto doméstico). Quanto ao cadastro de redes, o município não possui qualquer informação mapeada e/ou levantada pertinente ao sistema de drenagem. Cabe ainda ressaltar que algumas regiões das áreas urbanas de Penedo, Maringá e Maromba não possuem nenhum tipo de rede de drenagem, mesmo nas vias pavimentadas. 8.4.5 Defesa Civil O órgão municipal de respostas a ocorrências e desastres de inundações, enchentes, desabamentos e escorregamentos é o “Departamento de Defesa Civil” que está diretamente vinculado a Secretaria Municipal de Ordem Pública. Segundo informações desta Secretaria, a estrutura deste departamento atualmente é de 1 (um) Diretor, 1 (um) Chefe de Divisão, 1 (um) Assessor e ainda 4 (quatro) agentes, divididos hierarquicamente na seguinte estrutura: Diretor de Defesa Civil Chefe de Divisão 187 Assessor Técnico Operacional Quanto aos equipamentos disponíveis, segundo a Defesa Civil, podemos destacar os seguintes: Ferramentas portáteis; Bombas costais; Bombas de sucção; Moto serras; Coletes salva vidas e boias; Equipamentos de Proteção Individual; Barco; Caminhões (a contratar); e Retroescavadeira (a contratar). 8.4.6 Infraestrutura de Apoio Conforme informações da Prefeitura Municipal de Itatiaia encontram-se disponíveis para pronto emprego da DEFESA CIVIL, diversos órgãos municipais, conforme relação a seguir: Hospital Maternidade Dr. Manoel Martins de Barros Avenida 2, 800 – Jardim Itatiaia, Itatiaia/RJ Telefone: 24 3352-6850 Colégio Municipal Ana Elisa Lisboa Gregori Colégio Municipal Dom Ottorino Zanin Colégio Municipal Fernando Octávio Xavier – Penedo Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto Escola Municipal Benedito Barbosa da Silva Escola Municipal Benfica Escola Municipal da Vila Esperança 188 Escola Municipal Joaquim Miguel dos Santos – Maromba Escola Municipal Lea Duarte Jardim Escola Municipal Professor Pedro de Souza Rangel Escola Municipal Professora Maria Ma José de Aquino Escola Municipal Wagner Guimarães 8.4.7 Mapeamento das Áreas de Risco O município ainda não possui o mapa temático como ferramenta de prevenção e controle de riscos, entretanto alguns dos principais riscos em potenciais estão caracterizados pela tabela que segue: Tabela 40 - Principais Pontos Críticos Pontos Críticos do Município – Riscos em Potenciais Rio Rios Importantes escorregamento Sul, Rio Portinho, Rio Campo Belo, Vila Esperança, Formigueiro, África I e II, Nova Conquista, Vila Niterói e Vale do Ermitão Centro da Cidade, Áreas Ribeirinhas, Vila Flórida, Nova Riscos de Inundações de do Rio Santo Antônio e Rio Acará Desastres já ocorridos Risco Paraíba Conquista, Formigueiro e Penedo de terra Alto Penedo, Vila Esperança, Niterói e África I e II Famílias que residem em áreas Vila Esperança, Nova Conquista, Vila Niterói, Nite África I e II, Vale de risco do Ermitão, Vila Odete (brejinho), Flórida Fonte: Arquivos disponibilizados pela defesa Civil do município de Itatiaia 189 8.4.8 Demonstrativo de Eventos Figura 54 - Inundação Bairro Centro (2.005) Fonte: Arquivos disponibilizados pela defesa Civil do município de Itatiaia 190 Figura 55 - Inundação Bairro Campo Alegre (2.010) Fonte: Arquivos disponibilizados pela defesa Civil do município de Itatiaia 191 Figura 56 - Inundação Bairro Nova Conquista (2.010) Fonte: Arquivos disponibilizados pela defesa Civil do município de Itatiaia 192 Figura 57 - Inundação Bairro Vila Odete (2.010) Fonte: Arquivos disponibilizados pela defesa Civil do município de Itatiaia 193 No desenho apresentado a seguir são destacadas às áreas no Núcleo Central Urbano onde certamente ocorrem inundações no período de chuvas intensas, conforme informação da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura. 194 INSERIR MAPA 09 195 Em 2.008 foi realizada uma Pesquisa Nacional de Saneamento Básico pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, onde foi diagnosticado que a ocupação intensa e desordenada do solo em 43% dos municípios brasileiros foi uma das principais causas de inundações e alagamentos. Conforme relatado anteriormente, não há um mapa temático como ferramenta de prevenção e controle de riscos para o município de Itatiaia. Sem um planejamento do espaço, a ocupação ocorre sobre áreas de risco, como de inundações e de escorregamento, situação que pode causar sérias consequências, inclusive morte de moradores residentes nestas áreas. Os rios nos períodos chuvosos saem do seu leito menor e ocupam o leito maior, dentro de um processo natural. Como isto ocorre de forma irregular ao longo do tempo, a população tende a ocupar o leito maior, ficando sujeita ao impacto das inundações. Todos os componentes dos sistemas hídricos estão fortemente inter-relacionados devido à forma como são gerenciados dentro do ambiente urbano. O ciclo hidrológico natural é constituído por diferentes processos físicos, químicos e biológicos. Quando o homem atua sobre este sistema e se concentra no espaço destes componentes, com intervenções e ocupação indevida, altera dramaticamente este ciclo, trazendo consigo impactos significativos (muitas vezes de forma irreversível) no próprio homem e na natureza. O escoamento pluvial pode produzir inundações e impactos nas áreas urbanas devido a dois processos, que ocorrem isoladamente ou combinados: Inundações de áreas ribeirinhas: são inundações naturais que ocorrem no leito maior dos rios devido à variabilidade temporal e espacial da precipitação e do escoamento na bacia hidrográfica; Inundações devido à urbanização: são as inundações que ocorrem na drenagem urbana devido ao efeito da impermeabilização do solo, canalização do escoamento ou obstruções ao escoamento. 196 Nas Inundações de áreas ribeirinhas os rios geralmente possuem dois leitos: o leito menor, onde a água escoa na maioria do tempo e o leito maior, ocupado nos períodos chuvosos. O leito menor é limitado pelo risco de 1,5 a 2 anos. As inundações ocorrem quando o escoamento atinge níveis superiores ao leito menor, atingindo o leito maior. As cotas do leito maior identificam a magnitude da inundação e seu risco. Os impactos devido à inundação ocorrem quando esta área de risco é ocupada pela população. A inundação do leito maior dos rios é um processo natural, como decorrência do ciclo hidrológico das águas. Quando a população ocupa o leito maior, que são áreas de risco, os impactos são frequentes. Essas condições normalmente ocorrem devido à invasão de áreas ribeirinhas, que pertencem ao poder público, pela população de baixa renda ou ausência de restrições no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Municipal, quanto à ocupação das áreas de risco de inundação. Os principais impactos sobre a população são: Prejuízos de perdas materiais e humanos; Interrupção da atividade econômica das áreas inundadas; Contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, entre outras; Contaminação da água pela inundação de depósitos de material tóxico, estações de tratamentos entre outros. De maneira a caracterizar possíveis áreas onde existam ocupações irregulares no município de Itatiaia, considerou-se a legislação ambiental vigente (Lei Federal nº 4.771/65), que estabelece uma faixa mínima de preservação permanente de 30 metros ao longo das margens dos cursos d´água existentes e também o Plano Diretor Municipal, que determina para alguns casos condições especificas, tais como: 197 As áreas do entorno da Cachoeira do Escorrega e da Cachoeira Véu da Noiva correspondem a faixas mínimas, de domínio público, non aedificandi, de 50m (cinquenta metros) ao longo de todo o percurso das quedas d’águas, devendo constituir bosques objeto de projetos especiais. As Áreas do Entorno das Cachoeiras de Deus, Três Bacias, do Romeu e do Palmital são constituídas pelas áreas públicas, assim destinadas nos loteamentos onde se situam. Já as áreas do entorno das Cachoeiras Três Cachoeiras e Cachoeira dos Macacos são definidas por faixas mínimas, de domínio público, non aedificandi, de 50m (cinquenta metros) ao longo de todo o percurso das quedas d’água, devendo todas constituírem bosques, objeto de projetos especiais. O Plano Diretor Municipal estabelece uma faixa de preservação permanente de 100m para o Rio Paraíba do Sul, salvo larguras maiores em áreas integrantes do Parque Urbano, localizado na beira do Rio Paraíba do Sul. O Parque Urbano é constituído por faixa marginal de largura variável destinada ao florestamento e à criação de condições paisagísticas e de infraestrutura que promovam a sua valorização como local de interesse à preservação ambiental e ao acesso público para o lazer e a recreação. É obrigatória a manutenção de cobertura vegetal arbórea nas Faixas de Preservação Permanente das Margens dos Cursos d’Água, segundo critérios do órgão competente em assuntos ambientais da Prefeitura Municipal. Seguindo as diretrizes apresentadas anteriormente foram demarcadas as faixas de preservação permanente, conforme demonstrado nas seguintes peças gráficas. 198 INSERIR MAPA 10 199 INSERIR MAPA 11 200 INSERIR MAPA 12 201 INSERIR MAPA 13 202 INSERIR MAPA 14 203 8.4.9 Conclusão Analisando as faixas demarcadas pode-se observar que existem vários trechos onde há ocupações irregulares, tratando-se de uma situação que precisa ser equacionada. Nas áreas urbanas do município de Itatiaia, por certo, as principais causas e efeitos dos alagamentos estão relacionados à ocupação do leito maior dos cursos d’água, dentro das Áreas de Proteção Permanente. A abundância de pequenos cursos d’água faz com que a micro drenagem seja simples remetendo a análise para os principais cursos d’água, ou seja, Rio Santo Antônio no Núcleo Central Urbano, Rio Ribeirão das Pedras em Penedo, e Rio Preto em Maringá e Maromba. Para estes, fica evidente a ocupação indevida das margens é o principal fator a ser equacionado no contexto da Drenagem Urbana. 8.5 CARACTERIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA e MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 8.5.1 Introdução Resíduos sólidos são todos aqueles detritos nos estados sólidos e semissólidos que resultam das atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição ou agrícola. Incluem-se lodos de ETAs (Estações de Tratamento de Água) e ETEs (Estações de Tratamento de Esgotos), resíduos gerados em equipamentos e instalações de controle da poluição, e líquidos que não possam ser lançados na rede pública de esgotos, em função de suas particularidades (Conceitos Básicos de Resíduos Sólidos, EESC/USP, 1.999). 204 Esses resíduos representam um dos grandes problemas da maioria dos municípios brasileiros. Embora os índices de coleta de lixo no Brasil tenham melhorado nos últimos anos, a maioria das cidades ainda dispõe seus resíduos sólidos em lixões ou em áreas alagadas. Minoria dos municípios dispõe os resíduos em aterros sanitários ou possui programas de reciclagem. (Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos, Ministério do Meio Ambiente, fevereiro de 2.012) Esse cenário da realidade brasileira tem sido motivo de preocupação dos setores de saneamento, saúde e meio ambiente e suscitado a elaboração de diversas legislações que visam garantir a superação destes problemas, buscando estimular os municípios a solucioná-los, quando possível de forma consorciada e sempre através da gestão compartilhada e integrada dos resíduos sólidos. O pressuposto da legislação em vigor é que gerenciar os resíduos de forma integrada significa trabalhar integralmente os aspectos sociais com o planejamento das ações técnicas e operacionais do sistema de limpeza urbana. A Gestão de Resíduos é um conjunto articulado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, que uma administração municipal desenvolve, baseada em critérios ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor o lixo de sua cidade, visando garantir a limpeza urbana e dar destinação adequada aos resíduos gerados na localidade, tanto naquilo que é competência direta do poder público municipal, como no que é de responsabilidade da iniciativa privada, para que não representem qualquer tipo de risco sanitário e ambiental à população. Destacam-se os seguintes princípios necessários a uma gestão adequada dos resíduos sólidos: • Executar os serviços de limpeza urbana de forma sistematizada, visando à melhoria da sua eficiência, como garantia da prevenção e do controle da 205 poluição, da proteção e recuperação da qualidade ambiental e promoção da saúde pública; • Oportunizar um serviço de qualidade a toda população, visando à universalização do acesso desses, a todos os munícipes; • Utilizar tecnologias apropriadas, com adoção de metodologias, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais; • Desenvolver programas de educação ambiental e mobilização social, visando gerar uma consciência mais responsável sobre os problemas produzidos pela sobrecarga de resíduos não assimiláveis pela natureza, evitando os desperdícios e contribuindo assim, para a conservação dos recursos naturais. • Desenvolver sistemas de controle e monitoramento visando garantir a perfeita execução dos serviços preconizados. 8.5.2 Aspectos Legais e Normativos A prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos está condicionada a um conjunto de leis federais, estaduais e municipais, a saber: Lei Estadual nº 3.369/00 Destinação final de garrafas plásticas Estabelece normas para a destinação final de garrafas plásticas e da outras providências. Resolução CONAMA 307/02 Resíduos da Construção Civil Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 206 Lei Estadual nº 4.191/03 Política Estadual de Resíduos Sólidos no estado do Rio de Janeiro Princípios, procedimentos, normas acondicionamento, armazenamento, e critérios coleta, referentes à geração, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Rio de Janeiro, visando o controle da poluição, contaminação e a minimização de seus impactos ambientais. Resolução ANVISA 306/04 Resíduos dos Serviços de Saúde Dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. Resolução CONAMA 358/05 Resíduos dos Serviços de Saúde Dispõe sobre tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde. Lei n. 440/2.006 - Código Tributário Municipal de Itatiaia (Em anexo), Prevê a aplicação de Taxa de Coleta de Lixo Urbano para os serviços de remoção periódica de lixo gerado em imóveis situados no Município, que não inclui remoção especial de lixo, consistindo na retirada de entulhos, detritos industriais, galhos de árvores e similares, limpeza de terrenos. Conforme o artigo 199 da referida lei municipal, o contribuinte da taxa é o proprietário do imóvel. Lei Federal nº 11.445/07 Política Nacional de Saneamento Básico Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. 207 Lei Federal nº 12.305/10 Política Nacional de Resíduos Sólidos Reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotadas pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos. Destaca-se que a Política Nacional de Resíduos Sólidos integra a Política Nacional de Meio Ambiente e articula-se com a Política Nacional de educação Ambiental, regulada pela Lei nº 9.795/99, com a Política Nacional de Saneamento Básico regulada pela Lei nº 11.445/07 e ainda a Lei nº 11.107/05 que regulamenta os consórcios públicos. 8.5.3 Tipologia dos Serviços Estabelecendo uma correlação dos serviços a serem prestados com a classificação dos resíduos, com as condicionantes legais e normativas pertinentes a esta temática, e ainda considerando-se os fundamentos de gestão integrada, para efeito de proposição deste plano, agruparam-se os serviços em quatro sistemas, sendo eles: Sistema de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos e/ou domiciliares. Sistema de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos dos Serviços de Saúde. Sistema de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos da Construção Civil. Sistema de Serviços Complementares de Limpeza Urbana. 208 Esta integração de serviços e atividades afins contribuirá de forma significativa para a operação de todo o processo de gestão, tornando-o sustentável e satisfatório para toda a municipalidade e por consequência os seus munícipes. Neste cenário, cabe ressaltar a importância para a engenharia do processo e o desenvolvimento de sua mecânica própria, a articulação institucional e o envolvimento de todos os atores sociais. A Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos deve contemplar um misto de soluções coerentes considerando várias técnicas complementares. Esta busca de solução, combinando diferentes técnicas, ou mesmo tecnologias, normalmente é chamada de Modelo de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos. Além de definir uma forma de destinação final, seja em aterros sanitários ou por destruição térmica com geração de energia (valorização energética), uma reflexão sobre a logística global dos resíduos sólidos urbanos, tanto na sua origem (geração de resíduos) e seu manuseio quanto no seu destino final, deve ser definida. Um planejamento adequado dos serviços de coleta, transporte e destinação dos resíduos sólidos fundamenta-se num sistema de gestão sustentado por combinação de técnicas complementares. A partir do conhecimento da caracterização e das quantidades atuais e futuras dos resíduos sólidos se torna possível estabelecer os critérios e perspectivas para definir as metas adequadas a serem alcançadas para a coleta, o tratamento e a destinação final dos resíduos do município. O modelo de gestão de resíduos sólidos deve ser integrado, visando gradativamente, através do planejamento e apresentação de projetos, a manutenção da limpeza urbana, a redução da geração de resíduos sólidos, a criação de oportunidades sociais, a recuperação de áreas degradadas e proteção ao meio ambiente e, dentro do possível, as melhores técnicas de destinação final com redução de disposição em aterros, pois estes representam um passivo ambiental 209 para as futuras gerações. As diferentes formas de gestão devem, dentro do menor custo, buscar: Minimizar a geração de resíduos; Reduzir o potencial poluente ou perigoso dos resíduos; Reduzir as quantidades a serem destinadas a aterro; Recuperar a parte reciclável ou reutilizável; Valorizar a fração residual depois da reciclagem (matéria orgânica inclusive); Respeitar sempre o princípio da proximidade, ou seja, diminuindo o transporte e suas consequências ao meio ambiente. 8.5.4 A Gestão de Resíduos Sólidos em Itatiaia A Lei Estadual 4.191/2.003 que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos estabelece como princípios a visão sistêmica, integrada e compartilhada da gestão dos resíduos sólidos como garantias da prevenção e do controle da poluição, da proteção e recuperação da qualidade ambiental e da promoção da saúde pública. A Gestão adequada dos resíduos sólidos, portanto, representa a sistematização dos serviços de limpeza urbana, assim como o estabelecimento de políticas públicas que promovam o adequado manejo de resíduos. E a questão determinante para o gerenciamento dos resíduos de forma integrada é a compreensão de que todas as ações e operações envolvidas no gerenciamento estão interligadas, influenciando umas às outras: coleta mal planejada encarece o transporte; transporte mal dimensionado, além de gerar prejuízos e reclamações, prejudica as formas de tratamento e de disposição final. Desta maneira, a gestão dos resíduos sólidos deve conceber, implementar e administrar os resíduos gerados considerando uma ampla participação das áreas de governo responsáveis no âmbito estadual e municipal. 210 A Lei Orgânica do município estabelece em seu artigo 11, inciso VI, a responsabilidade municipal de ”organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão, entre outros, os serviços de limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo, incluindo ainda o tratamento adequado”. O modelo de gestão dos resíduos sólidos urbanos, praticado atualmente pelo município de Itatiaia, responsabiliza a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos por toda parte operacional do sistema. Destaca-se que esta entidade desenvolve a atividade supracitada sem a centralização dos serviços em um departamento específico, pois, de acordo com informação disponibilizada, a estrutura desta Secretaria é a seguinte: • Água e Esgoto • Departamentos de Projetos e Orçamentos • Energia • Mapoteca • Obras Devemos elencar neste processo que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente também possui, dentre suas atribuições, a responsabilidade de “executar a fiscalização de postura relativa ao meio ambiente”, e ainda de “promover campanhas de conscientização ecológica junto à população residente e aos turistas”. Estas responsabilidades e/ou ações estão diretamente relacionadas ao processo de gestão dos resíduos sólidos urbanos, no entanto a ausência de um corpo funcional de fiscais e técnicos dificulta a participação efetiva da Secretaria neste processo. Dessa maneira, a ausência de um corpo técnico especializado dificulta as ações de monitoramento, fiscalização e, por fim, de fomento a políticas públicas que possam buscar o aprimoramento da gestão dos resíduos sólidos urbanos. 211 E partindo desta dificuldade, acaba surgindo um terceiro ator municipal neste contexto, que é a Secretaria Municipal de Planejamento, que tem auxiliado a Secretaria Municipal de Meio Ambiente nas suas ações de fiscalização através da utilização do corpo funcional de fiscais de postura vinculado ao Planejamento. Assim sendo, conclui-se que a gestão dos resíduos sólidos no município de Itatiaia está sendo praticada de forma fragmentada, não havendo clareza quanto às atribuições e responsabilidades por parte dos atores municipais envolvidos, prejudicando assim a eficácia deste serviço. Levando-se em consideração a necessidade de organização, ampliação e intensificação das práticas sanitárias por parte do poder público, observa-se que o estabelecimento do gerenciamento integrado de resíduos - conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento para coleta, separação, tratamento e disposição adequada dos resíduos - irá permitir que a municipalidade estabeleça as soluções necessárias para garantia do serviço adequado, compatíveis às condições do município. 8.5.5 Serviços de Limpeza Pública Os serviços de limpeza urbana compreendem as ações de capina, roçado, pintura de guias, limpeza de bueiros e bocas de lobo, podas e remoção de resíduos verdes. Estes serviços estão sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, que os desenvolve atualmente de forma fragmentada, nas seguintes macros regiões do município: • Bairros Campo Alegre, Jardim Itatiaia, Vila Pinheiro, Vila Flórida e Country Club; • Vila Maia, Vila Odete, Vila Magnólia, Vila Paraíso, Vila Niterói, Jardim Paineiras e Centro; 212 • Penedo; e • Maringá e Maromba. Com exceção dos serviços de varrição, onde a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos os desenvolve utilizando corpo funcional próprio, os demais são executados por empresas contratadas (terceirizadas) através dos contratos 08, 09, 10 e 11/2.011, que foram aditados no início de 2011 e vigentes até início de 2.012. • Contrato 08/2.010 CONTRATADA: TETISUL – ITATIAIA TERRAPLANAGEM VIGÊNCIA: INÍCIO EM 05/02/2.011 / TÉRMINO EM 04/02/2.012 OBJETO: Serviços de manutenção, como limpeza de bueiros, capina, roçada e retirada de lixo verde, incluídos mão-de-obra, veículos e equipamentos, nos bairros de Campo Alegre, Jardim Itatiaia, Vila Pinheiro, Vila Flórida e Country Club: Tabela 41 - Valores Contrato 08/2.010 Descrição Quant. (h) Valor (R$) Retroescavadeira, com operador Caminhão basculante, capacidade de 5m³ Caminhoneta de serviço Retirada de material proveniente de poda, varredura, limpeza diversas e lixo verde com caminhão, compreendendo carga, transporte e descarga. Roçadeira costal (*) Operador de Roçadeira Costal (*) Serventes Total mensal 294 294 168 17.501,82 9.528,54 7.143,36 300 4.224,00 1029 1540 3960 1.215,45 15.117,42 29.749,50 71.423,86 Total 12 meses • 857.086,32 Contrato 09/2.010 CONTRATADA: CONSTRUTORA CARVALHO OLIVEIRA LTDA. VIGÊNCIA: INÍCIO EM 06/03/2.011 / TÉRMINO EM 06/03/2.012 OBJETO: Serviços de manutenção, como limpeza de bueiros, capina, roçada e retirada de lixo verde, incluídos mão-de-obra, veículos e equipamentos, nos bairros de Vila Maia, Vila Odete, Vila Magnólia, Vila Paraíso, Vila Niterói, Jardim Paineiras e Centro: 213 Tabela 42 - Valores Contrato 09/2.010 Descrição Quant. Retroescavadeira, com operador Caminhão basculante, capacidade de 5m³ Caminhoneta de serviço Retirada de material proveniente de poda, varredura, limpeza diversas e lixo verde com caminhão, compreendendo carga, transporte e descarga. Roçadeira costal Operador de Roçadeira Costal Serventes Total mensal 147h 294h 147h 8.891,97 9.682,83 6.560,68 350 m³ 4.999,40 882h 1320h 2640h 1.086,27 12.198,25 20.038,92 63.458,32 Total 12 meses • Valor (R$) 761.499,84 Contrato 10/2.010 CONTRATADA: J. E. Locações e Serviços Ltda VIGÊNCIA: INÍCIO EM 06/02/2.011 / TÉRMINO EM 06/02/2.012 OBJETO: Serviços de manutenção, como limpeza de bueiros, capina, roçada e retirada de lixo verde, incluídos mão-de-obra, veículos e equipamentos, em Penedo: Tabela 43 - Valores Contrato 10/2.010 Descrição Quant. Retroescavadeira, com operador Caminhão basculante, capacidade de 5m³ Retirada de material proveniente de poda, varredura, limpeza diversas e lixo verde com caminhão, compreendendo carga, transporte e descarga. Roçadeira costal Operador de Roçadeira Costal Serventes Total mensal 147h 294h 8.948,77 9.732,34 500 m³ 7.173,50 336h 440h 880h 416,14 4.098,03 6.731,21 37.099,99 Total 12 meses • Valor (R$) 445.199,88 Contrato 11/2.010 CONTRATADA: CONSTRUSUL de Itatiaia Materiais de Construção e Serviços Ltda. VIGÊNCIA: INÍCIO EM 06/02/2.011 / TÉRMINO EM 06/02/2.012 OBJETO: Serviços de manutenção, como limpeza de bueiros, capina, roçada e retirada de lixo verde, incluídos mão de obra, veículos e equipamentos, nos bairros de Maringá e Maromba: 214 Tabela 44 - Valores Contrato 11/2.010 Descrição Quant. Retroescavadeira, com operador Caminhão basculante, capacidade de 5m³ Retirada de material proveniente de poda, varredura, limpeza diversas e lixo verde com caminhão, compreendendo carga, transporte e descarga. Serventes Total mensal 147h 294h 8.948,77 9.732,34 500 m³ 7.173,50 880h 6.731,21 32.585,82 Total 12 meses Valor (R$) 391.029,84 O valor total destes contratos no período de 1 (um) ano é de R$ 2.454.815,88 (dois milhões quatrocentos e cinquenta e quatro mil oitocentos e quinze reais e oitenta e oito centavos), o que representa mensalmente um desembolso de R$ 204.567,99 (duzentos e quatro mil reais quinhentos e sessenta e sete reais e noventa e nove centavos). Em relação aos serviços de limpeza urbana no município de Itatiaia, desenvolvido quase em sua totalidade por empresas terceirizadas, observou-se que as atividades de varrição e coleta de resíduos atendem algumas áreas do município. Todavia, ainda são necessárias melhorias de maneira a garantir uma prestação universalizada destes serviços. Sugerem-se medidas efetivas de fiscalização dos terrenos baldios e dos logradouros públicos, que algumas vezes são utilizados indevidamente como locais de disposição de vários tipos de resíduos pelos munícipes, o que acaba sobrecarregando as rotinas operacionais de limpeza urbana. Estas situações de disposição irregular de resíduos ficam evidenciadas nas fotos a seguir: 215 Figura 58 - Disposição Irregular dos Resíduos Sólidos 216 8.5.6 Resíduos Sólidos Urbanos 8.5.6.1 Sistemas de Coleta O sistema de coleta de resíduos sólidos urbanos é terceirizado, conforme contrato de prestação de serviços nº 106/2.009, figurando como CONTRATADA a Empresa Locanty Com. Serviços Ltda. De acordo com o objeto previsto neste contrato, a CONTRATADA é a responsável pela prestação dos serviços de coleta de resíduos sólidos e hospitalares, através da “locação” de equipamentos e veículos, com as guarnições, tendo como órgão de fiscalização e acompanhamento do contrato, a “Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos”. O custo deste contrato, ao erário público, está fixado em R$ 831.870,00 (oitocentos e trinta e um mil oitocentos e setenta reais) anuais, ao custo mensal de R$ 69.322,50 (sessenta e nove mil trezentos e vinte e dois reais e cinquenta centavos). Considerando a média mensal de 440 toneladas de resíduos encaminhadas pelo município de Itatiaia ao aterro controlado de Resende/RJ, é possível associar o custo de R$ 157,55 (cento e cinquenta e sete reais e cinquenta e cinco centavos) por tonelada de resíduos coletada. Comparando os custos praticados pelo município, com os custos médios de coleta de resíduos praticados no Brasil, que de acordo com o CEMPRE (Compromisso Empresarial para a Reciclagem) está em torno de R$ 85,00 (oitenta e cinco reais), observa-se que a metodologia de contratação da prestação dos serviços de coleta deve ser revista, haja vista, que os municípios que praticam este valor médio apresentado pelo CEMPRE, optaram pela contratação baseada no pagamento por tonelada de resíduos coletadas e não por “locação” de equipamentos e guarnição. 217 A operação deste sistema é realizada com três caminhões compactadores com capacidade nominal de 6 m³, um caminhão tipo toco/carroceria e ainda uma guarnição composta por vinte e cinco homens, sendo doze coletores e treze motoristas. A base operacional da CONTRATADA localiza-se no bairro de Itapuca no município vizinho de Resende/RJ. A rotina operacional está planejada atualmente da seguinte forma: Tabela 45 - Programação de Coleta (frequência e equipamentos) Região Centro Penedo Maringá/Maromba Bairros do Núcleo Central Equipamento Frequência/Horário Caminhão compactador Todos os dias na parte (6m³) da manhã Caminhão compactador (6m³) Caminhão Basculante tipo toco Caminhão compactador (6m³) 2ª, 4ª e 6ª feira - Diurna 4ª e 6ª Feira - Diurna 3ª, 5ª e Sábado - Diurna Fonte: Locanty Um ponto importante a ser considerado na execução dos serviços de coleta dos resíduos sólidos urbanos é a disponibilização de informações aos usuários sobre os horários estimados de coleta, bem como a observância por parte do operador do sistema destes respectivos horários. Neste sentido, ficou evidenciada a ausência de disponibilização do material informativo para todos os munícipes quanto aos horários, fato que pode justificar o longo período de tempo entre a disposição dos resíduos nas calçadas pelos moradores e a coleta propriamente dita, condição esta observada com certa frequência em Itatiaia. 218 Nas vias centrais do município, onde há vários estabelecimentos comerciais, esta situação torna-se mais evidente, na medida em que se observa a presença considerável de resíduos dispostos no período matutino que são coletados horas após sua colocação. Estes cenários proporcionam a proliferação de vetores, afetam esteticamente estas vias, prejudicando assim a relação consumidores, comerciantes e prestadores de serviços. Cabe ainda ressaltar que de forma pungente a indústria do turismo se vê presente no município, o que reforça a necessidade destas vias e setores comerciais atender os aspectos estéticos e sanitários com excelência. Figura 59 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta Destaca-se que o serviço de coleta dos resíduos sólidos é uma ação importantíssima que impede o desenvolvimento de vetores que encontram alimento no lixo, tratando-se de uma questão sobre saúde pública. Este serviço exige o 219 envolvimento dos cidadãos, que devem acondicionar o lixo adequadamente e apresentá-los em dias, horários e locais pré-estabelecidos pelo prestador deste serviço. Outro fato relevante relacionado aos serviços de coleta de resíduos é a frequência com a qual são executados os serviços nas regiões administrativas de Maringá e Maromba, que de acordo com as informações da CONTRATADA para operar o sistema, só ocorre as 4ª e 6ª feiras, condição que não atende o preconizado pelas normas existentes para esta temática, que estabelece a frequência mínima de 3 (três) coletas por semana. Estas disparidades apresentadas na frequência de coleta nessas regiões acabam ocasionando problemas no gerenciamento desses resíduos, tanto por parte da municipalidade, tanto por parte dos usuários e ainda do setor hoteleiro, os quais necessitam armazenar em suas propriedades, em período maior que o adequado, os resíduos gerados. Figura 60 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta 220 Quanto à coleta mecanizada, excelente instrumento operacional, principalmente para as áreas comerciais, é muito pouco praticada no município, sendo possível somente encontrá-la na Praça Mariana Rocha Leão, em frente à sede da Prefeitura. Com a coleta mecanizada os resíduos ficam acondicionados em contêineres bem vedados, e de fácil deslocamento e manuseio, podendo ser recolhidos em intervalos maiores de tempo, o que racionaliza os serviços, além de oferecer mais segurança aos funcionários, visto que os mesmos deixam de ter contato com o lixo. Figura 61 - Disposição dos Resíduos Sólidos para a Coleta 8.5.6.2 Sistemas de Tratamento Atualmente o município não dispõe de ações efetivas e sustentáveis para a temática de tratamento dos resíduos sólidos urbanos, no entanto podemos destacar algumas ações capitaneadas por atores municipais, estadual e sociedade civil, que estão descritos a seguir: 221 • Secretaria Municipal de Assistência Social Com objetivo de conhecer as pessoas que desenvolvem informalmente as atividades de coleta de materiais recicláveis no município de Itatiaia, a Secretaria de Assistência Social, vem procurando através de vários encontros e reuniões, o cadastramento de todos os envolvidos. Como resultados deste trabalho, hoje a Secretaria conta com um cadastro de 26 (vinte e seis catadores), e busca fomentar a formação de uma cooperativa, bem como o acesso de todos aos programas de qualificação profissional e apoio social. • Secretaria Municipal de Meio Ambiente Durante a Semana do Meio Ambiente, em comemoração ao dia internacional do meio ambiente, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, inaugurou o primeiro “ecoponto” do município de Itatiaia, na Escola Municipal Joaquim Miguel dos Santos, em Maromba. • Gerencia de Educação Ambiental - INEA No dia 08/07 a Gerência de Educação Ambiental do INEA, realizou a 2ª Oficina de Capacitação para Implantação da Coleta Seletiva Solidária, nos municípios Resende e Itatiaia, que pela primeira vez procura atender de forma simultânea dois municípios. Esta iniciativa tem como medida inicial a capacitação de gestores públicos, ensinando o passo-a-passo para a implantação da coleta seletiva solidária nas instituições públicas. O evento contou com a participação do Grupo de Trabalho de Planejamento Participativo, composto por gestores públicos, representantes de escolas estaduais, membros de cooperativas e do terceiro setor. Dentre as principais tarefas designadas ao grupo, estavam traçar estratégicas para ampliar a coleta seletiva nos municípios e para aumentar a participação dos catadores. 222 • ONG PC Vida Instituição do Terceiro Setor que em parceria com Empresa de Consultoria GRANDIFLORA Consultoria Ambiental, vem promovendo a coleta dos resíduos eletrônicos no município, através de um ponto instalado no Colégio Municipal Reinaldo Maia Souto, situado na Rua São José, 211 – Centro. Mesmo diante destas iniciativas, faz se necessário à sistematização destas ações a fim de obter sustentabilidade e abrangência principalmente da coleta seletiva para todos os munícipes de Itatiaia, ressaltando que esta necessidade encontra-se preconizada no Plano de Trabalho do Convênio assinado com o Município de Resende pertinente a disposição final. Foi possível identificar, que mesmo com uma ação incipiente de coleta seletiva, os geradores informalmente separam os seus resíduos possibilitando que os mesmos sejam aproveitados por catadores. A foto apresentada a seguir caracteriza a ação de um morador que teve a iniciativa de separar os resíduos recicláveis. Figura 62 - Separação dos Resíduos Recicláveis 223 8.5.6.3 8.5.6.3.1. Disposição Final Forma de Disposição Atual Atualmente os resíduos sólidos gerados em Itatiaia são dispostos em um aterro controlado localizado no município de Resende. Aterro controlado é uma instalação destinada à disposição de resíduos sólidos urbanos, na qual alguns ou diversos tipos e/ou modalidades objetivas de controle sejam periodicamente exercidos, quer sobre o maciço de resíduos, quer sobre seus efluentes. Todavia, a disposição final adequada dos resíduos sólidos urbanos é realizada somente pelo aterro sanitário. O aterro controlado é uma forma de disposição intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual, no entanto nem todos os dispositivos de controle da poluição estão previstos em um aterro controlado. Segundo a SEA, está em elaboração projeto de implantação de um Aterro Sanitário em Resende, que, conforme mencionado anteriormente é a forma mais adequada de disposição dos resíduos sólidos. Com a conclusão do projeto, prevê-se o processo de licitação da obra, que está prevista para ser realizada através de recursos do FECAM e FUNASA. É importante ressaltar que o aterro sanitário a ser implantado deve ser bem gerenciado, porque se este fato não ocorrer este pode voltar a ser um lixão em pouco tempo. O gerenciamento desta unidade deverá ficar a cargo do consórcio, formado pelas prefeituras de Resende, Porto Real, Quatis e Itatiaia. 224 8.5.6.3.2. Histórico da Disposição dos Resíduos Sólidos Este presente diagnóstico procura a seguir relatar o histórico da disposição dos resíduos sólidos no município: 8.5.6.3.2.1. Vazadouro Antigo Localizado na estrada do lago, distante 2,5 Km do centro do município, em uma área particular, em local de difícil acesso, em função da topografia e as condições da estrada, está área foi utilizada por alguns anos como disposição final. Área localizada próxima a uma grande jazida de empréstimo, o que facilitou a cobertura dos resíduos depositados e consequentemente a regeneração de vegetação rasteira. Apresenta ainda área próxima com nascentes e formação de pequenas áreas de inundações superficiais. Não foi observada a presença de aves e quantidade de resíduos sem cobertura que pudesse estar facilitando a proliferação de vetores. 225 . Figura 63 - Localização Vazadouro Antigo Este vazadouro foi desativado no período de 2.005/2.006, quando o município passou a integrar o “Consórcio das Agulhas Negras”, onde ficou conveniada a utilização do Aterro Controlado de Bulhões no município de Resende, a ser utilizado como área de disposição final dos resíduos sólidos gerados no município de Itatiaia. Com a desativação do vazadouro, iniciou-se um processo de remediação natural, conforme fica demonstrado nas duas fotos a seguir, que apresentam a mesma área onde era localizada esta unidade nos anos de 2.002 e 2.010 respectivamente: 226 Figura 64 - Vazadouro Antigo (2.002) Figura 65 - Vazadouro Antigo (2.010) 227 Figura 66 - Fotos Vazadouro Antigo Figura 67 - Fotos Vazadouro Antigo 228 8.5.6.3.2.2. Vazadouro Central Localizado na Avenida Roberto Silveira, próximo a entrada de acesso a barragem de Funil (pertencente a Furnas Centrais Elétricas S.A), com localização inadequada, pois está próxima a torres de linhas de transmissão, bem como a proximidade com o rio Paraíba conforme fica ilustrado nas fotos abaixo: Figura 68 - Fotos Vazadouro Central Figura 69 - Fotos Vazadouro Central 229 A compactação do material disposto no local é feita de forma incorreta, com baixa eficiência, acarretando assim perda significativa em máquinas–hora de serviço. Nota-se também o livre acesso a área, o que possibilita a disposição de qualquer tipo de resíduo, além de permitir também o acesso de catadores, demonstrando assim a vulnerabilidade do sistema de vigilância. Cabe ressaltar também que ausência de vigilância nesta área vem contribuindo para o seu aumento, bem como o uso desordenado, como fica demonstrado nas figuras abaixo, que mostram a mesma área nos anos de 2.002, 2.003 e 2.010 respectivamente: Figura 70 - Fotos Vazadouro Central (2.002) 230 Figura 71 - Fotos Vazadouro Central (2.003) Figura 72 - Fotos Vazadouro Central (2.010) 231 8.5.6.3.2.3. Aterro Controlado de Resende Localizado na Estrada de Bulhões, Km 3,5 em Resende/RJ, tem a sua gestão e operação a cargo da AMAR (Agência de Meio Ambiente de Resende). Figura 73 - Placa do Aterro Controlado O Aterro Sanitário Controlado de Resende atende a varias cidades do seu entorno como: Itatiaia, Porto Real, Quatis e até mesmo do estado de Minas Gerais, atendendo o município de Bocaina de Minas e Itamonte. Em 2.005, representantes do município de Itatiaia participaram de uma série de reuniões, que tinham como objetivo principal a criação de um Consórcio Intermunicipal denominado naquele momento como “Consórcio das Agulhas Negras”, buscando o desenvolvimento de ações que possibilitassem uma disposição final adequada dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios de Resende, Itatiaia, Porto Real, Quatis e ainda dois municípios do Estado de Minas Gerais, sendo eles Bocaina de Minas e Itamonte. Em 2.007, como resultado deste processo de integração, considerando a urgência do município de Itatiaia buscar uma nova área para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, haja vista as condições totalmente inadequadas apresentadas pelo 232 “lixão municipal” a época, fora assinado em 02 de fevereiro de 2.007, com o município de Resende, um “Termo de Convênio”, onde o município ficava autorizado a partir daquela data a depositar os seus resíduos no Aterro Controlado de Bulhões, localizado na Estrada de Bulhões, km 3,5. Em contrapartida, o município de Itatiaia assumia o compromisso de disponibilizar um trator esteira para contribuir na operação do Aterro e ainda reembolsar o município de Resende o valor mensal de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Este convênio vigorou por 4 (quatro) anos vencendo em 02 de fevereiro de 2.011. A partir desta data e por consequência da renovação do referido Termo de Convênio, ficou estabelecida à atualização nos valores de reembolso, devendo o município de Itatiaia reembolsar a partir desta data o valor de R$ 56,87 (cinquenta e seis reais e oitenta e sete centavos) por tonelada de resíduos aterrados. Itatiaia tem um gasto mensal de aproximadamente 25 mil reais mensal, uma vez que no período de Janeiro a Julho de 2011, o município aterrou o total de 3.097,32 toneladas de resíduos, com uma média mensal de 442,47 toneladas, conforme fica demonstrado no gráfico abaixo. Segundo o pesquisador da Coppe/UFRJ Sergio Guerreiro, “No Brasil, as prefeituras pagam entre R$ 30 e R$ 40 por tonelada de lixo descartada. Já na Europa e nos EUA, esse valor passa de R$ 100” (Portal Energia Hoje, Reportagem: “O resto que vira megawatt”, 01 de março de 2011). 233 600,00 550,00 500,00 450,00 400,00 350,00 300,00 250,00 200,00 150,00 100,00 50,00 0,00 Janeiro Fevereiro março Abril Maio Junho Julho Figura 74 - Gráfico da Quantidade de Resíduos dispostos por Itatiaia no Aterro, no primeiro semestre de 2.011 Fonte: AMAR No aterro controlado são realizadas diariamente a compactação e cobertura dos resíduos depositados, evitando assim a proliferação de vetores e ainda possibilitando um melhor aspecto estético da área, conforme fica ilustrado nas figuras abaixo: 234 Figura 75 - Fotos do Aterro Controlado O aterro ainda conta com uma estrutura física que possibilita a pesagem e controle de acesso dos veículos que depositam ali os seus resíduos, conforme fica demonstrado nas fotos abaixo: 235 Figura 76 - Balança do Aterro Controlado Figura 77 - Acesso ao Aterro 236 Figura 78 - Acesso ao Aterro O chorume produzido na unidade não passa por procedimentos de tratamento, no entanto, verificam-se a presença de drenos que queimam o metano (CH4) gerado, transformando-o em monóxido de carbono (CO), minimizando assim os impactos desses gases de efeito estufa na atmosfera, conforme fica ilustrado nas fotos abaixo: Figura 79 - Queima do Gás Metano 237 Quanto à presença de catadores na área do aterro, esta ocorre de forma oficial por meio da “Associação de Garimpeiros do Aterro de Resende (Agar), que foi regularizada em 2.009 e conta com o apoio da Agência de Meio Ambiente de Resende (AMAR). A presença de catadores na área é ordeira e controlada, obedecendo às condições necessárias para operação equacionada do aterro, conforme fica demonstrado na foto abaixo: Figura 80 - Sede da Associação dos Catadores do Aterro 8.5.7 8.5.7.1 Resíduos da Construção Civil Geradores Pelas especificidades apresentadas pelo município de Itatiaia, onde devemos destacar o processo de expansão urbana e crescimento populacional, e ainda o incremento do parque industrial, comercial e de serviços, torna-se possível identificar 238 a presença de pequenos, médios e grandes geradores de resíduos da construção civil. Cabe destacar neste contexto, a presença da Prefeitura local, que em função da natureza dos serviços públicos e o funcionamento de diversos equipamentos públicos e ainda por meio das empresas contratadas para executarem as obras públicas, torna-se um grande gerador de resíduos da construção civil. A mensuração destes geradores torna-se inviável neste momento, haja vista que o município ainda não cumpriu o estabelecido na resolução CONAMA 307/02, que dentre os objetivos do “sistema de gestão dos resíduos da construção civil”, prevê a obrigatoriedade dos municípios elaborarem os seus respectivos planos municipais de gerenciamento destes resíduos. 8.5.7.2 Sistema de Coleta Quanto aos serviços de coleta dos resíduos da construção civil, o município ainda não possui nenhuma iniciativa destinada aos pequenos geradores, bem como nenhuma ação de controle sobre os médios e grandes geradores. As consequências da ausência destas políticas públicas são as piores para o meio ambiente e a promoção da saúde, haja vista, que frequentemente os munícipes fazem uso de terrenos baldios, logradouros e áreas sem vigilância para o lançamento indiscriminado destes resíduos. 239 Figura 81 - Disposição Irregular de Resíduos 8.5.7.3 Sistema de Tratamento Não foi identificada nenhuma ação efetiva de fomento ou propriamente dito de tratamento, seja na aplicação das metodologias de reaproveitamento ou até mesmo de reciclagem deste tipo de resíduos. 8.5.7.4 Sistema de Disposição Final Com relação à disposição final, considerando a distância média de 16 Km do centro de Itatiaia até o Aterro Controlado de Resende, o que dificulta do ponto de vista logístico a disposição de resíduos da construção civil, o município de Itatiaia, de uma forma precária vem buscando algumas possibilidades locais para minimizar os impactos ambientais na disposição destes resíduos. O grande problema que a própria comunidade e ainda também a própria Prefeitura, constantemente vem utilizando a área localizada na Avenida Roberto Silveira, 240 próximo a entrada de acesso a barragem de Funil, como local de disposição descontrolada destes resíduos, que em função da ausência de vigilância, acabam se misturando com outros resíduos que lá são depositados. 8.5.8 Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) A Resolução da ANVISA. RDC 306, de 7 de dezembro de 2.004, dispõe sobre o Regulamento técnico para o Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde RSS, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente, considerando os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e normativas para prevenir acidentes. O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos, dos recursos Materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo dos RSS. Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas, compreendendo 241 desde o manejo, a segregação, identificação, transporte interno e as condições de armazenamento temporário até que ocorra a coleta, específica destes. 8.5.8.1 Geradores de RSS Definem-se como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares. A seguir estão listados os principais geradores públicos e particulares de resíduos dos serviços de saúde: GERADORES PÚBLICOS • ALMOXARIFADO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Rua Antônio Gomes de Macedo, n.º 70 - Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-2205 • CAPS – CENTRO DE ASSISTÊNCIA PSICO – SOCIAL Rua Eurídice Vieira, n.º 89, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-3006 242 • CENTRO DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO Avenida dos Expedicionários, n° 194, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 335214-38 • CENTRO DE SAÚDE PENEDO Rua Sport Club, s/nº, Penedo CEP: 27.580-000 - Tel.: 3351-1960 • CEO - CENTRO DE ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS Rua João Paulo de Faria, n° 69, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-3331 • DISPENSÁRIO DE MEDICAMENTOS Rua Antônio Gomes de Macedo, n° 130, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-6699 • EPIDEMIOLOGIA Rua Isabel Vieira, n° 87, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-1466 • FISIOTERAPIA DE PENEDO Rua das Laranjeiras, n° 310 – Penedo CEP: 27.580-000 - Tel.: 3351-1944 • GINECOLOGIA E SAÚDE DA MULHER Rua Dona Apolinária, n.º 59, Centro CEP: 27.580-000 243 • HOSPITAL MUNICIPAL GERAL E MATERNIDADE DR. MANOEL MARTINS DE BARROS. Avenida 2, n.º 800, Jardim Itatiaia - CEP: 27.580-000 Tel.: 3352-68560/3352-6851/3352-1250 • POLICLINICA MUNICIPAL DE ITATIAIA Avenida dos Expedicionários, s/nº, Centro - CEP: 27.580-000 Tel.: 3352-1544 • POSTO DE SAÚDE CAMPO ALEGRE Rua Dr. Silveira, n. 141, Campo Alegre - CEP: 27.580-000 Tel.: 3352-6980 • POSTO DE SAÚDE MARECHAL JARDIM Rua dos Ilhéus, s/nº, Marechal Jardim - CEP: 27.580-000 Tel.: 3360-9059 • POSTO DE SAÚDE MAROMBA Praça Maromba, s/nº, Maromba - CEP: 27.580-000 Tel.: 3387-1276 • POSTO DE SAÚDE VILA ESPERANÇA Rua Juliana Campos Neves, s/nº, Vila Esperança CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-6575 • POSTO DE SAÚDE VILA FLÓRIDA - Tel.: 3357-3080 Rua das Margaridas, s/nº, Vila Flórida - CEP: 27.580-000 • PROGRAMAS ESPECIAIS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Avenida dos Expedicionários, s/n°, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-6934 244 • SAAC Rua Isabel Vieira, n° 87, Centro CEP:27.580-000 - Tel.: 3352-4085 • SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Avenida dos Expedicionários, n° 413, Centro -– CEP: 27.580-000 Tel.: 3352-1587/33523013/3352-2239/3352-1663-3352-6924 • TFD – TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO Rua Isabel Vieira, n° 87, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-3177/3352-1486 • VIGILÂNCIA SANITÁRIA Rua Dona Apolinária, n° 366, Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-6744 • VIGILÂNCIA SANITÁRIA – SETOR DE ZOONOSES Avenida dos Expedicionários, n° 425 – Centro CEP: 27.580-000 - Tel.: 3352-4243 GERADORES PARTICULARES • ANELISE RIBEIRO SAMPAIO E SILVA (CLÍNICA VETERINÁRIA) Rua Prefeito Assumpção, nº 65 - Centro • CLÍNICA ITATIAIA LTDA Rua Prefeito Assumpção, nº 457 - Centro • CLÍNICA SÃO JOSÉ DE ITATIAIA S/C LTDA Rua dos Expedicionários, n.º 301 - Centro 245 • DANIELLEN FARIAS NEVES DA SILVA (CLÍNICA VETERINÁRIA) Rua Simão da Cunha Gago, 107 - Campo Alegre • FUNDAÇÃO DESENVOLVIMENTO E APOIO A CRIANÇAS ESPECIAIS Rua Feliciana Bernardes, n.87 - Vila Niterói • JOÃO PAULO GARÇÃO RAMAGEM (CLÍNICA VETERINÁRIA) Rua das Laranjeiras, n.º 273 - Penedo • MURILO ROCHA BOGHOSSIAN (CLÍNICA VETERINÁRIA) Rua Arnaldo Marzotto - Penedo •POLICLÍNICA DE ITATIAIA LTDA Rua Dona Apolinária, n. 62 - Centro • SERVIÇO DE SAÚDE MENTAL Rua Eurídice Vieira – Centro 8.5.8.2 Coleta do RSS A coleta dos resíduos dos serviços de saúde de unidades públicas e particulares é terceirizada, sendo a empresa Locanty responsável pela operação do sistema, sem custo cobrado aos geradores particulares. Este serviço é realizado com frequência e horário conforme consta na tabela abaixo: 246 Tabela 46 - Frequência de Coleta dos RSS Região Equipamento Frequência/Horário Centro Fiat Fiorino 2ª, 4ª e 6ª feira - Diurna Penedo Fiat Fiorino 2ª, 4ª e 6ª feira - Diurna Maringá/Maromba Fiat Fiorino 4ª Feira - Diurna Bairros do Núcleo Central Fiat Fiorino 2ª, 4ª e 6ª feira - Diurna Fonte: Locanty Figura 82 - Transporte dos Resíduos de Saúde Quanto ao planejamento de coleta, não foi observado à existência de um plano contemplando as rotas e os respectivos horários. 247 8.5.8.3 Sistemas de Tratamento do RSS A Resolução da ANVISA. RDC 306/04 estabelece uma definição para o tratamento dos resíduos dos serviços de saúde, transcrita a seguir: O tratamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando os riscos de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1.997 e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. O processo de autoclavação aplicado em laboratórios para redução de carga microbiana de culturas e estoques de microrganismos está dispensado de licenciamento ambiental, ficando sob a responsabilidade dos serviços que as possuírem, a garantia da eficácia dos equipamentos mediante controles químicos e biológicos periódicos devidamente registrados. Os sistemas de tratamento térmico por incineração devem obedecer ao estabelecido na Resolução CONAMA nº. 316/2.002. Todos os princípios estabelecidos na Resolução 306 da ANVISA deverão ser pressupostos para a definição dos serviços de coleta e tratamento dos resíduos dos serviços de saúde executados. 248 A seguir está apresentada uma figura sobre a gestão dos resíduos de serviço de saúde no município. Figura 83 - Gestão RSS Analisando as informações apostas, pode-se verificar que não era realizado nenhum tipo de tratamento destes resíduos anterior a disposição no Aterro Controlado de Resende. Se não tiver uma destinação adequada, o lixo hospitalar representa um grande perigo à saúde, uma vez que pode estar contaminado com microrganismos causadores de doenças. Agulhas e seringas descartáveis podem transmitir Hepatite, AIDS e outras doenças transmissíveis caso alguém se machuque com o material. Lençóis, batas, toalhas, sujas e às vezes até com manchas de sangue, quando reutilizados ou transformados em materiais que entrem em contato com o ser humano, como roupas, podem transmitir doenças e bactérias para o consumidor final e principalmente para quem manipula esse material na confecção de novas peças. 249 Recentemente, em matéria publicada no http://diariodovale.uol.com.br/noticias em 4/8/2.011, foi noticiado que a Prefeitura Municipal de Resende, por meio da Amar (Agência do Meio Ambiente de Resende), iniciou a realização de mais um serviço na área de preservação ambiental: a incineração de todo o resíduo proveniente de hospitais, clínicas, consultórios odontológicos e farmácias. A iniciativa colocada em prática foi apresentada no Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Serviços da Saúde. Todos os resíduos gerados por hospitais, clínicas, consultórios odontológicos e farmácia nos municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, formado por Quatis, Porto Real, Resende, Itatiaia, Bocaina de Minas e Itamonte, as duas últimas localizadas no Estado de Minas Gerais são coletados pelas empresas responsáveis e depositados no contêiner instalado no Aterro Controlado de Resende. Foi instalado um contêiner, refrigerado e com capacidade para armazenar até 15 toneladas de lixo, no Aterro Controlado Regional de Bulhões. Sempre que o contêiner atingir sua capacidade máxima, a empresa faz a remoção do recipiente até a incineração em Araruama - RJ. Segundo informações noticiadas este processo iniciou em setembro de 2.011. 8.5.8.4 Sistema de Disposição Final Antes do início do processo relatado anteriormente, a disposição dos resíduos de saúde era realizada de forma irregular, utilizando-se de células abertas próximo ao talude principal de resíduos domiciliares, sem nenhum tratamento prévio que visasse a impermeabilização do solo a fim de evitar a contaminação do mesmo, conforme demonstrado nas fotos abaixo: 250 Figura 84 - Disposição RSS Conforme relatado anteriormente, em setembro de 2.011 foi instalado um contêiner para armazenar os resíduos dos serviços de saúde gerados nos municípios integrantes do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, entre eles o município de Itatiaia. Quando o contêiner atinge a capacidade de resíduos depositados, a empresa contratada para a destinação correta deste material, a Data Logus, faz o recolhimento e leva todo o material à Região dos Lagos, onde acontece o processo de incineração. A incineração é um processo de decomposição térmica, onde há redução de peso, não eliminação da matéria orgânica e características de patogenicidade (capacidade de transmissão de doenças) através da combustão controlada. Para os resíduos de saúde, uma das alternativas consideradas adequadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é a incineração. 251 A incineração do lixo hospitalar não é obrigatória como meio de tratamento, porém é considerada a melhor alternativa de tratamento, pelos seguintes fatores: • reduz drasticamente o volume de resíduo, sobrando uma pequena quantidade de cinzas; • é um processo simples apesar de crítico quanto ao cumprimento dos procedimentos operacionais; • como desvantagem, existe a emissão de compostos tóxicos como as dioxinas e furanos, caso a usina não seja projetada e operada adequadamente. Cabe ressaltar que o seu caráter de resíduo perigoso exige o correto rigor operacional. Além disso, seu conteúdo energético é muito maior que o do resíduo urbano, tornado atrativa a recuperação de energia. O lixo hospitalar varia sempre de composição, principalmente, por ser constituído de sobras e ter procedência variada. O sucesso da incineração pode ser fortemente afetado pela variabilidade do resíduo e sua embalagem. Uma vez definida no projeto do incinerador a composição dos resíduos a serem incinerados, é exigido pelo órgão de controle de meio ambiente um plano mínimo de monitoramento, que se torna mais complexo e caro à medida que se deseje incinerar substâncias mais perigosas em maior quantidade e variedade. Por isso, ao se planejar o teste de queima é importante estabelecer o equilíbrio entre versatilidade na aceitação de diferentes resíduos e o rigor na triagem durante sua recepção (tipo e frequência de análises e critérios de aceitação). No lixo hospitalar pode-se encontrar substâncias perigosas como acetona, metanol, xileno e, até mesmo, metais tóxicos provenientes de baterias retiradas de equipamentos eletrônicos. Alguns metais pesados são extremamente tóxicos para o ser humano e exigem tratamento especial. 252 A admissão de resíduos com composição muito diferente da esperada pode causar problemas de gravidade variável, tais como: • contaminação da corrente gasosa, líquida e/ ou das cinzas. Ex.: metais pesados; • danos ao revestimento refratário e grelhas. Ex.: excesso de substâncias com PCI elevado (polietileno), excesso de flúor, vidros; • explosões. Ex.: explosivos e substâncias instáveis ou muito reativas; • desgaste do revestimento refratário. Ex.: alto teor de Sódio (sal de cozinha); • corrosão. Ex.: altos teores de Enxofre e/ou Cloro (sulfato, sal de cozinha, PVC); • combustão incompleta. Ex.: sólidos em pedaços grandes (tocos de madeira, vidros, gesso ortopédico); • consumo excessivo de combustível. Ex.: resíduo muito úmido (o lixo urbano, geralmente, tem mais de 40% de água); • geração de monóxido de Carbono (CO) e material particulado (m.p.) em excesso. Ex.: PCI alto e variável, como na alternância de plásticos e material anatômico (órgãos e tecidos de cirurgias) do lixo hospitalar. 8.5.9 Política Estadual para Resíduos Sólidos 8.5.9.1 Objetivos • Proteger o Meio Ambiente; • Proteger a Saúde Ambiental da sociedade; • Estabelecer padrões e procedimentos; • Auxiliar municípios na adoção de soluções; • Erradicar os lixões; • Incentivar a Cadeia Produtiva da Reciclagem; • Buscar soluções tecnológicas eficientes ambiental e economicamente viáveis para a gestão de resíduos. 253 8.5.9.2 Instrumentos da Política Estadual • Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos -PEGIRS • Programa Pacto pelo Saneamento: subprograma Lixão Zero de erradicação dos lixões, remediação e construção de aterros sanitários consorciados • Programa Recicla Rio: Incentivos a cadeia produtiva da Reciclagem: 8.5.9.3 Propostas de Regionalização do PEGIRS O PERS (Plano Estadual de Resíduos Sólidos), antigamente chamado de PEGIRS (Plano Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), teve início em 2.009, com a realização de um diagnóstico da situação da gestão dos resíduos sólidos em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o processo encontrase na fase de contratação de consultoria para sua conclusão, com intuito de término no final de 2.012. De acordo a regionalização proposta pelo governo estadual o município de Itatiaia integra o Consórcio Sul Fluminense II, que se encontra em fase de formalização. A situação atual do Consórcio está caracterizada na figura a seguir apresentada: 254 Figura 85 - Situação dos Consórcios Até o momento há duas alternativas para destino final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios deste consórcio, informadas a seguir: • Aterro sanitário de Resende (projeto pronto - desenvolvido pela SEA); • Aterro sanitário de Barra Mansa (privado, c/ LO para receber de outros municípios) associado à construção de uma estação de transferência em Resende. A figura a seguir demonstra o quadro arrolado no diagnóstico realizado pela UERJ e INEA sobre os resíduos sólidos gerados em municípios do Estado do Rio de Janeiro. O diagnóstico em questão relacionou os municípios conforme os Consórcios estabelecidos para a gestão dos resíduos. 255 Figura 86 - Estimativa de Geração de Resíduos A figura em questão estima uma geração de aproximadamente 15 toneladas por dia de resíduos sólidos gerados no município de Itatiaia. Esta estimativa está condizente com informações relatadas anteriormente neste capitulo, onde foi citado que no no período de Janeiro a Julho de 2.011, o município aterrou o total de 3.097,32 toneladas de resíduos, que corresponde a uma média mensal de 442,47 toneladas. A figura ainda apresenta informações sobre os resíduos do serviço de saúde (RSS), resíduos de demolição olição e construção (RDC) e recicláveis secos. 8.5.10 As Conclusão condições operacionais (manejo, gestão, planejamento) e estruturais (equipamentos e disposição) observadas no município de Itatiaia relacionados à limpeza, manejo e disposição dos resíduos sólidos, também ocorrem em muitos outros municípios do Estado do Rio de Janeiro, tais como falta de equipamentos 256 adequados, inexistência de fonte própria e suficiente de recursos para sustentar o processo de gestão e gerenciamento, não realização de tratamento e transporte adequado dos resíduos gerados, inexistência de um sistema de coleta seletiva com separação dos resíduos recicláveis e dificuldades de comunicação entre prestadores dos serviços e usuários. Outro problema recorrente é a deficiência de pessoal técnico qualificado. A solução dos problemas relacionados à limpeza urbana e coleta de resíduos exige esforços conjuntos dos cidadãos e da municipalidade, cabendo à Prefeitura, a maior parcela, já que dispõe de meios para educar a população, difundir e intensificar práticas sanitárias e impor ao público obrigações que facilitem o trabalho oficial e ajudem a manter limpa a cidade. Em relação à coleta dos resíduos sólidos, apesar de considerada satisfatória a execução desta atividade, ainda é possível a identificação de pontos de lançamentos de resíduos em áreas marginais a rios e/ou córregos, em terrenos baldios e áreas de encosta. Tais fatos são possíveis devido à ausência de ações educativas do ponto de vista sanitário e falta de fiscalização, pois não são praticadas ações de comando e controle junto aos munícipes. A disponibilização dos horários de coleta e melhorias no sistema de fiscalização são ações que evitariam a disposição inadequada de resíduos sólidos feita pelos moradores em locais inapropriados como terrenos baldios e também evitariam a disposição de resíduos nas calçadas por um longo período. Destaca-se ainda, que um dos principais problemas observados, é a destinação final inadequada dos resíduos gerados. A realização de melhorias no Aterro Controlado de Resende de forma a transformá-lo em um aterro sanitário seria extremamente benéfica, sendo uma das principais sugestões de metas a serem cumpridas. 257 Todavia, observou-se que foram realizadas melhorias relacionadas à destinação final dos resíduos sólidos, com o início da formalização do Consórcio Sul Fluminense II, constituído pelos seguintes municípios: Quatis, Porto Real, Resende e Itatiaia. Uma intervenção de extrema importância foi o inicio do processo de incineração de todo o resíduo de saúde proveniente de hospitais, clínicas, consultórios odontológicos e farmácias gerados nos municípios supracitados. A iniciativa colocada em prática foi apresentada no Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Serviços da Saúde. Mas ainda são necessárias outras intervenções para garantir uma prestação adequada dos serviços de limpeza, manejo, transporte e destinação final dos resíduos sólidos gerados no município, que serão detalhadas no Plano de Metas Proposto. 258 9. RELAÇÃO DE PROGRAMAS, PROJETOS e ESTUDOS Com relação aos serviços de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Drenagem Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos, existem atualmente no âmbito Estadual e Municipal os seguintes programas, estudos e projetos que visam ampliações e melhorias nesses serviços. 9.1 PROGRAMAS 9.1.1 Programa Pacto Pelo Saneamento Concebido em 2007 pela Secretaria de Estado do Ambiente, o Pacto pelo Saneamento tem como a proposta principal a melhoria das condições ambientais e a diminuição dos índices de doenças de veiculação hídrica no Estado. A baixa abrangência dos serviços de coleta e tratamento de esgoto é a principal causa da degradação dos recursos hídricos do Estado e pela forte incidência de doenças de veiculação hídrica entre a população de baixa renda. A meta estabelecida pelo PACTO PELO SANEAMENTO é o alcance de 80% para coleta e tratamento de esgotos em 10 anos e a universalização num horizonte de 20 anos. O programa também visa à erradicação dos lixões e à implantação de aterros sanitários. O Pacto pelo Saneamento envolve as secretarias de Estado do Ambiente, de Agricultura e Pecuária e de Obras, a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), sendo dividido em dois subprogramas: Rio + Limpo e Lixão Zero. O Rio + Limpo visa universalizar os sistemas de coleta e de tratamento de esgoto, e recebeu R$ 462 milhões em investimentos, o que permitiu ampliar de 24%, em 2006, 259 para 30%, em 2010, o percentual de esgoto tratado. Os recursos são do Fecam, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O Rio + Limpo inclui ainda o projeto Rio Rural que se destina a levar saneamento a 45 localidades da zona rural. O Lixão Zero destina-se à erradicação dos lixões e à implantação de aterros sanitários. Ao todo, estima-se ser necessário um investimento de aproximadamente R$ 400 milhões para a remediação dos lixões e construção de aterros sanitários, considerando que há projetos em fase de elaboração, licitação, construção e ainda existem unidades já instaladas e em funcionamento, onde são previstas melhorias. Figura 87 - Pacto Pelo Saneamento 260 9.1.2 Programa Recicla Rio O programa Recicla-Rio, coordenado pela SUPS/SEA, é um instrumento da política de resíduos e está inserido dentro do PERS (Plano Estadual de Resíduos Sólidos). Em fase de estruturação, tem como objetivo principal a valorização dos resíduos sólidos e a promoção da parceria entre os agentes públicos, privados e comunitários visando fortalecer as iniciativas e a cadeia produtiva da reciclagem no território do Estado do Rio de Janeiro. O foco estratégico do programa é a implementação de sistemas de logística reversa para diversos fluxos de resíduos, conforme orientações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10). Segundo essa lei, consumidores, distribuidores, fabricantes e importadores têm responsabilidades específicas sobre os resíduos e suas embalagens. A meta é a redução da geração de resíduos, criando alternativas para o reaproveitamento dos mesmos no sistema produtivo e ao mesmo tempo gerando melhores condições de trabalho aos catadores dentro da cadeia da reciclagem. 9.1.3 Programa Coleta Seletiva Solidária (CSS) O Programa Coleta Seletiva Solidária (CSS) é uma realização da SEA e do INEA, em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), cujos objetivos são: a implantação da Coleta Seletiva Solidária, a melhoria da gestão dos resíduos sólidos urbanos nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, o fortalecimento da cadeia produtiva da reciclagem e a valorização e inclusão social dos Catadores de Materiais Recicláveis. 9.1.4 Sistema de recolhimento de pneus inservíveis no Estado Há no estado um sistema de Logística Reversa de pneus inservíveis, em atendimento a resolução CONAMA n.º 416/09. Conta com 34 pontos de coleta em 29 municípios, onde foram recolhidas 10.224 toneladas de pneus de janeiro a julho 261 de 2.011. Esse sistema está ancorado no programa da Reciclanip, que foi criada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, e que hoje conta também com a Continental. Os pneus inservíveis são coletados desde 1.999 e destinados pela Reciclanip para as empresas de trituração e posteriormente seguem para os fornos das cimenteiras para queima (coprocessamento). 9.1.5 Lâmpadas fluorescentes inservíveis As lâmpadas fluorescentes estão contempladas na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) como parte dos resíduos que são obrigados a ter um sistema de logística reversa. No momento, as discussões estão no âmbito do GTT (grupo de trabalho técnico) em Brasília. Este GTT irá instituir em breve o acordo setorial, o qual, por fim, dará as diretrizes para implementação da logística reversa dos eletroeletrônicos. O Estado do Rio de Janeiro está aguardando o fechamento do acordo setorial em Brasília para instituir um sistema de logística reversa adequado. No momento o que existe são ações pontuais de fabricantes que coletam as lâmpadas fluorescentes, dando a destinação final. 9.1.6 Medicamentos A ANVISA vem discutindo o tema “Descarte de Medicamentos” desde 2.009 e tem se envolvido nas discussões da PNRS, participando da criação do Grupo de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos, coordenado pelo Ministério da Saúde. Este grupo foi criado em 16 de março de 2.011 com o objetivo de analisar, estudar e apresentar propostas sobre o descarte de medicamentos, incluindo: • Realizar estudos de viabilidade técnica, econômica e avaliação dos impactos sociais para a implantação da logística reversa de medicamentos; • Propor modelagem da logística reversa de medicamentos; • Propor um acordo setorial visando um contrato entre os entes da cadeia de medicamentos de modo a pautar a responsabilidade compartilhada. 262 O grupo tem caráter temporário e prazo de seis meses para conclusão, podendo ser prorrogado por igual período. A logística reversa para o descarte de medicamentos vem sendo discutida e articulada com os diversos entes da cadeia de medicamentos, entre eles: • Conselhos profissionais da saúde (medicina, farmácia, enfermagem, odontologia, medicina veterinária); setor de transportes; • Setor de publicidade; rede hospitalar; associações da indústria farmacêutica, da indústria farmoquímica e das farmácias e drogarias; • Representação das vigilâncias sanitárias municipais e estaduais, Objetivo: conformação de um acordo setorial voltado para a implantação da logística reversa para os resíduos de medicamentos e outras medidas de não geração e de redução. 9.1.7 Programa Jogue Limpo É o sistema de logística reversa de embalagens plásticas de lubrificantes pósconsumo, estruturado e disponibilizado pelos fabricantes, importadores e distribuidores de lubrificantes. As embalagens devolvidas pelos consumidores aos canais de revenda assim como aquelas por estes geradas são entregues pelos comerciantes diretamente às Centrais ou aos Caminhões de Recebimento dotados da mais moderna tecnologia embarcada que também os direcionam para esses centros de recebimento. Nesses centros as embalagens plásticas recebem um tratamento inicial possibilitando seu encaminhamento para as empresas recicladoras licenciadas. 9.1.8 Óleos Lubrificantes A Resolução CONAMA nº 362/05 determina ao setor produtivo a responsabilidade pelo recolhimento de todo o óleo lubrificante usado ou contaminado, o que for coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de rerrefino. O 263 produtor, o importador e o revendedor de óleo lubrificante acabado, bem como o gerador de óleo lubrificante usado, são responsáveis pelo recolhimento do óleo lubrificante usado ou contaminado, nos limites das atribuições previstas nesta resolução. 9.1.9 Programa de recolhimento de óleo vegetal usado (PROVE) O Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais do Estado do Rio de Janeiro (Prove) foi criado em 2.008 pela SEA com o objetivo de estimular a coleta de óleo de cozinha usado e a sua reutilização na produção de sabão e de fontes alternativas de energia, como o biodiesel. Em 2.010, o Prove ultrapassou as fronteiras da Região Metropolitana, chegando à Região Central e à do Sul Fluminense. Foram realizadas reuniões regionais para estimular as cooperativas e o comércio local a adotar a campanha de reutilização do óleo vegetal. No primeiro semestre de 2011, o Prove estava chegando ao Norte e ao Noroeste fluminenses. O programa é desenvolvido em parceria com o INEA. 9.2 PROJETOS Bairro Village I População prevista de 900 pessoas; Unidades previstas: Abastecimento de Água: - 2 Reservatórios de 90m³ - Rede principal = 3.370 metros (75mm) - Rede secundária = 1.925 metros (3/4”) Bairro Village II População prevista de 600 pessoas; 264 Unidades previstas: Abastecimento de Água: - 2 Reservatórios de 60m³ - Rede principal = 4.346 metros (75mm) Bairro Village I e II Esgotamento Sanitário: - 3.849 metros de rede coletora DN 100mm - 7.718 metros de rede coletora DN 200mm Drenagem: - Manilha de 300 mm = 720 metros - Manilha de 600 mm = 4.790 metros - Manilha de 800 mm = 300 metros - Poços de Visita = 120 unidades - Boca de Lobo = 320 unidades Bairro Martineli Unidades previstas: Abastecimento de Água: - Reservatório - Rede principal = 20.000 metros (75mm) - Rede secundária = 3.000 metros (3/4”) Esgotamento Sanitário: - 10.000 metros de rede coletora DN 200mm - 2.000 metros de rede coletora DN 100mm Drenagem: - Manilha de 500 mm = 1.000 metros - Manilha de 600 mm = 10.000 metros - Manilha de 800 mm = 3.000 metros - Poços de Visita = 200 unidades - Boca de Lobo = 400 unidades 265 A Figura abaixo mostra a localização dos bairros a serem contemplados com obras de infraestrutura sanitária. 266 Figura 88 - Projetos de Melhorias sanitárias para os Bairros Village e Jardim Martinelli 267 9.3 ESTUDOS Segundo o site da Agência Nacional das Águas (ANA), o município de Itatiaia deverá ter uma ampliação do sistema de abastecimento de água, pois terá uma demanda em 2.015 de 91 L/s para área correspondente ao Núcleo Central. A ANA especifica que serão necessários investimentos até 2.025 da ordem de R$ 4.486 milhões para adequação dos sistemas de infraestrutura sanitária. No estudo de projeção para evolução de demandas de água realizado pela SERENCO, tem-se que para o ano de 2.015 haverá uma demanda de 92,24 L/s para o abastecimento do Núcleo Central de Itatiaia, sendo este valor próximo do previsto pela ANA. Na sequencia será apresentado o layout do sistema proposto pela ANA. 268 Figura 89 - Layout Proposto pela ANA para o SAA 269 10. OBTENÇÃO DO ICMS ECOLÓGICO Para compreensão da forma obtenção de ICMS Ecológico, segue breve descrição das variáveis utilizadas na construção dos sub-índices temáticos: Mananciais de Abastecimento (10%): é considerada a área de drenagem do município em relação à área de drenagem total da bacia com captação para abastecimento público de municípios localizados fora da bacia. Tratamento de Esgoto (20%): são considerados o percentual da população urbana atendida pelo sistema de tratamento de esgoto e o nível de tratamento – primário (peso: 1), secundário, emissário submarino e estação de tratamento de rio (peso: 2), e terciário (peso: 4). Destinação do lixo (20%): é avaliado o local onde o lixo é depositado. Vazadouro/ lixão não recebe nada (peso: 0). Aterros controlados somente se houver tratamento do percolado (peso: 1), se também for feita captação e queima dos gases recebe peso: 1,5. Os aterros sanitários licenciados são os grandes beneficiados. Iniciam a contagem com peso: 3 e adicionam 1 ponto para cada um dos seguintes itens: vida útil do aterro superior a 5 anos, tratamento avançado de percolado, captação e queima de gases, e geração de energia. Caso se trate de consórcio intermunicipal, o município-sede acrescenta mais 1 ponto na sua avaliação. Também são beneficiados municípios que realizam prévia reciclagem de, pelo menos, 20% do total de resíduos sólidos urbanos gerados em seu território, com a adição de 1 ponto na sua avaliação. Remediação de vazadouros/lixão (5%): municípios que possuam vazadouros remediados recebem peso 2, se fizer captação e queima de gases recebe peso 3. Municípios que estão tomando medidas concretas para a completa remediação de seus vazadouros recebem peso 1. Unidades de Conservação (45%): é considerada a parcela da área municipal ocupada por Unidades de Conservação (conforme Lei Federal nº 9.985 – Lei do SNUC), a categoria de manejo da UC, um fator de conservação e um fator 270 de implementação. As UCs municipais são as maiores beneficiadas, uma vez que 9% dos recursos são destinados exclusivamente a elas. Segundo dados da distribuição do ICMS Ecológico em 2.010, o município de Itatiaia recebeu R$ 1.531.317,07, sendo deste valor, 93% referente às Unidades de Conservação e 7% referente ao destino final do lixo, ficando em vigésimo lugar no Ranking Estadual do ICMS Ecológico. Já em 2.011, o município de Itatiaia recebeu R$ 3.170.134, sendo deste valor, 95% referente às Unidades de Conservação e 5% referente ao destino final do lixo, ficando em sétimo lugar no Ranking Estadual do ICMS Ecológico. Para 2.012, a estimativa é que o município de Itatiaia receba R$ 4.737.994, sendo deste valor, 96% referente às Unidades de Conservação e 4% referente ao destino final do lixo, ficando em nono lugar no Ranking Estadual do ICMS Ecológico. É importante ressaltar que o município não recebe nenhum percentual referente aos Mananciais de Abastecimento, ao Tratamento de Esgoto e à Remediação de Lixões, que somam juntos 35% da fórmula para obtenção do valor do ICMS. 271 11. METAS GERAIS, QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS 11.1 SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Atualmente o Serviço de Abastecimento de Água é vinculado a Secretaria Municipal de Obras, conforme Decreto Municipal n.º 1.599, em anexo, no entanto, existe uma forte tendência de que estes sejam assumidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que precisará ser estruturada para tanto, em termos de espaço, pessoal e equipamentos. 11.1.1 Metas Gerais Seguem as metas gerais para o Serviço de Abastecimento de Água: I. Eliminar, ao longo do tempo, os sistemas isolados através da integração destes ao sistema centralizado; II. Promover a expansão da rede de abastecimento de água em consonância com o programa universalização dos serviços; III. Prever, quando tecnicamente adequado, projetos dos loteamentos novos, calçadas públicas com dimensões adequadas para o recebimento da infraestrutura subterrânea de água; IV. Ampliação da reservação; V. Implantação do Sistema de Regulação e Fiscalização dos Serviços, onde, por exemplo, AGENERSA ou SMMA, poderão exercer esta atividade. VI. Implantação de call Center; VII. Informatização do atendimento; VIII. Tratamento e disposição final adequada para os resíduos oriundos do processo de tratamento de água IX. Redução do número mensal de vazamentos de água (ligações/cavaletes); X. Automação das elevatórias; e XI. Implantação de dispositivo de abrigo para o hidrômetro. 272 11.1.1.1 Informações na Conta Mensal do Consumidor Atendendo a Decreto Federal 5.440 de 2005, a conta mensal de serviços de água a serem pagos pelo consumidor deve conter informações referentes à qualidade da água, sobre os seguintes parâmetros: Turbidez, Cor, Flúor, Cloro, Coliformes, Acidez. TURBIDEZ: representa a presença de partículas na água. COR: mede a coloração da água, causada por substâncias dissolvidas. FLÚOR: adicionado à água para prevenir cáries dentárias. CLORO: agente desinfetante adicionado para garantir a ausência de bactérias na água. COLIFORMES: indicador da presença de bactérias que não são necessariamente nocivas, mas, quando muito frequentes, indicam a possibilidade de presença de bactérias prejudiciais à saúde. ACIDEZ: medida do pH da água. Além desses parâmetros, na conta mensal deverá conter também, informações de números de telefones úteis, Balcão de atendimento e outros, para orientações e reclamações dos Munícipes. O presente planejamento objetiva a definição e o estabelecimento de metas quantitativas e qualitativas a serem atendidas pelo prestador dos serviços no âmbito municipal. 11.1.1.2 Qualidade do Atendimento ao Usuário a) definição A qualidade do atendimento define-se pelo respeito aos prazos estabelecidos em que devem ser resolvidas as solicitações ou reclamações dos usuários. Estes prazos contam sempre a partir do registro da solicitação, sendo que o prestador não deve ultrapassar um limite admissível de não atendimento. 273 b) monitoramento (regulação) O monitoramento será realizado através da verificação dos registros das solicitações ou reclamações e contabilizando os atendimentos não conformes, ou seja, os que não foram atendidos dentro dos prazos estabelecidos. Nestes temos, se fixa como regra geral que o limite de respostas não atendidas dentro do prazo não deve ser superior a 10% (dez por cento) do total de pedidos registrados. c) Metas estabelecidas a partir do ano de 2.016. Definem-se pelos prazos das seguintes solicitações: Ligação ou modificação de ramal de água: máximo de dez dias corridos ou oito dias úteis em logradouro dotado de rede; Ligação de água em logradouro sem rede: deverá ser comunicado ao Agente Regulador, que estipulará o prazo e condições; Correção de leitura: máximo de 72h (setenta e duas horas); Aferição e troca de hidrômetro: máximo de 96h (noventa e seis horas); Mudança de valor da conta e de dados cadastrais: máximo de 72h (setenta e duas horas); Correção de vazamentos de água em ramais e redes menor que 100 mm: máximo de 48h (quarenta e oito horas); e Correção de vazamentos de água em redes igual ou acima de 150 mm e adutoras: máximo de 24h (vinte e quatro horas). 11.1.2 Metas Qualitativas As metas qualitativas definem-se por parâmetros a serem respeitados, e que terão uma margem (percentual) de conformidade e atendimento, como se vê a seguir. 274 11.1.2.1 Qualidade dos Produtos a) definição A qualidade dos produtos se define pelos parâmetros legais de potabilidade da água a ser distribuída. b) monitoramento No caso da água, as frequências e procedimentos de controle de qualidade regemse pela portaria 2.914 do Ministério da Saúde, de 12/12/2.011. c) metas propostas As metas de qualidade dos produtos não serão aqui descritas visto tratar-se de um conjunto conhecido de normas e padrões. De qualquer forma, registra-se que: A potabilidade da água deve atender a portaria 2.914 do Ministério da Saúde, com média anual de análises conformes superior a 95%. 11.1.2.2 Continuidade e Regularidade a) definição A continuidade é definida como a não interrupção do fornecimento de água a partir dos ramais domiciliares. Já a regularidade refere-se ao fornecimento de água nas condições adequadas de pressão e quantidade. Nos termos do marco de regulamentação dos serviços, permite-se a interrupção no fornecimento nos casos previstos na Lei Federal 11.445/07 (artigo 40), que disciplina as situações de emergência, de manutenções e interrupções programadas e do inadimplemento do usuário. 275 b) monitoramento A continuidade no fornecimento de água será avaliada pelo número de reclamações de falta de água imprevistas por 1.000 (mil) ligações e excetuado as paradas programadas. A regularidade, no item relativo às condições adequadas de pressão, também será avaliada pelo número de reclamações de insuficiência de água registrado, excetuado as intervenções programadas. Já a regularidade no tocante à quantidade ofertada será avaliada pelo volume disponibilizado (macro medido) a partir da unidade de tratamento, comparado pelo volume micro medido nos hidrômetros e mais as perdas admissíveis. c) metas estabelecidas a partir do ano de 2016 O não fornecimento de água imprevisto deverá ser inferior a 5,0 reclamações /mês por 1.000 (mil) ligações. O limite de reclamações não devem ser superiores a 10% (dez por cento) do total de economias de água ligadas. A quantidade mínima da vazão disponibilizada ao usuário deverá ser de 200 (duzentos) litros por habitante dia 11.1.2.3 Implantação de Centro de Controle Operacional (CCO) O Serviço de Abastecimento de Água deve ser dotado de Centro de Controle Operacional, com atividades de supervisão em tempo real das pressões das principais adutoras, níveis de reservatórios, controle automatizado das principais elevatórias e pontos notáveis do sistema de distribuição. Paralelamente deverão ser monitorados e informados a qualidade de água tratada, com parâmetros de cor, turbidez, pH, cloro residual e teor de flúor. 276 11.1.3 Metas Quantitativas A meta quantitativa diz respeito à cobertura pretendida e se traduz por números precisos a serem conseguidos, conforme os apresentados a seguir. 11.1.3.1 Hidrometração a) definição Esta meta se define pelo número de ligações de água que devem ter o medidor de consumo (hidrômetro) instalado. A instalação do medidor não será cobrada dos usuários. No período (mês) em que iniciar a hidrometração, a tarifa será cobrada ainda por valor fixo mensal. Para permitir, contudo que os atuais usuários não hidrometrados adéquem seu hábito de consumo, nos dois meses subsequentes à instalação do hidrômetro haverá um desconto no valor da conta até o ajuste do consumo DURANTE O MÁXIMO DE DOIS MESES. b) monitoramento (regulação) O indicador de hidrometração é dado por um percentual, definido pela relação numérica entre o número de ligações com hidrômetros sobre o total de ligações existentes no dado momento de avaliação. c) metas propostas A meta será de 100% de ligações hidrometradas até o ano 2 (dois) do estudo (2014), sendo aceitável a meta mínima de 98%. 277 11.1.3.2 Controle de Perdas no Sistema a) definição Consiste no diferencial entre os volumes captados e os consumidos pelos usuários. O valor da perda se traduz em percentual entre o diferencial de volume (captado menos consumido) sobre o volume captado. b) conceito Em sistemas de abastecimento de água, as perdas são agrupadas em físicas (água não consumida) e não físicas (água consumida, porém não medida nem faturada). Considera-se como perda física toda a água que é subtraída do sistema e que não chega ao cliente final. Esse tipo de perda ocorre por vazamentos em tubulações, equipamentos e estruturas do sistema, por extravasamento em reservatórios e elevatórias, e por vazamentos em adutoras, redes e ligações. A perda não física corresponde aos volumes de água autorizados e não medidos, ou seja, a água que é consumida pelo cliente e não faturada pela empresa, água utilizada nos processos operacionais (descarga de rede) e emergenciais (combate a incêndios) e água destinada a usos sociais (fornecida gratuitamente a consumidores de baixa renda). As perdas não físicas englobam ainda os volumes decorrentes de imprecisão de micromedição, falhas na gestão comercial (erros de cadastro), furtos de água e fraudes (que também correspondem a volumes de água consumido, porém não medidos). 278 c) monitoramento O volume captado será o registro acumulado em um ano no macro medidor instalado a jusante das unidades de captação, ou na saída (inicio) das adutoras de água bruta. O volume consumido será a soma no mesmo período dos volumes micro medidos (incluindo os atribuídos no caso de ligações eventualmente não lidas). d) metas Atualmente o sistema de abastecimento de água de Itatiaia não possui nenhum tipo de controle, sendo assim, não se têm parâmetros para determinar as perdas atuais do sistema. Nas visitas realizadas para a elaboração do diagnóstico notou-se inúmeros vazamentos nas redes/adutoras de distribuição de água, por isso, será considerado um percentual de 50% de perdas para o início dos estudos. Com base nessa referência inicial, este Plano estabelece como meta a redução das perdas de água para 30% em 10 anos. A melhora do índice de perdas será obtida através de um programa de redução das perdas físicas (vazamentos em tubulações, equipamentos e estruturas do sistema, por extravasamento em reservatórios e elevatórias, e por vazamentos em adutoras, redes e ligações) e não físicas (volumes decorrentes de imprecisão de micromedição, falhas na gestão comercial (erros de cadastro), furtos de água e fraudes (que também correspondem a volumes de água consumido, porém não medidos) a ser implementado pela operadora em exercício. 279 11.1.3.3 Metas Cobertura dos Serviços a) definição: A cobertura define-se pelo número de habitantes, cujos logradouros devem ter a rede física distribuidora de água ou coletora de esgotos à disposição para ligação dos interessados. Considerou-se neste estudo dois indicadores de avaliação para o serviço de abastecimento de água, que consistem na cobertura referente à rede de distribuição de água e cobertura de ligações que recebem tratamento da água. b) monitoramento (regulação): O indicador de cobertura é dado por um percentual, definido pela relação numérica entre o número de imóveis com rede disponível sobre o total de imóveis existentes no dado momento de avaliação. 11.1.3.4 Ampliação da Reservação a) definição: O Serviço de Abastecimento hoje existente deve ser expandido para garantir os índices de abastecimento propostos, levando em consideração que o volume de reservação em relação ao dia de maior consumo deverá ser de no mínimo 1/5, sendo o ideal recomendado 1/3. b) monitoramento: Verificar a relação da reservação existente com a média anual dos volumes diários distribuídos acrescidos do coeficiente do dia de maior consumo (1,2). 280 11.1.4 Núcleo Central Urbano Tabela 47 - Cobertura dos Serviços 281 11.1.4.1 Ampliação da Produção de Água Para esta unidade territorial a produção de água para final de plano (2.042) deverá ser igual a 98,06 L/s (Vazão Máxima Diária), conforme quadro a seguir, e o Manancial que atenderá esta será o Campo Belo. O outro manancial (Cazunga) deverá ser desativado, pelas más condições em que este se encontra atualmente. 282 Tabela 48 - Ampliação da Produção de Água 283 Em função do atendimento aos Grandes Consumidores foi acrescentado um percentual de 20% na vazão estimada, sendo assim, a vazão máxima diária a ser adotada será de 118 L/s para a produção do Núcleo Central Urbano. Como atualmente não existe tratamento no Sistema Campo Belo, deverá ser instalada até 2014 uma Estação de Tratamento com capacidade de 90 L/s na área onde é feita a Cloração. O tipo de tratamento deverá ser: ou filtração direta, ou dupla filtração, ou convencional (floculação, decantação e filtração). A capacidade prevista para esta Estação é de 180 L/s (02 módulos de 90 l/s cada) em função desta unidade de produção também atender o núcleo da Granja Itaúna, onde a vazão foi estimada em 14 L/s no final do planejamento do Plano (2.042) e o distrito de Penedo a partir de 2.028, com uma demanda complementar de aproximadamente 50 l/s. A base do Rio Campo Belo no ponto de captação é de 44,2km². Fazendo-se uma exploração da Q7,10 do Rio Preto em Mauá tem-se Q7,10 de aproximadamente 0,50m³/s, o que torna a retirada prevista de 180 l/s perfeitamente compatível com parte do manancial. Este manancial a partir de 2.028 também atenderá Penedo de modo a complementar as necessidades dos mananciais deste Distrito. 11.1.4.2 Ampliação da Reservação A necessidade de reservação do Núcleo Central Urbano é apresentada no quadro a seguir: 284 Tabela 49 - Ampliação da Reservação Conforme quadro apresentado anteriormente nota-se que a Reservação necessária para 2.012 é de 2.500 m³ na Simulação A (volume de reservação necessário correspondente a 1/3 da vazão máxima diária) e de 1.500 m³ na Simulação B (volume de reservação necessário correspondente a 1/5 da vazão máxima diária). Atualmente a reservação existente nesta região é de 876 m³, e mesmo para a melhor situação (Simulação B), temos um déficit de 624 m³ de reservação. 285 Para esta região propõe-se um centro de reservação com capacidade de 2.000 m³, localizado junto a Estação de Tratamento de Água Campo Belo. Este será implantado em duas etapas de 1.000 m³, a primeira até 2.014 e a segunda até 2.017. Com este, o núcleo urbano central terá uma reservação total de 2.876 m³, capacidade que atenderá esta região até 2.042 na pior situação de dimensionamento (Simulação A), ocasionando assim, um maior investimento, mas uma redução do consumo de energia no futuro. No cálculo da reservação total não foi considerado a capacidade do reservatório Vila Pinheiro por não se saber ao certo qual será a sua capacidade que poderá ser aproveitada como a sua abrangência da zona piezométrica. 286 INSERIR MAPA 15 287 11.1.5 Penedo Tabela 50 - Cobertura dos Serviços 288 11.1.5.1 Ampliação da Produção de Água Para esta unidade territorial a produção de água para final de plano (2.042) deverá ser igual a 86 L/s (Vazão Máxima Diária), conforme quadro a seguir, os Mananciais que atenderão esta serão o Fazenda da Serra e o Rio Palmital. 289 Tabela 51 - Ampliação da Produção de Água 290 Em função do atendimento aos Restaurantes, Hotéis e Pousadas foi estimado a nível de planejamento um adicional de 20% na vazão estimada, sendo assim, a vazão máxima diária a ser adotada será de 103 L/s para a produção do núcleo Penedo em 30 anos. Numa configuração para atendimento até o ano 2.020, está programada a implantação de dois sistemas produtores, um com 50 l/s para o Rio Fazenda da Serra e outro com 15 l/s para o Rio Palmital. Correlacionando a vazão específica de 11,26 l/s x km² do Rio Preto em Mauá para estes mananciais tem-se as seguintes vazões: Q7,10: 75,4 l/s para o Rio Fazenda da Serra e 37,2 l/s para o Rio Palmital, e consequentemente metade desses valores de vazão outorgável. A partir de 2.028 recomenda-se a utilização do Rio Campo Belo para o atendimento as demandas projetadas, com uma retirada complementar de até 50 l/s. 11.1.5.2 Ampliação da Reservação Esta unidade territorial foi dividida em duas zonas de abastecimento, e cada uma delas terá seu próprio Centro de Reservação, conforme apresentado no desenho 16. A necessidade de reservação de Penedo é apresentada no quadro a seguir: 291 Tabela 52 - Ampliação da Reservação Conforme quadro apresentado anteriormente nota-se que a Reservação necessária para 2.012 é de 1.935 m³ na Simulação A (volume de reservação necessário correspondente a 1/3 da vazão máxima diária) e de 1.161 m³ na Simulação B (volume de reservação necessário correspondente a 1/5 da vazão máxima diária). Atualmente a reservação existente nesta região é de 200 m³, e mesmo para a melhor situação (Simulação B), temos um déficit de 961 m³ de reservação. 292 Para esta região propomos um centro de reservação com capacidade de 2.500 m³, localizado junto a Estação de Tratamento de Água Penedo. Este será implantado em duas etapas de 1.250 m³, a primeira até 2.014 e a segunda até 2.017. Com este, Penedo terá uma reservação total que atenderá esta região até 2.042 na pior situação de dimensionamento (Simulação A), ocasionando assim, um maior investimento, mas uma redução do consumo de energia no futuro. 293 INSERIR MAPA 16 294 11.1.6 Maringá e Maromba Tabela 53 - Cobertura dos Serviços (Maringá) 295 Tabela 54 - Cobertura dos Serviços (Maromba) 296 11.1.6.1 Ampliação da Produção de Água Para estas duas unidades territoriais a produção de água para final de plano (2.042) deverá ser igual a 27 L/s (Vazão Máxima Diária), conforme quadros a seguir, e o Manancial que atenderá esta será o Rio Monjolo. Propõe-se inicialmente a implantação de um sistema produtor para 20 l/s do qual será suprido pelo Rio Monjolo quando este não tiver capacidade está presente uma captação auxiliar no Rio Preto, com 15 l/s de capacidade, conforme esquema abaixo. Correlacionando a vazão específica de 11,26 l/s x km² do Rio Preto em Mauá para estes mananciais tem-se as seguintes vazões: Q7,10: 15,8 l/s para o Rio Monjolo e 288,3 l/s para o Rio Preto, e consequentemente metade desses valores de vazão outorgável. Caso seja necessário, deverá ser captada água do Rio Preto. 297 Tabela 55 - Ampliação da Produção de Água (Maringá) 298 Tabela 56 - Ampliação da Produção de Água (Maromba) 299 O Sistema de produção para Maromba é o mesmo previsto para Maringá conforme concepção descrita. 11.1.6.2 Ampliação da Reservação Esta unidade territorial foi dividida em duas zonas de abastecimento, e cada uma delas terá seu próprio Centro de Reservação, conforme apresentado no desenho 16. A necessidade de reservação de Penedo é apresentada no quadro a seguir: Tabela 57 - Ampliação da Reservação (Maringá) 300 Tabela 58 - Ampliação da Reservação (Maromba) Conforme quadro apresentado anteriormente nota-se que a Reservação necessária para 2.012 é de 596 m³ na Simulação A (volume de reservação necessário correspondente a 1/3 da vazão máxima diária) e de 358 m³ na Simulação B (volume de reservação necessário correspondente a 1/5 da vazão máxima diária). 301 Atualmente a reservação existente nesta região é de 15 m³, e mesmo para a melhor situação (Simulação B), temos um déficit de 343 m³ de reservação. Para esta região propomos um centro de reservação com capacidade de 750 m³, localizado junto a Estação de Tratamento de Água Maromba. Este será implantado em única etapa até 2014. Com este, Maromba e Maringá terão uma reservação total que atenderá estas regiões até 2.042 na pior situação de dimensionamento (Simulação A), ocasionando assim, um maior investimento, mas uma redução do consumo de energia no futuro. 302 INSERIR MAPA 17 303 INSERIR MAPA 18 304 11.1.7 Granja Itaúna (Vila Benfica) Tabela 59 - Cobertura dos Serviços 305 11.1.7.1 Ampliação da Produção de Água Para esta unidade territorial a produção de água para final de plano (2.042) deverá ser igual a 14 L/s (Vazão Máxima Diária), conforme quadro a seguir: 306 Tabela 60 - Ampliação da Produção de Água 307 O manancial que abastecerá esta região será o Campo Belo, sendo assim, não será necessária a implantação de ETA. 11.1.7.2 Ampliação da Reservação A necessidade de reservação da Granja Itaúna é apresentada no quadro a seguir: Tabela 61 - Ampliação da Reservação 308 Granja Itaúna deverá ter uma reservação de 382 m³, ou seja, 382.000 litros. Sendo que não existe reservatório atualmente, este centro de reservação deverá ser implantado completamente. 11.2 SERVIÇO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Atualmente o Serviço de Esgotamento Sanitário é vinculado a Secretaria Municipal de Obras, conforme Decreto Municipal n.º 1.599, em anexo, no entanto, existe uma forte tendência de que estes sejam assumidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que precisará ser estruturada para tanto, em termos de espaço, pessoal e equipamentos. 11.2.1 Metas Gerais Seguem metas gerais para o Serviço de Esgotamento Sanitário: I. Promover a expansão da rede de esgoto em consonância com o programa universalização dos serviços; II. Prever, quando tecnicamente adequado, projetos dos loteamentos novos, calçadas públicas com dimensões adequadas para o recebimento da infraestrutura subterrânea de esgoto; III. Implantar e otimizar as Estações de Tratamento de Esgotos projetadas, interligando-as através de emissários e coletores as bacias existentes; IV. Eliminar as ligações de águas pluviais em redes coletoras de esgotos sanitários. V. Eliminar as ligações de esgotos sanitários nas redes de drenagem de águas pluviais; VI. Elaborar Decreto que obriga a implantação de sistemas individuais de tratamento de esgoto em áreas desprovidas de sistema coletivo de coleta e tratamento; 309 VII. Implantação de programa/serviço de apoio à instalação e manutenção de sistemas individuais de tratamento de esgoto; VIII. Implantação do Sistema de Regulação e Fiscalização dos Serviços, onde, por exemplo, AGENERSA ou SMMA, poderão exercer esta atividade. IX. Implantação de call Center; X. Informatização do atendimento; XI. Tratamento e disposição final adequada para os resíduos oriundos do processo de tratamento de esgoto; e XII Automação das elevatórias. 11.2.1.1 Informações na Conta Mensal do Consumidor Atendendo a Decreto Federal 5.440 de 2005, a conta mensal de serviços de esgotos a serem pagos pelo consumidor deve conter informações referentes à qualidade da água, sobre os seguintes parâmetros: Turbidez, Cor, Flúor, Cloro, Coliformes, Acidez. TURBIDEZ: representa a presença de partículas na água. COR: mede a coloração da água, causada por substâncias dissolvidas. FLÚOR: adicionado à água para prevenir cáries dentárias. CLORO: agente desinfetante adicionado para garantir a ausência de bactérias na água. COLIFORMES: indicador da presença de bactérias que não são necessariamente nocivas, mas, quando muito frequentes, indicam a possibilidade de presença de bactérias prejudiciais à saúde. ACIDEZ: medida do pH da água. Além desses parâmetros, na conta mensal deverá conter também, informações de números de telefones úteis, Balcão de atendimento e outros, para orientações e reclamações dos Munícipes. 310 O presente planejamento objetiva a definição e o estabelecimento de metas quantitativas e qualitativas a serem atendidas pelo prestador dos serviços no âmbito municipal. 11.2.1.2 Qualidade do Atendimento ao Usuário a) definição A qualidade do atendimento define-se pelo respeito aos prazos estabelecidos em que devem ser resolvidas as solicitações ou reclamações dos usuários. Estes prazos contam sempre a partir do registro da solicitação, sendo que o prestador não deve ultrapassar um limite admissível de não atendimento. b) monitoramento (regulação) O monitoramento será realizado através da verificação dos registros das solicitações ou reclamações e contabilizando os atendimentos não conformes, ou seja, os que não foram atendidos dentro dos prazos estabelecidos. Nestes temos, se fixa como regra geral que o limite de respostas não atendidas dentro do prazo não deve ser superior a 10% (dez por cento) do total de pedidos registrados. c) Metas estabelecidas a partir do ano de 2.016. Definem-se pelos prazos das seguintes solicitações: Ligação ou modificação de ramal de esgotos: máximo de dez dias úteis em logradouro dotado de rede; Ligação de esgoto em logradouro sem rede: deverá ser comunicado ao Agente Regulador, que estipulará o prazo e condições; Correção de leitura: máximo de 72h (setenta e duas horas); Aferição e troca de hidrômetro: máximo de 96h (noventa e seis horas); Mudança de valor da conta e de dados cadastrais: máximo de 72h (setenta e duas horas); e Correção de extravasamentos de esgotos: máximo de 24h (vinte e quatro horas). 311 11.2.2 Metas Qualitativas As metas qualitativas definem-se por parâmetros a serem respeitados, e que terão uma margem (percentual) de conformidade e atendimento, como se vê a seguir. 11.2.2.1 Qualidade dos Produtos Pelo grau necessário dos parâmetros do efluente tratado dos esgotos conforme as exigências legais do corpo receptor, no caso dos efluentes de esgotos o monitoramento, tanto do efluente quanto do corpo receptor, deve seguir a Resolução CONAMA 357/05 e Legislação Estadual em vigor, bem como as exigências técnicas das Licenças Ambientais, regidas pela Resolução CONAMA 237/97 e legislação estadual. A qualidade dos efluentes das ETE’s deve seguir as exigências técnicas das Licenças Ambientais nos termos da legislação citada anteriormente, em um prazo compatível com a meta de implantação do sistema de esgotamento sanitário. A continuidade do fluxo de esgoto será avaliada de forma dupla; de um lado, pelo número de reclamações e de outro pelo tempo máximo admissível em que ocorreu a interrupção (obstrução) do ramal ou da rede coletora. 11.2.2.2 Substituição de Redes Mistas a) definição Preferencialmente o sistema de coleta será por rede separadora, substituindo as redes mistas existentes por tubulação de coleta exclusiva de esgoto ou adotando solução mais adequada de coleta. 312 b) monitoramento O monitoramento deverá ser verificado para o atendimento as expansões e implantações de rede programadas para este caso. As tubulações de coleta deverão ser preferencialmente no Sistema Separador. c) metas propostas Deverão ser substituídos os trechos de rede mista hoje existente. 11.2.2.3 Padrões de Lançamento de Efluentes Os padrões de lançamento de efluentes estão estabelecidos na Resolução nº 357, de 17 de março de 2.005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, onde se definem a classificação e diretrizes ambientais para o enquadramento dos corpos de água superficiais, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Caso normas mais modernas sejam estabelecidas pelo Ministério da Saúde, pela Organização Mundial de Saúde, OMS, ou por instituição federal ou estadual concernente, estas devem prontamente ser adotadas. A disposição final dos lodos originários das operações das unidades de tratamento deverá também atender normas existentes. Caberá à operadora em exercício a obtenção de outorga para os pontos de lançamento dos efluentes correspondentes as unidades de tratamento componentes do sistema de esgotamento sanitário projetado. 11.2.2.4 Implantação de Centro de Controle Operacional (CCO) O serviço de Esgotamento Sanitário deve ser dotado de Centro de Controle Operacional em tempo real, das vazões de entrada e saída das Estações de Tratamento e controle automatizado das elevatórias principais do sistema. 313 11.2.3 Metas Quantitativas 11.2.3.1 Cobertura mínima com Coleta a) definição A cobertura define-se pelo número de habitantes, cujos logradouros devem ter a rede física distribuidora de água ou coletora de esgotos à disposição para ligação dos interessados. b) monitoramento (regulação) O indicador de cobertura é dado por um percentual, definido pela relação numérica entre o número de imóveis com rede disponível sobre o total de imóveis existentes no dado momento de avaliação. O número de imóveis cobertos será identificado pelo cadastro do prestador, e o número de imóveis totais existentes será fornecido pelo cadastro imobiliário municipal. 11.2.3.2 Cobertura mínima com Tratamento a) definição: Todo o esgoto coletado deverá ser tratado pelo menos a nível secundário, conforme Plano de Recursos Hídricos do Comitê de Bacias (CEIVAP) e adequado às exigências do órgão responsável pelo Licenciamento Ambiental. b) monitoramento: As estações de Tratamento devem ter capacidade de tratar adequadamente as vazões afluentes, proporcionando ao esgoto efluente às qualidades exigidas nos licenciamentos. 314 11.2.4 11.2.4.1 Núcleo Central Urbano Cobertura Mínima Para esta unidade territorial a contribuição de esgotos gerados em final plano (2.042) será igual a 59 L/s (Vazão Média Sanitária + Infiltração), conforme tabela a seguir: 315 Tabela 62 - Cobertura Mínima 316 Com relação ao tratamento do esgoto coletado neste núcleo, foi dividido em duas bacias de coleta e duas estações de tratamento assim discriminadas: ETE Itatiaia (Principal) ETE Flórida (Sistema Isolado) Estas duas deverão ser instaladas nos locais pré-determinados no desenho 19. São Previstas até 2.015 a implantação de duas ETE’s com capacidade para tratar 22.000 habitantes (total). Em 2.028 foi previsto uma ampliação para mais 8.000 habitantes. No caso da coleta as metas são relativas ao crescimento de 10% ao ano a partir de 2013. Neste caso prevê-se que 10% da população disporão de sistema individual e que 90% de rede coletiva. 317 INSERIR MAPA 19 318 11.2.5 11.2.5.1 Penedo Cobertura Mínima Para esta unidade territorial a contribuição de esgotos gerados em final plano (2.042) será igual a 52 L/s (Vazão Média Sanitária + Infiltração), conforme tabela a seguir: 319 Tabela 63 - Cobertura Mínima 320 Com relação ao tratamento do esgoto coletado neste núcleo, foi dividido em duas bacias de coleta e duas estações de tratamento assim discriminadas: ETE Penedo (Principal) ETE Jardim Martinelli Estas duas deverão ser instaladas nos locais pré-determinados no desenho 20. São previstas até 2.015 a implantação de duas ETE’s com capacidade para tratar 20.000 habitantes (total). Em 2.028 foi previsto uma ampliação para mais 4.000 habitantes. No caso da coleta as metas são relativas ao crescimento de 10% ao ano a partir de 2.013. Neste caso prevê-se que 10% da população disporão de sistema individual e que 90% de rede coletiva. 321 INSERIR MAPA 20 322 11.2.6 11.2.6.1 Granja Itaúna (Vila Benfica) Cobertura Mínima Para esta unidade territorial a contribuição de esgotos gerados em final plano (2.042) será igual a 8 L/s (Vazão Média Sanitária + Infiltração), conforme tabela a seguir: 323 Tabela 64 - Cobertura Mínima 324 11.3 SERVIÇO DE DRENAGEM URBANA e MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Conforme o diagnóstico relativo à drenagem urbana, o município de Itatiaia não dispõe de informações suficientes para caracterizar as intervenções corretivas demandadas para minimizar os efeitos das enchentes nas regiões urbanas, em especial, no Núcleo Central Urbano, nas margens do Rio Santo Antonio. Preocupado com esta situação, o município, através da Secretaria do Meio Ambiente, está contratando estudos na bacia hidrográfica do Rio Santo Antonio, tendo como objetivo geral a elaboração de estudo hidrológico-hidrodinâmico, de modo a fornecer instrumentos e mecanismos que permitam estabelecer um programa de combate e controle de cheias na região central da cidade. Este estudo também tem como escopo a formulação do diagnóstico da situação local com base em sistemas de modelagem hidráulico-hidrológica para a análise de comportamento da bacia e de intervenções de cheias. Este diagnóstico permitirá estabelecer diretrizes e ações para a busca de um programa de intervenções de caráter sustentável visando à mitigação dos problemas apontados. O estudo da bacia hidrográfica do Rio Santo Antonio solicita, numa das fases, a elaboração de zoneamento das áreas inundáveis, considerando 25, 50 e 100 anos de recorrência. Outra necessidade para a caracterização das intervenções e ações demandadas refere-se à elaboração de Plano Diretor de Drenagem Urbana que contemple todas as unidades do município. Neste sentido o CEIVAP (Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul) tem um termo de referência que pode ser adotado, podendo-se também obter recursos neste Comitê para a elaboração deste Plano. 325 Como terceiro estudo, ou em conjunto com os dois primeiros, deve-se revisar ou adequar o planejamento de uso do solo do Plano Diretor Municipal com base nas informações dos estudos específicos. Recomenda-se que o Plano Diretor Municipal defina a ocupação adequada nas margens dos cursos d´água, compatíveis com os usos urbanos e riscos de inundações. 11.3.1 METAS QUALITATIVAS 1. Criar em seus cidadãos uma consciência de preservação dos recursos hídricos e naturais, através de campanhas, cursos curriculares na Rede Municipal de Ensino e em eventos específicos; 2. Coibir o lançamento de águas servidas e esgotos sanitários, com ou em tratamento, na rede de galerias de águas pluviais, que deverão ter o destino adequado em rede apropriada; 3. Promover a preservação e recuperação de nascentes; 4. Promover a conservação da rede hidrológica, inclusive com a revegetação de mata ciliar e a renaturalização de canalizações; 5. Promover o controle de erosão em terraplenagens e em terrenos desprovidos de vegetação; 6. Promover o controle de assoreamento dos corpos d’água; 7. Coibir a deposição de materiais ao longo dos corpos d’água, em especial os resíduos da construção civil, resíduos orgânicos e o lixo doméstico. 8. Estabelecer plano de uso e ocupação das bacias hidrográficas, em especial quanto à proteção das áreas de fundos de vale, dos corpos d’água e de áreas de recarga de aquíferos; 9. Inserir os parâmetros necessários à manutenção da permeabilidade do solo e ao sistema de retenção de águas das chuvas na política de uso e ocupação do solo; 326 10. Promover obras de manutenção de infraestrutura, como a limpeza e o desassoreamento dos rios, córregos e canais, o redimensionamento de obras de micro drenagem, a recuperação estrutural de obras de infraestrutura; 11. Executar obras de ampliação de infraestrutura como a construção de galerias, pontes e travessias e a proteção das margens dos rios, córregos e canais; 12. Promover e incentivar a implantação de vegetação ao longo dos corpos d’água, nas nascentes, nas cabeceiras e nas áreas de recarga de aquíferos; 13. Promover e incentivar programa para conservação do solo e combate à erosão, no meio rural e no meio urbano. Deverá ainda ser desenvolvido um programa de prevenção de alerta contra eventos críticos de chuvas intensas para proporcionar agilidade na mobilização de ações emergenciais nos eventos de enchentes, minimizando a possibilidade de maiores prejuízos materiais e risco a perda de vidas e risco a saúde pública. Devem também ser definidos parâmetros de impermeabilização de terrenos e as necessidades de implantação de medidas estruturais com obras de micro e macro drenagem, a recuperação da rede hidrológica de uma maneira mais ampla, indo desde a recuperação de nascentes, matas ciliares e até a renaturalização de córregos, bem como as medidas não estruturais para o controle de impermeabilização do solo e ainda os programas de educação ambiental. Sempre que houver novos empreendimentos (loteamentos: condomínios e outros) deverão ser exigidos projetos de drenagem com previsão de escoamento superficial, rede subterrânea e bacias de controle de vazão. 327 11.3.2 METAS QUANTITATIVAS 11.3.2.1 Elaboração de Estudos, Projetos e Ações Para alcance das metas estabelecidas neste relatório é necessária a Elaboração de Estudos, Projetos e Ações que ofereçam subsídios que irão nortear a implantação das metas programadas, destacando-se os estudos apresentados na sequência, que são de fundamental importância para a prestação adequada dos serviços de drenagem urbana no município de Itatiaia 11.3.2.1.1. Estudo Hidrológico e Hidrodinâmico da Bacia do Rio Santo Antonio Conforme Termo de Referência em anexo, este estudo deve estar concluído até o final do ano de 2012. 11.3.2.1.2. Plano Diretor de Drenagem Urbana Estima-se que atualmente o investimento para a execução do Plano Diretor de Drenagem de Itatiaia esteja na ordem de R$ 1.000.000,00. Devem ser realizados esforços junto ao CEIVAP para a elaboração de Plano Diretor de Drenagem Urbana, baseado no seguinte termo de referência: a) Objetivo Os Planos Diretores de Drenagem Urbana constituem instrumento fundamental, e único, capaz de fornecer subsídios essenciais para o crescimento das cidades, impondo limites para a ocupação de áreas, em processo de desenvolvimento, e futuras áreas de expansão dos núcleos urbanos. 328 Além de propor medidas de mitigação para os problemas das inundações nas áreas urbanas já densamente ocupadas, cabe aos Planos de Drenagem, o planejamento das ações estruturais e não estruturais a serem implementadas nas áreas ocupadas e de expansão, assim como, nas áreas rurais situadas a montante, cuja degradação, tem influência direta, tanto na deterioração dos corpos hídricos no meio urbano, quanto na qualidade e quantidade dos recursos hídricos. b) Escopo Básico No que tange à drenagem urbana, constata-se, hoje, na grande maioria dos casos, que as intervenções na rede de drenagem, projetadas para reduzir as inundações nas áreas urbanas, são de abrangência localizada, sem uma visão global dos problemas da bacia (áreas rurais e interfaces com outros municípios), apresentando, além de custo muito elevado, eficiência e vida útil limitadas. Por este motivo, os Planos Diretores de Drenagem Urbana Municipais e/ou Intermunicipais necessitam urgentemente serem concebidos e implementados, tendo em vista a necessidade de se disciplinar o processo de ocupação nas áreas urbanas, processo este que continua evoluindo de forma totalmente descontrolada, impactando diretamente toda estrutura de drenagem dos municípios. Especificamente na bacia do rio Paraíba do Sul identificou-se em diagnósticos realizados para os programas de investimentos (PQAs) relativos as Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais dos trechos paulista, mineiro e fluminense da bacia, estirões urbanos de sub-bacias hidrográficas em situação crítica. Na quase totalidade dos casos, a reversão do quadro atual dependerá, fundamentalmente, de um conjunto de ações a serem implementadas, nos meios rural e urbano, de acordo com as prioridades de investimentos a serem definidas para cada sub-bacia nos Planos de Drenagem Urbana. Tendo em vista o reconhecimento pela Lei Nº 9.433 (Lei das Águas) da bacia hidrográfica como unidade espacial de planejamento, os Planos Diretores de 329 Drenagem Urbana Municipais Intermunicipais deverão considerar, em seus escopos, ações que integrem os diversos aspectos relacionados às causa e consequências das inundações. Para tal, os planos devem ser desenvolvidos em duas etapas, quais sejam: Diagnóstico dos Problemas e Propostas de Ações/Intervenções. Diagnóstico da Situação Atual Na fase de diagnóstico da situação atual, deverão ser desenvolvidos os seguintes estudos: • Levantamentos de dados hidrometeorológicos e de estudo hidrológicos/hidráulicos já desenvolvidos para o(s) município(s) e/ou para bacias hidrográficas em foco; • Levantamento e análise do processo de ocupação e uso do solo urbano, através de documentos municipais (planos urbanísticos, zoneamentos, leis e decreto, etc.), fotos aéreas e mapas de uso do solo de diferentes períodos e outros dados existentes que possibilitem uma compreensão abrangente das tendências de ocupação do espaço; • Identificação das áreas sujeitas a restrições de uso, conforme a legislação pertinente – Código Florestal e Lei de Uso do Solo (federais) e outras normas de âmbito estadual e municipal – especialmente as áreas de preservação permanente (APP’s), que restringem a ocupação em margens de cursos d´agua, nascentes, topos de morros, encostas acima de 25º de declividade, dentre outras; • Levantamento do uso do solo nas áreas rurais e semiurbanas e de informações sobre a evolução dos problemas na bacia ao longo dos anos, com ênfase nos aspectos relacionados às condições de drenagem (desmatamentos e formas de uso que aceleram os processos erosivos); • Diagnóstico das condições de drenagem da bacia nos estirões rurais e urbanos, e identificação das principais fontes responsáveis pelo aumento das 330 inundações nos centro urbanos, visando à priorização das medidas estruturais e não estruturais mais adequadas; • Levantamento das condições institucionais existentes para enfrentamento dos problemas relacionados às inundações, identificando as falhas e as demandas para melhoria da capacidade operacional (capacidade técnica, equipamentos, recursos financeiros, etc.). Uma vez concluída a etapa de diagnóstico do Plano Diretor de Drenagem, o município poderá se habilitar a receber recursos financeiros para a realização de pequenas ações/intervenções emergenciais identificadas na rede de drenagem, que tenham notadamente, influência sobre os processos das inundações. Aí se enquadram desobstruções localizadas, pequenas adequações de seção. Dragagens de pequenos trechos, retirada de construções irregulares, dentre outras. Um dos objetivos principais do Plano Diretor de Drenagem Municipal deverá ser reduzir a vulnerabilidade da população às inundações ribeirinhas e as que ocorrem na drenagem urbana e a minimização dos impactos ambientais através de uma política institucional econômica e técnica e um plano de ação para a gestão das águas pluviais em conjunto com os outros elementos do desenvolvimento urbano. Para isto, sugerem-se as seguintes diretrizes: • Os novos empreendimentos que alterem o uso do solo urbano não podem alterar a vazão natural pré-existente definida pelo poder público; • As medidas de gestão e controle das inundações urbanas devem considerar a bacia como um todo em não trechos isolados. Este controle deve evitar aumentar a vazão para jusante da mesma; • Valorização dos mecanismos naturais de escoamento na bacia hidrográfica, preservando, quando possível às áreas impermeáveis e os canais naturais; • O impacto da qualidade da água e resíduos sólidos no escoamento pluvial resultante da urbanização devem ser minimizados; 331 • O custo da implantação das medidas estruturais e da operação e manutenção da drenagem urbana devem ser transferidos aos proprietários dos lotes, proporcionalmente a sua área impermeável; • As medidas não estruturais devem ser prioritárias para o controle das inundações ribeirinhas; • O Plano Diretor de Drenagem deve ser o mecanismo de orientação e regulamentação no município das medidas sustentáveis de controle das águas pluviais; • O Planejamento dos setores referentes aos serviços de Águas Pluviais, Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos devem ser desenvolvidos preferencialmente de forma integrada e os mesmos devem obedecer ainda às diretrizes estabelecidas no Plano Diretor Urbano; • As gestões do espaço de risco, impermeabilização e drenagem urbana devem ser realizadas a nível municipal. Ações/Intervenções de Prevenção e Controle das Inundações Nesta fase deverão ser desenvolvidos os seguintes estudos: • Estudo e projetos básicos de intervenções estruturais no meio urbano, necessárias à correção dos problemas identificados, tais como: adequações das seções de escoamento, ampliação de travessias, dragagens de manutenção análise e delimitação de bacias de detenção; • Estudo e projetos de intervenções estruturais no meio rural votadas para a redução das inundações no meio urbano, tais como a avaliação da construção de barragens de contenção de cheias a montante dos centros urbanos; • Outras ações estruturais, associadas às obras de natureza hidráulica, como, por exemplo, a recomposição da mata ciliar e estruturas mecânicas e biológicas para controle de erosão a recuperação da cobertura vegetal, que tem papel importante na melhoria do desempenho dos corpos hídricos nos 332 processos de cheia, aumentando a retenção e a infiltração nas áreas rurais e reduzindo as contribuições e o aporte de sedimentos para os corpos hídricos. 11.3.2.2 Implantação de Medidas não estruturais As medidas não estruturais são do tipo preventiva como: previsão e alerta de inundação, zoneamento das áreas de risco de inundação, seguro e proteção individual contra inundação. Sugere-se o delineamento de medidas não estruturais, tais como: • O zoneamento das áreas de expansão urbana, fixando limites e restrições de uso, de acordo com critérios técnicos e legais voltados para a proteção dos recursos hídricos e para a prevenção de problemas com inundações identificados na(s) bacia(s) hidrográfica(s) em questão; • A elaboração de mapas de riscos de erosão/inundação em áreas urbanas e de expansão urbana, reunindo a análise das características geológicogeotécnicas com a identificação das áreas inundáveis. Os mapas com caracterização das áreas inundáveis associadas a diferentes tempos de recorrência deverão subsidiar ações preventivas e corretivas, auxiliar os serviços de defesa civil e os processos decisórios do planejamento urbano, especialmente quanto à fixação de limites e de critérios para aprovação de loteamentos, arruamentos, etc. • A definição das taxas de impermeabilização e vazão de saída dos lotes; • A previsão de monitoramento telemétrico hidrológico (chuva e vazão), para as áreas rurais e urbanas. 11.3.2.2.1. Implantação de Sistema de Previsão e Alerta O sistema de previsão de alerta tem a finalidade de se antecipar à ocorrência da inundação, avisando a população e tomando as medidas necessárias para reduzir os prejuízos resultantes da inundação. Um sistema de alerta de previsão tempo real envolve os seguintes aspectos: 333 • Sistema de coleta e transmissão de informações de tempo e hidrológicas: sistema de monitoramento por rede telemétrica, satélite ou radar e transmissão destas informações para o centro de previsão; • Centro de Previsão: recepção e processamento de informações, modelo de previsão, avaliação e alerta; • Defesa Civil: programas de preventivos: educação, mapa de alerta, locais críticos; alerta aos sistemas públicos: escolas, hospitais, infra-estrutura; alerta a população de risco, remoção e proteção à população atingida durante a emergência ou nas inundações. Este sistema possui três fases distintas que são: prevenção, alerta e mitigação. Na prevenção são desenvolvidas as atividades para minimizar as inundações quando as mesmas ocorrerem. Isto envolve o treinamento da equipe da Defesa Civil, da população através de informações, mapa de alerta que identifique as áreas alagadas durante a sua ocorrência, planejamento de áreas para receber a população flagelada, entre outros. O alerta trata da fase de acompanhamento da ocorrência dos eventos chuvosos com base no seguinte: 1. Nível de acompanhamento: nível a partir do qual, existe um acompanhamento por parte dos técnicos, da evolução da enchente. Nesse momento, é alertada a Defesa Civil da eventualidade da chegada de uma enchente. Inicia-se nesse momento a previsão de níveis em tempo real; 2. Nível de alerta: é o nível a partir do qual é previsto que um nível futuro crítico será atingido dentro de um horizonte de tempo da previsão. A Defesa Civil, Administrações municipais passam a receber regularmente as previsões para a cidade e a população recebe o alerta e instruções da Defesa Civil; 3. Nível de emergência: nível no qual ocorrem prejuízos materiais e humanos. Essas informações são o nível atual e previsto com antecedência e o intervalo provável dos erros, obtidos dos modelos; 334 A fase de mitigação trata das ações que devem ser realizadas para diminuir o prejuízo da população quando a inundação ocorre, como isolar ruas e áreas de risco, remoção da população, animais e proteção de locais de interesse público. O mapa de alerta é preparado com valores de cotas em cada esquina da área de risco. Com base na cota absoluta das esquinas, deve-se transformar esse valor na cota referente à régua. Isto significa que, quando um determinado valor de nível de água estiver ocorrendo na régua, a população saberá quanto falta para inundar cada esquina. Isto auxilia a convivência com a inundação durante a sua ocorrência. A seguir está caracterizado um modelo de sistema de previsão e alerta: Figura 90 - Mapa de Alerta 335 11.3.2.2.2. Zoneamento de Áreas Inundáveis O zoneamento propriamente dito é a definição de um conjunto de regras para a ocupação das áreas de risco de inundação, visando à minimização futura das perdas materiais e humanas em face das grandes cheias. O zoneamento urbano permite o desenvolvimento racional das áreas ribeirinhas. A regulamentação do uso das zonas de inundação apoia-se em mapas com demarcação de áreas de diferentes riscos e nos critérios de ocupação das mesmas, tanto quanto ao uso como quanto aos aspectos construtivos. Para que esta regulamentação seja utilizada, beneficiando as comunidades, a mesma deve ser integrada à legislação municipal sobre loteamentos, construções e habitações, a fim de garantir a sua observância. Sendo assim, o zoneamento possui a finalidade de servir de base para a regulamentação da várzea de inundação, através dos planos diretores urbanos, permitindo às prefeituras a viabilização do controle efetivo. O zoneamento das áreas de inundação engloba as seguintes etapas: a) determinação do risco das enchentes; b) mapeamento das áreas sujeitas à inundação; c) zoneamento. Estabelecemos como meta a elaboração do zoneamento das áreas inundáveis, para controle das áreas de risco e ocupações irregulares existentes no município de Itatiaia. Ressalta-se que no estudo Hidrológico e Hidrodinâmico da Bacia hidrográfica do Rio Santo Antonio, principal região hidrográfica de Itatiaia, com previsão de término para o final de 2.012, esta meta está contida no escopo do trabalho, considerando 25, 50 e 100 anos de recorrência. Algumas ações públicas são essenciais neste processo tais como: 336 (a) Evitar construção de qualquer obra pública nas áreas de risco como escolas, hospitais e prédios em geral. As existentes devem possuir um plano de remoção com o passar do tempo; (b) Planejar o município para gradualmente deslocar seu eixo principal para os locais de baixo risco; (c) As entidades de financiamento deveriam evitar financiar obras em áreas de risco. (d) Utilizar mecanismos econômicos para o processo de incentivo e controle das áreas de risco: (1) retirar o imposto predial dos proprietários que mantiverem sem construção as áreas de risco e utilizem, por exemplo, para agricultura, lazer, etc; (2) procurar criar um mercado para as áreas de risco de tal forma que as mesmas se tornem públicas com o passar do tempo; (e) Prever a imediata ocupação das áreas de risco público quando desocupadas com algum plano que demarque a presença no município ou do Estado. Quanto às construções já existentes nas áreas de inundação, deverá ser realizado um cadastramento completo das mesmas e estabelecido um plano para reduzir as perdas no local, bem como àquelas provocadas pelo remanso, resultante da obstrução do escoamento. Várias são as condições existentes que deverão ser analisadas caso a caso. Algumas situações podem ser: (a) para as obras públicas como escolas, hospitais, e prédios administrativos devemse verificar a viabilidade de protegê-los ou removê-los para áreas seguras, a médio prazo; (b) as subabitações como favelas e habitações de população de baixa renda, devem ter sua transferência negociada para áreas mais seguras; (c) para áreas industriais e comerciais pode-se incentivar as medidas de proteção às construções e, se for o caso, de toda a área, às expensas dos beneficiados. 337 Quando ocorrem remoções ou transferências, o poder público deve estar preparado com planos urbanos para destinar estas áreas para outros usos ou finalidades de lazer, parques, evitando que venham a ser ocupadas novamente por subabitações. 11.3.2.3 Intervenções para Controle de Inundações Para o controle da inundações sugere-se uma combinação de medidas estruturais e não estruturais que permita à população ribeirinha minimizar suas perdas e manter uma convivência harmônica com o rio. As ações incluem medidas de engenharia e de cunho social, econômico e administrativo. A pesquisa para a combinação ótima dessas ações constitui o planejamento da proteção contra a inundação ou seus efeitos. As medidas para o controle da inundação podem ser do tipo estrutural e não estrutural. As medidas estruturais são aquelas que modificam o sistema fluvial através de obras na bacia (medidas extensivas) ou no rio (medidas intensivas) para evitar o extravasamento do escoamento para o leito maior decorrentes das enchentes. As medidas extensivas são aquelas que agem na bacia, procurando modificar as relações entre precipitação e vazão, como a alteração da cobertura vegetal do solo, que reduz e retarda os picos de enchente e controla a erosão da bacia. As medidas intensivas são aquelas que agem no rio e podem ser de três tipos: a) aceleram o escoamento: construção de diques e polders, aumento da capacidade de descarga dos rios (canais) e corte de meandros; b) retardam o escoamento: Reservatórios e as bacias de amortecimento; c) desvio do escoamento: são obras como canais de desvios. Como relatado no diagnóstico, até o presente momento só foi realizada uma medida estrutural no município de Itatiaia, a implantação em 2.011, no bairro do Formigueiro, 338 de um extravasor que permite desviar parte da vazão deste rio, formando um escoamento duplo, reduzindo os impactos das cheias na região. Todavia, este bairro, conforme demonstrado, não é a única região sujeita a inundações no município, sendo necessárias mais medidas estruturais a serem realizadas. A decisão sobre a necessidade de novas construções nas zonas de inundação é um processo que deve passar por estudos hidráulicos/hidrológicos aprofundados, combinados com a reestruturação das ocupações com confrontos econômicos entre os processos de intervenção estrutural e remoção de ocupantes. Todo este contexto deve fazer parte de um Plano Diretor de Drenagem Urbana. Além disto, as medidas estruturais não são projetadas para darem uma proteção completa. Isto exigiria a proteção contra a maior enchente possível. Essa proteção é fisicamente e economicamente inviável na maioria das situações. A medida estrutural pode criar uma falsa sensação de segurança, permitindo a ampliação da ocupação das áreas inundáveis, que futuramente podem resultar em danos significativos. As medidas não estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos pela melhor convivência da população com as enchentes, através de medidas preventivas como o alerta de inundação, zoneamento das áreas de risco, seguro contra inundações, e medidas de proteção individual. As medidas não estruturais, em conjunto com as medidas estruturais, ou sem essas, podem minimizar significativamente os prejuízos com um custo menor. O custo de proteção de uma área inundável por medidas estruturais, em geral, é superior ao de medidas não estruturais. 339 11.3.2.4 Gestão Sustentável de Drenagem Urbana Sugere-se a implementação de ações voltadas para a Gestão Sustentável de Drenagem Urbana, que basicamente consistem na: • Criação de um banco de dados completo, contendo, além de informações hidrológicas e de características físicas da bacia, um cadastro de todo um sistema de drenagem já implementado ou projetado; • Elaboração de programas de educação ambiental para as comunidades das áreas de risco, de mobilização social e de capacitação técnica dos órgãos ligados à área ambiental e de recurso hídricos. 11.3.2.5 Plano de Recursos Hídricos do CEIVAP Em consonância com o Plano de Recursos Hídricos, o CEIVAP disponibiliza recursos com o objetivo de assegurar a implementação das intervenções estruturais e não estruturais delineadas pelos Planos Diretores de Drenagem Urbana para a recuperação dos cursos d água responsáveis pela drenagem dos municípios. Estão previstas nestes programas várias atividades tais como: elaboração dos projetos executivos das obras. elaboração dos documentos básicos de licitação, contendo: instruções aos proponentes; condições de contrato; termos de referencia, com a descrição das obras; especificações técnicas; planilha de quantidades; cronogramas físico-financeiros; minuta de contrato; plantas e desenhos. gerenciamento e supervisão das obras e elaboração do “as built”. programas de educação ambiental: As intervenções concebidas a partir dos Planos Diretores de Drenagem rede de drenagem dos centros urbanos dos municípios da bacia do rio Paraíba do Sul deverão ser implementadas com sucesso. No entanto, uma grande parte dos problemas que originaram a 340 degradação dos cursos d´água, poderá voltar a acontecer, em curto espaço de tempo, comprometendo a vida útil das obras implantadas, caso não seja desenvolvido, em paralelo, um trabalho de educação ambiental junto às populações locais. 11.3.2.6 Adequação dos Estudos do Plano Diretor Municipal O Plano Diretor Municipal deve ser complementado após realização dos estudos anteriores de modo a produzir uma caracterização do uso do solo nas margens dos principais cursos d´água, notadamente do Rio Santo Antonio, compatível com a ocorrência de cheias e alagamentos nestas regiões. 11.4 SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA e MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 11.4.1 Sistemas de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos. O objetivo principal deste sistema é possibilitar de forma segura, econômica ambiental e sustentável, a coleta, o tratamento e o destino final de todos os resíduos sólidos urbanos gerados nos município de Itatiaia. Basicamente este “Sistema” se compõe pelas etapas de coleta, tratamento e destino final, no entanto as duas etapas iniciais devem ser consideradas, avaliadas e aprimoradas, ao nível da “segregação” e o “acondicionamento” dos resíduos por parte dos seus geradores. Tal preocupação fundamenta-se pelo fato de que estas etapas contribuem de forma significativa para a execução das demais etapas. Desta maneira, estabelecemos como meta que a operação deste sistema ocorra de forma integrada, a partir de uma articulação institucional, envolvendo diversos atores, destacando-se os órgãos municipais responsáveis pela execução e gestão 341 de todo o processo, e ainda os órgãos estaduais ambientais. Neste contexto cabe ainda destacar, que de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, faz se necessário o incentivo e validação da gestão participativa, envolvendo assim a “Sociedade Civil” no processo. A integração no seu desempenho não deve ser limitada a articulação institucional, mas considerando também a sua integração com os demais sistemas da temática de resíduos sólidos, tais como: resíduos da construção civil, resíduos dos serviços de saúde e os serviços complementares de limpeza urbana. O fomento a aplicação do conceito dos 3 Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), fortalecendo assim o consumo sustentável, aliado ao reconhecimento dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e ainda promotor de cidadania, devem estar condicionados aos princípios do poluidor-pagador e do protetor-pagador, possibilitando assim políticas públicas de incentivo as ações de reciclagem em âmbito municipal. A visão sistêmica deste processo deve ser considerada e utilizada para fins de planejamento, cabendo à municipalidade a observação das variáveis ambientais, culturais, sociais, tecnológicas, de saúde pública e principalmente as variáveis de ordem regional. E nesse sentido fazem-se necessárias ações específicas para as micro regiões de Maringá e Maromba que estejam em consonância com as ações desenvolvidas no núcleo central do município de Itatiaia. Destaca-se neste caso que precisam ser tomadas medidas de melhorias nos serviços de coleta dos resíduos sólidos em curto prazo, principalmente nas regiões de Maringá e Maromba, como aumento da frequência semanal de coletas nestas localidades. 342 Outro aspecto importante a ser considerado, é a aplicação sistematizada das ações que contemplem a capacitação técnica de todos os atores envolvidos de forma direta e indireta na prestação de serviços inerentes a este processo. Ressalta-se a importância da participação do município no Programa Coleta Seletiva Solidária, que é uma realização da SEA e do INEA, cujos objetivos são: a implantação da Coleta Seletiva Solidária, a melhoria da gestão dos resíduos sólidos urbanos nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro, o fortalecimento da cadeia produtiva da reciclagem e a valorização e inclusão social dos Catadores de Materiais Recicláveis. Já ocorreu a capacitação para implantação deste programa no município, todavia, ainda são necessárias ações para a implantação efetiva deste. O Programa Coleta Seletiva Solidária visa aumentar a vida útil dos aterros sanitários, gerar trabalho e renda para os catadores de materiais recicláveis e promover a participação da sociedade no planejamento da Coleta seletiva. O Programa de capacitação dos Gestores escolares visa assessorar as escolas estaduais na implantação da Coleta Seletiva Solidária apoiando as escolas no atendimento ao decreto 40.645/07, publicado em 09 de março de 2007, que institui a separação dos resíduos recicláveis nos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual, direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Ao implantar um sistema de coleta seletiva eficiente, os ganhos indiretos nas questões de limpeza do município serão uma consequência, criando um novo fluxo de recursos na economia local de diferentes formas: Rendimento dos catadores envolvidos na operação, que se transforma em consumo local; Geração adicional de tributos, derivados desse aumento de consumo; Diminuição no volume de resíduos urbanos transportados e encaminhados para destinação final pelo município. 343 Resta ainda salientar necessidade de se estabelecer a regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços de coleta, tratamento e disposição final com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2.007. Metas para a etapa de Segregação e Acondicionamento Implantação de conjunto de práticas educativas que tenham como foco principal a aplicação dos conceitos de “redução”, “reutilização” e “reciclagem” dos resíduos; Adoção de métodos que permitam aos geradores a realização da segregação de forma correta e posterior encaminhamento destes resíduos segregados; Substituição gradual dos atuais métodos de acondicionamento, que utilizam principalmente as sacolas plásticas; Desenvolvimento de ações de comunicação e marketing ambiental, que busquem informar melhor a sociedade quanto à correta segregação e acondicionamento; Ampliação do sistema de acondicionamento em “contêineres”. Conforme relatado no diagnóstico, a coleta mecanizada é um excelente instrumento operacional pouquíssimo praticado no município de Itatiaia. A conteinerização pode ser exigida pelo município dentro dos contratos de prestação de serviços de coleta. Assim sendo, sugere-se como meta a implantação da coleta mecanizada em mais pontos, de maneira a atender todas as microrregiões, Implantação de um Programa que contemple ações educativas, que tenham como objetivo principal informar a sociedade quanto o descarte seguro e responsável dos resíduos. A efetiva instrução sobre os resíduos secos, não úmidos e não contaminados com resíduos orgânicos é necessária por uma questão de conforto do cidadão e de saúde (evitar cheiros e vetores). 344 Metas para a Coleta dos Resíduos Manutenção do índice de 100% de coleta dos resíduos sólidos urbanos nas micro regiões de Penedo e Núcleo Central e alcance desta meta para as demais localidades onde ainda não foi atingido este índice, destacando-se Maringá e Maromba que são áreas de difícil acesso e possuem uma frequência de coletas semanais menores que as demais regiões; Manutenção ou aumento da frequência de três coletas semanais de resíduos sólidos para todas as micro regiões. Atualmente em Maringá e Maromba são realizadas somente duas coletas semanais, condição que não atende normas existentes sobre esta temática, que preconizam a necessidade serem cumpridas ao menos três coletas semanais de maneira a atender satisfatoriamente todo o município através da prestação de um serviço adequado; Revisão da metodologia de contratação dos serviços de coleta de resíduos; Implantação do sistema de controle de frota; Realização de melhorias no sistema de coleta em áreas de difícil acesso, como as localidades Maringá e Maromba; Implantação de um sistema especial de coleta de resíduos para os pontos turísticos do município em períodos de aumento da população flutuante, como finais de semana, férias escolares e feriados. Realização de melhorias na divulgação para os munícipes dos horários e frequências das coletas através do fornecimento de material informativo, de maneira a evitar a disposição inapropriada dos resíduos nas calçadas por um longo período, evitando-se assim a proliferação de vetores e o prejuízo estético e organizacional da cidade, fato danoso aos consumidores, comerciantes, prestadores de serviços de forma geral e turistas, já que não é uma situação agradável e muito menos saudável o acúmulo de resíduos nas calçadas e ruas; Implementação do sistema de coleta baseado nos conceitos de logística reversa; 345 Implantação do sistema de coleta de resíduos eletrônicos; Implantação do sistema de coleta de efluentes oleosos (óleo de cozinha); Implantação do sistema de coleta de resíduos pneumáticos; e Implantação do sistema de coleta de resíduos volumosos. Metas para Tratamento dos Resíduos Implantação do Sistema de Coleta Seletiva porta a porta, atingindo 100% núcleo central do município. Ressalta-se que não há sistema de coleta seletiva no município de Itatiaia e sugere-se a implantação deste gradativamente para todas as micro regiões inseridas no município. O sistema de coleta seletiva proporcionaria inúmeros benefícios ao município, como possibilidade de reciclagem de materiais, diminuição dos resíduos encaminhados para o aterro localizado em Resende, situação esta que prolonga a vida útil do aterro sanitário existente, diminuição de gastos com a limpeza urbana, diminuição de custos de produção com aproveitamento dos recicláveis pelas indústrias, geração de empregos, dentre outros. Destaca-se ainda que o município de Itatiaia possui um grande atrativo turístico e a limpeza e organização da cidade são aspectos extremamente significativos para a satisfação dos turistas que visitam o local. De forma a proporcionar um sistema de coleta seletiva eficiente sugere-se as seguintes ações: Estruturação do Centro de Triagem: Propõe-se a instalação de galpão de triagem para seleção, separação e classificação dos resíduos provenientes da coleta seletiva e dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) para posterior comercialização para empresas recicladoras, visando a aumentar a quantidade recuperada de resíduos recicláveis e assim reduzindo a quantidade de resíduos a ser destinada para aterro controlado de Resende ou para qualquer outra destinação que futuramente seja definida. As atividades no galpão de triagem compreenderiam basicamente a recepção e acumulação dos resíduos provenientes da coleta seletiva e dos 346 PEVs, separação dos resíduos considerados indesejáveis para a reciclagem (rejeito de triagem), prensagem e enfardamento dos resíduos selecionados e armazenamento para comercialização. Sugere-se a implantação de um Centro de Triagem no município de Resende, próximo ou inserido na área do Aterro Controlado, em condições de receber os resíduos provenientes da coleta seletiva e dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) de todos os municípios componentes do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, formado por Quatis, Porto Real, Resende, Itatiaia, Bocaina de Minas e Itamonte, as duas últimas localizadas no Estado de Minas Gerais. A instalação do galpão deve ocorrer gradualmente, com capacidade de processamento compatível com as quantidades de recicláveis a serem recuperadas estabelecidas em função da projeção de geração dos municípios atendidos. A figura a seguir caracteriza uma configuração típica de unidade de triagem, a qual poderia ser adotada para o galpão proposto, contemplando área de recebimento e armazenamento dos materiais a serem triados, a área de triagem, a área de armazenamento dos materiais triados, área de prensagem, enfardamento e pesagem e área de armazenamento dos fardos e expedição. 347 Figura 91 - Centro de Triagem Organização dos Catadores de Materiais Recicláveis através do Cooperativismo; Fomento as ações de beneficiamento no próprio município dos recicláveis coletados e segregados; Incentivo as ações de redução, reutilização e reciclagem de resíduos; Incentivo a aquisição de produtos que possuem como matéria primas, os materiais recicláveis; Potencialização das ações de educação ambiental através de programas de educação ambiental, de forma a atingir 100% da população do município; Implementação da coleta seletiva em todos os órgãos públicos; 348 Capacitação técnica para todos os atores envolvidos; Implementação de tecnologias de reutilização e reciclagem; Incentivo as parcerias locais, envolvendo as indústrias e os setores de comércio e prestação de serviços; Aplicação de técnicas e métodos que permitam a avaliação sistêmica das ações de coleta seletiva e reciclagem de resíduos no município; Inclusão dos setores da Sociedade Civil Organizada que já desenvolvem ações de coleta seletiva e reciclagem de resíduos, permitindo assim a potencialização destas ações e programas; e Implementação de ações que possibilitem a reutilização dos resíduos volumosos. Para auxiliar o serviço de limpeza e coleta de resíduos é proposta a implantação de Pontos de Entrega Voluntária - PEVs - no município de Itatiaia, a qual se justifica pelo seu baixo custo de implantação e auxílio à coleta seletiva, acabando por diminuir a quantidade de resíduos destinados ao Aterro Controlado de Resende. Os PEVs podem se tornar instrumentos fundamentais para a solução do problema dos resíduos de construção civil, resíduos de poda e resíduos volumosos. A implantação dos PEVs também gerará economia, já que não necessita da coleta domiciliar e em locais irregulares. Outro aspecto positivo seria a destinação correta de resíduos especiais, como óleos de cozinha, pilhas, baterias e lâmpadas, que hoje não tem destinação adequada. Juntamente com os PEVs, podem ser criados projetos que absorvam catadores irregulares de cada região. Sugere-se a implantação de ao menos um Ponto de Entrega Voluntária – PEV para cada microrregião do município. A seguir está apresentada uma figura que representa um modelo básico de um Ponto de Entrega Voluntária. 349 Figura 92 - Pontos de Entrega Voluntária Metas para a Destinação Final dos Resíduos Disposição final dos RSU adequada, obedecendo critérios técnicos e ambientais aceitáveis, objetivando redução dos custos associados e ainda garantindo que os impactos negativos ao meio ambiente sejam minimizados. É importante relembrar que sejam quais forem as ações e tecnologias implantadas para diminuir a geração ou para reciclagem (valorização de reciclagem da matéria orgânica ou térmica) sempre haverá uma quantidade de resíduos que deverá ser destinada a aterros. Além das ações de redução na geração, independentemente das ações de segregação na fonte e valorização matéria (reciclagem), é importante buscar outras tecnologias que ajudem a reduzir a quantidade de resíduos a serem disponibilizados em aterros. 350 Implantação de uma alternativa ambientalmente aceitável de tratamento dos RSU, como reciclagem da matéria, a biodigestão anaeróbia, a compostagem e a valorização térmica. Conforme a tendência mundial, não existe uma solução única e o modelo de gestão empregado deve utilizar diferentes alternativas integradas e ao mesmo tempo, como por exemplo, a utilização da compostagem para redução da matéria orgânica, seguida da valorização térmica, que implica em uma grande redução de quantidade final de resíduos que terá como fim a destinação em aterros classificados. Formalização do consórcio Sul Fluminense II. Sugere-se a formalização do Consórcio considerando que, na atualidade, é a alternativa mais viável para a disposição final dos resíduos sólidos, pelos seguintes fatores: Já existe um convênio entre os municípios que foi assinado em 2.007 devido a urgência à época de buscar uma solução mais adequada de disposição dos resíduos sólidos que eram depositados em um lixão em condições insatisfatórias. Sugere-se ainda como meta a adoção de ações para que o aterro controlado em Resende torne-se um aterro sanitário, que é a melhor solução para a disposição dos resíduos. Uma situação de entrave na manutenção do Consórcio é o valor atualmente cobrado por tonelada de resíduo aterrado. Todavia, o valor satisfatório para ambas as partes deve ser estipulado entre os municípios que fazem parte do Consórcio, lembrando ser essencial visar a melhor solução na medida do possível. Remediação das áreas utilizadas como disposição final (lixão municipal); Eliminação total das áreas de descarte irregular de resíduos no município; Adoção de práticas educativas que eliminem a utilização de encostas e mananciais como locais de disposição final de resíduos; e Potencialização das práticas educativas que buscam a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, que possibilitam o aumento da vida útil do aterro sanitário e ainda a redução dos custos operacionais de aterro dos resíduos gerados. 351 11.4.2 Sistemas de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos dos Serviços de Saúde Sugere-se a implementação de ações adequadas de gestão e manejo dos resíduos dos serviços de saúde, minimizando riscos associados a questões ocupacionais, ambientais e de saúde pública, pois apesar de representarem apenas 2% dos resíduos sólidos urbanos, em função de suas especificidades, os resíduos dos serviços de saúde podem representar um grau de “vulnerabilidade”, para toda a sociedade e o meio ambiente. A principal meta a ser alcançada está relacionada à gestão adequada deste serviço, considerando que estes resíduos podem deixar de representar um grau de vulnerabilidade passando a ofertar possibilidade de oportunidades de negócios, tornando-se possível reaproveitar e reciclar um pequeno percentual de resíduos gerados nas unidades de saúde, desde que bem geridos. Os geradores desempenham papel fundamental na gestão, na medida em que as ações de segregação e acondicionamento devem ser desenvolvidas em pleno acordo com as legislações e normas vigentes. Outro ponto importante relacionado à segregação deste tipo de resíduo está diretamente ligado ao fato de que quando realizada de forma inadequada, acaba contribuindo para o aumento dos resíduos infectantes gerados em cada estabelecimento, pois permite o contato de resíduos comuns com os resíduos infectantes, aumentando assim os custos operacionais e os riscos ao ambiente e a qualidade de vida. Sugere-se ainda a atuação do Poder Público municipal como indutor de políticas públicas que visem à implementação de ações adequadas de gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde, promovendo, ainda, a articulação institucional entre todos os geradores e sociedade civil organizada a fim de possibilitar a sustentabilidade destas ações. Diferente dos resíduos sólidos urbanos, os resíduos 352 de serviços de saúde não estão sob a responsabilidade do poder público, uma vez que este arcabouço jurídico pertinente a esta temática estabelece a responsabilidade total do gerador desde a geração do resíduo até a sua destinação final. Neste caso cabe ao Poder Público a responsabilidade somente dos resíduos gerados em suas próprias unidades. Quanto à municipalidade, ainda cabe a elaboração do PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde para cada unidade pública de saúde, e ainda a elaboração e implementação de um “PGRSS” que contemple todo o município e possa servir como elemento norteador e balizador para os demais planos individuais de cada estabelecimento. A busca pela melhora da qualidade de vida, por melhores serviços prestados na área de saúde humana e a redução dos impactos ambientais provenientes da geração, acondicionamento, coleta, tratamento e destino final destes resíduos, passam pela elaboração e implementação de “planos de gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde – PGRSS”, já preconizados nas legislações desta temática. Estes “planos” devem contemplar de forma individual cada estabelecimento gerador deste tipo de resíduo, assegurando o correto manejo em sua fase “intra” e “extra” estabelecimento. É importante a atuação do município, dentro das suas competências, em exigir dos estabelecimentos de serviços de saúde a apresentação e implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde, devendo na elaboração do mesmo, serem considerados princípios que conduzam à segregação dos resíduos, bem como a soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e disposição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelos órgãos de meio ambiente e de saúde competentes, na busca de minimizar a contaminação dos resíduos e consequentemente a geração de RSS contaminados. 353 Sugere-se que a base de cálculo dos valores cobrados seja equivalente ao custo da prestação dos serviços e seja rateada entre os geradores, na proporção da quantidade potencial de resíduos sólidos dos serviços de saúde gerados, transportados, tratados e objeto de destinação final. Metas para a coleta dos resíduos dos serviços de saúde Ampliação do sistema de coleta de resíduos dos serviços de saúde para 100% dos geradores de resíduos dos serviços de saúde no município; Implantação de taxa para todos os geradores, buscando assim a sustentabilidade do sistema; Adoção de práticas educativas, que aprimorem as ações de segregação e acondicionamento dos resíduos, assegurando assim menor quantidade de resíduos infectantes encaminhados para a coleta; Capacitação técnica dos atores envolvidos. A direção dos estabelecimentos de saúde tem a responsabilidade de assegurar que os RSS sejam manuseados de forma a garantir a segurança do pessoal, dos pacientes, da comunidade e do meio ambiente. Aplicação de técnicas ocupacionais seguras; Intensificação das ações de fiscalização e controle; Vinculação da autorização para funcionamento dos novos estabelecimentos de saúde ao cadastro de geradores do município; e Universalização do sistema de coleta para todos os geradores. Metas para a etapa de Tratamento dos resíduos dos serviços de saúde Formalização do Consórcio Municipal das Agulhas Negras, que permite à utilização por parte do município de tecnologia disponível no Aterro Controlado do Município de Resende. Ressalta-se neste caso as melhorias realizadas recentemente com a implantação de um contêiner para manter os 354 resíduos dos serviços de saúde refrigerados e armazenados adequadamente até a sua remoção e transporte para o local da incineração. Adoção de uma base de cálculo dos valores cobrados que seja equivalente ao custo da prestação dos serviços, a ser rateada entre os geradores, na proporção da quantidade potencial de resíduos sólidos dos serviços de saúde gerados, transportados, tratados e objeto de destinação final, buscando assim a sustentabilidade do sistema; e Adoção de práticas educativas, que aprimorem as ações de segregação e acondicionamento dos resíduos, assegurando assim menor quantidade de resíduos infectantes encaminhados para o tratamento, reduzindo assim os custos operacionais, na medida em que serão tratados somente os resíduos infectantes. É importante a existência de um programa de educação continuada dirigido às autoridades municipais, às empresas de coleta de lixo, aos centros de saúde locais, às associações de bairro, às comunidades carentes e aos catadores de lixo. Estes últimos necessitam de atenção especial para a proteção de sua saúde e inserção no contexto de valorização social. Promover a segregação dos RSS, objetivando reduzir os riscos, já que enquanto os RSS (comuns e perigosos) forem manejados juntos, toda a massa de resíduos produzida será potencialmente perigosa; baixar os custos de gestão, minimizando a massa de resíduos que necessitam de tratamento especializado por sua periculosidade e permitir a reciclagem, realizando a separação entre os RSS dos Grupos A, B e C e os resíduos comuns (Grupo D), permitindo que estes últimos possam ser manejados sem nenhuma precaução especial e eventualmente reciclados. Metas para a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde Adoção de práticas educativas, que aprimorem as ações de segregação e acondicionamento dos resíduos, assegurando assim menor quantidade de 355 resíduos infectantes encaminhados para o tratamento e posteriormente para a disposição final; Adoção de uma base de cálculo dos valores cobrados que seja equivalente ao custo da prestação dos serviços, a ser rateada entre os geradores, na proporção da quantidade potencial de resíduos sólidos dos serviços de saúde gerados, transportados, tratados e objeto de destinação final, buscando assim a sustentabilidade do sistema; Adoção de um método de tratamento adequado às características dos resíduos dos serviços de saúde a serem dispostos, considerando em especial a periculosidade destes. Quando se utiliza um processo de tratamento diferente da incineração, é conveniente, como medida de precaução, dispor os RSS em uma célula especial dentro do aterro. Adoção de ações para que o aterro controlado em Resende torne-se um aterro sanitário. Uma vez que os RSS tenham sofrido segregação prévia e tratamento, o destino final mais adequado do produto resultante é um aterro sanitário. Esse método de disposição final consiste no confinamento dos resíduos, no menor volume possível (por meio da compactação realizada por tratores esteiras ou rolos compactadores) e no isolamento dos detritos em relação ao ar livre, mediante sua cobertura diária com uma camada de solo, preferencialmente argila. Implantação de medidas que promovam a destinação final apropriada destes resíduos, tais como, célula de segurança em terreno adequadamente impermeabilizado, a fim de evitar contaminação do solo e, em particular, do lençol freático; ambiente totalmente cercado (altura mínima de 2,5 metros) e vigiado 24 horas por dia para evitar a entrada de pessoas não autorizadas; disposição de um sistema de coleta e tratamento das águas de lixiviação antes de seu lançamento; disposição de sistema adequado de captação de gases produzidos e posterior liberação na atmosfera; disposição de sistema de proteção das águas subterrâneas; disposição de sistema de drenagem de águas pluviais e disposição de sistema de monitorização do lençol freático e do tratamento de líquidos percolados. 356 11.4.3 Sistemas de Coleta, Tratamento e Destino Final dos Resíduos da Construção Civil. A sua representação na composição média gravimétrica de todos os resíduos sólidos urbanos ocupa posição de destaque, bem como as suas consequências para o meio, pois historicamente tem se observado a ausência por parte de geradores públicos e privados de ações adequadas de manejo e destino final deste tipo de resíduo. Os atores envolvidos se caracterizam basicamente por pequenos geradores, normalmente oriundos de obras e intervenções públicas e os grandes geradores, sendo estes em sua maioria privados. A legislação pertinente a estes resíduos, estabelecida a nível nacional pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, por meio de uma resolução, estabelece a responsabilidade do gerador desde a geração até a disposição final adequada do resíduo. É necessário que o município atenda à legislação federal (Resolução CONAMA n° 448/2.012), desenvolvendo o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil e implantando regras para o licenciamento de novas construções dos grandes geradores. O “Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil – PGRCC” é um documento que deve ser elaborado e implementado por cada gerador. Os pequenos geradores encontram-se isentos de possuir um PGRCC para as suas respectivas intervenções, no entanto devem desenvolver os seus procedimentos em acordo com o “Plano Municipal de Gerenciamento”, que será elaborado e implementado pela municipalidade. 357 A municipalidade ainda deve intensificar as ações de fiscalização e controle, a fim de minimizar os impactos causados pelo manejo inadequado deste tipo de resíduo e ainda controlar e eliminar as áreas de disposição final inadequadas, popularmente conhecidas como “bota-fora”. Sugere-se a implantação de um programa que vise uma gestão sustentável dos resíduos de construção e demolição (RCD), como o Projeto Entulho Limpo da Baixada (ELB), que tem como finalidade uma gestão adequada dos RCDs gerados nos municípios envolvidos através da implantação de um sistema de coleta, transporte e reciclagem dos Resíduos da Construção Civil. Metas para a etapa de coleta dos resíduos da construção civil Implantação de um sistema público de coleta de resíduos, por meio de unidades de recebimento de pequenos volumes localizadas em pontos estratégicos do município. Para se evitar o descarte clandestino, o município pode intervir disponibilizando Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), os mesmos implantados para os resíduos especiais, sendo que, no caso de uma segregação correta, estes materiais podem ser reaproveitados pelo município. Além dos PEVs, a estação de transbordo deve servir como local de recebimento destes resíduos. É necessário que em paralelo ao Plano de Saneamento, o município atenda à legislação federal, desenvolvendo o Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil e implantando regras para o licenciamento de novas construções dos grandes geradores. Desenvolvimento de ações de fiscalização e controle nos prestadores privados de coleta de resíduos da construção civil; e Implementação dos serviços de coleta nas microrregiões de Maringá e Maromba. 358 Metas para o tratamento dos resíduos da construção civil Incentivo as ações de tratamento dos resíduos da construção civil; Adoção de práticas educativas, que visem à redução, reutilização e reciclagem dos resíduos; Incentivo a projetos de construções sustentáveis que reduzam ao máximo a geração de resíduos; Incentivo ao consumo de produtos oriundos de materiais recicláveis; e Incentivo às ações de reutilização destes resíduos nas microrregiões de Maringá e Maromba. Metas para a etapa de disposição final dos resíduos da construção civil Eliminação total das áreas utilizadas irregularmente como disposição final, considerando que os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d'água, lotes vagos e em áreas protegidas por lei; Implementação de técnicas sustentáveis que permitam a disposição final adequada. as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores devem ser definidas no Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil; Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser destinados das seguintes formas: Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou encaminhados a aterro de resíduos classe A de reservação de material para usos futuros, Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura, Classe C: deverão ser 359 armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas, Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas específicas. A disposição final dos resíduos da construção civil devem atender a Resolução CONAMA n° 448/2.012. 11.4.4 Serviços Complementares de Limpeza Urbana Para a delimitação do escopo dos serviços a serem executados no âmbito deste sistema, devem ser levados em consideração parâmetros relacionados ao uso e ocupação do solo, bem como as variáveis socioambientais. No município de Itatiaia, os serviços complementares abrangem todo o município, tanto o núcleo central quanto as microrregiões de Maringá e Maromba, envolvendo vários setores da municipalidade, tornando assim um conjunto de ações multisetorais resultando em um serviço de melhor qualidade para todos os munícipes. O fortalecimento destas ações, passa pela necessidade de ampliação dos serviços executados, bem como a participação da sociedade civil, possibilitando assim a manutenção de todo o sistema. A articulação institucional contribuirá para a potencialização e sistematização destas ações, que permeiam por todo o município de forma local e objetiva. Metas para os Serviços Complementares de Limpeza Urbana Ampliação dos serviços de limpeza urbana; Ampliação dos serviços de coleta e destino final dos resíduos oriundos das atividades de limpeza urbana; Incentivo a parcerias público-privadas para execução das atividades de limpeza urbana; 360 Capacitação técnica para todos os atores envolvidos; Ampliação das ações de fiscalização e controle; Elaboração e prática de estrutura tarifária para a promoção da sustentabilidade financeira do sistema; Incentivo a adoção de novas tecnologias para a execução destes serviços; Articulação institucional, tornando o sistema multi-setorial; Regionalização da mão de obra; e Potencialização das práticas educativas, possibilitando a toda sociedade adoção de práticas sustentáveis e responsáveis, necessárias para a manutenção de limpeza urbana no município. 11.5 Síntese do Plano de Metas Tabela 65 - Síntese das Metas (Parte 1) Meta / Detalhamento Indicador (es) Físico (s) 5 anos 10 anos 20 anos Práticas educativas com a temática dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) Programa de Ações elaboração / implantação ---- ---- Implantação dos Programas Estaduais, anteriormente listados, que o município opte por participar Programa de Ações Implementação do Programa ---- ---- Percentual de substituição 50% 100% 100% Programa de Ações Implementação do Programa ---- ---- Programa de Educação Ambiental abordando a temática de descarte seguro e responsável dos resíduos urbanos Índice de Atendimento 100% 100% 100% Coleta dos resíduos sólidos urbanos Índice de Atendimento 100% 100% 100% Percentual de monitoramento 100% 100% 100% Coleta dos resíduos sólidos nas áreas de difícil acesso Índice de Atendimento 100% 100% 100% Coleta dos resíduos sólidos nas micros regiões de Maringá e Maromba Índice de Atendimento 100% 100% 100% Implantação do Sistema de Coleta Seletiva Capacidade de Processamento 25% 50% 100% Instalação do Centro de Triagem Unidade em funcionamento Instalação da Unidade ---- ---- Programa de Ações Cooperativa Instalada ---- ---- Substituição dos atuais métodos de acondicionamento que utilizam principalmente as sacolas plásticas por sacolas ecologicamente corretas Ações de comunicação e marketing ambiental Sistema de controle da frota Organização dos Catadores de materiais recicláveis através do cooperativismo 361 Tabela 66 - Síntese das Metas (Parte 2) Meta / Detalhamento Ações de redução, reutilização e reciclagem de resíduos Programa de Educação Ambiental abordando a temática de resíduos sólidos Indicador (es) Físico (s) Programa de Ações Programa de Ações 5 anos elaboração / implantação elaboração / implantação 10 anos 20 anos ---- ---- ---- ---- Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos nos Órgãos Públicos Programa de Ações 50% dos órgãos públicos 100% dos órgãos públicos ---- Remediação das áreas utilizadas como lixão municipal Programa de Ações 100% ---- ---- Eliminação total das áreas de descarte irregular de resíduos no município Programa de Ações 100% ----- ---- Plano Diretor elaboração / implantação ---- ---- Sistema de Coleta de Resíduos dos Serviços de Saúde Índice de Atendimento 100% 100% 100% Implementação de tarifa para os geradores dos resíduos dos serviços de saúde Plano Tarifário elaboração / implantação ---- ---- Implementação de tecnologia de tratamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde Unidade em funcionamento Instalação da Unidade no CTR ---- ---- Plano Municipal de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil Plano Diretor elaboração / implantação ---- ---- Implantação de um sistema de coleta de resíduos da construção civil para pequenos geradores através de unidade de recebimento de pequenos volumes Unidades em Funcionamento 1 (uma) unidade 2 (duas) unidade 5 (cinco) unidade Eliminação das áreas utilizadas irregularmente como disposição final dos resíduos da construção civil Percentual de eliminação 75% 100% ---- Implementação de Técnicas sustentáveis que permitam a disposição final dos resíduos da construção civil Unidade em funcionamento Instalação da Unidade no CTR ---- ---- Aumento do percentual atual de Obtenção do ICMS Ecológico através da remediação dos lixões Percentual de Obtenção 25% 50% 100% Índice de Atendimento 100% 100% 100% Programa de Ações 50% 100% ---- Plano Municipal de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde Manutenção dos serviços de limpeza urbana Implantação da coleta seletiva de resíduos perigosos (lâmpadas/pilhas/baterias) 362 12. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS 12.1 Serviço de Abastecimento de Água Os Programas considerados essenciais para o atingimento das metas para o serviço de abastecimento de água nos aspectos da gestão e comercialização são: A - Programa de Redução de Perdas e Racionalização do Consumo, subdivido nas seguintes ações e/ou subprogramas: A.1 - Implantação de Micro medidores; A.2 - Adequação do Plano Tarifário ao conceito da tarifa progressiva medida; A.3 - Implantação de Macromedições; e A.4 - Implantação de Programa de Pesquisa de Vazamentos. B - Implantação de Centro de Controle Operacional, subdivido nas seguintes ações e/ou subprogramas: B.1 - Implantação de equipamentos de alta tecnologia para monitoramento contínuo da produção, reservação e distribuição de água tratada e recalque de esgotos através das estações elevatórias e ETAs. C - Programa de Relacionamento com os Usuários, subdivido nas seguintes ações e/ou subprogramas: C.1 - Implantação de Central de Atendimento ao usuário; C.2 - Implantação do “Disque Água”; e C.3 - Implantação de Sistema de Informações para gerenciamento de toda relação com os usuários. 363 D - Programa de Combate à Inadimplência, subdivido nas seguintes ações e/ou subprogramas: D.1 - Implantação de sistema de cobrança eficaz e monitoramento da situação de adimplência dos usuários; D.2 - Implantação de equipes de corte e monitoramento da cobrança; e D.3 - O programa de redução gradativa da inadimplência. E - Programa de Gerenciamento de Grandes Consumidores, subdivido nas seguintes ações e/ou subprogramas: E.1 - Engajamento dos grandes consumidores para interligação à rede pública; e E.2 - Gerenciamento e racionalização dos consumos. Assim intitulados os Programas, serão apresentados na sequência maiores esclarecimentos sobre os programas acima descritos: A - Programa de Redução de Perdas e Racionalização do Consumo: Implantação de Micro medidores - Este programa tem por objetivo a redução das perdas de água resultantes de falta de medição que induz os usuários a um consumo desmedido de água tratada. Este programa deverá estar em estrita sintonia com implantação da CCO (Central de Controle Operacional) já que a micromedição setorial deverá estar acompanhada da macromedição do setor para efeito de análise de perdas. Os cavaletes e instalações periféricas ao hidrômetro deverão ser devidamente padronizados e controlados em um Sistema de Informações, para controle da vida útil, programa de aferição e troca programada. Adequação do Plano Tarifário ao conceito da tarifa progressiva medida - Uma vez instalados os micro medidores, há que se implantar um Plano Tarifário que 364 estimule os usuários a racionalizar o consumo de água tratada. O Plano Tarifário de Tarifa Progressiva, previsto no Art. 30 Inciso I da Lei 11.445/07, cumpre esta tarefa, na medida em que a tarifa se torna mais cara para os consumos mais elevados. Esta estrutura tarifária será analisada adiante no PMSB e será objeto de aprovação pelo Titular dos Serviços. Implantação de Macromedição - Uma vez instalados os hidrômetros nas ligações de um determinado setor, deverá haver uma comparação entre o somatório dos valores micro medidos aos volumes de abastecimento do referido setor, de forma a monitorar as eventuais perdas por vazamentos, fraudes etc. Esta macromedição se dá nas captações, nas saídas das unidades de abastecimento e em pontos estratégicos da rede de distribuição. Recomenda-se o uso de tecnologia de telecomunicações para incorporação dos dados obtidos na CCO (Central de Controle Operacional). Implantação de Programa de Pesquisa de Vazamentos - O objetivo do Programa de Pesquisa de Vazamentos é a detecção de vazamentos não visíveis (vazamentos que não afloram à superfície), por meio da utilização de mecanismos e equipamentos específicos, capazes de permitirem seu conserto de maneira eficaz e com menores custos. A síntese do programa é a seguinte: Seleção da área a ser monitorada; Setores de Medição e Controle (SMC) - priorização das áreas macro medidas; Priorização das áreas de alta pressão nas quais a incidência de vazamentos geralmente é maior; Áreas com rede mais antigas, nas quais a ocorrência de vazamentos é maior; e Áreas com histórico de vazamento acentuado nas quais sejam verificados alto número de consertos. 365 Após a seleção da área a ser monitorada procede-se à primeira “varredura” da rede com o auxilio do geofone. O geofone é um equipamento com algumas limitações tais como suscetibilidade a ruídos externos (ex. vento, chuva, veículos, etc.) que podem ser confundidos com ruídos indicadores de vazamento e, embora não garanta uma eficácia na localização de vazamentos idêntica aos correlacionadores de ruídos, tem como vantagem o fato de ser um método relativamente simples e de baixo custo. O programa prevê que o geofonamento seja efetuado sempre em horário de menor movimento de veículos na rua (madrugada) e sempre em áreas com pressão maior ou igual a 10 m.c.a., condições que proporcionam redução do erro na escuta. A figura abaixo apresenta um melhor entendimento do problema e a priorização das ações de redução de perdas. Balanço hídrico Comercial Residencial Consumo Medido Industrial Volume MicroMedido Volume Autorizado Consumo Real Volume Disponibilizado (Volume Produzido) Público Volume não medido (usos operacionais, emergenciais e sociais) Consumo não Medido Imprecisão de Micromedição, fraudes, roubos etc. Perdas Aparentes de Gestão Perdas Perda Real Vazamentos, extravazões, rompimentos Figura 93 - Redução de Perdas 366 Perdas Físicas Perdas Totais B - Implantação de Centro de Controle Operacional (CCO) De acordo com o Inciso VII, parágrafo 1º do Artigo 29 da Lei 11.445/07, é estimulada a utilização de tecnologias que resultem em maior eficiência operacional e consequentemente em tarifas menores. A CCO cumpre este papel na medida em que permite uma integração entre os sistemas, automatizando funções como acionamento de bombas e manobra de registros, etc. C - Programa de Relacionamento com os Usuários Implantação de Central de Atendimento ao usuário – É desejável que o prestador de serviços disponibilize um local de atendimento onde o usuário pode solicitar os serviços, contestar cobranças consideradas incorretas, efetuar pagamentos, parcelar débitos, reclamar sobre qualquer aspecto de qualidade etc. Preferencialmente tal central deverá ser localizada no centro da cidade, em local de fácil acesso via transporte público, dotada de sistema de senhas, área adequada de espera do atendimento, ar-condicionado, etc. Implantação do “Disque Água” - Esta forma de comunicação, prevista nos regulamentos da Anatel, permite aos cidadãos, rápido acesso para informação de rompimentos de tubulações e adutoras, solicitação de serviços de qualquer natureza, etc.; Implantação de Sistema de Informações para gerenciamento de toda relação com os usuários – Deverão fazer parte deste sistema o gerenciamento dos consumos, emissão de faturas, baixa nos pagamentos, emissão de notificações, parcelamento de débitos, abertura e monitoramento das ordens de serviços de ligações, reparos, remanejamentos etc., gerenciamento da inadimplência incluindo o corte das ligações em caso de não pagamentos após as notificações, emissão de relatórios gerenciais, etc. 367 D - Programa de Combate à Inadimplência A sustentabilidade econômica do sistema é prevista na Lei 11.445/07 onde se lê no Artigo 2º inciso VII como um dos princípios fundamentais: “eficiência e sustentabilidade econômica”. Também se lê no Artigo 29: “Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços”. Portanto não poderá haver uma boa prestação dos serviços sem a contraprestação que é a adequada cobrança. A não cobrança pelos Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário não permitem um equilíbrio vital para uma prestação de serviços eficaz e duradoura. Quando o município de Itatiaia tiver um sistema de cobrança para tais sistemas, este programa visa a estabelecer metas e procedimentos de combate ao inadimplemento dos pagamentos, educando gradativamente os usuários no sentido de atingir níveis aceitáveis no mercado, hoje na faixa de 3 a 6%. E - Programa de Gerenciamento de Grandes Consumidores Grandes empresas, principalmente industriais, estão instaladas e continuam a se instalar no município e na maioria dos casos, não estando interligadas à rede pública. Exemplos são Xerox do Brasil Ltda., montadora de máquinas, equipamentos e aparelhos de sistemas eletrônicos, e Pneumáticos Michelin Ltda., fábrica de pneus e câmaras-de-ar, recauchutagem de pneus, ambas localizadas às margens da Rodovia Presidente Dutra. De acordo com o princípio do subsídio cruzado, é extremamente saudável tanto para o sistema de prestação de serviços como para as empresas, que têm foco em sua atividade fim, que haja o engajamento destas empresas para interligação ao sistema público. 368 Os altos consumos, associados a um Plano Tarifário que estabeleça categoria específica para atividade industrial com valores típicos, deverá alavancar o sistema sob o enfoque da sustentabilidade econômica. Também deverá haver interesse das empresas já que deixam de assumir a responsabilidade sobre os serviços e podem até vir a reduzir seu custo total. 12.2 Serviço de Esgotamento Sanitário O lançamento descontrolado de esgotos nos solos ou em nascentes, rios, lagos e outros corpos d’água representa hoje uma das principais causas da poluição hídrica no Brasil e no mundo, constituindo-se em fontes de degradação do meio ambiente e de proliferação de doenças. A relação entre o atendimento por saneamento básico, em especial esgotos sanitários e a melhoria dos indicadores de saúde pública, traduz-se numa das relações mais ponderáveis e reconhecidas no meio técnico-científico, incidi na permanência de populações que não têm acesso a ambientes saneados, com disposição adequada dos excretas e águas servidas. É premente, pois, a necessidade de prover as cidades de tratamento adequado de seus esgotos, seja com tecnologias tradicionais seja com tecnologias alternativas, a depender do contexto de cada área. No entanto, para enfrentar a complexidade da questão do atendimento por sistema de esgotamento sanitário no Brasil é urgente que se trabalhe sobre uma nova perspectiva no trato desta questão. Em outras palavras, é preciso mudar paradigmas por muito tempo prevalecentes. Para assegurar a efetividade dos serviços públicos de esgotamento sanitário nas ações de saneamento básico e o efetivo benefício às populações, há a necessidade de se compreendê-lo para além de um esforço de caráter tecnológico, embora este 369 seja elemento essencial. O sucesso das iniciativas relacionadas ao saneamento será mais provável se o mesmo for visto como objeto complexo, que extrapola a suficiência tecnológica, e requer mais a integração da visão tecnológica com a visão de política pública. Mudar esta perspectiva implica em considerar os serviços públicos de esgotamento sanitário como área de atuação do Estado que demanda sim, investimento em infraestrutura, mas antes formulação, avaliação, organização institucional e participação da população como cidadãos e usuários. Nesse caso, verifica-se que diversos atores institucionais e sociais se articulam para prover os serviços à população. Conduzido pela Administração Pública Municipal, o saneamento básico é uma excelente oportunidade para desenvolver instrumentos de educação sanitária e ambiental, o que aumenta sua eficácia e eficiência. Por meio da participação popular ampliam-se os mecanismos de controle externo da administração pública, concorrendo também para a garantia da continuidade na prestação dos serviços e para o exercício da cidadania. É por esta ótica que está sendo elaborado o Plano Municipal de Saneamento Básico de Itatiaia, do qual o Programa de serviços de esgotamento sanitário é parte integrante. De um modo geral, observa-se que de todos os componentes do sistema de saneamento básico municipal, o esgotamento sanitário é o que apresenta maior carência. Assim, argumenta-se que, além de sua importância socioambiental, os serviços de esgotamento sanitário, enquanto atividade econômica apresenta ganhos de eficiência e de rentabilidade altamente crescentes em escala ao longo do tempo, 370 devendo ser disponibilizado a toda a população, independente da sua capacidade de pagamento. Entre os ganhos desta natureza pode-se citar: Valorização dos imóveis e do preço da terra; Redução de gastos do sistema de seguridade social e das empresas públicas e privadas, motivados por afastamentos de funcionários em função de doenças associadas à falta de saneamento básico; Aumento da produtividade de trabalhadores, com ganhos em sua renda; Desoneração do sistema público de saúde, com atendimentos e internações motivadas por diversas morbidades (e até mortalidade) que tem sua origem na falta de esgotamento sanitário. 12.2.1 Princípios e Diretrizes São princípios básicos e diretrizes dos programas dos serviços de esgotamento sanitário: 1. Universalização do acesso ao serviço de esgotamento sanitário; 2. Regularidade na prestação dos serviços; 3. Eficiência e qualidade do sistema; 4. Segurança operacional do sistema de esgotamento sanitário, inclusive aos funcionários que o mantém; 5. Busca da generalidade e da modicidade das soluções adotadas; 6. Adoção de critérios sociais, epidemiológicos e ambientais para o estabelecimento de prioridades de intervenção e não somente o retorno monetário do investimento; 7. Participação comunitária; 8. Integração e articulação dos serviços de esgotamento sanitário com os demais serviços públicos; 371 9. Fundamentar-se na questão da saúde pública, visando evitar/minimizar riscos epidêmicos oriundos do estado de degradação dos corpos receptores, bem como dos lançamentos de esgotos diretamente nos logradouros públicos; 10. Conservação dos recursos naturais; 11. Redução dos gastos públicos aplicados no tratamento de doenças, tendo em vista sua prevenção na origem. 12.2.2 Objetivos 12.2.2.1 Objetivo Geral Os programas de esgotamento sanitário visam promover o aumento da eficiência dos serviços de esgoto em operação, bem como proporcionar sua expansão visando à universalização do acesso, tendo como resultado a redução dos passivos ambientais e a promoção de condições favoráveis à qualidade de vida da cidade. 12.2.2.2 Objetivos Específicos Também constituem objetivos dos programas: 1. Realizar levantamento cadastral e mapeamento; 2. Elaborar de Estudo de Concepção Geral dos Sistemas de Esgotamento Sanitário de Itatiaia, visando replanejamento, integração melhorias operacionais, automação; 3. Atender à legislação quando ao licenciamento ambiental e a outorga lançamento dos SES; 4. Regularizar e fiscalizar as atividades de limpa fossa; 5. Promover assistência técnica nas etapas de projeto e execução de sistemas individuais de tratamento; 6. Efetivar as ligações prediais de esgotos, nos sistemas públicos; 7. Realizar supervisão de obras dos SES; 372 8. Destinar adequadamente os efluentes líquidos e os lodos gerados nas ETEs; 9. Realizar a manutenção preventiva e corretiva dos sistemas de esgotamento sanitário; 10. Ampliar a cobertura de SES, com metas progressivas; 11. Realizar o monitoramento de lançamento de efluente; 12. Elaborar projetos para aperfeiçoamento das ETEs; 13. Minimizar os odores excessivos das ETEs; 14. Realizar estudo para viabilidade de reaproveitamento dos efluentes passíveis de novos usos; 15. Identificar e regularizar os sistemas individuais ou coletivos particulares; 16. Elaborar Plano de Prevenção Contra Panes para unidades do SES; 17. Implantar sistemas de automação nos SES; 18. Realizar ações educativas e de fiscalização visando a erradicação de ligações clandestinas. 12.2.3 Programas 12.2.3.1 Programa de Gerenciamento do Serviço de Esgotamento Sanitário Consideram-se três gerenciamento das áreas específicas atividades referentes e distintas ao fundamentais provimento dos para serviços o de esgotamento sanitário: a área técnica, a área operacional e a área financeira. O fluxo de informações entre os diversos setores que compõem estas três áreas elementares é fundamental para um funcionamento adequado das unidades componentes de um sistema de esgotos sanitários. Diante das dificuldades que se impõem aos gestores para adequado oferecimento dos serviços de esgotamento sanitário, que incluem recursos para melhorias e expansões do sistema, novas tendências devem ser traçadas no sentido da 373 otimização global, não somente em nível de operação e manutenção, mas também no nível gerencial comercial, de projetos, de obras. O Programa de Gerenciamento dos serviços de esgotamento sanitário é um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que a administração municipal deverá desenvolver, com base em critérios sanitários, ambientais, social e econômicos para coletar, transportar, tratar e dispor os efluentes produzidos em seu território. 12.2.3.2 Programa de Monitoramento e Controle dos Efluentes das Estações de Tratamento de Esgotos O objetivo que se pretende alcançar com a implantação de uma estação de tratamento de esgotos sanitários é, em primeira instância, a remoção dos principais poluentes presentes nas águas residuárias. As Estações de Tratamento de Esgotos – ETEs, portanto, em muito contribuem para a melhoria das condições de vida e de saúde da população e para resguardar o meio ambiente de degradação. Entretanto, a relação entre estas unidades e a população a ser beneficiada nem sempre é harmônica. Esta dificuldade de relacionamento é normalmente provocada pelos incômodos que estas estruturas podem provocar em áreas residenciais devido, principalmente à geração de odores desagradáveis e ruído. Os processos de tratamento de esgotos são formados por uma série de operações unitárias empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis ou para transformação destas substâncias em outras de forma aceitável. Esta remoção dos poluentes no tratamento, de forma a adequar o lançamento a uma qualidade desejada ou de acordo com os padrões de qualidade estabelecidos pela legislação. 374 Estes mecanismos são desenvolvidos nos diferentes níveis e processos de tratamento dos esgotos sanitários, sendo que a escolha do melhor processo de tratamento a ser adotado deve levar em conta tanto os aspectos técnicos como os financeiros, conciliando-os de forma a atender da melhor maneira possível a realidade local. Cada um dos tipos de tratamento tem suas características típicas, bem como seus equipamentos mínimos necessários, devendo haver sempre a ponderação das vantagens e desvantagens de cada sistema. 12.2.3.3 Programa de Erradicação de Ligações Clandestinas As ligações clandestinas e improvisadas para o lançamento do esgoto in natura nos rios e solos são medidas tomadas devido à ausência do poder público no gerenciamento do espaço urbano e como se sabe, a destinação inadequada de esgotos sanitários é a principal causadora de poluição do solo, de lençóis freáticos, de mananciais e de cursos d’água e, consequentemente, de uma série de doenças. Com o desenvolvimento gradativo do Programa de serviços de esgotamento sanitário de Itatiaia e suas diversas ações, torna-se ainda mais premente a eliminação dos lançamentos indevidos de esgotos, de forma que o programa cumpra, ao longo do horizonte de seu desenvolvimento, integralmente a finalidade para a qual foi instituído, que é, basicamente, coletar e tratar a totalidade os esgotos gerados no município, com as consequências benéficas advindas destas medidas. 12.3 Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais As cidades contemporâneas não podem evitar o confronto com problemas causados pelas chuvas e seu consequente escoamento. Parte dos mais antigos esforços da humanidade concentrou-se na velha batalha com as forças da natureza em forma de água. 375 Cada vez mais torna-se necessário trabalhar os efeitos da água onde quer que ela afete as estruturas e as infraestruturas das sociedades. Neste contexto, o papel dos técnicos e dos gestores públicos em conexão com os vários efeitos da água, pode ser agrupado de forma genérica em três categorias de compromissos principais: 1. Controle de inundações: gerenciar o escoamento natural das águas de chuva para prevenir danos a propriedades e perdas de vidas; 2. Recursos hídricos: explorar os recursos hídricos disponíveis para propósitos benéficos, como abastecimento de água, irrigação, e navegação, por exemplo; e 3. Qualidade da água: administrar o uso da água para prevenir a degradação causada pelos poluentes naturais e antrópicos. O foco destas metas e ações inseridas no programa de saneamento básico para os serviços de manejo de águas pluviais URBANA é a gestão das águas pluviais urbana do município de Itatiaia para abrandar os efeitos adversos do escoamento desses águas pluviais e promover uma melhoria na qualidade dos corpos d’água, aproveitando-os de maneira sustentável. Não se pode considerar a drenagem urbana isoladamente no âmbito do cenário de desenvolvimento urbano. Isso porque são diversas as interfaces desse setor com a questão fundiária urbana, com o atendimento por esgotamento sanitário, com a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com o planejamento do uso do solo da cidade, com a conservação ambiental, entre outras. Os impactos que ocorrem na drenagem urbana são, em primeiro lugar, consequência direta das práticas de uso do solo e da forma pela qual a infraestrutura urbana é planejada, implantada e legislada. Outra questão importante associada aos problemas da drenagem urbana diz respeito ao crescimento populacional. O crescimento da população urbana tem sido acelerado nas últimas décadas no Brasil, fazendo crescer desordenadamente as cidades e fazendo surgir metrópoles na maior parte dos estados brasileiros. Essas 376 áreas urbanas e metropolitanas normalmente se formaram a partir de um núcleo principal mais consolidado e sua expansão para áreas circunvizinhas. Este processo, infelizmente, tem sido caracterizado pela expansão irregular das regiões periféricas, com pouca ou nenhuma obediência à regulamentação urbana, em geral por populações de baixa renda. Desse modo, assiste-se atualmente a uma série de eventos desastrosos, alguns de natureza trágica, a cada período de chuvas e que afetam principalmente vales inundáveis e encostas erodíveis. Quase sempre estes eventos são tratados essencialmente em nível emergencial pelos sistemas de defesa civil, havendo ainda relativamente poucas políticas públicas para equacionamento prévio dos problemas. Este aumento dos prejuízos humanos e materiais causados por enchentes em cidades brasileiras relaciona-se, por outro lado, com a baixa capacitação institucional e técnica dos municípios para resolução dos problemas no setor, com a formação histórica de uma concepção inadequada das ações de drenagem urbana, pontuais e desarticuladas, e, portanto, na baixa sustentabilidade das mesmas, com a insuficiência da oferta de infraestrutura de drenagem urbana e com a escassez de recursos para implementação de ações que visem a gestão do escoamento das águas urbanas e, por último, com a ausência de mecanismos de controle social na prestação deste tipo de serviço. O resultado é a degradação do ambiente, da saúde pública e da qualidade de vida nas cidades. Da mesma forma que em outras cidades, a atual configuração do sistema de drenagem de Itatiaia relaciona-se diretamente com o crescimento urbano desordenado. Além disto, o relevo acidentado do Município também contribuiu na conformação do atual sistema, sendo que muitos leitos naturais acabaram sendo aproveitados como elementos importantes para a drenagem urbana, sofrendo, porém, modificações ao longo de seus cursos, tendo sido retificados, revestidos e, em muitos casos, cobertos. 377 No contexto em que está inscrito, os programas aqui propostos, objetivam promover, em consonância com as políticas de desenvolvimento urbano do município, a gestão sustentável da drenagem urbana de Itatiaia com ações de diversas naturezas (estruturais e não estruturais) dirigidas à recuperação de áreas úmidas, à preservação ambiental, o controle e minimização dos impactos causados por enchentes urbanas no município e o adequado gerenciamento destes programas. Para cumprir com este objetivo, com relação ao setor de Drenagem Urbana de foram estabelecidos três programas que visam elencar as diretrizes técnicas para a execução de ações nos dois eixos fundamentais do programa: as estruturas físicas necessárias para o correto escoamento das águas pluviais, para a revitalização dos corpos d’água e para o gerenciamento dos programas relacionados especificamente com a drenagem urbana. Os três Programas para atender o setor de Drenagem Urbana são de: Gerenciamento dos serviços públicos de manejo de águas pluviais urbanas; Projetos de Sistema de Drenagens Urbana Sustentáveis; e Revitalização dos Corpos D’Água. Os Programas de Drenagem Urbana para o município de Itatiaia, dentro de uma concepção realista do contexto urbano, social, econômico, político e institucional da cidade, deverão ser implementados em fases sucessivas, dentro da hierarquização proposta pelo PMSB e de modo a atingir como resultados, ao seu término (e dentro do horizonte previsto pelo plano), a redução dos riscos de inundação, a despoluição dos cursos d’água, o controle da produção de sedimentos e a integração dos recursos hídricos naturais ao cenário urbano em melhores condições estéticas, paisagísticas e de higiene. 378 Desse modo, este conjunto de programas aqui expostos propõe uma nova abordagem, associando o tratamento territorial a construções sociais mais amplas que conciliem a ação humana à da natureza, em favor de um ecossistema sustentável. 12.3.1 Princípios e Diretrizes Gerais Todos os projetos que serão realizados no âmbito do serviço de manejo de águas pluviais urbana de Itatiaia deverão ter em seus princípios básicos e diretrizes, as seguintes considerações: 1. O Desenvolvimento Sustentável; 2. Disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de manejo de águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida; 3. Segurança, qualidade e regularidade dos serviços de drenagem urbana; 4. Articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e da habitação; 5. A ocupação de novas áreas deve ser analisada no contexto da bacia hidrográfica e todas as intervenções, ao serem projetadas, deverão efetuar os ajustes necessários para minimizar a criação de futuros problemas de inundações; 6. Todos os projetos a serem desenvolvidos deverão respeitar a função das várzeas, as restrições que elas impõem e suas potencialidades em contribuir para a melhoria da qualidade da água e do ar, a manutenção de espaços abertos, a preservação de ecossistemas e a acomodação de redes de sistemas urbanos planejados adequadamente; 7. Todos os projetos deverão respeitar a demanda de espaço que a drenagem requer, dentro dos cenários traçados pelos estudos; 8. As medidas de controle da poluição devem constituir parte essencial nos projetos de drenagem urbana sustentável; 9. Adoção da bacia hidrográfica como unidade territorial e necessidade de que os projetos desenvolvidos tenham ampla integração com os demais serviços 379 e sistemas relacionados ao saneamento básico e ambiental, objetivando a otimização das ações e a excelência dos resultados; 10. Todos os dispositivos projetados para o sistema de drenagem das águas pluviais devem possuir funções hidráulicas e urbanas bem definidas e justificadas; 11. Os serviços de manejo de aguas pluviais urbana devem ser regulados por ato, normativo ou não, que discipline ou organize esses serviços público, incluindo suas características, padrões de qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e revisão do valor de tarifas e outros preços públicos; 12. Seja realizada fiscalização das atividades com acompanhamento, monitoramento, controle ou avaliação, no sentido de garantir a utilização, efetiva ou potencial, desse serviço público. 12.3.2 Objetivos 12.3.2.1 Objetivo Geral O PMSB para os serviços de manejo de águas pluviais tem por objetivo garantir disponibilidade, em todas as áreas urbanas de Itatiaia, buscando a universalização, dos serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado. No conjunto de Programa proposto para a realização dos serviços de manejo de águas pluviais, trabalha-se com a ideia de desenvolvimento global, orientado para os seguintes finalidades centrais: 1. Proporcionar orientações teórico-metodológicas para os projetos de drenagem urbana de Itatiaia que visem reduzir a exposição da população e das propriedades ao risco de inundações; 380 2. Orientar projetos que possam reduzir sistematicamente o nível de danos causados pelas inundações; 3. Assegurar que as medidas corretivas da atual situação sejam de fato compatíveis com as metas e objetivos de desenvolvimento urbano para o município, em especial aquelas relativas ao saneamento básico; e 4. Assegurar projetos que protejam a qualidade ambiental e o bem-estar social no Município. 12.3.2.2 Objetivos Específicos 1. Formular Dispositivos normativos de manejo de águas pluviais urbanas; 2. Estudar e propor classificação dos corpos hídricos integrantes dos serviços de manejo de águas pluviais urbanas; 3. Elaborar Plano Diretor de Drenagem Urbana; 4. Elaborar Estudo para propor Mecanismo de Cobrança pelos serviços públicos de manejo de águas pluviais urbanas; 5. Elaborar e implantar critérios de procedimentos de elaboração de projetos e execução de obras de manejo de águas pluviais urbanas; 6. Elaboração e implementação de Plano de Manutenção corretiva e preventiva de manejo das águas pluviais urbanas; 7. Levantamento de campo, critérios e estudos para áreas críticas; 8. Implementar e recuperar a rede de drenagem; 9. Implantar medidas de proteção das áreas de preservação permanente; 10. Implantar medidas que desestimulem a impermeabilização do solo; e 11. Estabelecer medidas de prevenção e controle de inundações. 381 12.3.3 12.3.3.1 Programas Programa de Gerenciamento dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais Urbanas Este Programa tem como objetivo implementar ferramentas gerenciais específicas para dar suporte às ações elencadas em todos os programas referentes ao manejo de águas urbana do município de Itatiaia. 12.3.3.2 Programa de Projetos e Obras de Sistemas de Manejo de Águas Pluviais Urbanas O Programa de Elaboração de Projetos de Sistemas de Manejo de águas Pluviais é voltado para as intervenções estruturais, particularmente para os projetos que se referem a obras que visem à redução, o retardamento e amortecimento do escoamento das águas pluviais urbanas do município, sendo que as medidas de natureza não estrutural serão contempladas, como já foi mencionado, no programa de gerenciamento específico e no programa institucional, que também compõem o PMSB. É dentro desta proposta que se insere o Programa de Projetos de Sistemas de Manejo de águas Pluviais, que pretende considerar a minimização dos danos à conservação do ciclo hidrológico, as obras, a gestão dos sistemas e as premissas adotadas pelos estudos no direcionamento das intervenções estruturais voltadas à redução das inundações e melhoria das condições de segurança sanitária, patrimonial e ambiental de Itatiaia. Assim, o programa proposto deverá ser desenvolvido apoiando-se nos indicadores de fragilidade do sistema de drenagem urbana, de transporte, de detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, e tratamento e disposição final, verificados pelo diagnóstico realizado e considerando o sistema de drenagem como 382 parte do complexo ambiente urbano da cidade, devendo, portanto, estar articulado com os outros sistemas. 12.3.3.3 Programa de Proteção e Revitalização dos Corpos D’água Este Programa de Revitalização dos Corpos D’Água tem como metas e ações para equacionar os problemas de drenagem da cidade de Itatiaia, além de ser uma contribuição para a melhoria da qualidade de vida da população, uma vez que os resultados esperados extrapolam ao simples controle das cheias e solução dos problemas hidráulicos existentes ou ainda, à recuperação estética dos corpos d’água. As intervenções no sentido em que este Programa aponta, tem o potencial de melhorar as condições de vida da população e seu sucesso está atrelado ao envolvimento comunitário. Isto porque tal subprograma, como, aliás, todos os demais que compõem o Plano Municipal de Saneamento Básico estão interrelacionados e são complementares entre si, uma vez que mantém interseções quanto a diversos fatores tais como a melhoria das condições de saúde pública, o incremento de redes de infraestrutura viária, a melhoria do sistema de esgotamento sanitário, a adequação da coleta e destinação dos resíduos sólidos, a remoção e o reassentamento da população das ocupações irregulares em áreas de risco e o incremento de espaços voltados para o lazer, hoje considerado fundamental para a qualidade de vida. A revitalização das águas é aqui entendida como um conjunto de ações a serem realizadas, visando à melhoria da qualidade e ao aumento da quantidade de água nas bacias hidrográficas do município e representa uma proposta inovadora sobre a temática, tendo em vista o cenário brasileiro. 383 12.4 Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Um dos grandes desafios do mundo contemporâneo é a implementação de políticas públicas que garantam o desenvolvimento urbano e o gerenciamento sustentável dos resíduos sólidos urbanos pelas municipalidades. Diante das novas necessidades de consumo criadas pela cultura do capitalismo moderno, um volume crescente de resíduos sólidos precisa ser recolhido, tratado e disposto corretamente. Os custos operacionais, a falta de cultura e de capacitação e a crescente geração de resíduos sólidos urbanos são fatores que limitam o gerenciamento sustentáveis, resultam em impactos ambientais negativos importantes restringem a busca de solução para este grave problema. O tema resíduos sólidos ocupou por muito tempo uma posição secundária no debate sobre saneamento básico no Brasil quando comparados às iniciativas no campo do abastecimento de água ou recursos hídricos, por exemplo. Porém, em 2010 foi instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da Lei n.º 12.305, de 02 de agosto de 2.010, que também altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998 (a chamada Lei de Crimes Ambientais), este tema passa a ser olhado de forma integral. Esta Lei nº 12.305/2.010 traz como principais objetivos: a proteção da saúde pública e de qualidade ambiental; a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos; a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção de bens e serviços; o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; e o incentivo à indústria de reciclagem e a gestão integrada de resíduos sólidos. É importante ressaltar que o PMSB, não visa atender a Lei nº 12.305/2.010 que exigem da municipalidade um Plano de Gestão dos Resíduos Sólidos, considerando toda a sua complexidade. Visa sim atender as exigências da Lei 11.445 de 05 de 384 janeiro de 2.007 e o setor resíduos sólidos abrange os serviços públicos de manejo de resíduos sólidos URBANOS, onde se consideram nesses serviços a coleta e transbordo, o transporte, a triagem para fins de reutilização ou reciclagem, o tratamento, inclusive por compostagem e a disposição final. Neste contexto, o município se defronta com o desafio de modificar o manejo de seus resíduos sólidos urbanos dentro de uma política ambientalmente sustentável, com objetivo de reduzir custos econômicos e ambientais, prolongar a vida útil do aterro sanitário, gerar empregos, diminuir o desperdício de matéria-prima e formar uma consciência ecológica. 12.4.1 Princípios e Diretrizes Todos os programas deverão respeitar as seguintes diretrizes e princípios: 1. Universalidade, regularidade, continuidade e qualidade dos serviços relativos ao manejo e tratamento dos resíduos sólidos; 2. Buscar a sustentabilidade econômica, ambiental e social; 3. Visão sistêmica das diversas iniciativas, de suas funções e complementaridades; 4. Reconhecimento do município como titular dos serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos; 5. Participação popular e controle social dos serviços prestados; 6. Busca da promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo; 7. Adoção dos princípios dos 3Rs no manejo resíduos sólidos urbanos; 8. Responsabilidade por danos ambientais causados pelos agentes econômicos e sociais; 9. Desenvolver ações de educação sanitária e ambiental; 10. Busca de um modelo gestão de resíduos sólidos urbanos que incentive soluções consorciadas ou compartilhadas, considerando os critérios de economia de escala e a preocupação socioambiental; 385 11. Incentivo de ações direcionadas à criação de mercados locais e regionais para os materiais recicláveis e reciclados; 12. Ações progressivas na implementação do programa de manejo, por regiões do município, visando sua consolidação de forma efetiva e eficiente; 13. Maximização e otimização dos recursos já investidos pelo Município, considerando a logística implantada e ampliação do atendimento; 14. Definição das atribuições de todos os agentes participantes do sistema; 15. Identificação e monitoramento de passivos ambientais relacionados ao manejo dos resíduos sólidos urbanos; 16. Revisão do modelo institucional da gestão dos resíduos sólidos. 12.4.2 Objetivos 12.4.2.1 Objetivo Geral O objetivo do PMSB, para os serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos, é de garantir a universalização do acesso, de forma adequada à saúde pública e à segurança da vida, atingindo a meta de assegurar a prestação desses serviços, com qualidade e continuidade, cortesia e modicidade. Assim este programa visa promover o manejo ambientalmente e socialmente responsável, levando em consideração a não geração, a redução da geração, o manejo integrado e a redução do encaminhamento ao destino final. 12.4.2.2 Objetivos Específicos 1. Elaborar Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos; 2. Formalizar e ampliar a Coleta Seletiva; 3. Identificar, cadastrar e regularizar as áreas de Destinação de Resíduos; 4. Realizar Estudo para conhecimento do Per capita dos resíduos sólidos urbanos; 386 5. Implantar Programa Permanente de Educação Sanitária e Ambiental, que promovam a não geração, a redução, a reutilização e a reciclagem dos resíduos sólidos urbanos; 6. Estudo e implantação de Mecanismo econômico de cobrança pelos serviços e incentivo econômico a reciclagem 7. Fomentar e apoiar a Pesquisa de Desenvolvimento Tecnologia ambientalmente saudáveis de tratamento dos resíduos sólidos urbanos; 8. Incentivar a reinserção de resíduos reutilizáveis e recicláveis; 9. Atualizar cadastro para controle dos depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras 10. Estudar, avaliar áreas para implantação de Central de Gerenciamento de Resíduos Urbanos; 11. Estudar logística de movimentação dos resíduos sólidos urbanos no Município e seu encaminhamento até a destinação final; 12. Reformar, fortalecer e implantar o Centro de Transferência de Resíduos Sólidos (CETReS); 13. Descentralizar o gerenciamento dos resíduos sólidos para diminuição do volume transportado ao aterro sanitário; e 14. Realizar a coleta e a limpeza pública sustentável do ponto de vista técnico e econômico para atender 100% da demanda. 387 12.4.3 Programas 12.4.3.1 Programa de Gerenciamento dos Serviços de Resíduos Sólidos Urbanos O gerenciamento dos serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos é entendido como um conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que a administração municipal deverá desenvolver, com base em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos produzidos em seu território. Denomina-se manejo ao conjunto de atividades envolvidas com os resíduos sólidos, sob o aspecto operacional, envolvendo sua coleta, transporte, acondicionamento, tratamento e disposição final. Assim sendo, o gerenciamento abrange tanto o manejo, quanto todos os aspectos relacionados ao planejamento, à fiscalização e à regulamentação sobre os serviços relacionados, no âmbito da Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2.007. 12.4.3.2 Programa de Redução, Reutilização e Reciclagem – 3Rs Apesar de todo valor econômico e energético dos resíduos e da economia de aterro sanitário que as iniciativas de aproveitamento dos mesmos podem significar, ainda há um custo econômico e ambiental bastante alto envolvido nestes processos, o que sinaliza para a necessidade urgente de minimização da geração e aproveitamento mais racional. É de suma importância reverter a cultura consumista atual, por isso este programa se constitui também numa opção política e não simplesmente técnica, fazendo parte de um quadro mais abrangente. Manejar os resíduos sólidos urbanos significa prepará-los para algum tipo de reaproveitamento, reduzir seu volume e seu potencial de dano ao meio ambiente ou à vida. A efetivação deste Programa permite a consequente a redução dos resíduos 388 sólidos encaminhados ao aterro sanitário. Assim ao implementar ações básicas para otimizar a coleta seletiva, a reciclagem, o tratamento, o aproveitamento da fração orgânica, contribuem assim para a diminuição da massa de resíduos encaminhados ao aterro sanitário. Dois pontos decisivos para a redução da quantidade de resíduos encaminhados ao aterro sanitário são o fortalecimento da coleta seletiva de resíduos secos e a introdução da coleta seletiva de orgânicos, com seus respectivos tratamentos. Porém, o sucesso destes serviços depende inicialmente da responsabilidade do gerador em segregar, acondicionar e armazenar corretamente os resíduos a serem coletados. Outro fator importante é a inserção dos catadores informais no processo, a fim de organizá-los em associações/cooperativas, com apoio do poder público, para que seja possível uma negociação direta da comercialização do material reciclável com as indústrias recicladoras, tornando economicamente vantajoso para todas as partes e garantindo assim o sucesso do Programa. 12.4.3.3 Programa de Melhoria Operacional e Ampliação da Coleta e Limpeza Pública Os sistemas de limpeza urbana são elementos essenciais ao planejamento urbano, à proteção e conservação do meio ambiente e acima de tudo, à garantia de uma qualidade de vida satisfatória para a população. São definidos como os serviços que tem sob sua responsabilidade a execução da coleta, remoção, transporte e destino final de resíduos sólidos em geral, remoção de podas, animais mortos, veículos abandonados, varrição e lavagem de vias públicas, conservação de monumentos, entre outros e possuem estreita relação com todos os demais componentes do saneamento básico, em especial com a drenagem urbana. O serviço de varrição (que pode ser manual ou mecanizada, dependendo da situação), por exemplo, que consiste na limpeza, sacheamento e remoção de resíduos sólidos depositados nos logradouros públicos e sua destinação final, 389 minimiza o entupimento de galerias pluviais, bueiros e o assoreamento dos cursos d’água, bem como provê um bom aspecto à cidade. Já o serviço de capina, que compreende a manutenção das vias públicas livres de matos e ervas daninhas colabora para que as águas pluviais escoem melhor. Por sua vez, o serviço de limpeza do mobiliário público urbano (praças, mercados, feiras etc) compreende a coleta e acondicionamento preliminar dos resíduos sólidos gerados pela atividade humana nestes locais, prevenindo que o lixo se espalhe e provoque uma série de transtornos já conhecidos. Complementa este serviço, a limpeza das lixeiras públicas e o gancheamento de resíduos em ruas não pavimentadas. Também é fundamental considerar questões políticas, organizacionais, legais entre outras, que interferem diretamente no comportamento das comunidades e dos setores produtivos. Para isto, é imprescindível contar com dados consistentes e confiáveis sobre geração e serviços prestados, além do controle operacional e funcional das atividades de limpeza pública. A falta deste tipo de informação dificulta a administração e a gestão adequada do sistema de resíduos sólidos o que torna, importantíssimo um planejamento técnico estratégico de modo a possibilitar a operacionalização do sistema de modo apropriado. Outro aspecto a ser considerado é que os serviços de limpeza urbana têm caráter dinâmico e, portanto, seu planejamento deve conter certa dose de flexibilidade e capacidade de reajustes, quando necessário em função de variações na geração de resíduos em cada setor, impedimentos ou desobstruções no sistema viário, eventos esporádicos, sazonalidades entre outras circunstâncias. Para atender a esta demanda operacional, propõe-se o Programa de Melhoria Operacional e Ampliação do Sistema de Limpeza Pública, que visa fornecer um modelo de otimização dos serviços referentes à limpeza pública e aos resíduos sólidos gerados, com base na avaliação das limitações da capacidade operacional e as disponibilidades de recursos locais. 390 13. PLANO DE CONTINGÊNCIA Este item trata de instrumentos para a operação e manutenção dos serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, drenagem pluvial e resíduos sólidos. O Plano de Contingências tem como propósito a definição das estruturas necessárias e o estabelecimento das formas de atuação das Operadoras, tanto de caráter preventivo como corretivo, com vistas a elevar o grau de segurança e a continuidade operacional das instalações afetas aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e resíduos sólidos. Na operação e manutenção dos sistemas devem ser utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através de controles e monitoramentos das condições físicas das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrências de sinistros e interrupções na prestação dos serviços. As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais evitando descontinuidades. Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de saneamento em particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de segurança resultados de experiências anteriores e expressos na legislação ou em normas técnicas. Elevar os níveis de segurança podem impactar nos custos operacionais e consequentemente no equilíbrio da prestação dos serviços, da mesma forma que os baixos níveis de segurança podem resultar custos corretivos e gastos incrementais desnecessários a boa prestação dos serviços. 391 Deverá ser elaborado um plano contingencial que deverá incluir no mínimo os seguintes mecanismos em caso de acidentes e emergências: A - Sistema de comunicação com os usuários e órgãos específicos para racionamento do consumo e ações corretivas. B - Manutenção de horários pré-estabelecidos para abastecimento somente através dos reservatórios. Os volumes desejáveis de reservação estão abordados no presente Plano. C - Mobilização de carros pipa para abastecimento dos reservatórios com água tratada advinda de outras ETAs de fora no município. Recomenda-se a realização de acordos pré-estabelecidos com estes municípios, como Resende, Barra Mansa, Volta Redonda, etc.. D - Acionamento das áreas de saúde para avaliação dos impactos na população de eventual volume contaminado distribuído. E - Purga de tubulações com água contaminada. F - Intensificação dos monitoramentos da qualidade da água através de laboratórios certificados pelo INEA. Para os eventuais “apagões” no sistema de abastecimento de energia elétrica, do qual existe forte dependência dos sistemas de tratamento e distribuição de água potável, deverão ser consideradas as instalações de conjuntos moto geradores diesel, que eventualmente, mediante estudo a ser realizado caso a caso, poderão ser utilizados regularmente nos horários de pico para redução dos gastos de energia elétrica. Em ambos os casos acima deverá ainda existir um plano de manobras para abastecimento alternado de água para os diversos setores da cidade, de forma a garantir um racionamento eficaz. 392 Para o sistema de coleta e tratamento de esgotos domiciliares, os principais riscos estão associados à falta de energia e consequente perda da capacidade de afastamento do esgoto e encaminhamento às estações de tratamento. Para o sistema de drenagem pluvial os maiores riscos referem-se a alagamentos, cujo Plano de Contingência deve ser consolidado com o Plano de Drenagem a ser elaborado e adequado ao Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul. Seguem quadros referentes aos Planos Emergenciais relativos aos serviços de saneamento de Itatiaia. 393 Tabela 67 - Plano de Contingência (Serviço de Abastecimento de Água) Ocorrência Origem Inundação das captações de água com danificação de equipamentos eletromecânicos/estruturas 1. Falta d'água generalizada Deslizamentos de encostas / movimentação do solo/ solapamento de apoios de estruturas com arrebentamento da adução de água bruta Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água Vazamento de cloro nas instalações de tratamento de água Qualidade inadequada da água nos mananciais Plano de Contingência Comunicação à população / instituições / hospitais / autoridades/ Defesa civil Comunicação à Polícia e Defesa Civil Comunicação à Operadora de energia elétrica Mobilização da frota de caminhões pipa tanto da companhia como de terceiros Controle da água disponível em reservatórios Reparo das instalações danificadas Implementação de rodízio de abastecimento Deficiências de água nos mananciais em períodos de estiagem 2. Falta d'água parcial ou localizada Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água Comunicação à população / instituições / hospitais / autoridades/ Defesa civil Interrupção no fornecimento de energia elétrica em setores de distribuição Comunicação à Polícia Danificação de equipamentos de estações elevatórias de água tratada Comunicação à Operadora de energia elétrica Danificação de estruturas de reservatórios e elevatórias de água tratada Mobilização da frota de caminhões pipa tanto da companhia como de terceiros Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada Controle da água disponível em reservatórios Ações de vandalismo Reparo das instalações danificadas Transferência de água entre setores de abastecimento 394 Tabela 68 - Plano de Contingência (Serviço de Esgotamento Sanitário) Ocorrência Origem Plano de Contingência Comunicação à Operadora de energia elétrica 1. Paralisação de estação de tratamento de esgotos principal Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento Comunicação aos órgãos de controle ambiental Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Comunicação à Polícia Ações de vandalismo Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas Comunicação à Operadora de energia elétrica 2. Extravasamentos de esgotos em estações elevatórias Interrupção no fornecimento de energia elétrica nas instalações de tratamento Comunicação aos órgãos de controle ambiental Danificação de equipamentos eletromecânicos / estruturas Comunicação à Polícia Ações de vandalismo Instalação de equipamentos reserva Reparo das instalações danificadas 3. Rompimento de linhas de recalque, coletores tronco, interceptores e emissários Desmoronamento de taludes / paredes de canais Comunicação aos órgãos de controle ambiental Erosões de fundos de vale Reparo das instalações danificadas Rompimento de travessias Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto Comunicação à Prefeitura Obstruções em coletores de esgotos Execução dos trabalhos de limpeza 4. Ocorrências de retorno de esgotos em imóveis Reparo das instalações danificadas 395 Tabela 69 - Plano de Contingência (Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais) Ocorrência Origem Plano de Contingência Boca de Lobo e Ramal assoreado/entupido Comunicação á defesa civil para verificação dos danos e riscos à população Sub-dimensionamento da rede existente 1. Alagamento Localizado Deficiência nas declividades da via pública Deficiência no engolimento das bocas de lobo Comunicação à Prefeitura para limpeza da área afetada e desobstrução de redes e ramais Estudo e verificação do sistema de drenagem existente para corrigir o problema existente Sensibilização e participação da comunidade através de iniciativas de educação evitando o lançamento de lixo nas vias públicas e nas captações Comunicação a Defesa Civil Comunicação a Secretaria de Desenvolvimento Social e a Prefeitura Deficiência no dimensionamento da calha do curso d´água 2. Inundação, enchente provocada por transbordamento de Rio ou Córrego Assoreamento Estrangulamento do curso d´água por estruturas de travessias existentes Impermeabilização descontrolada da bacia Estudo para controle das cheias nas bacias Medidas para proteger pessoas e bens situados nas zonas críticas de inundação Limpeza e desassoreamento dos córregos com utilização de equipamentos mecanizados Estudo para controle de ocupação urbana Sensibilização e participação da comunidade através de iniciativas de educação evitando o lançamento de lixo nas vias públicas e nas captações Comunicação à operadora de serviços de esgoto para detecção do ponto de lançamento e regularização da ocorrência 3. Mau cheiro exalado pelas bocas de lobo Interligação clandestina de esgoto nas galerias Limpeza da boca de lobo Lixo orgânico lançados na boca de lobo Sensibilização e participação da comunidade através de iniciativas de educação evitando o lançamento de lixo nas vias públicas e esgoto nas captações 396 Tabela 70 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos - Parte 1) Ocorrência Origem Plano de Contingência Acionar os funcionários para efetuarem a limpeza dos pontos mais críticos, bem como 1. VARRIÇÃO pontos de ônibus e lixeiras Greve geral Realizar campanha de comunicação visando mobilizar a sociedade para manter a cidade limpa 1.1 Paralisação do Sistema de Varrição Contratação de empresa especializada em caráter de emergência 2. COLETA DE RESÍDUOS 2.1. Paralisação do Serviço de Coleta Domiciliar Greve geral na empresa terceirizada Acionar os caminhões de coleta para execução do serviço Greve geral da empresa terceirizada e da Prefeitura Municipal Contratação de empresa especializada em caráter de emergência Greve geral Celebrar contrato emergencial com empresa especializada na coleta de resíduos Greve geral Acionar a equipe e estrutura operacional Greve geral do SAAE e Prefeitura Municipal Contratação de empresa especializada em caráter de emergência 2.2 Paralisação das Coletas Seletivas, de Resíduos de Serviços de Saúde 2.3 Paralisação da Coleta de Varrição e Animais Mortos 3. TRATAMENTO DE RESÍDUOS 3.1 Paralisação dos Serviços do Centro de Triagem Greve geral Obstrução do Sistema Viário 4. DESTINAÇÃO FINAL Greve geral Esgotamento da área para disposição dos resíduos antes da aprovação da Ampliação do Aterro 4.1. Paralisação Total do Aterro Realizar a venda dos resíduos recicláveis no sistema de venda de caminhão fechado Os Resíduos dos Serviços de Saúde coletados serão enviados diretamente ao local de tratamento sem passar pela Estação de Transbordo Envio dos resíduos orgânicos provisoriamente para um Aterro vizinho Evacuação da área cumprindo os procedimentos internos de segurança Explosão / Incêndio Acionamento do INEA e dos Bombeiros Vazamento Tóxico 4.2 Paralisação Parcial do Aterro 4.3. Vazamento de Chorume Ruptura de Taludes Reparo de Taludes Excesso de chuvas Contenção e remoção através de caminhão limpa fossa, e envio para Estação de Tratamento de Esgoto Problema Operacional 397 Tabela 71 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos - Parte 2) Ocorrência Origem Plano de Contingência 5. SISTEMA DE GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E RESÍDUOS VOLUMOSOS Insuficiência de informação à população sobre o funcionamento Implantação de novas áreas para deposição Interrupção do Transporte dos Resíduos Reforço na segurança Inoperância das Áreas de Destino Comunicação à Polícia Ações de Vandalismo Reparo das Instalações danificadas Falta de Operador Acionamento da equipe para manutenção do serviço Escassez de resíduos (Matéria Prima) Elaboração de cartilhas, propagandas na mídia (TV, Rádio, Jornais) Alto custo de transporte para destinação final de resíduos Implantação de Áreas de Transbordo e Triagem intermediárias. Inoperância do Maquinário Agilidade no reparo dos equipamentos danificados Falta de Mercado para comercialização do Agregado Reciclado** Criação de mecanismos para incentivo ao uso do Agregado Reciclado Falta de Operador Acionamento da equipe para manutenção do serviço Interdição das Áreas de Aterro Implementação de medidas para desinterditar o local 5.1. Inoperância dos Pontos de Entrega Voluntária 5.2. Inoperância das Áreas de Reciclagem 5.3 Inoperância dos Aterros de Resíduos da Construção Civil Destinação para novo local de disposição Alto custo de transporte para destinação final de resíduos Implantação de Áreas de Transbordo e Triagem intermediárias. 5.4. Destinação Inadequada de Resíduos Inoperância do Sistema de Gestão Implementação de ações de adequação do Sistema Falta de Fiscalização Comunicação à Polícia Ambiental Insuficiência de informação à população sobre o funcionamento Elaboração de cartilhas, propagandas na mídia (TV, Rádio, Jornais) para divulgação do Sistema. Risco Ambiental - envio de material contaminante ou contaminado Acionamento da equipe técnica para diagnóstico e plano de remediação 398 Tabela 72 - Plano de Contingência (Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos - Parte 3) Ocorrência Origem Plano de Contingência Acionamento do Plano de Emergência Mobilização da Equipe de Plantão e Equipamentos 6. PODAS E SUPRESSÕES DE VEGETAÇÃO DE PORTE ARBÓREO Acionamento das Equipes das Regionais Tempestades e Ventos Atípicos Acionamento da Concessionária de Energia Elétrica 6.1 Tombamento em Massa de Árvores Acionamento dos Bombeiros e Defesa Civil Acionamento do Plano de Emergência Mobilização da Equipe de Plantão e Equipamentos Acidentes de Trânsito 6.2. Tombamento Esporádico de Árvores por Acidentes e Condições Fitossanitárias Acionamento das Equipes das Regionais Desenvolvimento de Patologias que Comprometam o Espécime 7. CAPINA E ROÇADA Acionamento da Concessionária de Energia Elétrica Acionamento dos Bombeiros e Defesa Civil Problemas Contratuais 7.1. Paralisação do Serviço Contratado para Capina e Roçada Problemas Trabalhistas 399 Acionamento das Equipes de Áreas Verdes das Regionais para Cobertura e Continuidade do Serviço 14. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO O Plano Municipal de Saneamento Básico se integrará ao conjunto de políticas públicas de saneamento básico de Itatiaia, e assim, seu conhecimento e sua efetividade na execução são de interesse público e deve haver um controle sobre sua aplicação. Neste contexto, a avaliação e o monitoramento assumem um papel fundamental como ferramenta de gestão e sustentabilidade do Plano. Segundo a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), podemos entender avaliação como: “prática de atribuir valor a ações. No caso dos projetos, programas e politicas do governo, significa uma atividade cujo objetivo é de maximizar a eficácia dos programas na obtenção dos seus fins e a eficiência na alocação de recursos para a consecução dos mesmos.” Ainda segundo a ENAP, podemos entender mais detalhadamente: “Avaliação: Ferramenta que contribui para integrar as atividades do ciclo de gestão pública. Envolve tanto julgamento como atribuição de valor e mensuração. Não é tarefa neutra, mas comprometida com princípios e seus critérios. Requer uma cultura, uma disciplina intelectual e uma familiaridade prática, amparadas em valores. Deve estar presente, como componente estratégico, desde o planejamento e formulação de uma intervenção, sua implementação (os consequentes ajustes a serem adotados) até as decisões sobre sua manutenção, aperfeiçoamento, mudança de rumo ou interrupção, indo até o controle.” 400 Quanto ao monitoramento, a ENAP nos diz: “Monitoramento: Também conhecido como avaliação em processo, trata-se da utilização de um conjunto de estratégias destinadas a realizar o acompanhamento de uma política, programa ou projeto. É uma ferramenta utilizada para intervir no curso de um programa, corrigindo sua concepção. É o exame contínuo dos processos, produtos, resultados e os impactos das ações realizadas. O monitoramento permite identificar tempestivamente as vantagens e os pontos frágeis na execução de um programa e efetuar os ajustes necessários à maximização dos seus resultados e impactos.” Como instrumentos de avaliação do PMSB serão adotados os Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento – SNIS, os quais tem sido utilizados pela quase totalidade das Operadoras de Serviços de Água e Esgoto existentes no Brasil, e o monitoramento se dará pelo acompanhamento e análise do processo de avaliação. O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) surgiu em 1994 com a necessidade de um sistema de informações sobre a prestação dos serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos provenientes de uma amostra de prestadores que operam no Brasil. O SNIS é organizado em dois módulos, sendo um sobre serviços de água e esgoto (AE) e outro sobre os serviços de manejo de resíduos sólidos (RS), quanto à drenagem ainda não existem indicadores consolidados pelo SNIS para este setor, ortanto, são proposto alguns indicadores para ser utilizados na avaliação e monitoramento do plano. O SNIS é vinculado ao Ministério das Cidades, e, dentro do Ministério, à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental – SNSA. A Lei 11.445/2.007 estabelece que o Ministério das Cidades deve criar e administrar o SINISA - Sistema Nacional de 401 Informações em Saneamento Básico, devendo neste ano de 2010 trabalhar no seu desenvolvimento. No componente AE as informações são fornecidas pelas instituições responsáveis pela prestação dos serviços de água e esgotos, tais como companhias estaduais, autarquias ou empresas municipais, departamentos municipais e empresas privadas. O SNIS coleta as informações mediante um aplicativo de coleta de dados denominado – Coleta AE. As instituições preenchem o software e enviam as informações solicitadas. Os programas de investimentos do Ministério das Cidades, incluindo o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, exigem o envio regular de dados ao SNIS, como critério de seleção, de hierarquização e de liberação de recursos financeiros. A seguir, serão apresentados os indicadores a serem utilizados no processo de avaliação e monitoramento, para cada serviço do saneamento básico, bem como são relacionadas às informações operacionais necessárias para a quantificação dos indicadores adotados. 402 Tabela 73 - Informações Operacionais para o Cálculo dos Indicadores CÓDIGO NOME DEFINIÇÃO Valor A01 População Atendida com abastecimento de água do produto da UNIDADE quantidade de economias residenciais ativas de água, no último mês do ano, pela taxa média de habitantes por domicílio do estado Habitantes (companhias estaduais) ou do município (entidades municipais), segundo dados do IBGE. Quantidade de ligações ativas de água à rede pública, A02 Quantidade de ligações providas ou não de aparelho de medição (hidrômetro), ativas de água que contribuíram para o faturamento no último mês do ligações ano. Quantidade de A03 economias ativas de água Quantidade de ligações A04 ativas de água micromedidas Quantidade de economias ativas de água que contribuíram para o faturamento no último mês do ano. economias Quantidade de ligações ativas de água, providas de aparelho de medição (hidrômetro) em funcionamento regular, que contribuíram para o faturamento no último ligações mês do ano. Comprimento total da malha de distribuição de água, A05 Extensão da rede de incluindo adutoras, subadutoras e redes distribuidoras e água excluindo ramais prediais, operada pelo prestador de km serviços no último mês do ano. Volume de água disponível para consumo, compreendendo a água captada pelo prestador de serviços e a água importada bruta, ambas tratadas na(s) unidade(s) de tratamento do prestador de serviços, A06 Volume de água produzido medido ou estimado na(s) da(s) Estação(ões) de Tratamento de Água –ETA(s) ou Unidade(s) de 1.000 m³/ano Tratamento Simplificado (UTS). Inclui também os volumes de água captada pelo prestador de serviços que sejam disponibilizados para consumo sem tratamento, medidos na(s) entrada(s) do sistema de distribuição. A08 Volume de água micromedido Volume de água apurado pelos aparelhos de medição (hidrômetros) instalados nos ramais prediais. 1.000 m³/ano Volume de água consumido por todos os usuários, A10 Volume de água consumido compreendendo o volume micromedido, o volume estimado para as ligações desprovidas de aparelho de 1.000 m³/ano medição (hidrômetro) e o volume de água tratada exportado. Volume de água debitado ao total de economias (medidas A11 Volume de água faturado e não medidas), para fins de faturamento. Inclui o volume 1.000 m³/ano de água tratada exportado. A12 Volume de água macromedido Valor da soma dos volumes de água medidos por meio de macromedidores permanentes: na(s) saída(s) da(s) ETA(s) e das UTS(s) e nos pontos de entrada de água 403 1.000 m³/ano CÓDIGO NOME DEFINIÇÃO UNIDADE tratada importada, se existirem. Quantidade de A13 economias residenciais ativas de água Quantidade de A14 economias ativas de água micromedidas A17 Volume de água bruta exportado Volume de água tratada A19 exportado Quantidade de economias residenciais de água que contribuíram para o faturamento no último mês do ano. Quantidade de economias ativas de água, economias cujas respectivas ligações são providas de aparelho de medição (hidrômetro) em funcionamento regular, que contribuíram economia para o faturamento no último mês do ano. Volume de água bruta transferido para outros agentes distribuidores, sem qualquer tratamento. Volume de água potável, previamente tratada (em ETA ou 1.000 m³/ano 1.000 m³/ano por simples desinfecção), transferido para outros agentes distribuidores. Deve ser computado nos Volumes de Água Consumido e Faturado. A21 A24 E04 Quantidade de ligações totais de água Volume de água de serviço Quantidade de ligações totais (ativas e inativas) de água à rede pública, providas ou não de aparelho de medição ligações (hidrômetro), existentes no último mês do ano. Valor da soma dos volumes de água para atividades operacionais e especiais, com o volume de água 1.000 m³/ano recuperado. Extensão da rede de Comprimento total da malha de coleta de esgoto, esgoto incluindo redes de coleta, coletores e interceptadores e km excluindo ramais prediais e emissários de recalque, operada pelo prestador de serviços no último mês do ano. E05 Volume de esgoto Volume de esgoto lançado na rede coletora (em geral coletado considerado como sendo 80% a 85% do Volume de Água 1.000 m³/ano Consumido na área atendida por esgotamento sanitário). Volume de esgoto tratado E06 Volume de esgoto submetido a tratamento, medido ou 1.000 m³/ano estimado na entrada da(s) Estação(coes) de Tratamento de Esgoto – ETE(s). E07 E09 Volume de esgoto faturado Quantidade de ligações totais de esgoto Volume de esgoto debitado ao total de economias, para 1.000 m³/ano fins de faturamento. Quantidade de ligações totais (ativas e inativas) de esgoto ligações à rede pública, existentes no último mês do ano. Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço F02 Receita operacional de abastecimento de água, resultante exclusivamente da direta-água aplicação das tarifas, excluídos os valores decorrentes da Receita operacional Valor faturado anual decorrente da prestação do serviço direta-esgoto de esgotamento sanitário, resultante exclusivamente da R$/ano venda de água por atacado (bruta ou tratada). F03 R$/ano aplicação das tarifas. Valor faturado anual decorrente das atividades-fim do F05 Receita operacional total prestador de serviços. Resultado da soma da Receita Operacional Direta (Água, Esgoto e Água Exportada) e da Receita Operacional Indireta. 404 R$/ano CÓDIGO NOME Receita operacional F07 direta-água exportada (bruta ou tratada) DEFINIÇÃO UNIDADE Valor faturado anual decorrente da venda de água, bruta ou tratada, por atacado. Corresponde à receita resultante da aplicação de tarifas especiais ou de valores R$/ano estabelecidos em contatos especiais. Quantidade de empregados, sejam funcionários do F26 Quantidade total de prestador de serviços, dirigentes ou outros, postos empregados próprios permanentemente – e com ônus – à disposição do empregados prestador de serviços, ao final do ano. População Urbana nos G06a municípios atendidos com abastecimento de água Q11 População urbana do(s) município(s) atendido(s) pelo prestador de serviços com abastecimento de água. Em geral, é calculada a partir de projeções do Censo com base nos últimos censos realizados pelo IBGE. Quantidade de Quantidade de vezes, no ano, inclusive repetições, em extravasamentos de que foram registrados extravasamentos na rede de coleta esgotos registrados habitantes demográfico ou de dados e taxas de crescimento obtidos extravasamento de esgotos. No caso de município atendido por mais de um sistema, as informações dos diversos sistemas devem ser somadas. VD Volumes de água (produzido + tratada importado – tratada exportado) 405 m³ 14.1 Serviço de Abastecimento de Água Tabela 74 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA IND. DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE Tarifa Média de Água I05 ________________Receita Operacional Direta Água _______________ Volume de Água Faturado – Volumes de Água Exportados __F02__ R$/m³ A11-A17-A19 Índice de Hidrometração I09 Quantidade de Ligações Ativas de Água Micromedidas Quantidade de Ligações Ativas de Água A04* A02* percentual Índice de Micromedição Relativo ao Volume Disponibilizado I10 _____Volume de Água Micromedido______ Volume de Água Disponibilizado para Distribuição (VD)² - Volume de Água de Serviço __A08__ VD-A24 percentual Índice de Macromedição I11 Volume de Água Macromedido – Volume de Água Tratada Exportado Volume de Água Disponibilizado para Distribuição (VD) A12-A19 VD percentual Índice de Perdas de Faturamento I13 Volume de Água (Produzido + Tratada Importado – De Serviço) – Volume de Água Faturado Volume de Água (Produzido + Tratada Importado – De Serviço) (A06+A18–A24)–A11 A06+A18–A24 m/ligação * O cálculo considera a média aritmética da soma do valor de dezembro do ano anterior com o de dezembro do ano de referência, dividida por dois. 406 Tabela 75 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA (continuação) IND. DEFINIÇÃO DO INDICADOR Consumo Micromedido por Economia I14 Volume de Água Micromedido Quantidade de Economias Ativas de Água MIcromedidas Consumo de Água Faturado por Economia I17 Volume de Água Faturado – Volume de Água Tratada Exportado Quantidade de Economias Ativas de Água Extensão da Rede de Água por Ligação I20 _____Extensão da Rede de Água_____ Quantidade de Ligações Totais de Água Consumo Médio per Capita de Água I22 Volume de Água Consumido – Volume de Água Tratada Exportado População Atendida com Abastecimento de Água Índice de Atendimento de Água I23 __________População Atendida com Abastecimento de Água _________ População Urbana dos Municípios Atendidos com Abastecimento de Água Volume de Água Disponibilizado por Economia I25 Volume de Água Disponibilizado para Distribuição (VD) Quantidade de Economias Ativas de Água 407 EQUAÇÃO UNIDADE A08 (m³/mês)/ A14* economia A11 – A19 (m³/mês)/ A03* economia A05* A21 A10-A19 A01* A01 G06a m/ligação (L/habitante)/dia percentual VD (m³/mês)/ A03* economia Tabela 76 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SAA (continuação) IND. DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE Índice de Faturamento de Água I28 _______________Volume de Água Faturado_______________ Volume de Água (Produzido + Tratada Importado – De Serviço) A11 A06+A18-A24 percentual Participação da Rec. Oper. Direta de Água na Receita Oper. Total I40 Receita Operacional Direta Água Receita Operacional Total F02–F07 F05 percentual Índice de Micromedição Relativo ao Consumo I44 Volume de Água Micromedidado Volume de Água Consumido – Volume de água Tratada Exportado A08 A10-A19 percentual Índice de Produtividade: Empregados Próprios por Mil Ligações de Água I45 Quantidade Total de Empregados Próprios Quantidade de Ligações Ativas de Água A01 G06a percentual Índice de Perdas na Distribuição I49 Volume de Água (Produzido + Tratado Importado – De Serviço) – Volume de Água Consumido Volume de Água (Produzido + Tratado Importado – De Serviço) 408 (A06+A18–A24)–A10 A06+A18-A24 percentual 14.2 Serviço de Esgotamento Sanitário Tabela 77 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SES IND. DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Tarifa Média de Esgoto I06 Receita Operacional Direta Esgoto Volume de Esgoto Faturado F03 E07 R$/m³ Índice de Coleta de Esgoto I15 ________________Volume de Esgoto Coletado_______________ Volume de Água Consumida – Volume de Água Tratada Exportado __E05__ A10-A19 percentual Índice de Tratamento de Esgoto I16 Volume de Esgoto Tratado Volume de Esgoto Coletado E06 E05 percentual Extensão da Rede de Esgoto por Ligação I21 _____Extensão da Rede de Esgoto______ Quantidade de Ligações Totais de Esgoto E04* E09* m/ligação * O cálculo considera a média aritmética da soma do valor de dezembro do ano anterior com o de dezembro do ano de referência, dividida por dois. 409 Tabela 78 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento do SES (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Participação da Rec. Oper. Direta de Esgoto na Receita Oper. Total I41 Receita Operacional Direta Esgoto Receita Operacional Total F03 F05 percentual Índice de Esgoto Tratado Referido à Água Consumida I46 _________________Volume de Esgoto Tratado________________ Volume de Água Consumido – Volume de Água Tratada Exportado _E06__ A10-A19 percentual Extravasamento de Esgotos por Extensão de Rede I82 Quantidade de Extravasamentos de Esgotos Registrados Extensão da Rede de Esgoto 410 Q11 E04 extravasamento./km 14.3 Serviço de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais Tabela 79 - Relação dos Indicadores sugeridos para Drenagem Urbana Indicador Fórmula [População Urbana Atendida por Sistema de Drenagem Urbana / Atendimento do Sistema de Drenagem População Urbana do Município] * 100 [Extensão do Sistema de Drenagem Urbana/ Extensão Total do Vias Urbanas com Sistema de Drenagem Ocorrência de Alagamentos na UTP Eficiência do Sistema de Drenagem Urbana na UTP Sistema Viário Urbano]*100 Unidade % % Total de Ocorrências de Alagamentos na UTP no período de um ano / Número de Pontos de área da UTP Alagamento / km² [Número de vias com sistema de drenagem urbana sem ocorrência de alagamentos na UTP / Número de vias com sistema de drenagem % urbana na UTP] * 100 Área urbanizada [Área Urbanizada do Município / Área Total do Município] * 100 % Periodicidade de Manutenção do Canal Último Intervalo entre Manutenções, por canal. meses 411 14.4 Serviço de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos Tabela 80 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Taxa de empregados em relação à população urbana: I001 empregados / Quantidade total de empregados no manejo de RSU População urbana (Ge015+Ge016)x1.000 Ge002 1.000 habitantes Incidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas correntes da prefeitura: I003 Despesa total da prefeitura com manejo de RSU Despesa corrente total da Prefeitura (Ge023+Ge009) x 100 percentual Ge010 Incidência das despesas com empresas contratadas para execução de serviços de manejo RSU nas despesas com manejo de RSU: I004 Despesa da prefeitura com empresas contratadas Despesa total da prefeitura com manejo de RSU Ge009 x 100 percentual (Ge023+Ge009) Autossuficiência financeira da Prefeitura com o manejo de RSU: I005 ____Receita arrecadada com manejo de RSU____ Ge006 x 100 Despesa total da prefeitura com manejo de RSU (Ge023+Ge009) 412 percentual Tabela 81 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Despesa per capita com manejo de RSU em relação à população urbana: Despesa total da prefeitura com manejo de RSU I006 População urbana (Ge023+Ge009) R$ / habitante Ge002 Incidência de empregados próprios no total de empregados no manejo de RSU: I007 Quantidade de empregados próprios no manejo de RSU Ge015 x 100 Quantidade total de empregados no manejo de RSU (Ge015+Ge016) percentual Incidência de empregados de empresas contratadas no total de empregados no manejo de RSU: I008 Quantidade de empregados de empresas contratadas Quantidade total de empregados no manejo de RSU Ge016 x 100 percentual (Ge015+Ge016) Incidência de empregados gerenciais e administrativos no total de empregados no manejo de RSU: I010 Quantidade de empregados gerenciais e administrativos Quantidade total de empregados no manejo de RSU (Ge050+Ge051) x 100 percentual (Ge015+Ge016) Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à população urbana: População atendida declarada I016 População urbana (Co050+Co051) x 100 Ge002 413 percentual Tabela 82 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Taxa de terceirização do serviço de coleta de RDO+RPU em relação à quantidade coletada: I017 Quantidade total coletada por empresas contratadas Quantidade total coletada Co117 x 100 percentual (Co116+Co117) Produtividade média dos empregados na coleta (coletadores + motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à massa coletada: I018 _________________Quantidade total coletada_________________ (Co116+Co117)x1.000 Quantidade total de (coletadores motoristas) x quantidade de dias úteis por ano (313) (Co029+Co030)x313 Kg/empregado /dia Taxa de empregados (coletadores + motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à população urbana: empregados/ 1.000 I019 Quantidade total de (coletadores + motoristas) (Co029+Co030)x1.000 Ge002 habitantes População urbana Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à população urbana: Quantidade total coletada I021 População urbana (Co116+Co117)×1.000 Ge002 x365 Kg/habitante /dia Massa (RDO) coletada per capita em relação à população atendida com serviço de I022 coleta: Quantidade total de RDO coletada (Co108+Co109)x1.000 População atendida declarada (Co050+Co051)x365 414 Kg / habitante / dia Tabela 83 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Custo unitário médio do serviço de coleta (RDO + RPU): I023 Despesa total da prefeitura com serviço de coleta (Co132+Co011) Quantidade total coletada (Co116+Co117) R$ / tonelada Incidência do custo do serviço de coleta (RDO + RPU) no custo total do manejo de RSU: I024 (Co132+Co011) x 100 Despesa total da prefeitura com serviço de coleta (Ge023+Ge009) percentual Despesa total da prefeitura com manejo de RSU Incidência de (coletadores + motoristas) na quantidade total de empregados no manejo de RSU: I025 (Co029+Co030) x 100 Quantidade total de (coletadores + motoristas) (Ge015+Ge016) percentual Quantidade total empregados no manejo de RSU Taxa de resíduos sólidos da construção civil (RCD) coletada pela Prefeitura em relação à quantidade total coletada: Cc013 x 100 I026 Quant. total de res. sólidos da const. civil coletados pela Prefeitura (Co116+Co117) percentual Quantidade total coletada Taxa da quantidade total coletada de resíduos públicos (RPU) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO): I027 Quant. total coletada de resíduos sólidos públicos Quant. total coletada de resíduos sólidos domésticos 415 (Co112+Co113) x 100 (Co108+Co109) percentual Tabela 84 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADORES SOBRE COLETA SELETIVA E TRIAGEM INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Taxa de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada: I031 Quant. total de materiais recuperados __(exceto mat. orgânica e rejeitos)__ Cs009 x 100 (Co116+Co117) percentual Quantidade total coletada Massa recuperada per capita de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à população urbana: I032 Quant. total de materiais recicláveis recuperados _______(exceto mat. orgânica e rejeitos)_______ População urbana Cs009 x 1.000 Ge002 Kg/habitantes/ ano Taxa de material recolhido pela coleta seletiva (exceto matéria orgânica) em relação à quantidade total coletada de resíduos sól. domésticos: I033 Quantidade total de material recolhida pela coleta seletiva ____________(exceto mat. orgânica)____________ Quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO) 416 (Cs023+Cs024) x 100 (Co108+Co109) percentual Tabela 85 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Incidência de papel e papelão no total de material recuperado: I034 ____Quantidade de papel e papelão recuperados____ Cs010 x 100 Cs009 percentual Quantidade total de materiais recicláveis Cs011 x 100 percentual recuperados (exceto mat. orgânica e rejeitos) Cs009 Quantidade total de materiais recicláveis recuperados (exceto mat. orgânica e rejeitos) Incidência de plásticos no total de material recuperado: I035 ___Quantidade de plásticos recuperados___ Incidência de metais no total de material recuperado: I038 ________Quantidade de metais recuperados________ Cs012 x 100 Quantidade total de materiais recicláveis recuperados Cs009 percentual (exceto mat. orgânica e rejeitos) Incidência de vidros no total de material recuperado: _____Quantidade de vidros recuperados_____ I039 Quantidade total de materias recicláveis Cs013 x 100 recuperados (exceto mat. orgânica e rejeitos) Cs009 417 percentual Tabela 86 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Incidência de outros materiais (exceto papel, plástico, metais e vidros) no total de material recuperado: I040 ____Quantidade de outros materiais recuperados____ Quantidade total de materiais recicláveis recuperados Cs014 x 100 percentual Cs009 (exceto mat. orgânica e rejeitos) Taxa de material recolhido pela coleta seletiva (exceto mat. orgânica) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domésticos: I053 (Cs023+Cs024+Cs048)x100 Quant. total de material recolhido pela coleta sel. (Co108+Co109) percentual __________________(exceto mat. org.)__________________ Quant. total coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO) INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE Massa de RSS coletada per capita em relação à população urbana: I036 Quantidade total coletada de RSS População urbana (Rs028+Rs008) x 10 6 Ge002 x 365 Kg/1.000 habitantes/dia Taxa de RSS coletada em relação à quantidade total coletada: (Rs028+Rs008) x 100 I037 Quantidade total coletada de RSS Quantidade total coletada 418 (Co116+Co117) percentual Tabela 87 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE VARRIÇÃO INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Quantidade de varredores de empresas contratadas Va008 x 100 percentual Quantidade total de varredores (Va007+Va008) Taxa de terceirização dos varredores: I041 Taxa de terceirização da extensão varrida: I042 Extensão de sarjeta varrida por empresas contratadas Va011 x 100 Extensão total de sarjeta varrida (Va010+Va011) percentual Custo unitário médio do serviço de varrição (Prefeitura + empresas contratadas): (Va037+Va019) I043 Despesa total da prefeitura com serviço de varrição R$ / km (Va010+Va011) Extensão total de sarjeta varrida Produtividade média dos varredores (Prefeitura + empresas contratadas): I044 _____Extensão total de sarjeta varrida_____ (quantidade total de varredores × quantidade de dias úteis por ano (313) 419 (Va010+Va011) Km/empregado (Va007+Va008)x313 /dia Tabela 88 - Relação dos Indicadores para a Avaliação e Monitoramento dos Resíduos Sólidos (continuação) INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM Taxa de varredores em relação à população urbana: empregado / I045 Quantidade total de varredores (Va007+Va008)x1.000 1.000 População urbana Ge002 habitantes Despesa total da Prefeitura com serviço de varrição (Va037+Va019) percentual Despesa total da Prefeitura com manejo de RSU (Ge023+Ge009) Incidência do custo do serviço de varrição no custo total com manejo de I046 RSU: Incidência de varredores no total de empregados no manejo de RSU: I047 (Va007+Va008) x 100 (Ge015+Ge016) _________Quantidade total de varredores_________ percentual Quantidade total de empregados no manejo de RSU INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE CAPINA E ROÇADA Taxa de capinadores em relação à população urbana: I051 Quantidade total de capinadores População urbana (Cp005 + Cp006) x 1.000 Ge002 empregado/ 1.000 habitantes Incidência de capinadores no total empregados no manejo de RSU: I052 ________Quantidade total de capinadores________ (Cp005+Cp006) x 100 Quantidade total de empregados no manejo de RSU (Ge015+Ge016) 420 percentual 14.5 Indicadores Transversais Tabela 89 - Relação dos Indicadores Transversais de Avaliação Indicador Fórmula Eficiência de reuso de água servida Volume de água [Volume de água servida reutilizada] *100 [Volume de água consumido do SAA + Volume de água servida reutilizada] [Volume de água de banho + Volume de água de tanque + Volume de água de máquina de lavar roupa] servida produzida Unidade % m 3 Eficiência de aproveitamento [Volume de água pluvial aproveitada] *100 da água da [Volume de água consumido do SAA + Volume de água pluvial aproveitada] % chuva Volume de água da chuva [Índice Pluviométrico Mensal + Área de Captação + Eficiência do sistema coletor] produzido 421 m 3 15. ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO O presente capítulo procura analisar a situação atual na sua devida globalidade e investigar certos aspectos de maior relevância para embasar as reflexões sobre a definição de um novo modelo de gestão para os Sistemas de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município de Itatiaia, localizado no estado do Rio de Janeiro. A análise da sustentabilidade da prestação dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotos do município de Itatiaia, elaborada em 2011, tem como metodologia a adoção do Fluxo de Caixa, tendo como base as receitas, os custos e os investimentos. Foram estudados cenários para os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, para efeito das ações de planejamento futuro, que podem ser caracterizados principalmente pela programação da universalização dos serviços. Estes cenários foram estudados quanto ao nível de sustentabilidade definidos pela Taxa Interna de Retorno (TIR). 15.1 METODOLOGIA DE CÁLCULO Considerações Gerais sobre a Metodologia O modelo de análise do projeto pela metodologia da TIR, proposto pela SERENCO, tem as seguintes condições: Taxa Interna de Retorno (TIR) 422 A taxa interna de retorno (TIR) é definida como sendo a taxa de desconto que torna o valor presente líquido de um projeto igual a zero, ou a taxa que iguala o valor presente dos retornos esperados futuros com o valor presente dos custos esperados futuros. A fórmula matemática para determinação da TIR do projeto é: VPL = 0 = N FC t ∑ (1 + TIR ) t =0 t na qual: VPL: é o valor presente líquido do projeto (que é igual a zero para a TIR do projeto; t: é um período de tempo medido em dias, meses, anos etc.; FCt: é o fluxo de caixa líquido na data t; N: é o número total de períodos de tempo utilizado na análise do investimento; e TIR: é a taxa interna de retorno do projeto. 15.2 15.2.1 PREMISSAS UTILIZADAS NA ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA Estrutura Tarifária A estrutura tarifária adotada para a presente análise é a do município vizinho, Resende, que apresenta similaridades com Itatiaia, existindo uma integração de prestação de serviços urbanos entre estes municípios. 423 Tabela 90 - Estrutura Tarifária de Resende (RJ) 15.2.2 Histogramas de Consumo Atualmente não há qualquer tipo de cobrança nem de micromedição, desta forma foi também referenciado o histograma de consumo verificado pela Águas das Agulhas Negras na cidade de Resende. O histograma de consumo de Resende apresenta os percentuais dados pelo quadro que segue: 424 Tabela 91 - Histograma de Consumo de Resende (RJ) A construção do histograma de consumo do município de Itatiaia teve como base além dos percentuais do histograma de Resende, também o conhecimento do número de economias residenciais e do número de pousadas existentes na região, resultando no histograma a seguir. Complementarmente, foram utilizados o coeficiente de 1,2 economias por ligação e 3,4 habitantes por economia. 425 Tabela 92 - Histograma Adotado 15.2.3 Premissas remissas de Receita Para o Sistema de Abastecimento de Água, a SERENCO considerou um cenário com as tarifas praticadas na cidade de Resende, com todas as economias contribuindo de acordo com as metas de atendimento previstas, ou seja, 100% de atendimento a toda população em 2014. Para o Sistema de Esgotamento Sanitário a SERENCO considerou o incremento de receita conforme o Cronograma de Obras Programadas. Foram feitos três cenários de universalização destes serviços. O Cenário A onde se estima que em 2014 o município esteja com 30% do esgoto coletado e tratado, com um incremento incre de atendimento de 10% a cada ano seguinte, até que se atinja 100% de esgoto coletado e tratado em 2021. 426 No Cenário B estima-se se que em 2014 o município esteja com 60% do esgoto coletado e tratado, com um incremento de atendimento de 20% a cada ano seguinte, s até que se atinja 100% de esgoto coletado e tratado em 2016. No Cenário C estima-se se que em 2014 o município esteja com 75% do esgoto coletado e tratado, com um incremento de atendimento de 25% a cada ano seguinte, até que se atinja 100% de esgoto coletado e tratado já em 2015. Considerou-se se que do universo de usuários de abastecimento de água 10% serão atendidos por fossa séptica não se integrando a rede coletora e portanto não gerando receita ao sistema. As receitas de esgotos foram calculadas considerando considerando 100% da receita de água. A seguir é apresentado o quadro do cálculo da receita mensal de água para os cenários estudados e para o ano de 2014. Para os anos seguintes tem-se tem um acréscimo de receita em função do crescimento vegetativo. Tabela 93 - Receita de Água no ano de 2014 427 Em anexo estão apresentadas as projeções de Receitas por ano segundo estas premissas. 15.2.4 Premissas de Investimentos Sistema de Abastecimento de Água A projeção de Investimentos foi subdividida em quatro períodos, considerando a previsão inicial em 2012 e 2013, setorização (macromedição) até 2017, complemento da reservação em 2017 e algumas ampliações para 2027. Tabela 94 - Investimento no SAA Premissas adotadas: Hidrometração: R$ 200,00/ligação Reservação: R$ 650,00/m³ 428 Redes Macro: tubulação mais projeto civil (ver quadro abaixo) Tubulação FD DN 250 FD DN 150 PVC DN 300 PVC DN 250 PVC DN 200 PVC DN 150 PVC DN 100 Valor adotado R$ 400/m R$ 270/m R$ 300/m R$ 230/m R$ 200/m R$ 180/m R$ 150/m O período para realização da maioria dos investimentos sugerido pela SERENCO é de 6 anos (2012 a 2017). A partir de 2012 até o final do período do estudo (2041) foi considerado o valor de R$ 300,00 por ligação incremental. Em anexo encontram-se as projeções de investimentos por ano para o sistema de abastecimento de água. Sistema de Esgotamento Sanitário A projeção de Investimentos foi subdividida em dois períodos, considerando a previsão de implantação das Estações de Tratamento de Esgoto em 2013 e em 2027, e investimentos em rede coletora, ligações domiciliares e estações elevatórias desde 2012 até o fim do período estudado (2041). Os investimentos programados são apresentados na tabela a seguir para as cidades de Itatiaia e Penedo, pois Maromba e Maringá possuem 100% de atendimento de esgoto. 429 Tabela 95 - Investimento no SES A partir de 2012 até o final do período do estudo (2041) foi adotado o valor de R$ 800,00 por habitante incremental. Foi adotado que 10% da população possui tratamento de esgoto através de fossa séptica, não sendo computado qualquer investimento de rede para essa população. Em anexo estão apresentadas as projeções de Investimentos por ano para o sistema de esgotamento sanitário segundo estas premissas. 15.2.5 Premissas de Custos Foram consideradas as seguintes premissas de custos: - PESSOAL A equipe necessária para a operação e manutenção dos sistemas foi dimensionada conforme planilha a seguir: 430 Tabela 96 - Dimensionamento Pessoal A equipe foi dividida em duas fases devido à implantação das novas unidades dos sistemas de água e esgoto nos primeiros dois anos do estudo. Para os anos subsequentes adotou-se a Taxa de Crescimento Anual de 0,5% a.a.. 431 - ENERGIA Para o Sistema de Abastecimento de Água adotou-se 50CV de consumo para os anos de 2012 e 2013 e consumo de 200CV para o ano de 2014. Para os anos subsequentes, adotou-se a Taxa de Crescimento Anual de 1,75% a.a. Para o Sistema de Esgotamento Sanitário utilizou-se o valor de 60CV para o ano de 2014 e um valor de 260CV para 2021. Entre 2014 e 2021 foi feita uma relação em função do índice de atendimento da população, e para os anos subsequentes a 2021, feita uma relação em função do crescimento vegetativo. - PRODUTOS QUÍMICOS No ano de 2014 para o Sistema de Abastecimento de Água adotou-se 26 kg/dia de Cloro e 130 kg/dia de Coagulante, e para os anos subsequentes, considerou-se a Taxa de Crescimento Anual de 1,75% a.a.. No ano de 2014 para o Sistema de Esgotamento Sanitário adotou-se 30 kg/dia de Cloro e 7 kg/dia de Polieletrólito de consumo e para os anos subsequentes considerou-se a Taxa de Crescimento Anual de 1,75% a.a.. 432 - OUTROS Consideraram-se os seguintes itens e valores para os outros custos no ano de 2012: DESCRIÇÃO Terceiros Veículos/Equipamentos Combustível Aluguéis Telefonia Link Internet Software Material de Consumo/Outros Material de Manutenção Laboratório de Análises Terceirizado Seguros e Garantias Outros (5% Total) TOTAL VALOR/ANO 120.000,00 200.000,00 80.000,00 70.000,00 24.000,00 36.000,00 96.000,00 120.000,00 240.000,00 48.000,00 25.000,00 59.050,00 1.111.950,00 Para os anos subsequentes adotou-se a Taxa de Crescimento Anual de 1,5% a.a.. 15.3 CENÁRIO PROJETADO E CONSIDERAÇÕES TAXA DE ATRATIVIDADE O estudo foi realizado para se determinar a taxa de atratividade do projeto, adotando todas as premissas já explicadas de receitas, investimentos e custos. DEPRECIAÇÃO – DECRETO 3.000 A quota anual adotada foi ajustada proporcionalmente para período de Concessão, conforme as premissas legais estabelecidas no DECRETO 3.000 de 1999 que trata sobre o REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA, apresentadas a seguir: 433 A depreciação é dedutível a partir da época em que o bem é instalado, posto em serviço ou em condições de produzir. A taxa anual de depreciação será fixada em função do prazo durante o qual se possa esperar utilização econômica do bem pelo contribuinte, na produção de seus rendimentos (Artigo 310 do Decreto 3.000). CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA O cálculo do Imposto sobre a renda foi realizado considerando a adoção do modelo do Lucro Real em todas as etapas. BASE DE CÁLCULO PARA PIS/COFINS A base de cálculo para o PIS/COFINS foi obtida em função do faturamento, descontando-se as despesas operacionais, depreciação e metade das despesas diversas. Não se considerou retenção de PIS/CONFINS para as parcelas de CONTRAPRESTAÇÃO no caso de Parceria Público-Privada (PPP). 15.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS SIMULAÇÕES ELABORADAS As simulações com as premissas adotadas apresentam uma taxa de atratividade da ordem de 2%, ou seja, são inviáveis em relação à conjuntura atual com taxas entre 10 a 12 %. Para dar sustentabilidade a prestação dos serviços foram apostas outras três análises, essas com participação pública que resultaria em PPP Patrocinada. 434 A título de sensibilidade foram avaliadas taxas de atratividade de 9%, 10% e 12% ao ano para os cenários A, B e C na forma de uma PPP Patrocinada por um período de 30 anos, esta com contraprestação por 8 anos. 15.5 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Em função da dificuldade da prática da modicidade tarifária só com a prestação do serviço sustentada por tarifa, o modelo recomendado para o município de Itatiaia é a PPP Patrocinada. A sustentabilidade pela PPP Patrocinada demanda contraprestações da ordem de 9 a 10,8 milhões/ano por 8 anos consecutivos (Cenário A) o que permitiria equacionar a universalização dos serviços sem onerar demasiadamente a população do município. Dentre os 3 cenários estudados, o denominado Cenário A (aquele que representa a universalização do esgoto com crescimento no nível de atendimento a população de 10% ao ano), seria a melhor alternativa considerando o aspecto econômico, por apresentar os menores valores de contraprestação e de investimentos. Entretanto, é possível a escolha do Cenário B ou C visando uma universalização mais rápida dos serviços de saneamento, já que ambos apresentam uma projeção de crescimento no nível de atendimento populacional maior que o Cenário A. Todavia, ambos demandam um capital maior de investimento, sendo alternativas menos viáveis economicamente. 435 Tabela 97 - Sustentabilidade (Cenário A) 436 Tabela 98 - Sustentabilidade (Cenário B) 437 Tabela 99 - Sustentabilidade (Cenário C) 438 16. PARTICIPAÇÃO e CONTROLE SOCIAL A participação social é instrumento de eficácia da gestão pública e do aperfeiçoamento contínuo das políticas e serviços públicos. Tendo assim efeitos sobre a convergência de propósitos, a continuidade das ações, a resolução de conflitos, o aperfeiçoamento da convivência social e a transparência dos processos decisórios. Desta forma, a SERENCO participou, em conjunto com o município, dos mecanismos e procedimentos que garantiram à sociedade informações, representações técnicas e participações no processo da formulação da política, do planejamento e da avaliação dos serviços de saneamento básico conforme estipulado na Lei nº 11.445/2007, inciso IV, art. 3º, transcrito abaixo: IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico; O controle social seguiu as premissas que constam no Decreto 7.217/2010 Capítulo IV, conforme transcrito a seguir: CAPÍTULO IV DO CONTROLE SOCIAL Art. 34. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante adoção, entre outros, dos seguintes mecanismos: I - debates e audiências públicas; II - consultas públicas; III - conferências das cidades; ou 439 IV - participação de órgãos colegiados de caráter consultivo na saneamento formulação básico, bem da política como de no seu planejamento e avaliação. § 1º As audiências públicas mencionadas no inciso I do caput devem se realizar de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada. § 2º As consultas públicas devem ser promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas. § 3º Nos órgãos colegiados mencionados no inciso IV do caput, é assegurada a participação de representantes: I - dos titulares dos serviços; II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico; IV - dos usuários de serviços de saneamento básico; e V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico. § 4º As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere o inciso IV do caput poderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente, com as devidas adaptações da legislação. § 5º É assegurado aos órgãos colegiados de controle social o acesso a quaisquer documentos e informações 440 produzidos por órgãos ou entidades de regulação ou de fiscalização, bem como a possibilidade de solicitar a elaboração de estudos com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões, observado o disposto no § 1o do art. 33. § 6º Será vedado, a partir do exercício financeiro de 2014, acesso aos recursos federais ou aos geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, àqueles titulares de serviços públicos de saneamento básico que não instituírem, por meio de legislação específica, o controle social realizado por órgão colegiado, nos termos do inciso IV do caput. A seguir serão apresentadas às comprovações da Participação Social, tais como: fotos, atas das reuniões, etc.. 441 16.1 Fotos Reunião/Apresentação do PMSB realizado do dia 19/05/2011 na Sala de Reuniões da Assistência Social 442 Reunião/Apresentação do PMSB realizado do dia 24/08/2011 na Câmara Municipal (1º Seminário Local - Apresentação do Diagnóstico) 443 444 Reunião/Apresentação do PMSB realizado do dia 27/06/2012 no Gabinete do Prefeito 445 446 16.2 Atas 447 16.3 Publicações 448 17. REFERÊNCIAS Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. <http://www.ibge.gov.br/cidades> Confederação Nacional dos Municípios – CNM. <http://www.cnm.org.br> Banco de dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS. <www.datasus.gov.br> Sistema Nacional de Informações sobre Esgoto e Saneamento – SNIS. < http://www.snis.gov.br> SEBRAE/RJ. Setores de Extração Mineral, Cerâmica e Cimento. < www.sebraerj.com.br> Prefeitura Municipal de Itatiaia. < www.itatiaia.rj.gov.br> Instituto Estadual do Ambiente – INEA. < www.inea.rj.gov.br> Wikipédia – Itatiaia. < http://pt.wikipedia.org/wiki/Itatiaia_(Rio_de_Janeiro)> Wikimapia/Penedo-Itatiaia. < http://wikimapia.org/630357/pt/Penedo-Itatiaia> Wikimapia/Maringá/Maromba-Itatiaia. <http://wikimapia.org/7961285/pt/Maromba> DER/RJ – Departamento de Estradas de Rodagem. <http://www.der.rj.gov.br/> Agência Nacional das Águas (ANA). <www.ana.gov.br.> Geoprocessamento Fiocruz. < www.geoprocessamento.icict.fiocruz.br/svs/dsast/mapas> Plano Diretor do Município de Itatiaia. Volumes: Núcleo Central e Granja Itaúna; Maringá e Maromba; Penedo. (1998) 449 Fundação CIDE – Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro. Mapa da Hidrografia de Resende (2001). <http://www.cide.rj.gov.br> Climatologia de Itatiaia – RJ. < http://jornaldotempo.uol.com.br/climatologia.html/Itatiaia-RJ/> AMPLA Energia e Serviços S. A. Relatório de combate a furtos - AMPLA (2010) Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE). Secretaria Geral de Planejamento. Estudos Socioeconômicos dos Municípios do Estado do Rio de Janeiro. Itatiaia (2008). SILVA, A. R. Fluxo de N e P orgânicos e inorgânicos e íons majoritários no baixo curso do rio Campo Belo, Itatiaia, RJ. (Dissertação). Universidade Federal Fluminense, 2005. ROCHA, M. M. F. Turismo, desenvolvimento local e sustentabilidade. Um estudo de caso no município de Itatiaia - RJ. (Dissertação). Universidade Federal Fluminense, 2005. COSTA, S. S.; BRANDÃO, C. C. S.; COLOSIMO, E. A.; HÉLLER, L. Indicadores Sanitários como Sentinelas na Prevenção e Controle da Mortalidade Infantil – Uma Experiência Utilizando o SISAGUA. XXVII Congresso Interamericano de Ingeniería Sanitária y Ambiental, Cancun, México, 2002. 450