MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
1
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
|ELABORAÇÃO|
HGWA:
Fernanda Azevedo de Souza: Coordenação, UCE Adulto (UCE I e AVC Subagudo) e Cuidados Paliativos
Isabelle de Freitas Luz - Clínica Pediátrica, UCE Pediátrica e PAD Pediátrico
Michelle Barrocas Soares Esmeraldo - UTI Adulto, UTI Pediátrica, UTI Neonatal e Médio Risco Neonatal
Raphael Marques de Miranda Costa - PAD Adulto e PAVD
HRC:
Tatiana Alves Pereira Oliveira - UTIs, UCE, Clínicas Médicas, Clínicas Cirúrgicas, Traumato-Ortopedia
HRN:
Raiza Ribeiro de Souza - Coordenação, UTI Adulto, Neurocirurgia, UCE e Clínicas Médicas
Izabella de Carvalho e Silva - Clinica, Emergência e UTI Pediátrica, UTI e UCI NEO e Mãe Canguru
Renata Mesquita Ferreira Lima - Clinica Obstétrica, UCO, Clínicas Cirúrgicas e Emergência
|VALIDAÇÃO|
Adriana de Oliveira Sousa | Gerente de Terapias Integradas | ISGH
Kessy Vasconcelos Aquino | Diretora Técnica | ISGH
|FORMATAÇÃO|
Comunicação Visual ISGH
|DATAS|
Versão 00: julho de 2015
2
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
| 1. INTRODUÇÃO |
O presente manual trata das rotinas e atribuições da prática da psicologia hospitalar dentro das unidades
assistenciais do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (SGH). A importância de sua elaboração e divulgação
está pautada na busca contínua da qualidade do atendimento prestado.
A Psicologia Hospitalar é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) pela
Resolução de nº 13/2007. Essa área de atuação tem como principal finalidade o atendimento de suporte
psicológico a pacientes e sua rede relacional (família e/ou responsáveis). A partir de sua prática, o psicólogo
visa a minimizar o sofrimento provocado pelo processo de adoecimento e consequente internação. Também
atua junto à equipe assistencial, numa perspectiva interdisciplinar, auxiliando na compreensão dos processos
subjetivos envolvidos neste momento.
O Serviço de Psicologia Hospitalar, na figura de sua equipe responsável, objetiva ser um agente de mudanças,
através de uma postura crítica sobre o papel que desempenha na instituição hospitalar. No sentido de
promover e pensar o processo saúde-doença como um fenômeno complexo, que envolve elementos
históricos, culturais, políticos e ideológicos, sua atuação deve estar centrada no sujeito que sofre, em seu
contexto de vida, em uma perspectiva emancipatória, voltada para o social, para a comunidade. Dessa
forma, contribui para a melhoria do atendimento no hospital através da orientação das ações profissionais
na direção da saúde coletiva através do caráter educativo da assistência, inserindo os indivíduos, grupos e
comunidades na promoção da saúde.
| 2. ATRIBUIÇÕES |
2.1. Atendimento individual ao paciente;
2.2. Atendimento individual ao cuidador principal ou com outros membros da família;
2.3. Atendimento na modalidade grupal com os cuidadores principais;
2.4. Orientação à equipe quanto ao manejo de situações onde questões psíquicas possam interferir no
tratamento;
2.5. Realizar intervenções conjuntas para comunicação e/ou esclarecimento de diagnóstico;
2.6. Participar das reuniões dos setores;
2.7. Discussão de casos com a equipe favorecendo a reflexão das percepções e vivências do profissional;
3
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
2.8. Participar das reuniões dos times de liderança dos setores onde atua;
2.9. Preceptoria de estágio extra-curricular;
2.10. Manter os arquivos do setor atualizados e organizados;
2.11. Participar de reuniões com chefias de setores específicos para discussão de problemáticas intrassetorias;
2.12. Supervisionar e acompanhar todas as atividades do setor;
2.13. Cumprir e fazer cumprir o Código de Ética do Psicólogo;
2.14. Tabular, analisar e monitorar os dados estatísticos de produção e os indicadores do setor e incluí-los no
relatório mensal de atividades com as respectivas considerações;
2.15. Contribuir e facilitar os trabalhos das Comissões do Hospital;
2.16. Emitir parecer sobre assuntos relativos ao Serviço de Psicologia Hospitalar;
2.17. Representar a Instituição em eventos organizados para a promoção das atividades em Psicologia
Hospitalar.
| 3. ROTINAS |
| 3.1. EIXO ADULTO |
3.1.1. Visita diária aos leitos ocupados na unidade. Definição do perfil do paciente para prioridade do
atendimento;
3.1.2. Contato com a equipe multidisciplinar para verificar encaminhamentos ao atendimento psicológico
(reunião multidisciplinar e discussão de caso);
3.1.3. Abordar o solicitante a fim de conhecer e compreender o motivo do encaminhamento (demanda do
atendimento);
3.1.4. Realizar leitura do prontuário do paciente para complementar as informações;
3.1.5. Avaliar o estado físico e condição do paciente para o atendimento, de acordo com a gravidade do caso;
3.1.6. Realizar entrevista inicial com o paciente, onde são coletados ou checados os dados de identificação e
anamnese, objetivando também estabelecer o rapport (vínculo) com o paciente;
3.1.7. Planejar o seguimento dos atendimentos a partir da junção das informações relevantes colhidas com
o paciente, cuidadores e equipe assistencial;
3.1.8. Registrar no prontuário as informações que sejam pertinentes e orientadoras para as ações da equipe
assistencial, no sentido de promover a qualidade da comunicação interdisciplinar;
4
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
3.1.9. Realizar encaminhamentos internos (setores do hospital) ou externos (serviços de saúde mental),
quando necessário.
| 3.2. EIXO ADULTO |
3.2.1. Iniciar atendimento psicológico com paciente após identificação da demanda para acompanhamento
através da avaliação psicológica;
3.2.2. Contato com a equipe multidisciplinar para a discussão do caso;
3.2.3. Realizar leitura do prontuário do paciente para complementar as informações;
3.2.4. Avaliar o estado físico e condição do paciente para o atendimento, de acordo com a gravidade do caso
e idade do paciente;
3.2.5. Realizar atendimento psicológico de acordo com a demanda apresentada através de recursos lúdicos,
escuta e intervenções psicológicas;
3.2.6. Avaliar demanda de seguimento do acompanhamento psicológico;
3.2.7. Acordar com paciente/cuidador a disponibilidade e periodicidade dos atendimentos;
3.2.8. Registrar no prontuário as informações que sejam pertinentes e orientadoras para as ações da equipe
assistencial, no sentido de promover a qualidade da comunicação interdisciplinar;
3.2.9. Realizar encaminhamentos internos (setores do hospital) ou externos (serviços de
quando necessário.
saúde mental),
| 3.3. VISITA DOMICILIAR |
3.3.1. Contato com a equipe multidisciplinar para verificar encaminhamento ao atendimento psicológico em
domicílio (reunião multidisciplinar e discussão de caso);
3.3.2. Abordar o solicitante a fim de conhecer e compreender o motivo do encaminhamento (demanda do
atendimento);
3.3.3. Verificar disponibilidade de dia e horário para a participação da psicologia na visita da equipe do PAD
aos pacientes e cuidadores encaminhados;
3.3.4. No momento da visita ao paciente, avaliar seu estado físico e condição para o atendimento, de acordo
com a gravidade do caso;
3.3.5. Realizar abordagem ao paciente e cuidador, onde é oferecido um espaço de escuta dos sentimentos
e sensações despertados pelo momento vivenciado, visando a estabelecer um vínculo e proporcionar
acolhimento;
3.3.6. Avaliação do ambiente domiciliar bem como da dinâmica familiar do paciente de modo a pensar em
5
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
e orientadoras das ações da equipe assistencial, no sentido de promover a qualidade da comunicação
interdisciplinar;
3.4.9. Realizar encaminhamentos internos (setores do hospital) ou externos (serviços de saúde mental),
quando necessário.
| 3.4. EIXO EMERGÊNCIA |
3.4.1. Verificar solicitação de interconsultas para avaliação psicológica dos pacientes;
3.4.2. Disponibilizar atendimento aos visitantes/familiares de pacientes internados na Emergência;
3.4.3. Iniciar atendimento psicológico com paciente/visitante, após identificação junto à equipe da
demanda, para acompanhamento através da avaliação psicológica;
3.4.4. Realizar leitura do prontuário do paciente para complementar informação para atendimento
psicológico;
3.4.5. Avaliar o estado físico e condição do paciente para o atendimento, de acordo com a gravidade do caso
e idade do paciente;
3.4.6. Realizar atendimento psicológico de acordo com a demanda apresentada, através de escuta e
intervenções psicológicas;
3.4.7. Avaliar demanda de seguimento do acompanhamento psicológico;
3.4.8. Acordar com paciente a disponibilidade e periodicidade dos atendimentos;
3.4.9. Dar continuidade ao acompanhamento do paciente cuja solicitação do primeiro atendimento foi por
interconsulta;
3.4.10. Contactar a equipe multidisciplinar para discussão do caso;
3.4.11. Registrar no prontuário psicológico e no multiprofissional as informações que sejam pertinentes
e orientadoras das ações da equipe assistencial, no sentido de promover a qualidade da comunicação
interdisciplinar;
3.4.12. Realizar encaminhamentos internos (setores do hospital) ou externos (serviços de saúde mental),
quando necessário.
6
MANUAL
ATRIBUIÇÕES E ROTINAS
PSICOLOGIA HOSPITALAR
| 4. REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS |
BELLKISS, W. R. (org). A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira, 1994.
CAMON, V. A. A. Psicologia hospitalar. Atuação do psicólogo no contexto hospitalar. São Paulo, Traço, 1984.
Resolução CFP nº 013/2007 - Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em
Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro.
SIMONETTI, A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004.
7
Download

MANUAL