UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O LABORATÓRIO EMS NO MERCADO BRASILEIRO DE GENÉRICOS Por: CARLOS ALBERTO DA SILVA MATTOS Orientador Prof. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O LABORATÓRIO EMS NO MERCADO BRASILEIRO DE GENÉRICOS Apresentação Candido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão Empresarial. Por: Carlos Alberto da S. Mattos. 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente ao Criador em quem tenho alicerçada a minha fé. À minha mãe, de saudosa memória, cujo exemplo traga bem vivo dentro de mim. Foram seus inestimáveis conselhos que me levaram a apreciar a letras e continuar os estudos, mesmo ultrapassada a tenra idade. Ao meu brioso pai, cujo esforço em árduo labor fez com que seus dois filhos pudessem ter acesso a uma universidade, sonho ainda inatingível para muitos em nosso país. À minha querida irmã Heloisa, que tem sido mais que uma irmã, uma grande amiga. Aos meus dois filhos, Renan e Matheus que mesmo ficando privados da mãe precocemente, têm demonstrado coragem e firmeza necessárias para se resistir às intempéries inerentes a existência humana. À minha atual esposa, que pacientemente divide comigo momentos de alegria e tristeza, sempre, porém, com uma grande dose de otimismo. E aos meus amigos mais chegados, com os quais, ao longo dessa trajetória, tive plena liberdade para compartilhar as vitórias e frustrações. 4 “Dedico esse singelo trabalho a todos os professores que passaram pela minha vida, desde os tempos da escola primária à pós-graduação. Num país em que o magistério ainda não possui o reconhecimento que merece, gostaria de oferecer-lhes este tributo. Pudera eu, algum dia, ter a oportunidade de dividir com outros um pouco do que aprendi.” 5 RESUMO Esta monografia foi realizada com objetivo de demonstrar que o modelo de gestão das empresas tem influência determinante no seu resultado ao longo da sua existência. O grau de importância dedicado ao conhecimento produzido em seus domínios, e a eficiência em dissemina-lo no meio corporativo tem se constituído num importante diferencial, peculiar às empresas bem-sucedidas. No caso da Indústria farmacêutica onde as inovações ocorrem num ritmo alucinante e a competição pelo mercado é extremamente acirrada, a gestão do conhecimento deve ser considerada como uma vantagem estratégica capaz de produzir frutos que determinarão o potencial competitivo da empresa no presente e futuro. Ainda que as empresas nacionais tenham tardado para entender e implementar os novos modelos, os desafios emergentes catalisaram mudanças que já são vistas como imperiosas num mercado globalizado. Este trabalho tem como foco a transição do laboratório EMS de fabricante de medicamentos similares numa empresa de destaque na fabricação e comercialização de genéricos, através de inovações, aquisições e adoção de um novo modelo de gestão que valoriza o conhecimento. É destacado a forma com a referida empresa se conduz para avançar no mercado de genéricos a despeito das fusões de concorrentes e incorporação de empresas de menor estatura por competidores transnacionais. Palavras-chaves: Concorrência, Mercado e Gestão do Conhecimento. 6 METODOLOGIA O método de pesquisa utilizado neste trabalho deu-se através de bibliografia especializada, da mídia em ocasiões em que publicou matéria pertinente ao assunto aqui tratado, sites especializados na internet, site dos laboratórios aqui referidos, conhecimentos e experiências vividas pelo pósgraduando após 23 anos de militância no ramo farmacêutico. Também inclui entrevistas com pessoas idôneas ligadas ao ramo farmacêutico e áreas afins. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................ 08 CAPÍTULO I - A história do começo.............................................................. 11 CAPÍTULO II – A gestão do conhecimento.................................................... 20 CAPÍTULO III – EMS se mantém em destaque no mercado 33 farmacêutico.... CONCLUSÃO. ............................................................................................... 43 BIBLIOGRÁFIAS CONSULTADA................................................................... 46 BIBLIOGRÁFIAS CITADA............................................................................... 47 ÍNDICE DE ANEXOS...................................................................................... 50 ANEXOS 1..................................................................................................... 51 ANEXOS 2..................................................................................................... 52 ÍNDICE............................................................................................................ 53 FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................. 55 8 INTRODUÇÃO A data de 9 de agosto de 1999 foi um marco para os consumidores de medicamentos no Brasil. Foi precisamente neste dia que entrou em vigor a Lei dos medicamentos Genéricos determinando que, além do nome comercial, as caixas de remédios indicassem também o nome genérico do produto, ou seja, o nome do princípio ativo que produz o efeito terapêutico, a saber, que combate a doença. Foi estipulado a partir daí um prazo de adequação dos fabricantes para que cumprissem as novas exigências a fim de que a lei alcançasse seus objetivos. O Ministério da Saúde credenciou então, centros especializados para análise das composições dos medicamentos vendidos pelo nome genérico, a fim de que fossem garantidas as mesmas propriedades (biodisponibilidade e bioequivalência) e qualidade dos produtos originais, denominados “de referência”. Foi um momento de muita confusão para o consumidor, até então habituado a marcas consagradas, sem estar preocupado com os nomes “complicados” dos compostos químicos. Abriu-se a partir daí um misto de oportunidade e ameaça para os laboratórios, visto que os brasileiros gastavam nesta época em torno de 8 bilhões de dólares com medicamentos e certamente essa nova modalidade iria conquistar um percentual ainda desconhecido desse atraente mercado. O objetivo da nova lei foi baixar os preços dos remédios, tornando-os mais acessíveis às classes menos favorecidas e para que isso viesse a acontecer, implicaria em medidas que estimulassem a concorrência entre os fabricantes. A postura dos laboratórios pode-se dizer, foi anacrônica. Enquanto uns colocaram imediatamente em prática estratégias ousadas para consolidarem suas posições nessa corrida pelo mercado, outros assumiram uma postura de desconfiança e ceticismo quanto ao sucesso da nova lei. As indústrias emergentes são indústrias recentemente formadas, ou reformadas, criadas por inovações tecnológicas, alterações de custos relativos, surgimento de novas necessidades dos consumidores, ou outras alterações 9 econômicas e sociais que elevam um novo produto ou serviço ao nível de uma oportunidade potencialmente viável de negócio” Em consonância com esta definição, incluímos a Indústria farmacêutica da era pós genéricos. Os desdobramentos no mercado, classe médica e consumidores decorrentes deste acontecimento foram tão flagrantes que de forma alguma podem ser desprezados. Nunca mais as coisas serão como antes. Até o ano de 2000 o ambiente revelava um domínio absoluto das empresas transnacionais do setor tanto na quantidade de comercialização de unidades como no faturamento. As proteções patentárias garantiam um “oceano azul” para estas, assegurado por uma incapacidade tecnológica e gerencial dos concorrentes nacionais. Isso ocorreu até que alguns laboratórios brasileiros, entre eles a EMS, resolveram transformar o desafio em oportunidade e investir fortemente no mercado de genéricos. Para os consumidores, nada de tão formidável aconteceu nos últimos anos., Afinal os remédios iriam baixar de preço? Todavia, o alvoroço e a desinformação por parte de muitos fez com que a chamada empurroterapia ganhasse força nos balcões de estabelecimentos pouco éticos. Até que ponto as campanhas governamentais sobre os genéricos na mídia corroboraram para a mudança no comportamento do consumidor de marcas? Como as empresas se viram pressionadas a se rever seu posicionamento, visto que o fator custo ganhou inequívoca relevância. Diante da nova configuração do cenário, cada empresa do ramo farmacêutico passou a ter que considerar de maneira muito criteriosa seu próximo passo para manter-se no mercado brasileiro, visto que das cinco forças de Porter, pelo menos quatro passaram a atuar de maneira tão poderosa, como talvez nunca antes, a saber: poder dos compradores, ameaça de produtos substitutos e a rivalidade entre os concorrentes (enormemente acirrada). O presente trabalho procura levar a uma reflexão sobre a postura do Laboratório EMS frente ao desafio de um novo mercado, as estratégias que o conduziram a atual posição, passando pelo comportamento do mercado 10 brasileiro, dos consumidores, concorrentes, pontos de venda e dos próprios médicos. 11 CAPÍTULO I - A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA NO BRASIL Este capítulo tem por objetivo remeter o leitor aos tempos em que as práticas para alívio do sofrimento humano decorrentes das pragas, ferimentos e doenças, se davam através da manipulação de drogas e ervas por pessoas guiadas pelos seus próprios instintos e por conhecimentos herdados dos ancestrais. A evolução desse processo culmina na descoberta de várias substâncias com comprovada ação terapêutica e no desenvolvimento de técnicas padronizadas pela medicina moderna. 1.1. O início “(...) Uma longa viagem começa com um único passo (...)1 Sabemos pela história que o primeiro boticário no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal na gestão do governador geral Thomé de Souza. A coroa portuguesa percebeu que no Brasil, só se conseguia acesso ao medicamento quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, as quais traziam sempre a bordo um cirurgião- barbeiro ou alguém que detinha habilidades “médicas” com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos. A fase embrionária da Indústria Farmacêutica nacional deu-se com o aparecimento das primeiras boticas no Brasil ainda na época da colonização. Eram estabelecimentos que se assemelhavam muito às lojas de barbeiros devido às modestas instalações. Preponderantemente ficavam em locais centrais, onde os homens da época gostavam de se reunir. Posteriormente (séc. XVII e XVIII), elas ganharam um toque de sofisticação, ganhando as ruas principais, numa clara imitação das precursoras européias. Os estabelecimentos ocupavam dois cômodos da casa, onde o 1 LAO TSÉ. Filósofo chinês que viveu no séc. 6 a.C segundo a tradição. Disponìvel em: <http://pensador.uol.com.br/autor/Lao-Tse/biografia/> Acesso: 17 de dez. de 2010. 12 boticário vivia nos fundos, solitário ou com sua família. Na sala da frente os produtos eram expostos à venda. Em outro cômodo adjacente fazia-se a manipulação das drogas. Na sala de exposição, o público podia ver os frascos arrumados como em fila indiana, devidamente identificados com etiquetas: ungüentos, pomadas, xaropes e soluções de um sem número de cores, além de frascos e jarros de vidro ou de estanho. (...) “O autor do ‘Compêndio Narrativo do Peregrino da América’ comparou a botica setecentista a uma ermida ou capela, ‘mui pintada e armada, com muitos vidros e vasos, com uma lâmpada acesa diante de um nicho e com assentos por uma e outra parte, onde estavam alguns homens assentados (...) (Fonte: Febrafarma) (...) O quarto da manipulação, ou laboratório, apresentava, segundo as posses do boticário, uma verdadeira babel de móveis e de utensílios: mesa, potes e frascos cheios dos ‘símplices’ ou símplices medicinais, copos graduados, cálices, botijas, cântaros, funis, facas, bastões de louça, almofarizes ou grais, alambique, destiladores, cadinho, retortas, panelas, tenazes, balanças e medidas de peso como o quartilho, o arrátel ou libra, a Canadá, a onça, a oitava, o escrópulo, o grão, adiante referidos. No laboratório preparavam-se as fórmulas farmacêuticas. Ali eram preparadas as fórmulas farmacêuticas da época (...) (Fonte: Febrafarma) A vívida descrição acima retrata o ponto zero da indústria farmacêutica no Brasil. Esse “retrato” dá-nos a idéia de como foi se desenvolvendo essa Indústria que hoje é uma das mais importantes do país e como caminha lado a lado com a medicina desde tempos imemoriais. Seguindo a História, já no século XIX o desenvolvimento dos laboratórios das boticas e de seus compostos manipulados passou para uma nova etapa, desenvolvendo-se e se aprimorando quando comparado com aqueles das boticas coloniais. Nesse tempo, já as farmácias das grandes cidades de então ganhavam vulto comercializando produtos manufaturados importados e por fim, elas próprias vieram a desenvolver seus próprios laboratórios artesanais que depois se tornaram industriais. É digno de nota o papel dos laboratórios oficiais, que tiveram um importante papel como antecessores da indústria farmacêutica brasileira atual. Esses laboratórios pesquisaram a produção de fármacos, que se consolidaram já no final século XIX. Eles proporcionaram a sedimentação não só do 13 conhecimento como da técnica farmacêutica. Foram também de suma relevância nas questões ligadas à saúde pública. Os laboratórios europeus e estadunidenses, bem como indústrias de vários outros países, primeiramente passaram a comercializar seus produtos no Brasil e em seguida, no primeiro quinto do século XX, iniciaram a construção das suas instalações fabris nesta terra. Como mais uma prova do estreito vínculo da indústria farmacêutica e da medicina desde suas origens, observamos que a “caixa de botica”, confeccionada em madeira, acompanhou os povoadores portugueses nos primórdios da colonização, utilizada pelo cirurgião-barbeiro e pelo aprendiz de boticário. O cirurgião-barbeiro foi o precursor dos atuais cirurgiões, pois utilizando suas habilidades intervinham com seus instrumentos e técnicas ainda rudimentares nas feridas dos pacientes. As primeiras boticas designavam o lugar de depósito, dispensação e comércio de drogas e também de atuação dos barbeiros. Sabemos através de registros históricos que as primeiras boticas nesses moldes eram instaladas nos colégios jesuítas. Mais tarde, apareceram os boticários particulares e boticas em hospitais civis, como exemplo, as Santas Casas de Misericórdia que beiravam cerca de 800 estabelecimentos no país. Também podiam ser encontradas em hospitais de instituições militares no século XIX. Segundo o historiador Lycurgo Santos Filho apud Cytrynowicz (2007, p. 13) no período colonial preponderava o empirismo e a falta de estudo da maioria que trabalhava no ramo, o que levou a experimentação de muitas espécies da flora brasileira que é muito rica. Isso se dava na tentativa de combinar ou mesmo substituir as fórmulas da farmacopéia européia, obviamente de maior custo. Os indígenas também desempenharam um papel importante nessa história, pois detinham um valioso conhecimento das plantas brasileiras até então desconhecidas pelas civilizações mais adiantadas, especialmente na Europa. Estas agiam em diversas doenças, tanto é que foram temas de tese na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1877. Ainda em nossos dias, 14 inúmeras delas estão sendo alvo de investigações e outras já tiveram sua ação terapêutica comprovada cientificamente e hoje constituem a base de produtos patenteados. (CYTRYNOWICZ 2007) 1.2. Laboratórios e suas atividades no Brasil. O desenvolvimento da indústria farmacêutica propriamente dita no Brasil teve o seu nascimento e no período de 1890 a 1950, a reboque do desenvolvimento nos países europeus. Esses, já no século XIX, haviam conquistado avanços notáveis neste segmento. O desenvolvimento dessa indústria no Brasil foi impulsionado pela forte relação com a instituição da saúde pública, ação das práticas sanitárias de prevenção e combate às doenças infecciosas e, em especial, com as instituições de pesquisa básica e aplicada”. (RIBEIRO, 2000) O Estado brasileiro participou com grande peso no início do desenvolvimento industrial farmacêutico ao incentivar e fornecer recursos para alguns dos primeiros laboratórios. O Estado propiciou igualmente a formação dos primeiros cientistas que, mais tarde, foram os responsáveis pela elaboração dos planos de saúde pública, produção de soros, vacinas e medicamentos, produzidos por empresas pioneiras. A expansão da cafeicultura rumo ao oeste paulista, deflagrou a migração de um grande contingente de imigrantes, garantindo uma expressiva oferta de mão-de-obra de baixo custo. A partir daí que medidas de combate a doenças e infecções se tornaram imperiosas devido às precárias condições sanitárias dos portos, cortiços e hospedarias no qual essa multidão residia. Uma grande variedade de insumos utilizados nas lavouras como sulfato de cobre, cloreto de cálcio, ácido sulfúrico, nesse tempo, eram importados da Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. O frágil e incipiente parque industrial brasileiro começou por produzir anilinas vegetais, óleos, ceras e outros medicamentos a partir de substancias extraídas da natureza. Esses sofreram significativa depreciação, após a descoberta e emprego industrial da síntese orgânica na Europa. A produção de posteriormente, devido a beneficiados exigência de origem mineral se 15 iniciou de tecnologia mais avançada e pela necessidade do emprego de matérias-primas não disponíveis no mercado nacional, como enxofre, nitratos e compostos clorados. À medida que se ia avançando no campo epidemiológico, os cientistas perceberam que as doenças se disseminavam por meios muito mais diversos e complexos do que então se sabia. No final dos anos 20, duas instituições, o Instituto Vacinogênico e o Butantan eram as encarregadas da produção de produtos biológicos em São Paulo. O primeiro ocupado em produzir vacinas para varíola e o segundo para na produção de vacinas contra a peste. Com o advento dos trabalhos realizados por Vital Brasil, mais tarde, a produção de soro contra picadas de serpentes, aranhas e escorpiões. Lemos no portal da educação: (...) Poucas empresas brasileiras foram bem sucedidas na produção de medicamentos farmacêuticos para atender o mercado nacional e também para a exportação. Ribeiro, citando Gambeta (1982), credita este sucesso às facilidades da época, pois práticas que hoje são consideradas comuns, como o segredo industrial e o protecionismo da lei de patentes, não eram correntes; os avanços da farmacologia constavam em bibliografia que era de domínio público. O perfil do segmento farmacêutico no Brasil sofreu uma mudança brusca a partir dos anos 50. A adoção de medidas e planos desenvolvimentistas, como os verificados na gestão do presidente Juscelino Kubitschek e do período militar, abriram as portas do setor às empresas de capital estrangeiro, dotadas de maior know-how e recursos financeiros, que foram responsáveis pela eliminação de boa parte da concorrência dos laboratórios nacionais (...) (Fonte: Portal da 2 educação) Nos anos 80 o Brasil enfrentou um período de estagnação econômica e de altos índices de inflação, conseqüentemente houve retração nos investimentos empresariais. A partir daí até o ano de 2000 as empresas nacionais enfrentaram dificuldades, como as listadas a seguir: § 2 O governo passou a controlar os preços; A indústria farmacêutica no Brasil < http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos /8450/a-industria-farmaceutica-no-brasil >. Acesso em 10 jan.2011. § 16 A lei de patentes fortaleceu os monopólios (das empresas estrangeiras); § Dificuldades de acesso à mídia; § O próprio consumidor brasileiro, que dá preferência a produtos importados por entender que os nacionais são de qualidade inferior.; ausência de políticas governamentais de incentivos de longo prazo à indústria. Por ausência desses incentivos não se concretizaram investimentos necessários para a melhoria e dinamização do setor. aumento do grau de exigência na concessão de registros de novos medicamentos por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Atualmente, o setor industrial farmacêutico era constituído por aproximadamente 369 empresas, sendo 17% delas de capital estrangeiro e 83 % de capital nacional. Concentram-se em sua grande maioria na região sudeste, gerando algo em torno de 50.000 empregos diretos e 250.000 indiretos (Fonte: Abifarma 2000). É um setor caracterizado pela pulverização de mercado onde nenhuma empresa detém mais do que 8% do mercado (CAMPOS et al , 2001). O número de apresentações comercializadas gira em torno de 11 mil. 1. 3. Uma farmácia que prosperou. Chama-se Emiliano Sanchez quem iniciou o que é hoje o grupo EMS. No ano de 1950 no estado de São Paulo, na cidade de Santo André, no Grande ABC, Emiliano abriu uma pequena farmácia, a farmácia Santa Catarina. Após14 anos de árduo trabalho, a farmácia, alcançou um expressivo crescimento, e no ano de 1964, galgava um importante degrau e se transformava em um laboratório. Iniciou então a construção da sua primeira fábrica, em São Bernardo do Campo, no mesmo estado. O nome EMS foi originado da mistura das letras iniciais do nome de seu fundador, que se orgulhava da nobre missão de produzir e disponibilizar para a população 17 medicamentos, capazes de disputar com as fabricantes multinacionais uma fatia no mercado farmacêutico brasileiro. (Fonte: EMS) O então EMS, no ano de 1982, ampliou seus negócios com a criação da Natures. Foram adquiridas as marcas Topz (cotonetes) e Salvelox (bandagem adesiva). Mais tarde, em 1992, a EMS se lançou no segmento hospitalar, iniciando suas atividades nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. No ano de início, o sucesso alcançado permitiu a ampliação dos investimentos para o ano seguinte. Os medicamentos da EMS passaram a estar presentes em órgãos de saúde no âmbito público e privado de todo o país. Com o crescimento da receita e a perspectiva promissora dos negócios, a estratégia de crescimento passou a incluir a aquisição de outros laboratórios como o Legrand (fundado em 1991) e Novaquímica. Com essas aquisições, a EMS ampliou consideravelmente sua linha de produtos. (Fonte: EMS) Daí para frente a empresa experimentou um impulso vertiginoso e iniciou na cidade de Hortolândia (interior de São Paulo), a construção de um complexo industrial. Esse empreendimento alcançou as cifra de R$ 100 milhões. (Fonte: EMS) 1.4. Como a lei dos Genéricos favoreceu o crescimento da EMS Em qualquer lugar do mundo os consumidores procuram sempre os menores preços quando pretendem adquirir algo. Os medicamentos não constituem exceção. Como exemplo podemos citar um paciente que se submete ao tratamento de hipertensão arterial, uma doença que atinge atualmente cerca de 30% da população brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de hipertensão. Nessa situação a pessoa necessita fazer uso diário de dois a três comprimidos. Esse dado permite se imaginar quanto esse consumidor tem que despender para poder cumprir o que lhe foi 18 prescrito. Foi precisamente este ponto que o laboratório EMS soube explorar como uma grande oportunidade. Em fevereiro de 2000, foi lançada a Linha de medicamentos genéricos pelo EMS-Sigma Pharma. A linha de genéricos logo se mostrou muito promissora, trazendo a proposta de oferecer aos consumidores medicamentos que cumpririam a mesma função dos chamados “de marca”, custando no mínimo 40% menos que os “de referência”. Com ela, o EMS arrecadou 17,5 milhões de dólares de abril de 2000 a março de 2001, o equivalente a 12% de sua receita anual até então. Essa façanha garantiu ao EMS o primeiro lugar como maior produtor de genéricos do país em volume físico de vendas e o segundo em faturamento. (Fonte: EMS) Após um período de uma desconfortável dúvida, vários outros laboratórios no país resolveram também apostar nos genéricos. Após a consolidação dos primeiros dados e a constatação de que se trata um excelente investimento. Se consultarmos os números poder-se-á observar que no primeiro ano de existência, as vendas da categoria alcançaram cerca de 55 milhões de dólares, segundo o IMS, empresa do instituto Nielsen que audita a indústria farmacêutica. Assim, já no seu início, conquistaram cerca de 1% do faturamento total do setor de medicamentos chamados éticos, ou seja, aqueles que necessitam da apresentação de receita médica para serem adquiridos. Desde 2006 o mercado de genéricos no Brasil é o que mais cresce no mundo, a expectativa é que até 2011 a participação dos genéricos no mercado farmacêutico brasileiro seja de 25%. Segundo a IMS Health, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a Pro Genéricos, o crescimento foi de 19,4% em 2009 impulsionado pelos dois últimos trimestres que movimentaram R$ 4,5 bilhões. 1.4. Lançamentos: A EMS segue a trilha do que deu certo As empresas farmacêuticas trabalharam com a expectativa de que o crescimento do mercado de genéricos em 2010 continuaria em franca expansão (vide gráfico 1 em anexo 1). 19 Em 20 de junho de 2010, expirou a patente do medicamento ultraconhecido como Viagra, do laboratório americano Pfizer. Esse produto, indicado para a disfunção erétil, como pioneiro em sua classe, rendia a Pfizer um faturamento de R$ 200 milhões por ano só aqui no Brasil. Trata-se de um produto que é mais vendido do que o Tilenol (Lab. Jansen) e tem em nossas terras o terceiro maior mercado mundial. Ainda que se tente dizer que os pacientes que sofreriam de disfunção atingiria o número de 25 milhões, verdade é que o real tamanho desse mercado é quase impossível de se estimar com precisão, pois existem milhares de consumidores esporádicos, além de indicações em patologias menos conhecidas do grande público, o que torna seu uso muito mais diversificado do que se imagina. (Fonte: AMIBIP) Fato é que numa demonstração de agilidade e competência técnicaindustrial, comercial e jurídica, colocou o genérico da sildenafila no mercado no dia 21 de junho de 2010 a um preço de R$ 10 ( O preço médio do Viagra era de R$ 30), após a vitoriosa batalha nos tribunais. O genérico foi apresentado às farmácias por uma equipe de 250 representantes da EMS Genéricos, que tiveram como missão cobrir 80% das farmácias do Brasil. Outros 1.500 propagandistas - todo o contingente da EMS Sigma Pharma saíram para divulgar à classe médica a marca do similar Suvvia, numa 3 verdadeira “blitz” para tomar o mercado do Viagra. (Fonte: Jornal Estadão) Outro acontecimento relevante no ano de 2010, foi a queda da patente do Liptor (Atorvastatina) também da Pfizer, cujo mercado mundial alcança a cifra astronômica de dez bilhões de dólares. É até agora a droga mais vendida da história da humanidade. Consumida diariamente por 42 milhões de pacientes em 80 países, tornando-se o medicamento mais comercializado no último ano, com 42% de participação de mercado e receitas de US$ 7,9 bilhões. Estimam analistas que, em dois anos, ela deve romper mais uma barreira da indústria e gerar US$ 10 bilhões (no mercado mundial) em vendas. 3 “Viagra” da EMS chega hoje ao mercado a R$ 10. Disponível em < www.estadao.com.br/ estadaodehoje/20100621/not_imp569566,0.php > Acesso: 29 de jan.2011. 20 Somente ela, será dona de 55% do faturamento da Pfizer. (Fonte: Isto é dinheiro)4 Diante do exposto, vemos que a ação desenvolvida nesse lançamento, assim como do genérico da sildenafila, obedece a uma estratégia bem planejada. Os detalhes químico-industriais e logísticos foram mantidos sob “segredo de estado” até quando possível. Uma ação justificada objetivando a conquista rápida de uma fatia de mercado, enquanto o concorrente do produto de referência corria contra o tempo, tentando resistir. Há de ser destacada a eficaz estratégia jurídica posta em execução pela EMS, de forma a anular as investidas que se estenderam aos tribunais sob a forma de recursos e liminares. CAPÍTULO lI – A Gestão do Conhecimento Este capítulo tratará sobre a necessidade das empresas reverem seu modelo de gestão sob a perspectiva de um mercado globalizado. As exigências requeridas para a sobrevivência das mesmas , já há algumas décadas, vem lhes impondo mudanças, muitas vezes radicais, sejam em processos fabris, serviços, relacionamento com stakeholders, posicionamento de mercado e estratégias. Uma das mais importantes mudanças diz respeito ao tratamento do conhecimento produzido dentro das organizações e a forma de geri-lo, transformando-o em vantagem competitiva. A partir dos anos 80, as empresas brasileiras, especialmente as privadas, começaram a enxergar a necessidade de rever seus modelos de gestão. O motivo principal era manterem-se vivas num mercado de competitividade crescente e consumidores mais exigentes não apenas na qualidade de produtos, mas igualmente na prestação de serviços.. 4 SIMÃO, Juliana. Liptor, a pílula de US$ 10 bilhõesL Disponível em < http://www.istoedinheiro. com.br/noticias/9574_LIPITOR+A+PILULA+DE+US+10+BILHOES > Acesso: 18 de jan. de 2011. 21 Sob esta ótica, para identificar e avaliar as características peculiares às novas práticas de gestão empresarial, hoje pródiga tanto na literatura quanto nas pesquisas acadêmicas, é preciso inseri-las dentro do contexto histórico, acompanhar sua evolução e relação com o conjunto de outras práticas gerenciais. O conceito de Gestão do Conhecimento surgiu no início da década de 90 e, segundo SVEIBY (1998, p. 3), “a Gestão do Conhecimento não é mais uma moda de eficiência operacional. Faz parte da estratégia empresarial.” 2.1. Conceitos Básicos de Gestão do Conhecimento Para que se tenha bem claro o conceito de Gestão do Conhecimento, deve-se primeiramente rever a descrição dos termos: dado, informação e conhecimento,. Dado pode ter significados distintos, dependendo do contexto . Dentro de uma organização, dado é o registro estruturado de transações. Genericamente, pode ser definido como um “conjunto de fatos distintos e objetivos, relativos a eventos” (DAVENPORT & PRUSAK, 1998, p. 2). É, portanto, uma informação bruta, descrição exata de algo ou de algum evento. Os dados referem-se a uma recolha de informações organizadas, normalmente o resultado da experiência ou observação de outras informações dentro de um sistema de computador, ou um conjunto de instalações. Isoladamente não possuem propósito e significado, mas sem dados é impossível gerar a informação. Consequentemente, Informação é uma mensagem com dados que fazem diferença, podendo ser audível ou visível, e onde existe um emitente e um receptor. É o insumo mais importante da produção humana. “São dados interpretados, dotados de relevância e propósito” (DRUCKER, 1999, p.32). É um fluxo de mensagens, um produto capaz de gerar conhecimento. É um meio ou material necessário para extrair e construir o conhecimento. Afeta o 22 conhecimento acrescentando-lhe algo ou reestruturando-o. (Davenport e Prusak 1998) O conhecimento é o produto da informação assim como esta, dos dados. O conhecimento não é puro nem simples, mas é uma mistura de elementos; é fluido e formalmente estruturado; é intuitivo e, portanto, difícil de ser colocado em palavras ou de ser plenamente entendido em termos lógicos. Ele existe dentro das pessoas e por isso é complexo e imprevisível. Segundo Davenport e Prusak (1998, p. 6), “o conhecimento pode ser comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica a medida que interage com o meio ambiente”. Os valores e as crenças integram o conhecimento, pois determinam, em grande parte, o que o conhecedor vê, absorve e conclui a partir das suas observações. NonakA e Takeushi (1997, p. 63) observam que “o conhecimento, diferentemente da informação, refere-se a crenças e compromisso“. Mas como definir Gestão do Conhecimento nas organizações de maneira mais didática? . O conceito de gestão do conhecimento parte da premissa de que todo o conhecimento existente na empresa, na cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no coração dos departamentos, pertence também à organização. Em contrapartida, todos os colaboradores que contribuem para esse sistema podem usufruir de todo o conhecimento presente na organização. (DAVENPORT E PRUSAK, 1998) Para os autores a Gestão do Conhecimento consiste em alavancar ativos intangíveis e transformar em informações intelectuais, gerando vantagens competitivas sustentáveis para o mercado. E a vantagem competitiva é o conhecimento dos profissionais, ativo que só a sua organização pode ter. Daí a necessidade de reter os talentos e gerenciar o capital intelectual da empresa. Para Davenport e Prusak (1998) dentro das empresas, os chamados ativos intangíveis se constituem fonte de criação e inovação que possibilitam a agregação de valor. Por esse motivo, a Gestão do Conhecimento tem recebido crescente atenção das mesmas que têm buscado uma compreensão mais acurada do seu significado. Na verdade, trata-se de uma questão de grande valor estratégico encontrar formas de gerir o conhecimento produzido 23 de maneira que este confira melhoria no desempenho das organizações. 2.2. A Evolução da gestão no Brasil Poter (1999) elucida que a busca de forma atabalhoada por modelos mais avançados de gestão de negócios com fins de tentar recuperar o tempo perdido,.visto que o Brasil não era contado com a vanguarda empresarial há três décadas passadas. A avalanche irresistível de novas ideias e práticas gerenciais que foram surgindo provaram que não eram apenas modismos como alguns supunham. Ao mesmo tempo, esse ideário era defendido, por muitas empresas de consultoria empresarial como a solução para vencer os desafios gerenciais que eclodiam.. Pela égide de Deming (1990) a Qualidade Total, Reengenharia, Gestão Participativa, Terceirização e Alianças Estratégicas foram ideais e práticas que levaram algum tempo para serem aceitas. O processo de maturação dessas ideias demonstra que as organizações adéquam seus modelos de gestão muito mais por um processo de evolução contínua do que por rompimento ou substituição dos conhecimentos gerenciais. Invocando a História, o autor enfoca que vemos as novas práticas de gestão empresarial, surgidas especialmente a partir dos anos 70, tiveram como estopim mudanças macro ambientais que sucatearam as práticas utilizadas até então. Desta forma, estamos diante de uma quebra de paradigma, que deve ser vista e avaliada como uma evolução da forma de se administrar uma organização. PEREIRA (1995) desenvolveu um modelo de análise da evolução dos modelos de gestão que contempla três níveis conceituais: § O conceito de "Ondas de Transformação" (TOFFLER, 1980, p. 24): trata-se dos grandes momentos históricos de evolução da sociedade 24 humana, cada qual com seus paradigmas próprios relacionados aos aspectos político, econômico, social, tecnológico e organizacional; § O conceito de "Eras Empresariais" (MARANALDO, 1989, p. 60): trata-se dos estágios de evolução empresarial, a partir da Revolução Industrial (Segunda Onda de Transformação), cada um com seus paradigmas gerenciais próprios; § O conceito de "Modelos de Gestão": trata-se do conjunto próprio de concepções filosóficas e ideais administrativas que operacionalizam as práticas gerenciais nas organizações. (vide fig. 1 em anexo 1) 2.3. Gestão de conhecimento e missão corporativa O acúmulo de conhecimento ao longo da história da organização pode determinar alterações estabelecidas nas declarações de missão, políticas e estratégias, visto que há uma busca incessante pela melhoria da performance empresarial seja qual for o segmento em que a mesma atue. O surgimento de novas oportunidades ou a necessidade de ajustes para acompanhar as tendências de mercado são exemplos disso. Segundo Kotler (2004, pg. 43); (...) As organizações desenvolvem declarações de missão que devem ser compartilhadas, com gerentes, com funcionários e (em muitos casos) com clientes. Uma declaração de missão bem formulada dá aos funcionários um senso compartilhado de propósito, direção e oportunidade. Ela orienta funcionários geograficamente dispersos a trabalhar com independência, embora coletivamente, para alcançar as metas da organização (...) Depreendemos que deve haver uma compreensão bem clara por parte do contingente corporativo de que o conhecimento de todos deve de forma permanente, cooperar em prol da organização, que tira proveito disso. Desse conhecimento se extrai um aprendizado diário e precioso, como por exemplo, o momento certo de se investir em um novo produto ou negócio ou mesmo abandonar alguns. 25 Kotler (2004, pg.45) explica que: (...) Um negócio precisa ser visto como um processo de satisfação do cliente e não como um processo de produção de mercadorias, os produtos são transitórios, mas as necessidades básicas e os grupos de clientes são eternos (...) A gestão do conhecimento está paulatinamente se constituindo numa forma metodológica que sustenta a viabilidade empresarial, a competitividade e o crescimento das organizações. Hoje, o conhecimento é um recurso estratégico-chave para qualquer companhia que queira se manter no mercado e prosperar. Portanto, gerir de forma eficiente o conhecimento da empresa é um modo de solidificar o presente e construir o futuro dela. Logo, o investimento necessário deve ser acompanhado por uma firmeza inabalável de propósito para que não haja risco de esmorecimento ao longo do tempo em função de outros projetos de cunho mais imediatistas. Alguns recursos podem ser utilizados para que seja mantido um clima propício nesse empreendimento. Recompensas como forma de motivar a partilha de conhecimento, pode ser um bom começo e incentivar a transmissão do conhecimento tácito através da narrativa de histórias. O aprendizado, adquirido em projetos diversos, podem ser comparados ou cruzados, desta maneira pode-se observar os acontecimentos e o que pode ser aproveitado, melhorado ou mesmo eliminado. O mapeamento do conhecimento em uma organização, ou seja, um registro das competências, habilidades e especialidades dos funcionários poderá ser útil a qualquer momento num momento crítico ou estratégico. Tornar propício a formação e interação de grupos que mantém interesses comuns pelo que aprendem ou fazem é uma ação salutar, pois daí poderá surgir novas ideias que poderão se transformar em aumento da produtividade ou eliminação de desperdícios. Provavelmente numa gestão nos moldes passados cogitar a utilização do benchmarking enfrentaria sérios obstáculos de conotação preconceituosa. entende-se por benchmarking o processo contínuo de comparação dos produtos, serviços e práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou 26 empresas reconhecidas como líderes. É um processo de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas "companhia-a-companhia" para identificar o melhor do melhor e alcançar um nível de superioridade ou vantagem competitiva. Portanto, o benchmarking é uma ação por demais estratégica para receber a conotação pejorativa de cópia ou imitação, pois implica em pesquisa criteriosa e uma escolha sensata e conveniente às necessidades da organização. O quadro a seguir expõe de uma maneira simples e didática o conceito de Benchmarking. (Fonte: SORIO)5 Benchmarking é... Benchmarking não é... Um processo contínuo Um evento isolado Uma investigação que fornece informações valiosas Uma investigação que fornece respostas simples e "receitas" Um processo de aprendizado com outros Cópia, imitação Um trabalho intensivo, consumidor de tempo, que requer disciplina Rápido e fácil Uma ferramenta viável a qualquer organização e aplicável a qualquer processo mais um modismo da administração Segundo Sorio (op. cit.) o benchmarking é, portanto, uma prática que se insere bem dentro da gestão do conhecimento, visto que a transferência das melhores práticas normalmente baseia-se em bons resultados de empresas que as colocaram em prática e podem poupar tempo e recursos de planejamento e desenvolvimento, bastando que sejam adaptadas às características e necessidades da companhia. Através da eficiente gestão de um banco de dados, a empresa tem maiores possibilidades de suprir suas necessidades atuais e futuras de 5 SORIO, Washinton. O que é benchmarking? <http://www.guiarh.com.br/z59.htm> Acesso em 26 de jan. de 2011. Disponível em: 27 competências, ter facilitada a comunicação compreensiva entre diversos setores e unidades de negócio. Essa ação corrobora para tornar o objetivo holístico mais claro pelo compartilhamento de informações e interação entre maior contingente de funcionários. Ainda na ótica do autor a tecnologia colaborativa é a tecnologia do conhecimento. Proporciona às pessoas, conjuntos de ferramentas que ajudam a desenvolver o serviço e/ou produto numa empresa ou organização de forma eficaz e eficiente. Ajuda a criar e ser criativo para servir às necessidades. São ferramentas de suporte que ajuda nos trabalhos em grupo ou de equipes. A tecnologia colaborativa é trabalhar em colaboração com outros grupos, com ajuda das ferramentas de suporte que ajudará a obter resultado do produto, serviços fantásticos Para empresas que possuam unidades espalhadas em extensas áreas geográficas, a tecnologia colaborativa é uma ferramenta que ganha muita importância. Independente da distância, equipes terão condições de partilhar dados e informações, sem que se perca a unidade do propósito corporativo. 2.4. Gestão de pessoas numa organização competitiva Sem a menor dúvida a administração de recursos humanos se constitui numa das áreas mais afetadas pelas mudanças que vêm sendo implementadas no cenário moderno. As pessoas são insubstituíveis na forma de agentes que conferem inteligência e racionalidade nas decisões (CHIAVENATO, pg. 34). O termo Gestão de Pessoas, surgiu da necessidade de se diferenciar os recursos organizacionais de elementos vivos pensantes e possuidores de emoções. A antiga ideia de funcionários com funções definidas dentro de uma rigidez ortodoxa, passa a dar lugar a uma nova visão em que ele passa a ser um parceiro e colaborador da organização. A vantagem é que a relação se torna muito mais produtiva para ambos os lados. Do lado do funcionário, ele tem a plena certeza que pode desenvolver um relacionamento mais proveitoso, não aquele em que sua força de trabalho era trocada por uma remuneração 28 nem sempre é satisfatória no fim de cada mês. A oportunidade de contribuir com ideias e sugestões capazes de serem ouvidas pelos gestores e, se implementadas, gerarem benefícios individuais, coletivos e corporativos. pode ser altamente estimulante. Para qualquer empresa, nada melhor do que poder capitalizar o produto de bilhões e bilhões de neurônios postos em prol da melhoria de seus processos, produtos e serviços. Para empresas que já entenderam isso os ventos se tornaram mais favoráveis no oceano do mercado. Paul Spiegelman, um dos fundadores da Beryl, em 1985. Uma empresa que é líder no mercado de interação com o cliente na área de saúde. Como uma empresa de call center terceirizada, especializada em atendimento para hospitais em todo o país. Quando questionado sobre a afirmação de que a chave para o sucesso de qualquer empresa são as pessoas que trabalham nela. ele responde: (...) O velho paradigma das empresas morreu, apesar de que algumas ainda não descobriram isso. A chave para o sucesso nos negócios não é criar previsões financeiras ou estratégias para maximizar o lucro, mas sim criar um time engajado e comprometido de pessoas que querem fazer do mundo um lugar melhor. O que acontece é que, com isso, o lucro naturalmente aumenta. Cuidar de seus funcionários não é somente bom para sua empresa – é a coisa certa a fazer (...) Decidir quem é mais importante, o cliente ou os funcionários era bastante fácil há algum tempo, ou através de lentes diferentes e descontextualizadas. O conceito de que cliente sempre foi a razão da existência das empresas continua vigoroso, todavia, que cliente resistirá a uma empresa com funcionários de baixa qualidade? Qual deles não cogitará trocar de fornecedor, seja de produtos ou serviços na primeira oportunidade? Bem, então é um assunto que deve ser estudado com maior profundidade, visto que clientes e funcionários têm uma relação mais complexa do que se imaginava há bem pouco tempo. Devemos analisar com critério as bases que dão suporte a esse questionamento: quem atende os clientes? Quem produz os produtos e 29 executa os serviços? Quem é que faz a companhia? A única resposta que satisfaz a pergunta é, são os funcionários. 2.5. GC e sua relação com a gestão de pessoas Na organização a Gestão de Pessoas deve estar alinhada à Gestão do Conhecimento, e os gerentes são peças fundamentais no papel de manter o envolvimento dos funcionários. Lemos no site do Serpro6 o seguinte: (...) É função do corpo gerencial manter-se preparado para entender as mudanças na maneira de trabalhar, de supervisionar pessoas e de incentivá-las ao autodesenvolvimento e, principalmente, caber-lhe-á ser o responsável pela manutenção de ambiente de trabalho favorável à criatividade, à inovação, ao compartilhamento de conhecimentos e a trabalhos em equipe. A criação de redes diversas, mantidas por interesses comuns de seus participantes, deverá ser estimulada. Criar desafios, identificar desvios, reconhecer os resultados obtidos pelas pessoas, promover a recompensa e o reconhecimento público e imediato dos bons trabalhos farão parte do cotidiano dos gerentes. Caberá à alta liderança, em particular, e ao corpo gerencial, de forma geral, fazer com que as visões dos empregados trilhem caminhos convergentes com a visão da organização. Do corpo gerencial também se espera propiciar meios e condições de trabalho que favoreçam a superação das limitações individuais de cada empregado e gerem sinergia dos grupos com vistas à busca de resultados superiores àqueles esperados. O gerente atuará como um maestro, criando as condições para que cada um obtenha o melhor resultado. Agirá de forma a manter o alinhamento dos grupos à visão organizacional (...) (...) Para desempenhar tais papéis, naturalmente, os gerentes precisarão estar preparados, não somente no domínio de aspectos cognitivos técnicos inerentes à sua área de atuação, mas também ter habilidades, disposição e conhecimentos que o coloquem na posição de líder do seu grupo, em condições de agir no sentido convergente com a organização e seus objetivos estratégicos. O resultado da atuação gerencial deverá ir ao encontro do desejo das pessoas de que seu ambiente de trabalho seja agradável e lhes propicie crescimento profissional e pessoal. Há de ser considerada a combinação dos objetivos organizacionais com os objetivos dos empregados (...) 6 SERPRO. A gestão de pessoas alinhada à gestão do conhecimento Disponível em: <http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/gco_site/m_capitulo04.htm> Acesso em 27 de jan. de 2010. 30 Os gerentes continuamente devem comunicar aos seus liderados, dentro da sua rotina cotidiana a “filosofia prática” que permitirá ao funcionário reter o sentimento de confiança na organização, sabendo que nela terá oportunidade de concretizar seus sonhos e o firme propósito de se tornar coparticipante no sucesso da companhia. 2.6. Gestão de pessoas e comportamento Uma das questões mais difíceis que as empresas enfrentam é como garantir ou aumentar o comprometimento dos seus funcionários. Por ser uma questão interior ao ser humano, não existem fórmulas nem maneiras infalíveis publicadas na literatura acadêmica. Considerando as pessoas como o centro nevrálgico das organizações pode-se inferir que os padrões de relacionamento que elas estabelecem com a empresa, com o trabalho, e com o que fazem pode dar um indicador bastante confiável do sentimento que nutrem em relação á empresa. Uma avaliação sobre satisfação nas tarefas que realizam, relação que têm com o produto ou serviço que vendem, avaliação do credibilidade na qualidade deles (dos produtos), ambiente corporativo relacionamento com a liderança e (agradável ou não percepção sobre para o trabalho?), perspectivas de crescimento dentro da companhia. Como já foi dito anteriormente, não foi descoberta nenhuma fórmula ou receita para o desejado comprometimento das pessoas com suas empresas, porém a resposta para a questão proposta passará por uma criteriosa analise desses fatores que pelo seu alto grau de complexidade requer um estudo à parte. Valor é uma crença básica sobre o que se pode ou não fazer, sobre o que é ou não importante. Os valores constituem crenças e atitudes que ajudam a determinar o comportamento individual. (KOTLER, 2006, pg. 64). Esta definição nos remete à importância da conscientização por parte de todos que 31 compõem a organização da sua missão e valores. Se a percepção de que os valores humanos estão aquém dos valores do que se pode chamar de patrimônio tangível ou qualquer outra coisa dentro da organização, será uma missão inglória conquistar fidelidade aos princípios organizacionais, visto que as atividades que conduzem a realização da missão são realizadas através das pessoas. (...) A missão da organização deve ser cultivada com todo o carinho pelos dirigentes e ser difundida intensamente entre todos os funcionários para a conscientização e comprometimento pessoal de todos em relação ao seu alcance (...) (KOTLER, 2006, pg. 64) Em anexo gráfico do nível de satisfação x critérios de QVT (vide gráfico 2 em anexo 2). Na avaliação da QVT (qualidade de vida no trabalho) os resultados apresentados na figura ressaltam que para esta população os critérios: compensação justa (2,78) e oportunidades (3,97) apresentaram índices abaixo do nível de satisfação, portanto, são fatores que podem estar reduzindo ou interferindo na QVT. 2.7. Os pequenos gigantes e seus modelos de gestão Crescer ou desaparecer? Essa pode ser uma pergunta com uma resposta não tão óbvia quando parece. É evidente que nenhuma organização pensa em estagnar, ou mesmo impor limites, como uma espécie de confinamento no qual seu potencial de crescimento e desenvolvimento seja cerceado. Todavia, muitas empresas brasileiras crescem, perdem a identidade e acabam chegando ao óbito. O crescimento desordenado e patológico leva outras tantas ao encontro da insolvência financeira por falta de crédito. Contudo ainda existem aquelas que a despeito de tudo isso resistem e conseguem crescer, com alto faturamento anual. 32 se aplica a um 7 Para Raul Candeloro o termo pequenos gigantes grupo, de empresas que decidiram permanecer pequenas, sem sacrificar o controle, a identidade ou o equilíbrio. Essas empresas sustentam o firme propósito de crescerem na qualidade da sua produção e/ou serviços. Ou seja, querem se destacar não pelo tamanho físico, mas na excelência do que produzem. Ser pequeno fornece algumas vantagens inquestionáveis. (...) Para começar, elas se comunicam melhor. Sem os entraves da burocracia, as pessoas falam e também escutam. E como existem menos pessoas envolvidas, elas se conhecem e se compreendem melhor. Segundo, pequenas empresas são mais ágeis e rápidas. Elas entendem o custo de ficar parado no meio do caminho. Terceiro, com menos níveis hierárquicos e menos camuflagem, os líderes aparecem claramente. Sua performance e impacto são claros para todos. Quarto e último, empresas pequenas são muito mais eficientes contra o desperdício. Elas gastam menos tempo em reuniões, comitês, política interna, papelada inútil. Como essas empresas têm menos gente, essas pessoas precisam trabalhar bem e realizar o que é realmente importante. A equipe de uma empresa verdadeiramente empreendedora canaliza todas suas energias e atenção para o mercado, e não para a burocracia e politicagem interna (...) Sem muito esforço, seremos capazes de encontrar muitas semelhança nessa elite de pequenos, De início pode se identificar pontos bem salientes como conhecimento profundo das peculiaridades da empresa e do públicoalvo. Esses empreendedores buscam incessantemente o melhor e não consideram vantagem crescer e serem forçados a abrir mão desses valores. Para Terra (2003) podemos fazer um mapeamento básico do comportamento dos empreendedores que sustentam essa vitoriosa filosofia empresarial: em primeiro lugar, o proprietário não concentra sua atenção nos lucros ou na expansão geográfica, isso virá com um trabalho bem feito. Sua personalidade está irremediavelmente ligada ao negócio o que lhe confere 7 Candeloro, Raul. Como reconhecer um gigante? Disponível em: < http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/como-reconhecer-um-pequenos-gigante /1372/ Acesso em:23 de jan.2011. 33 uma verdadeira paixão não apenas pela empresa em si, mas também por aqueles que nela trabalham. Tem no relacionamento com os clientes um ponto muito forte, conhecendo quase todos eles pessoalmente. e com isso sabe com precisão suas preferências. Os empreendimentos carregam consigo a satisfação pessoal de gostar de fazer aquilo, o que torna o negócio uma ocupação prazerosa de fato Essas empresas se tornaram admiradas, e estimulando o desejo das pessoas em se associarem a elas. As investidas de incorporação ou compra por empresas maiores são rejeitadas e fazem da propaganda boca-a-boca um instrumento de marketing eficaz, de baixíssimo custo e de credibilidade inquestionável. A procura por uma melhoria de qualidade de vida, na qual todos os trabalhadores estão empenhados nos dias atuais, deve garantir a esse modelo empresarial uma vida bastante longa. As empresas gigantes, ainda que tenham a produção em escala a como arma, podem vir a ser vitimadas por seu próprio tamanho, visto que no mercado de acirrada concorrência a rapidez na tomada de decisões vitais, muitas vezes se perdem nos labirintos do excesso de burocracia, ainda não erradicada da maioria das grandes organizações CAPÍTULO III – EMS SE MANTÉM EM DESTAQUE NO MERCADO FARMACÊUTICO Neste capítulo veremos algumas das estratégias utilizadas pela EMS a fim de se destacar no mercado farmacêutico brasileiro. O pioneirismo em se lançar no mercado de medicamentos genéricos proporcionou a esta empresa a posição privilegiada que ocupa hoje. A utilização da gestão do conhecimento como ferramenta competitiva tanto na área fabril quanto gerencial, levou-a a conquistar um padrão tecnológico capaz de produzir e colocar rapidamente no mercado produtos genéricos de grandes marcas e responsáveis por expressiva participação no faturamento de laboratórios transnacionais. 34 3.1. EMS e suas estratégias Desde o início de suas atividades, em 1963 até fins de 1980 a EMS tinha como foco os medicamentos similares, visto que esses gozavam de certo privilégio pela legislação em vigor, a qual concedia ao detentor da patente o prazo de um ano para registrá-la nos países que lhe interessassem. Se isso não ocorresse, a invenção poderia ser “copiada”. (Fonte: EMS) Como as empresas transnacionais pouco se interessavam em solicitar patentes nos países do terceiro mundo, como forma de preservarem o know how tecnológico, a maioria dos fármacos patenteados foram copiados nesses países sem que a lei fosse burlada. (Fonte: EMS) Para a EMS cuja atuação estava focada nos similares, a década de 1990 foi para a empresa um período extremamente propício para adequação à fabricação de genéricos. Nesse ponto já eram enormes as pressões externas para o reconhecimento de patentes no Brasil.( desde o final da década de 1980). Em 1999, com a chegada dos genéricos no Brasil, os medicamentos similares foram cedendo grande parte de seu mercado principalmente apregoava como conseqüência da forte campanha aos primeiros, na mídia, que a realização de testes de bioequivalência o que terminou por convencer os consumidores. (Fonte: EMS) Com a estratégia de liderança em custos a empresa garantiu uma marcante presença no segmento de medicamentos genéricos. Uma série de lançamentos sucessivos após a obtenção de licenças da Anvisa permitiu produzir e comercializar esses medicamentos em curto espaço de tempo.. O Grupo tem se expandido por meio da ampliação da linha de produtos, investimentos em modernas fábricas e por aquisição de outras empresas. A estratégia adotada pela EMS para a conquista de mercados é o crescimento horizontal, através de aquisições de empresas já estabelecidas e detentoras de diferentes linhas de produtos. Essa estratégia permitiu a empresa grande diversificação de sua suas linhas de produtos. (Fonte: EMS) A EMS atua no mercado farmacêutico com diverso “braços”, o que lhe permite não ficar refém de uma só linha. O início do que hoje é o grupo EMS 35 Sigma Pharma foi A EMS Indústria Farmacêutica Ltda. Atualmente ostenta o maior número de medicamentos registrados na ANVISA. É dividida em três unidades de negócios, conforme segue: EMS, EMS Genéricos e EMS Consumo. O grupo atua no ramo de medicamentos de marca, vendidos com receituário médico. A EMS Genéricos é a principal e a maior unidade de negócios do Grupo, possui o maior número de apresentações de genéricos registradas na Anvisa de todo o mercado brasileiro. A arma estratégica desse segmento é claramente a de liderança em custos, esta afirmação foi constatada por meio das pesquisas de preços de genéricos publicadas no site da Anvisa. Criada em 1986 pela EMS, a Novamed, atualmente, faz parte da unidade de negócios EMS Consumo e atua no segmento de OTC. Esses são produtos de venda livre, ou seja, que não requer prescrição médica. As marcas trabalhadas pela linha Novamed são produtos conhecidos pela sigla OTC (Over the Counter). Esses, por não necessitarem de receita, exigem uma estratégia de marketing voltada para o consumidor. Podem ser citados como exemplo as marcas: Energil C, Gelmax, Bromil, Iodex, Bengué e a linha de bebidas esportivas com a marca Energil C Sport. Algumas destas marcas são levadas ao público através de patrocínio de eventos esportivos. (Fonte: EMS) Criada pela EMS em 1991, a Legrand para atuação no segmento de similares, mas enfrenta certa depreciação dentro do grupo desde a chegada dos genéricos. Um processo de adequação ás novas exigências do mercado terão que ser implementadas, para que essa linha continue interessante para o Grupo. . 3.2. Monitorando o ambiente externo e a legislação Na matriz da EMS situada na cidade Hortolândia, a 115 quilômetros de São Paulo, existe dia determinado , reservado para que os executivos da EMS acompanhem as deliberações da ANVISA (Agência Nacional de 36 Vigilância Sanitária), as segundas-feiras. As novidades sempre aguardadas com grande interesse dizem respeito a divulgação da lista de medicamentos genéricos com registros aprovados e portanto, que passam a ter autorização para serem comercializados. A liderança do mercado de genéricos tem sido o alvo da EMS, status que atualmente é ostentado pela Medley. Em 2010, a EMS pôs em prática uma política agressiva na fabricação . A contar do primeiro mês do ano o crescimento alcançado pela empresa foi 37% - número que excedeu suas previsões ( 30%). A divisão em três turnos foi implementada não apenas na unidade fabril, como ao grupo de cientistas, Essa incomum estratégia permitiu a empresa ser a primaz na apresentação e colocação no mercado das duas principais drogas que perderam a proteção de patentes em 2010: o Viagra do laboratório norte-americano Pfzer, indicado para disfunção erétil, e o Lípitor, indicado para dislipidemias. Associados, os genéricos dessas marcas devem agitar um mercado de quase US$ 300 milhões daqui a um ano, tirando o máximo de vantagem que a sua chegada ao mercado na frente dos demais lhe conferiu. (Fonte: ABRAFAMA) Em se tratando de Genéricos, já se percebeu que, chegar antes significa tornar-se líder. A EMS está respaldada por um robusto e planejado aparato para lançamento de genéricos. A EMS ostenta 200 especialistas, tem o maior centro de desenvolvimento de medicamentos do País, o que lhe permite iniciar o lançamento de uma droga consagrada quatro anos antes da queda da patente. A área de marcas e patentes trabalha com antecedência semelhante. Paralelamente existem pessoas na EMS destacadas para acompanharem, hoje, cerca de 200 processos judiciais que discutem o período de validade de patentes. (Fonte: EMS) É de se esperar que as descobridoras das drogas desenvolvam lutas judiciais almejando prorrogar prazos de suas patentes. Como a tramitação desses casos é invariavelmente morosa, a EMS monitora atentamente os acontecimentos a fim de capitalizar as oportunidades, se antecipando à concorrência. 37 3.3. Os principais competidores da EMS A MEDLEY adquirida pelo grupo farmacêutico francês Sanofi- Aventis em um acordo avaliado em 500 milhões de euros (664 milhões de dólares) e que transformará a Sanofi na maior produtora de remédios genéricos da América Latina. (Fonte: Gazeta do Povo) A Medley Indústria Farmacêutica ocupa a 3ª colocação do ranking das indústrias farmacêuticas do Brasil. Seu bom desempenho se deve, principalmente, ao sucesso no mercado de genéricos, cuja liderança vem mantendo desde 2002. Em 2008 o faturamento da Medley foi de 458 milhões de reais. (Fonte: Gazeta do Povo) Com duas unidades fabris, em Campinas/SP (matriz), e Sumaré/SP, a Medley produz comprimidos, cápsulas, drágeas, líquidos, pomadas, cremes e suspensões. No total, somadas as equipes da força de vendas, a empresa emprega cerca de 1500 colaboradores. (Fonte: Gazeta do Povo) A companhia já foi eleita em seis oportunidades pelo Guia Exame (Editora Abril) como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil (2002, 2003, 2004 e 2006, 2007 e 2008). Atualmente, dos 20 genéricos mais vendidos do país, 13 são da marca Medley. (Fonte: Medley) A divisão de Genéricos da Eurofarma iniciou suas atividades em 2001. Hoje, é a terceira maior fabricante de medicamentos genéricos do país. Em 2007, lançou no mercado brasileiro os primeiros genéricos de anticoncepcionais orais. Ainda em 2007, a Unidade de Genéricos fechou uma importante parceria com a empresa inglesa Arrow, disponibilizando no mercado brasileiro quatro novos produtos. (Fonte: Eurofarma) O laboratório norte americano Pfizer, mudou de estratégia e entrou forte no mercado de Genéricos. Com a aquisição de 40% do laboratório Teuto, a Pfizer, espera aumentar sua participação nas vendas em farmácias de 4,6% para 6,3% nos primeiros anos de parceria, passando do sétimo para o quarto 38 lugar no ranking do varejo. Assim o grupo superaria os laboratórios Aché, Eurofarma e Novartis. Esse é um mercado que movimenta US$ 15,4 bilhões por ano e no qual a Teuto representa 1,7%. (Fonte: jornal O Estado de S. Paulo) Embora tenha uma participação discreta na venda de medicamentos para farmácias e distribuidoras, o laboratório (agora parceiro da Pfizer) vinha chamando a atenção do setor. “Somos a empresa que mais cresce: cerca de 20% ao ano”, diz Marcelo Henriques, presidente da Teuto. Com faturamento de R$ 280 milhões no ano passado, o laboratório com sede em Anápolis (GO) foi assediado também por companhias como Aché e GlaxoSmithKline. (Fonte: jornal O Estado de S. Paulo) 3.4. EMS: Trocando o tangível pelo intangível 8 Para Viana apud HITT; IRELAND e HOSKISSON ( 2003, p. 105): (...) Alguns recursos da empresa são classificados como tangíveis e intangíveis. Os tangíveis são bens que podem ser vistos e quantificados" (equipamentos, fábricas etc.), enquanto os intangíveis incluem "bens que se encontram profundamente enraizados na história da empresa, que se acumularam com o passar do tempo (...) Chiavenato (1999, p. 6), descreve o capital intelectual como um conjunto de ativos intangíveis no contexto dos negócios, que está basicamente assentado em capital interno, externo e, principalmente, no capital humano que depende de três "ingredientes básicos" – talento, estrutura organizacional e cultura organizacional – para se tornar indissolúvel. Uma indústria que tem Forte conotação inovadora como a farmacêutica, por uma questão de sobrevivência necessita reter seus talentos e conscientizá-los da importância de se manterem informados e produtivos em termos de conhecimentos corporativos. Na EMS a produção intelectual gerada 8 VIANA, Tatiane de Melo. Inteligência Competitiva: A importância do capital intelectual como ferramenta. Disponível em: < http://www.webartigos.com/ articles/36459/1/INTELIGENCIACOMPETITIVA-A-importancia-do-capital-intelectual-como-ferramenta-competitivanaorganizaca o/pagina1.html#ixzz1CNJ9 UTBE> Acesso em: 10 de jan. de 21011. pelo seu corpo 39 cientifico é a chave-mestra do sucesso. O valor de cada processo de desenvolvimento de novos compostos garante a sustentação financeira de todo o complexo. Quem pode avaliar quanto pode custar o retardamento de uma substancia cuja patente prescreveu num mercado medido em milhões de Reais? Não bastasse o que deixa de se transformar em receita, chegar atrasado no mercado pode significar a perda da liderança de mercado de forma irreversível, pois não há “clemência” entre os concorrentes. Como uma empresa que busca o caminho da modernidade, a EMS tem aprendido consigo mesma e com o mercado a se comportar como uma vencedora, haja vista os números anteriormente vistos. 3.5. Importantes diferenciais agora e para o futuro Há um esforço cada vez maior por parte dos administradores e empresários no sentido de imaginar como deverá ser a sua empresa no futuro próximo de forma que esteja viva e competitiva no mercado. Muitos procuram sua própria fórmula de sucesso, todavia na indústria farmacêutica não há tanto espaço para variações, visto que a maioria dos produtos, possuem similares. Entretanto, existe algum consenso sobre o futuro da indústria farmacêutica. A seguir analisaremos alguns pontos que serão fundamentais para que os laboratórios possam manter-se competitivos e na vanguarda do mercado: § Biotecnologia9 -. Há uma verdadeira legião de cientistas a serviço de empresas transnacionais trabalhando para descobrir novas 9 Os medicamentos biológicos ou biofármacos são substâncias terapêuticas semelhantes às proteínas humanas ou que interagem com estas. Sua estrutura molecular é extremamente complexa.Além disto o componente ativo é heterogêneo. Estas moléculas são difíceis de caracterizar e de replicar. Os biofármacos são elaborados utilizando matéria-prima procedente de duas origens:- componente ativo de origem biológica: extraído de microorganismos, órgãos, tecidos de origem vegetal ou animal, células ou fluídos de origem humana ou animal. 40 drogas que sejam mais seguras e eficazes. Para se ter uma idéia, enquanto um medicamento químico é testado de 40 a 50 vezes durante a produção, um produto biológico é testado 250 vezes ou mais durante o processo de manufatura para garantir a sua eficácia. Uma vez descobertas, essas trarão consigo uma alta carga de tecnologia e a natural blindagem contra cópias da lei de patentes por cerca de dez anos. Ainda que esse medicamento possa estar distante dos consumidores de baixa renda, a tendência não se inverterá. (Fonte: FEBRAFAR) § Atualmente, estima-se que 1/5 do total de remédios lançados a cada ano são derivados de processos biotecnológicos. Ao mesmo tempo, a crescente standartização tecnológica por parte dos laboratórios nacionais que vivem do comércio de similares e genéricos, acirrará a competição predatória, o que paulatinamente vem reduzindo suas margens. A conseqüência disso poderá leválos a uma queda acentuada de receitas e uma perda de fôlego para a continuidade ou mesmo manutenção de investimentos que lhes assegurem presença no mercado futuro. Contudo, as grandes empresas nacionais não estão alheias a esta realidade e estão trabalhando par transformar essa ameaça. (Fonte: ABRAFAMA) § Através de parcerias a rentabilidade e o seu pipeline podem ser considerados como os dois principais sustentáculos das empresas farmacêuticas que almejam alcançar o futuro. Ninguém é bom em tudo, assim como as empresas têm que reconhecer que a expertise de outras organizações pode ser utilizada a seu favor mediante uma parceria estratégica com vantagem para ambas. O investimento pesado em Pesquisa e Desenvolvimento ou mesmo em parcerias saudáveis com outras empresas, possibilitará o Componente ativo de origem biotecnológica: em geral são proteínas obtidas a partir de células modificadas geneticamente para produzi-las. (Fonte: Shire Plc) 41 lançamento no mercado de drogas inovadoras e de alta visibilidade para obterem uma melhor performance a longo prazo. (Fonte: ABRAFAMA) Já foi dado o alarme para a penetração nas grandes redes varejistas pelo setor que reúne os empresários do setor do varejo farmacêutico: as redes supermercadistas estão entrando pesado no negócio. Notícia publicada no jornal Valor Econômico anuncia que o Carrefour, Pão de Açúcar e WalMart estão abrindo mais farmácias dentro de suas lojas e tendem a assumir, em breve, a liderança neste segmento, superando as tradicionais cadeias de drogarias. esses “gigantes” detém uma inquestionável estrutura logística, contando com centros de distribuição bem estruturados, o que lhes dá uma imensa vantagem competitiva. (Fonte: ABRAFAMA) Os números são os seguintes: § Pão de Açúcar - 134 lojas que já contam com drogarias, sendo 61 no Extra, 4 no Pão de Açúcar, 20 no Compre Bem, 45 na Sendas e cinco no ABC Compre Bem. (Fonte: FEBRAFAR) § Wall-Mart: - controla a rede de farmácias Bompreço, cadeia de supermercados nordestina adquirida pela multinacional americana em 2004. Hoje, 116 lojas do grupo vendem medicamentos, mas este número poderá ser muito maior já que a varejista possui 302 unidades no país. (Fonte: FEBRAFAR) Dos três grandes varejistas, o Carrefour é o que possui o menor número de farmácias: 67. Mas não esqueçamos que começou a atuar nesse segmento somente em 2005, apresentando taxas aceleradas de crescimento, inclusive prevendo chegar até o fim deste ano com 102 drogarias. Esses poderosos competidores têm capacidade de concederem aos consumidores descontos de até 70%, dependendo do medicamento. (Fonte: FEBRAFAR) As 28 maiores redes de farmácias e drogarias ampliaram participação de 33% para 36% entre os anos 2006 e 2010. (Fonte: ABRAFARMA) 42 As vendas (líquidas) das redes de farmácias e drogarias chegaram a R$ 13,6 bilhões no ano passado. Esse resultado representa crescimento de 37,6% em comparação ao ano de 2008, segundo a referida fonte, associação que reúne as 28 maiores redes do país. As redes associadas participavam com 33% do mercado em março de 2006. Neste ano, esse percentual passou para 36%. As 28 redes associadas à entidade têm 5% do total de lojas (3.091). (Fonte: FEBRAFAR) As chamadas outras redes (que incluem as associativas, as de diversos proprietários e as de uma só bandeira) também aumentaram sua participação no mercado de 7% para 11% no mesmo período. E as farmácias de redes de supermercados passaram de 2% para 3%. Nesse mesmo período, as farmácias independentes tiveram participação reduzida de 58% para 49%, apesar de concentrarem maior quantidade de lojas (56.266). (Fonte: ABRAFARMA) Segundo Claúdia Rolli10 doravante, nenhuma estratégia comercial sensata dos laboratórios farmacêuticos, poderá desprezar o poder desses varejistas, visto que se utilizam do poder de barganha de forma a obter benesses impossíveis aos pequenos empresários. -_________________________________________ 10 ROLLI, Claudia. Vendas em redes de drogarias crescem 38% Link. Disponível em: <http://www.sindifarmajp.com.br/noticias.php?not_id=2612> Acesso em: 28 de jan. de 2011. 43 CONCLUSÃO O mercado farmacêutico brasileiro pode ser considerado um oligopólio em conseqüência dos altíssimos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e práticas que satisfaçam á exigente legislação do setor. As empresas transnacionais vêm dominando amplamente a vanguarda do setor há muitas décadas porque têm atuação global e podem agir seletivamente no mercado brasileiro, ou seja, podem direcionar seus investimentos na conquista de camadas da população que detém melhor condição sócio-econômica. Esse tipo de estratégia aufere a estas empresas uma lucratividade mais que satisfatória num mercado que cresce em tamanho e qualidade. Apesar disso, o advento dos medicamentos genéricos aliado ao vencimento das patentes de muitos produtos líderes em seus mercados, proporcionou ás empresas farmacêuticas nacionais, como a EMS, investir parte do seu faturamento em tecnologia industrial e se lançar como forte competidora num mercado cujo preço tem sido fator determinante para a maioria dos consumidores. A alta competitividade do mercado está fazendo com que a cada dia as empresas nacionais envidem maiores esforços na melhoria de suas práticas industriais, comerciais e de gestão,, com vistas a inverter a tendência que culturalmente os brasileiros têm a respeito de produtos nacionais, especialmente no segmento de saúde. Paralelamente, a classe médica também tem sido alvo de uma campanha objetivando uma melhor aceitação das marcas nativas, o que poderá ser de crucial importância, quando assistimos o órgão regulamentador do setor, a ANVISA (op. cit.), recrudescer a legislação, exigindo receitas inclusive para os antibióticos (ANVISA - RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009). Quanto ao futuro, é difícil fazer um prognóstico com razoável nível de precisão. Hoje já chegam à mídia notícias de medicamentos personalizados, “pílulas inteligentes”, capazes de uma vez dentro do organismo humano atingir exclusivamente o órgão-alvo, reduzindo a zero os 44 efeitos adversos, biomarcadores , etc. Todavia uma coisa é certa: a 11 humanidade continuará a demandar por medicamentos e a indústria deverá ser capaz de satisfazer essa necessidade oferecendo aos consumidores produtos de maior qualidade e menor custo. 11 Biomarcadores ou marcadores biológicos são moléculas que podem ser medidas experimentalmente e indicam a ocorrência de um determinado processo em um organismo. Nós pretendemos contribuir para o desenvolvimento de biomarcadores que indiquem a formação e a reatividade de radicais livres específicos dentro de um organismo vivo. (Fonte: INCT Redoxoma) 45 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABIMIPI. Associação Brasileira das Indústria de Medicamento Genéricos. Disponível em: < http://www.abimip .org.br/links.htm> Acesso em: 23 de dez. 2010. 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Fonte: ANVISA Gráfico 2 – QVT ( Qualidade de Vida no Trabalho) Fonte: Adaptado de Barbosa (2006) 53 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO........................................................................................ 02 AGRADECIMENTO........................................................................................ 03 DEDICATÓRIA................................................................................................ 04 RESUMO........................................................................................................ 05 METODOLOGIA............................................................................................. 06 SUMÁRIO....................................................................................................... 07 INTRODUÇÃO................................................................................................ 08 CAPÍTULO I - A história do começo.............................................................. 11 1.1. O início............................................................................................... 11 1.2. Laboratórios e suas atividades no Brasil............................................ 14 1.3. Uma farmácia que prosperou............................................................. 16 1.4. Como a lei dos Genéricos favoreceu o laboratório EMS................... 17 1.5. Lançamentos: seguindo a trilha do que deu certo ........................... 19 CAPÍTULO II – A gestão do conhecimento.................................................... 20 2.1. Conceitos básicos de Gestão do Conhecimento............................... 21 2.2. A Evolução da Gestão no Brasil......................................................... 23 2.3. Gestão do Conhecimento e a missão corporativa............................. 24 2.4. Gestão de pessoas numa organização corporativa........................... 27 2.5. GC e sua relação com a Gestão de Pessoas.................................... 29 2.6. Gestão de Pessoas e comportamento............................................... 30 2.7. Os pequenos gigantes e seus modelos de gestão............................ 31 54 CAPÍTULO III – EMS se mantém em destaque no mercado farmacêutico.... 33 3.1. EMS e suas estratégias....................................................................... 34 3.2. Monitorando o ambiente externo e a legislação.................................. 35 3.3. Os principais competidores da SEM.................................................... 37 3.4. SEM trocando o tangível pelo intangível............................................. 38 3.5. Importantes diferenciais agora e para o futuro.................................... 39 CONCLUSÃO. ............................................................................................... 43 BIBLIOGRÁFIAS CONSULTADA................................................................... 45 BIBLIOGRÁFIAS CITADA............................................................................... 47 ÍNDICE DE ANEXOS...................................................................................... 50 ANEXOS 1..................................................................................................... 51 ANEXOS 2..................................................................................................... 52 ÍNDICE............................................................................................................ 53 FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................. 55 55 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Fundação A Vez do Mestre Título da Monografia: Autor: Carlos Alberto da Silva Mattos Data da entrega: Avaliado por: Conceito: