UM NOVO OLHAR NA ESCOLA: AVALIAÇÃO INDIVIDUAL DOS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO PELO CORPO DISCISCENTE DO
ENSINO MÉDIO
Remi Ivo Thomaz1
RESUMO
O artigo aborda a questão da avaliação institucional na ótica dos alunos do Ensino
Médio do Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva - EFM da cidade de Ivaí,
localizada no centro sul do Estado do Paraná, com vistas à melhoria da qualidade da
educação ofertada. Propôs-se uma prática avaliativa, implementada pelo professor
PDE, respaldada pelo coletivo dos docentes e funcionários e aplicada ao corpo
discente do Ensino Médio, nas 13 turmas dos períodos matutinos e noturno que
perfaz um total de 515 alunos (2008), sobre a atuação destes profissionais no dia a
dia do colégio. Utilizando-se de questionários avaliativos elaborado pelo coletivo dos
profissionais, aplicados a 5 alunos de cada turma durante 4 meses perfazendo um
total de 260 respondentes a questões que versavam sobre o desempenho
profissional individual, os quais foram disponibilizados aos alunos de forma digital,
utilizando-se como ferramenta, os computadores do laboratório do Paraná Digital. O
questionário abrangeu questões em relação ao desempenho profissional individual,
as opiniões expressas nestes questionários foram repassadas de forma sigilosa para
cada profissional, que teve nos dados referente à sua avaliação informações
relativas ao seu desempenho inclusive com auto avaliação dos alunos nos estudos,
possibilitando que cada um possa saber como sua prática profissional vem atingindo
os alunos. Espera-se que tal experiência possa ser aprimorada com o envolvimento
de todos na busca da melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, para que
cada um se sinta envolvido no processo educacional e descubra como é importante
sua atuação nos resultados positivos, com mudança de conceitos sobre avaliação,
de satisfação em ver o seu trabalho reconhecido, redescobrindo as formas de mudar
e melhorar o seu fazer diário. Foi importante conhecer a opinião do corpo discente
sobre o colégio e o trabalho das pessoas que fazem a escola ser como ela é,
buscando fortalecer o envolvimento no processo educacional, sentindo-se parte
importante na formação do todo, buscando assim a melhoria que se almeja para a
educação pública.
Palavras-chave: Avaliação Institucional; Alunos do Ensino Médio; Desempenho
profissional Individual.
1
Professor PDE – 2007. Formado pela Escola Superior de Educação Física de Santa Catarina, Pós Graduado
pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Diretor do Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – EFM de
Ivaí - Pr
2
ABSTRACT
The article addresses the issue of institutional assessment in the light of the high
school students in State College Arthur da Costa e Silva - FSM Ivaí of the city located
in the center of the southern state of Parana. With a view to improving the quality of
education offered, this goal was in proposing a practical evaluation implemented by
Professor PDE and accompanied by collective of teachers and staff and applied to
the student body of high school classes in the 13 periods of morning and evening a
total of 515 students (2008), about the work of these professionals on the day of
school. Using the case of evaluation questionnaires prepared by the group of
professionals, applied the 5 students of each group during 4 months a total of 260
respondents the questions that they turned on the individual Professional
performance, who were available to students in digital form, using as a tool, the
computers of the laboratory of Parana Digital. The questionnaire covered issues in
relation to individual performance, the views expressed in these questionnaires were
passed in a secretive for each trader, who had the facts concerning its assessment
information enabling everyone can learn how their pedagogical practice is reaching
the students. It is hoped that this experience can be enhanced with the involvement
of all in pursuit of improving the quality of teaching and learning. That each one feels
involved in the educational process and discover how important their actions on the
positive results, with change of concepts on evaluation, happy to see his work
recognized, rediscovering ways to change and improve their daily do. It was
important to know the opinion of the student body the college and the work of people
who make the school be like she is trying to strengthen the involvement in the
educational process, feeling important part in shaping the whole, thereby seeking to
improve that aims to be for public education.
Keywords: institutional assessment; high school students; Performance individual
professinal
1 INTRODUÇÃO
A educação sozinha não transforma a
sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda.
Paulo Freire
As várias formas de se avaliar como o trabalho dentro do ambiente escolar
está ocorrendo, oportunizado pelos órgãos administrativos centrais do sistema
educacional, muitas vezes não refletem como este trabalho está sendo visto pelos
alunos, aqueles aos quais está direcionado o fazer da escola. Os alunos não
possuem o hábito de realizar a avaliação sistematizada e formal sobre o
desempenho dos profissionais que atuam no ambiente escolar por falta de alguém
que os lidere nesta tarefa, que exige a adesão dos profissionais que nela atuam.
Normalmente os alunos estão avaliando informalmente os profissionais, nas
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conversas pelos corredores, nos bate papos pessoalmente ou até virtualmente,
como tal professor agiu em um determinado momento, como ele(a) foi atendido na
biblioteca ou secretaria, como algum funcionário lhe teceu comentário um tanto
grosseiro, ou como outro foi amável e lhe auxiliou em um momento difícil,e outras
situações que são oportunizadas no cotidiano da escola e que permanecem apenas
nestes comentários informais. É necessário que a formação da consciência do
exercício da crítica e autocrítica da escola seja oportunizada aos alunos do Ensino
Médio, para que tome um caráter institucional e registrado. Fornecendo dados
relevantes frente a situações que visem melhorias possam ser oportunizadas.
Os alunos estão constantemente sofrendo avaliações dos mais variados tipos
e formas. Será que eles saberiam como avaliar o desempenho daqueles que estão
dia a dia em contato com eles? Teriam condições de avaliar como os profissionais
responsáveis por elaborar suas refeições e manter os ambientes escolares em
condições de higiene e saúde estão atuando? Observam como são atendidos nos
setores de documentação e escrituração escolar? Avaliariam com justiça o
desempenho dos seus professores? De como a equipe pedagógica e de direção
estão atuando para bem conduzir e solucionar todos os problemas enfrentados no
desenvolvimento da proposta pedagógica do colégio?
Esses questionamentos levaram ao desenvolvimento deste trabalho o qual,
partiu da avaliação institucional promovida pela Secretária de Estado da Educação
do Paraná, realizada nas escolas da rede pública (PARANA, 2005), e que buscava
criar nas escolas o hábito da auto-avaliação institucional, e propunha “avaliar a
instituição de forma global, ou seja, contemplando os vários elementos que a
constituem em função de sua finalidade”.
Porém o principal e maior segmento do ambiente escolar foi pouco ouvido na
sistemática adotada, os alunos especialmente do Ensino Médio, são muito
importantes para deixarmos de saber a sua opinião de como todo o processo ensino
aprendizagem está acontecendo. Assim é que ouviu-se de maneira ampla os alunos
do Ensino Médio e expõe-se neste artigo o processo e os aspectos relevantes
levantados e que contribuem para a melhoria da escola e de seu ensino, conclusões
algumas já esperadas e outras um tanto surpreendentes.
Aspectos legais nos deram respaldo, dentre eles o Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº 8.069/90) que incentiva a participação do adolescente na
tomada de decisões no que diz respeito à sua vida. Prevê expressamente o direito
da criança e do adolescente à “ liberdade de opinião e expressão” ( Arts. 15 e 16). A
criança e o jovem devem ser sempre estimulados ao exercício de exprimir sua
opinião a respeito de assuntos relativos a sua vida. Como os que dizem respeito à
sua educação, pois a liberdade de expressão constitui um fator de formação da
personalidade da mais alta relevância.
Como previsto no Projeto Político Pedagógico do Colégio (2006), tem-se por
objetivo formar alunos críticos, atuantes no processo de aquisição dos
conhecimentos significativos para sua formação como indivíduos participantes na
sociedade, para não apenas aceitar o que está pronto e sim, para transformar a
realidade social onde vivem. Também no Regimento Escolar do Colégio (2008)
prevê-se a participação dos alunos nas decisões sobre o desenvolvimento do
processo de ensino aprendizagem ao qual estão sujeitos.
Isto porque o aluno aprende quando ele se torna sujeito da sua aprendizagem.
Para isso, precisa participar das decisões que dizem respeito ao projeto da escola
que faz parte também do projeto de sua vida. Passamos um tempo importante da
nossa vida na escola, o aluno é o centro da educação, a opinião dos alunos e
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principalmente do Ensino Médio deve ser respeitada. Não há educação e
aprendizagem sem sujeito da educação e da aprendizagem (GADOTTI,2004).
Com o propósito de dar voz aos alunos do Ensino Médio a proposta de
intervenção do professor participante do Programa PDE (2007) recebeu o aval
primeiramente do Conselho Escolar e seguiu os seguintes procedimentos:
Apresentação da História do Colégio enfatizando-se pelo prof. PDE os fatores
importantes ocorridos durante o período da implantação do Ensino Médio até os dias
atuais, as transformações na sociedade e a importância do Colégio nos avanços
obtidos neste período.
Sensibilizá-los a respeito do avanço pedagógico em “ouvir” os alunos sobre a
sua atuação dentro do ambiente de trabalho. Para tanto houve apresentação, estudo
e discussão de textos selecionados para os professores, equipe pedagógica e
funcionários. Elaboração de questões pelo coletivo de cada segmento de
profissionais, elaborando-se um banco de questões para serem selecionadas e
utilizadas no questionário a ser respondido digitalmente por 5 alunos de cada turma
do Ensino Médio do Colégio, totalizando 65 respondentes mensais.
Na apresentação e nos estudos procurou-se demonstrar a importância que
cada profissional tem para o processo educativo e da qualidade da educação
ofertada no Colégio.
A proposta de avaliação do desempenho dos profissionais da escola foi
apresentada junto aos alunos do Ensino Médio e evidenciou-se a responsabilidade
de opinar com honestidade e imparcialidade sobre a atuação dos profissionais com
os quais eles se relacionam no seu dia-a-dia, desenvolvendo o senso de justiça.
Como objetivo específico pretendeu-se com esta iniciativa de inserir na cultura
escolar o olhar do aluno assim o trabalho do profissional da educação seja
reconhecido como tal, não como sacerdócio, não como missão divina, mas sim
como profissão levada a sério por aqueles que optam por tal trabalho. A mudança
que a imagem da categoria dos profissionais da educação terá perante a sociedade
e principalmente perante os próprios membros da categoria é fundamental para o
avanço de toda a sociedade, para tal deve-se todos empenhar-se para que tal
mudança aconteça ( ARROYO,2002).
Também estabelecer um clima responsável de atuação profissional,
comprometendo-se cada qual pelas atividades que lhe cabem por direito e
principalmente conhecedor das responsabilidades suas e de seus colegas. O ideal
será o clima de parceria, da busca, de auxílio para que o todo seja melhorado, sem o
orgulho de pedir ajuda quando sentir necessidade e sem a mesquinhez de auxiliar
quando perceber que um colega de trabalho precisa de uma colaboração.
No campo da Educação corre-se o risco de cair-se no autoritarismo quando,
como escola negou a capacidade de discernimento e singularidade intelectuais dos
alunos, assumindo o direito de arbitrar indiscriminadamente sobre as condutas que
devem ser exigidas (LA TAILLE,1996).
Acreditou-se que dar a chance aos alunos de se expressar, é aproveitar o que
eles podem oferecer, para crescer-se como instituição educativa, fazendo do
envolvimento no processo algo que fique instituído nas relações interpessoais e nas
relações profissionais, favorecendo para que o respeito à hierarquia seja obtido com
autoridade da competência, nunca com o emprego de um autoritarismo silenciador e
castrador de novas idéias.
Como saber se o meu desempenho profissional está atingindo aos alunos de
forma satisfatória? Será que estou tendo os meus objetivos atingidos e, se não
estou, qual pode ser a razão? Estas perguntas são freqüentes nos pensamentos de
5
quase todos os educadores e de funcionários da escola. Também muitos se
perguntam por que meu colega consegue um desempenho melhor numa turma onde
encontro dificuldades? Os funcionários que trabalham no serviço de merenda muitas
vezes não sabem o porquê da não aceitação de certos cardápios servidos, e outros
que atuam na manutenção e limpeza das instalações não compreendem a falta de
colaboração no cuidado destes espaços que são utilizados pelos próprios alunos.
A direção não dá conta de fiscalizar e vistoriar todos os serviços do
estabelecimento o tempo todo e muitas vezes não consegue o envolvimento e o
cumprimento das suas funções por aqueles que esperam que esta vigilância ocorra
constantemente. Muitos só desempenham suas funções quando se sentem
cobrados por seus superiores dentro da hierarquia institucional, não lembrando que
o trabalho da escola tem como fim educar os alunos, seja na biblioteca, na secretaria
ou no pátio, sendo que o maior interesse deve ser em bem formá-los.
Bons funcionários e bons professores muitas vezes acabam se desmotivando
ao ver que outros profissionais, que mesmo não desempenhando com muito esmero
as suas funções recebem o mesmo salário ao final do mês. O que fazer para atingir
o bom desempenho de suas funções ou não deixar que percam o ânimo ?
Pretendeu-se que pela avaliação do desempenho profissional individual poder
estimular os profissionais a desenvolverem suas atividades da melhor forma
possível, principalmente naqueles pontos onde foram percebidas falhas, através das
opiniões assinaladas como dificuldades nas respostas dos questionários avaliativos.
O profissional que tiver o interesse em crescer na qualidade de sua atividade poderá
ter no resultado de sua avaliação um fator de grande valia para este processo, e
também aquele que viu reconhecido o seu esforço e sua dedicação, se sentirá
recompensado, não financeiramente, mas moralmente em termos de realização
humana.
2 O DESAFIO DO DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA
O desafio foi o de buscar envolvimento do coletivo escolar nos propósitos de
melhoria do colégio pretendida através da proposta do professor PDE, deu início à
intervenção no Colégio. As ações foram no sentido da realização de procedimentos
teóricos e práticos em diversos momentos.
Primeiro foi organizado um encontro onde participaram todos os profissionais
que atuam no estabelecimento de ensino, onde foi apresentado um pequeno
histórico desde o início das atividades do colégio, sua instalação, a formatura da sua
1ª turma de Ensino Médio no ano de 1985 e fazendo-se um paralelo com o aumento
da população do município que ficou em torno de 12,22 % do ano de 1980 ao último
senso no ano de 2007 (IBGE, 2007) e o aumento do número de concluintes neste
período que foi de 339% (Secretária Colégio Arthur, 2008). Observado então, que o
crescimento do número de concluintes e, por conseguinte do número de alunos foi
expressivo em relação ao aumento da população do município, levando a fazer
várias inferências, uma com certeza, foi o aumento da escolarização da população
jovem e adulta.
Para isso houve a concorrência de alguns fatores, como a melhoria nas
estradas que vem da zona rural para a zona urbana, o aumento das condições
econômicas, a obrigatoriedade do Ensino Fundamental. Mas um dos grandes fatores
que influenciaram foi a qualidade do ensino ofertado em nosso colégio. O bom
6
desempenho demonstrado por nossos alunos em concursos vestibulares, concursos
públicos, ENEM, entre outros, e principalmente como cidadãos, muitos
desempenhando papéis de destaque em vários setores da sociedade Ivaiense.
Dentro deste contexto social a origem dos alunos do Ensino Médio do Col.
Est. Arthur da Costa e Silva situado na sede do município de Ivaí atende em sua
grande maioria alunos oriundos da zona rural, com um percentual de 90%. Assim a
característica do ensino ofertado sofre a grande influência das expectativas do
homem do campo. Características estas, que sofreram transformações
consideráveis afetadas pelo fenômeno da globalização e da universalização das
informações. A partir do final do século passado e início deste século com o advento
da transmissão da TV por satélites e pela recepção por antenas parabólicas
presentes na totalidade das residências do nosso município, os alunos chegam bem
informados sobre tudo que está acontecendo no mundo, diferentemente do que
acontecia em anos anteriores. O jovem do meio rural está igual ou às vezes até
melhor informado do que os jovens do meio urbano. A figura tradicional instituída do
caipira “ignorante”, com os avanços obtidos pela modernidade deixa de existir, para
advir um jovem do meio rural informado de todas as transformações que estão
ocorrendo na sociedade em geral.
Estes alunos estão evoluindo junto com toda a sociedade local e global, e
para tanto estão a exigir que os profissionais que atuam na sua educação também
evoluam junto com os avanços culturais, científicos e tecnológicos. Profissionais
capacitados para atendê-los de forma plena dentro das suas necessidades. Alunos
informados do que ocorre em todas as partes do planeta e reivindicam seus direitos,
além de conhecedores dos avanços obtidos nos direitos referentes às crianças e aos
adolescentes.
A população do município de Ivaí se estrutura conforme uma distribuição
contrária a distribuição populacional do Estado do Paraná e do Brasil. Dados
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos censos dos
anos de 1980, 1991, 1996, 2000 e 2007 mostram que a população paranaense e
brasileira concentra-se na zona urbana e com um percentual superior de mulheres
em relação aos homens. No município, os dados mostram uma pequena
superioridade dos homens em relação às mulheres e a maioria da população
permanece residindo na zona rural, dando características peculiares a esta
população que compõe as famílias dos alunos do colégio.
Diante disso, pode-se tirar conclusões quanto as características do Município
de Ivaí que se opõem a uma realidade vivida a nível nacional e estadual onde no
mesmo período de tempo a população urbana cresceu em relação à população
rural, fato contrário ao ocorrido no município, onde a população rural teve aumento
proporcional muito perto ao da população urbana, ficando assim, em número
absoluto superior a população urbana, caracterizando bem a procedência do meio
agrícola do alunado.
A procura pelo Ensino Médio desta população, mesmo sendo da zona rural,
cresceu neste período de tempo, e vários fatores influenciaram esta procura, como
já citados anteriormente, merecendo destaque a qualidade do ensino ofertado, onde
muitos dos jovens concluintes do Ensino Médio se mostravam aptos a dar
continuidade aos seus estudos a nível superior, ou em nível tecnológico. E aqueles
que não deram continuidade procuram aproveitar os ensinamentos obtidos para
melhorar a qualidade de vida sua e de seus familiares.
Reforçamos a hipótese de que o aumento tem uma causa principal à
qualidade da educação que se atingiu. Como uma das características que
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influenciam nesta qualidade, e que pode ser citado é a quantidade de alunos
freqüentando o colégio no Ensino Médio que fica em 515 alunos no ano letivo de
2008, demanda essa dentro de padrões colocada por muitos autores como um
numero ideal (500 a 600 alunos), onde pode efetivar-se um tratamento mais
personalizado levando a uma ação pedagógica de pessoalidade, dando ao aluno
confiança por sentir-se tratado nas suas individualidades, procurando desenvolver as
suas potencialidades.
Outro fator coadjuvante é o relacionado aos professores atuantes no
momento no colégio, sendo a grande maioria formada por ex-alunos que após
concluírem seus cursos superiores retornaram como professores concursados e
alguns contratados. Os funcionários administrativos e de serviços gerais a sua
grande maioria foi aluno(a) no colégio, e este sem dúvida é um fator de importância
para o envolvimento na busca da melhoria constante da qualidade, favorecendo o
estabelecimento de vínculos interpessoais.
No processo de sensibilização foi necessário discutir sobre o papel
desempenhado pelos profissionais da educação que atuam no colégio. Antes, porém
clarificaram-se pontos conceituais de acordo com a concepção teórica adotada.
Gestão Escolar Democrática – diz respeito à forma como se organiza e se
desenvolve o trabalho educativo; democrático refere-se à participação dos
envolvidos em todo o processo. A gestão se configura como democrática quando os
envolvidos no trabalho educativo participam das discussões e tomada de decisões
da gestão escolar. Nesse sentido, dois são os pressupostos básicos para a
efetivação da gestão democrática: a eleição para diretores escolares, a qual
estabelece uma nova relação política em que o diretor passa a ser representante da
comunidade escolar junto ao Estado; e o fortalecimento dos Conselhos Escolares,
que é o espaço fundamental para a democratização do exercício do poder, através
da participação igualitária dos segmentos da escola nas decisões substantivas para
a efetivação do trabalho educativo a ser realizado. A democratização na e da escola
é um dos aspectos da democratização da sociedade (PARANA, SEED, 2005).
Avaliação Institucional: processo que busca avaliar a instituição de forma
global, ou seja, contemplando os vários elementos que a constituem em função de
sua finalidade. Através de instrumentos que permitam a manifestação das suas
características próprias (identidade), e que também a localizem dentro da
globalidade do sistema, sem deixar de articular identidade e globalidade com o
contexto social (PARANÁ, SEED, 2005).
Educação Escolar: processo sistemático de socialização do saber
historicamente construído, a partir da perspectiva da formação humana e da
cidadania, inseridas na realidade social com suas contradições econômicas, sociais
e políticas (PARANÁ, SEED, 2005).
Sabe-se que a escola pública brasileira vive momentos de crise e de desafios
que não podem ser reduzidos unicamente à situação de empobrecimento social e
ausência de políticas consistentes do Estado. Estes desafios colocados à população,
que a escola vem tentando solucionar através da vinculação do ambiente escolar à
vida de cada aluno, pois integrar escola e comunidade é uma das soluções para
diminuir o afastamento de uma parcela considerável da população que ainda não se
encontrou no processo educacional.
Um dos desafios na formação de uma cultura escolar vinculada a cultura
popular e social de todos os alunos está na incorporação destas culturas dentro dos
conteúdos que compõe a grade curricular, estabelecer prioridades que possam
estimular cada vez mais a busca pelo conhecimento científico e valorizando o
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conhecimento popular, chamando a todos para fazer parte da escola, preservando
as raízes culturais e estimulando o aprimoramento tecnológico e científico.
Dentro deste contexto, Libaneo ( 1990, p. 29) considera:
A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o
melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria
escola pode contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la
democrática. Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela é
também agir no rumo da transformação da sociedade.
Ratificou-se a importância do colégio ao ser apresentado para todo o coletivo
este apanhado histórico, para procurar estabelecer um vínculo de relacionamento
entre todos os que estão no momento atuando, fazendo uma localização espaço temporal, estimulando a reflexão sobre sua prática diária dentro da rotina escolar,
enfatizando que a totalidade é mais que a soma das ações individuais e que se pode
melhorar à medida que se efetive a interação das atividades desenvolvidas de cada
um que compõe este coletivo.
2.1 O estudo e a elaboração do instrumento de avaliação:
Estabeleceu-se com o coletivo dos profissionais atuantes no colégio,
encontros com atividades em grupos onde cada um pudesse conhecer como é
desenvolvido o trabalho de seus colegas, de todas as funções instituídas dentro do
ambiente escolar. Reconheceu-se assim a importância que cada um tem na
formação total do processo de ensino aprendizagem. Nas reuniões procurou-se
estimular a troca de experiências vividas por cada um dos profissionais, para que na
interação destas experiências pudesse ser enfatizadas atividades para melhoria do
desempenho profissional.
Teve-se como subsídio o Caderno Pedagógico elaborado especialmente para
este fim, utilizando-se de textos de vários autores que mantinham a linha de
concepção formativa de uma escola pública democrática e de qualidade. O primeiro
texto indicado no caderno “Escola e Democracia” (GADOTTI; ROMÃO, 2004)
começavam as discussões e debates por ser tema tão importante dentro das
escolas e que deve ser abordado sempre que houver oportunidade para tal. O
segundo texto retirado da introdução do livro “Para não ser um professor do século
passado” (KALINKE,2004) serviu para os professores, funcionários, pedagogos e
direção refletirem sobre o que ficou para traz e o que teremos pela frente
relacionado ao tipo de educação que pretendemos, e que tipo de professor
precisamos. O terceiro texto trouxe a reflexão sobre outro tema que muito preocupa
a todos os educadores, a indisciplina e utilizou-se o texto “ Educação Moral e
Limites, princípios norteadores da ação educativa” (LONGAREZI,2001), pois fator de
muitas inseguranças no desenvolvimento do trabalho educativo, a indisciplina dos
alunos tem de ser pensada por vários enfoques diferentes. Para conhecer as
atividades que cada um desempenha no contexto escolar utilizou-se as orientações
da CADEP(Centro de Auxilio a Direção e Equipe Pedagógica da Secretária de
Educação do Paraná – 2007) sobre O trabalho do pedagogo na Escola Pública pois
conhecer as atribuições que cabe a cada trabalhador é saber respeitar a função
desempenhada pelo colega. Sobre as atividades dos funcionários utilizou-se o texto
“ Funcionários da Escola: Colaboradores no processo de construção da qualidade
na escola” (MEC, 2004) pois cada vez mais os funcionários das escolas descobrem
o seu valor e os outros profissionais reconhecem o seu papel como educadores.
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Utilizou-se para discussão e reflexão sobre o papel que o Diretor de Escola precisa
cumprir, o texto: “ O diretor, conselho escolar e a gestão democrática na escola”
(MEC, 2005) mostrando um panorama sobre a atividade do diretor e dos órgãos
colegiados para uma gestão democrática.
Foram feitas reuniões para debates e discussões sobre os textos escolhidos e
foi sendo aperfeiçoado o entendimento da importância que cada função tem para os
objetivos de atingir uma melhoria na qualidade da educação. Muitas vezes o
profissional se isola em suas atividades perdendo a noção do todo e principalmente
não valorizando a atividade desempenhada pelo outro. O conhecimento das funções
que cada um desempenha é uma forma de valorizar o seu colega de trabalho e
estabelecer um ambiente mais cordial e harmonioso, assim, agindo com mais vigor
no processo educacional. “Os jovens e também os homens em geral formam um
“coletivo” quando estão unidos por determinados interesses, dos quais têm
consciência e que lhes são próximos” ( Pistrak, 2000, p. 177).
Ao final destas reuniões cada grupo específico formulou questões que
deveriam compor o questionário avaliativo que seria aplicado aos alunos, desta
forma, o coletivo dos funcionários da limpeza formulou questões sobre a sua
atividade, o mesmo com os da merenda, da secretaria, da biblioteca. Os professores
formularam questões que acharam pertinentes conhecer sobre o seu desempenho
profissional, o mesmo ocorrendo com a equipe técnica pedagógica e de direção.
Nas questões elaboradas procurou-se no segmento reunido junto aos seus
pares, procurando colocar itens de relevância para a avaliação do seu desempenho
profissional, não tendo imposição de cima para baixo, não sendo algo pronto e sim
construído por aqueles que têm interesse em saber os resultados, para obter as
informações que necessitam para poder melhorar as suas atividades. Por não ser
algo imposto a “ferro e fogo”, a aceitação por parte dos envolvidos foi geral.
A formatação final e os critérios de avaliação também foram discutidos com o
coletivo e decidiu-se por consenso, de não utilizar as notas numéricas ( 0 a 10 ou
similar) optando-se por conceitos de uma escala: Nunca – Às vezes – Quase sempre
– Sempre. As perguntas foram dispostas em um questionário avaliativo em questões
fechadas que os alunos responderam de forma digital no laboratório de informática
do Paraná Digital.
Faz-se necessário ressaltar, que se não fosse pela instalação do laboratório
do Paraná Digital todo o processo aqui descrito ficaria se não inviabilizado, em muito
prejudicado, uma vez que o sistema de funcionamento do mesmo permitiu uma
facilidade de aplicação, a utilização do laboratório alavancou em muito este trabalho.
Os computadores que compõe o laboratório do “Paraná Digital” foram
desenvolvidos através de uma inovação em informática, um projeto da Universidade
Federal do Paraná e a Positivo Informática onde uma única CPU (Unidade de
Processamento Central) esta conectada a 4 monitores, 4 teclados e 4 mouses
formando assim uma ilha, sendo que a CPU não possui HD e os dados são
armazenados em um servidor central, podendo assim serem acessados quando o
usuário utiliza qualquer dos terminais do laboratório.
A utilização do laboratório de informática do Paraná Digital para a aplicação
dos questionários foi um atrativo a mais para que os alunos participassem com
atenção e dedicação, como forma de representarem sua real intenção respondendo
as perguntas com autonomia. Outro fator que influenciou na forma de aplicação dos
questionários digitais foi o econômico, visto que assim, não ouve gastos com papel e
impressão que inviabilizariam pelo alto custo que acarretaria, bem como a guarda
dos dados seriam em muito dificultada.
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2.2 Preparando e implementando a aplicação da avaliação:
Utilizando-se de duas horas aulas em cada turma, foi realizado, pelo
professor PDE, um trabalho de explicação sobre todo o processo da tomada de
opinião que os alunos participariam e a importância das respostas sinceras e justas
para que cada profissional tivesse a real dimensão de como o seu trabalho está
sendo executado.
Após a explicação detalhada de qual é o papel de cada um dos profissionais
que atua no ambiente escolar, assim como é feita a contratação, quais as exigências
legais para o desempenho e qual a escolarização necessária para cada função.
Enfatizou-se a importância da sinceridade das respostas, pois apenas quando se
tem a real análise de como estamos desempenhando nossas funções é que
podemos melhorar.
Durante esta atividade também foi solicitado para que os alunos sugerissem
questões a serem propostas para que também fosse feita uma auto avaliação pelos
alunos de suas atitudes, pois depende muito deles o sucesso do processo ensino
aprendizagem. Assim com a colaboração dos alunos, foi dada a formatação final ao
questionário avaliativo que foi proposto à todas as turmas do ensino médio do
Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva – EFM.
Esclareceu-se também a individualidade dos resultados, pois a avaliação
seria totalmente secreta e que os alunos não sofreriam nenhum tipo de represália e
por isso a sinceridade e a justiça deveriam estar presentes no preenchimento dos
questionários.
A aplicação dos questionários foi realizada em cada turma do ensino médio,
num total de 9 turmas do turno matutino totalizando 180 alunos avaliadores, e 4
turmas do turno noturno perfazendo 80 alunos avaliadores, com uma faixa etária de
14 anos a 48 anos
A metodologia utilizada para a aplicação da avaliação institucional no
laboratório de informática foi a de grupos de cinco alunos de cada turma a cada vez,
sorteados de forma aleatória, não se repetindo, até serem inquiridos vinte alunos de
cada turma. Optou-se por grupos pequenos, com a intenção de que não houvesse
contato próximo, pois o laboratório é composto de vinte computadores dispostos em
cinco “ilhas”, portanto, cada aluno ocupou uma “ilha”, tendo assim, tranqüilidade para
realmente expressar sua opinião sem nenhuma interferência externa. Assim, as suas
respostas estariam realmente expressando a sua compreensão do desenvolvimento
do processo educacional ao qual ele está sendo o alvo maior.
Foi possível observar que os alunos permaneceram concentrados na
atividade e a vontade para se expressar, sendo fatores importantes para os
resultados obtidos.
A aplicação dos questionários ocorreu durante os horários normais de aulas,
durante quatro meses, onde era solicitada autorização para o professor que se
encontrava na turma, e sorteavam-se cinco alunos que iriam para o laboratório de
informática acompanhado pelo professor PDE e pelo ADM local (funcionário
responsável por administrar o laboratório de informática do Paraná Digital), para
responderem ao questionário avaliativo.
A formatação dada ao questionário ficou de uma forma que não era
necessário ter conhecimentos de informática e apenas com alguns movimentos do
“mouse” e com a tecla “X” do teclado era o que bastava para a realização da tarefa.
Não houve dificuldades na operacionalização da tarefa por parte dos alunos, alguns
no início tiveram que receber orientações mais detalhadas.
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...a escola não é depositária do saber científico e tecnológico de ponta,
dominado pelo capital, ela democratiza, quando muito, alguns princípios
teóricos e metodológicos que poderão, no exercício do trabalho, permitir
essa apropriação. [...] (KUENZER, 1988, p.17).
Após terem sido inquiridos os vinte alunos de cada turma (número que
representa mais de 50% dos alunos de cada turma), foram tabulados os dados por
membros do Conselho Escolar representantes das Instituições Organizadas da
Sociedade para ser mantido a idoneidade e imparcialidade no processo, e
disponibilizados os resultados em pastas individuais para cada profissional atuante
no colégio de forma sigilosa. Ou seja, somente ele teve acesso aos dados referente
a sua avaliação feita pelos alunos do Ensino Médio.
No laboratório do Paraná Digital, foi criada uma pasta com o resultado obtido
pelo profissional o qual recebeu uma senha sigilosa, a qual somente ele(a) poderia
ter acesso, realizando a consulta dos resultados obtidos.
Os funcionários de serviços gerais que poderiam apresentar alguma
dificuldade de acesso as suas pastas com os resultados das avaliações, foram
contemplados com um curso de capacitação para utilização das ferramentas
tecnológicas aplicados por duas funcionárias administrativas que estão cursando o
“Prófuncionário” e sendo esta atividade uma das ações que contou para o estágio
do curso.
2.3 Análise dos resultados:
Os resultados foram tabulados por turma (as turmas foram identificadas nesta
apresentação de resultados por símbolos fictícios para que o sigilo das respostas
seja mantido), e em cada tipo de atividade profissional foi feito um resultado global
que pode ser acessado por turno e pelo todo do colégio. Por exemplo, o serviço de
limpeza teve globalizado a opinião da turma, do turno e do colégio como
exemplificamos nos quadros a seguir:
1ª Série &
1 – AS SALAS ESTÃO SEMPRE LIMPAS NO INICIO DAS AULAS DIARIAMENTE?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
0
2- OS CORREDORES ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
1
AS VEZES
6
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
3 – OS BANHEIROS ESTÃO LIMPOS E HIGIENIZADOS?
NUNCA
AS VEZES
9
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
5
4 – O REFEITÓRIO ESTÁ EM CONDIÇÕES PARA UMA REFEIÇÃO SAUDAVÉL?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
0
5- AS FUNCIONÁRIAS DEMONSTRAM TRATAMENTO SIMPÁTICO E EDUCADO COM OS ALUNOS?
NUNCA
0
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
Quadro 1 Col. Est. Arthur da C. Silva - Setor de limpeza - 2008
12
6
3
13
12
Fonte: Questionário avaliativo PDE
No exemplo utilizado, a turma 1ª série &, do turno da manhã, teve nas suas
respostas quanto à limpeza do colégio, onde aparece o número de alunos que
marcaram o “X” naquela opção, perfazendo um total de 20 alunos. As características
observadas nesta turma tiveram suas respostas correspondentes em quase todas as
outras turmas e o quadro geral do turno matutino foi concluído conforme
demonstrado no quadro abaixo:
12
Resultado da soma das avaliações do turno da manhã
180 alunos pesquisados
1 – AS SALAS ESTÃO SEMPRE LIMPAS NO INICIO DAS AULAS DIARIAMENTE?
NUNCA
AS VEZES
36
QUASE SEMPRE
55
7
2- OS CORREDORES ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
AS VEZES
44
QUASE SEMPRE
71
11
3 – OS BANHEIROS ESTÃO LIMPOS E HIGIENIZADOS?
NUNCA
AS VEZES
71
QUASE SEMPRE
45
33
4 – O REFEITÓRIO ESTÁ EM CONDIÇÕES PARA UMA REFEIÇÃO SAUDAVÉL?
NUNCA
AS VEZES
15
QUASE SEMPRE
41
5
5- AS FUNCIONÁRIAS DEMONSTRAM TRATAMENTO SIMPÁTICO E EDUCADO COM OS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
23
QUASE SEMPRE
41
5
Quadro 2 Col. Est. Arthur da C. Silva - Setor de limpeza - 2008
SEMPRE
82
SEMPRE
54
SEMPRE
31
SEMPRE
119
SEMPRE
111
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Com a análise destes resultados os profissionais que atuam no setor de
limpeza podem verificar onde precisam melhorar no seu desempenho, recebendo
estas informações não de seus superiores, mas daqueles que se utilizam das
instalações no seu dia a dia.
Na pasta com os resultados dos questionários, apresentadas todas as turmas
e os turnos, para que possa ser comparada e verificada que as mesmas
observações aparecem em turnos diferentes mostrando claramente onde deve ser
melhorado.
Resultado Globalizado manhã + noite
1 – AS SALAS ESTÃO SEMPRE LIMPAS NO INICIO DAS AULAS DIARIAMENTE?
NUNCA
AS VEZES
52
QUASE SEMPRE
12
80
2- OS CORREDORES ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
AS VEZES
63
QUASE SEMPRE
13
94
3 – OS BANHEIROS ESTÃO LIMPOS E HIGIENIZADOS?
NUNCA
AS VEZES
101
QUASE SEMPRE
37
71
4 – O REFEITÓRIO ESTÁ EM CONDIÇÕES PARA UMA REFEIÇÃO SAUDAVÉL?
NUNCA
AS VEZES
20
QUASE SEMPRE
5
53
5- AS FUNCIONÁRIAS DEMONSTRAM TRATAMENTO SIMPÁTICO E EDUCADO COM OS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
33
QUASE SEMPRE
8
54
Quadro 3
Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor de limpeza - 2008
SEMPRE
116
SEMPRE
90
SEMPRE
51
SEMPRE
182
SEMPRE
165
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Como exemplo, pode-se verificar que a questão destinada a verificar o
relacionamento dos funcionários com os alunos, como a questão nº 5, demonstrou
que a grande maioria dos alunos opinou que o relacionamento é cordial e educado,
apenas uma pequena parcela não concordou. Em futuras capacitações destinadas a
esses funcionários, pode-se utilizar estes dados para ampliar as atividades
relacionadas ao trato com os alunos e a comunidade para aperfeiçoar esta
habilidade já presente.
Também os próprios funcionários de posse destes dados poderão solicitar
melhores condições de trabalho para que possam cumprir as necessidades
apontadas pelos alunos. Como por exemplo, redistribuição de funcionários para
satisfazer as exigências de higienização dos sanitários, campanhas junto aos alunos
para conservação dos espaços físicos. A partir de respostas dadas as cinco
questões que foram elaboradas pelos próprios funcionários responsáveis pela
limpeza, podem ser formuladas várias ações para resolver os problemas
apresentados, e não apenas ficar buscando os culpados por tais situações.
Outro aspecto importante na opinião dos alunos é o serviço de merenda,
como é a sua aceitação pela comunidade estudantil e assim temos o seguinte
quadro de uma turma do turno da manhã para demonstrar:
13
1ª Série &
1- É SERVIDA TODOS OS DIAS NO HORÁRIO CORRETO?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
2 – OS UTENSILIOS COMO COPOS E PRATOS ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
3 – O CARDÁPIO É VARIADO E DE BOA QUALIDADE?
NUNCA
AS VEZES
10
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
2
4 – A QUANTIDADE SERVIDA É SUFICIENTE PARA TODOS OS ALUNOS QUE PROCURAM A MERENDA?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
0
5 – A MERENDEIRA É GENTIL E AMÁVEL COM OS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
1
Quadro 4
Col. Est. Arthur da C. Silva - Setor de merenda - 2008
18
18
6
15
11
Fonte: Questionário avaliativo PDE
A análise das informações que o quadro nos proporciona é que o maior
problema enfrentado está no cardápio ofertado, sua variedade e sua qualidade, onde
esta turma na sua maioria acha deficitário. Sendo os demais resultados satisfatórios
pelas respostas assinaladas, mas que também podem ser aprimorados ou mantidos
nos níveis atuais e não podendo descuidar dessa qualidade para que em próximas
avaliações possam ter resultados inferiores aos apresentados no momento.
Já uma turma do turno da noite o que nos apresenta:
2ª Série $
1- É SERVIDA TODOS OS DIAS NO HORÁRIO CORRETO?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
2 – OS UTENSILIOS COMO COPOS E PRATOS ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
0
3 – O CARDÁPIO É VARIADO E DE BOA QUALIDADE?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
6
SEMPRE
0
4 – A QUANTIDADE SERVIDA É SUFICIENTE PARA TODOS OS ALUNOS QUE PROCURAM A MERENDA?
NUNCA
0
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
5 – A MERENDEIRA É GENTIL E AMÁVEL COM OS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
0
Quadro 5
Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor de merenda - 2008
18
17
13
15
16
Fonte: Questionário avaliativo PDE
A análise referente às opiniões que a turma do noturno proporciona em
comparação com a do diurno, deixa claro que a questão do cardápio não está tão
ruim como do período diurno. Este pode ser um ponto a ser analisado de modo
contextualizado, pela procedência do alunado que teve em casa seu desjejum, em
contrapartida daqueles que vem direto do trabalho para a escola e não tendo
realizado uma refeição anterior a merenda oferecida analisou de maneira positiva o
cardápio servido. Buscar a melhoria da qualidade da merenda ofertada a todos,
dentro das particularidades de cada segmento de alunos.
Observando o quadro demonstrativo no item referente ao serviço da merenda,
pode-se ter a visão geral deste segmento da escola que influi no clima educacional e
na aprendizagem que é ofertada no colégio. No resultado geral observadas as
turmas dos turnos matutino e noturno podemos ter a real situação perante aos
alunos deste serviço tão importante no cotidiano do colégio.
Vamos observar com atenção o quadro geral para as análises posteriores:
14
Resultado
Somatorio dosGlobalizado
turnos matutinomanha
e noturno+ noite
260 alunos pesquisados
1- É SERVIDA TODOS OS DIAS NO HORÁRIO CORRETO?
NUNCA
AS VEZES
8
QUASE SEMPRE
28
SEMPRE
0
2 – OS UTENSILIOS COMO COPOS E PRATOS ESTÃO LIMPOS?
NUNCA
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
32
SEMPRE
2
3 – O CARDÁPIO É VARIADO E DE BOA QUALIDADE?
NUNCA
AS VEZES
61
QUASE SEMPRE
71
SEMPRE
18
4 – A QUANTIDADE SERVIDA É SUFICIENTE PARA TODOS OS ALUNOS QUE PROCURAM A MERENDA?
NUNCA
AS VEZES
16
QUASE SEMPRE
63
SEMPRE
8
5 – A MERENDEIRA É GENTIL E AMÁVEL COM OS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
23
QUASE SEMPRE
50
SEMPRE
4
Quadro 6
Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor de merenda - 2008
224
219
110
173
183
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Estes dados demonstraram claramente o problema a ser enfrentado de
imediato que recaiu sobre a variação e qualidade do cardápio servido. As
merendeiras puderam planejar ações para buscar sanar o problema apresentado.
Assim, um problema existente é tratado com honestidade para buscar-se uma
solução, sem que seja necessária uma ordem autoritária, uma vez que o problema
foi indicado pelos alunos que se utilizam do serviço todos os dias.
Os dados levantados foram oportunizados aos demais funcionários, da
biblioteca e da secretaria.
Que apresentou os seguintes quadros:
Da secretaria:
Totalização geral do colégio
260 alunos pesquisados
1 – QUANDO PRECISOU DE SERVIÇOS DA SECRETARIA FOI ATENDIDO DE FORMA AMÁVEL E PRESTATIVA?
NUNCA
AS VEZES
25
QUASE SEMPRE
SEMPRE
4
63
2 – O ATENDIMENTO NA SECRETARIA FOI EFICAZ E RÁPIDO?
NUNCA
AS VEZES
51
QUASE SEMPRE
SEMPRE
9
95
3 – O ATENDIMENTO NA SECRETARIA O DEIXOU SATISFEITO?
NUNCA
AS VEZES
35
QUASE SEMPRE
SEMPRE
7
71
4 – QUANDO PRECISOU DE MATERIAIS DA SECRETARIA O ATENDIMENTO LHE DEIXOU SATISFEITO?
NUNCA
AS VEZES
30
QUASE SEMPRE
SEMPRE
7
71
5 – OS FUNCIONÁRIOS DA SECRETARIA FORAM SIMPÁTICOS E PRESTATIVOS?
NUNCA
AS VEZES
19
QUASE SEMPRE
SEMPRE
5
54
Quadro 7
Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor da Secretaria - 2008
168
106
147
152
182
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Da biblioteca:
Resultado Geral do Colégio
260 alunos pesquisados
1 – QUANDO PRECISOU DE SERVIÇOS DA BIBLIOTECA FOI ATENDIDO DE FORMA AMÁVEL E PRESTATIVA?
NUNCA
AS VEZES
25
QUASE SEMPRE
62
SEMPRE
4
2 – O ATENDIMENTO NA BIBLIOTECA FOI EFICAZ E RÁPIDO?
NUNCA
AS VEZES
54
QUASE SEMPRE
78
SEMPRE
13
3 – O ATENDIMENTO NA BIBLIOTECA O DEIXOU SATISFEITO?
NUNCA
AS VEZES
36
QUASE SEMPRE
67
SEMPRE
12
4 – QUANDO PRECISOU DE LIVROS E OUTROS MATERIAIS O ATENDIMENTO LHE DEIXOU SATISFEITO?
NUNCA
AS VEZES
34
QUASE SEMPRE
68
SEMPRE
10
5 – OS FUNCIONÁRIOS DA BIBLIOTECA FORAM SIMPÁTICOS E PRESTATIVOS?
NUNCA
AS VEZES
27
QUASE SEMPRE
49
SEMPRE
3
Quadro 8
Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor da Biblioteca - 2008
169
115
143
148
181
Fonte: Questionário avaliativo PDE
15
Atividades realizadas por profissionais da educação tanto o serviço de
secretaria como o da biblioteca influenciam na qualidade da educação ofertada por
fazerem parte da formação dos alunos. Ao observar as respostas dadas pelos
alunos poder-se-a melhorar o atendimento ofertado nas deficiências apresentadas e
aprimorar cada vez mais os pontos positivos apresentados nas avaliações.
Os funcionários administrativos que estão desempenhando seu trabalho tanto
na biblioteca como na secretaria do colégio mantém contato constante com os
alunos. Portanto é imprescindível que eles tenham conhecimento como o seu
trabalho está sendo reconhecido pelos alunos. Assim de posse dos dados sobre o
seu desempenho poderão aprimorar aspectos demonstrados como deficitários e
manter ou até melhorar nos quesitos onde já houve uma boa avaliação.
Após a aplicação e divulgação dos resultados, foi realizado um trabalho de
análise das respostas junto com os funcionários envolvidos, buscando alternativas
que tragam benefícios para os alunos e para todo o processo educacional.
Todos os profissionais tiveram em suas pastas, informações para que possam
utilizar como maneira de melhorar sua prática diária, assim como, cada turma vem
observando e reconhecendo o trabalho executado pelo profissional. As utilizações
das informações contidas nos resultados dos questionários podem colaborar para
que cada um possa desempenhar melhor as suas funções do dia a dia.
Em relação aos professores e equipe pedagógica Nos dois quadros a seguir
apresenta-se um comparativo referentes a avaliação de professores matérias de
disciplinas diferentes da mesma turma, não identificamos a turma, nem a disciplina a
que se refere para manter assim o sigilo proposto deste o inicio deste trabalho.
Trata-se de uma comparação de desempenho profissional com dados reais retirados
dos questionários de pesquisa preenchida pelos alunos do Ensino Médio:
Turma: 1 Disciplina X
1 – É ASSÍDUO (NÃO FALTA) E CUMPRE O HORÁRIO DAS AULAS ?
NUNCA
AS VEZES
4
QUASE SEMPRE
SEMPRE
2
5
2 – O PROFESSOR APRESENTA O CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO AO QUAL O ALUNO É SUBMETIDO?
NUNCA
3
AS VEZES
9
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
3 – O PROFESSOR RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA SUA DISCIPLINA NA FORMAÇÃO DO ALUNO?
NUNCA
5
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
4 – O PROFESSOR DEMONSTROU TER CONHECIMENTO DO CONTEÚDO DA SUA DISCIPLINA?
NUNCA
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
SEMPRE
5
7
5 – O PROFESSOR EXPLICA O CONTEÚDO EM UMA LINGUAGEM COMPREENSÍVEL PARA O ALUNO?
NUNCA
7
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
6 – O PROFESSOR APARENTEMENTE PREPARA AS AULAS ANTES DE MINISTRA-LAS?
NUNCA
4
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
9
SEMPRE
7 – O PROFESSOR CONSEGUE MANTER A DISCIPLINA E O DOMINIO DA SALA?
NUNCA
12
AS VEZES
6
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
8 – O PROFESSOR MANIFESTOU ENTUSIASMO PELA SUA MATÉRIA?
NUNCA
AS VEZES
5
QUASE SEMPRE
SEMPRE
7
5
9 – O PROFESSOR CUMPRE E FAZ CUPRIR AS NORMAS ESTABELECIDAS PELO COLÉGIO?
NUNCA
3
AS VEZES
8
QUASE SEMPRE
5
SEMPRE
10 – O PROFESSOR EXIGIU NAS AVALIAÇÕES OS CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS EM SALA?
NUNCA
4
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
Quadro 9 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Corpo Docente - 2008
9
5
6
1
3
4
0
3
4
7
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Ao analisarmos as respostas acima podemos observar entre outros, que um
dos problemas enfrentado pelo professor da disciplina X está relacionado com a
disciplina em sala de aula, o que vai influenciar no desempenho em outros requisitos
dentro do seu trabalho pedagógico. Assim sendo, é de grande pertinência tal
informação visto que ela é colocada pelos alunos e não por um coordenador, em que
16
o professor pode alegar estar fora de sala de aula e quer opinar sobre o seu
trabalho, quando não vive o dia a dia e a sua prática. Muitas vezes é esta a alegação
dada por alguns professores quando participam de encontros pedagógicos e
capacitações oportunizadas, dizendo que é muita teoria e a prática tem que
aprender sozinho, sem auxílio.
A opinião de quem está ali junto com ele(a) na sala de aula pode ser de
grande valia, visto pelos alunos os quais são os causadores desta indisciplina, e os
mesmos colocam na avaliação que a mesma prejudica o processo ensino
aprendizagem, então os alunos tem a consciência que a falta da disciplina em sala
prejudica. Cabe ao professor buscar formas de adquirir este domínio de sala.
Descoberto o problema cabe buscar suas causas e principalmente as formas de
solucioná-lo, encarando a situação de frente e sabendo que o problema foi
detectado pelos agentes do processo, os alunos.
Para Vasconcellos: “a equipe educacional da escola deve se reciclar,
aperfeiçoar sua competência, de forma a poder fundamentar cientificamente suas
práticas e mudar aquilo que tem que ser mudado” (2005, p. 97).
Traz-se outro exemplo na mesma turma, de avaliação do professor(a), para
poder estabelecer parâmetros de comparação de desempenho profissional e
também da capacidade de avaliar que os alunos do Ensino Médio já apresentam,
então.
Turma 1 Disciplina Y
1 – É ASSÍDUO (NÃO FALTA) E CUMPRE O HORÁRIO DAS AULAS ?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
1
SEMPRE
1
2 – O PROFESSOR APRESENTA O CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO AO QUAL O ALUNO É SUBMETIDO?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
1
SEMPRE
0
3 – O PROFESSOR RESSALTA A IMPORTÂNCIA DA SUA DISCIPLINA NA FORMAÇÃO DO ALUNO?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
4 – O PROFESSOR DEMONSTROU TER CONHECIMENTO DO CONTEÚDO DA SUA DISCIPLINA?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
0
5 – O PROFESSOR EXPLICA O CONTEÚDO EM UMA LINGUAGEM COMPREENSÍVEL PARA O ALUNO?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
1
SEMPRE
0
6 – O PROFESSOR APARENTEMENTE PREPARA AS AULAS ANTES DE MINISTRA-LAS?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
0
7 – O PROFESSOR CONSEGUE MANTER A DISCIPLINA E O DOMINIO DA SALA?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
0
8 – O PROFESSOR MANIFESTOU ENTUSIASMO PELA SUA MATÉRIA?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
1
9 – O PROFESSOR CUMPRE E FAZ CUPRIR AS NORMAS ESTABELECIDAS PELO COLÉGIO?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
10 – O PROFESSOR EXIGIU NAS AVALIAÇÕES OS CONTEÚDOS DESENVOLVIDOS EM SALA?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
2
SEMPRE
0
Quadro 10 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Corpo Docente - 2008
18
18
16
17
18
15
16
13
16
18
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Pode-se observar que na mesma turma o professor da disciplina Y apresenta
uma avaliação do desempenho muito melhor. O professor de posse destes dados
deve se empenhar para que consiga atingir todos os alunos, pois sabe que está
desempenhando um trabalho muito bom que é reconhecido pelos seus alunos. Não
fazendo comparações entre profissionais, mas numa mesma turma, avaliações tão
diferentes pode-se estruturar ações a serem desenvolvidas para auxílio do professor
que não está conseguindo o domínio de classe.
Assim, o professor ao constatar estes dados poderá utilizá-los para buscar
melhorar o seu desempenho, sem buscar culpados ou desculpas, apenas com o
intuito de melhorar como profissional. Como são dados oportunizados apenas ao
profissional este deve agir sem alardes, ou estampando aos outros apenas suas
qualidades, mas ser modesto e estar sempre buscando melhorar, o que o bom
17
profissional almeja.
As dez questões colocadas para avaliação dos professores e que foram
elaboradas pelo seu coletivo, reflete as necessidades informativas que os mesmos
apresentaram durante as reuniões organizadas para este fim. Foi criado um banco
de questões, identificando a vontade dos professores, sendo que cada uma
responde a uma inquietação informativa e a soma das dez questões possibilita uma
visão global de como o trabalho do professor está sendo efetuado, pois as mesmas
se relacionam entre si, e todas têm importância para a realização do bom trabalho
desenvolvido pelo professor. Poderia ser analisado aqui, questão a questão de cada
professor e chegaríamos a conclusões diversas, mas a análise do questionário deve
ser feita pelo próprio professor e é ele que deve procurar melhorar ou simplesmente
ignorar os resultados e continuar sua prática mesmo sabendo das suas falhas e
deficiências, mudar é difícil, mas não é impossível.
Assim nesta relação de totalidade e complementaridade é que podemos
buscar a melhoria do nosso fazer pedagógico, pois:
A escola é o instrumento para elaborar os intelectuais de diversos níveis. A
complexidade da função intelectual nos vários Estados pode ser
objetivamente medida pela quantidade das escolas especializadas e pela
sua hierarquização: quanto mais extensa for a “área” escolar e quanto mais
numerosos forem os “graus” “verticais” da escola, tão mais complexo serão
o mundo cultural, a civilização, de um determinado Estado.
(GRAMSCI,1988: p.9).
A equipe pedagógica e de direção, como os demais tem um papel de
liderança importante para uma educação de qualidade. Foram propostas seis
questões que dão uma visão de como o trabalho deste segmento está sendo
desenvolvido na opinião dos alunos. Apresentamos a seguir um quadro que mostra
como foi avaliada a direção do Colégio por uma turma do período matutino do
Ensino Médio.
1ª Série &
1 – A DIREÇÃO DEMONSTA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
5
0
2 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
5
QUASE SEMPRE
5
1
3 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
5
QUASE SEMPRE
4
1
4 – A DIREÇÃO AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
AS VEZES
5
QUASE SEMPRE
7
0
5 – A DIREÇÃO É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
AS VEZES
0
QUASE SEMPRE
12
0
6 – A DIREÇÃO MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
5
0
Quadro 11 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor Adm. e pedag. - 2008
SEMPRE
14
SEMPRE
9
SEMPRE
10
SEMPRE
8
SEMPRE
8
SEMPRE
11
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Ao observar o quadro de respostas desta turma do turno matutino vê-se que é
necessária uma atuação da direção mais presente junto aos problemas vivenciados
pelos alunos no seu relacionamento entre eles, e entre os professores. Também
deve mostrar aos alunos os critérios utilizados para uma tomada de decisão que
tenha haver com eles e se houve justiça em tal situação. Este fator é primordial para
o desenvolvimento do caráter do jovem que está estruturando a sua personalidade e
18
ao reconhecer a justiça estabelecida em todas as ocasiões dentro do ambiente
escolar, estará formando bases sólidas para sua vida como cidadão participativo e
transformador da sociedade.
A função de direção assume um papel importante na formação dos jovens,
cada atitude deve ser bem pensada antes de ser colocada em prática, e sempre
apresentar-se claramente aos alunos, uma vez que a escola existe em função deles.
Ao se analisar um quadro de uma terceira série, também sobre o
desempenho do Diretor, pode-se observar que houve alterações importantes.
3ª Série @
1 – A DIREÇÃO DEMONSTA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
0
2 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
0
3 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
1
4 – A DIREÇÃO AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
2
5 – A DIREÇÃO É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
0
6 – A DIREÇÃO MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
0
3
SEMPRE
15
3
SEMPRE
16
3
SEMPRE
14
4
SEMPRE
11
6
SEMPRE
12
SEMPRE
15
2
Quadro 12 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor Adm. e pedag. - 2008
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Observa-se que os alunos que já tem uma maior vivência escolar, podem
também desfrutar de um melhor relacionamento com a direção, aparecendo nos
quadros em verde, um maior número de alunos que assinalaram estas opções, mas
mesmo assim, tem muitas ações que devem ser melhoradas.
A observação mais completa, feita quadro a quadro, turma por turma, deve
ocupar os espaços de reflexões que cada profissional sobre o seu fazer pedagógico,
estudando as respostas, buscando soluções para as falhas apresentadas.
A soma das avaliações sobre a direção no turno da manhã ficou demonstrada:
Totalização do turno da manhã
180 alunos pesquisados
1 – A DIREÇÃO DEMONSTA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
2
AS VEZES
25
QUASE SEMPRE
2 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS?
NUNCA
9
AS VEZES
18
QUASE SEMPRE
3 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
10
AS VEZES
24
QUASE SEMPRE
4 – A DIREÇÃO AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
11
AS VEZES
44
QUASE SEMPRE
5 – A DIREÇÃO É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
10
AS VEZES
30
QUASE SEMPRE
6 – A DIREÇÃO MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
26
QUASE SEMPRE
6
Quadro 13 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor Adm./Pedag. - 2008
41
SEMPRE
112
49
SEMPRE
104
45
SEMPRE
101
54
SEMPRE
71
68
SEMPRE
72
42
SEMPRE
106
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Visto a totalização do turno da manhã, pode-se observar que os aspectos
deficitários apontados nas turmas específicas vão se somando turma a turma e dão
recursos para o profissional poder planejar ações pedagógicas e comportamentais
para poder sanar as deficiências apontadas.
19
Apresentamos a seguir o quadro geral das opiniões sobre a direção:
Total Geral do colégio Ensino Médio ( manhã + noite)
260 alunos pesquisados
1 – A DIREÇÃO DEMONSTA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
AS VEZES
31
QUASE SEMPRE
58
3
2 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
28
QUASE SEMPRE
66
13
3 – A DIREÇÃO DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
37
QUASE SEMPRE
57
12
4 – A DIREÇÃO AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
AS VEZES
52
QUASE SEMPRE
78
16
5 – A DIREÇÃO É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
AS VEZES
46
QUASE SEMPRE
93
11
6 – A DIREÇÃO MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
33
QUASE SEMPRE
58
9
Quadro 14 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor Adm./Pedag. - 2008
SEMPRE
168
SEMPRE
153
SEMPRE
154
SEMPRE
114
SEMPRE
110
SEMPRE
160
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Observando-se este quadro, pode-se ter uma noção ampla de como o
trabalho deste profissional está sendo visto pelos alunos do colégio. Dois pontos
aparecem como de um desempenho que precisa melhorar na opinião dos alunos e
que se refere a competência para solução de problemas envolvendo alunos e
professores e na justiça das ações tomadas pela direção. Sempre que algo atinge
diretamente pode-se ter julgamentos mais passionais, mas mesmo assim tem um
valor como informação para tomada de atitudes que visem melhorar o desempenho
profissional.
O trabalho na direção de uma instituição escolar é função que tem uma
dinâmica pautada na reflexão constante na busca da melhoria da qualidade da
educação ofertada, e, para tal dentro de uma gestão democrática toda e qualquer
opinião deve ser considerada, e analisada para buscar esta melhoria, não podendo
ser descartada as críticas que às vezes podem parecer absurdas porém podem
trazer algum crescimento profissional quando analisadas sobre a ótica ampla de
opiniões sobre uma mesma questão, aprender a ver os dois lados de cada história é
crescer na análise das situações vivenciadas na pratica diária.
A gestão democrática da escola pública é uma prática em implantação
gradativa, pois a própria democracia está aos poucos se firmando na sociedade
brasileira, e talvez este seja um dos grandes papéis que a história nos reservou,
aprender a prática democrática de verdade, não a politicagem de muitos anos que a
nossa história foi marcada. “A constituição do coletivo escolar autônomo deve,
portanto, ser eminentemente flexível e dinâmico” (Pistrak, 2000, p.184).
Outro grupo de profissional que tem no seu trabalho o peso de influir
diretamente na qualidade da educação em uma escola, as professoras pedagogas
tiveram o seu desempenho profissional avaliado pelos alunos, no questionário foi
adotado chamar pelo termo mais utilizado pelos próprios alunos “orientadora”, pois a
designação de “ professor pedagogo” ainda não é utilizada pelos alunos, então, para
que a identificação pelos mesmos ocorresse adotou-se chamar de “ orientadora”
devido ao cargo ser ocupada por uma professora pedagoga, e em cada turno esta
função é exercida por uma professora distintamente, assim, podemos observar no
quadro a seguir o exemplo de uma turma do turno da noite:
20
1ª Série &
1 – A ORIENTADORA DEMONSTRA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
2
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
3
2 – A ORIENTADORA DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS
NUNCA
0
AS VEZES
4
QUASE SEMPRE
8
3 – A ORIENTADORA DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
1
QUASE SEMPRE
4
0
4 – A ORIENTADORA AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
7
3
5 – A ORIENTADORA É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
1
AS VEZES
7
QUASE SEMPRE
4
6 – A ORIENTADORA MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
2
QUASE SEMPRE
3
1
Quadro 15 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor Pedagógico - 2008
SEMPRE
12
SEMPRE
8
SEMPRE
15
SEMPRE
8
SEMPRE
8
SEMPRE
14
Fonte: Questionário avaliativo PDE
A observação dos dados contidos no quadro referente à avaliação da
orientadora do turno noturno feita pelos alunos de uma primeira série do Ensino
Médio mostra vários pontos importantes para serem analisados, como o item
referente à motivação dos alunos aparece bem destacado como a maioria dos
alunos se sentem motivados, e como nas relações entre professores e alunos
precisa melhorar este quesito, são através destas observações dos dados
postulados pelos alunos que poderemos melhorar na prática diária do nosso fazer
pedagógico.
Outra questão difícil é a tomada de decisões consideradas justas pelos
alunos, onde a maioria respondeu que a professora pedagoga atua com precisão e
toma as decisões consideradas justas, é muito difícil estabelecer critérios de justiça
frente à grande variedade de situações que vivenciamos no dia a dia escolar, então
de posse desses resultados o profissional poderá desenvolver estas ações com mais
segurança, procurando manter e melhorar as suas ações.
Observado a totalização das respostas disponibilizadas pelos questionários
dos alunos do noturno sobre o desempenho profissional da professora pedagoga
temos o seguinte:
Resultado das turmas do noturno
80 alunos pesquisados
1 – A ORIENTADORA DEMONSTRA BOA VONTADE EM ATENDÊ-LO?
NUNCA
AS VEZES
20
QUASE SEMPRE
12
3
2 – A ORIENTADORA DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE PROFESSORES E ALUNOS?
NUNCA
AS VEZES
16
QUASE SEMPRE
24
2
3 – A ORIENTADORA DEMONSTRA COMPETÊNCIA PARA SOLUCIONAR
PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO ENTRE ALUNOS COM OUTROS ALUNOS?
NUNCA
2
AS VEZES
13
QUASE SEMPRE
13
4 – A ORIENTADORA AUXILIA OS ALUNOS QUANDO PERCEBE ALGUMA DIFICULDADE?
NUNCA
7
AS VEZES
16
QUASE SEMPRE
19
5 – A ORIENTADORA É JUSTA AO TOMAR DECISÕES?
NUNCA
6
AS VEZES
26
QUASE SEMPRE
22
6 – A ORIENTADORA MOTIVA OS ALUNOS A FAZEREM O MELHOR QUE PODEM?
NUNCA
AS VEZES
6
QUASE SEMPRE
18
3
Quadro 16 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Setor pedagógico - 2008
SEMPRE
45
SEMPRE
38
SEMPRE
52
SEMPRE
38
SEMPRE
26
SEMPRE
53
Fonte: Questionário avaliativo PDE
De posse dos dados obtidos nos questionários o pedagogo poderá planejar
ações a serem desenvolvidas junto aos alunos para sanar as dificuldades apontadas
21
e desenvolver ainda mais os pontos positivos assinalados.
Concorda-se com Paulo Freire (2005,p.23) que diz “Não há docência sem
discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar das diferenças, não se
reduzem à condição de objeto um do outro...”
Também é interessante apresentar um quadro com a auto-avaliação dos
alunos de uma das séries do Ensino Médio, os quais colocam posicionamentos
sobre a sua atitude como aluno, mostrando como eles são capazes de discernir
sobre os fatores importantes da sua vida, e o reconhecimento do quanto a escola é
importante para sua formação
Observemos o quadro a seguir e vamos tirar algumas conclusões:
Você como aluno do Ensino Médio:
1 – É ASSÍDUO (NÃO FALTA) E CUMPRE O HORÁRIO DAS AULAS ?
NUNCA
1
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
7
SEMPRE
9
2 – APRESENTA ESTUDOS E TAREFAS EM DIA, CUMPRE AS EXIGENCIAS DE AVALIAÇÃO?
NUNCA
1
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
9
SEMPRE
7
3 – ESTUDA PARA APREENDER E NÃO SÓ PARA TER NOTAS?
NUNCA
3
AS VEZES
4
QUASE SEMPRE
6
SEMPRE
7
4 – FAZ PERGUNTAS SOBRE O CONTEÚDO QUE NÃO ENTENDEU E NÃO RI DOS COLEGAS
QUE AS FAZEM PEDINDO EXPLICAÇÕES AO PROFESSOR(A)?
NUNCA
3
AS VEZES
4
QUASE SEMPRE
5
SEMPRE
8
5 – PROCURA IR ALÉM DOS CONTEÚDOS EXPLICADOS PELO PROFESSOR(A) DURANTE AS AULAS
PESQUISANDO EM OUTRAS FONTES (INTERNET, ENCICLOPÉDIAS, LIVROS, ETC...)?
NUNCA
5
AS VEZES
8
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
3
6 – É DISCIPLINADO, PRESTA ATENÇÃO E NÃO FAZ ATIVIDADES DIFERENTES À DA AULA
(OUVIR MUSICA, LER REVISTAS, ETC...)?
NUNCA
1
AS VEZES
4
QUASE SEMPRE
8
SEMPRE
7
7 – AUXILÍO A MINHA TURMA A MANTER UM CLIMA EDUCACIONAL FAVORÁVEL
AOS ESTUDOS NA SALA DE AULA ( E NÃO A BAGUNÇA) ?
NUNCA
4
AS VEZES
6
QUASE SEMPRE
6
SEMPRE
4
8 – CASO TENHA NOTA(S) ABAIXO DA MÉDIA, ESTUDA MAIS ESTAS MATÉRIAS
A FIM DE SUPERAR ESTÁ DIFICULDADE?
NUNCA
1
AS VEZES
5
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
11
9 – RESPEITA O PATRIMONIO PUBLICO DA ESCOLA (BANHEIRO, CORREDORES, SALAS DE AULA,
CARTEIRAS, CADEIRAS E O MATERIAL ESPORTIVO) PARA CONSERVA-LOS?
NUNCA
1
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
4
SEMPRE
12
10 – TRATA COM RESPEITO E EDUCAÇÃO OS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA E OS SEUS PROFESSORES?
NUNCA
1
AS VEZES
3
QUASE SEMPRE
3
SEMPRE
13
Fonte: Questionário avaliativo PDE
Quadro 17 Col. Est. Arthur da C. e Silva - Corpo discente - 2008
Ao analisarmos o quadro, vemos que alguns alunos foram severos na
sua auto-avaliação, mostrando que os mesmos já se encontram maduros para ter
opinião sobre os outros e sobre si mesmos. Um item que chama a atenção, é que a
maioria dos alunos não tem o hábito de procurar aprofundar seus conhecimentos
fora do ambiente da sala de aula, não utilizando os outros meios de aquisição de
informações. Esta auto-avaliação que os professores terão acesso nas turmas onde
ministram aulas, será de grande valia, pois possibilita fazer associação de como os
alunos avaliaram o professor e como se auto-avaliaram, ajudando na busca de
soluções para as carências observadas. “Os sonhos são projetos pelos quais se
luta. Sua realização não se verifica facilmente, sem obstáculos. Implica, pelo
contrário, avanços,
recuos, marchas às vezes demoradas. Implica
luta.”(FREIRE,2000 p.54)
As mudanças de comportamento, de atitude não são instantâneas, mas
podem ser conseguidas a partir do momento que se assume a importância de
22
melhorar. Pode acontecer que com o passar do tempo haja acomodação e passe-se
a desempenhar nossas funções quase que automaticamente e não parem para
pensar se esta realmente atendendo as necessidades daqueles que precisam do
deste trabalho. Este parar para pensar, de posse de dados concretos, é o que se
vivenciou com os alunos e os profissionais da educação atuantes no colégio.
Conclusão
O objetivo inicial da ação foi o de incentivar o envolvimento no trabalho
pedagógico de cada profissional para que se sentisse importante para o processo
educacional. Após a aplicação de 260 questionários nas turmas do Ensino Médio
matutino e noturno, pode-se chegar a indicadores validados. No processo de
elaboração, quando alguns profissionais ficaram um pouco temerosos quanto a uma
avaliação oportunizada ao corpo discente. Talvez por não se ter o hábito de “ouvir”
os alunos, por achar que eles não têm capacidade para avaliar e que aproveitariam
esta chance para se vingar. Mas a grande maioria deles ficou animada com a
possibilidade de ter este tipo de avanço pedagógico para planejar ações visando
aprimorar sua prática. Foi surpreendente a aceitação por parte dos profissionais do
colégio, A forma de como a proposta foi apresentada, sendo de maneira democrática
a elaboração das questões constituiu-se em fator decisivo para esta aceitação.
Durante o processo de aplicação, houve um crescimento na relação de todos
os profissionais com o corpo discente, e os alunos passaram a observar com mais
atenção as atividades desenvolvidas no colégio. O envolvimento dos profissionais e
dos alunos do Ensino Médio ficou evidente durante todo o processo. Como os
alunos eram sorteados para o preenchimento dos questionários e estes não eram
identificados houve liberdade de opinião, ou seja, liberdade de expressão.
Quando se idealizou este tipo de avaliação, pensou-se principalmente em
aprimorar o envolvimento, o comprometimento com o avanço do processo de
ensino-aprendizagem no colégio. Fazer com que todos se sintam partes do todo e
que cada parte é importante, de que em educação nada se consegue sozinho e que
todos devem colaborar para atingir-se um bem maior dentro da formação de nossos
jovens.
Este trabalho superou as expectativas e espera-se ser apenas o início de
uma tomada de atitude, onde se estabeleça o hábito de ouvir os alunos, os colegas,
enfim, a todos com os quais convivemos no processo educacional que necessita de
constantes mudanças e melhorias.
amadurecimento
de
concepções
educacionais
O
processo
de
transformadoras e necessárias, já se iniciou. Desde que as tecnologias evoluem a
passos gigantes, portanto, não podemos ficar andando em passos de anões. Temos
que acompanhar estes avanços, sem jamais perder o carinho, o amor pela profissão
que acima de tudo forma pessoas, seres humanos que necessitam deste carinho
para se tornarem pessoas boas, solidárias, tão necessárias na construção de uma
sociedade mais igualitária e justa para um mundo melhor.
As evidências das melhorias ocorridas no desempenho profissional se darão
durante o transcorrer do tempo, com o amadurecimento de cada um e com a
aplicação das medidas de melhorias nas fragilidades que se puder descobrir pela
avaliação dos alunos.
Espera-se com sua continuidade alcançar níveis satisfatórios no transcorrer
do processo, pois totais é utopia, mas que deve ser buscada. Tem-se certeza que, a
influência foi positiva para aqueles profissionais que não se envolviam em seu
23
trabalho, apenas cumprindo horário e esperando o fim do mês para receber o
salário, e o fim do tempo de serviço para se aposentar, estão mais envolvidos na sua
realidade como educadores.
A educação de qualidade social na escola pública é possível se todos se
envolverem neste processo, alunos auxiliando os professores, funcionários e a
equipe pedagógica, e vice-versa, todos buscando os mesmos objetivos, alcançá-los
é desafiador, mas não é impossível para quem reflete antes, durante e após as
ações realizadas.
Espera-se que quando este envolvimento for sentido por parte do corpo
discente, isto é, que os profissionais estão se empenhando em buscar dar o melhor
de si para a realização do seu fazer diário, eles passarão também a ter uma postura
diferente levando isto para os seus lares e concomitantemente poder-se-a fazer com
que as famílias passem a se envolver mais no trabalho escolar, participando das
atividades desenvolvidas pelo colégio, a haja a elevação do nível de consciência na
comunidade.
Conseguir o envolvimento dos profissionais da educação, dos alunos e das
famílias fará com que a sociedade do entorno da escola, também se envolva e
valorize a educação que todos têm direito e que pode ser obtida em uma instituição
pública. A educação deve ser a mesma para todos, não importando a sua classe
econômica ou social, educação de qualidade para todos, este é o objetivo maior.
Esta atividade avaliativa do desempenho profissional individual dos
profissionais da educação que atuam no Colégio Estadual Arthur da Costa e Silva
pode ser tomada como referência de análise para outras escolas, não como modelo,
pois cada escola tem sua realidade particular, e as questões avaliativas tem de partir
dos próprios profissionais, de maneira democrática e participativa para que o
processo tenha validade na realidade onde está inserida.
Com as informações obtidas através dos questionários respondidos pelos
alunos e os resultados entregues de forma sigilosa aos profissionais pode-se
melhorar a prática diária, buscando atingir de forma satisfatória aos alunos, tendo
por base os resultados que eles mesmos proporcionaram, assim ficará mais fácil
atingir as expectativas que estarão estampadas na melhoria da qualidade da
educação em nosso colégio.
Foi dada através do Programa PDE uma contribuição para melhorar o
ambiente de trabalho e aprendizagem, fazendo com que todos os envolvidos no
processo educacional se sintam importantes para se atingir resultado melhor na
busca de uma escola publica séria que prima por sua boa reputação em oferecer um
ensino de qualidade para todos os alunos.
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24
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Avaliação Escolar – São Paulo: Libertad, 2005
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um novo olhar na escola: avaliação individual dos profissionais da