8 - C.E.C. É notícia - PROGRAMAÇÃO DE MARÇO Grau Local Tipo Evento Orgazinação ! Croqui da via Satânica Dr. Pow Informativo do Clube Excursionista Carioca C.E.C. É notícia Data MRobert Ano 59 - No 2 - Março/2005 Jacques Pedra Bonita Cris Jorge e Patrícia B.Guaratiba Escalada 3ºIV Cantagalo Jaime Caminhada Leve Superior Urbanóide Escalada 4ºVI Babilônia 02 (Qua) Praia do Meio via Marambaia 05/Mar Lionel Terray 4º Cantagalo Jaime Rosane 05/Mar Cális Escalada 4º V Patrícia Pedro “Pow” e Alfredo Neto Cantagalo 05/Mar Diedro Pégaso Escalada PNT Pão de Açúcar Pedra Roxa Rosane Alfreto Neto Pedra Roxa Fofinho ACESSE: www.carioca.org.br Fundado em 21 de fevereiro de 1946 Rua Hilário de Gouveia, 71 / 206 Copacabana - Rio de Janeiro CEP: 22040-020 Tel: 2255-1348 Clube Excursionista Carioca de ser maluco é que ninguém questiona minhas maluquices.” • Ao reparar que todos desceram diante do temporal, Dr. Crazy comenta com sua vítima encharcada: - “Tratam-se de homens de pouca fé!” •Pergunta-se quem é o casal Porca Agarra e Zé Ruela? Caminhada Semi-Pesada PNI 5ºVI Pedra Roxa Caminhada Leve Superior Escalada 4ºV 06/Mar Urbanóide Costão do Pico da Tijuca 08/Mar(Ter) 12/Mar Escalada 5ºVI 6º VIIa Touro Louro Escalada 3ºIV Escalada 20/Mar Boi Reto Waldo 20/Mar Vaca Preta 13/Mar 20/Mar Agulhas Negras Escalada 25/Mar Alta Sociedade Especial Dr. Crazy • Dr. Crazy na base dos ácidos constatou: “A minha rosca quebrou!” • Começa a chover e Dr. Crazy convida: “Vamos escalar na chuva, aí quando viermos no seco vai estar mais fácil.” • “Duas cordadas mais a do Dr. Crazy fazendo a via Gallotti, quando começa chover. As duas cordadas começam a descer e quando passam pelo Dr. perguntam:- Dr. vamos descer? Ele responde: - Só desço de bondinho...e continuou subindo. Após essa mesma escalada o Dr. Crazy foi questionado se o pessoal das outras cordadas não insistiram para ele descer. E ele explicou:- O bom Reuniões sociais às quintas a partir de 20:30h Conquista da Pedra da Boneca. 2 - C.E.C. É notícia EDITORIAL Parabéns ao Carioca! Estamos encerrando a estação que para muitos é motivo de festa, mas para nós montanhistas é tempo de.........dar um tempo. Normalmente uma estação com muito calor e muita chuva, este ano não foi diferente. Aliais choveu como nunca neste verão, dificultando e muito as atividades nas montanhas. Mesmo assim o Clube mostrou sua força. Com seus 59 anos de existência, este senhor mostrou que esta vivo e em plena atividade. Foram meses em que apesar do tempo não colaborar, pois tivemos uma infinidade de pranchetas canceladas, conseguimos nos manter em atividades. Tivemos algumas invasões, como a Prainha, com suas ótimas vias, cervejas e o mar maravilhoso. Algumas conquistas de alto nível técnico, como “Invasões Bárbaras”, no contraforte do Corcovado e viagens maravilhosas, recheadas de novas conquistas ao Espírito Santo. Viagens esta que estão se tornando freqüentes. Além do maravilhoso potencial daquele estado, o espírito desbravador deste senhor, o Carioca, se faz presente. Reproduzindo assim, em uma distante região, todo o ideal do montanhista..........conhecer, conquistar e amar as montanhas. Parabéns ao Carioca e aos que fazem a sua história. Valeu !! Claudão 4 Por dentro do CEC • CBM 2005 O Curso Básico de Montanhismo do CEC terá início no dia 28 de março de 2005. O curso tem duração de seis semanas. Serão oito aulas teóricas, realizadas nas 2ª e 4ª e oito aulas práticas, realizadas nos fins de semana. Os alunos do curso terão isenção na jóia para se associar ao clube. Valor do Curso : R$ 350 à vista ou 2 x R$200. Número de vagas: 15 • Aniversário do Carioca No dia 21 de fevereiro o clube completou 59 anos, e teve comemoração com bolinho. • Reunião de diretoria A próxima reunião de diretoria será no dia 8 de março, terça-feira. Vale lembrar que a reunião é aberta a todos os sócios. • Projeção de Slides No dia 3 de março, haverá projeção de slides da viagem de 6 meses que o Charão fez na África. Entre os lugares visitados estão Ngorongoro, Zanzibar, Mali, Turquia e Kilimanjaro. Imperdível!!! C.E.C. É notícia Uma publicação do Clube Excursionista Carioca Presidente: Claudio Martins Vice-Presidente: Pablo Costa Tesoureiro: Ana Claudia Nioac Diretor Técnico: Miguel Monteza Diretor Social: Patrícia Duffles Secretária: Katherine Benedict Capa: Pedra da Boneca - Águia Branca - ES Foto de Miguel Monteza 4 Por dentro da Montanha C.E.C. É notícia - 7 • Novas vias em Salinas “El Cabong” Conquistada por Marcelo Ramos, Fernando Fajardo “Velho”, Renato e Marcia Estrela e Renato Borges. A nova via do Capacete e inicia-se à cerca de 20 metros à direita da via Roberta Groba e termina na Pança de Mamute a graduação fica em torno de 5º VI E2/E3 com boas colocações móveis. “No mundo da Lua” Localizada no Pontão do Sol, esta via fica a direita da Sol Celeste. Conquistada em solitário por Sérgio Tartari. Trata-se de i, 5º Vsup E3. É necessário um jogo de friends para algumas proteções móveis esporádicas. • Grampo quebrado No mês passado a queda de um guia ocasionou a quebra de um dos grampos de 3/8” da via dos “italianos”. O Segurança estava ancorado logo após a laca, bem abaixo do local da queda. O grampo não apresentava nenhum sinal de enfraquecimento. Não estava torto nem com características de apodrecimento. O rompimento foi de tal forma que o olhal do grampo ficou na costura, descendo na queda. • PNSO - Inicia cobrança da entrada pelo Vale do Bonfim Para quem pretende fazer uma excursão ao PNSO entrando por Petrópolis, é bom saber que o parque está cobrando R$ 3,00 para visitas de um dia e R$ 12,00 para pernoite. Sócios de clubes excursionistas com carteirinha válida e moradores de Petrópolis, Teresópolis, Guapi e Magé, pagam meia. Não é perminita a entrada com vela, instrumento musical, rádio, facão, bebida alcoólica ou drogas. A venda de ingressos funciona das 8:00 às 18:00hs. Comprando ingressos com antecedência é permitida a entrada de 6:00 às 20:00hs. 6 - C.E.C. É notícia André, rapelando, adicionou mais um grampo na passada saindo do crux para chegar ao mato, passada delicada e que ficaria sem possibilidade de boa proteção móvel. Optamos por seguir somente com as cordas de escalada, deixando a retinida e outros equipamentos, visando acelerar o passo para concluir ainda naquele dia. Enquanto recolhíamos e organizávamos o material, segui no próximo lance com uns poucos e fáceis lances de chaminé. Atingimos então o grande platô final de acesso ao cume. A esquerda uma chaminé com uma saída esquisita e a direita, uma horizontal levando a outra chaminé aparentemente mais fácil. Optamos pela horizontal e André seguiu nesse lance, que posteriormente consideramos um dos mais lindos, graduado em IVsup. Chega-se a uma entrada lamacenta para a chaminé, que se inicia deitado de costas com um pé “pedalando” em uma agarra no negativo, variando para uma saída mais vertical. Chegamos ao cume às cinco da tarde. Muita celebração e é claro, rojões para sinalizar nossa conquista. Na descida acrescentamos mais um grampo para descida ao fim do diedro. Devido as “cadeiras quebradas” que ficamos por causa da longa chaminé e a época de carnaval, a via foi batizada de Sambalele, graduada em 5º/VIsup com 280m e somente cinco grampos (sendo que dois para descida), em grande estilo da escalada tradicional. Fomos recebidos na descida com pão doce e sucos de manga e goiaba, preparados pela Agda e Guilherme. 4 O SATÂNICO DR. POW Em meados de 2001 eu estava escalando muito com o Arthur e o Ricardo de Morais e, na finalização da via “A fogueira das vaidades”; na face norte do morro dos cabritos (Humaitá) o Ricardo me convidou para continuar uma conquista sua que iniciara a algum tempo na mesma parede. Voltamos alguns dias depois, entramos no projeto e conquistamos alguns poucos lances e abandonamos a via por um tempo. Em 2002, voltamos na parede agora acompanhados pelo Bruno Dias, um escalador que tinha um psicológico invejável e que conquistou alguns lances (fáceis, mas longos) na segunda enfiada. O tempo passou, tentei retomar a via algumas vezes até que em 2004 chamei a Patrícia Duffles e num dia de muita inspiração conquistamos mais 50m com três grampos, todos batidos na talhadeira, exausto, pedi para a Patrícia continuar mas, intimidada com a pedra quebradiça e com a possibilidade de ter que bater grampos a mão, ela recusou e assim finalizamos mais essa investida. Após alguns meses, retornei a parede com a Kate Benedict e não consegui guiar os lances que conquistara com a Patrícia, desapontados, voltamos. Alguns meses mais e retorno à parede com uma amiga que estava ensinando a escalar. Marcela Paes e eu entramos na via e, num estilo bem natural (proteções em gravatás gigantes, segurança de platô) conquistamos quatro enfiadas até o cume (e mais 50 metros de costões o que totalizava quase 230m conquistados em um dia!) e foi um dia lindo, com direito a comemoração no maravilhoso pedrão, um C.E.C. É notícia - 3 V P2 V IV III P3 Expo IV Expo III P6 P5 IV P4 III mirante que é por muitos considerado o cume dessa montanha. Como a via tinha se tornado um absurdo de exposição, resolvemos (eu e a Marcela) retornar e acrescentar algumas proteções, nesse dia foram batidos 6 grampos intermediários e arrancado um que estava palhetado e batido ao lado de outro em perfeito estado e assim a via ficou no ponto para ser escalada. Com duas repetições conhecidas, a segunda dupla que fez a via sugeriu o aumento do grau de exposição, de E3 para E4 e, com essa graduação em mente, espero ver uma galera cada vez maior naquela parede prestigiando vias longas. P1 IV V 4 - C.E.C. É notícia CONQUIST A D A PEDR A D A B ONEC A - ES CONQUISTA DA PEDRA DA BONEC ONECA O Espírito Santo segue sendo um destino para empolgantes novas aventuras e conquistas, apesar de presenciarmos constantemente sua degradação no vai-e-vem dos caminhões de granito e nas suas águas, agora turvas, pela remoção da mata ciliar. Nesse carnaval, André Ilha, Priscila Botto, Christian Steinhauser, Kika Bradford e eu, seguimos para conquistar a Pedra da Boneca, em Águia Branca, um cume ainda virgem, e presenciar esse contraste do inexplorado com o devastado. Kika e eu partimos do Rio um dia antes que nossos companheiros, na sexta feira, com o objetivo de ir já cumprindo as “preliminares” para uma conquista: fazer o contato com o proprietário da terra e abrir a trilha. Como de costume, fomos muito bem recebidos pela família. Entramos pelo terreno do jovem casal Guilherme e Agda. Não existia trilha a base da Pedra e com facão em punho, após seis horas de muito “brenho”, nossa missão estava cumprida. Depositamos algum material na base e o retorno se fez em menos de 50 minutos. A visão que tivemos foi espetacular. O que de longe nos pareceu um enorme sistema de fendas, se revelou de perto como um enorme sistema de chaminés. De presente, a saída do chão é num curto e “didático” diedro que leva a base da chaminé. Na manha seguinte, já com nossos companheiros, seguimos para nosso destino. Christian iniciou os trabalhos conquistando os 7m de diedro de IV grau com a saída molhada, seguido de mais 7 ou 8m (IIIsup) de lances em agarras polidas. Parou num bom platô acima do diedro de onde André partiu para a chaminé. Seus grunhidos indicavam uma chaminé não tão fácil, iniciando num entalamento de meio corpo que seria o crux da enfiada que graduamos como IVsup. A parada foi feita em árvore 65m acima com poucas proteções. Nesse ponto colocamos um grampo para descida. Seguiu por mais 40m de chaminé até uma próxima parada em árvore. Priscila, que estava se sentindo mal, desceu juntamente com Christian, e aproveitaram para registrar o momento com fotos e vídeos. André identificou a próxima seqüência como sendo uma “calha fácil”. Num bonito lance C.E.C. É notícia - 5 saindo de chaminé para tesoura e finalizando em agarras, a aparente “calha fácil” foi graduada em V, o crux da via até então. Chega-se a um bom platô, onde batemos o 2º. grampo para ancoragem e descida. O cansaço acumulado das 14 horas de viagem, bateção de facão assim como uma tempestade se aproximando nos fizeram encerrar o dia por aí. Fixamos cordas para “jumarearmos” no dia seguinte. Na verdade, dois dias depois, pois o próximo dia foi de descanso. Encontramos um belo rio para nos banhar e vimos novos possíveis objetivos. Confraternizamos a noite também com Adrian, Miguel Rego e Daniel, que estavam no mesmo hotel concluindo uma conquista e iniciando outra, ambas na região de Águia Branca. Retornamos para nosso segundo dia de pedra. Jumareamos os 120m e Kika seguiu no próximo lance, uma enfiada de 40m relativamente fácil em agarras e aderência terminando num ótimo platô com parada em árvore. André seguiu num curto lance, aparentemente bem fácil mas com uma árvore e uma pedra entalada para dar uma emoção. A parada foi novamente num bom platô. Priscila e Christian foram os últimos a jumarear e seguiram até a terceira parada. Após algumas fotos e filmagens, deixaram alguns alimentos e desceram até a base, onde aguardaram o retorno de seus parceiros de conquista para ajudá-los com o equipamento na descida pela trilha. A visão era de uma pequena chaminé, saindo em agarras e terminando em 2 lances de oposição. Visto de baixo, o lance parecia mais fácil. Kika fez a primeira investida e chegou a segunda oposição, mas o lance é mais difícil do que imaginado e atlético. Cansada resolveu passar a vez. André faz sua tentativa e num movimento circense fez o lance terminando agarrado no mato logo acima, que por habilidade e sorte, não ocasionou uma queda. Tínhamos encontrado o crux da via, com grau de VI ou VIsup. Chegando no platô acima, batemos mais um grampo para descida e