Boletim Informativo
Clube Niteroiense de Montanhismo
Ano X – número 25
Niterói, Junho de 2014
Abertura da Temporada de
Montanhismo do PARNASO:
Um Dia de Vários Cumes
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Croqui: Via Moby Dick, uma via esquecida no Morro do Morcego •
Montanhismo nos parques estaduais do Rio de Janeiro •
Os Cuidados com as mãos •
Temos que cuidar de nosso equipamento •
Meteorologia para Montanhistas •
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
mensagem do presidente
sugestão de leitura
Que venha 2014!
Tenha uma boa leitura!
Por Alex Figueiredo
Por Maria de Lourdes, Eny Hertz e Leandro do Carmo
Feliz Solstício de Inverno!
No Guidão da Liberdade, de Antonio Olinto Ferreira
Prezados montanhistas, chegou a melhor estação para
o montanhismo! Adeus Sol, tu estás longe da gente! Temos
agora noites mais longas e, por consequência, dias mais
agradáveis para nos pendurar nas rochas e passear pelas
trilhas, então, vamos aproveitar!
Até o meio do ano completamos quase 80 atividades
pelo Clube, atividades que nos levaram à floresta e para
a rocha, além da integração de nós, montanhistas,
com atividades que nos levaram a troca e aprendizado,
apreciação de lindas vistas e de conhecer novos lugares ...
por que não continuar?
Agora temos uma estação que, se a floresta não nos
agracia nem com flores e nem com frutas, temos um céu
azul lindíssimo que nos permite fotos incríveis! Temos
as serras com suas temperaturas negativas e estrelas
imperdíveis!
Logo, o que vocês estão fazendo aqui lendo isso? Corram
para a pedra! Beijos a todos
Alex Figueiredo
Presidente
fique de olho
Sócios do CNM!!!
Novembro se aproxima... Final do ano teremos eleição
para nova diretoria que administrará o clube pelos
próximos 2 anos. O tempo passa... A última eleição foi
no final de 2012, em assembléia realizada no Bar do
Quilombo, no Engenho do Mato, vocês se lembram???
De acordo com nosso estatuto, serão escolhidos o
presidente, vice-presidente e tesoureiro, bem como o
conselho fiscal. Mas para exercer o direito de votar e ser
votado, o sócio deverá estar em dia com sua anuidade
ou semestralidade. Caso esteja em atraso, regularize já!!!
O tempo voa, organize já a sua chapa.
Em breve enviaremos o calendário.
É uma incrível história do
brasileiro que deu a volta
ao mundo em uma bicicleta,
durante três anos e meio.
Passando pela Europa,
África, Ásia e América (total
de 34 países e 46.620 km)
http://www.olinto.com.br/
livro.htm
O Caminho do Guerreiro da Rocha, de Arno Ilgner
Excelentes
dicas
para
esvaziarmos
nossas
mentes durante a escalada,
aceitarmos
novos
aprendizados e melhorarmos
nossa habilidade na rocha!
h t t p : / / w w w .
companhiadaescalada.
com.br/pt/livros-demontanhismo-escalada/ocaminho-do-guerreiro-darocha/
https://www.facebook.com/arno.ilgner
Montanhismo Brasileiro: Paixão e Aventura, de Antônio
Paulo Faria
O livro fala sobre a evolução
da escalada brasileira, dentro
do
contexto
mundial.
Ilustrada com histórias
interessantes e algumas até
inusitadas. Uma excelente
leitura para quem quer
conhecer mais a fundo o
montanhismo brasileiro.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
3
artigo
Meteorologia para Montanhismo
Por Alex Figueiredo
Vários elementos da natureza sempre exerceram
fascínio ao homem, principalmente pelo fato dele estar
sujeito a estes elementos. O clima é justamente um destes
elementos, pois sempre influenciou o homem, modelando
suas moradias, seus plantios, suas viagens e migrações.
No montanhismo, observar o clima acaba
remontando a esse “que” primitivo nosso, de olhar ao
céu e pensar “posso ir nessa montanha hoje!”
O clima é um estudo que, por incrível que pareça,
envolve estatística e cartografia. Já a meteorologia,
envolve física e matemática, pois o estudo das condições
meteorológicas envolve o conhecimento de densidade do
ar, deslocamento de massas, etc.
Mas também tem o conhecimento que nos chega
de mais próximo, que é o empírico, o qual aprendemos
em nossas caminhadas pela troca, pelo “ouvi falar”, que
é extremamente funcional em diversas situações. De
conhecimento popular, temos:
• Vento este-sudoeste – Nevoeiro (pescadores de
Itaipu);
• Nuvens baixas no Elefante e no Telégrafo (PESET) –
Chuva (uma coroa em Itacoatiara);
• Andorinhas voando baixo – Chuva (meus avós);
• Aro de nuvens na lua – sol forte no dia seguinte (meus
avós);
• Rabo de galo no céu (Cirrus) – Tempestade (um
pedreiro em 2010);
• Vento sudoeste – Chuva com mar mexido (qualquer
playboy em Niterói);
• Viração de formigas – quando as formigas fazem a
mudança de seu formigueiro de lugar (Salinas em
2005);
• Etc.
Entretanto, temos também a ciência como
conhecemos hoje, que nos auxilia diretamente em
nossas atividades, pois podemos monitorar a chegada
de uma frente fria com grande facilidade pelos radares
meteorológicos hoje existentes e acessados via web, assim
como as imagens de satélites e outras fontes.
O clima em montanha sempre nos prega peças pelas
suas particularidades, como é o caso de Itatiaia, onde
temos temperaturas negativas com facilidade no inverno
(a cada 100 metros de altitude a temperatura cai cerca de
0,7 graus, logo... se a gente sobe 2.000 metros, temos no
mínimo uma temperatura de 14 graus a menos que o nível
do mar). Da próxima vez que verem um termômetro de
temperatura na sua casa, imagine a temperatura lá em cima
e a neve como visitante ocasional! Mas não é sempre que
temos a neve, pois ao contrário do que a maioria acha, não
basta o frio intenso, temos que ter umidade no ar, logo,
a última nevasca aconteceu em SETEMBRO, no fim do
inverno, e não no seu auge!
Quando pensarmos em montanha, pensemos então
na ciência, usando o que temos acessível, tal como os
sites de previsão climática, que atualmente possuem uma
ótima exatidão, mas nunca, repito nunca, ignorem o
conhecimento popular, pois o caboclo que encontramos
na roça, ou o montanhista das antigas, muitas vezes tem
um conhecimento extremamente acurado para o “aqui e
agora” na montanha.
Fotos de atividades
Via Visão oposta - morro do morcego
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
SEGURANÇA/TÉCNICA
Temos que cuidar de nosso equipamento
Por Leandro do Carmo
Olá pessoal! Há algumas semanas atrás, recebi um
e-mail em uma das listas da qual participo, relatando um
caso sobre uma deformidade em uma corda de escalada,
conforme texto abaixo:
E-mail 1
“Amigos, vejam tenho uma corda da marca Roca, 9,8mm, 60m,
uso em escaladas de paredes, esportivas e top rope, sempre após uma
escalada costumo verificar sua integridade, esta semana após escalar a
Via Chaminé Stop, fiz uma limpeza com pano úmido e junto fazendo
um exame da mesma, foi que verifiquei um leve desgaste da capa, porém
percebi uma depressão que fez suspeitar que houve um rompimento
da alma, procurei e li várias informações em sites de escalada sobre o
assunto, tais informações apontam para o rompimento talvez parcial da
alma. Em tempo: Corda em uso regular semanal por 1 ano e 3 meses!
O trecho esta a 5m de uma das pontas!”
E-mail 2
“Blz galera, (...) verifiquei toda a extensão da corda e não há
outros trechos comprometidos como este, retirei a capa com extremo
cuidado para não afetar a alma no momento do corte, há sim um tipo de
“mastigado” nas tramas da alma, e tocando com os dedos percebe-se uma
falha, um afinamento do tecido, com certeza estava com algum dano, já
evoluindo para um rompimento total ou parcial!”
Bom, mas o que podemos fazer?
Todo equipamento possui um prazo de validade
determinado pelo fabricante. É claro que não nos cabe
agora discutir sobre esses prazos. Mas o que devemos ter
consciência é que mesmo dentro do prazo de validade,
dependendo ou não de como é utilizado, eles podem
apresentar alguma falha. É claro que nem todas as falhas
podemos perceber, mas uma simples inspeção visual após a
escalada deve ser obrigatória!
Quantas vezes chegamos em casa e nem desarrumamos
a mochila para o próximo dia de escalada? E se o nosso
amigo não tivesse feito essa inspeção em sua corda?
São simples cuidados que podem fazer a diferença!
Então, depois da escalada:
1 – Ao chegar em casa, pendure todo o seu
equipamento em local arejado e abrigado do calor e raios
solares, mesmo que ele tenha ficado dentro da mochila;
2 – Verifique o gatilho e as roscas de todos os
mosquetões e depois procure por fissuras que possam ter
aparecido, principalmente após pancada ou queda;
3 – Verifique as costuras, principalmente na parte
onde ela fica em contato com o mosquetão, retirando a
sujeira, caso tenha;
4 – As fitas, cordeletes, cadeirinhas e solteiras também
devem passar pela inspeção, retirando-se toda sujeira e
verificando sua integridade;
5 – Para as cordas, procure por nódulos internos,
dobras incomuns ou pontos de avaria na capa, faça
movimentos de arco em toda sua extensão em busca de
dobras formando quinas, o que identifica avarias na alma
da corda;
6 – Nunca lave o equipamento com produtos
químicos, utilize sempre o recomendado pelo fabricante;
7 – Em caso de dúvida, entre em contato com o
fabricante, mesmo que esteja fora da garantia;
8 – Não tenha pena de aposentar seu equipamento,
sua vida vale muito mais que ele!!!
Boas escaladas!
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
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Relato
ATM PARNASO - UM DIA DE VÁRIOS CUMES!
Alguns grupos foram de carro, outros de van, outros
acamparam, enfim, cada um deu seu jeito. Chegamos no
Parque por volta das 7:40h da manhã e fomos para a
Barragem, início de nossa aventura. O grupo do Collares
já havia subido, ficando o grupo do meu irmão, que
seguiria para o Sino. Eles saíram na frente e nós, um pouco
depois, pois ainda ficamos aguardando o Vinícius Araújo,
mas como havíamos marcado as 07:30h e já era 08:30h,
resolvemos subir também. Se ele chegasse, nos alcançaria
ainda no caminho.
A Abertura da Temporada de Montanhimo do
Parque Nacional da Serra dos Órgãos aconteceu no dia
17 de maio. Vários clubes marcaram presença e muitos
montanhistas também. Vários cumes foram alcançados,
deixando as trilhas do parque bem povadas!!! O CNM não
poderia ficar de fora! Fomos 17, fazendo vários cumes,
entre eles: Mirante do Inferno, Passagem da Neblina, Pedra
do Sino, Verruga do Frade e Agulha do Diabo. Abaixo,
seguem alguns relatos dessas belíssimas atividades:
mirante do inferno
Por Leandro do Carmo
Participantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos,
Alessandra Neves, Marcelo Sá, Patrícia Lima e Vinícius
Araújo.
Aproveitei o evento da Abertura da Temporada de
Montanhismo do Parque – ATM PARNASO, e abri a
atividade no Clube Niteroiense de Montanhismo para
o lugar na qual sempre tive vontade de ir. Na verdade,
queria conhecer o caminho que faria para uma possível
investida na Agulha do Diabo, um sonho de 11 entre 10
escaladores!!!
Outros guias do clube abriram atividades. Estávamos
em vários grupos indo para diferentes lugares do parque,
entre eles: Pedra do Sino, com o meu irmão, Leonardo
Carmo; Passagem da Neblina, com o Leandro Collares;
Verruga do Frade, com o Alfredo Castinheiras (este em
uma atividade do CET); e o Luiz Coelho Rala Bota, de
surpresa, no cume da Agulha do Diabo.
Começamos a caminhada. Um dos acessos para o
Mirante do Inferno é seguindo pela trilha do Sino até a
Cota 2000, onde pegaríamos o Caminho das Orquídeas.
E foi esse que fizemos. Seguimos subindo e com uns 15
minutos de trilha, o Vinícius me ligou, avisando que estava
entrando no Parque. Avisei que já tínhamos começado e
ele sugeriu que o esperássemos na cachoeira Véu da Noiva.
Como teríamos que esperar o Vinícius, tratamos de andar
um pouco mais lento. Assim, passado algum tempo,
chegamos na cachoeira, onde fizemos nossa primeira
parada. Como era um evento, o parque estava cheio. Tinha
gente para tudo quanto é lado! No Véu da Noiva, não seria
diferente. Vários grupos foram chegando e parando para
descansar.
O Vinícius chegou uns 15 minutos depois, suando
bastante, apesar da temperatura amena. Mas andar rápido
é assim mesmo! Continuamos subindo, agora com o grupo
completo. Estávamos em um grupo de 6, o que tornou a
caminhada muito agradável e engraçada. Todos num alto
astral!!!!! Passamos pela Cachoeira do Papel, o local do
antigo Abrigo 2 e chegamos em nossa segunda parada, o
antigo Abrigo 3. Alí, aproveitamos para fazer um lanche.
O Marcelo e a Patrícia foram no Mirante, mas as nuvens
não permitiram ver muita coisa. Ficamos ali durante mais
alguns minutos e continuamos a subida.
Ao longo da subida avistamos algumas cordadas que
estavam no Paredão Paraguaio, na Pedra da Cruz. Foi um
desafio achar os escaladores entre vegetação e em outros
pontos da via. Andamos mais e chegamos na Cota 2000,
o começo do Caminho das Orquídeas. Aqui, realmente
a trilha do dia começava! Começamos a descer e logo
chegamos num mirante, onde dali já teríamos uma vista
6
alucinante do caminho, mas vista que era bom nada.
Somente nuvens!!! Tudo branco, meio cinza... Continuamos
descendo até chegarmos ao ponto onde provavelmente deu
no nome ao caminho. Mas cadê as orquídeas? Nem sinal...
Falo isso, pois conta a história que Salomyth, Minchetti e
Thiers, todos montanhistas do CEB, ao procurarem um
novo e mais fácil acesso a Agulha do Diabo, se depararam
com uma pedra de bom tamanho coberta de musgo,
batizada com nome de “Pedra do Tapete”, na qual pendia
uma imensidão de orquídeas em flor. De tanta beleza,
resolveram dar o nome do caminho de “Caminho das
Orquídeas”. (Leia mais) (http://www.celight.org.br/
artigos/caminhodasorquideas.php)
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
Como o tempo estava fechado, todos ficaram
desanimados, pensando que não fosse possível ver nada!
Falei que daqui a pouco o tempo iria abrir, ficaria algum
tempo aberto, tempo suficiente para batermos bastante
fotos e depois fecharia novamente. E não é que minhas
palavras se tornaram realidade!!! Aos poucos as nuvens
foram diminuindo. A visibilidade foi melhorando... e
em minutos ela estava lá! Ainda não dava para vê-la
perfeitamente, mas pelo menos tínhamos certeza que
estava ali! A Agulha do Diabo se mostrava mas bela do
que nunca. Eleita uma das 15 escaladas mais espetaculares
do planeta, a Agulha foi conquistada em junho de 1941,
por escaladores do Centro Excursionista Brasileiro – CEB.
O caminho a partir dali ficava mais difícil, porém
melhor, com mais emoção. Cruzamos córregos, andamos
dentro do córrego, pulamos pedras, abaixamos, levantamos
e finalmente chegamos no “Acampamento Paquequer”,
uma pequena clareira que serve de acampamento para
quem vai escalar a Agulha. Dali continuamos subindo.
Nem havia dito, mas encontramos três bifurcações no
caminho, umas mais óbvias, outras nem tanto, mas na ida,
deve-se ficar sempre na direita, e na volta, a esquerda.
Mais uma subida e chegamos a beira de um penhasco
e foi só contornar uma pedra a esquerda e subi-la pelo
lado oposto para estarmos no Mirante do Inferno! O
tempo estava bastante fechado e não dava para ter muita
noção do que veríamos pela frente. Aos poucos todos
foram subindo. Aproveitei para esquentar a água e preparar
um café. Alguns minutos depois, chegou mais um grupo
grande, por coincidência, todos também de Niterói. O
café estava pronto e para acompanhá-lo, um delicioso
sanduíche com uma pasta especial, preparado pela Patrícia,
a primeira atração do dia!!!! Foi um verdadeiro almoço...
Ah se toda escalada fosse assim...
Assim que as nuvens se dissiparam, percebi alguma
coisa no cume. Eram duas pessoas. Estavam sentadas,
contemplando aquela vista, que somente agora se mostrou
tão bela. Como havia visto o Cabra Macho, esse é o nome
do carro do Coelho Rala Bota, estacionado lá na Barragem,
pensei logo que poderia ser ele. Ainda mais que eu sabia
que o Coelho tinha programado de subir a Agulha na
semana anterior, mas que devido a chuva foi adiado. Apesar
das evidências, não tinha certeza. De repente, o tempo
abriu totalmente e vi que um deles usava um capacete
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
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pedra do sino
Por Leonardo Carmo
Participantes: Mariana Silva Abunahman, Paulo Ruas
Pereira Coelho, Renata Batista Garcia, Stephanie Maia
A nossa expedição começou uma semana antes com os
preparativos. A Stephanie e o Paulo nunca tinham feito o
Sino. Com certeza rolou uma expectativa por parte deles e
confesso que da minha parte também.
amarelo, o mesmo que o Coelho usa, o outro, que estava
em pé, parecia o David. Não tive dúvida! Gritei bem alto:
“RAAALLLLLLAAAAA BOOOOTTTTAAAA”. Na
mesma hora tive a resposta!!!! “Quem é???? E eu respondi:
“PITBULLLLLLLL” Eram realmente eles!!! O David me
pediu para bater algumas fotos, o que é claro, já havia feito!
Fiquei muito feliz por eles e me deu uma vontade imensa
de estar lá... Mas essa ficará para a próxima!
Aproveitei para tirar algumas fotos de outros grupos
que estavam em outros cumes: o São João, Pedra da Cruz
e Verruga do Frade. Um visual de tirar o fôlego! O tempo
começou a fechar novamente. E em pouco minutos não
víamos mais nenhum cume a nossa volta. Sem visibilidade,
resolvemos descer. E assim caminhamos de volta.
Mas quem disse que o dia terminou?
De volta à Barragem, nos dirigimos à Casa dos
Montanhistas, local onde seria realizada a parte social do
evento. Tinha bastante gente e o clima era super agradável.
Não tivemos tempo para arrumar o stand do clube, mas
nem por isso desanimamos. Do clube, fomos os primeiros
a chegar. Depois veio o Alfredo, junto com o pessoal do
CET. Encontrei o Luiz Coelho e o David, cumprimenteios pela grande conquista! Aos poucos todos foram
chegando. Preparamos mais um café e fizemos um lanche
merecido! Ao cair da noite, todos já estavam reunidos. A
banda que animou a festa, só tocou clássicos do rock, de
Led Zeppelin a Guns n’Roses. Foi um grande evento. Um
dia para ficar na história!!!!!
Valeu pessoal, até a próxima!!!!
Trocamos e-mails durante toda a semana. Foi bom
que conseguimos alinhar todos os detalhes.
Stephanie, Mariana e eu, partimos para a expedição de
carro. O Paulo foi de van com parte do pessoal do CNM e
a Renata foi com o Collares e Eny no carro deles.
Na van estava mais um grupo formado por Leandro
Carmo, Ary, Alessandra, Marcelo e Patricia rumo ao
Mirante do Inferno.
Saímos de Niterói pontualmente como havíamos
combinado. Quando chegamos em Terê, paramos para
tomar uma café, até porque fazer isso às 5:00h da manhã é
difícil. Eu, como a qualquer hora, tenho um apetite sinistro
(rsrsrs). Enquanto a gente saboreava um café com leite e
pão com manteiga, a Renata já nos esperava no ponto de
encontro, na Barragem, e o pessoal da van ia chegando.
Depois de todo mundo pronto, o nosso grupo,
dominado por mulheres, deu início a expedição rumo ao
Sino.
Saímos às 8:20 h.
8
Os primeiros metros da trilha têm muitas pedras e ali
alguns joelhos começam a gritar por socorro. Já prevendo
isso, pedi para a Renata puxar a fila, pois as minhas
passadas são um pouco fora do padrão (rsrsrsrs). Dali em
diante foi assim, ela puxando a fila e eu dando uma pressão
na galera rsrsrs.
Chegamos ao Véu da Noiva às 9:05h onde fizemos
nossa primeira parada para algumas fotos e abastecer de
água e comer alguma coisa. A parada foi bem rápida, mas
deu tempo de dar uma aliviada.
Sem perder muito tempo, começamos a subir
novamente. A partir dali, a trilha foi melhorando. As
pedras foram diminuindo e o terreno ficando mais regular.
A Renata continuou na frente, seguida pelo Paulo,
Mariana, Stephanie e eu. No meio do caminho o Paulo
resolveu tentar derrubar uma árvore com a cabeça,
momento tenso. Não sabia que ele tinha essa habilidade
toda (rsrsrs). Feita a revisão na testa, verificou-se que estava
tudo bem. Continuamos a subir numa boa.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
do abrigo estava vendendo brigadeiro. A Renata não se
conteve e partiu pra dentro do doce. Depois de uma boa e
merecida pausa, partimos pro ataque ao cume.
Chegamos lá às 13:13h. Ficamos curtindo o visual
coberto por nuvens e explorando a área por uns 50
minutos. Muitas fotos, etc...
Resolvemos descer e às 15:06h chegamos novamente
ao Abrigo 4. Lá já estava o outro grupo que fez a Passagem
da Neblina (Collares, Eny, Michael e Marcelo). Depois de
mais uma pausa os dois grupos resolveram descer juntos.
Às 15:40h partimos para a descida. Continuei
fechando a fila. Sem forçar muito, Mariana, Stephanie e eu
descemos mais devagar. Quando foi às 16:41h chegamos
ao Abrigo 3. Parte do grupo já estava esperando a gente.
Depois de 45 minutos chegamos à Cachoeira do
Papel. Passamos direto, pois todos estavam bem.
Às 10:57h chegamos ao Abrigo 3. Fomos até o
mirante onde fizemos um lanche. Algumas fotos, mas o
tempo estava fechando. Ficamos ali até às 11:11h.
Continuamos a subida no mesmo esquema, mas dessa
vez sem tentativa de derrubar árvores dando cabeçada.
A partir dali, todos já com lanternas na cabeça,
continuamos. Novamente sem forçar muito, Mariana,
Stephanie e eu descemos mais devagar. Uns 5 minutos
depois a Mariana resolveu metabolizar a pimenta que
tinha comido um dia antes e disparou, se juntando ao
pelotão da frente. Fiquei então com a Stephanie. O tempo
ia passando, a escuridão aumentando e a vontade de chegar
também.
Depois de algumas derrapagens, bico no próprio pé e
risadas, chegamos ao Véu da Noiva às 18:14h, para alívio
da Stephanie que nesse momento já achava que eu era
maluco, pois toda hora eu falava que já estava chegando.
Foi minha tática (rsrsrs).
Às 12:43 chegamos ao Abrigo 4 onde paramos para
comer e dar uma descansada. Curiosamente o carinha
O outro pelotão já estava lá descansando. Depois de
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
uns minutinhos de descanso e reabastecimento de água
resolvemos continuar.
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passagem da neblina: um outro ângulo
da serra
Por Leandro Collares
Nesse momento o organismo da Mariana já tinha
consumido toda a pimenta do dia anterior e ela então foi
caminhando com a gente. As derrapagens e risadas foram
aumentando, pois o terreno foi ficando irregular e elas já
sabiam que estava chegando realmente. A Stephanie por
algumas vezes tentou me jogar pra fora da trilha (rsrsrs),
mas consegui me safar. Depois de quase uma hora a
Mariana avistou o portão da entrada da trilha. As duas
numa euforia só nem lembraram de mim. O Guia não serve
para esses momentos (rsrsrsrsrs).
Finalizamos a trilha às 19:10h.
Depois, nem lembro mais... sei que fomos pro carro
para que a Mariana e Stephanie trocassem de roupa e o
Paulo trocasse o tênis. Partimos para a confraternização na
Casa do Montanhista.
Ali, bebemos uma merecida gelada e um “suco de cana
destilado”. Os grupos se juntaram para fotos, conversas,
etc. Em seguida pegamos o carro e voltamos para casa.
A Mariana ainda sob efeito do ar da montanha veio
delirando. Ela só pensava em comer pimenta com pão.
A expedição correu super bem. Parabéns para todos
que fizeram parte de um momento tão especial.
Após alguns bons anos de adiamentos e desencontros,
finalmente tivemos a oportunidade de agendar a famosa
“Passagem da Neblina” (ou Travessia da Neblina) dentro
da programação da abertura de temporada de 2014 no
Parque Nacional da Serra dos Órgãos. O dia foi 17
de maio e seguimos com Eny Hertz, Michael Rogers e
Marcelo Sant’Anna no grupo.
Preparação:
Para mim seria um trajeto desconhecido, sob o qual
apenas escutei falar por colegas que a percorreram em
outras excursões. Busquei mais informação, mais detalhes
principalmente sobre os trechos de escalada. Além do
Guia do PARNASO, do Waldyr Neto (cuja descrição
de percurso era no sentido contrário do programado),
somente encontrei uma única referência pela internet no
relatório de uma excursão do Clube Excursionista Carioca
(CEC), que foi bastante esclarecedor e muito útil quanto
ao trajeto em si e aos equipamentos necessários. O objetivo
era evitar o excesso de carga ou a falta de equipamento.
Diante de um planejamento mais claro, bastava esperar
a data e programar o acesso ao ponto de partida. Optei
por seguir de carro a fim de buscar manter o horário de
início previsto para a excursão – havia previsão de chuva
para aquela tarde e, por não conhecer o trajeto e entrar
nas escaladas da Passagem da Neblina guiando à vista, não
queria correr o risco de pegar a parede mais molhada do
que encontramos – e ter franquia de voltar para casa em
horário a ser decidido pelos participantes que seguiram
junto. Ainda havia a chance de encontrarmos pelo menos
mais dois grupos programados na ATM PARNASO
(um do Centro Excursionista Teresopolitano e outro do
Centro Excursionista Brasileiro) que também usariam o
trajeto e isso poderia nos obrigar a atrasar bastante nossa
programação de, quem sabe, fazer outro cume depois de
chegarmos ao final da Passagem da Neblina.
A saída:
Partimos de Niterói, junto com Eny, Michael e Renata
(que participaria da caminhada à Pedra do Sino) às 6:00h
em ponto. Marcelo estava no grupo que seguiria na van
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
programada pelo CNM, mas que atrasou. Em função
disso, também foi para Teresópolis em seu carro. Nos
encontramos no Paraíso da Serra, onde parou o Leonardo
do Carmo que levava Mariana e Stephanie para a excursão
à Pedra do Sino que ele guiaria.
O acesso ao PARNASO foi tranquilo e super
organizado. A franquia de ingresso, vinculada à inscrição
prévia junto ao Parque, funcionou perfeitamente. Bastou
nossa identificação e seguimos para a barragem onde,
felizmente, conseguimos estacionar.
Cumprimos a outra praxe com a apresentação do
Termo de Responsabilidade da nossa excursão e partimos
para a trilha. Eny, por se considerar mais “lenta”, iniciou
a trilha um pouco antes. Cumpridas as burocracias e um
breve alongamento, seguimos, então às 7:55h, em direção
ao local onde ficava o antigo Abrigo 2. Renata permaneceu
na Barragem à espera do guia de sua atividade que seguiu
até Teresópolis para lanchar.
meia hora de caminhada em ritmo normal, chegamos a
um ponto do caminho onde se começa um trecho cheio
de galhos e raízes, na parte mais vertical desse início de
caminho. Muita atenção nessa hora: há alguns marcos (que
reforçamos) nesse ponto e que indicam o caminho para
cima. A trilha aparenta seguir em frente, mas acaba logo.
Subimos. Raízes, galhos, pedras... enfim, depois de
20 minutos, chegamos ao colo daquele trecho e paramos
para recuperar um pouco. Tomamos à direita, conforme o
relato do CEC. Trilha bem marcada, com elevação leve a
moderada, por uma crista bonita, revelando a paisagem da
encosta da Pedra da Cruz e das montanhas por onde segue
a trilha da Pedra do Sino. Passamos por um trecho onde as
árvores têm musgos “pendurados”, promovendo um visual
bastante interessante e peculiar... espetacular.
Paredão Roi-roi:
A caminhada:
Em alguns minutos alcançamos a Eny, depois de passar
por outros grupos que seguiam para a Pedra do Sino. O
dia estava bom, com algumas nuvens e o frio suportável.
Chegamos à cachoeira do Véu da Noiva nos 45 minutos
habituais desse trecho e paramos para um rápido descanso.
O céu já mostrava nuvens mais pesadas do que no início da
manhã. Nada fora da expectativa, pois esperava chuva para
depois das 14:00h e, nesse horário, pretendia já estarmos
na trilha do Sino.
Revezamos o equipamento pesado e em cerca de 15
minutos depois de reiniciarmos a caminhada, chegamos
ao antigo Abrigo 2. Ali tomamos a bem marcada trilha à
esquerda, que tinha evidências de manutenção recente. Ela
começa antes que o cano de cobre que abastecia o abrigo
aflore no caminho. Felizmente o caminho estava muito
bem limpo e aberto, sem maiores complicadores além de
um tapete de folhas de bambu secas pelo chão.
A trilha começa em descida. Passamos cerca de 5
veios de água. Alguns não aparentam ser perenes, mas
estavam bastante molhados por conta das chuvas daquela
semana. Atravessamos dois riachos, um bem pequeno e
outro um pouco maior, provavelmente aquele que passa
pela Cachoeira do Papel na trilha do Sino. Em cerca de
Mais 20 minutos e chegamos a um dos mais bonitos
mirantes onde já estive até hoje. A visão que se tem do
contraforte do Nariz do Frade, com sua Verruga — um
monolito imponente bem acima de nós — e da face
norte do Dedo de Deus e do Cabeça de Peixe é ímpar!
Lamentamos apenas o dia com muitas nuvens: me senti na
obrigação de voltar... Algumas fotos e partimos. Foi rápido
dali até o Paredão Roi-roi e seus grampos peculiares de
fabricação artesanal e muito diferentes do que estamos
acostumados: são tarugos de ferro com uma espécie de
“clipe” fazendo a função de olhal. Usamos cerca de 5
costuras, entre curtas e longas, nesses grampos “especiais”
e grampos tipo “P”. A rota não é complicada e tem a rocha
bastante aderente. Montei a parada no primeiro platô ao
lado de uma árvore. Usei seu tronco para montar o backup
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
para o restante do grupo subir em corda fixa.
Os dois rapazes subiram em corda fixa, com
autossegurança em prussik. A parada, para os participantes,
era em um platô acima do ponto onde a corda fora fixada.
Eny fechou a escalada e, por isso, escalou com segurança de
cima. Acabou que trouxe, nas costas, a mochila do Michael
que, ansioso, deixou-a na base do paredão. Quase no final
dessa etapa, tivemos contato com o esperado grupo do
CEB que chegava à base do Roi-roi com cerca de seis a
oito particpantes.
O Nariz do Frade:
Paredão Roi-roi ficou para trás. Durante o
caminho avistamos um outro grupo, esse do CET (que
encontraríamos no Queixo do Frade), nas imediações da
trilha do Sino. Eles estavam no mirante que fica próximo
ao Abrigo 3. Na base do Nariz do Frade estava um outro
grupo do CET, do qual participava nosso sócio Alfredo
Castinheiras (ouvimos sua voz ecoando pelo vale!). Eram
cerca de 11:30h. Protocolos de praxe, uma pequena dúvida
sobre o caminho prontamente esclarecida — com direito
a uma boa dica sobre trecho de escalada em horizontal à
frente —, e descemos a pequena crista que une o Nariz
ao Queixo do Frade. Vale destacar que a paisagem desse
ponto também é espetacular! Avistamos o Santo Antônio,
São João, Mirante do Inferno, Agulha do Diabo e uma
parte do São Pedro.
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A segunda escalada
Esse trecho da trilha é pequeno e bem mais fechado;
em cerca de 15 minutos chegamos à parede e alcançamos
uma base generosa. Ali foi possível identificar duas vias:
uma bem acima do primeiro grampo, à esquerda, mais
vertical e exigente em termos de graduação; a outra seguia
para a direita em horizontal, conforme a orientação do
colega do CET. Encontramos mais um grupo do CET,
que concluía o trecho em rapel.
Facilmente se vê a sequência de grampos no chão e
ao final da horizontal bem tranquila há um degrau que,
nesse dia, tinha um veio d’água com um pouco mais de
meio metro de largura antes de ser alcançado. Apenas
nos reequipamos com a sapatilha e os materiais de guiada
porque mantivemos o EPI após o Roi-roi. Como estávamos
com apenas uma corda de 60 metros, escolhemos escalar
intermediando os participantes ao longo da corda
“dividida” em mais dois seguimentos aproximadamente
iguais, equipados com nós tipo oito direcionado para
fixação de dois mosquetões de rosca instalados em
oposição entre si. Eny ficou encarregada da segurança
e coordenou a entrada dos outros dois participantes na
cordada que começou em torno das 12:00h.
Essa escalada foi bem tranquila e rápida, apesar da
umidade do dia. Em sua maioria é feita em aderência mas
há poucas agarras espalhadas. A rocha é bastante generosa
em termos de atrito com a sapatilha, o que deixa os lances
bem mais confortáveis. Depois da horizontal, a via segue
em leve diagonal para a direita. Seus grampos ficam um
pouco fora da visão por conta de tufos de bromélias, mas
nenhum está escondido pelo mato e são visíveis na medida
em que se progride ficando alinhados verticalmente. Podese considerar a via como II/3º. São oito proteções no
total e, ao final, uma parada dupla. A saída se dá por uma
pequena trilha na rocha protegida pelo mato e se conclui
num costão de pedra até a chegada ao acesso à trilha que
leva ao cume. Terminamos a escalada por volta das 12:40h.
Algumas poucas passagens desse costão que liga o
final da escalada a um mirante no Queixo do Frade tem
inevitáveis veios d’água escorrendo, ainda mais porque
havia chovido bastante durante aquela semana... eu, que
terminei o trecho todo de sapatilha, tive que encará-los de
qualquer forma. Felizmente não estava escorregadio.
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
O Queixo do Frade
O CET estava em peso no PARNASO! Encontramos
aquele grupo avistado mais cedo no mirante do Abrigo
3 no ponto de parada ao final do costão do Queixo do
Frade, onde chegamos logo depois sair da parede. Fomos
super bem recebidos pelos colegas do clube de Teresópolis.
Ali organizamos o equipamento, que foi redistribuído e
revezado novamente. Foi a vez do Michael levar a corda.
Calçamos as botas e continuamos em direção ao cume, que
estava próximo. Na hora de partir, um momento marcante:
o grupo que estava no Nariz do Frade desfraldou uma
bandeira do Brasil! Arrepiante!!!
Passamos pelo cume do Queixo às 13:05h. O caminho
também estava um tanto fechado na trilha que passa pelo
colo que liga o Queixo à Pedra da Cruz, mas o caminho é
bastante óbvio e bem marcado. Não vi chance de erros de
orientação. Ao sair do cume do Queixo se faz uma descida
relativamente íngreme e escorregadia. Quando se atinge
a encosta da Pedra da Cruz começa uma nada generosa
subida, que se mostra bastante puxada para quem já
percorreu uma boa quantidade de subidas com a mochila
pesada. O percurso entre o cume do Queixo e da Cruz foi
de cerca de 25 minutos, pois às 13:30h já estávamos no
ponto final dessa travessia. Agora era hora de um descanso
um pouco mais longo, alimentação, contemplação e de
planos para o retorno.
Pedra da Cruz:
Quando chegamos à pedra da Cruz, ali estavam
grupos do CEB e CERJ... parecia haver mais de 30 pessoas
no cume! Muito bom. Tivemos a oportunidade de avistar
a outra excursão do CNM que estava no cume do Mirante
do Inferno. Alimentados, hidratados e descansados,
era hora de decidir nosso caminho e partir. Iniciei essa
atividade com a intenção de seguir ao pico do Papudo
depois de concluir a Passagem da Neblina, mas o clima
não estava convidativo. Conforme a previsão, começava a
chover naquele início de tarde e não compensaria seguir em
direção àquele cume.
A extensão ao abrigo 4:
Estávamos a cerca de 2 km do Abrigo 4, quando
chegamos à trilha principal. Decidimos, então, seguir até
lá na esperança de encontrar a outra excursão do CNM à
Pedra do Sino. Foram cerca de 40 minutos até o abrigo,
apesar de nosso grupo já apresentar algum sinal de
cansaço. Michael, que ainda não havia conseguido um bom
visual do cume da Pedra do Sino nas últimas vezes que
passou por lá, não resistiu e fez um ataque leve ao cume.
Deixou sua mochila e partiu para um bate-e-volta “solo”
ao ponto mais alto daquela serra. Ele tinha até as 15:30h
para retonar e cumpriu o horário.
Quando chegamos ao abrigo, o grupo da Pedra do
Sino não estava, mas não demoraram a aparecer: voltavam
do cume onde, apesar do dia nublado, conseguiram uma
paisagem compensadora. Foi bom conseguir juntar as
tropas para batermos em retirada, mas não sem antes
degustar um belo brigadeiro feito pelo guarda parque e
vendido a uma pequena fortuna... mas valeu o preço.
A volta:
Começamos a descida às 15:40h e em cerca de uma
hora chegamos ao abrigo 3. Tocamos em um bom ritmo até
a cachoeira do Véu da Noiva. Paramos ponto de descanso
por volta das 18:00h — cerca de 1h10 depois de sair do
Abrigo 3 — e chegamos à barragem por volta das 19:00h.
A festa:
Dali seguimos para a confraternização promovida pelo
PARNASO, com direito a mesa de frutas, bolo, banda de
rock’n roll e um bom caldo verde servido na cantina. Lá
nos encontramos com o terceiro grupo do CNM, que
esteve no Mirante do Inferno e a equipe que subiu a
Agulha do Diabo. Permanecemos na festa por cerca de 40
minutos e, satisfeitos, retornamos para Niterói.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
aconteceu
Iniciamos o CBE 2014!
Por Leandro do Carmo
Nesse ano, iniciamos duas turmas do Curso Básico de
Escalada. Já estamos bem adiantados e em breve teremos
novos escaladores em nossas montanhas. Seguem algumas
fotos dessas aulas.
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
saúde
Os cuidados com as mãos
Por Alessandra Neves, editado por Leandro do Carmo
Antes e depois de escalar é importantíssimo tomarmos
alguns cuidados. Devemos sempre fazer exercícios de
alongamento, principalmente nas mãos e braços, onde
ocorrem as principais lesões. Segue abaixo uma relação de
exercícios. Boas escaladas!!!!!
alongamentos antes e depois
se a escalada foi mais puxada,
massageie a mão e o antebraço
P = Área Passiva, para ser massageada
A = Área Ativa, para fazer a massagem
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
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Fotos de atividades
Via alan marra - morro do tucum
travessia petrópolis X teresópolis
Via Entre quatro paredes - tucum
morro das andorinhas
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
croqui
Moby Dick, Uma Via Esquecida no Morcego
Por Leandro do Carmo
Via Moby Dick – 3º IV E1 D1 205m
Essa era uma daquelas vias quase esquecidas!!!! Sem
repetição há muito tempo, devido aos problemas de acesso,
conseguimos colocá-la de novo no circuito. Aproveitei que
o Claudney Neves está tocando um projeto de catalogação
das vias do Clube Excursionista Light e aceitei o convite
de buscar um novo acesso e conseguir escalá-la. Com uma
caminhada agradável e bonita, exceto por alguns trechos
com muito capim, conseguimos chegar à base da via. A
via é muito boa. Escalamos com um dia super agradável
e visual ímpar!
Material necessário: 7 costuras e corda de 50m
Acesso: Pode ser acessado de duas maneiras: uma, por
um sítio, no final da praia de Jurujuba, no ponto final do
ônibus 33, próximo a Igreja (mas essa é uma opção que
não tentamos, pois há um tempo atrás, um amigo meu teve
problemas com o acesso por ali); a outra, é contornando
o Morro do Morcego, a partir da praia de Adão, seguindo
pelo costão (esse foi o caminho que fizemos). Segue a
imagem com o caminho:
Vermelho: Acesso à base, a partir da praia de Adão
Amarelo: Verde após o rapel
Dicas: A via é bem tranquila e bem protegida, porém
muito suja em alguns trechos, mas nada que prejudique a
escalada. Na caminhada, em alguns pontos, tem que abrir
caminho no capim, principalmente num platô na Face
Norte, mais ou menos no ponto da base da via Morcego
Nervoso.
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
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Ambiente
Montanhismo nos parques estaduais do RJ
Por André Ilha
preconizados por Muir, conservação e uso público: “O
Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação
de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica
e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação
e interpretação ambiental, de recreação em contato com
a natureza e de turismo ecológico.” (Art. 11 da Lei
9.985/00 – Grifo nosso)!
Cume da Agulha Guarischi - P. E. Serra da Tiririca (Foto - Alexandre
Lorenzetto)
O montanhismo começou a ser praticado no estado
do Rio de Janeiro bem antes da criação dos primeiros
parques nacionais brasileiros, Itatiaia (1937) e Serra dos
Órgãos (1939). Estas duas áreas protegidas espelhavam no
Brasil os ideais defendidos pelo pai do conceito de parques
nacionais, o montanhista e naturalista norte-americano
John Muir, fundador da organização conservacionista
Sierra Club e inspirador da criação dos parques nacionais
de Yosemite e Sequoia, dentre outros. Para ele, parques
deste tipo visavam tanto à preservação de largas porções
intactas dos ecossistemas nativos quanto às oportunidades
de desfrute destes ambientes pelas pessoas por meio de
caminhadas, escaladas e outras atividades ao ar livre.
O primeiro parque estadual do Rio de Janeiro foi
o do Desengano, com 22.400 hectares, criado em 1970
pelo governador Geremias Fontes nos municípios de Santa
Maria Madalena, Campos e São Fidélis. De lá para cá
muitos outros foram criados, e hoje a área compreendida
em parques e reservas estaduais é superior a 117.000
hectares, 65% dos quais tive a ventura de ver criados em
minhas gestões à frente do extinto Instituto Estadual de
Florestas (IEF/RJ) e, depois, no Instituto Estadual do
Ambiente (INEA).
Mais tarde, a Lei Federal nº 9.985/2000, que
instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação
(SNUC), regulamentou as diversas categorias de unidades
de conservação que o integrariam, conferindo aos parques
nacionais, estaduais e municipais os mesmos objetivos
Ocorre que depois de Itatiaia e Serra dos Órgãos o
processo de criação de novos parques foi conduzido por
gestores com uma visão muito estrita, que viam com muita
suspeita o uso público e enxergavam em qualquer visitante
um vândalo em potencial, criando uma política de visitação,
ou melhor, de não-visitação, que foi apelidada de política
dos “parques-fortaleza”, que ignorava por completo uma
das duas principais funções destas áreas que é precisamente
a (re)aproximação do homem, especialmente os habitantes
das grandes cidades, com a natureza selvagem da qual
procedemos. Esta política federal, como seria de se esperar,
se infiltrou insidiosamente nos órgãos ambientais estaduais
e municipais, e alguns passaram a gerir parques como se
fossem reservas biológicas, unidades de conservação que,
segundo o SNUC, só admitem a visitação com fins de
pesquisa científica ou pedagógicos (grupos acompanhados
por um professor ou monitor).
Esta visão demófoba, previsivelmente, só gerou
ressentimentos, privando moradores locais do acesso a
áreas de lazer que seus pais e avós frequentavam há décadas;
mantendo tais áreas fora de qualquer possibilidade de
geração de renda, empregos e pequenos negócios locais; e
transformando montanhistas e outros usuários em forasda-lei. Os mais antigos se lembram bem dos tristes e
longos 14 anos em que o acesso às montanhas da parte
alta do Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi proibido,
e as caminhadas e escaladas ali no período foram, em
tese, clandestinas! Só que, devido à notória deficiência de
fiscalização efetiva, nos “parques-fortaleza” a fortaleza
era apenas para as pessoas de bem, pois para caçadores,
palmiteiros e outros criminosos ambientais tais áreas se
converteram em verdadeiros parques de diversão onde
podiam delinquir com tranquilidade, pois não seriam
vistos e denunciados por ninguém!
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Felizmente aqui no Rio de Janeiro, sob a gestão
de Carlos Minc na Secretaria de Estado do Ambiente,
conseguimos, corajosamente (dadas as reações contrárias),
subverter por completo esta visão tacanha e nociva,
estabelecendo uma política de visitação nos nossos
parques estaduais que enxerga as pessoas, em princípio,
como potenciais aliados da causa da preservação de nossa
exuberante mata atlântica, e não como inimigos a serem
afastados, combatidos e penalizados. É uma política
demófila, que convida as pessoas a visitarem, de forma
ordenada e responsável, consoante o disposto nos planos
de manejo destas unidades, nossos magníficos parques
estaduais - Desengano, Três Picos, Ilha Grande, Costa do
Sol, Pedra Selada e tantos outros. Desta forma, pelo menos
uma parte destes visitantes, caso tenha uma experiência
positiva, de acordo com o seu interesse e a sua aptidão
física, levantará a sua voz em defesa dos parques visitados,
pedindo mais verbas, mais estrutura e mais fiscalização
contra os verdadeiros criminosos, e protestando contra
leis que venham a reduzi-los, ou mesmo extingui-los, para
atender a poderosos interesses econômicos.
Esta política, consubstanciada no Decreto Estadual nº
42.83, de 27 de maio de 2010, que “estabelece diretrizes
para o uso público nos parques estaduais administrados
pelo INEA”, resgata o espírito da máxima conservacionista
“Conhecer para preservar” e princípios básicos relacionados
ao conceito de parque que são deliberadamente
“esquecidos” pelos defensores remanescentes dos “parquesfortaleza”. Ela vem sendo saudada em todo o país como a
ponta de lança de uma profunda mudança paradigmática
que, ao valorizar nossas áreas protegidas perante parcelas
crescentes da população, devido ao deslumbramento que
cada visitante sente perante tais belezas naturais, talvez seja
a única esperança de termos apoio político futuro capaz de
demover o Congresso Nacional e as assembleias estaduais
de aprovarem medidas que, ao atender a interesses escusos
do capital, as rifem sem oposição ponderável.
Os montanhistas do Rio de Janeiro tiveram participação
destacada neste processo, sugerindo aprimoramentos no
texto do decreto citado e cooperando ativamente com
as administrações dos principais parques do estado na
elaboração dos seus planos de manejo; participando
de seus conselhos consultivos; e empreendendo ações
concretas de defesa e recuperação ambiental, sendo que a
relação do CNM e dos demais montanhistas de Niterói
e Maricá com o Parque Estadual da Serra da Tiririca é
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
exemplar nesse sentido.
Escalada na Serra de Bangu - P. E. da Pedra Branca (Foto: André Ilha)
Fotos de atividades
santo inácio
Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
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aconteceu
CBE CNM 2014
Iniciamos duas turmas do Curso Básico de Escalada.
Já estamos em nossa 7º aula. Em breve mais escaladores em
nossas montanhas!!!!
ATM URCA RJ 2014
Mais uma vez marcamos presença na Abertura da
Temporada de Montanhismo. O tradicional evento
acontece anualmente na Urca e marca o início da melhor
época para prática do esporte. Tivemos o campeonato de
escalada esportiva em muro, oficinas, cursos, exposição nos
stands dos clubes e patrocinadores, entre outras atividades.
PALESTRAS
O CNM iniciou um projeto piloto com um ciclo
de palestras, onde abordamos alguns temas interessantes
para a prática do Montanhismo. O espaço foi gentilmente
cedido pelo Partido Verde. As palestras tiveram os
seguintes temas:
1. Metereologia Básica Aplicada ao Montanhismo,
por Alex Figueiredo;
2. Pontos de Escalada em Niterói, por Leandro
do Carmo;
3. Legislação Ambiental Aplicada as Diversas
Unidades de Conservação Ambiental, por Alex Figueiredo;
NOVO QUADRO DE ETAPAS
A Diretoria Técnica concluiu o trabalho de revisão do
quadro de etapas para formação de guias do clube. Foram
meses de pesquisas, troca de idéias e várias reuniões, até que
conseguimos chegar ao documento final. Para quem não
conhece, o Quadro de Etapas é o conjunto de requisitos
obrigatórios para que o sócio se torne guia em uma ou
mais modalidades do clube, sendo: caminhada, escalada e
ciclismo. Em breve será divulgado.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
Em comemoração ao dia do Meio Ambiente, o
CNM organizou uma exposição com as fotos selecionadas
em nosso último concurso, realizado em 2013. Foi um
sucesso!!! Nossas fotos ficaram expostas no Parque da
Cidade e em seguida no Campo de São Bento.
exposição fotográfica
parque da cidade
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Clube Niteroiense de Montanhismo – Boletim Informativo nº 25
Avisos
Corpo de guias
Reuniões sociais
As reuniões sociais do CNM são realizadas sempre
na primeira quinta-feira de cada mês ímpar e na primeira
quarta-feira de cada mês par, às 19:30h, em local a ser
definido e divulgado.
Os encontros acontecem em clima de total
descontração e informalidade, quando os sócios e amigos
do CNM aproveitam para colocar a conversa em dia,
trocando experiências, relatando excursões e vivências
ou, simplesmente, desfrutando a companhia de gente
simpática e fraterna.
Periodicamente acontecem reuniões e seminários
técnicos com o intuito de possibilitar miores detalhes e
informações atualizadas aos sócios e interessados.
Informem-se sobre os temas das palestras técnicas e
reuniões acessando o site:
http://www.niteroiense.org.br
Compareçam e sejam muito bem vindos!!!
aniversariantes
A todos muita saúde e felicidade!
Giovani Souza Neto
Marcelo Santanna
Leandro do Carmo
Alan Marra
Patrícia Lima
Bruna Novaes
Adriano Paz
Marcos Duarte
Nei Rivello
Diogo Grumser
Maria de Fátima
Tauan Nunes Maia
Marcos Leonardo
Leandro Collares
Leonardo Carmo
Mauro de Mello
Rafael Pereira
Alex Figueiredo
Alexandre Rockert
Michael Patrick
Andréa Vivas
01/abr
07/abr
10/abr
11/abr
13/abr
17/abr
26/abr
08/mai
08/mai
12/mai
16/mai
21/mai
22/mai
23/mai
26/mai
28/mai
04/jun
15/jun
22/jun
23/jun
27/jun
Adriano Paz
Alan Marra
Alessandra Neves
Alex Figueiredo
Alfredo Castinheiras
Andrea Rezede
Ary Carlos
Carlos Penedo
Diogo Grumser
Eny Hertz
Leandro do Carmo
Leandro Collares
Leandro Pestana
Leonardo Carmo
Luiz Alexandre
Mauro de Mello
Neuza Ebecken
Vinicius Ribeiro
Expediente
CNM – CLUBE NITEROIENSE DE MONTANHISMO
Início das Atividades em 26 de Março de 2003
Fundado em 20 de Novembro de 2004
Website: www.niteroiense.org.br
e-mail: [email protected]
Contato: 98621-5631(Alex Figueiredo)
Presidente: Alex de Faria Figueiredo
Vice: Eny Hertz Bittencourt
Tesoureiro: Leandro Guimarães Collares
Conselho Fiscal
Efetivos
Adriano de Souza Abelaria Paz; Alan Renê Marra Junior; Neuza
Maria Ebecken de Araújo; Suplente: Mariana Silva Abunahman
Diretoria Técnica
Caminhada - Alex Figueiredo
Escalada - Eny Hertz; L eandro do Carmo; Ary Carlos; Carlos Penedo
Ciclismo - Adriano Paz
Diretoria Social - Andrea Vivas
Diretoria Ambiental - Neuza Ebecken
Coordenador Ambiental - Marcelo Sá
Representante do CNM no PESET
Alex Figueiredo e Eny Hertz
Informativo Nº 25: As matérias aqui publicadas não representam
necessariamente a posição oficial do Clube Niteroiense de
Montanhismo. Ressaltamos que o boletim é um espaço aberto
a todos aqueles que queiram contribuir. Envie sua matéria para
[email protected]. Participe!!!
Edição e Diagramação:
- Leandro Collares
- Leandro do Carmo
Revisão Ortográfica:
Vinícius Araújo
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Boletim CNM 2014-2 - Clube Niteroiense de Montanhismo