1 PROJETO COMPLEMENTAÇÃO DO SETOR DE GEOPROCESSAMENTO DA SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS DO ESTADO DA PARAÍBA (SEMARH) Consultores Paulo Roberto de Oliveira Rosa Ms Gestão e Políticas Ambientais Pablo Rodrigues Rosa Graduando em Geografia Mônica Maria Ferreira Teles Graduanda em Geografia fone 99681564/ 216.7432 R.46 João Pessoa, 21 de junho de 2002. João Pessoa/ PB junho de 2002 1 2 O setor de Geoprocessamento da SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS HÍDRICOS E MINERAIS DO ESTADO DA PARAÍBA (SEMARH), que vem acompanhando as questões hídricas, tanto do uso como outorga da água disponível em suas mais diversas fontes (açudes, mananciais e rios), necessita ampliar o seu poder de processamento de dados geográficos a partir de ferramentas que possam levar ao público de um modo geral os trabalhos realizados. Atualmente a Secretaria conta com recursos computacionais que lhe permitem operar com os dados em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) de maneira individual, ou seja, o conceito cliente/servidor não está totalmente implementado para o ambiente SIG. No entanto para ser atingido esse fim, há necessidade de se adquirir equipamentos e ferramentas específicas. A importância de se trabalhar em uma base de dados dentro dos conceitos de cliente/servidor são as facilidades de administração dos recursos e a possibilidade de se compartilhar os dados no sistema, levando assim uma única base de dados ou a ser consultada, atualizada e implementada, o que diminui os riscos de perdas de dados em replicações ou confusões inerentes à administração de dados ao serem mantidas muitas bases para um mesmo projeto. Atualmente com o crescimento e a atual popularização da Internet, viu-se na rede um importante recurso para tornar visível ao usuário da Secretaria os componentes geográficos que estão diretamente ligados aos trabalhos desenvolvidos, principalmente dos recursos hídricos na Paraíba. A implementação de um SIG nos preceitos de um ambiente cliente/servidor, e com a Internet facilitará a divulgação dos resultados obtidos pela SEMARH, isto é, os mapas gerados poderão ser distribuídos pela rede, o que pode vir a diminuir custos com a disseminação dos resultados em meio impresso, permitindo que as informações sejam atualizadas com maior freqüência para acesso público. 2 3 Para se implementarem tais recursos à atual infra-estrutura do setor de Geoprocessamento, existe a necessidade de se ampliar a capacidade computacional assim como uma atualização dos equipamentos e das ferramentas que farão parte do escopo do SIG em um ambiente cliente/servidor, porém, mantendo uma confortável segurança aos Desenvolvedores e Analistas do setor, lançando mão de produtos que já fazem parte de seu cotidiano desde estágios iniciais do projeto. 3 5 Qtd. 1 5 Aplicação Descrição Servidor Dados Processador: 1 Intel® Pentium® Xeon Unidade Fita DAT 20 / 40 GBDS / 4 4mm Interna Memória Cache: 512KB / Memória RAM: 512MB. Gravador de CD 12x8x32x IDE HDD: Ultra 160 SCSI 10K RPM, 3 unidades de 36GB e 1 unidade de 9.1GB + Controladora SCSI ULTRA 160 CD-ROM: 48X 1 Interface de rede: Ethernet 10/100MBits PCI Monitor 15" Licença do Win2000 SERVER para 10 Conexões USD 7.500,00 USD 7.500,00 Processador: PIV 1.6Mhz Memória RAM: 128MB. HDD: IDE 40GB CD-ROM: 48X Interface de rede: Ethernet 10/100MBits PCI Monitor 17" + Floppy 3 1/4 + Teclado ABNT2 + Mouse Placa de vídeo AGP com Acelerador 2D e 32MB 2 Entradas USB Licença do Win2000 (estação) USD 1.500,00 USD 7.500,00 Clientes Investimento Unitário (R$) Investimento Subtotal (R$) 5 6 1 Servidor Workgroup 2 5 1 Investimento Total [Hardware] Processador: Pentium Xeon Memória Cache: 256KB / Memória RAM: 512MB. 1 Controladora SCSI ULTRA 160 + 1 HDD 9.1GB + 2 unidades de 36GB ULTRA SCSI 160/10kRPM Gravador de CD 12x8x32x IDE 2 PCI Ethernet 10/100Mbit Monitor 15" + Floppy 3 1/4 + Teclado ABNT2 + Mouse / Licença do Win2000 Server Acessórios Nobreak 2KVA 8H de carga Nobreak 1KVA SWITCH 24 Portas (Conectores RJ-45) 10/100Mbit USD 5.300,00 USD 5.300,00 USD 250,00 USD 120,00 USD 1.000,00 USD 500,00 USD 600,00 USD 1.000,00 USD 22.400,00 6 7 Qtd. (N. de Licenças) Aplicação [Todos para Windows] Investimento Investimento USD Subtotal por Nº de Licenças USD por licença Família ArcGis 3 1 5 1 1 2 1 1 1 1 ArcView 8.2 ArcSDE 8.2 Conexões adicionais do ArcSDE 8.2 ArcIMS 4.0 MapObjects-Windows Edition Licença para 25-Pak Deployments 2.1 Spatial Analyst Geoestatistical Analyst MrSID Encoder 3D Analyst ArcPress USD 1.750,00 USD 17.160,00 USD 1.750,00 USD 8.580,00 USD 5.250,00 USD 17.160,00 USD 8.750,00 USD 8.580,00 USD 4.290,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 4.290,00 USD 6.180,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 3.090,00 USD 4.200,00 USD 4.200,00 USD 15.720,00 USD 15.720,00 AutoDESK 1 AutoCAD Map 2000 Microsoft 1 SQL Server 15 conexões para uma CPU Investimento Total [Software] USD 82.490,00 Treinamento - Descrição Investimento em USD 7 8 SQL Server - 2 pessoas [32 horas] USD 1.500,00 ArcSDE com SQL Server - 2 pessoas [32 horas] ArcIMS - 2 pessoas [32 horas] Introdução ao ARCGis - 6 pessoas [40 horas] Programando em MapObjects e VB - 2 pessoas [32 horas] USD 1.900,00 USD 1.900,00 USD 6.250,00 USD 1.900,00 Custos estimados envolvendo passagens aéreas/hospedagem e traslados mais valor base do curso Autocad MAP - 2 pessoas [32 horas] USD 385,00 Custo estimados para treinamento regional mais valor base do curso Cursos Avulsos - 20 horas Introdução ao uso de GPS Indrodução a Geografia dos Rios Introdução a Geomorfologia Aplicada Introdução ao Geoprocessamento Introdução ao Processamento Digital de Imagens Investimento Total [Treinamento] Investimento em R$ USD 300,00 USD 300,00 USD 300,00 USD 300,00 USD 300,00 USD 15.335,00 8 9 Investimento parcial em Hardware Investimento parcial em Software Investimento parcial em Treinamento USD 22.400,00 USD 82.490,00 USD 15.335,00 Investimento Total USD 120.225,00 Os recursos, acima discriminados, em nível de Hardware, darão robustez ao sistema no tocante ao processamento assim como armazenamento e recuperação dos dados. Já os Softwares descritos, possibilitarão que os projetos sejam potencializados em sua execução além de veiculados na Internet os seus resultados. O treinamento é fundamental à equipe, pois permitirá o contato, mesmo em poucas horas, com equipes mais experientes nos assuntos abordados, o que em termos práticos releva a confiança da equipe treinada, além possibilitar a resolução de dúvidas pré-existentes, pois as ferramentas requisitadas já são conhecidas dos operadores e analistas envolvidos no setor. O desenho sugerido ao sistema computacional, no modelo Cliente/Servidor, baseia-se em um (1) servidor de banco de dados, que no caso específico utilizará o gerenciador SQL Server da Microsoft. Essa máquina, que também rodará os servidores ArcSDE e ArcIMS, juntamente com o servidor de conteúdo WEB, necessita, além de um alto espaço de armazenamento, de um processamento de elevada velocidade em nível de hardware, para assegurar que as requisições, tanto do setor como das demais equipes do projeto, assim como da Internet, tenham resposta segura e íntegra. A base de dados gerenciada pelo SQL Server terá dados provenientes de diversas fontes. Esses dados serão incluídos no sistema cuja estrutura será voltada ao geoprocessamento. A gerência dos dados no servidor na instância de geoprocessamento será administrada pelo serviço do ArcSDE. Nesse âmbito as máquinas (clientes), departamentais ou externas ao setor, ao enviarem dados, ou ao atualizarem um registro na base, possibilitarão à equipe de geoprocessamento aplicar em suas operações diretamente os valores recebidos ou alterados por tais máquinas. Essa mesma base (SQL Server), também permitirá que seu conteúdo geoprocessado, por intermédio do 9 10 compartilhamento da base através do ArcSDE, seja acessada pela Internet através do ArcIMS. Esse software será a porta de acesso aos mapas e dados geoprocessados aos usuários que têm na Secretaria sua fonte de informações, ou seja, usuários que necessitam dos mapas ali gerados para planejarem ou tomarem alguma decisão. Esse trio de servidores é o caminho para integração de vários serviços cujo escopo seja o compartilhamento de dados, principalmente os geoprocessados. Como já foi mencionado anteriormente, essas ferramentas foram eregidas devido à aproximação que a equipe já teve com parte de seus recursos na fase do projeto que se estende até aqui. Um segundo servidor, requisitado, será o suporte para compartilhamento e armazenamento de arquivos. Será um servidor departamental. O desenho dessa máquina revela permite inclusive que ela poderá ser adaptada, servindo como recurso de alta disponibilidade, caso o servidor primário falhe em algum serviço, bastando apenas transferir a licença dos servidores para esse segundo servidor até que o primário (neste caso) seja restabelecido. Isso em caso de uma pane em um dispositivo de armazenamento ou placa de rede, por exemplo, de maneira que o trabalho executado não fique parado e comprometido por uma ou duas semanas enquanto a manutenção é feita. Porém, a função primária desse servidor é suprir espaço em disco para arquivos, processar ou armazenar dados de softwares desenvolvidos com funções departamentais específicas e necessidades do gênero. É um sistema cujo o próprio SO (sistema operacional corrente) supre as necessidades diárias de um workgroup. Mas, claro, tendo em vista ser um serviço de alta disponibilidade em casos de emergência. Os acessórios necessários para garantir o funcionamento seguro desses servidores são os dois nobreaks com suporte até 8horas de carga, sendo um instalado em cada servidor. Um switch com barramento de 10/100 mbits, que está discriminado no projeto, tratará a transferência de dados entre os componentes do sistema com a prioridade necessária à execução ótima da comunicação na rede, devido à sua possibilidade de programação, ou seja, define prioridade no tráfego para 10 11 máquinas que necessitam de mais velocidade ou que trafegam com mais dados. Atualmente o setor conta com HUBs, comprometendo parcialmente a velocidade na transferência de dados pela rede devido à ausência desse processo que o switch traz de programar a prioridade das portas ethernet. Esse dispositivo ligará os clientes aos servidores. Para cada máquina cliente necessária a essa fase de suplementação do projeto, há a necessidade de nobreaks também, esses sendo de menor carga que os necessários para os servidores. A expectativa é manter os serviços rodando nos servidores 24horas por dia, 7 dias na semana, rodando ao menos no servidor principal. Já os clientes necessitam apenas de suprimento alternativo de energia para ao desligamento local do processo sem comprometer os trabalhos em o caso da ausência do fornecimento da rede convencional. Atualmente o setor de geoprocessamento conta com sete estações, sendo que duas dessas fazem o papel de servidor, um de workgroup e outro de dados, além de uma estar por conta do Gateway do setor. O serviço de geoprocessamento roda apenas localmente, em cada estação, pois há ainda, a falta de ferramentas, descritas juntamente no tópico dos servidores que tornarão possível essa implementação. A aquisição de (5) cinco novas estações é fundamental para tornar homogênea a configuração no setor geoprocessamento, pois a simetria na configuração das máquinas torna mais fácil sua manutenção, além de que as máquinas requisitadas têm o poder de processamento mais forte do que as que atualmente lá se encontram trabalhando. O destino das atuais máquinas, que têm sua configuração variada, é o deslocamento para outros setores dentro do ambiente do projeto, rodando programas escritos especificamente para cadastro, ajuda ou consultas à base de dados sem o interfaciamento geoprocessado. Nestas estações, as cinco, rodarão os serviços de geoprocessamento. Três contarão com o software ArcView acrescidas e com as extensões compradas. 11 12 A função deste software é a criação e manipulação dos dados servidos através do ArcSDE. A aplicação desse software é a manipulação dos dados em análises geoespaciais, feitas através de cálculos em mapas com dados externos georreferenciados e com dados intrínsecos ao sistema, ou seja, os dados serão extraídos e armazenados em suas próprias instâncias através de operações espaciais. Há a necessidade de aquisição das seguintes extensões, Spatial Analyst; Geoestatistical Analyst; MrSID Encoder; 3D Analyst e ArcPress, que são módulos que rodam concomitante ao ArcView para operações avançadas em geoprocessamento. Cada módulo, respectivamente, proporcionará aos setor operar dados e gerar informações nas seguintes situações: modelagem avançada em dados no formato raster; cálculos geoestatísticos e exploração espacial com análise probabilística; compressão de mosaico de imagens (atualmente são trabalhadas várias composições do mosaico da Paraíba, o armazenamento não compactado desse formato de dados requer muita memória em discos rígidos); trabalhos com modelos numéricos de terreno e por fim, a geração e administração de cartas para impressão. Além dessas instalações, o software MapObjects-Windows Edition possibilitará aos desenvolvedores do setor de geoprocessamento da Secretaria, escreverem aplicativos para exploração e interação de usuários leigos em geoprocessamento à base servida pelo ArcSDE. Esse pacote levará o geoprocessamento a usuários dentro da secretaria e para usuários de outros departamentos, à medida de suas necessidades e de acordo com disposições pré-estabelecidas para tornar a base de dados mais completa e íntegra o possível. Para complementar o refinamento, um software de CAD com ferramentas para geoprocessamento é importante também ser adquirido, principalmente para desenhos específicos de mapas vetoriais. A equipe, por já ter o trato em digitalizar mapas em CAD, para somente depois levá-lo a um ambiente de SIG, prefere manter esse procedimento. Portanto uma cópia do AutoCAD Map também é necessária, pois este é o programa mais popular, não menos complexo de operar, mas cuja entrada de mapas já se mostrou ágil além de 12 13 sua interoperabilidade com o ArcView tornar essa conjunção de tarefas um otimizador na atualização e introdução de bases vetoriais no SIG. Apesar de parte dessas ferramentas já ser comum ao pessoal que opera no setor de geoprocessamento e por serem de amplo domínio no meio de geotecnologistas, pois há na Internet inúmeras apostilas e manuais sobre estas sistemas, inclusive gratuitamente, uma nova fase está sendo implementada, fase que não é tão comum, pois o ambiente de desktop passa a ser tratado no âmbito corporativo, inclusive com possibilidades de escalonamentos, pois à medida que os dados vão sendo difundidos na rede, os serviços vão sendo mais consultados e no caso desta secretaria cujo trâmite se dá principalmente sobre o “bem” água, as requisições e prognósticos terão suas demandas aumentadas a medida que os serviços se tornarem mais populares. Nesse tocante, é necessário dar ao corpo de profissionais que ali trabalham o suporte de treinamento nas ferramentas adquiridas. O sistema passará a rodar serviços de geoporcessamento em um novo paradigma, diferente do que é praticado atualmente. Tão logo se tenha uma mudança a relutância ao novo se torna presente, seja por medo ou por falta de conhecimento. Mesmo no caso de se ter uma noção do que virá, uma noção do escopo das atividades e suas respectivas nuanças computacionais, qualquer dificuldade encontrada poderá provocar rejeição. O papel do treinamento é introduzir o corpo técnico nessas mudanças, introduzindo, mesmo nas poucas horas de contato com o(s) instrutor(es), a percepção do que se pode atingir usando o potencial daquele novo instrumental além de dar o azimute no sistema apresentado, que será o instrumento de trabalho do corpo técnico. Com a complementação do setor de geoprocessamento da SEMARH, esperase levar em tempo hábil à sociedade, o acompanhamento que a Secretaria faz aos recursos hídricos no Estado da Paraíba. Todas essas ferramentas, assim como as máquinas requisitadas, além do treinamento, possibilitarão que a rede hidrográfica e os dados hídricos possam ser visualizados e prognosticados por meio de mapas, seguindo uma tendência mundial. Essa tendência releva o potencial estratégico no tocante ao gerenciamento e planejamento, agiliza as ações táticas de proteção, prevenção e tomada de decisões no âmbito 13 14 geográfico e amplia a visão no processo locação e revitalização de mananciais assim como a locação de possíveis áreas para açudes. O caminho para integração de bases de dados em Sistemas de Informações Geográficas, possibilita a implementação de políticas de emergência dentro da realidade geográfica vivida no momento, uma das capacidades de se ter um sistema desses operando, é o de se poder implementar um acompanhamento geográfico dinâmico. 14