A cidade industrializada e seus reflexos negativos na saúde da população – Parte 4 Para concluir... Sabe-se que a tarefa de corrigir e equilibrar essa desigualdade tem proporções gigantescas. Necessita-se de massa crítica e de adesão dos profissionais de saúde, uma vez que, exige resultados também no que diz respeito à assistência à saúde desta população. Será uma empreitada que levará tempo, porém não deverá ser a perder de vista conquanto necessite construir condições estruturais que garantam a sustentabilidade das mudanças. A transformação social, mais do que uma meta, é uma mudança de paradigmas da sociedade brasileira e tem que ser colocado em prática. (MARCOVITCH, 2007) Os elementos principais para essas iniciativas, segundo Ashton (1992), é o interesse pela pobreza, necessidade de reorientação dos serviços de saúde, a importância da participação comunitária e o desenvolvimento de coalizões entre o setor público, setor privado e o voluntariado. Segundo Buss (2000) “Os profissionais de saúde, os movimentos sociais e as organizações populares, políticos e autoridades públicas têm responsabilidades sobre as repercussões positivas ou negativas que as políticas públicas têm sobre a situação de saúde e as condições de vida. A estratégia dos municípios saudáveis propicia, através de uma nova institucionalidade social a ser construída em cada momento histórico específico em que vivem as diferentes formações sociais, a promoção da saúde por intermédio da ação intersetorial, que viabiliza as políticas públicas saudáveis. Não há receitas prontas. A mediação intersetorial e entre população e poder público, assim como a capacitação para o exercício da cidadania e do controle social são contribuições inestimáveis que a prática da promoção da saúde, por profissionais e ativistas da saúde, pode trazer ao movimento social.” Os profissionais de saúde assumem que a promoção de saúde é um processo através do qual a população se capacita e busca os meios para conseguir controlar os fatores que favorecem seu bem-estar e o da comunidade ou que a podem estar pondo em risco, tornandoa vulnerável ao adoecimento e prejudicando sua qualidade de vida (BRASIL/MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). Nessa perspectiva, esta deixa de ser um objetivo a ser alcançado, tornando-se um recurso para o desenvolvimento da vida. Frente ao exposto intui-se que a resposta à saúde das cidades não só dependerá dos profissionais de saúde competentes e disponíveis mas, sim, de políticas públicas que estabeleçam estratégias de assistir as cidades na saúde como um todo. Sabe-se que, não é só distribuindo remédio e óbolos a título de incentivo à população carente através de programas governamentais que se atinge o status saudável. O homem necessita de trabalho e educação AV. PROTÁSIO ALVES, 2769 – ALTO PETRÓPOLIS CEP 90410-002 – PORTO ALEGRE – RS FONES/FAX: (51) 3386.9318 / 3389.3735 E-MAIL: [email protected] HOME PAGE: WWW.SAOCAMILO-RS.BR para conseguir compreender que a saúde é um contínuo processo de complexas e ao mesmo tempo simples ações. Remédio serve como lenitivo para curar doenças organicas mas não supri a necessidade de alimento, habitação, saneamento básico, emprego entre outras. Sumarizando, ações governamentais desenvolvidas em conjunto com os profissionais de saúde engajados e visando a melhoria da qualidade de vida do cidadão seriam a chave para recuperar a saúde das cidades. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Saúde. (Promoção da Saúde - 1996). Carta de Ottawa, Declaração de Adelaide, Sundsval e Santa Fé de Bogotá. Brasília. (Originais publicados pela Organização Mundial de Saúde). Acesso em 05 junho de 2014 BUSS, Paulo Marchiori. Health promotion and quality of life. Ciênc. saúde coletiva. [online]. 2000, vol.5, no.1 [cited 25 May 2006], p.163-177. Available from World Wide Web: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232000000100014&lng=en&nrm=iso> ISSN 1413-8123 MARCOVITCH, Jacques. Crescimento econômico e distribuição de renda: prioridades para ação. EdUSP, 2007. AV. PROTÁSIO ALVES, 2769 – ALTO PETRÓPOLIS CEP 90410-002 – PORTO ALEGRE – RS FONES/FAX: (51) 3386.9318 / 3389.3735 E-MAIL: [email protected] HOME PAGE: WWW.SAOCAMILO-RS.BR