ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: TRABALHO EM BUSCA DA
PERFEIÇÃO
BORDIN, Estela Mari Guareski1
FRAGOSO, Elisândro Luis2
PULTER, Douglas Ribeiro2
SEFFRIN, Adam Luan2
SOARES, Giovane Paulo2
SUELO, Rudimar Junior2
WEIPPERT, Rosângela Marcia3
[email protected]
RESUMO: O profissional de engenharia de produção atua como um elo entre os setores gerenciais e
administrativos da indústria, por ter uma formação multidisciplinar e por possuir visão sistêmica global, o
que possibilita a busca por soluções dos problemas empresariais. Este trabalho propõe demonstrar as
capacidades e as responsabilidades que o Engenheiro de Produção está apto a cumprir, dentro de uma
empresa, como um profissional que está sempre em busca de mudanças e da melhoria continua. Para
coletar as informações, realizou-se uma pesquisa teórica, e os dados disponibilizados por uma empresa do
Alto- Uruguai. A profissão de engenheiro exige muita dedicação, pois oferece dentro do curso áreas bem
variadas, capazes de influenciar em qualquer trabalho, ação ou decisão que o profissional tiver que tomar;
analisando o estudo pode-se afirmar que o engenheiro de produção sempre em sua atuação contribui para
o desenvolvimento da empresa, gerando novos métodos de se obter maior lucratividade. Constatou-se que
mesmo sendo um profissional muito eficaz, não existem muitos atuantes nas indústrias atuais, mas é
possível diagnosticar seu trabalho e com isso elaborar sugestões de melhoria para um setor da empresa
estudada, que serão apresentadas com a intenção de contribuir na organização e para o melhor trabalho
dentro da área industrial.
Palavras-Chave: Engenheiro de produção, organização empresarial, trabalho, melhoria.
ABSTRACT: The production engineering acts as a link between managerial and administrative sectors
of the industry to have a multidisciplinary training and have global systemic view, which enables the
search for solutions to business problems. This study proposes to demonstrate the capabilities and
responsibilities that the Industrial engineer is able to comply, within a company, as a professional who is
always looking for change and continuous improvement. To collect the information, we carried out a
theoretical research, and data linking the disciplines represented with production engineering was
provided by a company of the in southern Brazil. The profession of engineer requires dedication, it offers
quite varied areas within the course, able to influence in any work action or decision that the professional
has to take; analyzing the study can be stated that the production engineer always on their performance
contributes to the development of the company, generating new methods of achieving greater
profitability. Even as a very effective professional, there are not many active in the current industries, but
it is possible to diagnose their work and thereby develop suggestions for improvement for a sector of the
studied company to be presented with the intention of contributing to the organization and to the best
work within the industrial area.
Keywords: Industrial engineer, business organization, work, improvement.
1
Acadêmica do quarto semestre do curso de Engenharia de Produção do Instituto de Desenvolvimento
Educacional do Alto Uruguai.
2
Acadêmico do quarto semestre do curso de Engenharia de Produção do Instituto de Desenvolvimento
Educacional do Alto Uruguai.
3
Professora da Disciplina Contabilidade Básica do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto
Uruguai.
2
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nos dias atuais, com todos os avanços tecnológicos existentes no mundo, e que
aproximam mercados expandindo-os, a empresa que não se adaptar a esse modelo de
trabalho está se propiciando ao fracasso. Com a meta de ampliar mercados, reduzir
custos com produção e ter cada vez mais produtos de qualidade, o principal interesse e
foco das empresas é o negócio baseado na gestão estratégica de recursos humanos.
(MAHMOOD; MITCHELL, 2004_ p.1348).
Um dos maiores problemas enfrentados pelas empresas, é a velocidade com que
novos conhecimentos são introduzidos no mercado, isso faz com que se crie e se
modifiquem relações sociais. Este fator agrega para que a economia mundial esteja
sempre vulnerável (MORAES, 1999_ p. 53-66).
Segundo Silva (1999_ p.77-88) com o passar dos anos as empresas vêm tendo que
aprimorar seus conhecimentos e buscam num só profissional tudo o que necessitam,
para enfrentar diversos problemas, sejam eles econômicos produtivos ou ambientais. E
o profissional preparado para essa função, é o engenheiro de produção, por ser um
profissional que une vários conhecimentos e por ter uma formação multidisciplinar.
Para entender melhor as atribuições do engenheiro de produção e responder a
pergunta: ‘Qual é a vantagem de contar com este profissional na fábrica e o perfil que as
empresas esperam deste profissional?’’ Foi realizada uma visita técnica em uma
empresa bem desenvolvida e de grande porte, situada no Alto Uruguai Rio Grandense,
que trabalha no ramo de implementos rodoviários, logística agroindustrial e viaturas
especiais, com mais de trinta anos de mercado.
Este estudo compreende uma abordagem bibliográfica sobre o perfil do profissional
de Engenharia de Produção, uma breve descrição sobre a empresa observada, e definições
desde a área de Contabilidade, utilizada para controle do patrimônio, Silva (2005);
Tecnologia da informação, demonstrando a visão estratégica competitiva, Laurindo et al
(2001); Calculo vetorial e suas relações com o engenheiro, Corrêa E Gianesi apud
Santos (1993); Desenho técnico, desenvolvimento, compreensão para confecção e
elaboração de produtos, Vescovi (2011).
2. DESENVOLVIMENTO
O presente estudo refere-se a uma abordagem metodológica, que foi muito além
da observação dos fatos e fenômenos; pois a pesquisa exploratória permite além da
coleta de dados, desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias.
3
Para o desenvolvimento deste mesmo trabalho, foram utilizados dois métodos de
pesquisa: primeiramente, foi feito um levantamento bibliográfico, onde diversos
embasamentos teóricos foram disponibilizados para definir e explicar algumas das áreas
relacionadas à Engenharia de Produção, e também para descrever a empresa estudada e
alguns detalhes sobre o perfil e a atuação do profissional desta área. Após, foi realizada
uma pesquisa de campo onde o grupo de acadêmicos se fez presente em uma visita
técnica (no dia 06 de setembro de 2014), na empresa atuante no ramo metal mecânico
localizada no município de Erechim-RS. Também foram realizadas entrevistas com
profissionais da empresa para descrever os sistemas utilizados, que são desenvolvidos á
base das áreas destacadas no trabalho.
Assim, observa-se que o engenheiro de produção une conhecimentos de
administração, economia e engenharia para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas
de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma
organização e define a melhor forma de integrar a mão de obra, equipamento e matéria
prima e de avançar na qualidade e aumentar a produtividade. Além de possuir uma
formação multidisciplinar, ele pode atuar como elo do setor técnico e o administrativo.
Seu campo de trabalho ultrapassa os limites da indústria, por isso, esse profissional é
peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores. (CRISTINA et al
2009).
O profissional planeja, projeta e gerencia sistemas organizacionais que
envolvem recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e ambientais. Alia
conhecimentos técnicos e gerenciais para aperfeiçoar o uso de recursos produtivos e
diminuir os custos de produção de bens e serviços. Preocupa-se com o desempenho
econômico eficaz que seja ambientalmente sustentável e responsável. (MASSOTE, et al
2013). Segundo Santos (2006) outras capacidades pessoais que definem o engenheiro de
produção, basicamente, são métodos de utilização de ferramentas matemáticas e
estatísticas para a modelagem dos sistemas de produção, o que permite o auxílio na
tomada de decisões. Aprende utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio,
bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos.
O engenheiro de produção é necessário em qualquer tipo de empreendimento,
industrial ou empresarial, pois ele domina a parte de gestão de acontecimentos e todos
os processos que ocorrem desde o período de implantação e execução da parte
operacional. Este é o único profissional do mercado que consegue enxergar os
problemas de forma global, não fragmentada, pois seu perfil diferenciado é muito
4
importante para as organizações. Ele conhece os diversos problemas industriais e as
tecnologias que são necessárias para resolvê-los. (OLIVEIRA, 2009).
2.1 A EMPRESA
A história da empresa estudada começa em 1984. Com uma pequena indústria de
equipamentos agrícolas e com poucos funcionários, a empresa atravessou os anos e
expandiu seus negócios. Com uma grande visão de mercado e estratégia, os
proprietários em pouco tempo fizeram surgir uma nova linha de produtos; em 1990 a
empresa já se mostrava arrojada e começava a ganhar mercados nacionais e
internacionais. Neste mesmo ano surgia no distrito industrial de Erechim-RS seu parque
fabril, e com diversas pesquisas os produtos começaram a ser lançados anualmente o
que colocou a empresa no patamar das empresas mais completas no fornecimento de
soluções na área de logística e agroindustrial. (EMPRESA, 2012).
Ao longo de 30 anos, a empresa conta com 6 unidades fabris e atende os cinco
continentes, exportando suas soluções para os mais diversos mercados do mundo.
Inovação, espírito aguerrido e qualificação, fazem do Grupo uma referência no Brasil e
no exterior, que conta hoje com uma grande equipe de colaboradores e que continua a
crescer. (EMPRESA, 2012).
"Nossa visão é estarmos entre as empresas líderes do
mercado. Ser reconhecida pelos nossos colaboradores,
acionistas, parceiros, clientes e segmentos de atuação como
um dos referenciais mundiais na área de Implementos
Rodoviários, Logística agroindustrial e Viaturas Especiais
gerando desenvolvimento e rentabilidade". (GRUPO DE
GERENTES DA EMPRESA, 2012).
A empresa possui como principais negócios o trabalho e a produção de
"Implementos Rodoviários e Viaturas Especiais". E como missão procura desenvolver
soluções tecnológicas para estes produtos, atendendo as necessidades do mercado e
desejos dos clientes. Existem outros produtos também desenvolvidos pela empresa,
como modelos de logística agroindustrial: Carroceria Metálica para transporte de Aves
Vivas; Carroceria Metálica para Transporte de Suínos – (quatro modelos: Abate, leitões,
matriz e reprodutora); também é a maior fabricante de silos graneleiros para transporte
de ração da America do sul, tendo como modelos silo em aço (Mega Bitrem em Aço
Domex, Semirreboque Silo Graneleiro Mega Power); silo graneleiro em alumínio
(modelos: Conjunto Romeu e Julieta - Alumínio, Mega Alumínio, Practice em
Alumínio); dentre muitos outros. (EMPRESA, 2012).
5
A qualidade industrial e o cuidado com o meio ambiente reconhecido pela ISO
9001 e a transformação da empresa em uma Sociedade Anônima (SA), fizeram com que
os mercados mundiais se tornassem cada vez mais aceitos (EMPRESA, 2012).
Com um diferencial em uma gestão séria e comprometida e com seus mais de
400 funcionários colaborando para o crescimento, fazem com que hoje a empresa seja
referência em seu ramo de atuação, o que faz da sua marca um sinônimo de respeito e
credibilidade (EMPRESA, 2012).
2.2 ÁREAS QUE SE RELACIONAM COM A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
A contabilidade é indispensável para que a empresa realize negócios, por
exemplo, com órgãos governamentais (por meio de contratos e licitações), ou com os
bancos, com fornecedores, dentre outros. Além desta necessidade convencional,
observa-se a expansão do mercado de ações no Brasil. E neste aspecto a Contabilidade
se apresenta como o grande pilar na veracidade da informação e, consequentemente, na
credibilidade da companhia perante seus investidores. (SILVA, 2005).
Pode-se afirmar que a gestão estratégica de custos implica na apresentação de
uma nova visão da contabilidade gerencial, baseada na premissa que a contabilidade
gerencial deve considerar temas ligados a estratégias empresariais. Geralmente essas
estratégias são determinadas pelos engenheiros de produção. (GONÇALVES, 2010).
A TI evoluiu de uma orientação tradicional de suporte administrativo para um
papel estratégico dentro da organização. A visão da TI como arma estratégica
competitiva tem sido discutida e enfatizada, pois não só sustenta as operações de
negócio existentes, como também permite que se viabilizem novas estratégias
empresariais. (LAURINDO et al, 2001_ p.160-179).
Dentro da Engenharia de Produção, são muitas as ferramentas que auxiliam na
boa execução de uma produção, são inúmeras as existentes hoje. Conhecendo algumas
delas sabe-se da existência do MRP (Material Requirementes Planning, ou cálculo das
necessidades de materiais) e MRP II (Manufacturing Resources Planning, ou
planejamento dos recursos de manufatura), estes por sua vez funcionam baseados na
lógica do cálculo de necessidades, seus objetivos, suas vantagens e desvantagens,
(CORRÊA E GIANESI, 1993 apud SANTOS).
O Desenho Técnico é um desenho operativo, após sua confecção segue-se uma
operação de fabricação ou montagem. Para mandar o desenho para a produção é
realizado um procedimento: Primeiramente é feito um esboço, após é feito o desenho e
dividido em: vista frontal, vista lateral, e área de corte. A vista frontal é a vista mais
6
importante de um objeto porque geralmente esta vista representa o objeto na posição de
utilização, quando esta posição não é caracterizada, representa-se na posição de
fabricação ou de montagem. (VESCOVI, 2011).
2.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Com o desenvolvimento deste artigo, a partir da interpretação das mais diversas
informações que foram obtidas, por meio de pesquisas teóricas, do conhecimento e da
concepção de como funcionam os processos dentro da empresa estudada e também de
diálogos realizados com profissionais atuantes na tal empresa, pode-se dizer que a
sociedade moderna, por estar na busca de seu desenvolvimento tecnológico, depende
em grande parte, de ações de profissionais de engenharia, principalmente os da área de
produção e manufatura; pois, as empresas quanto mais se desenvolvem, mais
necessitam de pessoas capacitadas, criativas e que possuam visão sistêmica, o que
possibilita e facilita na busca pelas soluções dos problemas industriais, e sem contar que
o profissional que age e percebe que deve tomar uma atitude sem esperar a intervenção
de outras pessoas é reconhecido como um profissional eficiente e consequentemente
bem remunerado.
Em entrevista realizada com o engenheiro de produção atuante na empresa
visitada, foi constatado que o sistema de produção utilizado nas dependências da fábrica
é do tipo produção empurrada, pois depende da ordem comercial que é passada para a
engenharia que monta o projeto e coloca no sistema MRP, após o projeto vai para a
fábrica, onde é realizada a produção dos equipamentos em lotes ou conforme
características de região do país ou até mesmo exterior.
Uma das vantagens desse sistema de produção é atender a satisfação dos
clientes, onde a empresa é flexível atendendo as necessidades dos mesmos. Isso
acontece porque ela consegue conciliar qualidade com produção ganhando com isso a
liderança do mercado, enquanto outras instituições não conseguiram conciliar os dois
fatores.
No entanto esse tipo de sistema de produção apresenta desvantagens, por
exemplo, quando houver cancelamento de um produto fabricado exclusivamente com
características de um cliente a venda desse mesmo equipamento se torna difícil, por ser
de características particulares. Não se tem muito takt time (tempo de ciclo) e tempo
específico para cada produto.
Dentre as tarefas desenvolvidas pelo engenheiro de produção no seu dia a dia,
destacam-se: gestão de pessoas, conferência de montagem, andamento da produção,
7
controle de entrada e saída de matéria-prima, atendimento aos clientes, avaliação dos
produtos antes da entrega ao cliente, montagens de planilhas de produção e
sequenciamento, controle de investimentos e despesas, planejamento semestral de
produção, entrada e saída de pessoas, atender necessidade de pós venda e comercial,
controle de resíduos, controle de tempo, ajuda psicológica, área de segurança e quando
necessário prestação de auxílio em outra unidade.
O relatório contábil geralmente é feito quinzenal ou mensalmente. São utilizados
diversos tipos de relatórios, cada qual é adequado a certos movimentos que ocorrem na
empresa, como NFA- de entrada e saída; relatório de caixa; conciliação bancária;
relatório de movimento em bancos; relatório de estoque; arquivos para geração de Sped
(contábil e fiscal). Quando feita mensalmente a analise contábil, é utilizado/elaborado o
relatório de contas a receber e a pagar. Como um exemplo do funcionamento do sistema
contábil, é possível visualizar o modelo de Chek List mensal, utilizado pela empresa
para enviar os documentos para o escritório de contabilidade. Todo tipo de
funcionamento do sistema contábil tem relação com a elaboração do sistema de MRP.
Dá-se o inicio ao processo produtivo na empresa estudada, a partir da entrada do
pedido que vem do fornecedor para o comercial que vai definir as metas mensais, o
comercial lança os pedidos no MRP que vai para engenharia, que revisa o projeto para
verificar possíveis alterações; após finalizar lança uma lista critica de peças que
são encaminhadas diretamente para o setor de compras, para enviar a mesma aos
terceiros, pois elas demoram um pouco a mais que as peças de linha; depois o processo
passa para o PCP que é o grupo responsável pela liberação das ordens para a fabricação
das peças. Dai então se inicia o processo de fabricação das peças, que são destinadas
para o setor de montagem e em seguida para a etapa de solda, acompanhados pela
equipe da qualidade que avaliza a liberação ou não do equipamento para ser jateado
passando por uma nova inspeção para posterior retrabalho em virtude do jateamento,
sendo liberado para a pintura e após expedição do produto com a inspeção final deste
para o cliente. Todo o processo é lançado no MRP que controla as compras de materiais
sendo reabastecidos de acordo com as baixas ou saídas de equipamento, as datas de
entregas são de acordo com o tempo de atravessamento do projeto em si até a entrega ao
cliente, sendo que, por serem produtos “padrão de produção” já se tem os tempos
estimados. Os setores classificam-se a partir de suas funções, em relação com o sistema
que utilizam e ao nível organizacional a que pertencem:
8
Comercial: Tático
Engenharia: Tático
PCP: operacional
Compras: operacional/tático
Expedição: operacional/tático
Produção: operacional
Com base no layout em um pavilhão específico da empresa analisada, nota-se
que a produção é dividida em três linhas com diferentes produtos; na primeira linha de
produção são fabricados tanques para usinas asfálticas, na segunda e na terceira linha
são produzidos dois modelos de chassis para usinas, cada qual com seu processo.
2.3.1 Linha de produção de tanques:
1.1 Componentes: serpentina e caldeira que serão usados na montagem dos tanques.
1.2 Chapas e calandra: as chapas vem na medida certa de fabrica, em seguida são
dobradas na calandra e logo após irão passar para a próxima etapa da produção.
1.3 Berço pequeno: é feito a preparação do tanque menor.
1.4 Berço grande: é feito a montagem do tanque maior.
1.5 Preparação da base: nessa etapa é feito o acoplamento no chassi,unindo as duas
partes do tanque, são usadas máquinas de solda para realizar esse processo.
1.6 Após o acoplamento é realizado o teste de estanqueidade do tanque completo
garantindo que o mesmo não tenha vazamentos.
1.7 Revestimento: o revestimento é feito com dois produtos: lâ de vidro e aluzinco
assim se conclui o produto .
1.8 Expedição: conclui a parte elétrica, montagem de anti-ciclista e regulagem de freios.
1.9 Liberação final: o produto passa pela inspeção da qualidade logo após é liberado
para ser entregue ao cliente .
2.3.2 Linha de produção do chassi UACF:
2.1 Montagem : é feito a montagem do chassi com componentes que já vem de outro
pavilhão pré-fabricados .
2.2 Solda: passa pelo processo de soldagem, onde o produto passa por uma inspeção de
qualidade e logo após liberado para o jateamento, seguindo após para pintura e
expedição.
2.3.3 Linha de produção do chassi Dosador:
3.1 Montagem : a montagem passa pelo mesmo processo do chassi Inova, é feito com
componentes pré-prontos de outro pavilhão sendo montado e passando para a próxima
etapa.
9
3.2 Solda: após a montagem o chassi passará pelo processo de soldagem e inspeção de
qualidade, indo para o jateamento e posteriormente pintura e expedição, assim
concluindo o produto.
3.3 Conferência da qualidade: o produto ira passar pela qualidade em um ainspeção
final, logo após sendo liberado ao cliente.
No layout se encontram ainda salas de reuniões, vestiários, banheiro e
almoxarifado. Para assistência ao setor, se encontra do lado externo do pavilhão, um
lugar adequado para o armazenamento de um compressor de ar e o outro para o gás de
máquinas de solda. Assim pode se concluir o layout da empresa.
Fonte: empresa, setembro de 2014.
Analisando todos os detalhes funcionais do setor estudado, foi possível coletar
dados como, número de funcionários, horas trabalhadas e faltas do setor, e também a
produção anterior e atual dos dois super produtos fabricados: UACF e dosador, que são
as duas partes constituintes de uma usina asfáltica.
PRODUÇÃO MENSAL DE
PRODUTOS
No gráfico 1, apresenta-se a
produção anterior dos produtos,
que era bem baixa, em relação à
5
4
3
2
1
0
UACF
DOSADOR
Gráfico1: produção do setor.
Fonte: empresa, setembro de 2014.
PRODUÇÃO
ANTERIOR
atual que obteve um grande
PRODUÇÃO
ATUAL
avanço, após algumas melhorias
implantadas,
tanto
na
parte
produtiva do UACF quanto na
parte de dosadores.
10
Nos gráficos 2 e 3, é possível perceber que em relação ao total de funcionários
com o tempo trabalhado, o percentual limite de faltas (3,8%) foi excedido, o que
representa para a empresa um fato preocupante que pode resultar em prejuízos.
193
3165
TOTAL HORAS
TRABALHADAS
TOTAL HORAS
FALTAS
Gráfico 2: Total de horas trabalhadas e de faltas.
5.75
94.25
PERCENTUAL
HORAS
TRABALHADAS
C/ TODA EQUIPE
Gráfico 3: Percentual das horas e das faltas do setor.
Fonte: empresa, setembro de 2014.
Após observar todo o funcionamento na empresa e conhecer seus diversos e
interessantes produtos, tanto na linha de viaturas especiais, quanto na logística
agroindustrial, foi possível compreender que um dos detalhes que causam problemas na
empresa, é o acúmulo de peças e equipamentos, o que propicia a desorganização, falta
espaço para armazenar os materiais, e desperdício, pois muitas peças que são colocadas
fora do pavilhão setorial, podem estragar, pelo fato de ficarem expostas às variações
climáticas.
No entanto, algumas sugestões de melhoria foram elaboradas de acordo com a
visão, a expectativa e a perspectiva de jovens futuros Engenheiros de produção; com o
intuito de solucionar ou reduzir os problemas na empresa. A primeira ideia é de realizar
compras menores, para se ter lugar para armazenar, ou também de construir um
pavilhão ao lado do prédio do setor, para o estoque de peças. Desenvolver um esquema
a fim de que o processo de montagem fique no mesmo pavilhão da linha de produção.
Seria muito importante se a empresa realizasse o sistema de conferência das peças e
equipamentos. Acredita-se que, estas sugestões além de ajudar a empresa a manter a
organização dentro do local, também facilitaria o trabalho dos funcionários, pois,
haveria melhor aproveitamento de tempo, por ter as peças guardadas em locais visíveis,
identificados e próximos às bancadas de trabalho, evitaria retrabalhos e aumentaria as
chances de melhor funcionamento do processo produtivo garantindo maior
lucratividade.
11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo foi desenvolvido com foco na atuação do engenheiro de produção e
em algumas áreas que se relacionam com a engenharia, como contabilidade, tecnologia
da informação, cálculo vetorial e desenho técnico. O trabalho apresentou vários pontos
destacados dentre o estudo técnico na empresa e as pesquisas realizadas contribuíram
para a obtenção de conhecimento em relação às ferramentas disponíveis no mercado
para a atuação deste profissional.
O grupo da empresa é fruto de uma bem sucedida história de empreendedorismo,
focado em sua missão de oferecer as mais modernas soluções tecnológicas em
implementos rodoviários, logística agroindustrial e viaturas especiais.
Por meio da observação e análise dos dados obtidos, através de entrevista com
funcionários da empresa, pode-se constatar que a mesma possui um delineamento de
produção, isto é, quando o produto for acabado, ele deve estar exatamente de acordo
com o que estava definido no projeto elaborado, com as características que o
consumidor solicitou, apresentando ótima qualidade. Para que isso seja possível dentro
de uma empresa, o engenheiro de produção tem papel importante, pois ele colabora com
o desenvolvimento empresarial, ajudando no planejamento da qualidade da produção,
na criação de novos métodos de trabalho capazes de gerar maior lucratividade, na
redução de gastos, no melhor uso de equipamentos e no melhor aproveitamento de
tempo.
A empresa já demonstrou grande avanço, após algumas implantações em relação
à produções anteriores, isso é resultado de um bom planejamento e fabricação de
produtos com qualidade por parte da empresa, o que aumentou a demanda de produção.
Porém, ainda foi possível e necessário elaborar algumas sugestões, com o objetivo de
contribuir na melhor situação organizacional do setor e permitir que o trabalho dos
funcionários seja facilitado e consequentemente, muito mais produtivo.
Compilando os resultados obtidos, conclui-se que o engenheiro de produção
atuante em uma empresa, para desenvolver corretamente a sua atividade, deve entender
bem quem influencia na forma de como os sistemas de produção devem ser projetados,
implantados e aperfeiçoados. E ainda ele tem o dever/capacidade de planejar e gerenciar
os sistemas organizacionais que envolvem recursos humanos e materiais (tecnológicos,
financeiros e ambientais), buscando sempre a inovação, aperfeiçoamento e qualidade
dos produtos a serem fabricados/produzidos.
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Um engenheiro de produção por possuir visão sistêmica das coisas, é capaz de
ter muitas ideias objetivas, que sempre apresentam a busca pela melhoria continua e
pela perfeição do trabalho exercido dentro de uma indústria.
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VESCOVI, Felipe. Desenho técnico e suas aplicações. Dezembro de 2011.
Disponível em:
http://meninasengenheiras.files.wordpress.com/2011/05/desenho_tecnico.pdf
Data de acesso: 19/09/2014.
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