TUBOS em maio, bateu seu próprio recorde ao fornecer, para uma planta de papel e celulose, tubos com diâmetro até então inédito no portfólio fabricado pela sua unidade brasileira: 84 polegadas. No Brasil, a Schulz atualmente produz tubos soldados de aço com diâmetro mínimo de oito polegadas, utilizados na indústria de óleo e gás nas refinarias e unidades de processo do topside das plantas de exploração. Esses tubos não são aproveitados na “parte molhada” da exploração de petróleo. Por isso, a Schulz quer fabricar, na unidade de Campos dos Goytacazes-RJ, os tubos bimetálicos destinados às aplicações submarinas. Tal projeto, conta Bueno, deveria começar no segundo semestre, mas a atual conjuntura mercadológica o postergou, provavelmente para o início de 2014. “Já foram aprovados os R$ 52 milhões necessários para esse projeto de produção dos tubos para exploração submarina”, conta o presidente da Schulz. No ano passado, a V&M inaugurou, na cidade de Rio das Ostras-RJ, uma fábrica de acessórios para completação de poços petrolíferos. Nessa planta estão sendo fabricados e reparados os diversos tipos de produtos de sua linha Premium VAM: conexões especiais para o acoplamento de tubos e acessórios por um sistema integrado de roscas, selos e ombros de torque. E em janeiro último a V&M renovou seu principal contrato com a Petrobras: por mais cinco anos, garante o fornecimento à petroleira de tubos para exploração de óleo e gás, incluindo tubos sem costura, graus especiais de aço e conexões. Essa empresa também fornece tubos estruturais para os estádios que receberão os jogos da Copa do Mundo de 2014 nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cuiabá e no Distrito Federal, bem como outros locais relacionados como centros de treinamento. Ao todo, dez estádios associados à Copa receberão mais de 9 mil t de tubos sem costura da V&M. Novas plantas – Também os fabricantes de tubos plásticos investem em sua estrutura industrial e em desenvolvimento de produtos. A Kanaflex, por exemplo, 16 Tubos QD.indd 16 inaugurará em setembro uma fábrica no município paulista de Itu, onde concentrará sua produção de tubos lisos e de tubos corrugados de diâmetros maiores. Com essa nova unidade, desativará a fábrica localizada em Cotia-SP, onde produz grande parte de seus tubos, sem afetar, no entanto, a unidade de Embu das Artes-SP, produtora de mangueiras e tubos corrugados de diâmetros menores. A planta de Itu consolidará o ingresso da Kanaflex em outro segmento de mercado: os tubos corrugados de polietileno de alta densidade com diâmetros de até 1.200 mm (até agora, disponibilizava tubos corrugados com diâmetro máximo de 236 mm). Com essas novidades, a empresa espera fortalecer sua presença no mercado, hoje mais intensa nos sistemas de energia e em atividades como saneamento e drenagem. “Todo o sistema de drenagem da refinaria Premium I foi montado com nossos tubos corrugados; essa aplicação normalmente utilizaria concreto”, informa Paulo Lima, supervisor de vendas da Kanaflex. Já a Tecniplas, fabricante de tubos e tanques feitos de plásticos reforçados com fibra de vidro (PRFV), inaugurou fábrica em meados do ano passado. Localizada na mesma cidade de Cabreúva-SP, onde a empresa já operava anteriormente, ela tem área mais de duas vezes superior aos antigos 14 mil metros quadrados e consumiu investimentos de aproximadamente R$ 3 milhões. “Contar com área adicional é importante porque estamos produzindo tanques cada vez maiores, nosso maior negócio, e conseguimos condições melhores de manuseio e armazenamento”, destaca Luiz Corrêa, gerente comercial da Tecniplas. Atualmente, diz Corrêa, sua empresa se dedica apenas às aplicações industriais e abandonou o mercado do saneamento, no qual “hoje há produtos muito commoditizados”. Entre os principais segmentos atendidos pela Tecniplas, o gerente comercial lista a indústria química, petróleo e gás, clorosoda, papel e celulose, e açúcar e álcool. Em todos esses segmentos, ele lembra, tubos de PRFV são usados na condução de produtos quimicamente mais agressivos. Novos usos do plástico – A tecnologia de produção de tubos de polietileno evolui no seu processo de extrusão, o que, de Química e Derivados - julho - 2013 24/07/2013 17:41:01